Acionamentos e máquinas elétricas em atmosferas potencialmente explosivas 12/06/08 Autor: Rubens Drummond Uzeda Explosão no Porto de Paranaguá 16 de novembro de 2001 - Explosão em silo fere 18 em Paranaguá, duas vítimas ficaram em estado grave Inquérito policial Quanto à causa da explosão, o Instituto de Criminalística (IC) deve divulgar um laudo dentro de vinte dias. Indícios preliminares apontam que a poeira levantada durante o descarregamento do milho emite gases de alta combustão, que teriam, em contato com alguma faísca, gerado o incêndio. Fábrica alemã Antes da explosão Fábrica alemã Depois da explosão Explosão c/ poeira na Alemanha Explosão com poeira na França Silos de armazenamento Explosão de poeira combustível Normalização técnica Escolas de Classificação de Áreas Divisão 1: Onde concentrações de Zona 0: Onde concentrações de gases, vapores e líquidos passíveis de ignição podem existir todo o tempo ou parte do tempo sob condições normais de operação gases, vapores ou líquidos passíveis de ignição podem existir todo o tempo ou por longo período de tempo sob condições normais de operação Zona 1: Onde concentrações de gases, vapores ou líquidos passíveis de ignição podem existir parte do tempo sob condições normais de operação Divisão 2: Onde concentrações de Zona 2: Onde concentrações de gases, vapores ou líquidos passíveis gases, vapores ou líquidos passíveis de ignição não são previstas de de ignição não são previstas de ocorrer sob condições normais de ocorrer sob condições normais de operação operação Escolas de Classificação de Áreas Divisão 1 e 2 A (Acetileno) B (Hidrogênio) Zona 0, 1 e 2 IIC (Acetileno, Hidrogênio e C2S) C (Etileno) IIB (Etileno) D (Propano) IIA (Propano) Classes de Temperatura Classe de Temperatura Temperatura de Ignição do Gás Max. Temperatura de Superfície T1 maior 450°C 450 C T2 300°C 450°C 300 C T3 200°C 300°C 200 C T4 135°C 200°C 135 C T5 100°C 135°C 100 C T6 85°C 100°C 85 C Válido para temperatura ambiente entre -20°C a +40°C Desenho típico Desenho típico em corte Tancagem Criogênica FB-1001A FB-1002 FB-1001B SUBESTAÇÃO FB-1003 TROCADORES BOMBAS COMPRESORES Tancagem Criogênica FB-1001A FB-1002 FB-1001B TROCADORES SUBESTAÇÃO FB-1003 BOMBAS COMPRESORES Grupo IIB, T2 Grupo IIA, T1 Classificação de Áreas Tanque de Propileno FB-1002 Detalhe da A-1000 Tanque de teto fixo AS 2430.3 (Austrália) ICI/RoSPA (UK) Institute of Petroleum (UK) API 500 (EUA) R No 2 (Holanda) SS 421 08 20 (Suécia) Zona 1 Zona 2 Fonte: Cox, A. W., Lees, F. P., Ang, M. L. (1990), Classification of Hazardous Locations, Rugby: Institute of Chemical Engineers Fatores que influenciam na classificação de áreas • • • • • • • Taxa de falhas de equipamentos Mudança nas condições de processo Alteração do grau de ventilação local Substituição do material inflamável Ampliações de plantas Presença de fontes de calor Outros Proteção de pessoas contra contato a partes vivas e móveis no interior do invólucro e proteção contra o ingresso de corpos sólidos 0 NÃO PROTEGIDO 1 PROTEGIDO CONTRA CONTATO ACIDENTAL DO CORPO (P.EX.: MÃO) E CONTRA CORPOS COM DIÂMETRO > 50mm 2 PROTEGIDO CONTRA CONTATO POR UM DEDO PADRÃO E CORPOS MÉDIOS DIÂMETRO>12mm; COMPRIMENTO>50mm 3 PROTEGIDO CONTRA CONTATO POR FERRAMENTAS, FIOS,ETC.DIÂMETRO>2,5mm E CORPOS PEQUENOS 4 PROTEGIDO CONTRA CONTATO POR FERRAMENTAS, FIOS,ETC.DIÂMETRO>1,0mm E CORPOS PEQUENOS 5 COMPLETAMENTE PROTEGIDO CONTRA CONTATO; À PROVA DE PÓ; NÃO ESTANQUE A PÓ. 6 COMPLETAMENTE PROTEGIDO CONTRA CONTATO; ESTANQUE A PÓ; NÃO HÁ INGRESSO DE PÓ. PROTEÇÃO CONTRA O INGRESSO DE ÁGUA 0 1 2 3 4 5 PROTEGIDO CONTRA QUEDA VERTICAL DE ÁGUA (ÁGUA DE CONDENSAÇÃO) PROTEGIDO CONTRA ÁGUA COM INCLINAÇÃO DE ATÉ 15O EM RELAÇÃO À VERTICAL (À PROVA DE PINGOS) PROTEGIDO CONTRA ÁGUA DE CHUVA COM INCLINAÇÃO DE ATÉ 600 À PROVA DE CHUVA PROTEGIDO CONTRA RESPINGO EM TODAS AS DIREÇÕES À PROVA DE RESPINGO. PROTEGIDO CONTRA JATO D’ÁGUA. ÁGUA PROJETADA EM TODAS AS DIREÇÕES NÃO PREJUDICAM O EQUIPAMENTO. 6 PROTEGIDO CONTRA CONDIÇÕES ENCONTRADAS EM DECKS DE NAVIOS, ONDAS DO MAR OU JATOS POTENTES 7 PROTEGIDO CONTRA IMERSÃO. O EQUIPAMENTO OPERA IMERSO EM ÁGUA SOB CONDIÇÕES DE TEMPO E PRESSÃO 8 PROTEGIDO CONTRA SUBMERSÃO. O EQUIPAMENTO É PROJETADO PARA OPERAR CONTINUAMENTE SUBMERSO. NÃO PROTEGIDO Ensaio IP X5 Técnicas de proteção Critério a : Exclusão da atmosfera potencialmente explosiva Critério b : Prevenir o centelhamento e superfícies quentes Critério c : Confinar as explosões Critério d : Limitar a liberação de energia P > Patm. X Tipos de proteção – – – – – – – – – Invólucro à Prova de Explosão ‘d’ Pressurização ‘p’ Segurança Aumentada ‘e’ Não acendível ‘´n’ Segurança Intrínseca ‘i’ Imerso em resina ‘m’ Imersão em Óleo ‘o’ Imersão em Areia ‘q’ Especial ‘s’ Motor Ex d • Robustez para confinar explosões • Ensaios aplicáveis – Pressão de referência, sobrepressão estática e propagação – Grau de proteção – Elevação de temperatura – Rigidez dielétrica – Verificação dimensional Ensaio de Explosão • Transdutores de pressão são instalados para detectar a pressão de explosão desenvolvida durante o ensaio. Através de amplificadores, o sinal de pressão é registrado em um osciloscópio ou em uma tela de computador. A máxima pressão obtida durante a série de ensaios será utilizada durante a realização do ensaio hidrostático de pressão. Ensaio de Explosão Ensaio de Explosão Ensaio de Propagação Junta cilíndrica Ex d Interior do motor Junta à prova de explosão Ponta do eixo Exemplo de junta cilíndrica Motores Ex d supridos por AVV Motores Ex d com AVV devem: a) possuir sensores de temperatura embutidos e especificados na documentação ou outra medida efetiva de limitar a temperatura de superfície. Esta proteção deve desarmar o motor quando necessário; ou b) ser ensaiados em conjunto com o AVV que por sua vez deve estar especificado na documentação. O dispositivo de proteção de alta temperatura deve ser fornecido com o motor. Pressurização - Ex p • Tipo de proteção que evita com que a atmosfera explosiva entre em contato com fontes potenciais de ignição através de uma sobrepressão no interior do invólucro. Motor Ex p • Advertências de segurança • Ensaios aplicáveis – Grau de proteção – Elevação de temperatura – Rigidez dielétrica – Verificação dimensional – Impacto – Testes funcionais do sistema de controle da purga e pressurização Instrumentação Ex p 1 – Dispositivo de monitoração de sobrepressão 2 – Dispositivo de monitoração da vazão do gás de proteção 3 – Manômetro 4 – Válvula de alívio ajustada para 75% do valor máximo de pressão Não acendível É um tipo de proteção no qual um equipamento elétrico, em operação normal, não é capaz de provocar uma ignição de uma atmosfera explosiva, bem como não é provável que ocorra uma falha capaz de provocar a ignição. X Variações de Ex ‘n’ – – – – Equipamentos Não-Centelhantes, “nA” Equipamentos Hermeticamente Selados, “nC” Dispositivos Selados, “nC” Circuitos, componentes e equipamentos Não Acendíveis, “nC” – Invólucros com Respiração Restrita, “nR” – Equipamentos com Energia limitada, “nL” – Equipamentos com Pressurização-n, “nZ” Motor Ex nA, Ex nC • Aumento das distâncias de isolamento e escoamento • Ensaios aplicáveis: – Grau de proteção – Elevação de temperatura – Rigidez dielétrica – Verificação dimensional do entreferro – Impacto – Rotor bloqueado – CTI para materiais isolantes – Conectores com geometria que evite o afrouxamento – Distância mínima entre ventilador e carcaça. Motor elétrico não acendível Segurança Aumentada ´e´ - erhohtesichereit Equipamento que: – Não produz arcos ou centelhas em condição normal e anormal de operação e, – tipo de proteção pelo qual, medidas com elevado grau de segurança, são adotadas, de forma a eliminar a possibilidade de elevada temperatura e / ou a ocorrência de arcos ou centelhas nas partes internas e externas de um dispositivo elétrico, em operação normal. Motor Ex e • Aumento das distâncias de isolamento e escoamento • Modos de falhas previstos • Ensaios aplicáveis: – Grau de proteção – Elevação de temperatura – Rigidez dielétrica – Verificação dimensional do entreferro – Impacto – Rotor bloqueado – CTI para materiais isolantes – Conectores com geometria que evite o afrouxamento Aparelho de CTI Ensaio de CTI Ensaio de CTI Régua de bornes Proteção de motores • Máquinas elétricas rotativas em áreas classificadas devem ser protegidas contra sobrecarga. O dispositivo deve ser: a) Relé que monitore as três fases ajustado para desarmar em 2h ou menos quando submetido a uma sobrecarga de 20% e não operar em 2h quando submetido a 5% de sobrecarga, ou b) Um dispositivo para controle direto da temperatura através de sensores embutidos na máquina, ou c) Um outro dispositivo equivalente. Precauções tb devem ser tomadas para evitar operação com falta de fase Seção 7 da IEC 60079-17:2002 Tipos de proteção e subgrupos Tipo de proteção Símbolo Zonas de uso Grupo ou subgrupo À prova de explosão Ex d 1e2 IIA, IIB e/ou IIC Imerso em areia Ex q 1e2 II Ex ia 0, 1 e 2 IIA, IIB e/ou IIC Ex ib 1e2 IIA, IIB e/ou IIC Pressurizado Ex p 1e2 II Imerso em óleo Ex o 1e2 II Ex ma 0, 1 e 2 II Ex mb 1e2 II Ex e 1e2 II Ex nA 2 II Ex nC 2 IIA, IIB e/ou IIC Ex nR 2 II Ex nL 2 IIA, IIB e/ou IIC Ex nZ 2 II Segurança intrínseca Imerso em resina Segurança aumentada Não acendível Especial Ex s 1 e 2 (0) II, IIA, IIB e/ou IIC Comparação entre motores Ex Ex n Ex e Ex d Ex p Zona 2 1e2 1e2 1e2 Peso +++ +++ - + Serviço +++ +++ + - Instalação ++ ++ ++ - Centelhamento durante operação -- -- +++ + T5/T6 -- - ++ + Flexibilidade em uso + - +++ ++ Partidas pesadas -- - ++ ++ Operação com inversor -- -- +++ ++ Operação de chaveamento -- - +++ ++ Baixas temp. ++ ++ + - Alta potência ++ + + +++ - - +++ + +++ +++ -- ++ + - +++ -- Motor-inversor Meio corrosivo ou refrigerante Esforço de supervisão Legislação aplicável • Portaria INMETRO # 83, 03 de abril de 2006 • Regra de Avaliação de Conformidade • NR 10 Organismos de Certificação de Produtos OCP-0004 OCP-0034 OCP-0011 Inspetor qualificado Obrigado. Rubens Uzeda [email protected] Tel. 21 2609 8112 Cel. 21 8511 1970