Filiada à Boletim Extra - 19/11/2012 Câmara pode votar fim do Fator nesta semana A regulamentação do uso da internet e o fim do fator previdenciário são os destaques do Plenário da Câmara dos Deputados para esta semana. Outras oito propostas também poderão ser votadas entre os dias 20 e 22 de novembro, em sessões extraordinárias. As sessões ordinárias do Plenário estão trancadas por duas medidas provisórias: a 575/12, que autoriza o aporte de recursos públicos às parcerias público-privadas (PPPs) durante as obras; e a 580/12, que permite preferência a produtos e serviços nacionais em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). FATOR - O Projeto de Lei 3299/08, de autoria do senador Paulo Paim, já aprovado pelo Senado, pode ser votado em sessões extraordinárias. Ele extingue o fator previdenciário, incidente nas aposentadorias do setor privado, sem substituí-lo por nenhum outro redutor. O fator foi criado em 1999 com o pretenso objetivo de desestimular aposentadorias precoces, inserindo uma fórmula matemática que no cálculo do benefício previdenciário, que reduz sensivelmente o direito do trabalhador(a). Até o governo admite que o mecanismo nunca surtiu efeito e sequer gerou "economia significativa" para a Previdência. Isto ocorre porque as pessoas não acreditam no Governo e na possibilidade de ganhos maiores, caso esperem mais tempo para se aposentarem. Tão logo o trabalhador completa as condições para requerer o benefício, ele o faz o mais rápido possível, pois do governo somente se espera o pior. A matéria conta com substitutivo de autoria do atual ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Ele propôs substituir o atual Fator pela "fórmula 95/85", outro nome para o mesmo remédio amargo. Segundo essa proposta, a aposentadoria paga pelo INSS sria sem cortes apenas quando a soma da idade e dos anos de contribuição do segurado atingirem 85 para as mulheres e 95 para homens. A mudança ainda provoca controvérsia dentro do governo, que teme milhões de ações judiciais, de autoria daqueles que tiveram cortes pelo Fator Previdenciário, pedindo o valor integral a que têm direito ou, no mínimo, a equiparação com a nova regra, visto que a lei sempre pode retroceder para beneficiar as pessoas. Para o deputado Marco Maia, presidente da Câmara, a votação do fator vai depender de acordo com o governo. Ele afirmou que procura "costurar um acordo”. Com informações da Agência Câmara FEAP/MG e COBAP pedem mobilização dos trabalhadores, aposentados e pensionistas A Federação dos Aposentados de MG (FEAP/MG), a Confederação em Brasília (Cobap) e outras entidades pedem a mobilização dos trabalhadores, dos aposentados e pensionistas junto aos Deputados Federais para pressionar pela aprovação do texto original do PL 3299/2008, de autoria do senador Paulo Paim e na redação aprovada pelo Senado. Substituir o atual Fator pela "fórmula 85/95", ou coisa pior que o governo prepara, é trocar o ruim pelo péssimo. Acredita-se que o governo possa aproveitar a votação para propor a "fórmula móvel", pela qual os números aumentariam gradualmente. Começaria com 85/95, passando depois para 86/96; 87/97 e assim sucessivamente, até atingir 95/105, número que o governo considera ideal. Por esse cálculo, as mulheres teriam aposentadoria integral somente com 65 anos de idade e 30 anos de contribuição e os homens com 70 de idade e 35 de contribuição. Pode parecer absurdo para alguns, mas vale lembrar que, desde 1999, quando o Fator foi criado, a aposentadoria integral somente é paga para homens aos 63 anos de idade. O governo acha isso pouco, por isso aceita a discussão sobre o fim do fator. Em diversos países da Europa, somente nos últimos anos foi instituída idade mínima para aposentadoria aos 65 anos, para homens e mulheres. Ligue grátis para 0800-619-619 e peça que seja transmitida mensagem a todos os Deputados, para aprovação do PL 3299 na forma como foi aprovado pelo Senado, sem alterações ou substitutos. Mande a mesma mensagem por e-mails. Os endereços você encontra no portal www.camara.leg.br COBAP defende a saúde financeira da Previdência e fim do Fator A COBAP, Federações do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, FST e centrais sindicais participaram de audiência pública nesta segunda-feira na Comissão de Direitos Humanos – CDH no Senado Federal para discutir o fim do Fator Previdenciário, o aumento real para as aposentadorias e pensões acima do salário mínimo, a desoneração da folha e a decadência do direito previdenciário. Houve unanimidade entre os participantes em dar um basta a todos os mecanismos utilizados pelo Governo Federal para tirar dinheiro da Previdência Social, como a desoneração da folha, que vem criando um rombo financeiro e que pode prejudicar o pagamento futuro das aposentadorias e pensões. Foi também consenso a aprovação do aumento real para os aposentados a partir de 1º janeiro de 2013. A COBAP ressaltou de que é preciso a união de todo o movimento sindical no sentido de mobilizar trabalhadores ativos e aposentados pela votação na Câmara dos Deputados do fim do Fator Previdenciário. O Presidente da Câmara Deputado Marco Maia prometeu às lideranças dos aposentados e pensionistas que a matéria seria votada nesta semana. Da Assessoria de Imprensa da Cobap Aposentados cobram no Senado fim do Fator Em audiência nesta segunda-feira (19), na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal, dirigentes de entidades de defesa dos aposentados e pensionistas pressionaram por uma solução para a questão do fator previdenciário. O mecanismo reduz o valor do benefício para quem se aposenta com idade considerada baixa. No Regime Geral (INSS) NÃO existe idade mínima para se aposentar. Alvo de duras críticas por parte da categoria, o fator previdenciário chegou a ser derrubado pelo Congresso há dois anos, mas a proposta de Lei foi vetada por Lula da Silva em seus últimos dias de governo. Nova versão do projeto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), pode ser votada nesta semana pela Câmara dos Deputados. Paim, que é presidente da CDH, explicou que a proposta que está mais “próxima de um entendimento” naquela Casa Legislativa é a chamada "fórmula 85/95", apresentada no substitutivo do então deputado Pepe Vargas. A aposentadoria sem cortes aconteceria quando a soma da idade e dos anos de contribuição atingisse 85, no caso das mulheres, e 95, no caso dos homens. - Não é o ideal, mas, pior que o atual fator previdenciário, não existe – disse Paim. VOTAÇÃO - Warley Martins Gonçalles, presidente da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Cobap), afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, garantiu à entidade que o projeto seria votado logo após as eleições municipais. - Se ele não cumprir sua palavra, terá enganado os aposentados e pensionistas – disse. Warley pediu que não apenas aposentados e pensionistas se mobilizem para pressionar por essa votação, mas também os trabalhadores da ativa, que, salientou, serão tão prejudicados pelo fator previdenciário no futuro quanto os atuais aposentados. - O fator previdenciário também é problema do trabalhador de hoje, e só vai ter fim se as centrais sindicais se unirem com a Cobap para derrubá-lo. O senador Paulo Paim observou que, caso haja alteração ao ser aprovado na Câmara, o projeto voltará ao Senado ainda esse ano “terá de ser aprovado”. DESONERAÇÃO – Também foi debatida na audiência a desoneração da folha de pagamento sobre o Orçamento da Previdência Social. Em maio deste ano, o governo federal alterou o sistema de contribuição patronal de vários setores da indústria, como parte do pacote de estímulos do Plano Brasil Maior. A contribuição desses setores praticamente foi extinta e passou a ser feita com base na receita. - Com a contribuição patronal sobre o faturamento, passamos de uma fórmula tranquila para uma situação incerta - observou Lourenço Ferreira do Prado, do Fórum Sindical dos Trabalhadores. Para Arthur Bueno de Camargo, da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, o problema do novo sistema é a fragilidade da fiscalização sobre o lucro das empresas, frequentemente camuflado, segundo observou. Em sua avaliação, o que o governo fez foi “absurdo e sem critério”. - O benefício não foi dirigido aos setores que mais geram empregos, mas sim para setores econômicos privilegiados. Os representantes dos aposentados e pensionistas cobraram do governo a compensação pelos valores que deixaram de ser arrecadados pela Previdência. - O dinheiro que vai assegurar as nossas aposentadorias que está sendo tirado de nós. O governo está fazendo caridade com os empresários com um dinheiro que não é dele – disse Agostinho Schiochetti, da Federação das Entidades de aposentados e pensionistas de Santa Catarina. Com informações da Agência Senado FEAP/MG - Fundada em 21/09/1985 – Sede própria Rua dos Caetés, 530, conj. 903/911 – 30120-080 – BH/MG www.fapmg.org.br - [email protected] – Fone: (31) 3115-0300 – Fax: (31) 3115-0302 Editado pela Diretoria de Comunicação da FEAP/MG - Jornalista Responsável: Alencar Andrade