GAZETA DO POVO Economia Quinta-feira, 24 de novembro de 2011 as melhores empresas para se trabalhar no paraná Pelo segundo ano consecutivo, a Gazeta do Povo apresenta as empresas paranaenses que possuem as melhores práticas de governança corporativa e recursos humanos. Aqui é a nota dos funcionários que as coloca no topo da lista. Feliz da vida. Aos 62 anos, Mario Gazin vê a empresa que leva o seu sobrenome ocupar o 1º lugar no ranking Great Place to Work. Um quiz e um guia de carreira exclusivo ajudam a trilhar o caminho das melhores. Pág. 7 editorial índice | 5 Trainees 7 Carreira | Quiz | 8 Inovação 10 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20| 21 | 22| 23| 24| 25| 26| 27| 28| 29| 30| Gazin Pormade Volvo Ecovia Novozymes GVT Ecocataratas Moinho Globo Boticário DB1 Info HSBC GLT Rivesa Apetit HSBC BR Kraft Foods Cia Atlhetica ALL Embracon-PR Aquário Heads No topo da lista P ela segunda vez consecutiva, a Gazeta do Povo traz, com exclusividade, o ranking das 20 melhores empresas para se trabalhar no Paraná. A seleção foi feita ao longo dos meses de setembro e outubro pelo Instituto Great Place to Work, mesma organização que faz, há 15 anos, o ranking nacional das 100 melhores do país. No Paraná, o escritório Rebelo Gloger Advogados Associados é o parceiro da pesquisa. Na lista deste ano, nove novas empresas entraram e algumas mudaram de posição em relação ao ano passado. Essa movimentação é fruto do aumento de 36% no número de participantes; de 59 empresas inscritas em 2010 para 92 neste ano. Em comum, as 20 empresas paranaenses que você conhecerá nas páginas seguintes têm o reconhecimento de seus funcionários, já que 67% da nota final da pesquisa vem das respostas dadas por eles. Não à toa, do ano passado para cá o conjunto de empresas do ranking cresceu também em número de colaboradores; de 16.702 em 2010 para 57.280 neste ano. Junto com o perfil de cada uma das empresas campeãs, a Gazeta do Povo traz luz a dois assuntos importantes no mundo corporativo contemporâneo: os programas de trainee e as dicas para construir uma carreira sólida; e um debate rico sobre inovação, qualidade que as empresas devem buscar em tempos de aldeia global. A edição de 2011 também conta com vídeos de funcionários que fazem a diferença em algumas das principais colocadas do ranking e um slide show com as melhores imagens de cada empresa. Expediente A revista As 20 melhores empresas para trabalhar no Paraná é um suplemento especial da Gazeta do Povo. Diretora de Redação: Maria Sandra Gonçalves. Editora-executiva: Marisa Boroni Valério. Edição: Fabiane Ziolla Menezes. Textos: Fabiane Ziolla Menezes e Elisa Lopes. Projeto gráfico e direção de arte: Acir Nadolny e Dino R. Pezzole. Diagrama Conteúdo extra Para ver mais fotos ção: Simon Taylor. Capa/Foto: Daniel Castellano. Redação: (41) 3321-5494. Fax: (41) 3321-5472. Comercial: (41) 3321-5291. Fax: (41) 3321-5300. E-mail: economia@gazeta das ganhadoras e também vídeos de funcionários que dopovo.com.br Endereço: R. Pedro Ivo, 459. Curitiba-PR. CEP: 80.010-020. www.gazeta- fazem a diferença na rotina das empresas, acesse o dopovo.com.br/economia/melhoresempresas www.gazetadopovo.com.br/economia/melhoresempresas Não pode ser vendido separadamente. GAZETA DO POVO 3 ranking Uma vitrine para o mercado Fabiane Ziolla Menezes 3º 2º 1º 7º 6º 4º 14º N N 16º 10º N 9º N N N N 5º N N 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º Gazin Pormade Volvo Ecovia Novozymes GVT Ecocataratas Moinho Globo Boticário DB1 Info HSBC GLT Rivesa Apetit HSBC BR Kraft Foods Cia Atlhetica ALL Embracon-PR Aquário Heads Posição no ranking de 2010 4 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 Posição no ranking de 2011 U ma vitrine para as empresas e também para quem quer um lugar de destaque no mercado de trabalho. A pesquisa do Great Place to Work é as duas coisas. “O objetivo do ranking é incentivar as empresas a melhorarem seu ambiente de trabalho. A visibilidade acaba sendo uma consequência disso. As pessoas estão atrás de boas empresas para trabalhar e hoje elas podem se dar ao luxo de selecionar. Nesse sentido, o estudo é quase um serviço de utilidade pública”, comenta o presidente do GPTW, Ruy Shiozawa. A metodologia do estudo é a mesma em 45 países e o resultado é divulgado por algumas das publicações mais inf luentes do mundo, como as revistas Fortune, nos Estados Unidos, e Época, aqui no Brasil. As empresas participantes se inscrevem no site do Great Place to Work seguindo o critério de ter mais de 50 funcionários e no mínimo três anos de atuação no mercado nacional ou internacional. Cumprindo esses dois pré-requisitos básicos, passam para a segunda etapa do levantamento em duas fases. Na primeira, um grupo de colaboradores da organização é sorteado, a partir de uma amostra que representa a diversidade do quadro funcional, para responder ao questionário de 58 perguntas afirmativas e duas questões livres, referentes ao relacionamento organizacional, oportunidades de desenvolvimento e planos de cargos e salários. As perguntas também procuram medir o quanto os colaboradores estão comprometidos com o trabalho e se eles sentem orgulho do que fazem. As questões afirmativas representam 62% da nota final da empresa e as duas perguntas livres, 5%. O processo, segundo a gerente de marketing do GPTW, Viviane Rocha, é todo sigiloso e as respostas são enviadas para a consultoria sem que a empresa tenha acesso a elas. Os outros 33% da nota final vêm das respostas do setor de recursos humanos quanto à remuneração, ao pacote de benefícios, à educação corporativa e aos programas de qualidade de vida. “As empresas também têm liberdade de mandar material extra, como vídeos, que exemplifique as práticas adotadas”, salienta Viviane. 9 *Ecocataratas novas empresas foi a que mais cresceu Valterci Santos/ Gazeta do Povo Futuro e passado dos programas de treinamento da PwC: Bernardo Michelotto, 19 anos e recémcontratado, e Mario Tannahauser, hoje um dos sócios da empresa. trainees Treinamento reconhecido Aumenta o número de vagas nas seleções de trainees e elas estão cada vez mais disputadas. Saiba o que é importante para despontar na dianteira e ser contratado Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo E m 1992, Mario Tannahauser, recém-formado em Ciências Contábeis, passou no programa de trainee da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) Brasil. Hoje, quase 20 anos depois, ele é um dos sócios da empresa e acompanha o crescimento de Bernardo Michelotto, de 19 anos, trainee que acaba de ser contratado pela consultoria. Se muita coisa mudou nesse período? “A nos- sa base de formação técnica foi praticamente a mesma. Mas mudam a profissão, que no nosso caso é a área de auditoria, e o processo de como auditar, que vem evoluindo”, conta Mario. A estrutura dos programas de trainee realmente mudou pouco nos últimos anos. Há análise de currículo, provas, dinâmica e entrevistas. A diferença mesmo está no maior rigor dos treinamentos e, principalmente, na concorrência mais acirrada. “Há processos com 20 vagas para seis mil candidatos. Muito mais concorrido, e tão difícil ou mais, do que um vestibular”, explica Bernardo Entschev, presidente da consultoria De Bernt Entschev. O domínio do inglês, por exemplo, que antes era visto como uma vantagem, atualmente é exigido em todas as áreas, em qualquer nível. “O diferencial é uma terceira língua ou um curso no exterior”, diz ele. Mas a principal arma de um trainee, segundo Manoela Costa, gerente da Consultoria Page Talent, de São Paulo, é o comportamento. “Atitude é a palavra, e a gente vê isso no jovem que desde a faculdade participa de algo, mesmo sem remuneração. É um estágio, um trabalho voluntário, algo para fazer a diferença”, diz. Destaque-se Bernardo Michelotto, que começou recentemente na PwC, sabe: “Tenho de dar o meu máximo, e vão me avaliar durante todo o meu trabalho. Ainda mais porque, conforme o meu desempenho, a firma oferece um plano de carreira que possibilita promoção todos os anos”, conta. E dar o máximo de si significa, não só para o Bernardo, conseguir se destacar no grupo de forma positiva. Para Isabela Garbers, curitibana que fez, em 2008, o trainee da Companhia de Bebidas das Américas, a Ambev, e hoje é gerente corporativa de Gente e Gestão da empresa, é essencial que o candidato, antes e GAZETA DO POVO 5 trainees durante o processo, pesquise tudo sobre a organização. “É a melhor preparação. E não só pesquisar o que ela representa no mercado, mas a cultura, os valores, no que a empresa acredita. Se houver empatia, você acaba ficando confiante no trabalho”, diz. Além disso, sinceridade, empreendedorismo e novas ideias são características que fazem a diferença. “Tem de ter aquele brilho no olho, correr atrás.” O outro lado da moeda :: Os programas de trainee formam funcionários cada vez mais jovens, que são contratados, muitas vezes, até durante a faculdade. Nesse cenário de busca por dinamismo e agilidade, como ficam os funcionários mais velhos? Há 6,5 milhões de idosos ativos no mercado de trabalho brasileiro segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, o que corresponde a 29% das pessoas com mais de 60 anos. O número é 35% maior do que em 2001. Para Armelino Girardi, consultor e autor do livro “Desaposentado melhor agora”, há um esforço das redes de supermercado e de alguns outros setores para contratar funcionários com mais de 60 anos. “Mas, infelizmente, há muitos que ficaram fora do mercado de trabalho, que não foram valorizados pela empresa em que trabalhavam antes de se aposentar”, diz. Para ele, a corporação perde a sabedoria e a experiência dos mais velhos, que poderia ser aliada à agilidade dos mais jovens. “A geração mais nova é muito ansiosa, precisa ser ainda preparada para passar por momentos de crise, de mudança, coisa que a geração que está nos 50 e 60 já viveu”, afirma. Mas para cargos de direção de multinacionais ou empresas de grande porte o caminho é outro. “Há cinco anos as empresas experimentaram diretores muito jovens e isso não funcionou bem. Hoje há investimento nesses funcionários, principalmente em nível gerencial”, explica Bernardo Entschev. Para aproveitar os colaboradores mais velhos, no entanto, acrescenta Armelino, é preciso que eles se atualizem sempre, como fazem os mais jovens. “Tem gente que parou no tempo. Tem de se atualizar, fazer curso, estar nas redes sociais e se motivar para o trabalho”, observa. (EL) OPORTUNIDADE Confira alguns dos programas que abrem todos os anos, com base em dados de 2010: EMPRESA PRÉ-REQUISITOS REMUNERAÇÃO DURAÇÃO VAGAS Formação em qualquer área, com domínio de ferramentas de informática, inglês fluente, disponibilidade total para mudanças e identificação com os valores da empresa. salário não divulgado, benefícios e participação nos resultados 12 meses NE Inglês fluente, conhecimento amplo em informática e disponibilidade para se deslocar e /ou residir em outros estados, durante o treinamento ou após. NE 10 meses NE Inglês fluente, disponibilidade para residir em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba R$ 4 mil 12 meses 20 Inglês avançado, desempenho acadêmico em destaque, disponibilidade de morar em Curitiba R$ 4,5 mil 18 meses 25 Mobilidade nacional e inglês intermediário compatível com a posição, bonificação anual e benefícios 18 meses NE Até três anos de formação em Engenharia, Geologia, Administração ou Economia, inglês fluente, experiência prévia. R$ 4,6 mil e benefícios 18 meses 40 NE: não especificado. WEBSITES: ALL – http://all.tif.com.br • Ambev – http://www.traineeambev.com.br • BR Malls – http://ciadetalentos.tempsite.ws/brmallstrainee/ Grupo Positivo – http://www.focotalentos.com.br/grupopositivotrainee2011 • Kraft Foods – http://www.jovenstalentoskraft.com.br Vale – http://www.vale.com/pt-br/carreiras/oportunidades-na-vale/programa-trainee/paginas/default.aspx 6 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 Carreira Quem você é no mundo corporativo de hoje? Seja ou não pelos programas de trainee, é importante saber em que estágio de desenvolvimento você está antes de pleitear uma posição Fabiane Ziolla Menezes O sistema de autoavaliação ao lado é bem simples e foi desenvolvido pela Fesa, uma das mais atuantes empresas de recrutamento de executivos da América Latina, com exclusividade para a Gazeta do Povo. O teste vai ajudá-lo a entender seu momento e o quão preparado está para integrar o grupo de gestores de uma empresa de ponta, uma das líderes do seu mercado, local ou global. Faça a autoanálise sempre marcando o estágio de desenvolvimento ou de conhecimento frente às competências exigidas. Após terminar sua análise, some os pontos alcançados e veja em que estágio se encontra para adentrar ou desenvolver-se no mundo corporativo. Vamos ver que tipo de talento é você para o mundo corporativo contemporâneo. Atende Não Atende em Atende muito Excede Atende parte bem bem Competências exigidas 1. Formação superior 2. Pós-graduação 3. MBA 4. Inglês fluente 5. Visão estratégica 6. Planejamento estratégico 7. Operacionalização de estratégias 8. Conhecimento de mercados/produtos 9. Capacidade de inovação 10. Poder de decisão diferenciado 11. Foco em excelência e qualidade 12. Foco no cliente interno ou externo 13. Experiência internacional (trabalho) 14. Mala pronta (mudanças de domicílio) 15. Experiência em multinacionais 16. Sentimento de propriedade da empresa 17. Sentimento de estar para servir 18. Treinamento de gerência 19. Experiência no trabalho (mais de 10 anos) 20. Ser safo (é piloto e não robô) 21. Decidir sob pressão 22. Aceitação de pressão 23. Leitura e interpretação de mercado 24. Gestão e aceite de diversidades 25. Aceite de riscos 26. Negociação intensiva 27. Ser global (ligado no mundo) 28. Conhecimento de tecnologia da informação 29. Atento à sustentabilidade 30. Gestão de pessoas de alto nível 31. Gestão de negócios em meio a incertezas 32. Ser agente de mudanças 33. Flexibilidade (easy going) 34. Ser desenvolvedor de pessoas 35. Liderança natural Contagem Resultado Não atende = 1 ponto Atende em parte = 2 pontos Atende bem = 3 pontos Atende muito bem = 4 pontos Excede = 5 pontos De 35 até 63 pontos = “entry level” (início de carreira) De 64 até pontos = compatível com gerente júnior De 92 até 119 pontos = compatível com gerente pleno De 120 até 147 pontos = compatível com gerente sênior De 148 até 175 pontos = pronto para o “C level” (diretoria ou presidência) Conteúdo extra Para saber por que são essas as competências exigidas hoje e entender como o mundo está à beira de um apagão de talentos acesse um material exclusivo, escrito pelo CEO da Fesa, Alfredo Assumpção, considerado um dos headhunters mais influentes do mundo pela revista Business Week. www.gazetadopovo.com.br/economia/melhoresempresas GAZETA DO POVO 7 Fabiane Ziolla Menezes inovação A flexibilidade para se adaptar a momentos difíceis e a capacidade de inovar para alcançar maior competitividade são algumas das qualidades mais importantes para as empresas. Mas apesar do esforço do Legislativo, na última década, e também das próprias empresas, processos e produtos realmente inéditos ainda são difíceis de encontrar no Brasil. Em uma conversa com a Gazeta do Povo, dois especialistas – Mansueto de Almeida Junior, economista da Diretoria de Estudos Setoriais e Inovação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Diset/ Ipea), e Júlio Félix, diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) – falaram dos desafios que o país tem pela frente para corrigir falhas na gestão de recursos e incentivos destinados a pesquisa e desenvolvimento (P&D, no jargão acadêmico). “No Brasil, o que predomina é a aquisição de tecnologia” Daniel Catellano/ Gazeta do Povo Dois especialistas falam dos desafios que as empresas e o país têm pela frente para ser mais competitivos “Se nos preocuparmos em importar conhecimento e não máquinas, como é o costume brasileiro, conseguiremos avançar.” Júlio Félix, diretor-presidente do Tecpar 8 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 Hoje a inovação é uma “tarefa” feita mais na universidade que nas empresas. Há como equilibrar isso e aumentar a troca entre as duas instâncias? Mansueto | Na teoria, a Lei de Inovação (10.973/2004) e a Lei do Bem (11.196/2005) mudaram a legislação e criaram mecanismos para que as empresas inovassem mais. Na década de 1990, para uma empresa ter algum benefício com P&D tinha de elaborar um projeto e mandá-lo para o Ministério de Ciência e Tecnologia. Desde 2005, ela pode contabilizar o investimento e descontá-lo do imposto de renda. Ainda sim, as regras não são muito claras e provocam certa insegurança jurídica. O Brasil também tem um número grande de multinacionais que investem muito pouco em P&D aqui, fazendo isso em suas matrizes no exterior. Júlio | Bom, quem inova é a empresa. Mas no Brasil os pesquisadores estão nas universidades. Então, como fazer? No caso do Paraná, a Lei de Inovação estadual, que deve ser encaminhada para votação ainda neste ano, pode ser o caminho, já que ela regula a relação entre o pesquisador/ acadêmico e a empresa. Hoje, a carreira do profissional pesquisador se define pelo número de artigos científicos e estudos conduzidos e publica- É preciso um canal, como um departamento ou uma gerência, para isso dentro da empresa? Mansueto | Teoricamente sim, mas as empresas brasileiras gastam pouco em P&D e poucas delas têm um setor interno voltado para pesquisa. Uma das razões é que, em alguns setores econômicos, como o de alimentos, você precisa gastar menos com P&D para ser competitivo. Há também a questão do mercado-alvo. Uma empresa francesa olha o mercado comum europeu, enquanto que a brasileira olha o mercado interno e não precisa se esforçar tanto para ser diferente. Júlio | Depende da complexidade do negócio. Uma nova regra da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que está na fase final de edição, vai ajudar nisso, porque vai dar parâmetros, de acordo com o tamanho da empresa e outras diretrizes, para se decidir se a empresa deve ter um departamento para isso ou não. Quando pensamos em inovação, o que é próprio do comportamento brasileiro? Mansueto | No Brasil, o que predomina é a aquisição de tecnologia, de máquinas que melhoram processos, e a atração de investimento externo. A última Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec), do IBGE, estudo que mede esse esforço de inovar, referente a 2008, mostra que a taxa de inovação na indústria brasileira é 38,1%. Mas se você perguntar o índice na criação de um produto novo no mercado nacional (algo inédito) a taxa é só de 4,1%. Ao mesmo tempo, o estoque de investimento direto externo no nosso país é de 24,4% do PIB, enquanto que o da Coréia e do Japão são de 12,7% e 3%. Essa opção de comprar a tecnologia e não de desenvolvê-la, controlando o investimento externo, é o que resultou nessa diferença entre as indústrias da América Latina e da Ásia, segundo Alice Amsden, professora do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Júlio|Se nos preocuparmos em importar conhecimento e não máquinas, como é o costume brasileiro, conseguiremos avançar. Tentar repatriar nossos profissionais que estão lá fora ou mesmo trazer pesquisadores, ainda que estrangeiros, mas que tenham uma competência específica e necessária também é importante. O Brasil está incentivando devidamente a inovação e a descoberta de novas tecnologias e ferramentas de gestão? Mansueto | O Brasil não está tão ruim quanto parece. Nas pesquisas do Fórum Econômico Mundial, o país é um dos top 30 na capacidade de ino- var. Embora invistamos pouco nisso, cerca de 1,2% do PIB, o fazemos mais que a Itália e a Nova Zelândia. Ainda falta melhor gestão, simplificação de regras e maior regulação (exigências que incentivem a inovação, como no setor automotivo). No mais, a inovação não é a solução para todos os nossos problemas. O alto peso tributário e os obstáculos em infraestrutura ainda são os principais entraves. Júlio | Eu acredito que o Brasil teve um salto grande com a Lei de Inovação e também com a subvenção de recursos públicos para pesquisa. É suficiente? Não. É preciso mais avanço no arcabouço jurídico, principalmente porque colocar dinheiro público na mão de empresa privada ainda é mal visto por alguns. Divulgação/Ipea dos. A mudança começa a partir do momento em que temos um documento que define que ele também pode participar dos resultados financeiros de uma inovação desenvolvida para uma empresa e que isso também representa possibilidades de ganho e ascensão na carreira. É claro que é algo que vai demorar, mas vai acontecer. “Embora invistamos pouco nisso, cerca de 1,2% do PIB, o fazemos mais que a Itália e a Nova Zelândia.” Mansueto de Almeida Junior, economista da Diretoria de Estudos Setoriais e Inovação do Ipea GAZETA DO POVO 9 ranking 2011 1º Como uma grande família Ramo Fundação Varejo 1966 Localização faturamento bruto em 2010 R$ 1,6 bilhão Funcionários 4.785 Douradina, Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo Douradina 3.282 1.503 D ouradina é a capital da Gazin. E é muito fácil entender as placas com a frase que estão espalhadas pela cidade. Dos pouco mais de faixa etária 1.779 2.052 712 207 35 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais Mario Valério Gazin fala com os funcionários diariamente sobre as metas da empresa. escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 3.391 624 417 353 Tempo de serviço 2.565 1.280 718 168 39 15 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Nome Mario Valerio Gazin Na empresa desde novembro 1966 começou como presidente Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria 10 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 Fotos: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo Atendimento psicológico 7 mil habitantes do município, localizado no Noroeste do estado, cerca de 1,2 mil são funcionários da empresa. Os outros 3,5 mil colaboradores estão nas unidades do Paraná e nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Amazonas, Bahia, Rio Grande do Sul, Tocantins, Paraíba e São Paulo. Ou seja, há Gazin por todos os cantos do Brasil. “A cidade cresceu em volta da Gazin. Durante o ciclo do café, Dou radina cresceu muito, mas depois veio a crise e muita gente deixou a cidade, que chegou a ter quatro mil habitantes. Aqui tudo era café”, conta Mario Valério Gazin, atual presidente e um dos fundadores da empresa, apontando para o terreno da ma triz. O grupo nasceu em 1966, com uma loja de móveis na cidade. Em seguida veio a abertura do Atacado e Indústria de Móveis Gazin e, em 1998, a inauguração da Indústria de Colchões e Estofados. E o crescimento do grupo segue em ritmo acelerado, como a rotina de Mario que, aos 62 anos, acompanha cada detalhe da empresa de perto. No dia 18 de outubro, no início da tarde, lá estava ele, em cima de um caminhão, conferindo as peças para a nova fábrica de Jaciara, Mato Grosso. Atualmente há seis fábricas a pleno vapor. “E queremos chegar a 10 até 2019”, conta o presidente. Pai de muitos filhos Relacionamentos fortalecidos A empresa tem quase 50 programas diferentes de relacionamento com a comunidade interna e externa. Um deles é a Afungaz, associação dos funcionários que conta com campo de futebol, vôlei, piscinas, academia, salão de festas e chalés para hospedagem. Algumas crianças passam a tarde se divertindo e com a vantagem de estar perto dos pais. Há também a Universidade Cor porativa Gazin (Unigazin), que em 2010 fez parceria com aFundação Dom Cabral para programas técnicos de formação e capacitação profissional, e os programas de saúde, alimentação e o de enriquecimento no trabalho, em que cada colaborador é estimulado a aprender funções e tarefas importantes para o crescimento do setor e para crescimento individual. Outro programa, criado em 2000, é de bonificação por tempo de serviço. Quando o funcionário completa 10, 15, 20, 25 ou 30 anos de Gazin ele recebe um bônus financeiro, além de plantar uma árvore de sua escolha no Parque das Árvores da matriz. Gazin, o presidente de fácil trato da empresa. Ambientes para prática esportiva estão entre os benefícios. A Gazin é uma empresa familiar. Além de Mario, comandam a empresa Antônio Roberto Gazin, Jair José Gazin, Rubens Gazin e João José da Silva, diretores Comercial, Administrativo, de Agronegócios e Financeiro, respectivamente. Mas o clima caseiro não se dá apenas por isso. Qualquer breve caminhada pelas unidades do grupo se torna um longo passeio, tamanhas são as paradas do presidente para conversar com os colaboradores. “Ele não sabe o nome de todos nós, mas lembra há quanto tempo cada um está na empresa, como começou, conhece a família”, conta Daniela Torres, funcionária há 14 anos. Daniela hoje tem 30 e começou aos 17 anos, como menor aprendiz. A história é parecida com as de tantos outros colaboradores. De Danilo Aparecido Sossai Ferreira, 27 anos, 13 de empresa, por exemplo, o presidente lembra até o valor do salário. “Aqui a gente tem um paizão. Ele cuida da gente, mostrando como crescer, como viver. Toda vez que ele viaja, faz palestra para mostrar tudo o que viu, o que aprendeu. Divide tudo com todo mundo”, diz Danilo. GAZETA DO POVO 11 ranking 2011 2º PORMADE Educação como base União da Vitória, Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo A estratégia da Pormade, fabricante de portas de União da Vitória, no Sul do Paraná, é certeiro: investir em seus funcionários tendo como base a educação e a confiança. Edson Ribeiro, de 35 anos (dez de trabalho), é um exemplo de como a empresa funciona. Ele, que recebe toda a matéria-prima que chega à fábrica e repassa aos funcionários de cada setor, começou na Pormade sem nem o ensino fundamental completo. “Consegui terminar minha primeira faculdade, de Secretariado Executivo, com a ajuda da empresa. Agora faço Letras, que é algo que gosto”, conta. Segundo Hermine Schreiner, diretora de RH da empresa, Edson soube aproveitar todas as oportunidades que surgiram, mas não só ele. “Aqui, 80% dos funcionários têm uma história como a dele”, conta. E o estudo não é algo que vem apenas de fora para dentro na Pormade. A própria empresa, em 2010, solidificou a Unicop (Universidade Cor porativa Pormade), com treinamentos técnicos operacionais do setor, além de aulas de Português, Matemática e Física. O segredo, diz Hermine, é que todos gostam do que fazem. “O pessoal sai do expediente, faz um lanche e vem para a aula. Não adianta uma empresa querer implantar projetos arrojados se ela não tem um bom ambiente de trabalho. É a lição de casa: ninguém se doa por algo que não vale a pena.” Outra característica da Pormade é a liberdade. É isso, segundo Edson, que dá motivação para trabalhar todos os dias. “Faço meu serviço de acordo com o que eu vejo que é melhor. Somos cobrados, claro, mas temos liberdade para resolver os problemas que surgem, e isso faz com que a gente cresça”, diz. E o discurso é alinhado com o da diretora de RH. “Aqui todos aprendem desde cedo que podem falar o que gostam e o que não gostam sem que sejam prejudicados. Nós construímos essa confiança”, assegura. Ramo Fundação Portas 1939 Localização União da Vitória faturamento bruto em 2010 R$ 41,6 milhões Funcionários 375 340 35 faixa etária 100 103 36 54 22 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 270 51 34 20 Tempo de serviço 147 43 74 73 20 18 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Claudio Antonio Zini Nome Na empresa desde junho 1976 tornou-se presidente em 1986 Benefícios Plano de Saúde Daniel Castellano/ Gazeta do Povo Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Colaboradores têm a oportunidade de aperfeiçoar a carreira dentro da empresa. 12 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 Plano de aposentadoria ranking 2011 3º VOLVO Ramo Fundação Automóveis 1977 Localização Curitiba faturamento bruto em 2010 R$ 6,9 bilhões 3.112 2.661 451 faixa etária 474 1.229 958 379 72 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 1.596 334 602 580 Fotos: Marco Lima/Gazeta do Povo Funcionários Montadora aposta no engajamento dos funcionários, como Márcio Zavadzki e Bruna Mendes. Olhos atentos para o futuro Tempo de serviço 1.004 777 549 334 178 270 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Roger Alm Nome abril 2010 Na empresa desde começou como presidente Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo A Volvo do Brasil dispensa grandes apresentações. Firme no cenário das multinacionais, a montadora de origem sueca foi a vencedora da edição 2010 da pesquisa Great Place to Work e segue entre as cinco melhores neste ano. E quando a empresa é vencedora, os 3.112 colaboradores também são. “Se trabalhamos em uma das melhores empresas é porque também somos os melhores funcionários. Quando há um prêmio, também somos privilegiados e ganhamos junto com a Volvo”, diz Bruna Mendes, assistente administrativa da empresa. A receita desse sucesso é o trabalho apurado, de logística e concentração, que planeja em detalhe a montagem de cada caminhão (é um a cada 15 minutos), fora motores, chassis de ônibus e toda a produção, que é base também para planejar atentamente o que está por vir. “O que já foi feito até agora não é garantia. É preciso estar atento aos desafios. E não basta apenas se atualizar, queremos construir esse futuro, captar o que está por vir e antecipar ações”, afirma o diretor de Recursos Humanos e de Assuntos Corporativos, Carlos Mo rassutti. Um exemplo desafiador é a transição de gerações na empresa. Buscar um equilíbrio entre a chegada dos muito jovens e a saída dos mais velhos é essencial, segundo Morassutti. “Precisamos pensar e planejar um ambiente que seja atraente para novas pessoas. E preparar não só para atrair a nova geração, mas também preparar as gerações mais antigas para dar continuidade ao trabalho, mesmo com todas as mudanças que estão por vir e que já estão acontecendo. É olhar para frente para poder sair na frente, mantendo o engajamento de todos.” GAZETA DO POVO 13 ranking 2011 4º ECOVIA Ramo Fundação Concessionária 1998 Localização São José dos Pinhais Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo faturamento bruto em 2010 R$ 170,6 milhões Funcionários 96 146 50 faixa etária Adilson Nadaline, funcionário há 10 anos, vê na empresa a oportunidade de crescer. Investimento em qualidade de vida São José dos Pinhais, Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo N ão foi à toa que a Ecovia, concessionária que administra o trecho entre Curitiba e o litoral paranaense, recebeu a melhor avaliação, entre as empresas, em qualidade de vida, segundo o Instituto Great Place to Work. No último ano, esse foi o principal foco da companhia: implantar novos programas e projetos que trouxessem qualidade para o trabalho dos funcionários. E isso se deve, também, ao fato de a empresa ter sido eleita, em 2010, uma das melhores empresas para se trabalhar no Paraná. “A responsabilidade aumenta muito. Quando se alcança esse resultado em um ano, uma cobrança maior vem até do colaborador, que fica na expectativa por melhorias. E se ganhar um ano, dois, três, precisa sempre criar coisas novas, porque o colaborador é exi- 14 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 gente”, explica o superintendente da empresa, Evandro Vianna. Entre as novas ações, uma colocou a sexta-feira no posto de dia preferido da semana: a quick massage. “Todo mundo agora espera pela sexta. O pessoal sai do gazebo nas nuvens. A massagem, mesmo que por 20 minutinhos, teve uma adesão muito bacana, e um resultado também, porque os funcionários queriam mais, queriam todos os dias”, brinca Adriana Vasconcelos, gerente de RH da empresa. Outra inovação em um ponto sensível foi com a alimentação. Uma nutricionista agora trabalha diretamente na empresa, com consultas regulares, para melhorar a dieta de todos. “Estamos no pé da serra, um ambiente frio, que favorece que os funcionários comam mais e acabem engordando. A gente identificou isso, em um checape, e trouxe algumas mudanças”, diz Adriana. Com a nutricionista, veio também a atividade física, em horário de trabalho e um grupo de caminhada e corrida. 30 63 33 16 4 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 110 14 15 7 Tempo de serviço 33 61 40 12 0 0 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Marcelino R. de Seras Nome Na empresa desde julho 2002 começou como Diretor/Presidente Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria ranking 2011 5º NOVOZYMES Fundação 2005 Localização Araucária faturamento bruto em 2010 R$ 145 milhões Funcionários 187 127 60 faixa etária 33 56 63 28 7 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 70 27 65 25 Tempo de serviço 43 41 18 39 34 12 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Pedro Luiz Fernandes Nome Na empresa desde 1988 começou como Supervisor de Laboratório Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria Fotos: Priscila Forone/Gazeta do Povo Ramo Biotecnologia Meri Cleuzair Freitas, técnica de laboratório, há 14 anos na empresa, e o pesquisador Diego Camloffski, há 1 ano e meio, em sintonia com os próprios valores. Valores próprios, seguidos à risca Araucária, Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo Q uatro valores norteiam o trabalho dos funcionários da Novozymes Latin America, fornecedora de enzimas para a indústria: ouse liderar, confie para ganhar confiança, conecte-se para criar e libere a paixão. São princípios simples, criados pelos próprios funcionários da empresa, do mundo inteiro, e que fazem da Novozymes a quinta melhor empresa do estado. Marta Regia dos Santos, gerente de Pessoas e Organização, explica: “Ousar liderar significa que cada um é dono de seu trabalho e deve ter iniciativa. A confiança é a base de tudo, e não só aqui. Conectar-se para criar significa trabalhar em conjunto, em equipe, aprender com o outro e ensinar. E a paixão, para mim, é o fundamental. Amar o que faz é o alicerce de um bom trabalho.” Outro atrativo da Novozymes é o plano de benefícios. O que mais chama a atenção e orgulha os colaboradores é a cobertura de 100% de medicamentos para os funcionários e suas famílias, sem desconto na folha de pagamento. “Uma vez por semana nossa médica passa a tarde inteira aqui. Se o funcionário precisa de uma consulta, pode fazer na empresa mesmo. Se precisa de algum remédio, a gente liga para a farmácia e ela traz, sem custo nenhum. São detalhes que tornam a vida mais fácil”, explica Pedro Luiz Fernandes, presidente da empresa. E é esse cuidado com o bem-estar dos colaboradores que mantém Meri Cleuzair Freitas, técnica de laboratório, há 14 anos na empresa. “Aqui todo mundo se preocupa com o funcionário, em como ele está, o que precisa e com a formação”, diz. Meri começou na Novozymes como auxiliar de laboratório, terminou o ensino médio e fez curso técnico, tudo com a ajuda da empresa. “Aqui tive todas as oportunidades de aprender e de me desenvolver para chegar onde estou hoje, com muito esforço e incentivo.” GAZETA DO POVO 15 ranking 2011 6º GVT Ramo Fundação Telecomunicações 1999 Localização Curitiba faturamento bruto em 2010 R$ 3,9 bilhões Marco Lima/ Gazeta do Povo Funcionários 7.951 4.337 3.674 faixa etária Vice-presidente jurídico e de RH, Gustavo Ribeiro, em área decorada para o Dia das Bruxas. Investimento em quadro próprio Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo E m um ano, a GVT aumentou em 46,1% seu quadro de funcionários. Um dos motivos foi a contratação de quase três mil pessoas para as atividades de instalação de linhas telefônicas. “Foi um desafio ter gente de dentro de casa para fazer isso, algo que outras empresas não têm. Mas ter pessoas com o DNA da empresa, mais engajadas, significa ter serviços melhores no futuro”, explica Gustavo Gachineiro, vice-presidente jurídico e de RH da operadora. E quanto mais a empresa cresce, mais oportunidades de carreira surgem. O programa Talento Interno, por exemplo, oferece vagas para que os funcionários da GVT possam migrar de área e de função. Há também a Universidade Corporativa, com cursos de liderança, gestão e outros investimentos na formação 16 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 dos colaboradores. “Se nós temos uma empresa de sucesso certamente é pela qualidade do material humano. Posso afirmar que temos o melhor quadro de funcionários entre as empresas do setor, e isso é fundamental para que a gente cresça da forma que tem crescido”, completa Gachineiro. E para 2011 os desafios são ainda maiores: a empresa acaba de lançar operações em tevê por assinatura, com canais em alta definição e conteúdos customizados para todos os pacotes. Agora, além de única operadora de telecomunicações com base fora do eixo Rio-São Paulo, é também a única empresa de canais pagos que não está inserida no eixo. “Investimos em um ponto muito estratégico e estamos preparados para competir com as outras. Agora é fazer a operação crescer para que tenha a qualidade necessária dos nossos outros serviços”, diz o vice-presidente. 2.452 3.635 1.466 346 52 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 4.812 1.367 1.524 248 Tempo de serviço 5.517 1.881 553 0 0 0 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Amos Genish Nome fevereiro 2000 Na empresa desde começou como presidente Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria ranking 2011 7º ECOCATARATAS Fundação 1998 Localização Cascavel faturamento bruto em 2010 R$ 180 milhões Funcionários 328 177 151 faixa etária 74 163 77 11 3 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 184 32 62 50 Tempo de serviço 172 78 55 23 0 0 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Marcelino R. de Seras Nome Na empresa desde julho 2002 começou como diretor/presidente Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo U m trecho de 387 quilômetros, com funcionários trabalhando por todo o percurso, é o grande desafio de gestão da Ecocataratas, concessionária de rodovias que administra a BR-277, entre os municípios de Guarapuava e Foz do Iguaçu. Ouvir quem está longe, atender a todas as solicitações e buscar integrar funcionários foi essencial para que a empresa fosse avaliada, pelo segundo ano, como uma das melhores do Paraná – e para que passasse da 14.ª colocação em 2010 para a 7.ª neste ano. Para uma integração eficiente, a empresa buscou diversos meios de chegar até o colaborador, entre eles a rádio interna, que estreou em março deste ano. “Na rádio fazemos todo o processo de comunicação. Há avisos, recados, o presidente do grupo pode entrar ao vivo para todas as unidades e os colaboradores participam ativamente. Podem pedir músicas, mandar recados, enfim, manter um relacionamento até com os funcionários das outras empresas do grupo”, explica Evandro Vianna, superintendente da empresa. Além da rádio, há também a intranet, as caixas de sugestões, uma rede social interna, que funciona como um Orkut ou Facebook, e o programa mensal Café com o Diretor, em que lideranças da Ecocataratas percorrem os trechos da rodovia, conversam com os funcionários e recolhem sugestões. “Nosso turno de trabalho é de 24 horas, então tomamos café com todos os grupos de funcionários. E caso eu não saiba responder Evandro Vianna, superintendente da empresa: conversa franca com os funcionários. Fotos: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo Ramo Concessionária Comunicar para agregar Para a gerente de RH, Adriana Vasconcelos, a qualidade de vida é fundamental. a alguma questão colocada por eles, nos damos o prazo de 10 a 15 dias, e a resposta é enviada por e-mail, pelo mural e por meio da rádio”, completa Vianna. GAZETA DO POVO 17 ranking 2011 8º Ramo Alimentícios MOINHO globo Fundação 1954 Investimento no bem-estar dos funcionários é a base da empresa para mais que dobrar a produção até 2014. Localização Sertanópolis R$ 104,5 milhões Funcionários 162 144 18 faixa etária 48 51 43 16 4 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 130 7 10 15 Tempo de serviço 37 55 34 23 11 2 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Nome Paulo F. da Silva Na empresa desde dezembro 2008 começou como presidente Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria 18 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 Fotos: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo faturamento bruto em 2010 Apoio total aos colaboradores Sertanópolis, Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo Q uando um funcionário tem algum tipo de problema, seja de saúde, financeiro ou familiar, a Moinho Globo Alimentos, empresa do setor moageiro localizada em Sertanópolis, região metropolitana de Londrina, tem como princípio básico dar-lhe apoio irrestrito. “Se o funcionário não está tranquilo, não vai dar tudo de si no trabalho, não vai render”, explica o gerente de RH da indústria, Mario Trentini. E para criar um laço entre os colaboradores e manter um clima agradável as portas estão sempre abertas, para todos. “Todo mundo aqui tem liberdade para conversar com os gestores e com o presidente, seja para dar alguma sugestão, expor um problema ou crítica. E a cidade pequena favorece essa aproximação, todos se conhecem, muitos estudam juntos fora daqui e isso só melhora o ambiente”, afirma Trentini. O líder de empacotamento da Moinho, Genilson da Silva, é a prova dessa filosofia da empresa: com 16 anos de trabalho, teve toda a atenção necessária quando precisou. “Tive de fazer uma cirurgia. A empresa me ajudou com tudo e ajuda até hoje, inclusive na parte financeira. E não ajuda só a mim. Minha esposa quis abrir um salão, a Moinho emprestou o dinheiro e ela paga as prestações. E isso é com todos os funcionários”, conta. Com o grupo em harmonia, a indústria agora parte para os desafios de expansão: a construção de um complexo industrial, integrado com armazenamento, um novo escritório central e moradia para os funcionários. Além disso, segundo Paulo Florencio da Silva, presidente da companhia , o investimento aumentará a capacidade de produção, que atualmente é de 12,5 mil toneladas ao mês. “O novo moinho terá capacidade de moagem de mil toneladas por dia (30 mil por mês), e o projeto deve estar finalizado até o final de 2014”, completa. ranking 2011 9º BOTICÁRIO Orgulho de pertencer São José dos Pinhais, Patricia Dorfman, especial para a Gazeta do Povo P ara os mais de dois mil funcionários do Grupo Boticário a “visão de futuro da empresa é inspiradora”. Essa inspiração se traduz em uma política firme e em constante atualização de reconhecimento das pessoas. “Buscamos ajudar nossos colaboradores a realizar seus sonhos para que possam atuar na realização dos sonhos da empresa. Assim, não apenas damos oportunidades para que cresçam profissionalmente, mas para que criem vínculos e tenham relações duradoras”, explica Rogério Bulhões, diretor de Desenvolvimento Organizacional do grupo. Ele aposta no incentivo para implantação de novas ideias que gerem diferenciais competitivos, reconhecimento por atuações destacadas e preparação de lideranças aliados a um clima organizacional que valoriza a cultura da instituição. Assim, fazer mais está na essência das ações da empresa. O que leva a uma oferta de benefícios que vão do reconhecimento financeiro, com participação nos lucros e a premiação de boas ideias, à oferta de treinamento constante e planejamento de carreira. No Grupo Boticário, o programa “Trilhas de Carreira” tem um índice de 59% de aproveitamento interno para posições estratégicas. “Temos uma perspectiva de crescimento agressiva. A empresa mudou, passando de uma marca para uma visão de grupo. Precisamos nos preparar para esse futuro e por isso as pessoas na empresa são tão importantes”. O índice de retenção de talentos da empresa é de 94%. “Afinal, são elas que constroem a empresa diariamente e precisamos prepará-las para as perspectivas dos mercados futuros, harmonizando as oportunidades com pessoas preparadas”, finaliza Henrique Adamczyk, diretor executivo de Desenvolvimento e Transformação Organizacional. Ramo Fundação Cosméticos Localização 1977 São José dos Pinhais faturamento bruto em 2010 R$ 1,7 bilhão Funcionários 2.108 976 1.132 faixa etária 505 963 522 108 10 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade 1.127 205 503 273 Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação Tempo de serviço 1.007 549 316 151 51 34 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Artur Grynbaum Nome maio 1986 Na empresa desde começou como assistente Benefícios Plano de Saúde Daniel Castellano/ Gazeta do Povo Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós O diretor executivo de Desenvolvimento e Transformação Organizacional, Henrique Adamczyk, se junta aos funcionários para a ginástica laboral. Cursos de línguas Plano de aposentadoria GAZETA DO POVO 19 ranking 2011 10º DB1 Crescimento em ritmo acelerado Ramo Fundação TI/ Software 2000 Localização Maringá faturamento bruto em 2010 R$ 4,4 milhões Funcionários 73 56 17 Daniel Castellano/ Gazeta do Povo faixa etária Com crescimento anual de 30%, colaboradores dizem que a “culpa” é do chefe, Ilson Rezende. Maringá, Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo A DB1 Informática está prestes a se tornar uma multinacional. A fábrica de softwares e projetos em tecnologia da informação, com sede em Maringá, terá uma unidade e uma fábrica em Hyderabad, na Índia, até o final deste ano. A empresa, que recém-inaugurou uma nova unidade em Presidente Prudente, São Paulo, em 2010, tenta também um movimento com outras empresas do setor para a implantação de um Parque de TI na região de Maringá. Ou seja, muitos planos de expansão pela frente em um mercado altamente aquecido. O objetivo de todas essas mudanças é manter o nível de crescimento acima dos atuais 30% ao ano. Mas sem alterar um dos valores: a realização profissio- 20 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 nal dos funcionários. Eles são mais de 70, na maioria homens e com até 34 anos. Trabalhar com a nova geração (na DB1, 38% dos funcionários têm até 25 anos), principalmente em um setor de tecnologia, é um desafio. “É uma geração mais solta, conectada e que consegue ficar antenada por mais tempo. É preciso desenvolver esse potencial para melhorar a cada ano”, diz Ilson Rezende, diretor-presidente da empresa. Silvana Ferreira, que trabalha com documentação e homologação de sistema, faz parte do grupo dos mais jovens, com 25 anos, e é uma das poucas mulheres da empresa. Pedagoga por formação, Silvana fez um curso técnico na área de software, por meio de um projeto social da DB1. “O que eu mais gosto aqui, e que não tive em outros lugares, é a possibilidade de ser agente modificadora, de saber que algo está errado e poder falar”, observa. 28 36 7 1 1 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 5 17 38 13 Tempo de serviço 30 34 9 0 0 0 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Ilson da Silva Rezende Nome Na empresa desde outubro 2000 começou como Gerente de Projetos Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria ranking 2011 11º HSBC SOFTWARE Ramo Fundação TI 2005 Localização Curitiba faturamento bruto em 2010 R$ 59,9 milhões 608 471 137 faixa etária 226 294 66 19 3 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 40 214 286 68 Tempo de serviço 420 182 5 1 0 0 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Nome Adrian Bruscantini Na empresa desde outubro 2010 começou como presidente Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria Daniel Castellano/ Gazeta do Povo Funcionários O diretor de RH, Caio Doi, e colaboradores na sala de relaxamento da sede da Linha Verde. Porque descontrair é preciso. É na camaradagem Fabiane Ziolla Menezes C om uma média de idade de 27 anos, o que os cerca de 600 funcionários do HSBC Software Development Brasil, conhecido como GLT, têm como marca registrada é a facilidade de comunicação e o espírito camarada. “Cerca de 60% das tecnologias que desenvolvemos são para instituições bancárias de fora do Brasil. Além do país, estamos em outras três localidades (Índia, China e Malásia) e trabalhando junto. Isso quer dizer que temos de conversar e trocar informações o tempo todo”, explica o diretor de Recursos Humanos da empresa, Caio Doi. Segundo ele, talento e conhecimento em uma área de Tecnologia, a f luência no inglês ou as duas coisas juntas é o que mais se procura para a entrada no HSBC GLT. Seis empresas de recrutamento ajudam nisso. Entre as várias iniciativas criadas para relaxar os funcionários, que passam boa parte do dia sentados e de olhos atentos no computador, está a discompression room (sala de descompressão, na tradução livre), onde é possível curtir uma massagem, feita por um dos massoterapeutas capacitados e vindos do Instituto dos Cegos de Curitiba, ou mergulhar em uma piscina de bolinhas. Tempo de casa No HSBC GLT, tempo de casa rende reconhecimento e um dinheirinho. Prestes a completar cinco anos, o líder de uma das equipes da empresa Rodrigo Weigert de Araújo ganhou um certificado e US$ 250 ao chegar aos três anos. “Dá para fazer um churrasco maior dessa vez”, brinca Doi com o funcionário. De 3 a 15 anos, o prêmio varia de US$ 250 a R$ US$1.000. Detalhe, o HSBC GLT tem apenas cinco anos de atividades. GAZETA DO POVO 21 ranking 2011 12º RIvesa Disciplina para seguir a missão diariamente Maringá, Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo A busca incansável para transformar valores em uma prática diária é o que faz da Ribeiro Veículos, revendedora Volvo do Brasil de Maringá, conhecida como Rivesa, uma das melhores empresas do Paraná para se trabalhar. “Nós temos nossa missão e nossa ideologia muito bem definidas e entendidas por quem trabalha conosco”, explica André Gandolfi Feio Ribeiro, diretor da empresa. E é esse trabalho de transformação que gera confiança para que os colaboradores deem o melhor de si no trabalho. “Nos dois últimos anos tivemos um crescimento de 35% no quadro de funcionários. E acabamos de concluir um estudo em que ficou claro que a saída, que o nosso futuro, está no crescimento, e é inevitável que isso seja acompanhado por pessoas”, diz o diretor. Ramo Revendedora “É como em um ciclo”, define Luiz Claudio da Silva, gerente administrativo e financeiro, que trabalha há 30 anos no grupo. “Para crescer, precisamos satisfazer nossos clientes, que são nossa prioridade, e para satisfazer nossos clientes, precisamos ter nossos funcionários satisfeitos”, resume. Há por todo o grupo um mapa de diretrizes fundamentais, além de indicadores mensais, visão e valores ao alcance dos colaboradores. Nesse ritmo, a empresa tem hoje cinco concessionárias, três no Norte do Paraná e duas no Mato Grosso do Sul, além de muitos planos para o futuro. “Inauguramos em outubro uma filial em Cruzeiro do Oeste, estamos construindo, para os próximos dois anos, novas estruturas para as unidades de Londrina e Campo Grande. Além disso, pretendemos abrir mais filiais até o final da década, aproveitando que, com o crescimento econômico do país, o mercado de transportes crescerá também”, diz André. Fundação 1981 Localização Maringá faturamento bruto em 2010 R$ 283,2 milhões Funcionários 127 95 32 faixa etária 39 26 36 17 9 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 61 25 41 0 Tempo de serviço 49 36 14 10 6 12 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Nome Edson Feio Ribeiro Na empresa desde junho 1981 começou como diretor-executivo Benefícios Plano de Saúde Daniel Castellano/ Gazeta do Povo Plano odontológico Quadro de funcionários da revendedora cresceu 35% nos últimos anos. 22 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria ranking 2011 13º APETIT Compromisso social que faz a diferença Ramo Fundação Refeições Coletivas 1989 Localização Londrina faturamento bruto em 2010 R$ 37,9 milhões Funcionários 1.052 94 958 174 315 306 215 42 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 876 13 124 39 Equipe unida e com espírito familiar na Apetit, de Londrina. Tempo de serviço 813 186 45 7 1 0 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Nome Márcia R. M. Manfrin Na empresa desde julho 1989 começou como fundadora Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria Daniel Castellano/ Gazeta do Povo faixa etária Londrina, Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo B asta conhecer alguns programas sociais da Apetit Serviços de Alimentação, de Londrina, para entender a sua colocação, pelo segundo ano, entre as melhores empresas do Paraná. São projetos para integrar pessoas com deficiência, de cursos técnicos para jovens em situação de risco social e para orientar e acompanhar a gestação das colaboradoras, voltados para a educação, qualidade de vida e saúde. Segundo Márcia Regina Mocelin Manfrin, fundadora da empresa, compreender as necessidades de cada um, seja colaborador ou da comunidade, resulta em desenvolvimento. “Vejo na Apetit uma empresa que, mesmo focada no crescimento, mantém sua essência e seus valores, e é isso que faz a diferença. No último ano, o crescimento foi de 35%, mas o cerne da companhia é o mesmo”, diz. Um dos exemplos é o programa Mamãe Apetit. Na empresa, em que as mulheres representam 91% do quadro de funcionários, ter à mão informações sobre aleitamento, carteirinha para acompanhamento médico e cartilhas explicativas sobre cada mês da gestação contribui para um ambiente livre de preocupações. Outro projeto é o Chef Mirim, em conjunto com a Guarda Mirim de Londrina, que forma jovens para o mercado de trabalho. São 120 horas de aulas teóricas e 800 de aulas práticas, na empresa, para auxiliar técnico em Nutrição. Raquel Loana Barbosa de Oliveira, de 16 anos, fez o curso em 2010 e já foi contratada pela Apetit. “Nunca imaginei trabalhar com alimentos e na cozinha, até porque gostava mais da área de decoração, mas agora quero levar o trabalho em frente”, conta ela. GAZETA DO POVO 23 14º HSBC BRASIL Ramo Fundação Banco 1865 Localização Curitiba Fotos: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo ranking 2011 faturamento bruto em 2010 R$ 3 bilhões Funcionários 22.553 10.413 12.140 faixa etária 2.548 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais 8.345 7.651 3.725 284 escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 3.630 6.538 10.016 2.369 Tempo de serviço 3.346 4.543 5.345 1.962 1.722 5.635 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Conrado Engel Nome Na empresa desde dezembro 2003 começou como presidente da Losango Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria 24 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 Oportunidade de ser internacional Fabiane Ziolla Menezes P remiado em vários rankings corporativos país afora, o HSBC Brasil oferece uma série de benefícios (descontos em empréstimos e outras operações são de praxe pela natureza do negócio), mas uma das ações que mais se destacam é o apoio, financeiro e de relacionamento, dado à formação profissional internacional. “Há três formas de aproveitar esse traço da instituição. O primeiro são os cargos internacionais por excelência, e que exigirão que a pessoa seja uma viajante, executando tarefas em diferentes pontos do globo”, explica a diretora-executiva de RH do HSBC Brasil, Vera Saicali. A segunda e a terceira formas são o International Secondmen (transferência temporária para outro país), por dois a quatro anos, e o Short Term Assignment (tarefa de curto prazo), em que a pessoa vai para um outro local desenvolver um projeto e/ou habilidade por dois a seis meses. “Nesses casos sempre tem de se juntar o interesse do funcionário à conveniência do banco, é claro”, lembra Vera. Diversidade Entre as diferentes metas com que um gestor do HSBC Brasil tem de A diretora-executiva de RH, Vera Saicali, destaca os vários programas de assistência e qualidade de vida do banco. lidar está uma que dá orgulho ao RH do banco: o Programa de Diversidade. “Existem áreas em que pessoas com deficiência podem ser incluídas mais facilmente, assim como funcionários mais velhos podem ter sua experiência mais bem aproveitada, por isso não estipulamos um número fechado para todos os departamentos. Cada gestor, no entanto, tem a tarefa de traçar uma meta para compor sua equipe segundo esses preceitos e isso tem funcionado muito bem até agora”. O HSBC foi o primeiro banco a cumprir a cota de pessoas com deficiência e mantê-la (a legislação determina que ao menos 5% dos funcionários de empresas com mais de mil empregados sejam pessoas com deficiência). ranking 2011 15º KRAFT Formação de líderes como estratégia Ramo Fundação Alimentício Localização 1903 Curitiba faturamento bruto em 2010 R$ 6 bilhões Funcionários Daniel Castellano/ Gazeta do Povo 11.695 6.710 Ricardo Bacelar, um dos colaboradores que está fazendo carreira na Kraft Foods. 4.985 faixa etária 2.833 4.889 2.841 1.002 130 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade 9.358 539 1.589 155 Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação Tempo de serviço Fabiane Ziolla Menezes R icardo Bacelar, 29 anos, hoje gerente nacional de Desenvolvimento de Novos Negócios em Manufatura, entrou na Kraft Foods há sete anos, ainda como estagiário. “Quando a gente está na faculdade não tem muita noção do mundo corporativo. Eu estava na expectativa de um primeiro estágio e acabei entrando para uma multinacional que se preocupa em formar gestores”, conta. Bacelar participa todos os anos de capacitações, mas a que fez mais diferença na carreira até agora foi a formação de novos gestores, treinamento que durou um ano todo, em 2009. “Aprendi como gerenciar o meu tempo e o das pessoas da minha equipe e a criar oportunidades de crescimento para todos, entre outras coisas.” A julgar pela última movimentação a multinacional norte-americana vai crescer muito nos próximos dois anos. A Kraft Foods comprou a britânica Cadbury, de doces, ainda no ano passado, formando a maior produtora de chocolates do mundo, e inaugurou uma nova fábrica em Pernambuco, com 700 postos de trabalho. “Não falamos oficialmente em metas ou fatias de mercado porque somos uma companhia aberta, mas posso dizer que o Brasil e a América Latina são mercados muito importantes e que, ao contrário do que muitos pensam, esse momento de aquisições não é de demissão, mas de oportunidades. A Cadbury e a Kratf não têm produtos concorrentes, mas complementares”, diz o diretor da área de Assuntos Corporativos e Comunicação, Fábio Acerbi. Como uma multinacional, a empresa tem uma série de boas oportunidades de aprendizagem, inclusive internacional. “Eu mesmo fiquei 18 meses no Peru, como diretor jurídico para o país, Equador, Bolívia e Colômbia. Foi uma experiência enriquecedora”, conta Acerbi. 4.561 3.432 2.732 441 334 195 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Marcos Grasso Nome fevereiro 2010 Na empresa desde começou como presidente Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria GAZETA DO POVO 25 ranking 2011 16º CIA ATLHETICA Ramo Fundação Serviços de Saúde 2005 Localização Curitiba Gente cuidando de gente faturamento bruto em 2010 Funcionários 61 33 28 faixa etária 22 30 9 0 0 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 10 5 17 29 Tempo de serviço 34 27 0 0 0 0 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Richard L. Thorp Bilton Nome Na empresa desde janeiro 1988 começou como analista de marketing Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria 26 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 Patricia Dorfman, especial para a Gazeta do Povo O s professores da Companhia Athletica, academia de fitness há cinco anos no mercado curitibano, trabalham com a missão “Gente cuidando de gente”. Quem é selecionado para estar na equipe, que hoje conta com mais de 60 colaboradores na unidade da capital paranaense, precisa gostar de se relacionar, querer estar com o outro. “Atuamos a partir do conceito de que qualquer pessoa que entre na academia precisa sair melhor, e só conseguimos isso se todos que desenvolvem suas atividades profissionais aqui gostem de gente”, afirma Melissa Crochiquia, sócia-proprietária da unidade. Para isso, atuar fortemente com os colaboradores e darlhes condições de se desenvolver como pessoa e profissionalmente é meta perseguida diariamente na Companhia. “Nós cuidamos do nosso profissional, oferecendo treinamento constante, abertura para a inovação, ambiente saudável e integração”, confirma. Para a professora Andressa Carolina Zytkowski, que já passou por outras empresas do ramo em Curitiba, estar na Companhia Athletica é poder contar com os co legas e desenvolver capacidades. “Em meu primeiro ano fui selecionada para o programa Quem Sabe, que é uma gincana cultural e de conhecimentos técnicos que premia os melhores professores das unidades pelo Brasil com viagens ao exterior. Não ganhei a viagem mas a experiência foi muito gratificante e todo ano quero participar”, confir- Daniel Castellano/ Gazeta do Povo R$ 3,3 milhões A academia de fitness está há cinco anos no mercado curitibano. ma. Além do Prêmio Quem Sabe, a Companhia Athletica trabalha ainda com programas como o Fora da Curva – para valorizar os profissionais que demonstram um comportamento diário diferente e agregador aos valores da empresa e o Inovação, para reconhecer as iniciativas inéditas que foram implementadas e deram resultado positivo. “Mas o principal é o ambiente de trabalho, onde todos estão dispostos a ajudar o colega. A gente não sente que é trabalho, é muito bom”, explica a professora. ranking 2011 17º ALL Formação e transparência em foco Ramo Fundação Transporte Localização 2005 Curitiba faturamento bruto em 2010 R$ 3 bilhões Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo Funcionários A 2.140 1.902 Empresa tem curso próprio em Engenharia Ferroviária para suprir mão de obra. 238 faixa etária 545 923 291 299 82 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade 1.595 235 265 45 Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação Tempo de serviço Fotos: Marcelo Elias/Gazeta do Povo transparência na apresentação de metas e resultados e a busca pela formação constante de seus funcionários são a base para que a América Latina Logística seja reconhecida como uma das melhores empresas do estado. Por toda a sede da companhia, em Curitiba, há painéis com indicadores em verde, amarelo e vermelho, das metas obtidas e das que precisam ser alcançadas, para que todos acompanhem. “Todo mundo sabe para onde a empresa tem de ir, se os resultados foram atingidos e as diretrizes para o ano seguinte. Transparência é um valor da empresa e a gente efetivamente pratica isso”, conta Melissa Alves Werneck, gerente de Gente e Qualidade da ALL. Desde sua fundação, há 14 anos, quando ainda se chamava Ferrovia Sul Atlântico, um grande desafio da companhia é conseguir formar seus funcionários, já que a indústria ferroviária ficou estacionada no país por muito tempo. “Hoje está melhorando, mas não há tecnicidade em quem está se formando. A própria ALL procurou fazer com que a formação ferroviária renascesse no país”, conta Melissa. Entre os programas de formação estão a UniALL, Universidade da ALL reconhecida pelo Ministério da Educação, os programas Trainee e Engenheiro e a formação contínua de quem já trabalha na empresa. Um exemplo dessa formação contínua é a trajetória de José Rivaldo Parro, 40 anos. Atual gerente de Diesel e Tração, Parro começou sua carreira há 13 anos como manobrador, em Apucarana. “Um amigo me 890 464 385 125 234 42 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Nome José Rivaldo Parro, 40 anos, começou como manobrador e hoje é gerente de Diesel e Tração. Paulo Luiz A. Basilio Na empresa desde outubro 2000 começou como analista Benefícios contou que havia um concurso, fiz e passei. Em um ano já estava trabalhando como ajudante de maquinista, e em mais um ano virei maquinista. Depois disso, ainda em Apucarana, fui promovido duas vezes até chegar ao meu cargo hoje, aqui em Curitiba”, conta. E Parro pretende crescer ainda mais. “Quando entrei na empresa percebi que tinha um horizonte, e quero continuar crescendo. A gente nunca sabe aonde pode chegar”, diz. Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria GAZETA DO POVO 27 ranking 2011 18º EMBRACON – PR Ouvidos atentos muito além da capacitação quanto ao produto que representamos. Para isso, levamos à risca a missão da empresa, que é gerar encantamentos. Assim, começamos esse processo de encantamento com os colaboradores, para que eles possam encantar os clientes”, explica Fagundes. Nesse pacote, estão reuniões quinzenais – que incluem encontros informais comemorativos após as discussões formais, massagens, programa “Café com o diretor”, participação nos lucros, dia de folga no aniversário, além de prêmios por reconhecimento de ações em prol do desenvolvimento da empresa. Patricia Dorfman, especial para a Gazeta do Povo O Fundação 1988 Localização Curitiba faturamento bruto em 2010 R$ 118,6 milhões Funcionários 39 77 38 faixa etária 13 29 22 11 2 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 58 7 10 2 Tempo de serviço 40 30 7 0 0 0 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Fotos: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo s plantões da área de recursos humanos são uma das estratégias colocadas à disposição da equipe do Consórcio Nacional Embracon para resolver conf litos, problemas ou mesmo questões pessoais. “O que buscamos é a prosperidade e ela não está vinculada apenas ao crescimento profissional e dinheiro, o que é bacana também. Mas queremos pessoas prósperas, que tenham qualidade de vida e um bom ambiente em casa. Por isso estamos sempre ouvindo nossos colaboradores”, afirma Glaziela Zauer, supervisora de Pessoas e Resultados na filial de Curitiba da Embracon. Para permitir que o acesso aos cargos de direção fosse mais ágil e com isso resultados mais efetivos fossem conquistados, a Embracon enxugou cargos e reorganizou o processo de hierarquia em 2010, facilitando o processo de “ouvir” na empresa. “É a autonomia de ouvir e dar retorno, sem precisar esperar passar por muitas pessoas para tomar uma decisão”, confirma Glaziela. Paulo Fagundes, gerente da regional Sul, confirma essa postura frente aos colaboradores. “Tenho uma relação muito aberta e transparente com a equipe. O objetivo é desenvolvê-las, Ramo Serviços Financeiros Perfil do Presidente Nome Guido Savian Junior Na empresa desde agosto 1988 Funcionários têm como meta encantar os clientes com os produtos. Benefícios Plano de Saúde Estrutura enxuta permite diálogo fácil e rápido na empresa de consórcios. Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria 28 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 ranking 2011 19º aquário Ramo Fundação Eletroeltrônicos 1992 Localização Ambiente bacana, equipe alinhada Maringá faturamento bruto em 2010 R$ 123,3 milhões 385 235 Daniel Castellano/ Gazeta do Povo Funcionários 150 faixa etária 137 133 71 35 9 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 336 18 28 3 Tempo de serviço 205 118 30 21 9 2 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Nome Douglas G. Sendeski Na empresa desde janeiro 1995 Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria Maringá, Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo “U m cliente disse, uma vez, que os produtos da Aquário têm coração.” É assim que Douglas Sendeski, diretor-presidente da Aquário, indústria de produtos para segmento das telecomunicações, resume a alma da empresa. E completa: “As pessoas que trabalham aqui sentem essa diferença, de que não é apenas o resultado numérico que importa, e sim as pessoas, porque considero a Aquário uma empresa muito humana, com os números como consequência”. Entre as ações para manter um bom clima entre todos, está o Painel de Relacionamentos que fica em um local de destaque na fábrica. Caso algum setor esteja descontente com o trabalho de outro, basta trocar a ‘carinha feliz’ (verde), por uma ‘insatisfeita’ (amarela) ou ‘descontente’ (vermelha). Em poucas horas na empresa deu para notar que o painel se mantém no verde na maior parte do tempo. E se há um amarelinho que seja, não passa um dia sem que o problema seja resolvido. “Passamos a maior parte do tem- Fábrica produz cerca de 80 produtos diferentes. O presidente Douglas Sendeski diz que o bom ambiente faz a diferença. po trabalhando. Ficamos mais aqui do que na nossa casa, então tem que ser um ambiente bacana, com uma boa equipe”, explica Douglas. A receita é a mesma com os produtos da Aquário: aproveitar ideias para desenvolver tecnologias cada vez melhores. São cerca de 80 produtos diferentes fabricados todos os dias, entre antenas para celular, rádio, televisão e wireless, cabos e suportes. A internet, aliás, é hoje um dos focos principais da empresa, sem perder a essência dos produtos que fizeram da Aquário o que ela é hoje. “Estamos em um período de globalização forçada do mercado brasileiro. Sempre nos colocamos em uma posição de indústria nacional, mas isso hoje não é mais opção, o desafio agora é disputar com multinacionais”, diz Douglas. GAZETA DO POVO 29 ranking 2011 20º HEADS Ramo Fundação Daniel Castellano/ Gazeta do Povo Publicidade Espaços abertos caracterizam ambiente da agência de 22 anos de idade. Rede de relacionamentos e companheirismo Patrícia Dorfman, especial para a Gazeta do Povo V ocê pode pensar que o negócio da Heads é propaganda e comunicação, mas na verdade é relacionamento. É com essa perspectiva que as paredes foram abolidas e o ambiente permite o desenvolvimento da criatividade, de novas ideias, da inovação e, principalmente, de parcerias. “Estou há pouco tempo aqui e vi uma coisa que nunca tinha visto em outras empresas do ramo: duplas de criação que se apoiam e se ajudam para desenvolver o melhor projeto. Se uma dupla vira a noite, a outra fica junto, para compartilhar”, conta Fabio Miraglia, diretor de criação. Esse clima de descontração e companheirismo faz parte da essência da agência, que está há 22 anos no mercado e é legitimamente paranaense. “Descobrimos que nossa base de trabalho é o relacionamento. Seja entre a equipe interna, dessa equipe com o cliente ou ao proporcionar rela- 30 GAZETA DO POVO 24 de novembro de 2011 cionamento da marca do cliente com o seu consumidor. Por isso, prezamos um clima descontraído, honesto, franco e direto, onde todos têm liberdade para falar e se expressar”, afirma Claudio Loureiro, presidente da Heads. Responsabilidade com autonomia é um dos direcionadores das ações de trabalho dentro da agência. “Buscamos o lucro, mas não apenas sobre o capital. Passamos a maior parte de nosso tempo no trabalho e as pessoas precisam ser felizes para poder produzir de forma positiva. É preciso o lucro pessoal, além do salário. Por isso, investimos na equipe e oferecemos, além do ambiente, capacitação, cuidados pessoais e outras ações em prol dos colaboradores.” Para Gabriela Duarte, diretora e que está há 12 anos na Heads, há um ciclo virtuoso na agência. “Existe espaço para trabalhar e colocar toda a capacidade em prática. Não há rotina e os projetos são motivadores. Mas tudo isso não é mérito de um, mas de toda a equipe.” 1988 Localização Curitiba faturamento bruto em 2010 R$ 22,3 milhões Funcionários 43 91 48 faixa etária 23 38 19 8 3 Menos de 25 Entre 26 e 34 Entre 35 e 44 Entre 45 e 54 55 ou mais escolaridade Até o ensino médio Sup. incompleto/em curso Superior completo Pós-graduação 9 20 41 21 Tempo de serviço 45 26 12 0 6 2 Menos de 2 anos Entre 2 e 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos Entre 16 e 20 anos Mais de 20 anos Perfil do Presidente Nome Claudio L. Santos Na empresa desde novembro 1988 começou como presidente Benefícios Plano de Saúde Plano odontológico Atendimento psicológico Terapias alternativas Academias de ginástica Carreira no exterior Subsídio para graduação ou pós Cursos de línguas Plano de aposentadoria