política 8 A A GAZETA CUIABÁ, TERÇA-FEIRA, 1 DE SETEMBRO DE 2009 É HOJE Prefeito de Cuiabá espera resposta para tocar PAC “ Chefe do Executivo aguarda decisão do comando do Exército em Brasília sobre obras na Capital TÉO MENESES DA REDAÇÃO Otmar de Oliveira Wilson Santos falou ontem sobre a possível resposta positiva O prefeito Wilson Santos (PSDB) espera que o 9º Batalhão de Engenharia de Construção (9º BEC) responda ainda hoje se aceita assumir as obras do Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá, paralisadas desde o dia 10 por conta da Operação Pacenas, da Polícia Federal. A expectativa de Wilson é grande porque o comandante do 9º BEC, tenente-coronel Fernando Miranda do Carmo, sinalizou ontem de que o Comando do Exército em Brasília pode responder até o fim da tarde de hoje sobre o pedido da Prefeitura. O 9º Batalhão de Engenharia de Construção estuda assumir de vez o PAC em Cuiabá a partir de 2010, ficar de fora do problema ou se responsabilizar apenas pelas obras emergenciais tamente a Brasília discutir os nesse ano. Essa possibilidade é detalhes sobre as questões jurímais comentada nos bastidores da dicas disso”, justificou. O tePrefeitura, o que não tira o entunente-coronel Fernando Misiasmo do prefeito diante do granranda do Carmo não esconde de desgaste acarretado com a opepessoal em assumir a ração Pacenas, que levou à cadeia Se o Exército assumir interesse missão de tocar o PAC. Ele dois servidores públicos por suposto envolvimento com as frau- integralmente ou pelo pondera, no entanto, que grandes em licitações do Programa de menos parcialmente o de parte do efetivo do Batalhão Aceleração do Crescimento. realiza atualmente três grandes PAC, vou ter que ir Wilson chegou a conceder obras do programa no Norte de imediatamente ontem uma entrevista coletiva Mato Grosso e Sul do Pará. a Brasília para justificar que a possível São cerca de 300 homens nos resposta a ser dada hoje foi o serviços. Por isso, o comando principal motivo para não viajar no sábado à do Exército em Brasília é que vai decidir o África do Sul na comitiva do governador Blaiimpasse. Segundo o prefeito, o objetivo do ro Maggi (PR). “Resolvi não viajar porque, se convênio é fazer com que o Exército possa aso Exército assumir integralmente ou pelo mesumir as obras por causa de seu notório conos parcialmente o PAC, vou ter que ir imedianhecimento e também da credibilidade. Wilson e Murilo buscam mais verbas CNJ tira de pauta julgamento do TJMT DA REDAÇÃO Os prefeitos Wilson Santos (PSDB) e Murilo Domingos (PR) pediram à Justiça a liberação emergencial de parte das obras do PAC em Cuiabá e Várzea Grande. Enquanto o tucano quer levar adiante a ETA Tijucal e mais R$ 3 milhões em obras menores, o republicano quer R$ 2 milhões para o Departamento de Água e Esgoto (DAE) tocar alguns projetos que também estão paralisados desde o dia 10 de agosto. Wilson fez o novo pedido na sexta-feira (28), sendo que ele já havia solicitado a liberação de R$ 17 milhões dos R$ 28 milhões bloqueados por conta das fraudes em licitações do PAC. Com o pedido, o município tenta levar adiante as obras da Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro Tijucal, que diz ter já 94% do projeto executado. Liberdade - O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região confirmou ontem, no julgamento de mérito, a liberdade liminar que havia concedido ao empresário Anildo Lima Bar- ros (da construtora Gemini) e ao presidente afastado do Sindicado da Indústria da Construção (Sinduscon), Luiz Carlos Richter, presos com mais nove pessoas no dia que foi deflagrada a operação Pacenas. No caso do ex-procuradorgeral de Cuiabá, José Antônio Rosa, além da liberdade já conseguida ele também espera que as gravações telefônicas do inquérito da Polícia Federal sejam anulados judicialmente. Alega que não há embasamento jurídico para as escutas. MARCOS LEMOS DA REDAÇÃO O julgamento no mérito da validade do Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remunerações (SDCR) do Tribunal de Justiça, que se encontra em parte suspenso por decisão liminar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e que deveria ser apreciado na sessão de hoje (1), acabou sendo retirado de pauta. O procedimento, que ocupava a 65ª posição na ordem das pautas, foi retirado a pedido do conselheiro-relator, Leomar Barros Amorim de Souza. Ele julgará diversas incorporações salariais concedidas entre os anos de 2007 e 2008 e que acabaram gerando pendências da Justiça para com os servidores que em alguns casos superou os R$ 1 milhão. O presidente do TJ, Mariano Travassos, antes de assumir o cargo, conseguiu suspender os efeitos do SDCR no CNJ, mas a direção passada sob a responsabilidade de Paulo Lessa e Orlando Perri desrespeitou a ordem superior, o que gerou uma cor- reição na parte administrativa da Justiça. O Sindicato dos Servidores, que defende os benefícios esperava o julgamento para hoje, lembrando que se trata de julgamento no mérito, que tanto pode confirmar a liminar como negá-la devolvendo os benefícios aos serventuários. Estima-se em mais de R$ 200 milhões/ano, a economia para os cofres do Poder Judiciário com a suspensão da incorporação dos adicionais por tempo de serviço nos cargos comissionados e o retroativo de cinco anos.