Consórcios já entregaram propostas finais para a construção do troço Poceirão-Caia Por Luísa Pinto Depois de dois adiamentos, os dois consórcios que estão a competir para a construção e exploração do troço de Alta Velocidade entre Poceirão e Caia, entregaram hoje as suas propostas finais, nas quais as propostas para os custos de construção se mantém praticamente inalterados. As principais diferenças registam-se nas perspectivas sobre p valor medio anual do custo de manutenção (que incluiu a conservação corrente, grandes reparações, renovações, monitorização e gestão, a preços de 2008 calculados sem IVA. O consorcio co-liderado pela Soares da Costa e pela Brisa agravou a sua proposta de 11,6 milhoes de euros pra 12,2 milhoes, e o consorcio liderado pela Mota-Engil agravou o custom dos 16,7 milhões de euros anuais para os 18 milhões de euros. Relativamente aoss custos de construção, a Mota- Engil manteve a sua proposta inalterada, nos 1334 milhoes de euros, e o consorcio co-liderado pela Brisa e Soares da Costa passou dos 1324 milhoes de euros iniciais para os 1359 milhoes de euros. De acordo com a divulgação avançada pela Rave, “as propostas agora recebidas mantêm praticamente inalterados os custos de construção face à primeira fase do concurso, embora tenham sido solicitadas melhorias objectivas da solução técnica pelo Júri do concurso ao longo do processo negocial”. O investimento global para a construção do troço Poceirão-Caia foi avaliado pela Rave, a empresa pública responsável pela implementação da alta velocidade em Portugal em cerca de 1.450 milhões de euros. Recorde-se que do investimento previsto, os privados só têm de assegurar menos de metade, já que a construção deste troço tem financiamento comunitário assegurado, (641 milhões de euros) e a transferências por parte do Orçamento de Estado (137 milhões) e da Refer (60 milhões) também já estão garantidos. Os privados tiveram de se financiar em cerca de 47 por cento do projecto, e tiveram a possibilidade de recorrer ao Banco Europeu de Investimentos. Foram as dificuldades em incorporar as informações financeiras mais recentes – dada a volatilidade dos juros – que levaram os consórcios a pedir o adiamento da entrega das propostas para hoje. A RAVE explica que “as negociações incidiram sobre os aspectos técnicos, financeiros e jurídicos”, e que agora se segue a avaliação das propostas, “prevendo-se a adjudicação do concurso para o próximo mês.