HOJE NA ECONOMIA
Edição 585
12/07/2012
Um dia de forte aversão ao risco se delineia para hoje, baseado na percepção de que os bancos
centrais das economias avançadas dispõem de pouca munição para reverter o quadro de
deterioração crescente da economia mundial. O dólar opera em alta frente às principais
moedas, o iene se valorizou e os juros pagos pelo T-Bond americano de 10 anos recuou para
1,49% ao ano. Petróleo recua e commodities caem.
Os futuros das principais bolsas americanas operam em baixa, com S&P e D&J marcando 0,64% e -0,61%, respectivamente, nesta manhã. Na agenda, será conhecido o número de
novos pedidos de seguro desemprego, que nesta semana devem ter recuado para 370 mil, 4
mil pedidos abaixo do observado na semana anterior, segundo o consenso do mercado.
Na Europa, o euro permanece em queda frente ao dólar americano, sendo negociado a US$
1,2191/€, com queda de 0,40% neste momento. O mercado de ações opera em baixa. O índice
STOXX600 recua 0,82%, enquanto Londres cai 0,81%, Paris: -0,62% e Frankfurt: -1,00%.
No Japão, a bolsa de Tókio fechou em queda pelo sexto pregão consecutivo. O Nikkei perdeu
1,48%, refletindo o desalento dos investidores ante a decisão do Banco do Japão (BoJ) em
manter inalterada sua política monetária. Investidores esperavam novas injeções de liquidez
nos mercados. O iene se apreciou, sendo negociado a ¥ 79,33/US$ com alta de 0,55% ante a
moeda americana. Na China, a bolsa de Xangai fechou em alta de 0,46%, impulsionada pela
expectativa de alta dos preços das commodities e pela percepção de que a economia já deve ter
atingido o fundo do poço no segundo trimestre deste ano. Em Hong Kong, o comportamento
dos investidores foi outro. Prevaleceram temores sobre o agravamento da crise mundial e
receio quanto ao PIB chinês do 2º trimestre, que será divulgado hoje. A bolsa local fechou em
queda de 2,03%.
No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 84,96/barril, com queda de 0,99%
nesta manhã. Nas demais commodities, os metais recuam 1,20%, enquanto os agrícolas sobem
0,26%, com destaque para milho e soja.
A reunião do Copom ontem não trouxe surpresas: reduziu a Selic para 8,0% e manteve o
mesmo comunicado divulgado na reunião de maio, reforçando aposta em novo corte de 50
pontos-base em agosto. A continuidade do processo é respaldada pela fragilidade da economia
global e pelos seus efeitos deflacionários, segundo o comitê, deixando o caminho aberto para
continuidade do ciclo de corte para além de 7,5% já precificado pelo mercado. Para o Ibovespa,
as perspectivas não são positivas para hoje, ante ao quadro de aversão ao risco que toma conta
da maioria dos mercados externos.
Superintendência de Economia
Sul América Investimentos - Associada ao ING
www.sulamericainvestimentos.com.br
Download

Hoje na Economia 2012_07_12