Demonstrações contábeis intermediárias em
30 de setembro de 2014
Gerência de Contabilidade
KPDS 100311
Conteúdo
1 – Relatório sobre a revisão de informações trimestrais – ITR ......................................‐3‐ 2‐ Demonstrações Contábeis ......................................................................................... ‐ 6 ‐ 2.1 ‐ Balanços patrimoniais ............................................................................................................. ‐ 6 ‐ 2.2 ‐ Demonstrações de resultados ................................................................................................ ‐ 7 ‐ 2.3 ‐ Demonstrações de resultados abrangentes ........................................................................... ‐ 8 ‐ 2.4 ‐ Demonstrações das mutações do patrimônio líquido ............................................................ ‐ 9 ‐ 2.5 ‐ Demonstrações dos fluxos de caixa ...................................................................................... ‐ 10 ‐ 2.6 ‐ Demonstrações do valor adicionado .................................................................................... ‐ 11 ‐ 3 ‐ Notas explicativas da administração às demonstrações contábeis intermediárias ... ‐ 12 ‐ 3.1 ‐ Contexto operacional ............................................................................................................ ‐ 12 ‐ 3.2 ‐ Apresentação das demonstrações contábeis intermediárias ............................................... ‐ 14 ‐ 3.3 ‐ Resumo das principais políticas contábeis ............................................................................ ‐ 14 ‐ 3.4 ‐ Estimativas e julgamentos contábeis críticos ....................................................................... ‐ 21 ‐ 3.5 ‐ Caixa e equivalentes de caixa ............................................................................................... ‐ 22 ‐ 3.6 ‐ Contas a receber ................................................................................................................... ‐ 23 ‐ 3.7 ‐ Partes relacionadas ............................................................................................................... ‐ 23 ‐ 3.8 ‐ Estoques ................................................................................................................................ ‐ 27 ‐ 3.9 ‐ Tributos a recuperar ............................................................................................................. ‐ 27 ‐ 3.10 ‐ Despesas pagas antecipadas ............................................................................................... ‐ 27 ‐ 3.11 ‐ Demais contas a receber ..................................................................................................... ‐ 29 ‐ 3.12 ‐ Depósitos judiciais e provisão para contingências.............................................................. ‐ 29 ‐ 3.13 ‐ Imobilizado.......................................................................................................................... ‐ 33 ‐ 3.14 ‐ Intangível ............................................................................................................................ ‐ 34 ‐ 3.15 ‐ Fornecedores ...................................................................................................................... ‐ 36 ‐ 3.16 ‐ Obrigações fiscais ................................................................................................................ ‐ 36 ‐ 3.17 ‐ Obrigações sociais e trabalhistas ........................................................................................ ‐ 36 ‐ 3.18 ‐ Arrendamentos e concessões a pagar ................................................................................ ‐ 37 ‐ 3.19 ‐ Provisões Operacionais ....................................................................................................... ‐ 38 ‐ 3.20 ‐ Demais Contas a pagar ....................................................................................................... ‐ 38 ‐ 3.21 ‐ Adiantamentos para futuro aumento de capital ‐ AFAC ..................................................... ‐ 38 ‐ 3.22 ‐ Receitas diferidas ................................................................................................................ ‐ 39 ‐ 3.23 ‐ Patrimônio líquido .............................................................................................................. ‐ 39 ‐ 3.24 ‐ Receita dos serviços prestados ........................................................................................... ‐ 41 ‐ 3.25 ‐ Custos dos serviços prestados ............................................................................................ ‐ 41 ‐ 3.26 ‐ Receitas (despesas) operacionais ....................................................................................... ‐ 41 ‐ 3.27 ‐ Resultado financeiro ........................................................................................................... ‐ 43 ‐ 3.28 ‐ Imposto de renda e contribuição social .............................................................................. ‐ 43 ‐ 3.29 ‐ Informação por segmento de negócios .............................................................................. ‐ 44 ‐ 3.30 ‐ Previdência privada............................................................................................................. ‐ 44 ‐ 3.31 ‐ Gestão de riscos financeiros ............................................................................................... ‐ 46 ‐ 3.32 ‐ Compromissos .................................................................................................................... ‐ 49 ‐ 4 ‐ Administração ‐ Conselheiros e Diretores ............................................................... ‐ 50 ‐ -2-
1 – Relatório sobre a revisão de informações trimestrais - ITR
Aos Administradores e Acionistas da
Ferrovia Centro Atlântica S.A.
Belo Horizonte - MG
Introdução
Revisamos as informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, da Ferrovia
Centro Atlântica S.A. (“Companhia”), contidas no Formulário de Informações Trimestrais ITR referente ao trimestre findo em 30 de setembro de 2014, que compreendem o balanço
patrimonial em 30 de setembro de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado e do
resultado abrangente para o período de três e nove meses findos em 30 de setembro de 2014 e
das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o período de nove meses findo
naquela data, incluindo as notas explicativas.
A administração da Companhia é responsável pela elaboração das informações contábeis
intermediárias individuais de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 21(R1) Demonstração Intermediária e das informações contábeis intermediárias consolidadas de acordo
com o CPC 21(R1) e com a norma internacional IAS 34 - Interim Financial Reporting, emitida
pelo International Accounting Standards Board - IASB, assim como pela apresentação dessas
informações de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários, aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais - ITR. Nossa responsabilidade
é a de expressar uma conclusão sobre essas informações contábeis intermediárias com base em
nossa revisão.
Alcance da revisão
Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de revisão de
informações intermediárias (NBC TR 2410 - Revisão de Informações Intermediárias Executada
pelo Auditor da Entidade e ISRE 2410 - Review of Interim Financial Information Performed by
the Independent Auditor of the Entity, respectivamente). Uma revisão de informações
intermediárias consiste na realização de indagações, principalmente às pessoas responsáveis
pelos assuntos financeiros e contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros
procedimentos de revisão. O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de
uma auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos
permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que
poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de
auditoria.
Conclusão sobre as informações intermediárias individuais
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar
que as informações contábeis intermediárias individuais incluídas nas informações trimestrais
acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o CPC
-3-
21(R1) aplicável à elaboração de Informações Trimestrais - ITR e apresentadas de forma
condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Conclusão sobre as informações intermediárias consolidadas
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar
que as informações contábeis intermediárias consolidadas incluídas nas informações trimestrais
acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o CPC
21(R1) e o IAS 34 aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais - ITR e apresentadas de
forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Ênfase
Conforme mencionado na nota explicativa nº 3.1, em 03 de julho de 2013, a Agência Nacional
de Transporte Terrestre (“ANTT”), por meio da Resolução 4.131, alterada pela resolução 4.160
de 26 de agosto de 2013, autorizou a Ferrovia Centro-Atlântica S.A. a devolver
aproximadamente 3.800 (três mil e oitocentos) quilômetros de trechos que compõem a malha
ferroviária sob sua concessão atual, dos quais 07 (sete) trechos são considerados
“antieconômicos” e 06 (seis) trechos “economicamente viáveis". De acordo com a
administração da Companhia as possíveis mutações patrimoniais decorrentes deste assunto
somente poderão ser registradas após revisão e aprovação dos aditivos contratuais e, também, da
efetiva transferência de posse dos bens patrimoniais, incluindo as novas licitações a serem
divulgadas pelo Poder Concedente. Estas medidas não aconteceram até o término dos nossos
trabalhos. Nenhum ajuste foi incluído nas informações contábeis intermediárias individuais e
consolidadas em função deste assunto. Nossa opinião não está ressalvada em função desse
assunto.
Chamamos a atenção para o fato que parte substancial das operações de vendas e compras de
serviços, operações de financiamentos referentes aos adiantamentos para futuro aumento de
capital e operação de cessão de créditos fiscais da Companhia são realizadas com partes
relacionadas, conforme descrito na nota explicativa nº 3.7 às informações contábeis
intermediárias. Portanto, as informações contábeis intermediárias acima referidas devem ser
lidas neste contexto. Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto.
Outros assuntos
Demonstrações do valor adicionado
Revisamos, também, as Demonstrações do valor adicionado (DVA), individuais e consolidadas,
referentes ao período de nove meses findo em 30 de setembro de 2014, preparadas sob a
responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação nas informações
intermediárias é requerida de acordo com as normas expedidas pela CVM - Comissão de
Valores Mobiliários aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais - ITR e considerada
informação suplementar pelas IFRS, que não requerem a apresentação da DVA. Essas
demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de revisão descritos anteriormente
e, com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar
que não foram elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes, de forma consistente com as
informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas tomadas em conjunto.
-4-
Revisão dos valores correspondentes ao exercício e trimestre anteriores
Os valores correspondentes, individuais e consolidados, relativos ao balanço patrimonial em 31
de dezembro de 2013 e às informações contábeis intermediárias relativas às demonstrações do
resultado e do resultado abrangente referentes aos períodos de três e nove meses findos em 30
de setembro de 2013 e das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor
adicionado (informação suplementar) referentes ao período de nove meses findo naquela data,
apresentados para fins de comparação, foram anteriormente auditados e revisados,
respectivamente, por outros auditores independentes que emitiram relatórios sem ressalvas
datados em 21 de março de 2014 e 28 de outubro de 2013, respectivamente.
Belo Horizonte, 06 de novembro de 2014
KPMG Auditores Independentes
CRC SP-014428/O-6 F-MG
Marco Túlio Fernandes Ferreira
Contador CRC MG-058176/O-0
-5-
2- DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
2.1 - Balanços patrimoniais
Em milhares de Reais
Consolidado
Notas
30/09/2014
31/12/2013
Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
3.5
54.965
15.619
54.965
15.619
Contas a receber
3.6
268.096
198.628
268.096
198.628
Estoques
3.8
66.907
63.654
66.907
63.653
Tributos a recuperar
3.9
49.935
31.751
49.935
31.752
Despesas pagas antecipadamente
3.10
14.243
7.537
14.243
7.537
Demais contas a receber
3.11
45.836
24.032
45.836
24.032
499.982
341.221
499.982
341.221
248.021
Não circulante
Contas a receber
3.6
247.627
247.627
248.021
Despesas pagas antecipadamente
3.10
19.921
21.290
19.921
21.290
Depósitos judiciais
3.12
158.450
131.042
158.450
131.042
Tributos a recuperar
Imposto de Renda e Contribuição social diferidos
Contas a receber da RFFSA (União)
3.9
15.780
5.187
15.780
5.187
3.28
118.130
118.130
118.130
118.130
66.157
53.493
66.157
53.493
Imobilizado
3.12(a)
3.13
758.087
812.588
758.087
812.588
Intangível
3.14
2.461.355
2.324.205
2.461.355
2.324.205
3.845.507
3.713.562
3.845.901
3.713.956
4.345.489
4.054.783
4.345.883
4.055.177
Total do ativo
Passivo e patrimônio liquido
Circulante
Fornecedores
3.15
111.769
114.582
111.769
114.582
Obrigações fiscais
3.16
15.367
19.691
15.367
19.691
Obrigações sociais e trabalhistas
3.17
67.421
91.620
67.421
91.620
Arrendamento, concessões a pagar
3.18
42.063
39.915
42.063
39.915
Provisões operacionais
3.19
24.436
24.666
24.830
25.060
Receitas diferidas
3.22
42.624
317
42.624
317
Demais contas a pagar
3.20
10.176
13.619
10.176
13.619
313.856
304.410
314.250
304.804
Não circulante
Provisão para contingências
3.12
64.384
76.326
64.384
76.326
Receitas diferidas
3.22
3.408
3.646
3.408
3.646
Demais contas a pagar
3.20
3.290
895
3.290
895
Adiantamento para futuro aumento de capital-AFAC
3.21
2.430.723
2.140.333
2.430.723
2.140.333
2.501.805
2.221.200
2.501.805
2.221.200
1.722.966
1.722.966
1.722.966
1.722.966
Patrimônio líquido
3.23
Capital social
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Prejuízos acumulados
3.30
(231)
(231)
(231)
(231)
(192.907)
(193.562)
(192.907)
(193.562)
1.529.828
1.529.173
1.529.828
1.529.173
Patrimônio líquido
1.529.828
1.529.173
1.529.828
1.529.173
Total do passivo e patrimônio líquido
4.345.489
4.054.783
4.345.883
4.055.177
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis intermediárias.
-6-
2.2 - Demonstrações de resultados
Consolidado e Controladora
Em milhares de Reais
Período de 3 meses findos em
Notas
30/09/2014
30/09/2013
Período de 9 meses findos em
30/09/2014
30/09/2013
Receita de serviços prestados
3.24
407.329
363.000
1.135.678
971.582
Custo dos serviços prestados
3.25
(391.662)
(338.064)
(1.119.889)
(1.045.828)
15.667
24.936
15.789
(74.246)
(29)
(77)
(74)
Lucro (prejuízo) bruto
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas
3.26 (a)
(27)
Gerais e administrativas
3.26 (b)
(1.719)
(2.049)
(4.416)
(3.488)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
3.26 (c)
(765)
(14.088)
(11.756)
(58.768)
(2.511)
(16.166)
(16.249)
(62.330)
13.156
8.770
(460)
(136.576)
2.949
(4.144)
1.115
(4.188)
(1.659)
(5.006)
(6.708)
(10.807)
112
826
2.406
2.705
4.496
37
5.417
3.914
16.105
4.626
655
(140.764)
16.105
4.626
655
(140.764)
2,02
1,00
0,08
(30,57)
Lucro (prejuízo) operacional antes das
participações societárias e do resultado financeiro
Resultado financeiro
3.27
Despesas financeiras
Receitas financeiras
Receitas (despesas) com variação monetária/cambial
Lucro líquido (Prejuízo) do período
Lucro(prejuízo) básico e diluído por ação atribuído aos acionistas
(expresso em R$ por lote de mil ações - Nota 3.23(b))
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis intermediárias.
-7-
2.3 - Demonstrações de resultados abrangentes
Consolidado e Controladora
Em milhares de Reais
Período de 3 meses findo em
Período de 6 meses findo em
30/09/2014
30/09/2013
30/09/2014
30/09/2013
Lucro (Prejuízo) líquido do período
16.105
4.626
655
(140.764)
Total do resultado abrangente do período
16.105
4.626
655
(140.764)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis intermediárias.
-8-
2.4 - Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
Em milhares de Reais
Capital
Social
Em 01 de janeiro de 2013
Ajustes de
avaliação
patrimonial
1.722.966
Lucros
(Prejuízos)
Acumulados
Total do
patrimônio
líquido
(350.011)
1.372.955
(140.764)
(140.764)
Resultado abrangente do período
Prejuízo do período
Fundos de pensão
(3.479)
(3.479)
Em 30 de setembro de 2013
1.722.966
(3.479)
(490.776)
1.228.711
Em 01 de janeiro de 2014
1.722.966
(231)
(193.562)
1.529.173
655
655
-
-
655
655
1.722.966
(231)
(192.907)
1.529.828
Resultado abrangente do período
Lucro do período
Total do resultado abrangete
Em 30 de setembro de 2014
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis intermediárias.
-9-
2.5 - Demonstrações dos fluxos de caixa
Em milhares de Reais
Consolidado
Controladora
30/09/2014
30/09/2013
30/09/2014
30/09/2013
655
(140.764)
655
(140.764)
Depreciação e amortização
189.609
161.103
189.609
161.103
Provisão para perdas e contingências
(16.894)
(398)
(16.894)
(398)
(5.417)
(3.913)
(5.417)
(3.913)
1.369
1.369
1.369
1.369
868
1.555
7.168
1.555
42.069
(52.473)
42.069
(52.473)
932
1.615
932
1.615
213.191
(31.906)
219.491
(31.906)
(75.371)
(171.831)
(75.371)
(171.831)
(3.379)
(8.411)
(3.379)
(8.411)
(28.553)
(1.406)
(28.553)
(1.406)
(6.706)
(2.242)
(6.706)
(2.242)
Depósitos judiciais e garantias
(19.159)
(5.772)
(19.159)
(5.772)
Outros ativos
(21.804)
(16.170)
(21.804)
(16.170)
Fornecedores
(8.487)
(2.856)
(8.487)
(2.856)
Impostos, taxas e contribuições a recolher
(3.388)
1.162
(3.388)
1.162
(24.200)
52
(24.200)
52
2.148
2.031
2.148
2.031
(2.210)
92.595
(2.209)
92.595
22.082
(144.754)
28.383
(144.754)
1.304
138
(4.997)
138
(274.430)
(480.364)
(274.430)
(480.364)
(273.126)
(480.226)
(279.427)
(480.226)
290.390
474.167
290.390
474.167
290.390
474.167
290.390
474.167
Aumento (redução) líquida de caixa e equivalentes de
caixa
39.346
(150.813)
39.346
(150.813)
Caixa e equivalentes de caixa no ínicio do exercício
15.619
159.817
15.619
159.817
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício
54.965
9.004
54.965
9.004
Fluxos de caixa das atividades operacionais:
Lucro líquido (Prejuízo) do período
Ajustes:
Despesas com variação monetária/cambial
Despesas de arrendamento pagas antecipadamente
Ganho (perda) na alienação de ativo imobilizado
Receitas diferidas
Despesa da obrigação de benefício
Variações nos ativos e passivos
Contas a receber
Estoques
Tributos a recuperar
Despesas antecipadas
Salários e obrigações sociais
Arrendamento e concessões a pagar
Outros passivos
Caixa líquido proveniente (aplicado) das atividades
operacionais
Fluxo de caixa das atividades de investimentos
Recebimento pela venda de imobilizado
Compra de ativo imobilizado e intangível
Caixa líquido (aplicado) nas atividades de investimento
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Adiantamento para futuro aumento de capital
Caixa líquido proveniente das atividades
financiamento
As notas explicativas psão parte integrante das demonstrações contábeis intermediárias.
- 10 -
2.6 - Demonstrações do valor adicionado
Em milhares de Reais
Receitas
Vendas brutas de serviços
Outras receitas (despesas)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa reversão/constituição
Menos: Insumos adquiridos de terceiros
Custos dos serviços prestados
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
Provisão para perdas, principalmente contingências,
líquida de reversões
Outros
Valor Adicionado bruto
Depreciação, amortização e exaustão
Valor Adicionado líquido produzido pela entidade
Valor Adicionado recebido em transferência
Receitas financeiras
Valor adicionado total a distribuir
Distribuição do valor adicionado
Pessoal e encargos
Remuneração direta
Benefícios
F.G.T.S.
Outros gastos com pessoal
Impostos, Taxas e Contribuições
Federais
Estaduais
Municipais
Remuneração de Capitais de Terceiros
Juros
30/09/2014
Consolidado
30/09/2013
30/09/2014
Controladora
30/09/2013
1.317.417
40.522
1.127.697
30.917
1.317.417
40.522
1.127.697
30.917
4.079
1.434
4.079
1.434
1.362.018
1.160.048
1.362.018
1.160.048
(504.182)
(446.981)
(412.933)
(380.064)
(504.182)
(446.981)
(412.933)
(380.064)
12.816
(13.707)
398
(17.743)
12.816
(13.707)
398
(17.743)
(952.054)
(810.342)
(952.054)
(810.342)
409.965
349.706
409.965
349.706
(187.489)
(161.103)
(187.489)
(161.103)
222.475
188.603
222.475
188.603
13.498
7.969
13.498
7.969
13.498
7.969
13.498
7.969
235.973
196.572
235.973
196.572
151.549
58.456
10.470
2.227
222.702
145.154
55.908
11.425
1.866
214.353
151.549
58.456
10.470
2.227
222.702
145.154
55.908
11.425
1.866
214.353
165
1
67
233
90.586
20.037
203
110.826
165
1
67
233
90.586
20.037
203
110.826
12.383
12.383
12.158
12.158
12.383
12.383
12.158
12.158
655
(140.765)
655
(140.765)
655
(140.765)
655
(140.765)
235.973
196.572
235.973
196.572
Remuneração de Capital próprio
Lucro líquido (prejuízo) do período
Valor Adicionado distribuído
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
- 11 -
3 - NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS INTERMEDIÁRIAS
Período findo em 30 de setembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
3.1 - Contexto operacional
A Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (doravante denominada “FCA”, “Companhia” ou “Ferrovia CentroAtlântica”) com sede na cidade de Belo Horizonte, tem por objeto social principal a prestação de serviços
de transporte ferroviário, a exploração de serviços de carga, descarga, armazenagem, transbordo e
atuação como operador portuário.
De acordo com o contrato celebrado com a União, através do Ministério dos Transportes, em 28 de agosto
de 1996, a FCA obteve a concessão para a exploração e desenvolvimento do serviço público de transporte
ferroviário de carga na Malha Centro-Leste, conforme processo de privatização da Rede Ferroviária
Federal S.A. - RFFSA (doravante “RFFSA”), até agosto de 2026, podendo ser renovada por mais 30 anos,
determinado pelo Edital nº A-3, de 28 de março de 1996, do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social - BNDES, para atender ao Programa Nacional de Desestatização.
Concomitantemente, a Companhia celebrou, em 28 de agosto de 1996, contrato com a RFFSA para
arrendamento dos bens operacionais vinculados à prestação do serviço de transporte de cargas da Malha
Centro-Leste, até agosto de 2026, renovável por mais 30 anos.
Em maio de 2007 a lei 11.483 encerrou o processo de liquidação da RFFSA, extinguindo-a e declarando a
União como sua sucessora em direitos e obrigações.
As linhas da Malha Centro-Leste abrangem os estados de Sergipe, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, além do Distrito Federal, totalizando 7.840 quilômetros. A FCA
interliga-se às principais ferrovias brasileiras e importantes portos marítimos e fluviais, com acesso aos
portos de Salvador (BA), Aratu (BA), Vitória (ES) e Angra dos Reis (RJ), além de Pirapora (MG) e Juazeiro
(BA), no Rio São Francisco.
Adicionalmente, em 28 de junho de 2005, a Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT
(doravante denominada “ANTT”) autorizou a cisão parcial de ativos da concessão e arrendamento da
Ferrovias Bandeirantes S.A. - Ferroban (doravante denominada “Ferroban”), que compreende a operação
do trecho ferroviário entre os municípios de Araguari/MG e Boa Vista Nova/SP, denominado Malha
Paulista. No exercício de 2005, a Companhia incorporou ao ativo intangível os bens relacionados ao
referido trecho, bem como o montante pago à Ferroban relativo ao direito de exploração da Malha Paulista,
conforme descrito na nota explicativa 3.13. A Companhia vinha operando este trecho desde 2002, através
de acordo operacional com a Ferroban.
Também em 28 de junho de 2005, a ANTT, através da Resolução nº 1007, publicada no Diário Oficial da
União em 30 de junho de 2005, aprovou o Termo de Distrato dos Acordos de Acionistas I e II da
Companhia, conforme inciso VIII da Cláusula 9.1 do Contrato de Concessão, reconhecendo a VLI
Multimodal S.A. (Ex-MineraçãoTacumã Ltda. - controlada indireta da VLI S.A. (“VLI”) - como a única
controladora da FCA.
Foi anunciada no dia 3 de julho de 2013, a Resolução Nº 4.131, alterada pela resolução Nº 4.160 da
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que autoriza a Ferrovia Centro-Atlântica a proceder
com a desativação e devolução de trechos ferroviários. A FCA devolverá um total de 13 trechos entre eles,
7 considerados antieconômicos e 6 trechos ferroviários viáveis.
- 12 -
A desativação dos trechos atenderá a um cronograma aprovado pela ANTT, garantindo à FCA sua
capacidade operacional nos novos trechos do Programa Integrado de Logística - PIL, de forma a dar
continuidade aos volumes previstos para atender aos atuais usuários do transporte ferroviário. Além disso,
a FCA continuará pagando trimestralmente os valores devidos dos contratos de arrendamento e
concessão.
Serão desativados e devolvidos os seguintes trechos ferroviários:
I – Tre chos a ntie conôm icos:
1. Paripe (BA) – Mapele (BA);
2. Ramal do Porto de Salvador;
3. General Carneiro (MG) a partir do km 588+600 –
Miguel Burnier (MG);
4. Barão de Camargos (MG) – Lafaiete Bandeira
(MG);
5. Biagípolis (SP) – Itaú (MG);
6. Ribeirão Preto (SP) – Passagem (SP); e
II– Tre chos viá ve is:
1. Alagoinhas (BA) – Juazeiro (BA);
2. Alagoinhas (BA) – Propriá (SE);
3. Cachoeiro de Itapemirim (ES) – Vitória (ES);
4. Barão de Angra (RJ) – Campos dos Goytacazes
(RJ) – Cachoeiro de Itapemirim (ES), incluindo trecho
Recreio – Cataguases;
5. Visconde de Itaboraí (RJ) – Campos dos
Goytacazes (RJ);
6. Corinto (MG) a partir do Km 856+100 – Alagoinhas
(BA);
7. Barão de Angra (RJ) – São Bento (RJ).
As possíveis mutações patrimoniais decorrentes deste assunto somente poderão ser registradas
após revisão e aprovação dos aditivos contratuais e, também, da efetiva transferência de posse dos bens
patrimoniais, incluindo as novas licitações a serem divulgadas pelo Poder Concedente.
A Companhia tem apurado prejuízos repetitivos em suas operações. Assim, até que suas operações
possibilitem a geração de lucro em montantes suficientes para cumprir com suas obrigações, a Companhia
dependerá de recursos a serem obtidos de seus controladores ou terceiros. Em conexão com a elaboração
dessas demonstrações contábeis intermediárias, a Administração da Companhia analisou esta situação e
concluiu que não existem incertezas sobre a sua capacidade de obter tais recursos, caso necessário.
Portanto, essas demonstrações contábeis intermediárias foram preparadas de acordo com as práticas
contábeis aplicáveis para companhias em continuidade operacional.
Mudança de Controle Acionário
Em abril de 2014, a Vale S.A efetivou a transferência de participação de 20% do capital da VLI, sua
controladora indireta, pelo valor de R$ 1.509.200, representados por 1.778.158.082 ações ordinárias, para
Mitsui & Co. (“Mitsui”). Nesta operação R$ 709.200 foram pagos diretamente à Vale S.A. e R$ 800.000
aportados na VLI.
Ainda em abril de 2014 a Vale S.A. efetivou a transferência de 15,9% do capital da VLI, sua controladora
indireta, pelo valor de R$ 1.200.000, representados por 1.413.854.823 ações ordinárias, para o Fundo de
Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS (“FI-FGTS”), cujo patrimônio é
administrado pela Caixa Econômica Federal. Esta operação foi efetivada através de aporte na VLI.
Em Agosto de 2014, a Vale S. A. efetivou a transferência de 26,5% da sua participação no capital da VLI,
sua controladora indireta, pelo valor de R$ 2.000.000, representados por 2.356.424.704 ações ordinárias
para Brookfield Asset Management (Brookfield). Nesta operação o valor foi pago diretamente para Vale
S.A..
Com a conclusão dessa operação a VLI (controladora indireta) passa a ser controlada por um acordo de
acionistas celebrado entre Vale, Mitsui, FI-FGTS e Brookfield.
- 13 -
3.2 - Apresentação das demonstrações contábeis intermediárias
3.2.1 Aprovação das informações contábeis intermediárias
A emissão dessas demonstrações contábeis intermediárias foi autorizada pelo Conselho de Administração
da Companhia em 06 de novembro de 2014.
3.2.2 Base de preparação
Essas demonstrações contábeis intermediárias devem ser lidas em conjunto com as demonstrações
contábeis da Companhia do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.
a) Demonstrações contábeis intermediárias individuais - Controladora
As demonstrações contábeis intermediárias individuais aqui apresentadas sob o título de Controladora
foram preparadas de acordo com a NBC TG 21 (R1), “Demonstrações Intermediárias”, de forma
condizente com as normas estabelecidas pela CVM.
As demonstrações contábeis intermediárias consolidadas, aqui apresentadas sob o título de Consolidado,
também foram preparadas de acordo o IAS 34, “Apresentação de Relatórios Financeiros Intermediários”,
de forma condizente com as normas expedidas pela CVM.
b) Demonstrações contábeis intermediárias consolidadas - Consolidado
As demonstrações contábeis intermediárias consolidadas, aqui apresentadas sob o título de Consolidado,
foram preparadas e estão sendo apresentadas de acordo com a NBC TG 21 (R1), “Demonstrações
Intermediárias”, de forma condizente com as normas estabelecidas pela CVM.
c) Reclassificação de Despesas Administrativas - Depreciação
A Companhia identificou que certas despesas com depreciação, de trens turísticos especificamente,
haviam sido apresentadas como Despesas Administrativas em períodos anteriores. Considerando que
estas receitas e despesas são consideras Outras Receitas (despesas) líquidas, a Companhia irá
apresentar desta forma tais despesas, a partir de junho. O efeito retroativo referente ao período findo em
Setembro de 2013 foi de R$ 1.986.
3.3 - Resumo das principais políticas contábeis
As principais políticas contábeis adotadas na elaboração dessas demonstrações contábeis intermediárias
estão definidas abaixo. As políticas contábeis são consistentes com as políticas descritas na Nota 4.3 das
demonstrações contábeis da Companhia do exercício findo em 31 de dezembro de 2013. As políticas
contábeis foram aplicadas de maneira uniforme neste período apresentado, exceto quando indicado de
outra forma.
a) Critérios de consolidação
As informações contábeis intermediárias consolidadas incluem as demonstrações contábeis intermediárias
da FCA e da controlada SL Serviços Logísticos Ltda, da qual detém 100% de participação.
O processo de consolidação das contas patrimoniais e de resultados corresponde à soma dos saldos das
contas do ativo, passivo, receitas e despesas das empresas incluídas na consolidação, segundo a
natureza de cada saldo, complementada pelas seguintes eliminações:
- 14 -

Das participações no capital, reservas e resultados acumulados mantidos entre as empresas.

Dos saldos de contas correntes e outros integrantes do ativo e/ou passivo, mantidos entre as
empresas.
b) Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários e investimentos de curto
prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de liquidez imediata, e com risco insignificante de
mudança de valor.
c) Ativos financeiros
Classificação e mensuração
A Companhia classifica seus ativos financeiros sob a categoria de empréstimos e recebíveis. A
classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração
determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.
Empréstimos e recebíveis
Incluem-se nesta categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não
derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São incluídos
como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de
emissão das demonstrações contábeis (estes são classificados como ativos não circulantes). Os
empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem contas a receber de clientes e de partes
relacionadas, demais contas a receber e caixa e equivalentes de caixa. Os empréstimos e recebíveis são
contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.
Provisão para não realização de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado
A Companhia avalia, na data das demonstrações contábeis, se há evidência objetiva de que um ativo
financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável
(“impairment”).
d) Contas a receber
Correspondem aos valores a receber de clientes pela prestação de serviços no decurso normal da
atividade da Companhia. Se o prazo de recebimento é equivalente há um ano ou menos, as contas a
receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, serão apresentadas no ativo não circulante.
As contas de clientes a receber são registradas inicialmente a valor justo e subsequentemente
mensuradas pelo custo amortizado, deduzidos de estimativas de perdas para cobrir eventuais perdas na
sua realização.
A estimativa de perdas de créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado
suficiente para cobrir eventuais perdas na realização desses créditos. O valor da estimativa de perda para
créditos de liquidação duvidosa é elaborado com base em experiência de inadimplência ocorrida no
passado.
Os ajustes a valor presente são calculados com base na diferença entre o valor contábil e o valor presente
dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à uma taxa de juros efetiva.
- 15 -
e) Estoques
Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo de aquisição e o valor de reposição e,
quando aplicável, é constituída uma estimativa de perdas de estoques obsoletos, inservíveis ou sem
movimentação. O custo de aquisição é determinado usando-se o método da Média Ponderada Móvel.
f) Tributo sobre o lucro
As despesas fiscais do exercício compreendem o imposto de renda corrente e diferido. O imposto é
reconhecido na demonstração de resultado, exceto na proporção em que estiver relacionado com itens
reconhecidos diretamente no patrimônio. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio.
O encargo de imposto de renda corrente é calculado com base nas leis tributárias promulgadas, ou
substancialmente promulgadas, na data do balanço. A administração avalia periodicamente, as posições
assumidas pela Companhia nas declarações de imposto de renda com relação às situações em que a
regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações. Estabelece provisões, quando apropriado,
com base nos valores que deverão ser pagos às autoridades fiscais.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto
de renda, a base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as
bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações contábeis.
As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são de
25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social.
Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável
esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias e/ou prejuízos fiscais, com
base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em
cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.
g) Imobilizado
O imobilizado está demonstrado ao custo histórico de aquisição ou construção, deduzido da depreciação
acumulada.
O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens.
Os custos subsequentes são reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente
quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item
possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os
outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do período, quando incorridos.
A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com a expectativa de vida útil-econômica dos
bens.
Os ganhos e as perdas de alienação são determinados pela comparação dos resultados com o valor
contábil e são reconhecidos em “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”.
A vida útil dos bens está apresentada na Nota 3.13.
h) Intangível
I. Direitos de concessão
Está representado pelo valor pago pela FCA para operar o trecho denominado Malha Paulista, sendo
amortizado usando-se o método linear pelo período restante da concessão, até agosto de 2026.
- 16 -
II. Softwares adquiridos e licenças
Os softwares e licenças adquiridos são registrados com base nos custos incorridos para aquisição e
colocação dos mesmos disponíveis para serem utilizados. Esses custos são amortizados durante a
vida útil estimável de três a cinco anos.
III. Benfeitorias em bens arrendados
Os custos com benfeitorias que são identificáveis, exclusivos e atribuíveis aos bens arrendados, no
contexto da concessão da Malha Centro-Leste e Malha Paulista (Ferroban) (Nota 3.1), são
reconhecidos pelo seu custo histórico de aquisição e/ou construção e são amortizados, pelo método
linear, ao longo do período de vigência do contrato de arrendamento ou pela estimativa de vida útil, dos
dois o menor.
A vida útil dos intangíveis está apresentada na Nota 3.14.
i) Impairment de ativos não financeiros
O imobilizado e outros ativos não circulantes, inclusive os ativos intangíveis, são revistos anualmente para
se identificar evidências de perdas não recuperáveis (impairment), sempre que eventos ou mudanças nas
circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este for o caso, o valor
recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela será reconhecida pelo
montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço
líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor
grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente.
j) Fornecedores
São obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos
negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um
ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.
Em alguns casos, os montantes são reconhecidos inicialmente pelo valor justo e subsequentemente
mensurados pelo custo amortizado com o método de taxa efetiva de juros. Em sua maioria as contas a
pagar são normalmente reconhecidas pelo valor da fatura ou nota fiscal correspondente.
k) Concessões e arrendamentos
No Brasil os serviços de transporte ferroviário de cargas e passageiros estão sujeitos a uma variedade de
leis e normas, provenientes principalmente do Governo Federal por intermédio da Agência Nacional de
Transportes Terrestres - ANTT.
A regulação dos serviços de transporte ferroviário no Brasil trata das relações entre o governo, as
companhias ferroviárias, usuários/clientes. Os principais aspectos abordados pela regulação incluem
segurança, responsabilidades e direitos dos usuários/clientes e operadores ferroviários.
A concessão dos trechos da FCA originou-se do processo de desestatização da extinta Rede Ferroviária
Federal S.A. (RFFSA). Foram celebrados dois tipos de contratos com o poder concedente. Um dos
contratos trata da concessão dos serviços de transportes ferroviários de cargas e passageiros onde são
estabelecidas as cláusulas para operação e os valores de outorga que devem ser pagos ao poder
concedente pela concessionária. O segundo contrato de arrendamento dos bens pré-existentes e operados
pela RFFSA trata da vinculação destes na prestação dos serviços ferroviários de transportes de cargas e
passageiros.
- 17 -
Embora existam dois contratos com formas jurídicas distintas (concessão e arrendamento), a essência
econômica de ambos é uma só, ou seja, a obtenção do direito de exploração do serviço público de
transporte ferroviário de cargas e passageiros. Sendo assim, os mesmos são tratados como sendo um só.
As condicionantes estabelecidas através da Interpretação Técnica ITG 01 - Contratos de Concessão não
se aplicam aos contratos de concessão de prestação de serviços de transportes de cargas ferroviários,
conforme estabelecido pelo Comunicado Técnico CTG 05 - Contratos de Concessão, considerando que:
I) O poder concedente não define a quem os serviços devem ser prestados, prevalecendo o
interesse comercial das concessionárias, conforme cláusula 7ª do contrato de concessão;
II) O poder concedente não determina qual o preço deverá ser cobrado pelos serviços prestados.
A base para precificação é o mercado, inclusive, são cobradas tarifas acessórias (transbordo,
carga, descarga, armazenamento, etc.) para as quais não há qualquer mecanismo de controle e
seu valor é negociado livremente;
Em linha com os esclarecimentos provenientes do comunicado técnico CTG - 05 - Contratos de
Concessão, a administração concluiu que os contratos de concessão e arrendamento, oriundos da extinta
RFFSA, são contratos de execução, considerando que:
- As partes envolvidas cumpriram parcialmente com suas obrigações na mesma extensão.
- A disponibilização da infraestrutura pelo poder concedente se dá progressivamente à medida que
as condições contratuais vão sendo cumpridas pelo concessionário.
- O operador deve cumprir as regras do contrato e o poder concedente possui o direito de cancelar
o contrato, indenizando o operador pelos investimentos realizados e ainda não amortizados ou
depreciados. Por isso se após analisados os fatos e circunstâncias específicos do contrato se
considera que a infraestrutura é disponibilizada gradualmente ao longo do contrato, à medida que o
operador satisfaça as condições contratuais e à medida que o poder concedente mantenha a
concessão.
E ainda conforme os esclarecimentos provenientes do Comunicado Técnico CTG 05 e com instruções
contidas no Manual de contabilidade, divulgado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, a
Administração concluiu que as condicionantes estabelecidas através da Interpretação Técnica ITG 01 Contratos de Concessão não se aplicam aos contratos de concessão de prestação de serviços de
transportes de cargas ferroviários, oriundos da União.
Dessa forma, esses contratos de concessão e arrendamento são apropriados ao resultado mensalmente,
ao longo do prazo de concessão com base no montante incorrido das parcelas a serem pagas
trimestralmente, corrigidas pela variação anual do IGP-DI, ou seja, entre a data da liquidação do leilão (20
de junho de 1996) e do último aniversário.
Os investimentos (benfeitorias) efetuados na infraestrutura (malha ferroviária) relacionados aos contratos
de concessão e arrendamento mencionados na Nota 3.1 são registrados no ativo intangível. Não foi
registrado no momento inicial nenhum ativo financeiro, por não haver uma clara evidência do direito
contratual incondicional de receber, do concedente, caixa ou outro ativo financeiro pelos ativos vinculados
a concessão de serviços públicos.
l) Provisões
As provisões são reconhecidas quando há uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como
resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a
obrigação e o valor puder ser estimado com segurança.
- 18 -
No caso de contingências prováveis, onde houver direito contratual de reembolso parcial ou total por outra
parte, é constituída provisão para a contingência e, no ativo, é reconhecido o direito ao reembolso, quando
houver o direito contratual ou legal ou o reembolso for praticamente certo. No resultado, o valor da
despesa é apresentado líquido do valor reconhecido de reembolso. A exceção são as contingências onde,
por força de Lei, a União (sucessora da RFFSA) é considerada a responsável primária (Nota 3.12), sendo
a Companhia um agente no litígio.
m) Benefícios a empregados
Obrigações de aposentadoria
O passivo relacionado aos benefícios de risco do plano de previdência privada é o valor presente da
obrigação de benefício definida na data do balanço menos o valor de mercado dos ativos do plano,
ajustados por ganhos ou perdas atuariais e custos de serviços passados. A obrigação de benefício definido
é calculada anualmente por atuários independentes usando-se o método de crédito unitário projetado. O
valor presente da obrigação de benefício definido é determinado pela estimativa de saída futura de caixa,
usando-se as taxas de juros de títulos públicos cujos prazos de vencimento se aproximam dos prazos do
passivo relacionado.
Os ganhos e as perdas atuariais advindos de mudanças nas premissas atuariais e emendas ao plano de
previdência privada são apropriados ou creditados ao resultado pela média do tempo de serviço
remanescente dos funcionários relacionados.
Para o plano de contribuição definida, a Companhia paga contribuições em bases compulsórias,
contratuais ou voluntárias. Assim que as contribuições tiverem sido feitas, a Companhia não tem
obrigações relativas a pagamentos adicionais. As contribuições regulares compreendem os custos
periódicos líquidos do período em que são devidas e, assim, são incluídas nos custos de pessoal.
Participação no resultado
A Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados na qual a metodologia
de cálculo considera metas operacionais e financeiras divulgadas a seus empregados. A Companhia
reconhece uma provisão quando está contratualmente obrigado ou quando há uma prática passada que
criou uma obrigação não formalizada (“constructive obligation”).
n) Reconhecimento de receita
A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de
serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos
incidentes, das devoluções, dos abatimentos e descontos.
Receitas de serviços
A receita de serviços somente é reconhecida quando da efetiva execução dos serviços contratados e na
medida em que:
1) os riscos e benefícios mais significativos foram transferidos para o cliente;
2) os custos relacionados a esses serviços possam ser mensurados confiavelmente e o valor da
receita possa ser mensurado com segurança; e
3) seja provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade.
- 19 -
Receitas financeiras
A receita de juros é reconhecida conforme o prazo decorrido, utilizando o método de taxa de juros efetiva
aplicável.
Receitas diferidas
As receitas antecipadas são registradas no passivo quando há recebimentos antecipados para prestação
de serviços futuros.
As receitas antecipadas serão reconhecidas no resultado quando:


decorrido o prazo de competência ; ou
da prestação de serviços futuros;
o) Dividendos
Aos acionistas será assegurado um dividendo mínimo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido ajustado,
nos termos do artigo 202 da Lei 6.404/76.
Os titulares de ações preferenciais terão prioridade no recebimento dos dividendos a serem distribuídos.
De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, caso dividendos sejam propostos estes serão
reconhecidos como um passivo nas demonstrações contábeis, com base no estatuto social da Companhia.
Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos
acionistas.
p) Moeda Funcional
Os itens incluídos nas demonstrações contábeis da Companhia são mensurados utilizando a moeda do
principal ambiente econômico, no qual a Companhia atua ("moeda funcional"). A moeda funcional adotada
pela Companhia e a moeda de apresentação das demonstrações contábeis é o real (R$).
q) Apresentação de informações por segmentos
Conforme descrito na Nota 3.29, a Companhia analisa suas operações como segmento único com base
nas informações apresentadas de modo consistente ao principal tomador de decisões operacionais da
Companhia, o Conselho de Administração, órgão responsável pela alocação de recursos e pela avaliação
de desempenho do segmento operacional, além da tomada das decisões estratégicas da Companhia.
r) Normas novas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor
Não houve emissão de novas normas brasileiras de contabilidade (NBC) que afetem essas demonstrações
contábeis intermediárias. As NBCs mencionadas nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de
2013 foram adotados sem impacto significativo nessas demonstrações contábeis intermediárias.
No período de nove meses findos em 30 de setembro de 2014, não foram emitidas novas normas,
alterações de normas além daquelas divulgadas nas demonstrações contábeis da Companhia em 31 de
dezembro de 2013 que possam afetar as presentes demonstrações contábeis intermediárias.
- 20 -
s) Capital Social
O capital social está representado por ações ordinárias e preferenciais não resgatáveis, todas sem valor
nominal. As ações preferenciais possuem os mesmos direitos das ações ordinárias, com exceção do voto
para eleição de membros do Conselho de Administração.
t) Demonstração do valor adicionado (“DVA”)
A Companhia divulga suas demonstrações do valor adicionado (“DVA”), consolidadas e da controladora,
de acordo com a NBC TG 09 - Demonstração do valor adicionado, que são apresentados como parte
integrante das demonstrações contábeis intermediárias conforme prática contábil brasileira, aplicável a
companhias abertas, que, entretanto, para as práticas internacionais pelo IFRS são apresentadas como
informações adicionais, sem prejuízo do conjunto de demonstrações contábeis intermediárias.
3.4 - Estimativas e julgamentos contábeis críticos
A Companhia preparou suas demonstrações contábeis intermediárias com base em estimativas
decorrentes de sua experiência e diversos outros fatores que acredita serem razoáveis e relevantes.
Na elaboração das demonstrações contábeis intermediárias, é necessário utilizar estimativas para
contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações contábeis intermediárias da
Companhia incluem, portanto, estimativas referentes à provisão de perdas de contas a receber de clientes,
provisão para perda de estoques, seleção de vidas úteis do ativo imobilizado, definição dos prazos para
amortização do intangível com vida útil definida, provisões necessárias para contingências prováveis,
determinações de provisões para imposto de renda e outras similares. Os resultados reais podem
apresentar variações em relação às estimativas.
3.4.1 - Estimativas e premissas contábeis críticas
A aplicação de estimativas contábeis geralmente requer que a administração se baseie em julgamentos
sobre os efeitos de certas transações que podem afetar a situação patrimonial da Companhia, envolvendo
os ativos, passivos, receitas e despesas.
As transações envolvendo tais estimativas podem afetar o patrimônio líquido e a condição financeira da
Companhia, bem como seu resultado operacional, já que os efetivos resultados podem divergir das suas
estimativas.
As estimativas e premissas que apresentam risco significativo de causar ajustes relevantes nos valores de
ativos e passivos nos próximos exercícios são as seguintes:
I. Redução do valor recuperável de ativos - A administração da Companhia adota premissas em
testes de determinação da recuperação de ativos financeiros, para determinação do seu valor
recuperável e reconhecimento de "impairment", quando aplicável. Diversos eventos de natureza
incerta colaboraram na determinação das premissas e variáveis utilizadas pela administração na
avaliação de eventual "impairment".
II. Revisão da vida útil dos bens patrimoniais e da amortização do intangível - A Companhia
reconhece regularmente as despesas relativas à depreciação de seu imobilizado e à amortização
de seus intangíveis. As taxas de depreciação e amortização são determinadas com base nas suas
estimativas durante o período pelo qual a Companhia espera geração de benefícios econômicos.
- 21 -
III. Tributos sobre o lucro diferidos - A Companhia reconhece o efeito do imposto diferido de prejuízo
fiscal e das diferenças temporária em seus demonstrativos contábeis. A constituição dos tributos
sobre o lucro diferidos, ativos e passivos requer estimativas da Administração. Para cada crédito
fiscal futuro, a Companhia avalia a probabilidade de parte ou do total do ativo fiscal não ser
recuperável. As avaliações realizadas dependem da probabilidade de geração de lucros tributáveis
no futuro baseado na produção e planejamento de vendas, custos operacionais.
IV. Provisão para contingências - A Companhia constituiu provisões para contingências com base em
análises dos processos em andamento. Os valores foram registrados com base no parecer dos
consultores jurídicos visando cobrir perdas prováveis. Se qualquer dado adicional fizer com que seu
julgamento ou o parecer dos advogados externos mude, a Companhia reavalia as suas estimativas.
3.4.2 - Julgamentos críticos na aplicação de práticas contábeis da Companhia - Concessão
Conforme descrito na Nota 3.3(k) a Companhia segue as orientações da ITG 01 - Contratos de Concessão
e do CTG 05 - Contratos de Concessão para contabilizar a concessão dos serviços de transporte
ferroviário e o arrendamento de bens vinculados à prestação desses serviços. A aplicação dessas
interpretações e comunicados técnicos requer julgamentos significativos por parte da administração da
Companhia, principalmente quanto aos seguintes aspectos:
I. Conclusão de que a essência econômica dos contratos de concessão e arrendamento é uma só, ou
seja, a obtenção do direito de exploração do serviço público de transporte ferroviário.
II. Conclusão de que o poder concedente não define a quem os serviços objetos da concessão devem
ser prestados.
III. Conclusão de que, apesar de existir limites máximos das tarifas de referência ("price cap")
controladas pela ANTT, na prática, o poder concedente não determina qual o preço que deverá ser
cobrado pelos serviços prestados pelas concessionárias, pois a base para precificação é o próprio
mercado, considerando que esse “price-cap” é raramente atingido.
IV. Conclusão de que os contratos de concessão e arrendamento oriundos da União são contratos de
execução, devendo ser apropriados ao resultado mensalmente, ao longo do prazo de concessão,
ao invés de registrados integralmente no momento inicial da concessão.
V. Conclusão de não ser aplicável registrar no momento inicial da concessão nenhum ativo financeiro,
por não haver uma clara evidência do direito contratual incondicional de receber, do concedente,
caixa ou outro ativo financeiro pelos ativos vinculados a concessão de serviços públicos.
Para esses julgamentos, a Companhia considerou, entre outros fatores, a análise detalhada das
mencionadas orientações técnicas e as discussões das mesmas no âmbito da Associação Nacional dos
Transportadores Ferroviários - ANTF.
3.5 - Caixa e equivalentes de caixa
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
1.722
9.256
53.243
6.363
Caixa e Bancos
Aplicações Financeiras
54.965
- 22 -
15.619
As aplicações financeiras referem-se a aplicações em certificados de depósitos bancários de curto prazo
remuneradas por um percentual médio de 101,5% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário)
prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e insignificante risco de mudança de valor.
3.6 - Contas a receber
As análises de vencimentos estão apresentadas a seguir:
Circulante
Contas a receber de clientes
Contas a receber partes relacionadas
Menos: Estimativa de perda para crédito de liquidação duvidosa
Contas a receber de clientes, líquidas
Não circulante
Contas a receber partes relacionadas
A vencer
Vencidos até 3 meses
Vencidos de 3 a 6 meses
Vencidos acima 6 meses
Contas a receber
30/09/2014
93.579
199.671
(25.154)
Consolidado
31/12/2013
68.494
159.367
(29.233)
30/09/2014
93.579
199.671
(25.154)
Controladora
31/12/2013
68.494
159.367
(29.233)
268.096
198.628
268.096
198.628
247.627
247.627
248.021
248.021
247.627
247.627
248.021
248.021
30/09/2014
Consolidado
31/12/2013
30/09/2014
Controladora
31/12/2013
444.174
11.440
16.885
68.378
540.877
673.845
84.505
23.898
100.628
882.876
444.568
11.440
16.885
68.378
541.271
347.274
43.419
14.108
71.081
475.882
O comitê de créditos e cobranças, formado pelas áreas contas a receber, comercial, faturamento e gestão
de risco corporativo, analisam a situação dos atuais clientes visando mitigar possíveis perdas e
inadimplências.
A metodologia adotada para constituir a estimativa de possíveis perdas de liquidação duvidosa contempla
a avaliação criteriosa dos títulos vencidos a mais de 180 dias, excluindo os valores mantidos com as
empresas ligadas, considerando o histórico de operações e das condições comerciais mantidas com cada
cliente em atraso.
3.7 - Partes relacionadas
As partes relacionadas apresentadas no quadro abaixo podem ser classificadas da seguinte forma:
Vale S.A.
Brookfield Brasil Infraestructure Fundo de Investimentos em Participações
Mitsui &Co Ltd
FI-FGTS
Brasil Port Holdings L.P.
VLI S.A.
VLI Multimodal S.A.
SL Serviços Logísticos Ltda.
Demais Empresas
- 23 -
Controle Compartilhado
Controle Compartilhado
Controle Compartilhado
Controle Compartilhado
Controle Compartilhado
Controladora Indireta
Controladora Direta
Controlada
Ligadas
As transações e os saldos com partes relacionadas podem ser demonstradas conforme abaixo:
Consolidado
Balanço Patrimonial
30/09/2014
31/12/2013
Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Ativo circulante
Contas a receber
Cia Coreano Brasileria de Pelotização - KOBRASCO
Cia Hispano Brasileira de Pelotização - HISPANOBRAS
Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social -Valia
Fundação Vale do Rio Doce - FVRD
Log-in Logistica Intermodal S/A
MRS Logística S/A
4
4
4
4
36
36
36
36
14
14
14
14
165
553
165
553
20
20
20
20
1.183
636
1.183
636
4
4
4
4
Vale Manganês S.A.
Ultrafértil
18
486
18
486
Vale S/A
20.814
52.347
20.814
52.347
2.979
12.708
2.979
12.708
-
156
-
156
475
475
475
475
Mineração Urucum S.A
3
3
3
3
Salobo Metais S.A
5
5
5
5
Ferrovia Norte Sul S.A
-
10
-
10
186
186
186
186
-
2
-
2
173.765
91.722
173.765
91.722
199.671
159.367
199.671
159.367
Vale Fertilizantes S.A
Vale Fosfatados S.A
Vale Moçambique
VLI S.A
Samarco
VLI Multimodal S.A.
Consolidado
ontroladora
30/09/2014
31/12/2013
30/09/2014
31/12/2013
247.627
247.627
247.627
247.627
394
394
247.627
248.021
248.021
Ativo não circulante
Contas a Receber
Vale S/A
SL Serviços Logísticos S/A
247.627
Passivo Circulante
Fornecedores
MRS Logística S/A
535
287
535
287
477
-
477
63
-
63
-
1.358
1.291
1.358
1.291
Pasa- Plano de Assistência á Saúde do Aposentado da Vale
Terminal de Vila Velha S.A- TVV
Fundação Vale do Rio Doce - FVRD
Vale S/A
- 24 -
8.153
12.058
8.153
12.058
10.109
14.113
10.109
14.113
Consolidado
Demonstrações do Resultado
30/09/2014
31/12/2013
Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Receitas
Receita bruta de serviços prestados
MRS Logística S/A
-
3.921
-
3.921
24.912
56.374
24.912
56.374
Vale Manganês S/A
123.267
106.310
123.267
106.310
Vale S/A
532.940
523.126
532.940
523.126
681.119
689.731
681.119
689.731
59.040
-
59.040
-
59.040
-
59.040
-
203
34
203
34
203
69
203
69
Vale Fertilizantes S.A
Receita de aluguel de locomotiva
VLI Multimodal S.A
Receitas financeiras
VLI Multimodal S.A
35
Vale S/A
35
Outras Receitas (despesas) Operacionais
MRS Logística S/A
Vale S/A
310
54
310
54
Fundação Vale do Rio Doce - FVRD
-
347
-
347
Samarco Mineração S/A
6
43
6
43
Ferrovia Norte Sul S.A
4
-
4
-
VLI S/A
VLI Multimodal S.A.
179
-
179
-
(519)
-
(519)
-
(20)
444
(20)
444
As análises de vencimentos dessas contas a receber de partes relacionadas estão apresentadas abaixo:
A vencer
Vencidos até 3 meses
Vencidos de 3 a 6 meses
Vencidos acima 6 meses
Contas a receber de clientes
30/09/2014
Consolidado
31/12/2013
30/09/2014
Controladora
31/12/2013
385.463
8.317
15.326
38.192
447.298
326.571
41.086
9.790
29.547
406.994
385.857
8.317
15.326
38.192
447.692
326.965
41.086
9.790
29.547
407.388
Os créditos com empresas ligadas no circulante e não circulante representam os valores que a FCA tem a
receber pela venda de seus serviços, materiais de estoque e/ou itens do imobilizado disponibilizados para
venda.
As dívidas com empresas ligadas no circulante e não circulante representam os valores que a FCA tem a
pagar pela compra de serviços, materiais e/ou itens para o ativo imobilizado.
Os adiantamentos para futuro aumento de capital são recursos recebidos pela FCA, de seu acionista
controlador VLI Multimodal S.A, a serem utilizados com a finalidade de aumentar o capital social (nota
3.21).
- 25 -
Os intercâmbios de locomotivas e vagões são processos inerentes às atividades de transporte ferroviário
de cargas no Brasil. Os custos representam os valores gastos com a utilização de material rodante de
outras concessionárias.
A remuneração do pessoal-chave da administração da Companhia, composto exclusivamente pelos
diretores estatutários, é paga integralmente pela controladora VLI S.A., sem o respectivo reembolso.
REFIS - Contrato de cessão de créditos fiscais
Com o advento da Lei 12865/13 - 09 de outubro de 2013 - § 7º os contribuintes poderiam liquidar os
passivos junto a Receita Federal decorrentes de multas e juros moratórios, inclusive relativos a débitos
inscritos em dívida ativa, com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) próprios e de empresas domiciliadas no Brasil, por eles
controladas em 31 de dezembro de 2011.
Em 31 de dezembro de 2012 a FCA registrava em seus livros fiscais saldos de prejuízos fiscais de imposto
de renda no montante de R$ 1.412 milhões e base negativa da contribuição social no montante de
R$ 1.457 milhões resultantes dos prejuízos acumulados nos últimos anos. A título destas, a FCA poderia
gozar de R$ 484 milhões em créditos fiscais no decorrer dos exercícios seguintes. A VALE S.A. na época
detentora indireta de participação em ações emitidas pela FCA decidiu, em virtude do programa
governamental que permitiria as empresas, se beneficiar das bases tributárias e adquirir as bases
tributárias negativas das sociedades controladas.
Em Novembro de 2013 a VALE e FCA celebraram contrato atípico e sem precedentes de cessão de
créditos fiscais.
Este contrato foi firmado considerando as autorizações contidas na Lei
nº12865/13(REFIS).
Em consonância com as premissas e estimativas aplicadas em seu plano de negócio, a FCA decidiu por
ajustar ao valor presente a operação considerando uma taxa de desconto de 7,8%.
De acordo com o contrato de cessão dos créditos fiscais a VALE pagará à FCA os seguintes valores:
1ª parcela à vista - A FCA transferiu através da opção exercida pela VALE o montante nominal de R$ 121
milhões de créditos fiscais, sem nenhuma condicionante ou realização de prejuízos fiscais e bases
negativas. Ficou ajustado entre as partes que esta parcela seria paga à vista com deságios, considerando
que o valor da operação foi inicialmente ajustado ao valor presente o saldo desta parcela estava registrado
pelo valor justo de R$ 82,5 milhões. O ajuste a valor presente desta parcela foi de R$ 38,4 milhões; e
considerando o custo de oportunidade do recebimento a vista desta primeira parcela, foi concedido um
desconto adicional de R$ 22,2 milhões de reais. Esta parcela que representa 25% do total nominal dos
créditos fiscais e foi paga no ato do exercício da opção pela VALE, no montante de R$60 milhões.
Demais parcelas - A devolução será realizada com base no montante anual equivalente ao benefício
econômico que a FCA teria se ainda fosse titular dos créditos fiscais, ou seja, a VALE devolverá
periodicamente à FCA os valores dos benefícios fiscais que esta faz jus na medida em que esta apurasse
lucros tributáveis, até o limite do valor nominal dos créditos transferidos, no valor total de R$ 484 milhões,
deduzidos da 1ª parcela no montante de R$ 121 milhões, restando, portanto, o saldo nominal de R$ 363
milhões.
Considerando que a devolução das demais parcelas ficarão condicionadas ao aproveitamento dos créditos
fiscais, estando incluídas neste caso, mas não se limitando, a apuração do lucro tributável, a realização de
reestruturação societária, a edição de legislação que permita o pagamento à vista ou parcelamento de
débitos de sua titularidade com a utilização dos créditos fiscais ou qualquer alteração legislativa, a taxa
adotada para mensuração dos ajustes a valor presente foi de 7,8% a.a.
- 26 -
3.8 - Estoques
Os saldos dos estoques têm sua composição como segue:
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
46.058
41.040
10.288
9.002
7.311
8.824
7.542
7.161
1.614
3.406
(5.906)
(5.780)
Circulante
Peças e componentes de equipamentos / instalações
Combustiveis, lubrificantes e gases
Materiais de expediente e outros
Materiais elétricos / eletrônicos
Outros materiais
Provisão para perdas em itens de estoque
66.907
63.653
3.9 - Tributos a recuperar
Os tributos a recuperar têm sua origem conforme segue:
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Circulante
ICMS a recuperar
15.605
Imposto de renda retido na fonte
PIS e COFINS a compensar
Imposto de renda e contribuição social antecipados
IOF a recuperar
ISS
INSS
14.161
332
1.507
34.152
12.694
5.304
3.243
127
127
21
-
20
20
55.561
31.752
10.154
5.187
Não Circulante
ICMS a recuperar
PIS e COFINS a compensar
5.626
Tributos a recuperar - total
15.780
5.187
189.471
155.069
3.10 - Despesas pagas antecipadas
As despesas antecipadas são compostas por:
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Circulante
Despesas de arrendamento pagas antecipadamente (b)
Prêmios de seguros pagos antecipadamente (c)
Aluguel do Terminal Integrado de Araguari (a)
Aluguel do Terminal Integrado de Santa Luzia (a)
1.825
1.825
734
2.024
8.574
3.688
3.110
14.243
7.537
19.921
21.290
19.921
21.290
34.164
28.827
Não circulante
Despesas de arrendamento pagas antecipadamente
- 27 -
a) Despesas de aluguel dos terminais
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Circulante
Aluguel do Terminal Integrado de Araguari
Aluguel do Terminal Integrado de Santa Luzia
8.574
3.688
3.110
11.684
3.688
Instrumento particular atípico de desenvolvimento de edificação, construção sob encomenda e locação
atípica, na modalidade de "built to suit".
Os contratos assinados entre a Companhia e terceiros constituem o desenvolvimento e a implementação
da construção do Terminal Integrador de Araguari e Santa Luzia e, por conseguinte a locação dos
terminais à Companhia em caráter personalíssimo, sendo os referidos Terminais construídos para atender
exclusivamente as necessidades da Companhia.
b) Despesas de arrendamento pagas antecipadamente
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2014
Circulante
Concessão (i)
Arrendamento (ii)
106
1.719
106
1.719
Total do Circulante
1.825
1.825
Não Circulante
Concessão (i)
Arrendamento (ii)
1.153
18.768
1.065
20.225
Total do não circulante
19.921
21.290
(i) Concessão dos serviços de transporte ferroviário - Malha Centro-Leste
A concessão dos serviços de transporte ferroviário de carga foi estipulada pelo prazo de trinta anos,
conforme contrato assinado em 28 de agosto de 1996, no montante de R$ 15.845, dos quais R$ 3.169
foram pagos à vista, com a contabilização idêntica aos contratos de arrendamento de bens.
(ii) Arrendamento dos bens - Malha Centro-Leste
O arrendamento dos bens foi estipulado pelo prazo de trinta anos, de acordo com contrato firmado em 28
de agosto de 1996 com a União, no montante de R$ 292.421, dos quais R$ 51.577 foram pagos
antecipadamente, conforme estipulado em contrato. Os valores pagos antecipadamente foram registrados
na rubrica “Arrendamentos e concessão pagos antecipadamente”, nos ativos circulante e não circulante.
Conforme divulgado na nota 3.4.2(IV) os contratos de arrendamento e concessão são contratos de
execução; desta forma os saldos estão sendo amortizados considerando o prazo dos contratos.
c) Prêmios de seguro pagos antecipadamente
A companhia possui um programa de gerenciamento de riscos, que proporciona cobertura e proteção para
os seus ativos, bem como para possíveis perdas com interrupção de produção, através de apólices de
seguro.
Consolidado e Controladora
30/09/2014
734
All Risks
Seguro de transporte
734
- 28 -
30/09/2014
1.459
565
2.024
Em 30 de setembro de 2014, os seguros contratados para cobrir eventuais sinistros são:
Modalidade
Cobertura
Valores em milhares
Responsabilidade Civil Geral
All Risk
Riscos Operacionais
All Risk
Transporte Internacional Importação
All Risk
USD 50.000
USD 200.000 (por
ocorrência)
USD 70.000
Transporte Internacional Exportação
All Risk
USD 100.000
Transporte Nacional (Embarques terrestres / Aéreos)
All Risk
USD 10.000
Transporte Nacional (Embarques aquaviários (Cabotagem e Fluvial/Lacustre))
All Risk
USD 60.000
Responsabilidade Civil do Transportador Ferroviário - RCTF-C
All Risk
USD 30.000
All Risk
Empregados, Cônjuges e
Filhos
Menores e aprendizes
200000
24 X Salário Base
Trens turísticos da FCA
R$ 10
Frota de automóvel
Vida em Grupo
Vida em Grupo
Acidentes pessoais
12
3.11 - Demais contas a receber
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Circulante
Adiantamento a empregados
Sinistros a recuperar (a)
Adiantamento a fornecedores
Outras contas
13.617
22.625
5.111
4.483
45.836
15.350
8.186
496
24.032
(a) Referem-se aos gastos da companhia com acidentes ocorridos na sua malha ferroviária, para os
quais há provisão da franquia, conforme Nota 3.18(b).
3.12 - Depósitos judiciais e provisão para contingências
Consolidado e Controladora
Trabalhistas (a)
Cíveis (b)
Tributárias (c)
Ambientais (d)
Previdenciária (e)
Depósitos
judiciais
30/09/2014
Provisões de
contingências
31/12/2013
Provisões de
contingências
125.155
17.414
5.703
2
10.176
49.732
11.985
668
1.999
-
10.188
55.985
17.804
543
1.816
178
158.450
64.384
131.042
76.326
Depósitos
judiciais
94.494
21.462
4.898
Depósitos judiciais (movimentação)
31/12/2013
Adição
Baixa
Juros e
atualização
monetária
Trabalhistas (a)
94.494
31.906
(7.094)
5.849
125.155
Cíveis (b)
(6.711)
2.119
17.415
418
5.704
21.462
545
Tributárias (c)
4.898
388
Ambientais (d)
-
Previdenciária (e)
-
10.188
131.042
30/09/2014
(12)
32.839
- 29 -
(13.817)
10.176
8.386
158.450
Provisões para contingencias (movimentação)
31/12/2013
Adição
Baixa
Juros e
atualização
monetária
Trabalhistas (a)
55.985
17.251
(28.710)
5.024
49.550
Cíveis (b)
17.804
2.144
(9.242)
1.279
11.985
Tributárias (c)
543
93
32
668
Ambientais (d)
1.816
183
1.999
178
4
182
6.522
64.384
Previdenciária (e)
76.326
19.488
(37.952)
30/09/2014
De acordo com o Edital de Privatização, a União continuará como única responsável por todos os seus
passivos, a qualquer título e de qualquer natureza jurídica. A Companhia procederá a compensação dos
valores desembolsados, com os processos judiciais trabalhistas de responsabilidade da União, com as
parcelas a vencer do contrato de arrendamento, mediante autorização judicial.
As naturezas dos principais processos provisionados são os mesmos das divulgadas na letra (f)
Contingências possíveis não provisionadas.
a) Trabalhistas
A Companhia está sendo acionada em reclamações de natureza trabalhistas oriundas do curso normal de
suas atividades.
Em 30 de setembro de 2014, as contingências trabalhistas com expectativa de perda provável, de acordo
com nossos consultores jurídicos, totalizam R$ 49.550 (31 de dezembro de 2013- R$ 55.985). Esses
montantes não incluem as contingências de responsabilidade da União, dado que a Companhia somente é
responsável pelo pagamento de débitos trabalhistas originados após a desestatização, conforme o Edital
de Desestatização em seu item 7.2 - Passivos Trabalhistas que diz:
"As obrigações trabalhistas da RFFSA para com seus empregados transferidos para a concessionária,
relativos aos períodos anteriores à data da transferência de cada contrato de trabalho, sejam ou não objeto
de reclamação judicial, continuarão de responsabilidade da RFFSA."
Além disso, a Procuradoria Geral da União (PGU) determinou no âmbito de sua competência a adoção por
parte de seus membros dos procedimentos previstos no Parecer nº 50/2008-MLG/DTB/PGU/AGU, de 26
de fevereiro de 2010, que assim se apresenta:
1. Nas ações trabalhistas em fase de execução:
a) que tramitam exclusivamente contra a extinta RFFSA (União), os Advogados da União não
devem peticionar nos autos transferindo a responsabilidade pelos encargos trabalhistas para as
concessionárias, devendo ser respeitada a decisão judicial transitada em julgado.
b) que tramitam contra as concessionárias ou que tramitam contra a extinta RFFSA e contra as
Concessionárias em litisconsórcio; os Advogados da União, quando intimados para falar no feito,
devem peticionar no sentido da observância, quando da elaboração dos cálculos, do conteúdo da
decisão judicial transitada em julgado em matéria de sucessão e responsabilidade pelos passivos
trabalhistas.
2. Nas ações trabalhistas em fase de conhecimento, que tramitam contra a extinta RFFSA (União) e as
concessionárias; os Advogados da União quando citados ou intimados, deverão arguir, na defesa, a
existência de previsão contratual (cláusula 7.2) para justificar a assunção da responsabilidade, pela União,
dos encargos trabalhistas cujos fatos geradores são anteriores à data da concessão. Ficam
expressamente excluídas da responsabilidade da União, quando o reclamante laborou também para a
- 30 -
concessionária, as verbas rescisórias, incluindo a multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, bem como
outras verbas provenientes de fatos geradores posteriores à data da concessão.
3. Nos processos em fase de conhecimento, ajuizados apenas contra a extinta RFFSA (União);
verificando-se que o reclamante laborou também para a concessionária; os Advogados da União deverão
peticionar a cisão de responsabilidades, a fim de que a União responda exclusivamente pelos encargos
trabalhistas cujos fatos geradores são anteriores à data da concessão.
Em vista deste parecer da AGU, há exemplos de decisões recentes no âmbito trabalhista determinando a
inclusão da União Federal no Polo Passivo da demanda.
A Companhia esclarece que será utilizada por seus consultores jurídicos, nas demandas cabíveis que
envolvam a União, as orientações contidas no Parecer da PGU/AGU.
O valor a receber da União, no montante de R$ 66.157 em 30 de setembro de 2014 (R$ 53.493 em 31 de
dezembro de 2013), classificado na rubrica “Contas a Receber” da União no ativo não circulante, referemse aos valores desembolsados pela Companhia relacionados a indenizações de responsabilidade da
União, em épocas anteriores a estas determinações da PGU/AGU.
b) Cíveis
A Companhia é parte em processos e demandas cíveis que envolvem responsabilidade contingente num
total de R$ 11.985 (31 de dezembro de 2013 - R$ 17.804).
Com base na análise individual de tais processos, e tendo como suporte a opinião dos nossos consultores
jurídicos, a administração constituiu provisão para os valores contingentes com expectativa de perda
provável.
c) Tributárias
De acordo com nossos consultores jurídicos, a Companhia constituiu provisões sobre processos tributários
que correm no âmbito administrativo e judicial, nos quais a FCA litiga contra a fazenda pública estadual e
municipal, no valor total de R$ 668 (31 de dezembro de 2013 - R$ 543).
Com base na análise individual de tais processos, e tendo como suporte a opinião dos nossos consultores
jurídicos, a administração constituiu provisão para os valores contingentes com expectativa de perda
provável.
d) Ambientais
A Companhia provisionou R$ 1.999 (31 de dezembro de 2013 - R$ 1.816) referentes a processos com
expectativa de perda provável de autuações dos órgãos competentes.
e) Previdenciários
De acordo com nossos consultores jurídicos, a Companhia constituiu provisões sobre processos
previdenciários que correm no âmbito administrativo e judicial, no valor total de R$ 182 (31 de dezembro
de 2013 - R$ 178).
Com base na análise individual de tais processos, e tendo como suporte a opinião dos nossos consultores
jurídicos, a administração constituiu provisão para os valores contingentes com expectativa de perda
provável.
- 31 -
f) Contingências possíveis não provisionadas
Adicionalmente às provisões constituídas, existem outros passivos contingentes no montante aproximado
de R$ 1.646.000 (31 de dezembro de 2013 - aproximadamente R$ 1.309.000), referente a causas de
natureza trabalhista, cível, tributária, ambiental e previdenciario, para os quais, com base na avaliação de
nossos consultores jurídicos, não foram constituídas provisões por se tratarem de perdas possíveis. O
referido montante poderá ser reduzido, quando aplicável, em função da responsabilidade total ou parcial
da União.
A composição das contingências por natureza podem ser assim apresentadas:
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Trabalhistas ( i )
805.000
596.000
Cíveis ( ii )
278.000
243.000
Tributárias ( iv )
458.000
381.000
Ambientais ( v )
37.000
33.000
Previdenciário ( iii )
68.000
56.000
1.646.000
1.309.000
i.
ii.
iii.
iv.
v.
Trabalhistas: trata-se de reclamações trabalhistas promovidas por ex-empregados da FCA, bem
como sindicatos e ex-empregados de empresas terceirizadas, cujos pedidos mais recorrentes e
relevantes referem-se ao pagamento por horas extras; alegação de não pagamento de adicional de
periculosidade com o pedido de seu pagamento; alegação de divergência de salário para funções
idênticas, ensejando pedido de diferenças salariais; alegação de ficar o empregado à disposição da
Companhia em horário de descanso, o que determina o pedido de pagamento de sobreaviso;
pedido de danos morais e materiais decorrentes de acidentes do trabalho e doença ocupacional e
pedido de responsabilidade subsidiária da FCA, em decorrência de não cumprimento de obrigações
trabalhistas por empresas contratadas pela mesma para a prestação de serviços diversos
(terceirização).
Cíveis: trata-se de demandas contendo, principalmente, alegações de responsabilidade da FCA por
acidentes envolvendo pessoas nos trilhos da malha ferroviária sob concessão, com pedidos de
indenizações por danos morais, materiais e estéticos. Há também demandas de natureza
possessória, cuja discussão envolve pedidos de usucapião, bem como demandas em que a FCA
pretende a desocupação de imóvel de sua propriedade ou que estejam na faixa de domínio da
ferrovia. Há ainda demandas discutindo questões creditícias, promovidas por empresas contratadas
pela FCA que alegam prejuízos contratuais.
Previdenciários: trata-se de cobrança de contribuições sociais (aposentadoria especial, diárias
operacionais, PLR e INSS sobre valores pagos a autônomos e pagos a título de acertos de
passivos trabalhistas).
Tributários: trata-se, principalmente, de cobrança de PIS/COFINS sobre receitas de tráfego mútuo e
direito de passagem, glosa de créditos de ICMS e de auto de infração em processos de importação
de locomotivas.
Ambientais: trata-se de demandas cuja discussão se refere à alegação dos órgãos ambientais,
Ministério Público e Prefeituras de que a FCA teria descumprido alguma obrigação ambiental, ou
sua atividade tenha gerado algum impacto ambiental, impondo multas diversas à Companhia.
- 32 -
3.13 - Imobilizado
Consolidado e Controladora
30/09/14
31/12/13
Tempo
estimado
de vida
útil
Taxa média
anual de
depreciação
Custo
histórico
Depreciação
acumulada
Líquido
Líquido
2,91%
5,00%
24.924
2.833
(3.213)
(2.094)
21.711
739
22.029
2.899
9,22%
21,02%
10,00%
20,00%
120.860
11.191
17.028
33.858
(43.069)
(4.377)
(6.061)
(23.453)
77.791
6.814
10.967
10.405
44.661
8.202
10.545
11.492
6,80%
3,00%
508.994
322.706
(151.525)
(66.314)
357.469
256.392
372.345
305.794
10,00%
15.033
(2.287)
12.746
32.481
1.057.427
(302.393)
755.034
810.448
1.142
2.229
(318)
1.142
1.623
(624)
Bens em operação
Locomotivas
Vagões
25 a 40
anos
5 anos
5 a 50
anos
3 a 5 anos
10 anos
5 anos
12,5 a 25
anos
33,3 anos
Outros ativos
10 anos
Imóveis
Instalações auxiliares/sistemas operacionais
Equipamentos autônomos
Veículos
Bens administrativos/auxiliares
Equipamentos e aplicativos de informática
Terrenos
Adiantamento a fornecedores de imobilizado
Provisão para baixa de ativo
1.142
2.229
(318)
3.053
-
3.053
2.141
1.060.480
(302.393)
758.087
812.589
A Companhia concedeu locomotivas, vagões, veículos e equipamentos em penhora como garantia do
juízo, em atendimento às execuções judiciais procedentes de processos judiciais e administrativos, no
montante de R$ 83.046 (31 de dezembro de 2013 - R$ 31.921).
A movimentação do imobilizado no período findo em 30 de setembro de 2014 está sumarizada da seguinte
forma:
Imobilizado - Custo
31/12/13
Imóveis
Instalações auxiliares/sistemas operacionais
Equipamentos autônomos
Veículos
Bens administrativos/auxiliares
Equipamentos e aplicativos de informática
Locomotivas
Vagões
24.127
4.830
80.908
11.065
15.422
32.111
505.188
376.511
Outros ativos
Terrenos
Adiantamento a fornecedores de imobilizado
Provisão para baixa de ativo
Adições
Baixas
(4.299)
(6.771)
34.131
(11.070)
Consolidado e Controladora
Transferências
entre
30/09/14
imobilizado e
intangível(a)
797
(1.997)
39.952
126
1.606
1.747
8.105
(47.034)
24.924
2.833
120.860
11.191
17.028
33.858
508.994
322.706
(19.098)
15.033
(15.796)
1.057.427
1.084.293
-
1.142
1.623
(624)
606
2.141
606
306
-
3.053
1.086.434
606
(10.764)
(15.796)
1.060.480
1.142
2.229
(318)
306
Benfeitorias em curso
-
- 33 -
(a) Os gastos com ativos imobilizado e intangível são inicialmente registrados como ativo intangível e
posteriormente são feitas análises considerando a aplicação do referido ativo (bens próprios ou
benfeitorias na concessão). Os ativos relacionados a bens próprios são transferidos para o ativo
imobilizado.
Imobilizado - depreciação
Imóveis
Instalações auxiliares/sistemas operacionais
Equipamentos autônomos
Veículos
Bens administrativos/auxiliares
Equipamentos e aplicativos de informática
Locomotivas
Vagões
Via permanente
Provisão para descomissionamento
31/12/13
Adições
Consolidado e Controladora
Baixas
30/09/14
(2.098)
(1.931)
(36.247)
(2.863)
(4.877)
(20.619)
(132.843)
(70.717)
(1.115)
(163)
(6.822)
(1.514)
(1.184)
(2.834)
(22.325)
(544)
3.643
4.948
(3.213)
(2.094)
(43.069)
(4.377)
(6.061)
(23.453)
(151.525)
(66.314)
8.591
(302.393)
Outros Ativos
(1.650)
(637)
(273.845)
(37.138)
(2.287)
Redução do valor recuperável de ativos (“Impairment”)
A Companhia avalia anualmente os eventos ou mudanças de circunstâncias que podem indicar se há
evidências de perdas não recuperáveis (impairment), ou seja se o valor contábil de um ativo ultrapassa
seu valor de uso.
Em 2013 a Administração concluiu, com base nos acordos de transferência de participação acionária do
Grupo VLI, que não seria aplicável a constituição de provisões para possíveis perdas de recuperabilidade
de ativos.
3.14 - Intangível
Consolidado e Controladora
30/09/14
31/12/13
Direitos de concessão
Softwares adquiridos
Benfeitorias em propriedades
arrendadas
Terrenos
Imóveis
Instalações auxiliares/sistemas
operacionais
Equipamentos autônomos
Veículos
Bens administrativos/auxiliares
Equipamentos e aplicativos de
informática
Locomotivas
Vagões
Via permanente
Outros ativos
Tempo
estimado de
vida útil
remanescente
Taxa média
anual de
amortização
11,11 anos
5 anos
4,7%
20%
11,11 anos
Amortização
acumulada
Líquido
Líquido
43.169
10.279
53.448
(18.611)
(8.062)
(26.673)
24.558
2.217
26.775
26.094
553
26.647
2,56%
15
171.398
(23.110)
15
148.288
15
132.833
11,11 anos
5,0%
34.887
(7.931)
26.956
24.398
5 a 11,11 anos
3 a 5 anos
10 anos
9,33%
23,38%
10%
7.884
19
4.290
(7.225)
(19)
(632)
659
3.658
5.102
5 anos
11,11 anos
11,11 anos
10 a 11,11
anos
20%
7,57%
3,00%
7.081
216.580
141.768
(4.481)
(123.689)
(74.174)
2.600
92.891
67.594
3.462
60.511
69.767
4,25%
2.591.932
(753.095)
1.838.837
1.740.572
10 anos
10,00%
33.373
(2.362)
31.011
3.209.227
(996.718)
2.212.509
2.039.599
222.071
257.959
2.461.355
2.324.205
Benfeitorias em curso
Custo
histórico
222.071
3.484.746
- 34 -
(1.023.391)
2.939
As benfeitorias em propriedades arrendadas estão vinculadas ao contrato de arrendamento com a extinta
RFFSA, sucedida pela União em 2007 conforme Lei 11.483.
O prazo de amortização das benfeitorias em instalações da via permanente arrendada foi limitado ao
período de vigência do contrato de arrendamento.
A Companhia registrou o montante de R$ 72.939, referente ao valor pago do direito de operação, sendo (i)
R$ 29.770 no ativo imobilizado, que são atribuíveis aos bens relacionados ao trecho transferido, e
(ii) R$ 43.169 no intangível como Direitos de Concessão, por se referir ao valor pago para operar o trecho
denominado Malha Paulista (Nota 3).
O intangível em curso é originado dos investimentos correntes plurianuais da Companhia e investimentos
de capital. A composição do intangível em curso pode ser demonstrada da seguinte forma:
30/09/14
Construção e ampliação de pátios e terminais
Aquisição e modernização de material rodante
Instalações administrativas e de apoio
Novas rotas - desenvolvimento e ampliação
Oficinas - aquisição de equipamentos e reformas
Requalificação e melhorias nos postos de abastecimento
Segurança, saúde, meio ambiente - Desenvolvimento sustentável
Trens turísticos - melhorias
Via permanente (infraestrura e superestrutura)
Melhoria operação ferroviária
Consolidado e
Controladora
31/12/13
6.244
41.709
5.788
5.042
15.148
9.629
10.921
1.803
119.267
6520
14.310
28.709
3.881
32.257
17.001
2.452
10.717
924
147.708
222.071
257.959
O intangível no período findo em 30 de setembro de 2014 apresentava a seguinte movimentação:
Intangível - custo
Direitos de concessão
Softwares adquiridos
Benfeitorias em propriedades
arrendadas
Terrenos
Imóveis
Instalações auxiliares/sistemas
operacionais
Equipamentos autônomos
Veículos
Bens administrativos/auxiliares
Equipamentos e aplicativos de
informática
Locomotivas
Vagões
Via permanente
31/12/13
Adições
43.169
8.356
51.525
-
Baixas
1.913
1.913
10
10
43.169
10.279
53.448
15
152.812
19.383
(797)
15
171.398
31.163
11.724
19
3.323
1.727
35.249
126
2.573
1.997
(39.089)
(126)
(1.606)
34.887
7.884
19
4.290
(58)
(2.113)
1.950
10.225
2.220
220.072
(1.747)
(8.115)
47.034
(863)
7.081
216.580
141.768
2.591.932
14.275
19.098
33.373
(2.171)
307.800
15.786
3.209.227
-
6.878
214.528
94.627
2.372.723
Outros Ativos
Benfeitorias em curso
Transferências
Consolidado e Controladora
Transferências
entre
imobilizado e
intangível
30/09/14
2.887.812
-
257.959
273.825
3.197.296
273.825
- 35 -
(309.713)
(2.171)
-
222.071
15.796
3.484.746
Consolidado e Controladora
Intangível - amortização
Direitos de concessão
Softwares adquiridos
Imóveis
Instalações auxiliares/sistemas operacionais
Equipamentos autônomos
Veículos
Bens administrativos/auxiliares
Equipamentos e aplicativos de informática
Locomotivas
Vagões
Via permanente
31/12/13
Adições
(17.075)
(7.803)
(19.980)
(6.764)
(6.622)
(19)
(384)
(3.416)
(116.689)
(62.188)
(632.151)
(248)
(1.065)
(7.059)
(14.099)
(120.944)
(873.091)
(152.472)
Outros Ativos
Baixas
(1.536)
(259)
(3.130)
(1.167)
(603)
59
2.113
(2.362)
30/09/14
(18.611)
(8.062)
(23.110)
(7.931)
(7.225)
(19)
(632)
(4.481)
(123.689)
(74.174)
(753.095)
(2.362)
2.172
(1.023.391)
3.15 - Fornecedores
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
101.660
100.469
10.109
14.113
Fornecedores terceiros (a)
Fornecedores partes relacionadas
(a) Fornecedores terceiros
Mercado interno
Mercado externo
111.769
114.582
101.660
-
100.136
333
101.660
100.469
3.16 - Obrigações fiscais
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Circulante
ICMS (Impostos s/ Circulação de Mercadorias e Serviços)
IRRF(Imposto de Renda Retido na Fonte)
PIS,COFINS
IOF (Imposto s/Operações Financeiras)
ISS (Imposto s/ Serviços)
Outros
1.848
2.584
6.214
207
1.432
3.082
15.367
7.127
3.338
7.755
207
1.264
19.691
3.17 - Obrigações sociais e trabalhistas
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Salários e encargos
Provisão para férias e 13º salário
Beneficios trabalhistas
Participação nos resultados
- 36 -
17.848
25.170
8.800
15.603
17.232
16.181
10.781
47.426
67.421
91.620
3.18 - Arrendamentos e concessões a pagar
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Circulante
FCA - Malha Centro Leste
Concessão (a)
Arrendamento (b)
FCA - FERROBAN/Malha Paulista
Concessão (c)
Arrendamento (d)
1.951
37.077
39.028
1.846
35.075
36.921
152
2.883
3.035
150
2.844
2.994
42.063
39.915
(a) Concessão dos serviços de transporte ferroviário - Malha Centro-Leste
A concessão dos serviços de transporte ferroviário de carga foi estipulada pelo prazo de trinta anos,
conforme contrato assinado em 28 de agosto de 1996 com a União, no montante histórico de R$ 15.845,
dos quais R$ 3.169 foram pagos à vista. O saldo restante de R$ 12.676, calculado está sendo pago em
112 parcelas trimestrais de R$ 470, corrigidas pela variação anual do IGP-DI calculado pela Fundação
Getúlio Vargas. Até 30 de setembro de 2014, foram pagas 65 (sessenta e cinco) parcelas, sendo a 65ª
parcela paga no valor de R$ 1.951.
(b) Arrendamento dos bens - Malha Centro-Leste
O arrendamento dos bens foi estipulado pelo prazo de trinta anos, de acordo com contrato firmado em 28
de agosto de 1996 com a União, no montante histórico de R$292.421, dos quais R$ 51.577 foram pagos
antecipadamente. O saldo restante de R$ 240.844 está sendo pago em 112 parcelas trimestrais de
R$ 8.935 corrigidas pela variação anual do IGP-DI calculado pela Fundação Getúlio Vargas. Até 30 de
setembro de 2014, foram pagas 65 (sessenta e cinco) parcelas, sendo a 65ª parcela paga no valor de
R$ 37.077.
(c) Concessão dos serviços de transporte ferroviário - Malha Paulista Arrendamento dos bens FERROBAN - Malha Paulista
A concessão dos serviços de transporte ferroviário de carga e o arrendamento da malha paulista foram
estipulados pelo prazo de trinta anos, conforme contrato assinado em 30 de dezembro de 1998, no
montante histórico de R$ 12.252, dos quais R$ 2.917 foram pagos à vista. O saldo restante de R$ 9.335
está sendo pago em 112 parcelas trimestrais de R$ 347, corrigidas pela variação anual do IGP-DI
calculado pela Fundação Getúlio Vargas. Sendo que a FCA participa apenas com 35,595% dessa
obrigação, levando em consideração que a Companhia vem operando o trecho compreendido entre
Araguari/MG e Boa Vista/SP. Até 30 de setembro de 2014, foram pagas 56 (cinquenta e seis) parcelas,
sendo a 56ª parcela paga no valor de R$ 455.
(d) Arrendamento dos bens - Malha Paulista
O arrendamento dos bens foi estipulado pelo prazo de trinta anos, de acordo com contrato firmado em 30
de dezembro de 1998 com a União, no montante histórico de R$230.160, dos quais R$ 52.793 foram
pagos antecipadamente. O saldo restante de R$ 177.367 está sendo pago em 112 parcelas trimestrais de
R$ 6.937 corrigidas pela variação anual do IGP-DI calculado pela Fundação Getúlio Vargas. Sendo que a
FCA participa apenas com 35,595% dessa obrigação, levando em consideração que a Companhia vem
operando o trecho compreendido entre Araguari/MG e Boa Vista/SP. Até 30 de setembro de 2014, foram
pagas 56 (cinquenta e seis) parcelas, sendo a 56ª parcela paga no valor de R$ 8.649.
- 37 -
3.19 - Provisões Operacionais
a) Investimentos
SL Serviços Logísticos Ltda. - A controlada está com as operações inativas. Em 31 de dezembro de
2006 o cálculo da equivalência patrimonial foi efetuado até o limite do saldo do investimento sendo
constituída provisão para perda sobre o passivo a descoberto da controlada, que em 30 de setembro de
2014 e 31 de dezembro de 2013 totalizava o montante de R$ 394, registrado na rubrica “Outras provisões”
no Passivo Circulante.
b) Franquia de seguro operacional
Em 2013 a companhia registrou a provisão de franquia de seguros operacionais referente a acidentes
ocorridos em sua malha ferroviária; os valores registrados são de R$ 24.000 (vinte e quatro milhões de
reais).
3.20 - Demais Contas a pagar
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Circulante
Garantias contratuais
Adiantamento de clientes
Outros passivos circulantes
Não circulante
Indenização contratual a pagar
Benefícios a empregados pós-aposentadoria (Nota 3.30)
1.797
5.898
2.481
1.797
7.533
4.289
10.176
13.619
1.463
1.827
895
3.290
895
13.466
14.514
3.21 - Adiantamentos para futuro aumento de capital - AFAC
Estes adiantamentos foram concedidos em caráter irrevogável e sem vencimento específico, sendo
capitalizados à medida que são aprovados em assembleia geral dos acionistas e também com anuência
da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. A quantidade de ações emitidas em decorrência
da capitalização dos AFACs é determinada no momento da aprovação do aumento de capital pelos
acionistas, não sendo, portanto, fixadas no momento da concessão dos mesmos. Estes valores foram
tratados como instrumento financeiro.
- 38 -
3.22 - Receitas diferidas
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Circulante
Passagem de fibra ótica (a)
Contrato de aluguel (b)
Contrato de Opção de Reserva de Capacidade ( c )
317
19.680
22.627
317
42.624
317
3.408
3.646
3.408
3.646
46.032
3.963
Não circulante
Passagem de fibra ótica (a)
(a) Refere-se à receita antecipada de aluguel da malha ferroviária da Companhia para passagem de fibra
ótica de empresa de telecomunicação que está sendo apropriada mensalmente ao resultado pelo
período total do contrato firmado com o cliente.
(b) Refere-se à receita antecipada de aluguel de locomotivas e vagões conforme contrato celebrado entre
a Companhia e a VLI Multimodal S.A. O contrato terá vigência de 14 anos e a Companhia receberá
anualmente o valor de R$ 67.698 ajustado pelo IGPM (Índice Geral de Preços Médios).
(c) Refere-se ao Contrato de Opção de Reserva de Capacidade celebrado entre a Companhia e a VLI
Multimodal S.A. Pelo contrato a Companhia será remunerada pela reserva de capacidade da Malha
Centro-Leste no valor de R$ 87.663 anuais, atualizados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços Médios).
A Companhia deverá ser avisada até o dia primeiro de maio de cada ano da intenção da VLI
Multimodal S.A de exercer seus direitos contratuais.
3.23 - Patrimônio líquido
a) Capital social
Em 30 de setembro de 2014 o capital social está representado por 210.197.577.031.248 ações ordinárias
e 66.665.012 ações preferenciais, todas nominativas. As ações preferenciais não têm direito a voto e
gozarão de prioridade no recebimento do capital, sem prêmio, quando da liquidação da Companhia.
É facultado à Companhia, por deliberação do Conselho de Administração, optar pelo regime escritural para
a emissão, registro de propriedade e transferência de uma ou mais classes de ações. Neste caso, a
contratação da escrituração e a guarda dos livros de registro e transferência de ações e a emissão de
certificados só poderão ser efetuados com instituição financeira autorizada pela Comissão de Valores
Mobiliários a manter esse serviço. A instituição financeira depositária das ações ficará autorizada a cobrar
do acionista o custo do serviço de transferência da propriedade das ações escriturais, observados os
limites legais.
- 39 -
A Companhia, por deliberação da Assembléia Geral, poderá criar outras classes de ações, resgatáveis ou
não, sem guardar proporção com as demais.
Acionistas
VLI Multimodal S.A.
Ações
Ordinárias
Total
de Ações
210.197.536.038.503
55.673.348
210.197.591.711.851
40.992.745
10.991.664
51.984.409
210.197.577.031.248
66.665.012
210.197.643.696.260
Outros - não controladores
Totais
Ações
Preferênciais
%
Participação
99,99998%
0,00002%
100%
b) Reserva de lucros
Reserva legal - reserva que constitui uma exigência para todas as empresas brasileiras de capital aberto e
representa a apropriação de 5% do lucro líquido anual apurado com base na legislação brasileira, até o
limite de 20% do capital social.
c) Dividendos
Aos acionistas será assegurado um dividendo mínimo obrigatório de 25% sobre o lucro líquido ajustado,
nos termos do artigo 202 da Lei 6.404/76.
De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os dividendos são reconhecidos no final do
exercício, ainda que os dividendos não tenham sido oficialmente declarados, o que ocorrerá no exercício
seguinte.
d) Lucro (prejuízo) por ação
Básico e diluído
O lucro (prejuízo) básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro (prejuízo) atribuído aos
acionistas da Companhia, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias apuradas no período.
Não há qualquer efeito de diluição no cálculo do prejuízo por ação.
Consolidado e Controladora
Período de 3 meses findos em
Período de 9 meses findos em
30/09/2014
30/09/2014
7.968.555.663
7.968.555.663
16.105
655
7.968.555.663
7.968.555.663
2,02
0,08
30/09/2013
30/09/2013
4.604.302.604
4.604.302.604
Cálculo da média ponderada para 2014
(6.124.086.168 x 3/9)+(8.890.790.411 x 6/9)
Lucro líquido do período
Ações em 30 de setembro de 2014
Lucro líquido básico e diluído por lote de mil de ações R$
Cálculo da média ponderada para 2013
(4.170.078.729 x 7/9) + (6.124.086.168 x 2/9)
Lucro Líquido (Prejuízo) do período
Ações em 30 de setembro de 2013
Lucro Líquido (Prejuízo) básico e diluído por lote de mil de ações R$
- 40 -
4.626
(140.764)
4.604.302.604
4.604.302.604
1,00
(30,57)
3.24 - Receita dos serviços prestados
Consolidado e Controladora
30/09/2014
30/09/2013
Receita Bruta
Receita de transporte ferroviário
Receita de utilização de pátios
Receita de estadia de vagões
Receita de aluguel de locomotivas
Receita de partilha de frete
Receita de serviços acessórios
1.038.304
1.919
5.551
59.758
88.113
123.770
887.109
1.643
3.051
43.819
78.005
114.069
1.317.415
1.127.696
ICMS
PIS
(53.042)
(20.537)
(52.015)
(18.563)
COFINS
INSS Desoneração
ISS
(95.004)
(13.174)
20
(85.500)
-
(181.737)
(156.078)
1.135.678
971.618
Impostos sobre serviços
Devoluções
Devoluções de vendas
(36)
Receita líquida dos serviços vendidos
1.135.680
971.582
3.25 - Custos dos serviços prestados
Os custos dos serviços vendidos estão assim representados:
Consolidado e Controladora
30/09/2014
30/09/2013
(197.253)
(194.493)
(21.630)
(44.142)
(63.208)
(68.529)
(226.335)
(209.527)
(149.963)
(139.911)
(130.634)
(103.927)
6.091
(315)
(2.319)
(3.594)
(185.626)
(157.191)
Pessoal
Encargos sociais
Material
Combustíveis
Serviços contratados
Partilha de frete
Tributos
Outros
Depreciação e amortização
Despesas de arrendamento e concessão
(149.011)
(124.199)
(1.119.888)
(1.045.828)
3.26 - Receitas (despesas) operacionais
a) Despesas com vendas
Consolidado e Controladora
30/09/2014
30/09/2013
(65)
(49)
(7)
(26)
Pessoal
Encargos sociais
Serviços contratados
(3)
Tributos
Outras
(2)
(2)
(77)
- 41 -
(74)
b) Despesas gerais e administrativas
Consolidado e Controladora
30/09/2014
30/09/2013
Pessoal
Encargos sociais
Combustíveis
Material
Serviços contratados
Tributos
Outras
(1.198)
(94)
(3)
(7)
(978)
(148)
(124)
Depreciação
(145)
(219)
(5)
(4)
(1.013)
(33)
(156)
(1.863)
(1.913)
(4.416)
(3.488)
c) Outras receitas (despesas) operacionais
Consolidado e Controladora
30/09/2014
30/09/2013
10.787
5.261
Outras receitas operacionais
Venda de materiais
Venda de ativos
592
138
Recuperação de despesas
4.563
2.084
Trem Turístico
4.099
3.652
Travessias
2.498
3.190
11.695
7.282
1.508
668
9.982
8.407
Multas contratuais
Alugueis
Serviços prestados
78
Processos trabalhistas
Outros
386
157
46.110
30.917
Tributárias
(5.249)
(3.303)
Baixa de Ativos
(2.173)
(1.694)
(167)
(324)
Outras despesas operacionais
Estoques
Ajuste de estoque
(18)
(174)
(228)
(3.398)
(1.865)
(41.563)
Trem Turístico
(3.843)
(2.554)
Trem Turístico-depreciação
(2.121)
(1.986)
Outras operacionais
(7.544)
(773)
Processos Juridico Judiciais
(34.846)
(26.786)
Gastos com auto seguro
(10.810)
Participação no resultado
Perda de recebíveis
(1.139)
Pesquisa e desenvolvimento
Indenizações
Estimativa de perda para crédito de liquidação duvidosa
Provisão para contingências
(5.897)
(6.388)
4.079
1.434
12.816
(956)
(57.866)
(89.685)
(11.756)
(58.768)
Provisão para passivos ambientais
(81)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas
- 42 -
3.27 - Resultado financeiro
Consolidado e Controladora
30/09/2014
30/09/2013
Receitas financeiras
Aplicação mercado financeiro
Juros, taxa e multas de mora
979
1.427
2.406
1.436
1.269
2.705
(83)
(1.762)
(14)
(32)
(2.487)
(2.330)
(6.708)
(39)
(1.185)
(2.595)
(4.389)
(2.445)
(26)
(128)
(10.807)
5.417
3.914
5.417
3.914
1.115
(4.188)
Despesas Financeiras
Despesas com IOF
Despesa de carta de fiança
Multas dedutíveis
Encargos por atraso
Juros sobre adiantamentos de clientes
Juros, taxas e multas
Outras despesas financeiras
Receitas(despesas) com variação monetária e cambial
Resultado financeiro
3.28 - Imposto de renda e contribuição social
Imposto de renda e contribuição social diferidos
A Companhia efetua o reconhecimento do imposto diferido baseado nas diferenças temporárias entre o
valor contábil e o valor para base fiscal dos ativos e passivos, nos prejuízos fiscais apurados e na base de
cálculo negativa de contribuição social sobre o lucro, na medida em que foram consideradas prováveis
suas realizações contra resultados tributáveis futuros.
O total dos créditos fiscais reconhecidos e dos não reconhecidos pode ser assim demonstrado:
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
Imposto de renda diferido
Provisão para devedores duvidosos
Provisão para contingências
Outras provisões
Ajuste a valor presente de ativos financeiros
6.288
16.096
12.044
28.868
Prejuízo fiscal
Contribuição social diferida
Provisão para devedores duvidosos
Provisão para contingências
Outras provisões
Ajuste a valor presente de ativos financeiros
Base negativa
Prejuízo fiscal para imposto de renda
Base negativa da contribuição social
7.308
19.082
8.117
28.868
(10.695)
60.006
52.601
123.381
2.264
5.794
4.336
2.631
6.869
2.923
10.392
(3.850)
18.936
10.392
18.864
41.679
282.804
252.376
240.023
209.595
Tributos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro tributável esteja
disponível para ser utilizado, com base em projeções de resultados futuros, elaboradas e fundamentadas
em premissas internas, em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.
- 43 -
A expectativa de realização dos créditos relativo ao prejuízo fiscal, à base negativa da contribuição social,
ocorrerá da seguinte forma:
Consolidado e Controladora
30/09/2014
31/12/2013
ANO
2015
12.273
12.273
2016
10.694
10.694
2017
17.743
17.743
2018
19.983
19.983
2019
21.126
21.126
2020 em diante
36.311
36.311
118.130
118.130
Abaixo apresentamos a composição dos tributos diferidos reconhecidos:
Consolidado e Controladora
Imposto de renda diferido
Ajustes a valor presente de ativo financeiro
Prejuízo fiscal
Contribuição social diferida
Ajustes a valor presente de ativo financeiro
Base negativa
Imposto de renda e Contribuição social diferidos
30/09/2014
31/12/2013
28.868
60.006
28.868
60.006
88.874
88.874
10.392
18.864
10.392
18.864
29.256
29.256
118.130
118.130
3.29 - Informação por segmento de negócios
Considerando que as atividades da Companhia apresentam características econômicas e financeiras
similares e visando a adequada avaliação dos efeitos financeiros e dos ambientes econômicos e
regulatórios onde atua, a administração da Companhia toma suas decisões e avalia regularmente o
desempenho de seus produtos e serviços a partir do agrupamento de suas atividades em um único
segmento.
A unificação dos segmentos foi validada com base nos seguintes aspectos:


A geração de caixa de suas atividades é decorrente das atividades de prestação de serviços de
transportes de cargas.
A metodologia aplicada na prestação de serviços de transportes de cargas é idêntica para todos os
clientes, independentemente da categoria.
3.30 - Previdência privada
Conforme previsto no Edital de Privatização, uma das obrigações da Companhia era implantar um plano
de previdência privada em substituição ao plano da REFER - Fundação Rede Ferroviária de Seguridade
Social.
- 44 -
A partir de outubro de 2000, foi implantado na Companhia o plano da VALIA - Fundação Vale do Rio Doce
de Seguridade Social, entidade jurídica sem fins lucrativos, instituída em 1973, tendo por finalidade
suplementar benefícios previdenciários aos empregados da VALE e suas controladas e coligadas que
participam ou venham a participar do plano.
A Companhia, sua controladora e diversas empresas do Grupo Vale são patrocinadoras da VALIA.
Plano de Benefício - FCA
Foi elaborado tendo por base os mais modernos conceitos no âmbito da Previdência Complementar de
benefícios programáveis, que são do tipo contribuição definida desvinculados da concessão de benefícios
da Previdência Social. Contempla também o Benefício Diferido por Desligamento (“Vesting”), que permite
ao participante manter-se vinculado ao plano sem que sejam necessárias contribuições futuras, além dos
chamados benefícios de risco (aposentadoria por invalidez e pensão por morte).
Outra vantagem prevista pelo plano é que este permite, em caso de desligamento da Fundação, a
devolução da totalidade das contribuições do participante e até 80% das contribuições da patrocinadora,
acrescidas da rentabilidade dos investimentos. Este plano foi implementado em outubro de 2000 e para ele
migraram quase todos os empregados então ativos da Companhia. Em 30 de setembro de 2014, 4.808
empregados e vinculados contribuintes haviam aderido ao plano (31 de dezembro de 2013 - 4.509).
As contribuições da Companhia para o Plano de Benefícios FCA, são como segue:




Contribuição ordinária - Destina-se à acumulação dos recursos necessários à concessão dos
benefícios de renda, é idêntica à contribuição dos participantes e limita-se a 9% dos seus salários
de participação, no que exceder a dez unidades de referência do plano.
Contribuição extraordinária - Pode ser realizada a qualquer tempo, a critério das patrocinadoras.
Contribuição normal - Para custeio do plano de risco e das despesas administrativas, fixadas pelo
atuário quando da elaboração das avaliações atuariais.
Contribuição Especial - Destinada a cobrir qualquer compromisso especial porventura existente.
As despesas reconhecidas relacionadas ao plano de contribuição definida no período findo em 30 de
setembro de 2014 totalizaram R$ 2.895 (30 de setembro de 2013 - R$ 2.540).
A Companhia não registrou em seu balanço patrimonial nenhum ativo decorrente de avaliações atuariais
anteriores, por não haver, claramente, evidência de probabilidade de sua realização.
A Companhia é participante e responsável pela cobertura proporcional de qualquer insuficiência nas
reservas técnicas da Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social - VALIA.
Não foram apuradas contribuições para formação de reservas técnicas a serem efetuadas pela Companhia
nos exercícios findos em 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013.
Premissas atuariais e econômicas
Todos os cálculos atuariais envolvem projeções futuras acerca de alguns parâmetros, tais como: salários,
juros, inflação, comportamento dos benefícios do INSS, mortalidade, invalidez, etc. Nenhum resultado
atuarial pode ser analisado sem o conhecimento prévio do cenário de hipóteses utilizado na avaliação.
As premissas atuariais econômicas adotadas foram formuladas considerando-se o longo prazo previsto
para sua maturação, devendo, por isso, serem analisadas sob essa ótica. Portanto, a curto prazo, elas
podem não ser necessariamente realizadas.
- 45 -
Na avaliação atuarial efetuada para 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, foram adotadas
as seguintes premissas atuariais e econômicas:
Principais premissas atuariais
30/09/2014
31/12/2013
12,68%
12,68%
Média Ponderada das premissas para determinar a obrigação de benefício definido
1. Taxa nominal de desconto
2. Taxa nominal de crescimento salarial
9,18%
9,18%
3. Taxa de inflação estimada no longo prazo
6,00%
6,00%
4. Taxa nominal de reajuste de benefícios
6,00%
6,00%
1. Taxa nominal de desconto
9,72%
9,72%
2. Taxa nominal de crescimento salarial
8,15%
8,15%
3. Taxa de inflação estimada no longo prazo
5,00%
5,00%
4. Taxa nominal de reajuste de benefícios
5,00%
5,00%
AT 83 Male
AT 83 Male
1. Aposentadoria hoje ( idade atual 65 anos)
18,6307
18,6307
2. Aposentadoria daqui a 25 anos ( idade atual 40 anos)
18,6307
18,6307
Média ponderada de premissas para determinar o custo / (receita) do beneficio definido
5. Tábua de mortalidade
Expectativa de vida esperada para aposentadoria aos 65 anos
3.31 - Gestão de riscos financeiros
Estimativa de valor justo
Os valores de mercado dos ativos e passivos financeiros são determinados com base em informações de
mercado disponíveis e metodologias de valorização apropriadas e não divergem significativamente dos
saldos contábeis. O uso de diferentes premissas de mercado e/ou metodologias de estimativa poderiam
causar um efeito diferente nos valores estimados de mercado.
Os principais instrumentos financeiros da Companhia em 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de
2013 eram caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes, adiantamentos para futuro aumento
de capital, fornecedores e partes relacionadas, cujos valores contábeis aproximavam-se dos
correspondentes valores de realização.
Fatores de risco financeiro
As atividades da FCA a expõem aos riscos financeiros de mercado (incluindo o risco de preço e risco de
taxa de juros de fluxo de caixa) risco de crédito e risco de liquidez.
A Companhia não contratou quaisquer operações com instrumentos financeiros derivativos em 30 de
setembro de 2014 e em 31 de dezembro de 2013.
A gestão de risco é efetuada de forma centralizada no contexto do Grupo VLI.
a) Risco de Mercado
Risco de preço
Considerando a natureza dos negócios e operações da FCA, o principal fator de risco de mercado aos
quais a Companhia está exposta são preços de produtos, insumos e outros custos.
O aumento dos custos de insumos, como por exemplo, o óleo diesel (principal insumo), levaria a um
aumento do frete ferroviário, e poderia deixar os produtos agrícolas em desvantagem no mercado externo
refletindo diretamente nos resultados da Companhia.
- 46 -
Risco cambial
Esse risco decorre da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas por causa de flutuações nas
taxas de câmbio que aumentem valores relacionados às importações de estoque e imobilizado.
Em 30 de setembro de 2014, a Companhia possuía passivos denominados em dólares norte-americanos
no montante de R$ 0 (31 de dezembro de 2013 - R$ 333).
Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros
Exceto pelo arrendamento e concessão a pagar (Nota 3.18), não há ativos ou passivos significativos com
incidência de juros, o resultado e os fluxos de caixa operacionais da Companhia são, substancialmente,
independentes das mudanças nas taxas de juros do mercado.
b) Risco de crédito
O risco de crédito é administrado corporativamente. O risco de crédito decorre de depósitos e aplicações
em instituições financeiras, bem como de exposições de crédito a clientes, incluindo contas a receber de
clientes em aberto.
As atividades da Companhia compreendem a prestação de serviços de transporte ferroviário de carga
geral. O principal fator de risco de crédito que afeta o negócio é a concessão de crédito aos clientes
terceiros. Para minimizar as possíveis perdas com inadimplência, é adotada uma política de gestão
rigorosa na concessão de crédito, consistindo em análises criteriosas do perfil dos clientes, bem como um
sistema que permite o bloqueio automático de vendas a clientes acima do limite estabelecido e com
atrasos nos pagamentos de suas faturas. Também deve ser destacado que a prestação de serviços, pelas
características dos produtos transportados e dispersão de clientes, não apresentam concentrações
relevantes, existindo natural diluição de riscos de realização de contas a receber de clientes terceiros com
consequente minimização de perdas individuais.
Atualmente o maior cliente individual da Companhia é sua controladora direta VLI Multimodal.
Em 30 de setembro de 2014, a Companhia constituiu provisão para cobrir eventuais perdas com contas a
receber no montante de R$ 25.154 (31 de dezembro de 2013 - R$ 29.233).
c) Risco de liquidez
O risco de liquidez surge da possibilidade de não poder cumprir com as obrigações contratadas nas datas
previstas e necessidades de caixa devido às restrições de liquidez do mercado.
O acompanhamento da política de gestão dos ativos e passivos financeiros da Companhia é feito
sistematicamente pelo Conselho de Administração. A administração desses recursos é efetuada por meio
de estratégias operacionais visando assegurar liquidez, rentabilidade e segurança.
A política envolve uma análise criteriosa das contrapartes da Companhia por meio da análise das
demonstrações contábeis, patrimônio líquido e “rating” visando auxiliar a Companhia a manter a liquidez
desejada, a definir nível de concentração de suas operações, a controlar grau de exposição aos riscos do
mercado financeiro e a pulverizar o risco de liquidez.
Os passivos financeiros da Companhia em 30 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013 estão
classificados no passivo circulante e não circulante considerando os prazos de vencimento.
- 47 -
Instrumentos financeiros por categoria
Abaixo relacionamos os instrumentos financeiros por categoria em 30 de setembro de 2014 e 31 de
dezembro de 2013 correspondem:
Ativos
Contas a receber
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e bancos
Aplicações financeiras
Contas a receber da RFFSA (União)
Passivos
Fornecedores
Adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC)
30/09/2014
Consolidado
31/12/2013
515.723
446.255
1.722
53.243
15.619
-
516.117
1.722
53.243
66.157
53.493
66.157
53.493
636.845
637.239
111.769
515.761
111.769
515.367
114.582
114.582
2.430.723
2.140.333
2.430.723
2.140.333
2.542.492
2.254.915
2.542.492
2.254.915
3.179.337
2.770.282
3.179.731
2.770.676
30/09/2014
Controladora
31/12/2013
446.649
15.619
Gestão de capital
A política da Administração é manter uma sólida base de capital para manter a confiança do investidor,
credor e mercado e manter o desenvolvimento futuro do negócio. A gestão de capital da Companhia é
realizada no contexto do Grupo VLI. A origem de recursos se baseia em capital próprio, não havendo a
captação de recursos de terceiros.
O passivo líquido de caixa e equivalentes de caixa, em relação ao patrimônio líquido no final do período é
apresentado a seguir. O indicador atual demonstra que as atividades são mantidas preponderantemente
com os recursos provenientes de seus acionistas.
Total passivo
(-) Caixa e equivalentes de caixa
Patrimônio líquido
Adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC)
Total patrimônio líquido+ AFAC
30/09/2014
2.815.661
(54.965)
2.760.696
1.529.828
2.430.723
3.960.551
Consolidado
31/12/2013
2.525.610
(15.619)
2.509.991
1.529.173
2.140.333
3.669.506
30/09/2014
2.816.055
(54.965)
2.761.090
1.529.828
2.430.723
3.960.551
Controladora
31/12/2013
2.526.004
(15.619)
2.510.385
1.529.173
2.140.333
3.669.506
69,70%
68,40%
69,71%
68,41%
- 48 -
3.32 - Compromissos
Os gastos contratados, mas ainda não incorridos no contexto das demonstrações contábeis correspondem
exclusivamente a compromissos assumidos pela Companhia referentes às concessões e arrendamentos
da Malha Centro Leste e da Malha Paulista. Os compromissos assumidos podem ser resumidos conforme
abaixo:
Malha Centro
Leste
Quantidade de parcelas totais
Periodicidade de pagamento
Índice de atualização das parcelas
Quantidade de parcelas pagas até 30 de setembro de 2014
Malha Paulista
Ferroban
112
112
Trimestral
Trimestral
IGP-DI (FGV)
IGP-DI (FGV)
65
56
Valor da última parcela paga
Concessão
Arrendamento
(*) Parcela de responsabilidade da FCA (35,595%)
- 49 -
1.951
455 (*)
37.077
8.649 (*)
4 - ADMINISTRAÇÃO - CONSELHEIROS E DIRETORES
Conselho de Administração
Marcello Magistrini Spinelli
Presidente
Pedro de Campos Azevedo
Marcos Antonio Laranja Pinto
Paulino Rodrigues de Moura
Suplente
Paulo de Tarso Pessanha
Diretoria
Marcello Magistrini Spinelli
Diretor-Presidente e de Relações com Investidores
Marcus Vinícius de Faria Penteado
Diretor Financeiro
Silvana Alcântara Oliveira de Souza
Diretora de Desenvolvimento de Negócios
Rodrigo Saba Ruggiero
Diretor Operacional
Fabiano Bodanezi Lorenzi
Diretor Comercial
Fabio Stewson de Souza
Contador - CRC-MG 45.913/O-6
- 50 -
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Resultados 2014