AGLOMERAÇÕES PRODUTIVAS E INOVAÇÃO1 Ana Cristina de Oliveira Melo2 Agenor Pereira dos Santos Neto 3 Valéria Sousa de Jesus4 RESUMO: O presente artigo tem como objetivo analisar os conceitos de aglomerações produtivas e inovação. Assim, discutem-se, inicialmente, a origem e a evolução do conceito de aglomerações produtivas e a teoria da localização, perpassa pelos distritos industriais de Alfred Marshall e cluster de Michael Porter para, em seguida, se apresentarem as características e os elementos que dão forma ao conceito de arranjos produtivos locais. Posteriormente, examina-se a inovação numa abordagem que vai dos teóricos clássicos aos trabalhos de Joseph Alois Schumpeter e os neo-schumpeterianos. O ponto culminante deste artigo refere-se à estreita relação entre aglomerações produtivas e inovação, ora construída em formatos organizacionais que privilegiam o aspecto local para o desenvolvimento econômico. PALAVRAS-CHAVE: Aglomerações Produtivas; Inovação; Arranjos Produtivos Locais. ABSTRACT: This article aims to analyze the concepts of productive clusters and innovation. Thus, we discuss initially the origin and evolution of the concept of productive clusters and location theory, pervades the industrial districts of Alfred Marshall and Michael Porter's cluster to then come forward features and elements that form the concept of local productive arrangements. Subsequently, it examines innovation approach ranging from classics to the theoretical work 1 Trabalho realizado sob a orientação da Prof. Josias Alves de Jesus para aproveitamento da disciplina de Economia da Tecnologia da UESB. 2 Discente do VIII semestre do curso de economia da UESB. 3 Discente do VIII semestre do curso de economia da UESB. 4 Discente do VIII semestre do curso de economia da UESB. of Joseph Alois Schumpeter and the neo-Schumpeterian. The culmination of this article refers to the close relationship between innovation and productive agglomerations, now built into organizational formats that emphasize the local aspect for economic development. WORD-KEYS: Productive agglomerations; Innovation; Local Production 1. Introdução O ressurgimento da região ou localidade como foco central de vantagens competitivas e inovativas, a partir da década de 1970, foi largamente ilustrado pelo sucesso de algumas experiências de economias regionais e distritos industriais. Nesse contexto, o território passa a ser vislumbrado como um grande complexo produtivo e o foco de interesse desloca-se do âmbito da empresa, vista isoladamente, para um conjunto de empresas, localizadas em um mesmo território. A preocupação com a dimensão local dos sistemas globais de produção traz, para o cerne das análises, a necessidade de identificação de fatores capazes de gerar configurações produtivas com desempenho diferenciado, a exemplo da capacidade de inovação das empresas. Dessa forma, várias são as contribuições teóricas nesta área, interagindo com um rico e variado acervo de estudos empíricos. Assim, a elaboração de uma análise sobre aglomerações produtivas e inovação é de fundamental importância para entendimento das cadeias produtivas e dos aspectos relativos ao desenvolvimento regional. Nestes termos, distintas concepções teóricas situam-se na origem de cada uma das vertentes, como será visto a seguir. 2. Aglomerações produtivas 2.1. Conceitos iniciais O termo aglomeração – produtiva, científica, tecnológica e/ou inovativa – tem como aspecto central a proximidade territorial de agentes econômicos, políticos e sociais (empresas e outras organizações públicas/privadas). Uma questão importante, associada a esse termo, é a formação de economias de aglomeração, ou seja, as vantagens oriundas da proximidade geográfica dos agentes, incluindo acesso a matérias-primas, equipamentos, mão-de-obra, dentre outros. Considera-se que a aglomeração de empresas amplie suas chances de sobrevivência e crescimento, constituindo-se em relevante fonte geradora de vantagens competitivas. Isto é particularmente significativo no caso de micro e pequenas empresas. Em uma definição ampla, é possível incluir os diferentes tipos de aglomerados referidos na literatura – tais como distritos e polos industriais, clusters, arranjos produtivos e inovativos locais, redes de empresas, entre outros. Na realidade, cada tipo de aglomeração pode envolver diferentes atores, além e refletir formas diferenciadas de articulação, governança e enraizamento. Do mesmo modo, uma região pode apresentar diferentes tipos de aglomerações; assim como cada empresa pode participar de diferentes formas de interação, por exemplo, fazendo parte ao mesmo tempo de um distrito industrial e inserindo-se em uma cadeia produtiva global. O ressurgimento da região ou localidade como foco central de vantagens competitivas e inovativas, a partir da década de 1970, foi largamente ilustrado pelo sucesso de algumas experiências de economias regionais e distritos industriais, cujo dinamismo encontrava-se fundamentado extensivamente em ativos locais, tais como os distritos industriais na região da Terceira Itália, o Vale do Silício na Califórnia, Baden-Wurttemberg, na Alemanha, entre outras. 2.2. Teoria da Localização de Weber O Economista alemão Alfred Weber parte da formulação de caráter neoclássico, onde admite que a decisão quanto à localização de atividades industriais decorreria da ponderação de três fatores: o custo de transporte, o custo da mão-de-obra e um “fator local” decorrente das forças de aglomeração e desaglomeração. Com relação aos custos de transporte, Weber postula que as indústrias tendem a instalarem-se onde os custos de transporte de matérias-primas e produtos finais sejam mínimos. Essencialmente, assumem-se como dados a localização dos mercados consumidores (considerados perfeitamente elásticos), das fontes de matéria-prima (considerada infinitamente elástica a um preço dado) e da mão-de-obra (considerada também infinitamente elástica a uma taxa de salários dada) e os custos de transporte associados tanto à matériaprima como ao produto final, procurando determinar a localização “ótima” para a atividade. 2.3. Distritos Industriais de Marshall A importância da aglomeração produtiva tem origem no trabalho pioneiro de Alfred Marshall, Princípios de Economia (1920) sobre os distritos industriais, no qual se destacam as vantagens obtidas pelas empresas. Segundo Igliori (2001), os argumentos iniciais de Marshall se reforçam empiricamente tendo como objeto de análise a Inglaterra do final do século XIX, onde lhe chamou a atenção algumas empresas, que apesar de serem pequenas, desempenhavam bem suas atividades no mercado e suplantavam o desempenho de grandes indústrias da época. Desse modo, esclarece Jesus (2007) que a linha teórica da Economia e Ciência Regional parte das contribuições seminais de Alfred Marshall que discutiu as primeiras noções da organização industrial, lançando as bases para as discussões posteriores sobre Distritos Industriais. A origem e o desenvolvimento desses distritos marshallianos estão vinculados diretamente à cultura regional e, neste sentido, convergindo com a análise de Becattini (apud JESUS, 2007) que ressalta as características não apenas culturais, mas também sociais e históricas dos distritos industriais no meio em que estão inseridos. Segundo Jesus (2007), as externalidades marshallianas, os retornos crescentes de escala e o crescimento dos monopólios são fundamentais na natureza das economias de aglomeração. Nesta seara, para Igliori (2001) haverá vantagens da concentração com a utilização de máquinas especializadas de maior valor por parte das indústrias subsidiárias, vez que a soma das pequenas firmas permite uma ocupação plena desses equipamentos e a criação de um mercado robusto e constante de mão de obra especializada. Um aspecto relevante para Marshall é de que o conhecimento incorporado nas faculdades humanas assume fundamental importância na compreensão do desempenho econômico de firmas e nações. Assim, as habilidades humanas são separadas em dois grupos: habilidades gerais e habilidades especializadas. As gerais são as que se aplicam a todos os tipos de indústrias, já as especializadas são aquelas que correspondem à destreza manual de trabalhadores e aos conhecimentos específicos de determinados setores das indústrias. Marshall (apud IGLIORI, 2001) afirma que as economias de escala das firmas podem ser internas ou externas. Nas primeiras, ocorre com um aumento das escalas de produção de uma firma individual ou de uma melhor organização de sua administração; nas segundas, é decorrente do crescimento geral de um setor industrial, não necessariamente relacionado ao tamanho da firma, mas pela localização e/ou concentração de pequenas firmas. Ainda segundo Marshall, causas para essa concentração podem ser a disponibilidade de matériasprimas, fontes de energia, custos de transporte, entre outros. Neste sentido, Santos (apud JESUS, 2007) estabelece que as forças centrípetas são as três fontes marshallianas clássicas de economias externas que induzem à concentração espacial: Mercado de trabalho denso – a concentração geográfica e setorial cria um pool de especialistas, beneficiando trabalhadores e firmas; Fornecedores de produtos intermediários – quando as empresas formam clusters, podem dar conta de mais fornecedores especializados de insumos e serviços concentrados localmente (linkages); Spillovers tecnológicos – a formação de aglomerações produtivas facilita a rápida difusão de know-how e ideias. 2.4. Clusters de Porter O termo cluster associa-se à tradição anglo-americana e, genericamente, refere-se a aglomerados territoriais de empresas, desenvolvendo atividades similares. Michael Porter, por exemplo, em seus trabalhos sobre competitividade, utilizou o conceito de cluster para destacar a importância da proximidade geográfica, não apenas de fornecedores, mas também de empresas rivais e clientes para o desenvolvimento empresarial dinâmico, argumentando que as vantagens competitivas na economia global derivam de uma constelação de fatores locais que sustentam o dinamismo das empresas líderes. “Clusters são concentrações geográficas de empresas interconectadas e instituições em um campo específico. Clusters envolvem um conjunto de indústrias ligadas e outras entidades importantes para competir. Eles incluem, por exemplo, fornecedores de inputs especializados como: componentes, maquinaria, serviços e provedores de infraestrutura especializada”. (PORTER, 1999, pg. 78). Ainda segundo Porter (1999), clusters quase sempre também se estendem para baixo (downstream) para canais e consumidores e lateralmente para fabricantes de produtos complementares e para empresas em indústrias relacionadas por habilidades, tecnologias, ou entradas (inputs) comuns. Sua ênfase está centrada no aspecto de rivalidade (concorrência) entre empresas, como estimulador da competitividade, e não na ideia de cooperação. Porter (1999) ressalta três fatores condicionadores do processo de desenvolvimento de uma aglomeração: (i) a intensidade de competição local; (ii) o ambiente geral da localidade com características favoráveis à constituição de novas empresas; e (iii) a eficácia dos mecanismos formais e informais para associação das empresas locais especializadas. Segundo esse autor, pode haver algumas vantagens causadas pelo relacionamento entre aglomerados, como a obtenção de feedbacks, que geram informações importantes para gestão e manutenção da competitividade do aglomerado, facilidade quanto à realização de trocas de tecnologias. O principal enfoque de Porter (apud JESUS, 2007) foi a análise das indústrias e como estas adquirem e mantêm a vantagem competitiva, seus argumentos partem de uma crítica frontal à teoria das vantagens comparativas. Para ele, a vantagem competitiva das nações representa o conjunto de atributos nacionais que impulsionam as vantagens competitivas das indústrias. A vantagem competitiva da indústria está na produtividade que, por seu turno, depende diretamente de um ambiente local, regional ou nacional que possibilite à firma acesso a fluxos de informação, instituições de apoio, infraestrutura e permita a formação de competências. Para Jesus (2007), na observação da constituição dos clusters o importante é perceber que a proximidade dos agentes produtivos pode trazer vantagens como redução nos custos de transporte e redução de custos com o compartilhamento de insumos para as empresas localizadas. Todavia, as principais vantagens dos aglomerados não estão nesses tipos de vantagens locacionais, mas sim na produtividade. Para Porter (apud JESUS, 2007), a localização e a competição afetam a vantagem competitiva e, por consequência, a produtividade. A produtividade é entendida como o valor gerado por unidade trabalho ou por recursos físicos utilizados e, nesse sentido, o ambiente ou o local onde a firma está inserida exercerá forte influência sobre a mesma. Assim, “a sofisticação e a produtividade com que as empresas competem em determinada localidade é muito influenciada pela qualidade do ambiente de negócios” (PORTER 1999, p.222). 2.5. Arranjos Produtivos Locais e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais Os Arranjos Produtivos Locais (APL) referem-se a uma forma de aglomeração produtiva de empresas produtoras de bens e serviços afins, que são favorecidas por políticas e ações dos poderes públicos e privados, instituições de pesquisa e centros de tecnologia, e destacam-se por sua capacidade de geração de empregos. Os APL’s podem ser horizontais ou verticais. Os horizontais são caracterizados pela concentração de diversas atividades similares, que compartilham recursos disponíveis na mesma região. Quanto aos verticais, relacionam-se com interdependência, ou seja, verifica-se interação entre as indústrias produtoras de bens de consumo e as indústrias produtoras de máquinas e equipamentos para aquela indústria, que é sustentada pela interação entre produtores-usuários e clientes-fornecedores. Já os Sistemas Produtivos e Inovativos Locais são aqueles arranjos produtivos em que a interdependência, articulação e vínculos consistentes resultam em interação, cooperação e aprendizagem, com potencial de gerar o incremento da capacidade inovativa endógena, da competitividade e do desenvolvimento local. Assim, considera-se que a dimensão institucional e regional constitui elemento crucial do processo de capacitação produtiva e inovativa. Diferentes contextos, sistemas cognitivos e regulatórios, e formas de articulação e de aprendizado interativo entre agentes são reconhecidos como fundamentais na geração e difusão de conhecimentos, particularmente aqueles tácitos. Assim, o aprendizado refere-se à aquisição e à construção de diferentes tipos de conhecimentos, competências e habilidades, não se limitando a ter acesso a informações. Na literatura econômica, o conceito de aprendizado pode estar associado a um processo cumulativo por meio do qual as organizações, por meio de seus recursos humanos, adquirem e ampliam seus conhecimentos, aperfeiçoam procedimentos de busca e refinam habilidades em desenvolver, produzir e comercializar bens e serviços. Dentre os impactos do processo do aprendizado, do ponto de vista da empresa e de conjuntos de empresas, destacam-se o aumento de sua eficiência produtiva e administrativa, assim como o maior dinamismo da inovação. 3. Inovação 3.1. Inovação na visão dos clássicos Existe a necessidade de se basear nas teorias criadas pelos economistas clássicos, uma vez que eles apresentam o tipo de indústria e tecnologia de cada época. Entre o século XVIII até XIX ocorreu à chamada Primeira Revolução Industrial, e este foi um período de grandes inovações, tais como divisão do trabalho, introdução de máquinas na produção, entre outros. E neste período os autores clássicos da economia, Adam Smith e David Ricardo, escreveram suas grandes obras. O período que antecede o século XVIII foi marcado pela produção de bens de forma artesanal e pela agricultura sem formas avançadas de manejo como tratores, maquinarias, técnicas de adubação e etc. Os produtos artesanais não eram feitos de forma padronizada e o tempo de produção era considerado longo, uma vez que era feito manualmente. Na produção artesanal não havia divisão de tarefas, a mesma pessoa fazia todas as etapas de produção do determinado bem, ou seja, o conceito de fábrica ainda não existia, mesmo que algumas produções se davam de forma cooperativa, não havia a utilização de máquinas e processos organizacionais. O início da Primeira Revolução Industrial foi caracterizado por uma grande invenção: a descoberta da utilidade do carvão como forma de energia (desenvolvimento da máquina a vapor e locomotiva). Estes meios de transporte foram de fundamental importância na dinamização das matérias-primas, das pessoas e das mercadorias, fazendo com que o comércio se desenvolvesse. Segundo Tigre (2006, p.3), “desde meados do século XVIII observam-se sucessivas ondas de inovação obtidas por meio da introdução de máquinas e equipamentos, de novas formas de organização da produção e do desenvolvimento de novas fontes de materiais e energia”. Outro fato marcante na Primeira Revolução Industrial foi a introdução de máquinas nas unidades produtivas. A utilização de máquinas nas indústrias, que desempenhavam grande força e agilidade movida à energia do carvão, proporcionou uma produtividade extremamente dinâmica, com isso a indústria tornou-se uma alternativa de trabalho, nesse momento milhares de pessoas deixaram o campo em direção às cidades. Quando Adam Smith escreveu sua obra A Riqueza das Nações, no final do século XVIII, a produtividade e o crescimento econômico já estavam a ocorrer. A implantação de inovações tecnológicas na indústria têxtil permitiu que o custo de produção dos tecidos baixasse, estimulando assim a expansão do mercado destas mercadorias. Segundo Freeman (1997), os aumentos na produtividade acabaram sendo transferidos aos preços, de forma a beneficiar os consumidores. Tigre melhor define que “o conceito de fábrica introduz não apenas máquinas que automatizam a força humana, mas principalmente mudanças na organização da produção, visando especializar os trabalhadores e aprofundar sua capacitação” (TIGRE, 2006, p.6). Há uma nova forma na organização da produção, uma divisão de tarefas realizadas na fábrica, cujo objetivo é a especialização do trabalhador. Quando o empregado passa a realizar apenas uma das etapas de produção de forma repetida ele se especializa naquela tarefa e passa a executá-la com mais precisão e em menos tempo. Segundo Adam Smith (1776), a introdução de novos equipamentos e a nova organização das máquinas e trabalhadores resultava em melhorias incrementais obtidas pela melhor combinação de princípios mecânicos básicos. O autor clássico David Ricardo (1982) também analisou os efeitos da introdução da maquinaria no processo produtivo e este observou que à medida que isto ocorre há um aumento no número de desempregados, pois, as máquinas substituem a mão de obra humana. Entretanto, o autor só visualizou esta situação após a crítica do autor Karl Marx aos processos de inovação. 3.2. Inovação na visão de Marx Para Karl Marx, a inserção de inovação no processo produtivo era a base técnica no favorecimento da acumulação de capital. Com a divisão social do trabalho, o capitalista (Schumpeter o chamava de empresário) conseguia uma produtividade maior, diminuindo assim o valor das mercadorias e consequentemente o preço destas. Ao haver melhoramentos no processo de produção e substituição do “trabalho vivo” pelo “trabalho morto”, há também um aumento no trabalho excedente, fazendo com que o lucro do capitalista seja cada vez maior. Ainda para este mesmo autor, o sistema econômico não poderia ser moldado apenas pela tecnologia, pois, este dependia também das instituições políticas e sociais. Inversamente à Teoria neoclássica, Marx considerava a tecnologia um fator endógeno à empresa, pois, a necessidade de aumentar a produtividade vinha do próprio capitalista. 3.3. Inovação na visão dos Neoclássicos A Escola Neoclássica tem uma maior preocupação com a alocação de recursos e formação de preços, enquanto os clássicos se ativeram em investigar a origem da riqueza das nações. Este negligenciamento às questões relativas ao uso de inovações se deu por conta de os teóricos neoclássicos afirmarem que estas questões deviam ser mais bem tratadas por profissionais de áreas como administração de empresas e engenheiros. O teórico Leon Walras, por exemplo, ateve seus estudos em análises com modelos matemáticos de forma a explicar o funcionamento da economia com uma sequência de equações. Foi apenas a partir do século XX que a abordagem neoclássica passou a considerar a inovação como variável explicativa na dinâmica do sistema econômico. Diferentemente de Marx, a teoria neoclássica considera a tecnologia um fator exógeno, pois, é um fator de produção que pode ser adquirido no mercado. 3.4. Inovação na visão de Schumpeter Observaremos agora as contribuições de Joseph Alois Schumpeter, este foi um dos mais importantes economistas do século XX. Nasceu em 1883, no mesmo ano da morte de Karl Marx. Para ele as crises conjunturais não correspondiam apenas a fatores exógenos, mas estavam relacionados com atividade empresarial, com o sistema de crédito e com a tecnologia, sendo estas as causas do desenvolvimento econômico. Schumpeter dedicou sua obra para ressaltar a importância do processo de inovação. Tendo como pilares básicos as inovações tecnológicas, o empresário inovador, a concentração de capital, a grande empresa, os bancos e o ambiente hostil do mercado. Para ele há um processo de “Destruição Criadora” que é essencial para o capitalismo, de modo que o capitalismo desenvolve-se em razão de estimular o aparecimento de novos empreendedores. Diferentemente de Marx, Schumpeter parte da relação desenvolvimento econômico, de modo que esta causa desequilíbrio ao sistema econômico, de forma que faz um contraste com a teoria do equilíbrio, e tenta explicar que o que foi proposto por Walras é imprescindível para o sistema econômico. Para este a inovação tecnológica é fundamental para o desenvolvimento do sistema capitalista. Schumpeter (1997) diz que equilíbrio estático é tido como o fluxo circular, de maneira que a atividade econômica se repete sucessivamente, ocorrendo período após período, seja no consumo, seja na produção, é feita de forma analogia à circulação sanguínea no organismo. O diagrama a seguir representa o Fluxo Circular da Renda: Fonte: Jesus(2007) elaborado a partir de Schumpeter (1982) A inovação tecnológica é fundamental para o desenvolvimento do sistema capitalista. A primeira inovação de uma empresa gera um lucro extraordinário, comparado com o monopólio. Portanto, a realização de uma inovação, vem do emprego diferente da oferta de meios produtivos já existentes do sistema econômico, e o comando deste é essencial para a realização de inovações. Porém, isto é um problema para as empresas que trabalham dentro do fluxo circular. Conforme Schumpeter (1997), a função empresarial é uma característica do desenvolvimento, de maneira que não existe o fluxo circular, pois nele não existem inovações. De modo que o empresário é definido pela sua função no ambiente produtivo, e não como sendo possuidor do capital, de maneira que sem a posse deste, é preciso que o empresário obtenha crédito para poder adquirir os bens de produção necessários para a inovação, e estes ocasionarão o lucro. O empresário é tido como o protagonista do processo de inovação, acarretando assim no processo de desenvolvimento, na visão dele o empresário é quem inova, ele que irá promover o processo de inovação na firma, podendo ser até mesmo o gerente da empresa, outra coisa que se deve mencionar é que os empresários não formam classe social, no que se refere ao sentido técnico. Para Schumpeter (1997), o lucro é fundamental para o processo econômico, e este é oriundo da classe denominada por ele de capitalistas, pois estes são os detentores do dinheiro, de maneira que o crédito é devido às inovações bem sucedidas ou ainda através dos bancos. Em relação ao papel do dos banqueiros e do crédito, Schumpeter (1197, p.83) “o banqueiro é primariamente tanto um intermediário da mercadoria poder de compra, mas um produtor dessa mercadoria. Contudo, com toda a poupança e fundos de reseva hoje em dia afluem geralmente para ele e nele se concentra a demanda de poder livre de poder livre de compra, quer já exista, quer tenha que ser criado, ele substitui os capitalistas privados ou tornou-se o seu agente; ternou-se ele mesmo o capitalista par excellence. Ele se coloca entre os que desejam formar combinações novas e os possuidores dos meios produtivos”. Segundo Schumpeter (1997), os investimentos em inovações de processos produtivos e produtos de uma empresa refletem diretamente no desempenho financeiro desta, de forma que o empresário deve-se ocupar ao mesmo tempo um papel de liderança e tecnológica. A introdução e a ampliação de inovações tecnológicas e organizacionais são essenciais para as transformações econômicas e para o desenvolvimento ao longo prazo. 3.5. Inovação na visão dos neo-schumpeterianos A abordagem evolucionista e/ou neo-schumpeteriana surge nos anos 1980, sendo que esta foi influenciada pelo trabalho de Schumpeter e pela teoria da evolução das Ciências Biológicas, que segundo Corazza e Fracalanza (2004) os agentes econômicos se comportam por meio dos elementos de permanência ou heteroditariedade; por um principio de variações ou mutações; e por mecanismos de seleção. Conforme Freeman (1994 apud IGLIORI 2010, p.55) “No entanto, Freeman destaca que a grande diversidade presente nestes estudos e afirma que muitos deles estão mais próximos da economia neoclássica do que da teoria de Schumpeter. Apesar da distância dos argumentos dos trabalhos contemporâneos das proposições originais de Schumpeter, na opinião do autor, estas se constituem como um ponto de partida essencial e devem ser consideradas na análise da mudança técnica”. Conforme Jesus (2007) algo a se destacar na teoria neo-schumpeterina é a de que a inovação tecnológica é o processo motor do desenvolvimento para dinâmica capitalista, buscando abandonar o referencial de equilíbrio e da racionalidade perfeita dos agentes da teoria ortodoxa. Os autores desta abordagem estão situados em dois grupos não-rivais, tendo um voltado ao desenvolvimento de modelos evolucionista e o outro grupo voltado à análise da geração e difusão de novas tecnologias sobressaindo a inter-relação com a dinâmica industrial e a estrutura dos mercados. “Uma primeira mais antiga que tem em Richard Nelson e Sidney Winter (1982) seus maiores representantes, surgida na Universidade de Yale (EUA) e autodenominada evolucionistas. A segunda tem como representante Christopher Freeman, Carlota Perez, K. Pavitt, Luc Soete, Giovanni Dosi e outros que surge na Universidade Sussex (Reino Unido)”. POSSAS (1989 apud JESUS, 2007, p.43). Os neo-schumpeterianos vão de encontro ao enfoque estático tradicional, e vê na concorrência um processo evolutivo e dinâmico, onde gerado por fatores endógenos ao sistema econômico. Conforme Jesus (2007, p. 44) “para os neo-schumpeterianos, o grau de inovação é a extensão das mudanças diferenciam as mudanças tecnológicas em relação ao período anterior com o em uma espécie de evolução”. Dentre a corrente neo-shumpeteriana há divergências entre o que é proposto por esta, alguns focaram na invenção, outros, focaram na inovação e outros focaram na interação entre padrão tecnológico e a infra-estrututa institucional. Nesta abordagem, a concorrência não gera somente componentes adaptativos. Entretanto, além disso, gera atitudes ou iniciativas inovadoras. De modo que tem em sua teoria o principio de racionalidade invariante dos agentes econômicos. Propondo assim, uma diferenciação entre inovação incremental, isto é, que surgem de melhoria de inovação já existentes, dentro de caminhos tecnológicos estabelecidos pelas grandes inovações; tendo ainda as inovações radicais que são processos descontínuos, ligados a pesquisa de P&D das empresas, laboratórios de pesquisa governamentais ou universitários; no que se tratando das mudanças tecnológicas, refere-se às mudanças que dão lugar ao aparecimento de novos setores; as mudanças no paradigma tecno-econômico, também, se constitui de mudanças tecnológicas, entretanto possui influencia na economia como um todo. Um aspecto fundamental nesta teoria é a que fazer referência ao ambiente institucional em que a firma está inserida, tendo como enfoco a criação e evolução das habilitações tecnológicas e organizacionais das firmas. Tendo como ponto de partida as inovações induzidas pela concorrência, construindo assim um referencial alternativo as inovações neoclássicas, de modo que substitui assim por rotinas e convenções que acabam por gerar coesão e regularidade, porém não há o estabelecimento do equilíbrio. Algo que é bastante difundido por estes é o processo de aprendizagem (tecnológico e organizacional), de modo que responde pela fonte de mudança técnica das firmas e do sistema econômico. Tendo como principais fontes de aprendizado: learning by doing; learning by using; learning by advances in science and technology;learning from inter-industry spillovers; learning by interacting; learning by searching. Segundo Rosemberg (1982), o número de inovações e melhorias técnicas só aumeta por meio do learning by doing e do learning by using. É preciso que as firmas aprendam a utilizar e melhorar o processo produtivo com as atividades do dia-a-dia para soluções dos problemas de produção, na utilização de novas técnicas ou processos ou na estrutura. Portanto, é relevante a inter-relação entre o “aprender fazendo”, ou “aprender usando” e os programas de P&D. Podendo contribuir para o desenvolvimento da capacidade de inovação e aprendizado de um país, região, setor ou até mesmo de maneira local. Tendo como foco a interação entre os diversos agentes econômicos, este sistema de inovação pode ser visto com uma rede de instituições dos setores privado e público, e difundem novas tecnologias. 4. Aglomerações produtivas e inovação Inicialmente, faz-se necessário a conceituação do termo inovação. Este conceito é bastante variado, dependendo, principalmente da aplicação. A inovação pode ser vista como a abertura de um novo mercado, a introdução de um novo produto, a implantação de um novo processo produtivo, e pode ser vista também como um processo de aprendizagem organizacional. De acordo com Schumpeter (1997), as inovações englobam cinco casos: a introdução de um novo bem ou de uma nova qualidade de um bem; a introdução de um novo método de produção; a abertura de um novo mercado; conquista de uma nova fonte de matérias-primas; e o estabelecimento de uma nova organização. Quando se fala em inovação no Brasil, deve-se ter como referência o Manual de Oslo. Segundo Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Manual surgiu a partir de um trabalho realizado durante os anos 1980 e 1990 com o objetivo de desenvolver modelos e estruturas de análise direcionada a estudos a respeito de inovação. OCDE (Terceira Edição), “O Manual se tornou referência para várias pesquisas que examinaram a natureza e os impactos da inovação no setor comercial, tais como o 'European Community Innovation Survey' (CIS), atualmente em sua quarta edição”. No que tange ao pensamento econômico, a inovação exerce influências variadas entre as teorias econômicas. No período que antecede a Primeira Revolução Industrial (final do século XVIII), a produção das mercadorias era feita de forma artesanal e a atividade econômica que predominava era a agricultura. No entanto, neste período, surge a necessidade de transportar estas mercadorias, para tanto era preciso aumentar a produtividade. Para a Teoria Clássica, o sentido de inovação era apresentado como a divisão social do trabalho; a introdução de maquinaria, ferramentas e novos processos produtivos. Anteriormente a este período, os artesãos realizavam todo o processo produtivo, com a introdução das máquinas, passou-se a dividir as tarefas, de modo que houve a especialização do trabalho, aumentando assim a produtividade. Karl Marx retomava o conceito de inovação dos clássicos, ou seja, com um aumento na produtividade, o custo unitário dos produtos diminuía, reduzindo, consecutivamente seus preços. Entretanto, a introdução da maquinaria em substituição à mão de obra, gerava o “exército industrial de reserva”, ou seja, o número de indivíduos desempregados era crescente. “Marx entendia que a inovação era uma forma de obter um monopólio temporário sobre uma técnica superior ou produto diferenciado. O aumento da produção resultante da introdução de novos meios de produção em uma única empresa capitalista não diminuía ou o preço da mercadoria da mercadoria em curto prazo.” (TIGRE, 2006, p. 23). Os neoclássicos, mesmo sendo contemporâneos de Marx, possuíam outras prioridades na teoria econômica. Sua análise era centralizada na alocação ótima dos recursos e nos preços de equilíbrio, assim, estes não levavam em consideração as questões relativas à organização industrial e a mudança tecnológica. Estes teóricos, em sua abordagem, minimizam a exogeneidade da tecnologia. Dentre as correntes teóricas, Joseph Alois Schumpeter, foi o economista que deu maior ênfase à tecnologia e à inovação, tendo como três pilares básicos: papel do empresário inovador, a inovação e o crédito. Este autor vai de encontro com a ideia de Walras, ideia esta que utiliza a Teoria do Equilíbrio para explicar o desenvolvimento econômico. Para Schumpeter só haverá desenvolvimento econômico por meio de inovações. Ainda para Schumpeter (1997), é o produtor que inicia a mudança econômica e não o consumidor, de modo que os consumidores são ensinados pelos produtores a querer bens novos, diferentes em algum aspecto do eram acostumados a usar. Para ele “...é o produtor que, via de regra, inicia a mudança econômica, e os consumidores são educados por ele, se necessário; são, por assim dizer, ensinados a querer coisas novas ou hábito de usar.” (SCHUMPETER, 1997, p. 76) Assim como Marx, Schumpeter dizia que o lucro extraordinário ocorria devido ao processo de inovação, de modo que alcançava lucros comparados aos lucros de monopólio. Estes lucros fazem com que os empresários busquem por inovações. O processo de inovação está correlacionado com as aglomerações produtivas, partindo disso Jesus (2007) define aglomerações produtivas como: “...concentrações geográficas de diversos agentes econômicos, como produtores, organizações de ensino e pesquisa, instituições financeiras entre outros e que mantém certo nível de conexão entre eles em determinado território refletindo ganhos de produtividade na produção de bens e serviços, especialização de mão de obra e eficiência coletiva”. (JESUS, 2007, p. 3). Conforme Cavalcante (2007) foi a partir dos anos 1950 que as teorias de desenvolvimento regional foram desenvolvidas e que passaram a “... enfatizar algum tipo de mecanismo dinâmico de auto-reforço resultante de externalidades provenientes da aglomeração industrial”. (CAVALCANTE, 2007, p.18). A Economia Regional parte das contribuições teóricas de Alfred Marshall, cujo objetivo era explicar o motivo no qual algumas regiões no mundo se desenvolviam mais que outras, levando a discussões que posteriormente trariam o conceito de Distritos Industriais. Ainda na década de 1950, alguns autores tratam o fenômeno do crescimento regional a partir das aglomerações. “Em que pese o relevante papel desempenhado pela aglomeração nos ‘pólos de crescimento’ de Perroux (1955), na ‘causação circular e cumulativa’ de Myrdal (1957) e nos ‘efeitos para trás e para frente’ de Hirschman (1958)...” (CAVALCANTE, 2007, p.19). Segundo Becattini (1990, p. 20 apud JESUS, 2007, p.3) “distrito industrial é uma entidade sócio territorial caracterizada pela presença ativa de uma comunidade de pessoas e uma população de empresas em determinado espaço geográfico histórico”. Os aglomerados tendem a criar interação e cooperação entre as empresas instaladas num determinado local, incluindo assim empresas à jusante e à montante destas. De modo a diminuir os custos de transporte e compartilhamento de insumos dentre essas indústrias. Entretanto, faz-se necessário ressaltar que os maiores ganhos estão no aumento da produtividade e não apenas nos fatores locacionais. Alfred Marshall é considerado como pioneiro na definição das aglomerações industriais, além de falar das questões das externalidades e dos gastos de escalas internos à firma, como está exposto no trecho retirado da obra Princípios de Economia do próprio autor: “Muitas das economias na utilização de mão de obra e maquinaria especializada não dependem do tamanho das fábricas individuais. Algumas dependem do mesmo gênero de fábricas na vizinhança; enquanto outras, especialmente relacionadas com o adiantamento da ciência e o progresso das artes, dependem principalmente do volume global de produção em todo o mundo civilizado”. (MARSHALL, 1890, p.229 apud CAVALCANTE, 2007, p.18). A partir dos estudos de Schumpeter (1997), a abordagem neo-schumpeteriana procura analisar que a inovação tecnológica é o processo motor do desenvolvimento para dinâmica capitalista. O ambiente institucional é de suma importância para esta abordagem. Entretanto, isto é mais desenvolvido por Freeman, com seu conceito de Sistema Nacional de Inovação (SNI). A OCDE define SNI como “...um conjunto de diversas instituições que conjunta e individualmente contribuem para o desenvolvimento e difusão de novas tecnologias e que provê uma estrutura em que os governos definem e implementam políticas para dinamizar o processo de inovação. Assim, os Sistemas Nacionais de Inovação formam o sistema de instituições interconectadas para criar, armazenar e transferir conhecimento”. (OCDE, 1985 apud LORENZI, 2003 apud JESUS, 2007, p.5) O Sistema Nacional de Inovação também pode ser assumir escalas menores, como por exemplo, regiões ou setores. Desta forma, é conceituado como Sistema Regional de Inovação (SRI) e Sistema Setorial de Inovação (SSI). A partir disso, nota-se que empresas prestadoras de serviços e indústrias tendem a se aglomerar em determinados locais. Dentre os tipos de Aglomerações Produtivas destacam-se os Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais (ASPIL), sendo caracterizados, sobretudo, pela inovação e aprendizado interativos e conhecimento tácito, onde a capacitação inovativa possibilita a introdução de novos produtos, processos, métodos e formatos organizacionais, sendo essencial para garantir a competitividade sustentada dos diferentes atores locais, tanto individual como coletivamente. 5. Conclusão O presente trabalho procurou apresentar uma produção teórica no que tange aos aspectos relacionados a aglomerações produtivas e inovação, num contexto de desenvolvimento localizado, divididos em três grandes blocos: as aglomerações produtivas, as teorias acerca da inovação e, por fim, a íntima relação entre ambas para promover o desenvolvimento regional frente aos novos padrões de produção baseados na automação integrada flexível e dos movimentos de abertura comercial. Desse modo, a concepção do crescimento e do desenvolvimento como um processo de natureza endógena, a ênfase na inovação e no aprendizado como motores do progresso, o papel das economias de aglomeração, a importância dos fatores locacionais para a criação de um ambiente propício à inovação e a relevância das interações entre os agentes produtivos, sociais e políticos é vislumbrado e tratado como um grande complexo produtivo, onde as empresas convivem, interagem, cooperam e competem. Ante todo o exposto, verifica-se que o desenvolvimento econômico, seja de uma nação, seja de uma região, é uma busca permanente por parte de qualquer sociedade. Entender as variáveis que dão origem a esse processo se constitui, da mesma forma, em um desafio constante. O tipo de atividade econômica, como ela se organiza e os atores envolvidos fazem parte desse conjunto de elementos que determinam as relações econômicas, políticas e sociais e que dão vida ao processo de desenvolvimento econômico. Referências CAVALCANTE, Luiz Ricardo Matos Teixeira. Produção Teórica em Economia Regional: Uma proposta de sistematização. Agosto de 2007. IGLIORI, Danilo Camargo. Economia dos Clusters Industriais e Desenvolvimento. – São Paulo: Iglu: FAPESB, 2001. JESUS, Josias Alves de. KIBS, Inovação e Aprendizado: Um estudo das contribuições dos KIBS no APL de TI da Região Metropolitana de Salvador e Feira de Santana. 2007. ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. Manual de Oslo. <http://download.finep.gov.br/dcom/brasil_inovador/arquivos/manual_de_oslo/prefacio.html > Acesso em 25 de Agosto de 2012. PORTER, M. E. (1999). Competição – Estratégias Competitivas Essenciais. 6º. Edição. São Paulo, Editora Campus Ltda. ROSENBERG, N. Inside the black box: technology and economics. Cambridge University Press, 1982. SCHUMPETER, Joseph Alois. Teoria do Desenvolvimento Econômico: Uma Investigação sobre Lucros, Capital, Crédito, Juro e o Ciclo Econômico. - São Paulo: Nova Cultural Ltda, 1997. TIGRE, Paulo Bastos. Gestão da Inovação: A Economia da Tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. – 7ª reimpressão. il.