Hábitos Alimentares dos Acadêmicos do Curso de Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina de Tubarão – SC matriculados em diferentes fases da graduação. Nutrição. Morgana 1 PRÁ ; Lalucha MASSUCHETI 2. Acadêmica do Curso de Graduação em Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – Tubarão (SC), Brasil. Artigo 170. 2 Professora do Curso de Graduação em Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – Tubarão (SC), Brasil. Artigo 170. 1 Introdução O comportamento alimentar tem suas bases fixadas na infância, transmitidas pela família e sustentadas por tradições, porém, pode modificar-se em conseqüência de mudanças do meio, relativas à escolaridade ou alterações psicológicas. (DAVANÇO et al, 2004). Vários fatores como a urbanização, adaptações ao meio ambiente e a falta de tempo podem modificar o comportamento alimentar. As práticas alimentares são ajustadas à carga horária, ao local de trabalho e às disponibilidades financeiras. (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 1998). Um dos papéis do nutricionista é o de ajudar as pessoas a modificar seus hábitos alimentares, através da assistência nutricional a indivíduos e grupos populacionais. (BALDWIN; FALCIGLIA, 1995). A Figura 2 apresenta que a única refeição realizada por todos os 221 (100%) alunos pesquisados foi o almoço; a segunda refeição mais realizada foi o café da manhã com 196 respostas, seguida pelo lanche da tarde com 186 repostas, jantar com 164 repostas, lanche da manhã com 90 repostas e ceia com 81 repostas. Objetivos Avaliar os hábitos alimentares dos acadêmicos do curso de nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina de Tubarão/UNISUL – SC matriculados em diferentes fases da graduação. Metodologia Esta pesquisa foi realizada nos meses de fevereiro a abril do ano de 2008 no Município de Tubarão, estado de Santa Catarina. A população estudada foi constituída por 221 acadêmicos de nutrição da UNISUL regularmente matriculados nas 9 fases da graduação no ano de 2008. Os dados sobre hábitos alimentares foram coletados nas salas de aula dos alunos através de inquérito de freqüência alimentar. Os dados foram tabulados no software Excel. Resultados Foram coletados dados de 221 alunos, sendo que destes, 94,6% eram do sexo feminino e 5,4% do sexo masculino; a idade encontrada variou de 17 a 41 anos. Quando questionados sobre a existência e o motivo das mudanças seus hábitos alimentares, as respostas descritas pelos alunos relacionaram-se a diversos fatores, sendo que, 73 referiram a aprendizagem ao longo do curso; 49 pela necessidade de perda de peso e/ou patologias; 25 por falta de tempo, mudança de horários e por estar morando sozinho e 74 não responderam ou não modificaram sua alimentação (Figura 1). Figura 2 - Distribuição percentual das refeições realizadas pelos acadêmicos de nutrição avaliados. Tubarão, 2008. Utilizando-se como referencia o Guia Alimentar para População Brasileira publicado pelo Ministério da Saúde no ano de 2006, pode-se contatar que a maior parte da população avaliada apresentou baixo consumo de frutas, verduras/legumes, leguminosas, carnes, leite e derivados, açúcares e gorduras. Verificou-se baixo consumo de água entre os indivíduos avaliados. Os alunos do 9º semestre apresentaram um maior consumo de frutas, verduras/legumes, leite, açúcares e gorduras e frituras que os alunos do 1º semestre letivo. No que se refere ao consumo do feijão, queijo e água, os alunos do 9º semestre apresentaram redução, quando comparados aos do 1º semestre. Considerações Finais Os resultados apontam um elevado número de acadêmicos de nutrição com hábitos alimentares incorretos. Embora grande parte dos avaliados consuma freqüentemente todos os grupos alimentares, observou-se inadequação em relação as recomendações diárias existentes e publicadas pelo Ministério da Saúde. Não houveram diferenças significativas no consumo dos grupos alimentares pelos diferentes semestres letivos. Bibliografia BALDWIN, T., FALCIGLIA, G.A. Application of cognitive behavioral theories to dietary change in clients. Journal of the American Dietetic Association, Chicago, v.95, n.11, p.1315-1317, 1995. DAVANÇO G.M., et al. Conhecimentos, atitudes e práticas de professores de ciclo básico, expostos e não expostos a Curso de Educação Nutricional. Revista de Nutrição, Campinas, v.17, n.2, Apr./Jun., 2004. Figura 1 – Motivos das mudanças alimentares referidas pelos acadêmicos de nutrição. Tubarão, 2008. MAHAN, L.K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, nutrição & dietoterapia. 8ªed. São Paulo: Roca, 1998. Apoio Financeiro: Unisul