SECRETARIA DE FAZENDA Governo do Estado do Rio de Janeiro CONTADORIA GERAL DO ESTADO Secretaria de Estado de Fazenda SÉRGIO CABRAL Governador RENATO AUGUSTO ZAGALLO VILLELA DOS SANTOS Secretário de Estado de Fazenda PAULO SERGIO BRAGA TAFNER Subsecretário Geral de Fazenda FRANCISCO PEREIRA IGLESIAS Contador-Geral do Estado LEONEL CARVALHO PEREIRA Superintendente de Relatórios Gerenciais LUIZ ALFREDO RIBEIRO Superintendente de Acompanhamento de Sistemas Contábeis LUIZ ANTÔNIO DA CRUZ PINHEIRO Superintendente de Normas Técnicas DAVID LOPES DE SOUZA Superintendente das Coordenadorias Setoriais de Contabilidade Contas de Gestão – Exercício 2013 1 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 1 APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................................... 6 1.1 COMPOSIÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS .............................................................................................................. 7 1.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................................................................... 9 1.3 ENTIDADES EM LIQUIDAÇÃO ................................................................................................................................... 9 1.4 PUBLICAÇÕES DA CONTADORIA GERAL DO ESTADO - CGE ..................................................................................... 10 1.4.1 EXECUÇÕES ORÇAMENTÁRIAS ....................................................................................................................... 10 1.4.2 ATOS NORMATIVOS DA CGE .......................................................................................................................... 11 2 PANORAMA ECONÔMICO .......................................................................................................................................13 2.1 ECONOMIA BRASILEIRA.......................................................................................................................................... 13 2.2 ECONOMIA FLUMINENSE ....................................................................................................................................... 17 3 ORÇAMENTO ..........................................................................................................................................................22 3.1 ORÇAMENTO FISCAL E DE SEGURIDADE SOCIAL ..................................................................................................... 22 3.1.1 ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS ..................................................................................................................... 24 3.1.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA ...................................................................................................... 28 3.1.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA ..................................................................................................... 46 3.1.4 RECEITAS E DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS ............................................................................................. 73 3.1.5 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO ........................................................................................................................ 77 3.2 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS.......................................................................................................................... 80 3.2.1 ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS DAS EMPRESAS ESTATAIS ............................................................................ 81 3.2.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE ........................... 82 3.2.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - IO .......................... 83 4 FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO - FUNDEB ...........................................................................................................................................85 4.1 RECURSOS DO FUNDEB........................................................................................................................................... 85 4.1.1 COMPOSIÇÃO E REPASSES DOS RECURSOS AO FUNDEB ............................................................................... 85 4.1.2 DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB AO ESTADO E MUNICÍPIOS ....................................................... 87 4.2 RESULTADO DA PARTICIPAÇÃO DO ESTADO NO FUNDEB ....................................................................................... 88 4.3 DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB.......................................................................................................... 89 4.3.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DOS RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB ......................................................... 89 4.3.2 EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR - FUNDEB ................................................................................................. 91 4.4 MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB ............................................................... 92 5 FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA E ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS - FECP ...............................................94 5.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA POR FUNÇÃO – FECP ............................................................................ 95 5.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA POR PROGRAMA DE GOVERNO - FECP ................................................. 96 5.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA POR GRUPO DE DESPESA ...................................................................... 97 5.4 DOS LIMITES DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FECP ........................................................................................... 98 5.6 DA APLICAÇÃO NO FUNDO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – FEHIS ........................................ 100 6 FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO DO RJ – RIOPREVIDÊNCIA ...................................................104 6.1 RECEITA DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RPPS .......................................................................... 104 6.1.1 RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES ...................................................................................................................... 105 6.1.2 RECEITAS PATRIMONIAIS ............................................................................................................................. 106 6.1.3 OUTRAS RECEITAS CORRENTES .................................................................................................................... 107 Contas de Gestão – Exercício 2013 2 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 6.1.4 ALIENAÇÃO DE BENS .................................................................................................................................... 108 6.1.5 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMO / FUNDES ................................................................................................ 109 6.2 DESPESAS DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RPPS ........................................................................ 109 6.2.1 DESPESAS COM PESSOAL PRÓPRIO E ENCARGOS ........................................................................................ 110 6.2.2 PREVIDÊNCIA SOCIAL ................................................................................................................................... 111 6.2.3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES ................................................................................................................... 112 6.2.4 INVESTIMENTOS ........................................................................................................................................... 112 6.3 RESULTADO PREVIDÊNCIÁRIO ............................................................................................................................. 113 6.4 BALANÇO PREVIDENCIAL ...................................................................................................................................... 113 6.5 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – RJ PREV-CD..................................................................................................... 115 6.6 FUNDO DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - RIOFUNDOPREVI................................. 116 7 PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS DO PETRÓLEO ..............................................................................................119 7.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS ......................................................................................................................... 119 7.2 DESEMPENHO DOS ROYALTIES E PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS EM 2013 ................................................................. 119 7.3 EVOLUÇÃO DAS RECEITAS DAS PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS .................................................................. 123 8 VINCULAÇÕES CONSTITUCIONAIS .........................................................................................................................127 8.1 AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE .............................................................................................................. 127 8.1.1 BASE DE CÁLCULO PARA APLICAÇÕES EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE .................................. 127 8.1.2 VALORES APLICADOS PELO ESTADO EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE ..................................... 128 8.1.3 DESPESAS EXCLUÍDAS PARA APURAÇÃO DO LIMITE CONSTITUCIONAL ...................................................... 130 8.1.4 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE. 131 8.2 SISTEMA EDUCACIONAL ....................................................................................................................................... 132 8.2.1 BASE DE CÁLCULO PARA APLICAÇÕES DE RECURSOS NO SISTEMA EDUCACIONAL ..................................... 133 8.2.2 VALORES APLICADOS EM MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO – MDE ................................. 133 8.2.3 DESPESAS EXCLUÍDAS PARA APURAÇÃO DO LIMITE CONSTITUCIONAL ...................................................... 136 8.2.4 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO NO SISTEMA EDUCACIONAL .......................... 137 8.3 FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS FILHO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – FAPERJ .......... 138 8.3.1 BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL – FAPERJ ........................................................ 138 8.3.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA FAPERJ ...................................................................................................... 139 8.3.3 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO PELA FAPERJ ................................................... 141 8.4 FUNDO ESTADUAL DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO URBANO – FECAM ........................... 141 8.4.1 COMPOSIÇÃO DOS RECURSOS DESTINADOS AO FECAM ............................................................................. 142 8.4.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA COM RECURSOS DO FECAM ........................................................................... 143 8.4.3 APURAÇÃO DO PERCENTUAL DE DESPESAS FRENTE ÀS RECEITAS DO FECAM ............................................ 145 9 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ........................................................................................................................148 9.1 COMENTÁRIOS ..................................................................................................................................................... 148 9.2 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO.......................................................................................................... 150 9.2.1 ANEXO DE METAS FISCAIS ............................................................................................................................ 150 9.3 METAS BIMESTRAIS DE ARRECADAÇÃO ................................................................................................................ 153 9.3.1 CUMPRIMENTO AO ARTIGO 13 DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL....................................................... 155 9.4 RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL ............................................................................................................................. 159 9.4.1 DEMONSTRATIVO DA DESPESA COM PESSOAL ............................................................................................ 160 9.4.2 DEMONSTRATIVO DA DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA – DCL ..................................................................... 162 9.4.3 DEMONSTRATIVO DAS GARANTIAS E CONTRAGARANTIAS DE VALORES .................................................... 163 9.4.4 DEMONSTRATIVO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO ........................................................................................ 164 Contas de Gestão – Exercício 2013 3 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 9.4.5 DEMONSTRATIVO DA DISPONIBILIDADE DE CAIXA ...................................................................................... 165 9.4.6 DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR .................................................................................................... 166 9.5 RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - RREO .......................................................................... 167 9.5.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO .......................................................................................................................... 167 9.5.2 DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA .................................................................................... 168 9.5.3 DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS DO REGIME PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS............................................................................................................................................................... 169 9.5.4 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO PRIMÁRIO ............................................................................................. 169 9.5.5 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINAL ............................................................................................. 170 9.5.6 DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DESPESAS DE CAPITAL............................ 172 9.5.7 DEMONSTRATIVO DA RECEITA DE ALIENAÇÃO DE ATIVOS E APLICAÇÃO DOS RECURSOS .......................... 173 9.6 RESUMO DAS PUBLICAÇÕES DOS ANEXOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LRF ...................................... 174 10 DÍVIDA CONSOLIDADA ........................................................................................................................................176 10.1 DÍVIDA DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA .................................................................................................................. 176 10.1.1 DÍVIDA INTERNA E EXTERNA ...................................................................................................................... 176 10.2 DÍVIDA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA .............................................................................................................. 178 10.3 PRECATÓRIOS ..................................................................................................................................................... 178 10.4 DEMONSTRATIVOS ............................................................................................................................................. 180 11 IMPLEMENTAÇÕES E APRIMORAMENTOS NO EXERCÍCIO ...................................................................................185 11.1 SIAFEM ............................................................................................................................................................... 185 11.2 SIG ...................................................................................................................................................................... 186 12 A CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E O PROCESSO DE CONVERGÊNCIA ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE .....................................................................................................................189 12.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 189 12.2 O PROCESSO DE CONVERGÊNCIA NO BRASIL ...................................................................................................... 189 12.3 A CONVERGÊNCIA NA ÁREA PÚBLICA ................................................................................................................. 190 12.4 GRUPOS TÉCNICOS DA STN ................................................................................................................................. 191 12.5 A CONTADORIA-GERAL DO ESTADO NO PROCESSO DE CONVERGÊNCIA ............................................................ 192 12.6 CONCLUSÃO ....................................................................................................................................................... 193 13 GLOSSÁRIO .........................................................................................................................................................196 14 EQUIPE DA CONTADORIA GERAL DO ESTADO – CGE ...........................................................................................214 15 RESPONSÁVEIS PELA CONTABILIDADE NOS ÓRGÃOS E ENTIDADES ....................................................................218 Contas de Gestão – Exercício 2013 4 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 01 APR Contas de Gestão – Exercício 2013 5 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 1 APRESENTAÇÃO O Balanço Geral do Estado demonstra os resultados alcançados pelo Estado do Rio de Janeiro no exercício de 2013 e se constitui na principal peça da prestação de contas do terceiro ano de mandato do Excelentíssimo Governador, Senhor Sérgio Cabral Filho, à Assembleia Legislativa. Dentre as atribuições privativas do Governador do Estado está a obrigatoriedade de prestar contas anualmente, no prazo de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, em cumprimento ao inciso XIII do artigo 145, da Constituição Estadual. A responsabilidade pela elaboração da Prestação de contas e do Balanço Geral é da Contadoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, cumprindo sua atribuição disposta no inciso XI, artigo 2º, do Decreto Lei nº 10, de 15/03/1975, mantido pelo Art. 292, da Lei nº 287, de 14/02/1979. A execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil de todos os órgãos e entidades definidas no art. 1º da Lei Complementar Federal nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, foi processada e consolidada através do Sistema Integrado de Administração Financeira para Estado e Municípios – SIAFEM/RJ, atendendo aos artigos 39 e 49 da Lei nº 6.010, de 18 de julho de 2011 – Lei de Diretrizes Orçamentárias, tarefa esta que vem sendo executada por este sistema desde 1997, tendo sua implantação normatizada com a edição do Decreto nº 22.939 de 30 de janeiro daquele ano. Desde a sua implantação, em 1997, o SIAFEM/RJ vem sendo aprimorado, e em janeiro de 2013, através da Portaria CGE nº 162, foi implantado no Sistema o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP, com o objetivo de melhorar a evidenciação dos fenômenos patrimoniais e padronizar o tratamento contábil dos atos e fatos administrativos no âmbito do setor público, Plano este que deverá ser adotado por todos os Entes da Federação, permitindo a geração de base de dados consistente para compilação de estatísticas e finanças públicas e a consolidação das contas públicas conforme o art. 50, §2º, da LRF. A implantação do novo Plano tornará possível a elaboração e divulgação das demonstrações contábeis nos moldes da nova contabilidade pública em 2014, além de possibilitar a elaboração padronizada de relatórios e demonstrativos previstos na LRF, em benefício da transparência da gestão fiscal, da racionalização dos custos e do controle social. Hoje os quatro pilares das boas práticas de governança corporativa, equidade, prestação de contas, transparência e sustentabilidade corporativa, pilares estes aplicados tanto no setor público quanto no setor privado, são assuntos obrigatórios e de grande atenção dos gestores de qualquer órgão ou entidade, sejam eles o Governador do Estado, seus secretários ou qualquer outro servidor público. A apresentação da Prestação de Contas de forma transparente e organizada não Contas de Gestão – Exercício 2013 6 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado só atende à legislação vigente, como também divulga a boa administração e aponta as devidas correções quando necessárias. Promover a transparência das informações públicas como ferramenta de aperfeiçoamento da democracia representativa é o objetivo principal da Prestação de Contas, além de incentivar a educação política e a participação do cidadão. Com esta finalidade, divulgamos, por meio eletrônico e de fácil acesso, a Gestão Fiscal do Governo do Estado, através de textos simplificados, tabelas e gráficos, assim como a publicação detalhada de todos os demonstrativos, atendendo ao preceito da ampla publicidade e ao que determina a Lei Complementar 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal. Finalmente, encaminhamos estas Contas em obediência à legislação já citada, elaboradas dentro de todas as normas legais e dentro do prazo previsto, para que sejam “submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer Prévio do Tribunal de Contas...” (§ 1º, Art. 82, Lei nº 4.320/64), e disponibilizadas a todos aqueles que de alguma forma procurem informações sobre a situação orçamentária, financeira, patrimonial e econômica do Estado do Rio de Janeiro. Temos convicção de que retratamos fielmente o exercício financeiro findo, o qual marcou o terceiro ano do segundo mandato do Excelentíssimo Senhor Sérgio Cabral Filho à frente do governo deste Estado. Ao concluirmos, e por fim encaminharmos a presente Prestação, nós o fazemos com o orgulho e firmeza do trabalho realizado sem economia de esforços. E, nossa recompensa reside na constatação de termos atingido, e até superado, as principais metas as quais nos propusemos. 1.1 COMPOSIÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS Esta Prestação de Contas é composta de 35 volumes conforme a seguir: VOLUME 01 Relatório Gerencial VOLUME 02 Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas - Consolidado VOLUME 03 Demonstrativos Contábeis e Notas Explicativas – Por tipo de Administração VOLUME 04 Demais Demonstrativos Contábeis e Relatórios Gerenciais VOLUME 05 Relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal VOLUME 06 Boletim de Transparência Fiscal VOLUME 07 Atendimentos às Determinações do TCE/RJ VOLUME 08 Ofícios em Atendimento ao Decreto de Encerramento – (Parte I e II) VOLUME 09 Demonstrativo do Estoque da Dívida Ativa Contas de Gestão – Exercício 2013 7 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado VOLUME 10 Relação dos Imóveis Próprios Estaduais VOLUME 11 FUNDEB – Relatório e Parecer do Conselho Estadual – (Parte I e II) VOLUME 12 Realizações dos Programas Finalísticos do Plano Plurianual em 2012 VOLUME 13 Relatório do Passivo Ambiental VOLUME 14 Execução Orçamentária - Administração Direta VOLUME 15 Execução Orçamentária - Autarquias VOLUME 16 Execução Orçamentária - Fundações VOLUME 17 Execução Orçamentária - Empresas Públicas VOLUME 18 Execução Orçamentária - Sociedades de Economia Mista VOLUME 19 Execução Orçamentária - Fundos Especiais VOLUME 20 Execução Orçamentária - Consolidado VOLUME 21 Balancetes - Administração Direta VOLUME 22 Balancetes - Autarquias VOLUME 23 Balancetes - Fundações VOLUME 24 Balancetes - Empresas Públicas VOLUME 25 Balancetes - Sociedades de Economia Mista VOLUME 26 Balancetes - Fundos Especiais VOLUME 27 Balancetes - Consolidado VOLUME 28 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Administração Direta VOLUME 29 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Autarquias VOLUME 30 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Fundações VOLUME 31 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Empresas Públicas VOLUME 32 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Sociedades de Economia Mista VOLUME 33 Créditos Adicionais e Alterações do QDD - Fundos Especiais VOLUME 34 Execução Orçamentária - Despesa por Poder VOLUME 35 Relatório de Procedimentos – GTCON/RJ Contas de Gestão – Exercício 2013 8 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 1.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A estrutura organizacional do Governo é composta pelos Órgãos do Poder Executivo, e no exercício de 2013 se apresentou conforme a seguir: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL - 2013 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL - 2013 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA – 59 ENTIDADES VINCULADAS ADMINISTRAÇÃO DIRETA 27 ÓRGÃOS *Secretaria de Estado da Casa Civil - CC 17 AUTARQUIAS 20 FUNDAÇÕES 05 EMPRESAS 17 SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA DETRAN/AGETRANSP/ AGENERSA / LOTERJ PRODERJ / PROCON - IO / SERVE - - - - BD-RIO /METRO / CTC/ DIVERJ/ FLUMITRENS / CELF Assessoria das Empresas em Liquidação - AEL Secretaria de Estado de Governo – SEGOV - - - - RIOPREVIDÊNCIA * CEPERJ / RJPREV - - - - - - JUCERJA / DRM / IPEM - - CODIN / AGERIO Secretaria de Estado de Obras – SEOBRAS IEEA DER EMOP CEDAE Secretaria de Estado de Segurança - SESEG RIOSEGURANÇA - - - - FSC - - IASERJ - - IVB Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG Secretaria de Estado de Fazenda – SEFAZ Secretaria de Estado de Desenvolv. Econ., Energia, Indústria e Serv. - SEDEIS Administração Penitenciária - SEAP Secretaria de Estado de Saúde - SES Secretaria de Estado de Defesa Civil - SEDEC - - - - Secretaria de Estado de Educação – SEEDUC - DEGASE - - - - Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SECT ITERJ UENF / CECIERJ / FENORTE / UERJ / FAETEC / FAPERJ /UEZO - DETRO - - Secretaria de Estado de Habitação – SEH Secretaria de Estado de Transportes – SETRANS Secretaria de Estado do Ambiente – SEA - CEHAB - RIOTRILHOS /CENTRAL / CODERTE - INEA - - Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária - SEAPEC - - EMATER / PESAGRO - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastec. e Pesca - SEDRAP - FIPERJ - CASERJ / CEASA Secretaria de Estado de Trabalho e Renda - SETRAB - - - - Secretaria de Estado de Cultura – SEC - FTM / FUNARJ / FMIS / FCFB - - Secretaria de Estado de Assistência Soc. e Direitos Humanos - SEASDH - FLXIII / FIA - SUDERJ FUGAP - - Secretaria de Estado de Turismo - SETUR - - - TURISRIO * Secretaria de Estado de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida – SEESQV - - - - ** Secretaria de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor - SEPROCON - - - - *** Secretaria de Estado de Prevenção a Dependência Química - SEPREDEQ - - - - Procuradoria Geral do Estado - PGE - - - - Defensoria Pública Geral do Estado - DPGE - - - - Secretaria de Estado de Esporte e Lazer - SEEL * Decreto nº 44.019 - 04/01/13 – Cria a Secretaria de Estado de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida - SEESQV e dá outras providências ** Decreto nº 44.069 - 07/02/13 - Cria a Secretaria de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor - SEPROCON e dá outras providências *** Decreto nº 44.083 - 25/02/13 - Cria a Secretaria de Estado de Prevenção a Dependência Química - SEPREDEQ e dá outras providências 1.3 ENTIDADES EM LIQUIDAÇÃO Conforme informações da Assessoria de Empresas em Liquidação do Gabinete Civil encontramse em processo de liquidação, as seguintes empresas: Contas de Gestão – Exercício 2013 9 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado ENTIDADES EM LIQUIDAÇÃO - 2013 EMPRESA LIQUIDANTE PERÍODO SERVE - Empresa Estadual de Viação José Luis de Paiva Durão 01/01/2013 a 31/12/2013 CTC – Cia. de Transportes Coletivos José Luis de Paiva Durão 01/01/2013 a 31/12/2013 DIVERJ – Distrib. de Títulos e Val. Mobiliários do E.R.J. Valkir Garcia Gama 01/01/2013 a 31/12/2013 BD-RIO – Banco de Desenvolvimento do E.R.J. Ricardo Micheloni da Silva 01/01/2013 a 31/12/2013 CELF – Centrais Elétricas Fluminense S/A Marcelo de Queiroz Pimentel 01/01/2013 a 31/12/2013 FLUMITRENS – Cia. Fluminense de Trens Urbanos Antônio Marques Ribeiro Filho 01/01/2013 a 31/12/2013 METRÔ – Cia. do Metropolitano do RJ Carlos de Araújo Resende 01/01/2013 a 31/12/2013 1.4 PUBLICAÇÕES DA CONTADORIA GERAL DO ESTADO - CGE Em cumprimento aos preceitos da legislação financeira, esta Contadoria-Geral do Estado – CGE dá publicidade aos seus atos através do Diário Oficial do Estado e da Internet, no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ, onde disponibiliza, periodicamente, as Execuções Orçamentárias de Receita e Despesa e demais Demonstrativos e Relatórios pertinentes. E ainda no exercício de sua competência, elencada no Regimento Interno da SEFAZ, expede atos normativos visando procedimentos para adequados registros contábeis dos atos e dos fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Estadual. 1.4.1 EXECUÇÕES ORÇAMENTÁRIAS A Contadoria-Geral do Estado publica mensalmente, com base no parágrafo 3º, do artigo 209, da Constituição Estadual e no artigo 52, da Lei Complementar Federal nº 101/2000 – LRF, as Execuções Orçamentárias da Receita e Despesa da Administração Direta e Indireta; as Execuções Orçamentárias relativas aos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, instituído pela Emenda Constitucional nº 53, de 19 de dezembro de 2006 e o Demonstrativo das Receitas e Despesas do Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais – FECP, instituído pelo Decreto Estadual nº 32.646, de 08 de janeiro de 2003. A seguir, relacionamos o calendário das referidas publicações realizadas em 2013. Contas de Gestão – Exercício 2013 10 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado CALENDÁRIOS DE PUBLICAÇÕES - 2013 RELATÓRIO MÊS Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro EXECECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA FUNDEB FECP 18.03.2013 21.03.2013 15.04.2013 15.05.2013 18.03.2013 21.03.2013 15.04.2013 15.05.2013 18.03.2013 21.03.2013 15.04.2013 15.05.2013 14.06.2013 25/07/2013 13.08.2013 13.09.2013 14.10.2013 13.11.2013 16.12.2013 06.02.2014 14.06.2013 25/07/2013 13.08.2013 13.09.2013 14.10.2013 13.11.2013 16.12.2013 06.02.2014 14.06.2013 25.07.2013 13.08.2013 13.09.2013 14.10.2013 13.11.2013 16.12.2013 06.02.2014 Republicado 26.03.2013 30.07.2013 1.4.2 ATOS NORMATIVOS DA CGE Em destaque os atos normativos expedidos pela Contadoria-Geral do Estado no Exercício de 2013: PORTARIAS - 2013 : Nº DATA DA PUBLICAÇÃO 160 07/01/2013 161 07/01/2013 162 07/01/2013 163 14/01/2013 164 17/01/2013 Disciplina procedimentos de contabilização dos valores representativos de Cotas Financeiras a Receber, para as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista Divulga lotação dos servidores com exercício na Contadoria Geral do Estado 165 29/01/2013 Aprova as inscrições de Restos a Pagar no Exercício Financeiro 166 27/02/2013 167 16/05/2013 168 11/06/2013 169 28/08/2013 170 30/08/2013 171 24/09/2013 172 27/09/2013 173 27/09/2013 174 18/10/2013 ASSUNTO Aprova novo conta-corrente para registro de receitas não tributáveis pelo regime de competência no SIAFEM/RJ Dispõe sobre procedimentos de contabilização para recursos extraorçamentários e dá outras providências Implanta o Plano de Contas aplicado ao setor público - PCASP do SIAFEM Disciplina procedimentos de registro contábil, referente à execução orçamentária e financeira de convênios firmados com orgãos e entidades do Governo Federal, e que Disciplina procedimentos de registro contábil, referente à execução orçamentária e financeira de convênios firmados com orgãos e entidades do Governo Federal, e que Regulamenta o processo contínuo de capacitação no âmbito da Contadoria Geral e dá outras providências Altera a Portaria CGE nº 117, de 25/04/2006 e Dá Outras Providências Diciplina Procedimentos de Contabilização e Controle Orçamentário e Financeiro dos Convênios Recebidos e Concedidos no Módulo de Convênios do SIAFEM/RJ e Dá Altera a Portaria CGE nº 167, de 15/05/2013 e dá outras provindências. Revoga a Portaria CGE nº 073, de 20/12/2001 e dá outras providências. Disciplina procedimentos e controle de tratores e equipamentos rodoviários e agrícolas, veiculos, aeronaves e embarcações e dá outras providências. Divulga lotação dos servidores com exercício na Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 11 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 12 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 2 PANORAMA ECONÔMICO 2.1 ECONOMIA BRASILEIRA A economia brasileira apresentou, em 2013, um crescimento real de 2,3%, acima do registrado no período anterior (1,0%, após revisões1). O PIB atingiu R$ 4,840 trilhões, abaixo das previsões iniciais. O resultado final se manteve menor que a média mundial estimada pelo FMI (3,0%). De acordo com o IBGE, tal expansão resultou do aumento de 2,1% do Valor Adicionado a preços básicos e do crescimento de 3,3% nos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A variação nos impostos deve-se, principalmente, ao crescimento em volume de 3,5% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), devido, em grande parte, ao desempenho positivo das atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana e Serviços de Informação. O resultado do Valor Adicionado nesta comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (7,0%), Serviços (2,0%) e Indústria (1,3%). O PIB per capita (divisão do valor corrente do PIB pela população residente no meio do ano) alcançou R$ 24.065 (em valores correntes), dando sinais de recuperação, ao registrar uma alta em termos reais de 1,4%. 1 Após publicação inicial, os valores referentes as contas nacionais ficam sujeitos a alterações devido as revisões periódicas realizadas pelo IBGE. Isto justifica eventuais diferenças de valores na comparação com os números aqui publicados em relação ás edições anteriores das Contas de Gestão. Contas de Gestão – Exercício 2013 13 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado CLASSES DE ATIVIDADE NO VALOR ADICIONADO A PREÇOS BÁSICOS E COMPONENTES DO PIB PELA ÓTICA DA DESPESA Valo res Co rrentes - R$ M ilhõ es ESPECIFICAÇÃO Agropecuária Indústria Serviços Valor Adicionado a Preços Básicos Impostos sobre Produtos PIB a Preços de Mercado Despesa do Consumo das Famílias Despesa do Consumo do Governo Formação Bruta de Capital de Fixo Exportações de Bens e Serviços Importações de Bens e Serviços (-) Variação de Estoque 2013 234.623 1.021.298 2.847.592 4.103.513 734.437 4.837.950 3.022.018 1.064.529 889.284 608.210 728.787 (-)17.203 2012 198.137 969.234 2.557.699 3.725.069 667.025 4.392.094 2.750.191 935.829 798.142 552.843 616.374 (-) 28.537 Fo nte: IB GE, Direto ria de P esquisas, Co o rdenação de Co ntas Nacio nais. No ta: To do s o s resultado s são calculado s a partir das Co ntas Nacio nais Trimestrais Do ponto de vista da oferta, o setor agropecuário nacional verificou forte expansão em 2013, por conta da supersafra de grãos, com destaque especial para soja, que registrou aumento significativo da área plantada, incentivado pelos preços elevados no mercado internacional. Observou-se, também, aumento expressivo da produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul, principal área produtora do país, devido ao aumento na taxa de renovação dos canaviais, estimulado pela linha de financiamento especial do BNDES (Prorenova), e pelo clima extremamente favorável. Na Indústria, houve recuperação em relação ao ano anterior: 1,3%. Cabe ressaltar, o desempenho de alguns setores importantes, como o setor de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, que se manteve em patamares de elevado crescimento (2,9%). A Indústria de Transformação e a Construção Civil, também merecem destaque, ambas cresceram 1,9% em relação a 2012. Segundo dados da CNI, em termos de faturamento real, a indústria de transformação cresceu 3,8% no acumulado de 2013 contra o mesmo período de 2012. A abertura por setores mostra expansão do faturamento em 17 dos 21 setores pesquisados, destacando-se máquinas e materiais elétricos (17,7%), Madeira (12,2%), máquinas e equipamentos (11,7%) e produtos diversos (11,5%). No mesmo período, o número de horas trabalhadas na indústria de transformação aumentou 0,1% e a utilização da capacidade instalada 0,3%. Contas de Gestão – Exercício 2013 14 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O setor de serviços registrou aumento de 2,0% em relação ao ano anterior. Todas as atividades apresentaram crescimento acumulado no ano, tendo como destaques os Serviços de Informação (5,3%) e Transporte e Armazenagem e Correio (2,9%). O comércio cresceu 2,5%; sustentado pela manutenção das vendas de varejo em patamares elevados. Pelo lado da demanda, a formação bruta de capital fixo cresceu 6,3%, puxado pelo aumento da produção interna de máquinas e equipamentos. A despesa de consumo das famílias obteve um acréscimo de 2,3% (décimo ano consecutivo de aumento), devido à elevação da massa salarial e das operações de crédito para as pessoas físicas. Já a despesa com a Administração Pública apresentou um crescimento de 1,9%. Em relação ao setor externo, as importações tiveram crescimento bastante elevado (8,4%), enquanto as exportações registraram desempenho mais modesto (2,5%). Entre as exportações, destaque para os produtos agropecuários e outros equipamentos de transporte. Pelo lado das importações, a indústria petroleira e os serviços de alojamento e alimentação foram os destaques. A taxa de investimento em 2013 foi de 18,4% do PIB, acima do verificado no ano anterior (18,2%). A taxa de poupança alcançou 13,9%, contra 14,6% no ano anterior. Já a necessidade de financiamento externo foi de R$ 195,5 bilhões, contra R$ 130,7 bilhões no ano anterior. Esta variação explica-se principalmente pela redução do Saldo Externo de Bens e Serviços no montante de R$ 57 bilhões. Com relação aos esforços fiscais do governo federal, os dados divulgados pelo Banco Central do Brasil (BCB) indicaram um superávit primário em 2013 de 1,90% do PIB (R$ 91,3 bilhões). Comparativamente, 2012 teve um resultado primário superior, equivalente a R$ 105 bilhões (2,39% do PIB) As contas do Governo Central registraram superávit de R$ 75,3 bilhões (1,57% do PIB), as contas dos governos regionais (Estados e Municípios), por sua vez, tiveram superávit de R$ 16,3 bilhões (0,34% do PIB). Já, as empresas estatais apresentaram déficit, de R$ 0,3 bilhão (0,01% do PIB) no ano. O resultado nominal, que inclui o superávit primário e os juros nominais apropriados, apresentou no ano um déficit de R$ 157,6 bilhões (3,28% do PIB), contra R$ 108,9 bilhões (2,48% do PIB) em 2012. A piora no resultado é reflexo, sobretudo, do aumento da taxa Selic média verificada no ano de 2013. Contas de Gestão – Exercício 2013 15 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Houve continuidade da redução na Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), totalizando 33,8% do PIB (contra 35,3% no ano anterior). Contribuíram para esta redução o superávit primário, o crescimento do PIB e, principalmente, a desvalorização cambial. O saldo comercial brasileiro em 2013 foi de US$ 2,6 bilhões, resultado inferior ao apresentado em 2012 (US$ 19,4 bilhões). Mas as exportações brasileiras continuam em um nível elevado (terceiro maior valor da série histórica, US$ 242,2 bilhões, apenas 1,0% inferior ao registrado em 2012), com destaques especiais para os automóveis, que registraram 46,1% de crescimento no valor exportado sobre 2012 e soja em grão com um aumento de 29,7%. No que diz respeito à elevação dos preços, o IGP-DI apresentou uma desaceleração em 2013, se comparado ao ano anterior, alcançando 5,57%, ante 8,10% em 2012. Em relação ao IPCA, índice utilizado pelo governo federal como parâmetro das metas de inflação, foi registrada variação de 5,91% em 2013, próximo do limite superior da meta (6,5%), e ligeiramente acima do número de 2012, quando o IPCA alcançou o valor de 5,84%. PRINCIPAIS INDICADORES Índicado res ESPECIFICAÇÃO 2013 Superávit Primário - Governo Federal (% PIB) DLSP (% PIB) * SELIC* IPCA Saldo Comercial (US$ Bilhões) Câmbio Nominal (R$ / US$) * IGP-DI* 1,90 33,83 9,90 5,91 2,56 2,34 5,57 2012 2,39 35,29 7,29 5,84 19,39 2,04 8,10 2011 3,11 36,41 10,91 6,50 29,79 1,88 4,64 2010 2,70 39,15 10,67 5,91 20,15 1,67 11,28 2009 2,00 42,07 8,65 4,31 25,29 1,74 -0,94 *Final de P erío do Fo nte: IP EA Data (SELIC, IP CA , saldo co mercial, câmbio no minal, IGP -DI) e B A CEN (Superávit P rimário , DLSP ) De acordo com o Ministério da Fazenda, a meta de superávit primário em 2014 é de R$ 99 bilhões, o que representa 1,9% do PIB. A estimativa da Fazenda para o crescimento do PIB é de 2,5%. Segundo o IBGE, o último trimestre do ano de 2013 registrou um crescimento acima das expectativas (0,7% frente ao trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal), sinalizando uma recuperação gradual da economia. O setor de serviços, pelo lado da oferta, mereceu destaque, por conta do avanço de 0,7%. Pela ótica da demanda, todos os componentes obtiveram expansão no trimestre. Cabe ressaltar, que em relação ao setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 4,3%, contra uma variação negativa de 0,1% nas importações. Contas de Gestão – Exercício 2013 16 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Vê-se, portanto, que em 2013 o desempenho da economia brasileira superou o registrado em 2012, mas ficou abaixo do esperado no início do ano, o que pode ser explicado pelo fraco desempenho da indústria e pelo arrefecimento do comércio. A farta oferta de crédito, associado ao aumento dos gastos de governo, contribuiu para a aceleração da inflação. Além disso, as dificuldades já conhecidas relacionadas às restrições estruturais como: baixa produtividade do trabalho, legislação tributária complexa e infraestrutura precária têm atravancado o crescimento do país nos últimos anos. Já para o ano de 2014, o Brasil realizará a Copa do Mundo, o que pode alavancar investimentos em infraestrutura com reflexos na geração de empregos e no consumo. Adicionalmente, haverá impactos importantes no turismo, propiciando um maior dinamismo econômico. 2.2 ECONOMIA FLUMINENSE Em linha com o crescimento nacional, o PIB do estado teve expansão moderada em 2013. De acordo com dados do IBGE, após queda de 0,2% no terceiro trimestre, a economia fluminense registrou aumento de 0,1% nos três últimos meses do ano em relação aos três meses anteriores. Na comparação com o quarto trimestre de 2012, a expansão foi de 1,93%. De acordo com os dados da Firjan, o desempenho da indústria de transformação no Estado do Rio de Janeiro registrou uma variação anual positiva de 4,44%. Cabe destacar que houve um crescimento importante no setor alimentício (17,38%), metalúrgico (16,17%) e automobilístico (11,49%), por conta do aumento da renda e da disponibilidade de crédito. Por outro lado, os setores químicos (-19,41%) e de máquinas e equipamentos (-18,77%) obtiveram um desempenho desfavorável no último ano. Contas de Gestão – Exercício 2013 17 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado A evolução do emprego estadual na indústria de transformação anotou um acréscimo de 2,44% no ano, acima do registrado no país (1,54%). Houve em 2013 um saldo líquido de 11.411 novos postos de trabalho. De acordo com o IBGE, o comércio varejista do Estado do Rio de Janeiro registrou aumento de 5,0% neste ano, acima da média do país (4,3%). O setor de equipamentos de informática manteve papel de destaque, na medida em que apresentou alta de 25,2%. Outros artigos de uso doméstico, também registraram crescimento importante no ano (18,1%). Os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, por sua vez, subiram 7,4%. Contas de Gestão – Exercício 2013 18 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O índice de confiança do empresário industrial fluminense (ICEI-RJ), medido pela Firjan, sugere que as expectativas, apesar da fragilidade observada no segundo trimestre de 2013, dão sinais de recuperação. Pelo lado da demanda, a expectativa do consumidor (INEC), calculada pela CNI, apresentou uma tendência de alta nos últimos meses do ano. Segundo o DETRAN-RJ (Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro), a frota automobilística fluminense fechou o ano de 2013 com 6.107.251 veículos, ante 5.756.786 verificado em 2012, um crescimento de 6,09%. Cabe salientar a evolução do segmento dos comerciais leves (caminhonete, caminhoneta e utilitário), que registrou neste ano um aumento de 9,23% no número de veículos. Além disso, nota-se que os ciclomotores, triciclos, quadriciclos e sidecars enquadrados na linha outros, apresentaram um acréscimo de 80,11%, com destaque para os ciclomotores que puxaram para cima este indicador, por conta do aumento de 125,54%, frente ao ano anterior. Contas de Gestão – Exercício 2013 19 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado FROTA POR TIPO DE VEICULO - RIO DE JANEIRO Segmento 2013 2012 2013/2012 a) Autos 4.265.781 4.050.954 5,30% 578.411 529.535 9,23% 4.844.192 4.580.489 5,76% 160.234 152.681 4,95% 83.269 79.929 4,18% 243.503 232.610 4,68% 5.087.695 4.813.099 5,71% 940.154 874.384 7,52% f) Reboques 66.408 61.534 7,92% g) Outros 11.743 6.520 80,11% 1.251 1.249 0,16% 6.107.251 5.756.786 6,09% b) Com. Leve (a + b) c) Caminhões d) Ônibus (c + d) SubTotal e) Motos e) Tratores TOTAL fo nte: Detran Rj Apesar do crescimento mais modesto da frota fluminense neste ano por conta da suavização dos efeitos da política de desoneração do IPI para os veículos automotores, observaram-se, ainda, números consideráveis de emplacamentos no período analisado. De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a procura por automóveis em 2014 deve se estabilizar, após uma redução no ritmo das vendas verificada em 2013. O IPCA – Rio de janeiro fechou o ano em 6,16%, superando os 5,91% nacionais, mas desacelerando em relação aos 7,34% observados em 2012. O resultado decorre, sobretudo, da inflação de alimentos e bebidas, que atingiu 9,34%. A previsão para a inflação brasileira do ano de 2014, segundo a expectativa de mercado do BC, é de 5,92% (FOCUS de 14/02/2014). Portanto, nota-se que o ano de 2013 foi positivo sob diversos aspectos. A indústria de transformação e o comércio varejista obtiveram resultados favoráveis, que contribuíram para a evolução do emprego no estado. Segundo dados do CAGED, neste ano o Rio de Janeiro registrou um aumento de 2,67% na criação líquida de postos de trabalho. O ano de 2014 deve ser ainda mais auspicioso, diante dos grandes eventos esportivos, que corroborarão para dinamização da matriz econômica do estado. Contas de Gestão – Exercício 2013 20 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 21 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3 ORÇAMENTO O Orçamento Público é um instrumento de planejamento elaborado pelo Poder Executivo e aprovado pelo Poder Legislativo, que estima receitas e despesas para o período de um ano para todos os seus órgãos, discriminando o programa de trabalho autorizado a ser realizado, elaborado segundo os princípios da unidade, universalidade e anualidade. Do ponto de vista político, corresponde ao contrato formulado anualmente entre governo, administração e sociedade sobre as ações a serem implementadas pelo Poder Público. O orçamento do Estado, para o exercício de 2013, foi aprovado pela Lei nº 6.380, de 09 de janeiro de 2013 (Lei Orçamentária Anual – LOA), que dispõe em seu Capítulo I sobre a estimativa da receita e a fixação da despesa compreendendo os Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e de Investimento, conforme transcrito: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - Esta Lei estima a receita e fixa a despesa do Estado do Rio de Janeiro para o exercício financeiro de 2013, nos termos do § 5º do art. 209 da Constituição Estadual e o disposto na Lei Estadual nº 6.292, de 09 de julho de 2012, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO 2013 -, compreendendo: I - o Orçamento Fiscal referente aos Poderes do Estado e seus fundos, órgãos e entidades da Administração Estadual direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todos os fundos, órgãos e entidades vinculadas da Administração Estadual direta e indireta, bem como as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; e III - o Orçamento de Investimento das Empresas em que o Estado, direta ou indiretamente detém a maioria do capital social com direito a voto. 3.1 ORÇAMENTO FISCAL E DE SEGURIDADE SOCIAL O art. 2º da LOA – 2013 estimou a receita total dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social em R$ 72.739.525 mil, sendo o mesmo valor da despesa total fixada, em conformidade com o art. 4º da mesma Lei. Contas de Gestão – Exercício 2013 22 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O montante previsto para as receitas foi assim distribuído: R$ 60.143.556 mil para o Orçamento Fiscal e R$ 12.595.968 mil para o Orçamento de Seguridade Social. Para as despesas o total fixado foi desdobrado da seguinte forma: R$ 51.571.357 mil para o Orçamento Fiscal, R$ 17.821.690 mil para o Orçamento da Seguridade Social e R$ 3.346.478 mil correspondentes ao refinanciamento da dívida pública estadual, constante do Orçamento Fiscal. Destacamos que, está incluído no total da receita e da despesa, o montante de R$ 3.248.977 mil, referente à receita e à despesa intraorçamentárias. Não foram incluídas no Orçamento Fiscal e de Seguridade Social – 2013, a Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro – IO, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos – CEDAE e a Agência de Fomento do Rio de Janeiro – AGERIO por não se enquadrarem no conceito de empresas dependentes, de acordo com o disposto na Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, em especial no seu art. 2º, inciso III, combinado com o art. 2º, inciso II, da Resolução do Senado Federal nº 43. A tabela a seguir demonstra as receitas estimadas e as despesas fixadas conforme os Anexos I e II da LOA de 2013: ORÇAMENTO APROVADO (Lei nº 6.380, de 09 de Janeiro de 2013) Em Reais RESUMO GERAL DA RECEITA DESCRIÇÃO TOTAL RECURSOS DO TESOURO RECURSOS DE OUTRAS FONTES Receitas Correntes Receita Tributária Receitas de Contribuições Receita Patrimonial Receita Agropecuária Receita Industrial Receita de Serviços Transferências Correntes 62.061.365.317 38.968.308.044 1.384.384.653 9.353.017.834 481.759 108.216.000 526.455.369 6.628.961.080 44.646.580.849 37.098.169.681 3.503.286.444 3.734.844 2.892.975.991 17.414.784.468 1.870.138.363 1.384.384.653 5.849.731.390 481.759 108.216.000 522.720.525 3.735.985.089 Outras Receitas Correntes Receitas Intra-Orçament Contribuições Receitas Intra-Orçament Patrimonial Receitas Intra-Orçament de Serviços Rec. Intra-Orçament Transferências Correntes Outras Receitas intra-Orçamentárias Corrente Receitas de Capital Operações de Crédito Alienações de Bens Amortizações de Empréstimos Transferências de Capital Outras Receitas de Capital Rec. Intra-Orçament Transferências de Capital TOTAL GERAL 1.868.426.487 2.324.280.158 2.082.612 430.478.256 384.898.308 81.374.757 10.678.159.335 6.092.358.188 3.076.634.928 239.869.442 1.242.417.534 1.016.188 25.863.055 72.739.524.652 1.123.495.132 24.918.757 7.630.382.756 6.092.358.188 1.536.000.000 2.024.568 52.276.963.605 744.931.355 2.324.280.158 2.082.612 430.478.256 384.898.308 56.456.000 3.047.776.579 1.540.634.928 237.844.874 1.242.417.534 1.016.188 25.863.055 20.462.561.047 Fo nte: Lei Nº 6.380 de 09 de Janeiro de 2013 Contas de Gestão – Exercício 2013 23 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RESUMO GERAL DA DESPESA ESPECIFICAÇÃO TOTAL Despesas Correntes Pessoal e Encargos Sociais RECURSOS DO TESOURO RECURSOS DE OUTRAS FONTES 60.389.594.687 16.771.984.999 41.747.233.916 13.720.554.607 18.642.360.771 3.051.430.392 2.349.198.915 1.922.358.839 426.840.076 Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes 2.784.676.643 26.609.822.842 2.784.676.643 22.833.765.571 3.776.057.271 Outras Desp Corr-Inativos e Pensionistas 10.974.133.057 Pess Enc Soc-Intra-Orçamentárias Outras Desp Corr-Intra-Orçamentárias Despesas de Capital Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida Reserva de Contingência TOTAL GERAL - 10.974.133.057 899.778.231 485.878.256 413.899.975 12.349.629.965 9.413.086.949 10.534.429.689 7.636.056.091 1.815.200.276 1.777.030.858 38.169.418 99.277.312 61.107.894 2.837.265.704 300.000 2.837.265.704 300.000 72.739.524.652 52.281.963.605 20.457.561.047 Fo nte: Lei Nº 6.380 de 09 de Janeiro de 2013 Os recursos previstos para os Órgãos do Poder Executivo, Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público Estadual e Fundos Especiais, decorrentes do Orçamento Consolidado do Estado para o exercício de 2013, constam em demonstrativos anexos à Lei nº 6.380/2013. 3.1.1 ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS Ao longo do exercício de 2013, foram abertos Créditos Suplementares no montante de R$ 25.011.050 mil e Créditos Especiais no total de R$ 3.295.946. Não houve abertura de Créditos Extraordinários. Já as Anulações e Cancelamentos de Dotações totalizaram R$ 15.628.021 mil. Como resultado destas incorporações e desincorporações orçamentárias, o total inicialmente fixado pela LOA em R$ 72.739.525 mil foi elevado e atualizado para R$ 85.418.499 mil, representando um aumento de 17,43% (+R$ 12.678.974 mil) em relação à despesa inicialmente fixada. Segue o resumo das alterações ocorridas no orçamento: ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO Despesa Fixada Créditos Suplementares Créditos Especiais Anulações/Cancelamentos de Dotações Despesa Atualizada 2013 PART. 2012 PART. VAR. NOM. 72.739.525 25.011.050 100,00% 34,38% 64.032.218 18.990.894 100,00% 29,66% 13,60% 31,70% 3.295.946 (15.628.021) 4,53% -21,48% 66.251 (11.092.839) 0,10% -17,32% 4874,90% 40,88% 85.418.499 117,43% 71.996.525 112,44% 18,64% Fo nte: SIA FEM /RJ Obs.: Este demo nstrativo co nsidera as despesas intra-o rçamentárias. Exclui a CEDA E, I.O. e a A GERIO po r não se enquadrarem no co nceito de empresas dependentes Contas de Gestão – Exercício 2013 24 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.1.1 Dos Créditos Adicionais A Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2013, no seu artigo 5º, assim dispõe sobre as autorizações para a abertura de créditos orçamentários: Art. 5º - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir créditos suplementares com a finalidade de atender insuficiências nas dotações orçamentárias dos Orçamentos Fiscal e o da Seguridade Social, tendo por limite a utilização de recursos decorrentes de: a) cancelamento de recursos fixados nesta Lei, até o limite de 20% (vinte por cento) do total da despesa, por transposição, remanejamento ou transferência integral ou parcial de dotações, inclusive entre unidades orçamentárias distintas, criando, se necessário, os grupos de despesa relativos a "Outras Despesas Correntes", "Investimentos" e "Inversões Financeiras", respeitadas as disposições constitucionais e os termos da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964; b) excesso de arrecadação, eventualmente apurado durante o exercício financeiro; c) superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; d) operações de crédito autorizadas e/ou contratadas durante o exercício; e) dotações consignadas à reserva de contingência; e f) recursos colocados à disposição do Estado pela União ou outras entidades nacionais ou estrangeiras, observada a destinação prevista no instrumento respectivo. Parágrafo Único - Os Poderes Judiciário e Legislativo, o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro ficam autorizados a realizar transposições, remanejamentos ou transferências de dotações, dentro de suas respectivas unidades orçamentárias, no mesmo limite previsto na alínea "a" deste artigo, exceto em dotações consignadas a despesas com pessoal e encargos. De janeiro a dezembro de 2013 foram abertos créditos adicionais do tipo suplementar no montante de R$ 25.011.050 mil, além de R$ 3.295,946 mil de créditos especiais que representaram respectivamente 34,38% e 4,53% do orçamento inicialmente fixado pelo Estado. Contas de Gestão – Exercício 2013 25 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado A origem dos recursos utilizados para abertura destes créditos adicionais está demonstrada na tabela a seguir: FONTE DE ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS - 2013 R$ M il CRÉDITOS ADICIONAIS Créditos Suplementares (I) 2013 PART. 25.011.050 88,36% Excesso de Arrecadação do Tesouro 2.724.325 10,89% Superávit Financeiro 2.658.721 10,63% Operação de Crédito Anulação Total ou Parcial de Dotação 3.578.043 14,31% 15.628.021 62,48% 327.495 1,31% Destinação Específica Transf. da União Créditos Especiais (II) 94.444 0,38% 3.295.946 11,64% 3.295.946 100,00% 28.306.995 100,00% Excesso de Arrecadação Total dos Créditos Adicionais (I + II) Fo nte: SIA FEM /RJ Conforme estabelecido na alínea “a” do artigo 5° da LOA, o Poder Executivo fica autorizado a abrir créditos suplementares com a finalidade de atender insuficiências nas dotações orçamentárias dos Orçamentos Fiscal e o da Seguridade Social, tendo por limite 20% (vinte por cento) dos recursos decorrente do cancelamento de despesa, por transposição, remanejamento ou transferência integral ou parcial de dotações. Com o objetivo de demonstrar o percentual atingido com abertura de créditos suplementares provenientes de anulação de dotações apresentamos, na tabela a seguir, a verificação do atendimento ao referido limite. LIMITE PARA ABERTURA DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES - 2013 R$ M il DESCRIÇÃO 2013 Percent. Orçamento Inicial (Base de Cálculo) Limite p / abertura de Créditos Suplementares com recursos provenientes de anulação de Dotações (20% da Base de Cálculo - art. 5° da LOA) 72.739.525 100,00% 14.547.905 20,00% Créditos Suplementares por Anulação Parcial ou Total de Dotações 15.628.021 21,48% Fo nte: SIA FEM /RJ Em 2013, foram canceladas dotações no montante de R$ 15.628.021 mil, sendo totalmente utilizadas para abertura de créditos do tipo suplementar. Valor este considerado superior ao limite mínimo de 20% a que se refere a alínea “a” do artigo 5° da LOA. O artigo 6° da LOA afirma que: “o limite autorizado no art. 5º não será onerado quando o crédito se destinar a suprir a insuficiência das dotações de pessoal e encargos sociais, inativos e Contas de Gestão – Exercício 2013 26 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado pensionistas, dívida pública estadual, débitos constantes de precatórios judiciais, despesas de exercícios anteriores, despesas à conta de receitas vinculadas e transferências constitucionais aos municípios”. No entanto, não podemos apurara o cumprimento do limite fixado no artigo 5°, pois desde o exercício de 2009 não são computadas nesse demonstrativo as exceções previstas no Art. 6º da LOA, em função dos créditos adicionais, a partir daquele ano, serem liberados por modalidade de aplicação, sem o detalhamento das despesas. Desta forma, os elementos de despesas a serem modificados são definidos pelo gestor diretamente no SIAFEM. Contas de Gestão – Exercício 2013 27 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA A análise a seguir evidenciará a movimentação ocorrida na Receita Orçamentária Fiscal, que é constituída pela entrada de recursos nos cofres públicos, através dos órgãos e entidades da Administração Direta, Autarquias, Fundações, Fundos Estaduais e Empresas Estatais Dependentes. A Receita Orçamentária constitui-se em duas grandes categorias: as Correntes e as de Capital. As Receitas Correntes são aquelas originadas nas atividades operacionais da administração pública, tais como, receita tributária, de contribuições, patrimonial, de serviços, transferências correntes, dentre outras. No tocante às Receitas de Capital, estas advêm da realização de operações de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital. A Receita Orçamentária Fiscal arrecadada no exercício de 2013 atingiu o equivalente a R$ 67.954.721 mil, identificando-se desta forma um acréscimo da ordem de R$ 12.110.894 mil (+21,69%), em relação ao exercício anterior. Já no confronto entre a receita total arrecadada com a previsão inicial, observa-se que a arrecadação do Estado do Rio de Janeiro, atingiu 97,79% do previsto e que as Receitas Correntes e de Capital aumentaram em R$ 7.718.018 mil (+15,34%) e R$ 4.392.876 mil (+79,65%), respectivamente, comparado ao ano anterior. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA POR CATEGORA ECONÔMICA - 2013/2012 R$ M il 2013 DESCRIÇÃO Receitas Correntes Receitas de Capital TOTAL 2012 PREVISÃO INICIAL (LOA) ARRECAD. PART. 58.838.251 10.652.296 69.490.548 58.046.799 9.907.922 67.954.721 85,42% 14,58% 100,00% PREVISÃO INICIAL (LOA) ARRECAD. PART. 98,65% 49.049.015 93,01% 7.285.344 97,79% 56.334.359 50.328.781 5.515.046 55.843.827 90,12% 9,88% 100,00% ARREC X PREV ARREC X PREV 102,61% 75,70% 99,13% VAR. NOM. 15,34% 79,65% 21,69% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as receitas intra-o rçamentarias e a co ta-parte do FUNDEB . * Para análise deste item no relatório, não consideramos as receitas intra-orçamentárias, que são aquelas provenientes de outro órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante no Orçamento do Estado. As receitas intra-orçamentárias estão detalhadas no item 3.1.4.1 deste relatório. Os valores da receita orçamentária, apresentados neste relatório, já estão deduzidos dos valores pertencentes ao FUNDEB. As receitas que foram destinadas ao FUNDEB (cota-parte) estão detalhadas no item 4.1.1 deste relatório. 3.1.2.1 Receitas Correntes As Receitas Correntes, principal categoria econômica na matriz das receitas estaduais, participaram com 85,42% do total da Receita Orçamentária arrecadada em 2013, alcançando um Contas de Gestão – Exercício 2013 28 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado montante correspondente de R$ 58.046.799 mil, contribuíram de forma significativa para o resultado final alcançado. COMPOSIÇÃO DA RECEITA CORRENTE - 2013/2012 R$ M il 2013 2012 PREVISÃO INICIAL (LOA) ARRECAD. PART. Receitas Correntes 58.838.251 58.046.799 Tributária 38.968.308 35.685.855 1.384.385 9.353.018 1.431.212 9.013.901 2,47% 15,53% 482 116 0,00% 24,09% 108.216 162.318 0,28% 149,99% 526.455 376.461 0,65% 71,51% 350.100 6.628.961 1.868.426 5.412.383 5.964.554 9,32% 10,28% 81,65% 319,23% 5.933.930 1.487.243 DESCRIÇÃO Contribuições Patrimonial Agropecuária Industrial Serviços Transf. Correntes Outras Rec. Correntes PREVISÃO INICIAL (LOA) ARRECAD. PART. 100,00% 98,65% 49.049.015 50.328.781 100,00% 102,61% 15,34% 61,48% 91,58% 32.076.060 30.863.117 61,32% 96,22% 15,63% 1.312.757 9.660.785 2,61% 19,20% 102,75% 122,54% 9,02% -6,70% 128 137 0,00% 106,86% -15,44% 40.180 30.385 0,06% 75,62% 434,20% 362.794 0,72% 103,63% 3,77% 5.411.364 2.687.441 10,75% 5,34% 91,19% 180,70% 0,02% 121,94% ARREC X PREV 103,38% 96,37% 1.277.681 7.883.693 ARREC X PREV VAR. NOM. Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as receitas intra-o rçamentarias e a co ta-parte do FUNDEB . Dentre as Receitas Correntes, as que mais se destacaram, em valores absolutos, foram as Receitas Tributárias, principal fonte de arrecadação para o Estado, com participação de 61,48% dos recursos, seguida pela Receita Patrimonial, com 15,53%, e das Outras Receitas Correntes, terceira maior participação, com 10,28%. A importância relativa da classificação por origens em que se desdobram as Receitas Correntes pode ser visualizada por meio da demonstração gráfica a seguir: Contas de Gestão – Exercício 2013 29 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.2.1.1 Receita Tributária A receita tributária, principal receita do ERJ, é oriunda da cobrança dos tributos pagos pela sociedade, incidentes sobre suas atividades, suas rendas e seus benefícios diretos, nos termos fixados em lei, sem contraprestações diretas e equivalentes por parte do Estado, e cujo produto se destina ao custeio das atividades gerais ou específicas que lhe são próprias. Em comparação com o exercício de 2012, as receitas tributárias tiveram, em termos nominais, um acréscimo de 15,63% resultando em um aumento de +R$ 4.822.738 mil, motivado principalmente, por elevações na arrecadação do IRRF (+36,12) e ICMS (+15,25). RECEITA TRIBUTÁRIA - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO ICMS IRRF Adicional do ICMS - FECP IPVA TAXAS ITD TOTAL ARRECADAÇÃO ARRECADAÇÃO 2013 PART. 2012 PART. VAR. NOM. 26.117.953 2.576.535 2.756.289 1.702.577 2.020.941 511.559 35.685.855 73,19% 7,22% 7,72% 4,77% 5,66% 1,43% 100,00% 22.662.298 1.892.773 2.544.939 1.569.256 1.773.809 420.041 30.863.117 73,43% 6,13% 8,25% 5,08% 5,75% 1,36% 100,00% 15,25% 36,12% 8,30% 8,50% 13,93% 21,79% 15,63% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Obs: A s receitas co nsideradas já estão deduzidas da co ta-parte do FUNDEB . Observamos que em termos nominais, a arrecadação com IRRF cresceu 36,12% (+ R$ 683.762 mil), em relação a 2012, motivado pelos aumentos salariais concedidos a diversas classes, entre elas a PMERJ, que fez com que uma parcela de servidores atingisse renda passível de tributação na fonte, entrando na faixa de cobrança da alíquota de 7,5% para tributação desse imposto. Portanto, sua arrecadação é proporcional à folha salarial do Estado, a qual lhe serve de base de cálculo. O aumento de arrecadação do ICMS (+3.455.655 Mil) impulsionou o crescimento da arrecadação tributária, sendo influenciado principalmente pelos setores de Alimentação e Petróleo, Combustíveis e Gás Natural. A composição da base de arrecadação do Estado do Rio de Janeiro é fortemente dependente das atividades relacionadas à comunicação, energia elétrica e petróleo, caracterizadas por possuírem estruturas de mercado bastante concentradas, com grandes e poucas empresas, além do fato de que, historicamente, são atividades que possuem alíquotas mais elevadas. Contas de Gestão – Exercício 2013 30 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O gráfico a seguir aponta os principais tributos e seus montantes arrecadados no exercício de 2013: Evolução da Arrecadação dos Tributos Estaduais de Janeiro a Dezembro de 2013 No exercício de 2013, ingressaram nos cofres públicos o montante de R$ 35.685.855 mil, como produto da arrecadação de ICMS, Adicional do ICMS - FECP, ITD, IPVA e IRRF, além de Taxas de natureza tributária. A seguir, podemos visualizar a evolução mensal da arrecadação mensal dos tributos estaduais: Contas de Gestão – Exercício 2013 31 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.2.1.1.1 Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, representa o mais importante tributo do Estado, cuja arrecadação acumulada no exercício de 2013 somou R$ 26.117.953 mil, desconsiderando a parcela "adicional do ICMS" relativa ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais – FECP, sendo superior ao resultado apresentado no exercício de 2012 em + R$ 3.455.655 mil (+15,25%). O resultado apresentado é decorrente principalmente pelo bom desempenho verificado em alguns setores econômicos, sobremaneira, o de “Petróleo, Combustíveis e Gás Natural” e o de “Alimentação”. O setor de produção e exploração do petróleo foi fortemente influenciado pelo bom desempenho de algumas atividades econômicas, como: Produção e processamento de gás natural; e Comércio atacadista de álcool carburante, biodiesel e gasolina. Já o setor de alimentação, apresentou um crescimento no comercio atacadista, principalmente na atividade econômica de produtos alimentícios. ARRECADAÇÃO DO ICMS - 2013/2012 R$ M il ARRECADAÇÃO MENSAL MÊS ARRECADAÇÃO ACUMULADA JAN FEV 2.232.111 2.046.020 1.834.646 1.703.212 VAR. NOM. 21,66% 20,13% MAR 2.027.707 1.801.941 12,53% 6.305.838 5.339.799 18,09% ABR MAI 2.030.583 2.085.118 1.930.229 1.808.315 5,20% 15,31% 8.336.422 10.421.540 7.270.028 9.078.343 14,67% 14,80% JUN JUL 2.298.687 1.957.031 1.853.522 1.905.988 24,02% 2,68% 12.720.226 14.677.258 10.931.865 12.837.853 16,36% 14,33% AGO 1.938.376 1.936.109 0,12% 16.615.633 14.773.962 12,47% SET OUT 2.322.860 2.394.691 1.890.464 1.951.840 22,87% 22,69% 18.938.493 21.333.184 16.664.426 18.616.266 13,65% 14,59% NOV DEZ 2.327.778 2.456.991 2.033.641 2.012.391 14,46% 22,09% 23.660.962 26.117.953 20.649.906 22.662.298 14,58% 15,25% 2013 2012 2013 2012 2.232.111 4.278.131 1.834.646 3.537.858 VAR. NOM. 21,66% 20,92% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Obs: A s receitas co nsideradas já estão deduzidas da co ta-parte do FUNDEB . Pela análise da evolução gráfica da arrecadação do ICMS, apresentada nos últimos anos, verificase que a arrecadação anual desse imposto vem experimentando um crescimento ao longo dos anos. Contas de Gestão – Exercício 2013 32 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.2.1.1.2 Adicional de ICMS – FECP (Lei Nº 4.056/2002) O adicional do ICMS – Fundo Estadual de Combate à Pobreza e das Desigualdades Sociais – FECP registrou no exercício de 2013 uma arrecadação acumulada de R$ 2.755.289 mil, equivalendo a 7,72% da Receita Tributária. O acréscimo de +8,30% (+R$ 211.350 mil) em relação ao mesmo período do exercício anterior é reflexo da evolução na arrecadação do ICMS nos setores de comunicação e informação, comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; indústrias de transformação e eletricidade e gás, que impactou diretamente a arrecadação do FECP. ARRECADAÇÃO DO ADICIONAL DE ICMS - FECP - 2013/2012 R$ M il ARRECADAÇÃO MENSAL MÊS JAN 243.273 201.092 VAR. NOM. 20,98% 2013 2012 ARRECADAÇÃO ACUMULADA VAR. 2013 2012 NOM. 243.273 201.092 20,98% FEV 233.995 242.861 -3,65% 477.268 443.954 7,50% MAR 212.536 227.827 -6,71% 689.804 671.781 2,68% ABR MAI 221.222 232.174 212.618 198.387 4,05% 17,03% 911.026 1.143.199 884.399 1.082.785 3,01% 5,58% JUN 232.177 183.596 26,46% 1.375.376 1.266.381 8,61% JUL AGO 213.102 212.907 205.638 202.301 3,63% 5,24% 1.588.479 1.801.386 1.472.019 1.674.320 7,91% 7,59% SET 224.773 202.592 10,95% 2.026.160 1.876.912 7,95% OUT 245.583 217.905 12,70% 2.271.743 2.094.817 8,45% NOV DEZ 244.828 239.718 223.558 226.564 9,51% 5,81% 2.516.571 2.756.289 2.318.375 2.544.939 8,55% 8,30% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 33 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.2.1.1.3 Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, instituído pela Lei nº 2.877, de 22 de dezembro de 1997, é cobrado anualmente pelo Estado e tem como fato gerador a propriedade de veículo automotor terrestre por proprietário domiciliado ou residente no Estado do Rio de Janeiro. O IPVA gerou no exercício de 2013 uma arrecadação de R$ 1.702.577 mil, superior em +R$ 133.321 mil ao registrado em 2012, reflexo das vendas da indústria automobilística ao longo do ano de 2012 e que impactou o ano de 2013. Além disso, houve aumento no número de pagamentos efetuados em 2013, que demonstram redução da inadimplência do contribuinte. ARRECADAÇÃO DO IPVA - 2013/2012 R$ M il MÊS ARRECADAÇÃO MENSAL 2013 2012 DIFERENÇA VAR. NOM. JAN FEV 384.777 523.113 346.534 271.912 38.243 251.200 11,04% 92,38% MAR ABR 196.487 168.083 310.361 157.432 (113.874) -36,69% MAI 92.526 144.184 10.651 (51.659) 6,77% -35,83% JUN JUL 64.900 62.787 73.434 67.041 (8.535) (4.254) -11,62% -6,35% AGO SET 53.338 41.386 56.947 39.446 (3.610) 1.940 -6,34% 4,92% OUT 41.980 40.865 1.115 2,73% NOV DEZ 35.636 37.566 30.940 30.159 1.702.577 1.569.256 4.697 7.407 133.321 15,18% 24,56% 8,50% TOTAL Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Obs: A s receitas co nsideradas já estão deduzidas da co ta-parte do FUNDEB . De forma geral, a receita de IPVA fica concentrada amplamente nos primeiros meses do ano, quando do vencimento das placas dos veículos usados. No restante do ano, a receita provém principalmente do pagamento do IPVA dos veículos novos, do pagamento de débitos atrasados dos veículos usados e das eventuais cobranças coletivas organizadas pela SEFAZ-RJ. 3.1.2.1.1.4 Taxas A Arrecadação das receitas provenientes de Taxas alcançou no exercício de 2013, o valor de R$ 2.020.941 mil, correspondendo a 5,66% da Receita Tributária. O acréscimo de +13,93% em relação ao ano anterior, está diretamente relacionado ao aumento na arrecadação das taxas de emolumentos e custas judiciais e extrajudiciais, além dos serviços de trânsito realizados pelo DETRAN. Contas de Gestão – Exercício 2013 34 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado ARRECADAÇÃO DE TAXAS - 2013/2012 R$ M il MÊS ARRECADAÇÃO MENSAL 2013 2012 DIFERENÇA VAR. NOM. JAN 229.309 177.183 52.127 29,42% FEV MAR 213.976 163.711 158.154 183.068 55.822 (19.357) 35,30% -10,57% ABR 168.232 215.336 (47.104) -21,87% MAI JUN 245.467 146.635 161.017 128.579 84.451 18.055 52,45% 14,04% JUL 149.978 138.158 11.820 8,56% AGO SET 148.038 133.745 141.520 112.992 6.518 20.753 4,61% 18,37% OUT 142.220 124.637 17.584 14,11% 122.251 157.379 2.020.941 109.124 124.042 1.773.809 13.126 33.337 247.132 12,03% 26,88% 13,93% NOV DEZ TOTAL Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG 3.1.2.1.1.5 Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e por Doação de Quaisquer Bens e Direitos - ITD O Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e por Doação de Quaisquer Bens e Direitos – ITD, como o próprio nome sugere, incide sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de doação ou morte. O ITD foi instituído no Estado do Rio de Janeiro por meio da Lei nº. 1.427, de 13 de fevereiro de 1989, e em seu artigo 1º dispõe sobre o fato gerador: “Art. 1º - O Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e por Doação, de quaisquer Bens ou Direitos, tem como fato gerador: I - a transmissão da propriedade ou domínio útil de bens imóveis por natureza ou acessão física, como definidos na lei civil; II - a transmissão de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia e as servidões prediais; III - a transmissão de títulos, créditos, ações, quotas, valores e outros bens móveis de qualquer natureza, bem como os direitos a eles relativos; IV - a aquisição de bem ou direito em excesso pelo herdeiro ou cônjuge meeiro, na partilha, em sucessão causa-mortis ou em dissolução de sociedade conjugal.” Contas de Gestão – Exercício 2013 35 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Registrando um montante de R$ 511.559 mil, foi notada uma variação positiva de +21,79% em comparação ao mesmo período de 2012. Após a conclusão das alterações do sistema do ITD, ocorridas durante os primeiros bimestres de 2013, a emissão de Guias de Controle para pagamento do imposto foi normalizada, refletindo assim, positivamente na arrecadação. ARRECADAÇÃO DO ITD - 2013/2012 R$ M il ARRECADAÇÃO MENSAL MÊS 2013 2012 DIFERENÇA VAR. NOM. JAN FEV 30.841 26.403 26.317 31.417 4.524 (5.013) 17,19% -15,96% MAR 36.489 30.379 6.110 20,11% ABR MAI 33.825 40.939 31.257 37.176 2.569 3.763 8,22% 10,12% JUN JUL 33.088 47.972 35.848 35.138 (2.760) 12.834 -7,70% 36,52% AGO 37.356 38.801 (1.445) -3,73% SET OUT 34.763 47.246 32.163 37.263 2.599 9.984 8,08% 26,79% 75.878 66.760 511.559 32.861 51.423 420.041 43.017 15.338 91.518 130,91% 29,83% 21,79% NOV DEZ TOTAL Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Obs: A s receitas co nsideradas já estão deduzidas da co ta-parte do FUNDEB . 3.1.2.1.2 Receita de Contribuições É formada por recursos provenientes de contribuições com destinação específica, previstas no artigo 149 da Constituição Federal, e instituídas pela União como instrumento de atuação nas áreas social, econômica e profissional. Ainda conforme reza o artigo 149, § 1º, da Constituição Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social. No âmbito do Estado do Rio de Janeiro, este grupo compreende as receitas resultantes da retenção das contribuições sociais dos servidores ativos e inativos dos diversos órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além dos pensionistas civis e militares. As Receitas de Contribuições apresentaram aumento de +R$ 118.455 mil (+9,02%), em relação ao mesmo período do exercício anterior, motivado principalmente pelo acréscimo de +9,63% observados nas Receitas de Contribuições Previdenciárias (Contribuições Sociais de Servidores Civis Ativos e Inativos do ERJ). O comportamento dessas receitas está diretamente ligado à evolução da folha de pessoal do Estado, que lhe serve de base de cálculo. Contas de Gestão – Exercício 2013 36 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES - 2013/2012 R$ M il CONTRIBUIÇÕES 2013 Previdenciárias - RPPS Outras Previdenciárias Funesbom Funespom TOTAL 1.332.524 20.350 31.677 46.662 1.431.212 VAR. NOM. ARRECADAÇÃO PART. 2012 PART. 93,10% 1,42% 2,21% 3,26% 100,00% 92,59% 9,63% 0,76% 104,20% 3,01% -19,82% 0,04 -2,40% 100,00% 9,02% 1.215.474 9.966 39.509 47.808 1.312.757 Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Com a finalidade de manter os registros contábeis relativos aos gastos com pessoal inativo, às pensões de natureza previdenciária, bem como suas receitas de contribuições, provenientes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado, a Contadoria-Geral do Estado editou a Portaria CGE nº 108, de 21/06/05, criando, no Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios – SIAFEM/RJ, unidades gestoras vinculadas à UG 123400 – RIOPREVIDÊNCIA, demonstradas na tabela abaixo, com as respectivas receitas resultantes das contribuições previdenciárias dos servidores ativos, inativos e dos pensionistas civis e militares. RECEITA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA-RPPS DO SERVIDOR ATIVO, INATIVO E PENSIONISTA POR PODER - 2013/2012 R$ M il ARRECADAÇÃO CONTRIBUIÇÃO 2013 Servidor Ativo PART. 2012 PART. 1.046.788 78,56% 770.830 15.616 73,64% 1,49% 812.366 6.296 87,65% -5,11% 0,68% 148,03% 123402 - Tribunal de Contas 33.700 3,22% 13.762 1,48% 144,88% 123403 - Poder Judiciário 123410 - Ministério Público 180.138 46.505 17,21% 4,44% 75.437 18.939 8,14% 138,79% 2,04% 145,56% Servidor Inativo e Pensionista 285.736 21,44% 288.675 23,75% -1,02% 179.454 13.354 62,80% 4,67% 172.337 15.443 59,70% 5,35% 4,13% -13,52% 19.848 60.720 6,95% 21,25% 20.616 63.480 7,14% 21,99% -3,73% -4,35% 123404 - Poder Executivo 123401 - Assembléia Legislativa 123404 - Poder Executivo 123401 - Assembléia Legislativa 123402 - Tribunal de Contas 123403 - Poder Judiciário 123410 - Ministério Público TOTAL 926.799 76,25% VAR. NOM. 12,95% 12.360 4,33% 16.799 5,82% -26,42% 1.332.524 100,00% 1.215.474 100,00% 9,63% Fo nte: SIA FEM /RJ Analisando a tabela anterior, podemos tecer os seguintes comentários: Em termos de participação, podemos observar que as contribuições dos servidores ativos representaram 78,56% (R$ 1.046.788 mil) do total das receitas de contribuições previdenciárias, e foram concentradas na unidade gestora 123404 do Poder Executivo, em virtude da adequação do SIAFEM ao novo plano de contas adotado pelo Estado do Rio de Contas de Gestão – Exercício 2013 37 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Janeiro a partir do exercício de 2013, os registros contábeis nas unidades gestoras dos demais poderes deixaram de ocorrer. Ao longo do exercício de 2013 esses valores retornaram as respectivas UGs. As contribuições dos servidores inativos e pensionistas representaram 21,44%, com destaque para o Poder Executivo que registrou 62,80% (179.454 mil) do total do grupo, seguido pelo Poder Judiciário com 21,25% (R$ 60.720 mil). A variação nominal crescente em relação ao ano anterior deve-se principalmente ao aumento do número de contribuintes aposentados e pensionistas do Poder Executivo. 3.1.2.1.3 Receita Patrimonial As Receitas Patrimoniais representam o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado, compensações financeiras e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. A arrecadação das Receitas Patrimoniais atingiu o montante de R$ 9.013.901 mil, correspondendo a 15,53% do total das Receitas Correntes. Sofreu uma redução de 6,70% (- R$ 646.884 mil), frente ao exercício de 2012. Tal fato é decorrente do término das receitas de Certificados Financeiros do Tesouro, conforme indicado a seguir: RECEITA PATRIMONIAL - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO ARRECADAÇÃO PART. 2012 2013 Receitas Imobiliárias Receitas de Valores Mobiliários Remuneração de Depósitos Bancários Certificados Financeiros do Tesouro - CFT's Outras Receitas de Concessões e Permissões Compensação Financeira PART. VAR. NOM. 89.158 0,99% 93.495 0,97% -4,64% 637.223 579.252 7,07% 90,90% 1.257.861 471.594 13,02% 37,49% -49,34% 22,83% - 0,00% 701.306 57.971 39.577 9,10% 0,44% 84.961 50.199 55,75% -100,00% 6,75% 0,52% -31,77% -21,16% 8.238.969 91,40% 8.251.870 85,42% -0,16% Recursos Hídricos e Minerais Royalties Produção do Petróleo 12.802 2.652.723 0,16% 32,20% 16.004 2.717.166 0,19% 32,93% -20,00% -2,37% Participação Especial dos Royalties 4.806.769 58,34% 5.047.716 61,17% -4,77% 766.675 8.973 9,31% 0,10% 470.985 7.359 5,71% 0,08% 0,00% 21,93% 9.013.901 100,00% 9.660.785 100,00% -6,70% Cota-parte Royalties Produção do Petróleo - PRÉ-SAL Outras Receitas Patrimoniais Total Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Destacam-se nessa categoria de receita os ingressos a título de compensação financeira pela exploração de petróleo, gás natural e recursos hídricos minerais, na modalidade de royalties e participações especiais, que somaram R$ 8.238.969 mil. Destes, 58,34% (R$ 4.806.769 mil) referem-se à Receita de Participação Especial dos Royalties, e 32,20% (R$ 2.652.723 mil) representadas pelas receitas com Royalties pela Produção do Petróleo. Contas de Gestão – Exercício 2013 38 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado As receitas imobiliárias são aquelas que têm origem na fruição do patrimônio imobiliário do estado, tais como aluguéis, arrendamentos, foros e taxas de ocupação de imóveis, que registraram uma variação negativa de - 4,64% em relação a 2012. As Receitas de Valores Mobiliários apresentaram queda de - 49,34%, ou - R$ 620.638 mil. Este resultado é explicado, principalmente, pelo término das receitas de Certificados Financeiros do Tesouro – CFT’s. A receita advinda do resgate dos CFT´s é resultado de uma operação com o Tesouro Nacional, estabelecida em 1999, pela qual o Estado obteve ativos financeiros do Tesouro (os CFTs) contra a troca de um fluxo de pagamentos respaldados pela receita de participações governamentais sobre a produção de petróleo e gás natural, que inicialmente se estenderia até 2014. Entretanto, houve negociação para mudança deste fluxo, adiantando grande parte da receita para 2011, com seu fim já em 2012. EVOLUÇÃO DA RECEITA DE CFT's Estado do Rio de Janeiro - 2005 a 2013 EXERCÍCIOS ARRECADAÇÃO VAR. ANUAL 2005 1.537.954 0,00% 2006 1.272.183 -17,28% 2007 1.332.946 4,78% 2008 1.299.304 -2,52% 2009 1.331.495 2,48% 2010 1.540.302 15,68% 2011 2.222.041 2012 2013 701.306 - 44,26% -68,44% -100,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG 3.1.2.1.4 Receita de Serviços As Receitas de Serviços totalizaram no exercício de 2013, o montante de R$ 376.461 mil, conforme demonstrado na tabela a seguir: Contas de Gestão – Exercício 2013 39 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RECEITA DE SERVIÇOS - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO 2013 Serviços de Processamento de Dados ARRECADAÇÃO PART. 2012 PART. VAR. NOM. -14,56% 100.755 26,76% 117.924 32,50% Serviços de Saúde 61.863 16,43% 59.710 16,46% 3,61% Serviços Comerciais Serviços de Inspeção e Fiscalização 2.330 39.546 0,62% 10,50% 3.877 38.232 1,07% 10,54% -39,90% 3,44% Serviços Administrativos Serviços Educacionais 29.899 24.531 7,94% 6,52% 22.115 22.103 6,10% 6,09% 35,20% 10,98% 1.720 0,46% 14.068 3,88% -87,77% 22.056 14.872 5,86% 3,95% 14.769 9.598 4,07% 2,65% 49,34% 54,95% Serviços Recreativos e Culturais 7.123 1,89% 7.159 1,97% -0,51% Serviços Tecnológicos Outras Receitas de Serviços TOTAL 1.996 69.769 376.461 0,53% 18,53% 100,00% 4.274 48.965 362.794 1,18% 13,50% 100,00% -53,29% 42,49% 3,77% Serviços de Consultoria, Assist.Téc. e Análise de Projeto Serviços Financeiros Serviços de Transporte Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG As receitas provenientes de Serviços de Processamento de Dados, embora tenha apresentado uma redução quando comparada ao exercício de 2012, apresentou-se como a mais significativa neste grupo. A maior parte desta receita, R$ 98.978 mil, refere-se aos serviços de processamento de dados realizados pelo Departamento de Transito do Estado do Rio de Janeiro – DETRAN-RJ, tal como, serviços pela utilização de banco de dados de multas. 3.1.2.1.5 Transferências Correntes Os recursos financeiros oriundos das Transferências Correntes apresentou um aumento de 0,02% (+R$ 1.019 mil) comparativamente ao mesmo período do ano anterior, conforme demonstrado na tabela a seguir. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 2013/2012 R$ M il ARRECADAÇÃO DESCRIÇÃO VAR NOM. 2013 PART. 2012 PART. 1.538.584 28,43% 1.461.312 27,00% 5,29% Sistema Único de Saúde - SUS 593.118 10,96% 598.381 11,06% -0,88% Recursos do FNDE 484.831 8,96% 557.783 10,31% -13,08% 68.621 1,27% 68.621 1,27% 0,00% 4.143 0,08% 3.232 0,06% 0,00% 2.603.362 48,10% 2.467.705 45,60% 5,50% 29 0,00% 121 0,00% -75,82% 118.071 2,18% 171.515 3,17% -31,16% 1.624 5.412.383 0,03% 82.693 5.411.364 1,53% -98,04% 100,00% 100,00% 0,02% Participação na Receita da União Lei-Kandir Fundo Nacional de Assistência Social - FNAS FUNDEB Transferências de Pessoas Transfêrencias de Convênios Outras Transf. Correntes TOTAL Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Obs: A s receitas co nsideradas já estão deduzidas da co ta-parte do FUNDEB . Contas de Gestão – Exercício 2013 40 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O aumento verificado nas receitas provenientes do FUNDEB e da Participação na Receita da União, em relação 2012, foi determinante para compensar a perda ocorrida em outras rubricas em 2013. As receitas do FUNDEB merecem destaque, devido a sua participação de 48,10% nesta fonte, representando um aumento de +R$ 135.658 mil (+5,50%) em relação ao mesmo período do exercício anterior, reflexo do crescimento da arrecadação das receitas estaduais de ICMS e IPVA que juntas compõem a maior parte da arrecadação das receitas do FUNDEB. As Participações na Receita da União, que aparece como a segunda maior participação no total das transferências correntes (28,43%), apresentou uma variação positiva de +5,29%, quando comparado com ano anterior, devido ao aumento dos repasses do Fundo de Participação dos Estados – FPE e do IPI. 3.1.2.1.6 Outras Receitas Correntes As “Outras Receitas Correntes” totalizaram no exercício de 2013 o montante de R$ 5.964.554 mil, apresentando uma variação positiva de +121,94% no acumulado, correspondentes a um acréscimo de +R$ 3.277.13 mil, em relação ao mesmo período do ano anterior. OUTRAS RECEITAS CORRENTES - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO Multas e Juros de Mora Indenizações e Restituições Receita da Dívida Ativa Receitas Diversas TOTAL 2013 535.817 283.904 548.035 4.596.798 5.964.554 VAR. NOM. ARRECADAÇÃO PART. 2012 PART. 8,98% 4,76% 9,19% 77,07% 100,00% 19,45% 2,49% 25,32% -58,27% 20,57% -0,88% 34,66% 393,56% 100,00% 121,94% 522.821 680.346 552.916 931.358 2.687.441 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Obs: A s receitas co nsideradas já estão deduzidas da co ta-parte do FUNDEB . As “receitas diversas” representaram 77,07% do grupo “Outras Receitas Correntes”, sendo composta pela arrecadação referente à venda de bilhetes das Loterias e do Centro de Estudos da PGE, além de receitas próprias de órgãos independentes e de outros poderes da administração indireta do estado. A significativa variação positiva ocorrida nesta rubrica, em relação a 2012, refere-se à receita oriunda da Lei Complementar Estadual nº 147 / 2013, que dispõe sobre a transferência de recursos existentes no Banco do Brasil para conta vinculada de pagamento de precatórios no valor de R$ 3.295.946 mil. Compondo também a subfonte “receitas diversas”, os recursos arrecadados que são registrados genericamente como “demais receitas”, nos quais os valores mais significativos relacionam-se Contas de Gestão – Exercício 2013 41 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado com a importância paga pelo Banco do Brasil ao TJ/RJ em face da manutenção dos depósitos judiciais no montante de R$ 412.186 mil. 3.1.2.2 Receitas de Capital As Receitas de Capital têm em sua composição as fontes de recursos que geram contrapartida passiva, como aumento da dívida, diminuição de patrimônio ou mudança de natureza patrimonial. No exercício de 2013, esta categoria registrou uma arrecadação de R$ 9.907.922 mil, apresentando um acréscimo significativo de +79,65% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelas operações de créditos e pelas alienações de bens. RECEITA DE CAPITAL - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO 2013 ARRECADAÇÃO PART. 2012 Operações de Crédito 5.030.290 50,77% 4.755.173 Alienação de Bens Amortização de Empréstimos Transferências de Capital Outras Receitas de Capital TOTAL 4.153.351 244.867 479.414 9.907.922 41,92% 2,47% 4,84% 0,00% 100,00% 23.108 213.450 523.125 190 5.515.046 PART. VAR. NOM. 86,22% 5,79% 0,42% 17873,36% 3,87% 14,72% 9,49% -8,36% 0,00% -100,00% 100,00% 79,65% Fo nte: SIA FEM /SIG A seguir, podemos visualizar a participação das fontes de arrecadação que compõem a Receita de Capital, no período em análise e os comentários apresentados em tópicos. Contas de Gestão – Exercício 2013 42 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.2.2.1 Operações de Créditos Conforme se demonstra, as receitas provenientes de Operações de Créditos atingiram o montante de +R$ 5.030.290 mil no total arrecadado com as receitas de capital. OPERAÇÕES DE CRÉDITO - 2013/2012 R$ M il ARRECADAÇÃO DESCRIÇÃO 2013 Operações de Credito Internas (I) PART. 2012 PART. VAR. NOM. 3.593.934 71,45% 2.523.451 53,07% 42,42% Programas de Saneamentos 76.343 2,12% 67.390 2,67% 13,29% Programas de Transportes 18.345 0,51% 135.110 5,35% -86,42% 3.499.246 97,37% 2.320.951 91,98% 50,77% 1.436.356 28,55% 2.231.722 46,93% -35,64% 0,00% 18.816 0,84% -100,00% -87,97% Demais Oper.Credito Internas P/ Prog. Gov Operações de Credito Externas (II) Programas de Saneamentos - Programas de Transportes 37.138 2,59% 308.668 13,83% Demais Oper. Credito Externas P/ Prog.Gov 1.399.218 97,41% 1.090.174 48,85% 28,35% Outras Operações de Crédito Externas 5.030.290 0,00% 100,00% 814.064 4.755.173 36,48% 100,00% -100,00% 5,79% TOTAL (I + II) Fo nte: SIA FEM /SIG A variação nominal com operações de crédito, +5,79%, se explica pelo fato das “Demais Operações de Crédito Internas para Programas de Governo” que compõem as receitas de operações de créditos internas, computarem um crescimento de +R$ 1.070.483 mil, em relação ao ano anterior, originário do recebimento de recursos de empréstimos junto ao BB para atender ao Programa “Pró-Cidades”, (Programa de Melhoria da Infraestrutura Rodoviária, Urbana e da Mobilidade das Cidades do ERJ), sendo parte desse montante destinado às obras de recuperação das Lagoas da Barra e Jacarepaguá, o Programa Saneamento para Todos (recursos provenientes da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL) e aos destinados à Reforma e Adequação do Estádio Mario Filho - Maracanã – PROCOPA II (recursos provenientes da Corporação Andina de Fomento CAF). A Coordenação de Captação de Recursos, responsável por identificar, fomentar e negociar as contratações de operações de crédito para o Estado do Rio de Janeiro manteve-se, ao longo do período em referência, em cooperação com instituições já credoras do ERJ, viabilizando a realização de missões para análise financeira. Tendo em vista que foi celebrado, em 2012, contrato de financiamento na modalidade de apoio orçamentário para o Programa de Mobilidade Urbana junto à Agência Francesa de Desenvolvimento. Ademais, representantes da área de transportes do Estado do Rio de Janeiro (ERJ) puderam fornecer à Agência cenário atualizado do andamento dos projetos relacionados aos grandes eventos, em especial, à Linha 4 do metrô. Contas de Gestão – Exercício 2013 43 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado As “Operações de Crédito Externas” apresentaram decréscimo de R$ 795.366 mil (-35,64%) ao comparado com o mesmo período do ano anterior. A redução justifica-se pelo comportamento do fluxo das entradas resultantes das operações de crédito que têm por objetivo financiar programas de governo. A representação gráfica demonstra a evolução das Operações de Créditos em relação a 2012 separadas em operações internas e externas. 3.1.2.2.2 Alienações de Bens As receitas provenientes da "Alienação de Bens" totalizaram no exercício de 2013 o montante de R$ 4.153.351 mil, e participaram com 41,92% do total das receitas de capital. A variação expressiva em relação ao mesmo período do ano anterior deve-se, principalmente, ao ingresso financeiro de receita proveniente da Venda de Recebíveis do RIOPREVIDÊNCIA, a título de royalties e participações especiais no valor total de R$ 3.300.000 mil. Cabe ainda destaca o valor arrecadado em 2013, com “Receita de Privatização” no valor de R$ 741.843 mil, que se referem ao recebimento da 2° parcela da venda do Banco do Estado do Rio de Janeiro – BERJ ocorrida em 2011. Contas de Gestão – Exercício 2013 44 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado ALIENAÇÕES DE BENS - 2013/2012 ARRECADAÇÃO DESCRIÇÃO 2013 Alienações de Bens Móveis Receita de Privatização Receita de Outros Títulos Mobiliários Alienação de Animais Reprodutores e Matrizes Alienação de Bens Móveis Adq c/Rec não Vinculados Alienação de Outros Bens Móveis Alienações de Bens Imóveis Alienação Bens Im Adiq. Rec. - RPPS Alienação de Outros Bens Imóveis TOTAL PART. 2012 PART. 4.042.111 97,32% 506 2,19% 741.843 18,35% - 0,00% 3.300.000 81,64% - - 0,00% 0,00% 92 18,16% 14 0,00% 25 4,90% 76,94% 254 0,01% 389 111.240 2,68% 22.603 97,81% 10.739 9,65% 17.672 78,19% 100.501 90,35% 4.930 21,81% 4.153.351 100,00% 23.108 100,00% Fo nte: SIA FEM /SIG 3.1.2.2.3 Transferências de Capital As receitas com transferências de capital totalizaram o montante de R$ 479.414 mil e participaram com 4,84% do total das Receitas de Capital. Em termos nominais podemos observar um decréscimo de - 8,36% em relação ao mesmo período do ano anterior. Contribuíram para esta queda os decréscimos de - 74,21% (ou - R$ 12.688 mil) apresentados nas transferências Intergovernamentais, sobretudo na subalínea “Demais Transferências da União”. Essa redução explica-se pelos altos repasses realizados em 2012 referentes aos Programas de Recuperação de Vias e Reconstrução de Contenção em Angra dos Reis, ambos iniciados em 2010 e com previsão de término durante o ano de 2013. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO Transferências Transferências Transferências Transferências Transferências 2013 Intergovernamentais de Instituições Privadas do Exterior de Pessoas Físicas de Convênios TOTAL 4.543 4.001 8.599 462.271 479.414 VAR. NOM. ARRECADAÇÃO PART. 2012 PART. 0,95% 0,83% 0,00% 1,79% 96,42% 100,00% 3,64% -76,13% 0,76% 0,03% 0,27% -100,00% 1,14% 44,10% 94,18% -6,18% 100,00% -8,36% 19.034 4.000 1.421 5.967 492.702 523.125 Fo nte: SIA FEM /SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 45 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA Os estágios da despesa orçamentária compreendem uma sequência de atividades desenvolvidas pelos órgãos públicos que se inicia com a fixação ou autorização da despesa na lei de orçamento e segue até o pagamento, com a extinção da obrigação a pagar. Somente após definido o montante das dotações orçamentárias da despesa, ou seja, o limite de gastos que cada unidade orçamentária poderá realizar, é que se pode dar início à execução da despesa orçamentária, cujos estágios são os seguintes: empenho, liquidação e pagamento. A fim de evitar a duplicidade orçamentária, excluímos dos comentários deste item as despesas intraorçamentárias que serão abordadas no item 3.1.4.2 deste relatório. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO 2013 2012 VAR. NOM. Dotação Inicial (+) Creditos Adicionais 69.490.548 27.899.525 61.289.423 18.435.927 13,38% 51,33% (-) Dotação Cancelada (15.270.146) (10.769.553) 41,79% 99.917 (99.917) 571.203 (542.330) -82,51% -81,58% (+) Alt. QDD Acréscimos (-) Alt. QDD Reduções Dotação Atualizada 82.119.926 68.984.671 19,04% (-) Credito Contido (-) Contigenciamento Ato Adm (4.038.100) (448.931) (180.844) (5.215.163) Despesa Autorizada 77.632.895 63.588.665 22,09% Despesa Empenhada 68.388.313 56.100.891 21,90% Despesa Liquidada 67.779.572 55.743.945 21,59% Despesa Paga 64.301.551 53.675.824 19,80% 2132,92% -91,39% Fo nte:SIG / SIA FEM Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. * Seguindo as orientações do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 5ª Edição, os valores destinados ao FUNDEB passaram a ser deduzidos diretamente da receita arrecadada pelo Estado em 2013, por meio de conta redutora. No entanto, até o exercício de 2012, os valores repassados ao FUNDEB eram contabilizados como despesa orçamentária. Sendo assim, para efeito de comparabilidade e acompanhamento da evolução da despesa entre dois exercícios, expurgarmos os valores destinados ao FUNDEB em 2012, no montante de R$ 4.730.890 mil, contabilizados na conta “33370.41.02 - Contribuições para o FUNDEB”. A conta “62131.01.01 - Deduções da Receita Orçamentária - FUNDEB”, apresentou um saldo de 5.410.207 mil em 31 de dezembro de 2013. A Lei Orçamentária Anual – LOA, inicialmente fixou em R$ 69.490.548 mil as despesas para o exercício de 2013. Ao longo do exercício, ocorreram aberturas de créditos adicionais, bem como cancelamento de dotações e alterações orçamentárias que elevaram a despesa inicialmente fixada para R$ 82.119.926 mil. Contas de Gestão – Exercício 2013 46 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O orçamento total aprovado (R$ 82.119.926 mil) serve como um limite de gastos para o Governo do Estado. Entretanto, face à necessidade de manter o equilíbrio das contas públicas, a realização da despesa, ao longo do ano, depende de autorização do Poder Executivo. Significa que, mesmo que haja orçamento, somente poderão ser realizadas as despesas autorizadas. No exercício de 2013, foram autorizados um total de R$ 77.632.895 mil. Resumidamente, a execução da despesa do Estado do Rio de Janeiro, para os anos de 2012 e 2013, assim se apresenta: Analisando os valores apresentados graficamente, podemos inferir que, a partir do total empenhado em 2013, R$ 68.388.313 mil, foram liquidados 99,11% (R$ 67.779.572 mil), e ainda sobre o empenhado, 94,02% (R$ 64.301.551 mil) foram pagos. 3.1.3.1 Despesa por Função de Governo A função de governo pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público, e está relacionada com a missão institucional fundamental do Estado, como por exemplo: educação, saúde, segurança, transporte, etc. Na estrutura do Estado do Rio de Janeiro estão definidas 25 funções de governo, para as quais foram destinados os recursos autorizados no orçamento, mediante empenhos, que somaram o montante de R$ 68.388.313 mil no exercício de 2013, distribuídos da seguinte forma: Contas de Gestão – Exercício 2013 47 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado DESPESA POR FUNÇÃO DE GOVERNO - 2013/2012 R$ M il DESPESA EMPENHADA FUNÇÃO DE GOVERNO Legislativa Judiciária Essencial à Justiça Administração Segurança Pública Assistência Social Previdência Social Saúde Trabalho Educação Cultura Direitos da Cidadania Urbanismo Habitação Saneamento Gestão Ambiental Ciência e Tecnologia Agricultura Organização Agrária Indústria Comércio e Serviços Comunicações Transporte Desporto e Lazer Encargos Especiais TOTAL 2013 1.122.234 3.320.168 1.620.204 5.559.025 7.032.863 608.048 11.934.542 4.937.302 23.592 6.041.860 187.027 475.344 1.657.606 199.806 336.690 558.365 268.183 206.279 21.156 240.499 291.671 309.387 3.526.987 685.083 17.224.394 68.388.313 PART. 1,64% 4,85% 2,37% 8,13% 10,28% 0,89% 17,45% 7,22% 0,03% 8,83% 0,27% 0,70% 2,42% 0,29% 0,49% 0,82% 0,39% 0,30% 0,03% 0,35% 0,43% 0,45% 5,16% 1,00% 25,19% 100,00% 2012 1.054.057 3.166.003 1.679.374 1.893.405 5.637.737 530.893 10.327.026 4.245.065 24.187 5.352.768 162.440 349.325 1.369.687 208.893 282.485 519.878 220.845 195.786 15.672 152.923 260.208 253.775 2.432.200 602.751 15.163.508 56.100.891 PART. 1,88% 5,64% 2,99% 3,37% 10,05% 0,95% 18,41% 7,57% 0,04% 9,54% 0,29% 0,62% 2,44% 0,37% 0,50% 0,93% 0,39% 0,35% 0,03% 0,27% 0,46% 0,45% 4,34% 1,07% 27,03% 100,00% VAR. NOM. 6,47% 4,87% -3,52% 193,60% 24,75% 14,53% 15,57% 122,37% -2,46% 12,87% 15,14% 36,07% 21,02% -4,35% 19,19% 7,40% 21,43% 5,36% 34,99% 57,27% 12,09% 21,91% 45,01% 13,66% 13,59% 21,90% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. Representação gráfica percentual das despesas empenhadas por função de governo até em 2013: Contas de Gestão – Exercício 2013 48 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O Estado atravessa um período de significativas mudanças de natureza econômica, política, social e ambiental em que se destacam grandes eventos e importantes investimentos. Diante deste panorama comentaremos a seguir, as funções de governo segundo critérios de volume de recursos aportados e relevância social. A função Encargos Especiais representou 25,19% do total dos recursos empenhados, entretanto, embora esta participação seja elevada, representa uma agregação neutra, pois englobam despesas referentes às transferências constitucionais e legais aos municípios, os gastos com a dívida e as transferências constitucionais ao FUNDEB, ou seja, despesas para as quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente do Estado. A função Previdência Social, que agrega as despesas com pagamento de aposentadorias e pensões aos servidores do Estado do Rio de Janeiro e seus dependentes, representou a segunda maior participação, com 17,45% da despesa empenhada. Função Educação Nesta Função foram empenhados recursos no valor de R$ 6.041.860 mil. Destes recursos totais, 69,72% foram destinados aos programas “Encargos Especiais do Estado” e “Gestão Administrativa”, e os 30,28% restantes, aos programas com ações finalísticas. Entende-se por ação finalística aquela que concorre para a geração de oferta de bens e serviços para atendimento direto às demandas da sociedade. Contas de Gestão – Exercício 2013 49 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado FUNÇÃO EDUCAÇÃO - DESPESA POR PROGRAMA R$ M il EMPENHADA PROGRAMA 0000 0002 0121 0122 0126 0127 0128 0150 0152 0153 0292 0300 0301 0302 0303 0314 0364 0365 0366 0367 0368 0371 0372 0373 0375 0379 0380 0381 Encargos Especiais do Estado Gestão Administrativa Expansão e Melhoria da Educação Profissional Ensino, Pesquisa e Extensão da UERJ Ampliação da Cap Inst p/ Realiz Pesq Univ RJ Pesquisa Rio Capacitação para Pesquisa Escola Inclusiva Operacionaliz Desenvolv Rede de Ensino Educação para Inclusão Social Desenvolvimento Pessoas, Recrutam. e Seleção Magistério Atrativo, Qualificado e Valorizado Qualidade no Processo Ensino-Aprendizagem Efetividade da Gestão Escolar Padrão Qualid. Infraestrutura Física da Rede Gestão e Fortalecimento da Atenção à Saúde Apoio a Estudantes Carentes Ampliação e Manutenção de Cursos Semi-Presenc Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão Consolidação e Expansão do Complexo Universit Melhoria da Qualif Func e da Qual de Vida Gestão e operacio. ensino superior distância Formação continuada de professores Projeto SEJA Profissional Divulgação Científica Campus UEZO Inova UEZO Apoio à Gestão e Melhoria da Infraest da UEZO TOTAL 2013 PART. 1.341 4.210.803 108.012 184.793 52.266 108.360 86.332 14 202.969 58.122 2.163 2.118 98.584 114.307 733.833 46.895 3.287 8.101 5.956 2.444 13 6.327 328 682 845 79 2.466 418 6.041.860 0,02% 69,69% 1,79% 3,06% 0,87% 1,79% 1,43% 0,00% 3,36% 0,96% 0,04% 0,04% 1,63% 1,89% 12,15% 0,78% 0,05% 0,13% 0,10% 0,04% 0,00% 0,10% 0,01% 0,01% 0,01% 0,00% 0,04% 0,01% 100,00% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. Para executar as ações finalísticas na área da Educação foram empenhadas despesas no valor de R$ 1.829.716 mil, com destaque para o Programa “Padrão de Qualidade da Infraestrutura Física da Rede”, para o qual foram destinados R$ 733.833 mil, tendo como objetivo proporcionar um ambiente adequado para a realização das atividades pedagógicas em todas as unidades escolares mediante recuperação, manutenção, reforma e ampliação da estrutura predial e patrimonial. Do total investido neste programa, R$ 259.205 mil foram destinados à ação “Nutrição Escolar”, com a finalidade de suprir as necessidades do aluno durante a permanência na escola, diminuir a evasão escolar, melhorar o rendimento e formar bons hábitos alimentares para a manutenção da saúde do aluno. Contas de Gestão – Exercício 2013 50 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Em seguida destacamos o programa “Operacionalização e Desenvolvimento da Rede de Ensino” que atingiu o montante de R$ 202.969 mil, e tem como objetivo qualificar as unidades da Rede Estadual de Ensino, modernizando socioeducativo e a o atendimento manutenção das necessidades básicas dos professores e alunos. Os recursos destinados a este programa foram empregados nas atividades de “Apoio aos Serviços Educacionais” e “Operacionalização da Educação Básica”. Função Segurança Pública Os gastos envolvidos na área de Segurança Pública, R$ 7.032.863 mil, representaram 10,28% do total das despesas empenhadas pelo Estado em 2013. Observa-se que, dos recursos aplicados nesta função, 78,89% foram destinados ao programa “Gestão Administrativa” e os 21,11% restantes, às atividades e projetos finalísticos. DESPESAS DA FUNÇÃO SEGURANÇA PÚBLICA R$ M il PROGRAMA EMPENHADA 2013 PART. 0001 Programa de Gestão da TIC na Seg Pública 82.481 1,17% 0002 Gestão Administrativa 0003 Programa Um Novo Tempo para Segurança 0059 Desenv das Atividades de Segurança Oficial 5.548.108 2.427 10.088 78,89% 0,03% 0,14% 0064 Moderniz dos Serviços Operacionais do DETRAN 0089 Sistema Penitenciário Estruturado 376.622 319.591 5,36% 4,54% 0092 Sistema de Investigação Criminal 0147 Gestão da Segurança Pública 48.555 404.875 0,69% 5,76% 25.018 7.998 4.710 0,36% 0,11% 0,07% 34.409 154.722 0,49% 2,20% 13.258 7.032.863 0,19% 100,00% 0263 Programa Dedicação Integral ao Cidadão -DEDIC 0264 Programa Polícia Pacificadora 0265 Programa Integração da Segurança Pública 0266 Grandes Eventos 0299 Ampliação da Capacidade de Atend da Def Civil 0397 Rio Poupa Tempo TOTAL Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. Contas de Gestão – Exercício 2013 51 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Os gastos realizados no programa “Gestão Administrativa” (R$ 5.548.108 mil) referem-se em sua maioria, as despesas com pessoal e encargos sociais que atingiram o montante de R$ 5.050.103 mil, com destaque para despesas com gratificações do regime especial do trabalho Policial – Militar e auxilio moradia, nos valores respectivos de R$ 789.289 mil e R$ 554.190 mil. Quanto aos programas finalísticos executados, cabe destacar o Programa “Gestão da Segurança Pública” que empenhou R$ 404.875 mil em várias atividades que aperfeiçoam as ações policiais, através de orientação integrada, objetivando a redução dos índices de violência em função de estratégias e resultados aplicáveis na área de segurança pública. Através deste programa foram investidos R$ 138.324 mil no projeto “Gestão da Frota”, que englobou serviços de manutenção e ampliação da frota de veículos para a Polícia Militar do ERJ e a ainda R$ 110.891mil em atividades operacionais da polícia civil e militar, englobando serviços de apoio administrativo, técnico e operacional, aquisição de combustível, entre outros. Cabe ainda destacar o Programa “Modernização dos Serviços Operacionais do DETRAN”, com aplicação de R$ 376.622 mil, dos quais R$ 236.624 mil foram utilizados em “Atividades Operacionais de Registro de Veículos”, tais como serviços de suporte operacional, logística e infraestrutura relacionada às atividades inerentes ao registro e licenciamento de veículos, e atividades de registro off-line dos autos de infração e acidentes de trânsito em equipamentos portáteis. Além dessas atividades o DETRAN realizou ações para Identificação Civil, envolvendo serviços de informação e orientação, bem como atendimento, infraestrutura, logística e preparo de documentos concernentes à Identificação Civil, compreendendo a transcrição em processamento de dados, incluindo a tomada de digitais através de equipamentos biométricos, captura de fotografia eletrônica dos usuários e impressão de imagens. Função Saúde Na Função Saúde foram investidos R$ 4.937.302 mil em 2013, representando 7,22% do total das despesas empenhadas pelo Estado. Destes, 24,86% foi destinado ao programa “Gestão Administrativa”, e 75,14% aos programas voltados às ações finalísticas. Contas de Gestão – Exercício 2013 52 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado DESPESAS DA FUNÇÃO SAÚDE R$ M il EMPENHADA PROGRAMA 2013 0002 Gestão Administrativa 0089 Sistema Penitenciário Estruturado PART. 1.227.524 9.545 24,86% 0,19% 0097 0098 0110 0112 0299 Assistência Farmacêutica Prevenção de Adversidades e Prest de Socorro Proteção Social Especial de Assist Social Promoção e Proteção da Criança e Adolescente Ampliação da Capacidade de Atend da Def Civil 133.828 99.790 9.137 4.136 63.816 2,71% 2,02% 0,19% 0,08% 1,29% 0314 0315 0316 0317 0318 Gestão e Fortalecimento da Atenção à Saúde Controle de Doenças e Promoção da Saúde Prevenção e Controle de Endemias Gestão da Educação em Saúde Assistência Pré-hospitalar 801.438 36.274 9.042 11.386 612.393 16,23% 0,73% 0,18% 0,23% 12,40% 0319 0320 0321 0322 0323 Assist Hospitalar e Ambulat nas Unid Próprias Rio Imagem Fortal. da Gestão do SUS e da Partic Social Expansão do Complexo Científico Expansão do Complexo Industrial. 1.720.606 54.089 1.883 20.148 58.865 34,85% 1,10% 0,04% 0,41% 1,19% 63.400 4.937.302 1,28% 100,00% 0324 Apoio a Programas de Saúde TOTAL Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. Para executar as ações finalísticas, o Estado barateamento empenhou um total de R$ 3.709.777 mil, com capacitação do quadro de recursos humanos. destaque para Hospitalar e o Programa Ambulatorial dos medicamentos e “Assistência nas Unidades Próprias” que atingiu o montante de R$ 1.720.606 mil (34,85%). As ações com assistência hospitalar e ambulatorial visam à melhoria da qualidade de atendimento nos hospitais da rede do SUS. Este conjunto de ações inclui grandes investimentos para a recuperação das instalações físicas das instituições, a renovação de equipamentos e aparelhagem tecnológica moderna, o Contas de Gestão – Exercício 2013 53 a Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O Programa “Gestão e Fortalecimento da Atenção à Saúde”, aparece como o segundo maior representante no total empenhado em ações finalísticas (16,23%). Com objetivo de promover, desenvolver e ampliar as ações de atenção à saúde no âmbito do SUS foram gasto R$ 801.438 mil em ações voltadas para tornar o atendimento mais eficiente e resolutivo frente às necessidades de saúde da população, além de fortalecer os sistemas municipais de saúde. No âmbito da Assistência Pré-Hospitalar, onde se concentram ações que oferecem à população serviços públicos de assistência pré-hospitalar fixa e móvel, atendendo ao usuário que necessita de cuidados imediatos, por meio das unidades de pronto atendimento 24 horas, seja de forma direta ou mediante apoio financeiro concedido a municípios, foram empenhados R$ 612.392 mil (12,40%) em ações adotadas para aperfeiçoar os atendimentos de urgência e emergência, entre as quais se destaca as ações Operacionais das UPAs 24horas Próprias por meio de Organização Social (OS). A implementação dessa forma de administração tem como objetivo reduzir custo, melhorar a gestão e garantir atendimento de qualidade à população. Essas organizações sem fins lucrativos passam a administrar bens e equipamentos das unidades, utilizando modernas técnicas de gestão e estabelecendo relação de parceria entre o Estado e a sociedade. Função Desporto e Lazer Esta Função busca garantir à população o acesso ao conhecimento e à prática esportiva, possibilitando a elevação do nível da cultura esportiva e da qualidade de vida. Em 2013, o Estado aplicou na Função Desporto e Lazer, o montante de R$ 685.083 mil, conforme demonstrado na tabela a seguir: DESPESAS DA FUNÇÃO DESPORTO E LAZER R$ M il EMPENHADA PROGRAMA 0002 Gestão Administrativa 0272 Fortalecimento do Esporte no Estado do RJ 0285 Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas de 2016 TOTAL 2013 19.209 132.797 533.077 685.083 PART. 2,80% 19,38% 77,81% 100,00% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. O investimento com infraestrutura esportiva faz parte de um movimento de fortalecimento do esporte, que atinge a realização de megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo - FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Dentre os investimentos ligados a estes eventos Contas de Gestão – Exercício 2013 54 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado destaca-se o projeto “Reforma do Complexo do Maracanã” que despendeu R$ 533.077 mil, do orçamento de 2013, com a reforma do estádio. O programa “Fortalecimento do Esporte no Estado do Rio de Janeiro” atingiu o montante de R$ 132.797 mil, e englobou ações voltadas ao fortalecimento do esporte como ferramenta de inclusão social e esportiva, assim como ao aproveitamento das oportunidades e legados a serem proporcionados pelos megaeventos. Função Transporte O compromisso de fazer o setor transporte crescer de forma sustentada e acelerada tem se concretizado, nos últimos anos, em razão dos elevados níveis de investimentos realizados. Em 2013 foram investidos R$ 3.526.987 mil na Função Transporte. DESPESAS DA FUNÇÃO TRANSPORTE R$ M il EMPENHADA PROGRAMA 0002 Gestão Administrativa 0015 Sistema Rodoviário Estadual 0017 0100 0101 0104 Infraestrutura e Urbanização em Municípios Gestão da Política de Transportes Bilhete Único Expansão e Consolidação das Linhas de Metrô 0105 0107 0154 0161 Programa Estadual de Transportes - PET Transporte Rodoviário Intermunicipal Sistema Transporte sobre Trilhos Isenção de Pagmento nos Transport Coletivos 0284 Administração Terminais Rodoviários Estaciona 0285 Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas de 2016 0288 Prog. Integ. Reg. Metrop. - Rio Metrópole 0326 0335 0337 0422 Transporte Hidroviário Operação/Conservação- Bonde de Santa Teresa. Melhoria Sistema de Transportes Ferroviário. Pró-Vias TOTAL 2013 PART. 287.384 312.920 8,15% 8,87% 35.866 1.813 485.722 2.013.893 1,02% 0,05% 13,77% 57,10% 78.521 30.147 1.348 319 2,23% 0,85% 0,04% 0,01% 2.946 72.065 59.253 0,08% 2,04% 1,68% 103 12 37.818 106.856 0,00% 0,00% 1,07% 3,03% 3.526.987 100,00% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. Contas de Gestão – Exercício 2013 55 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O programa “Expansão e Consolidação das Linhas de Metrô” participou com 57,10% do total empenhado através da função transporte, e tem como objetivo a implantação da linha 4 do metrô, que ligará a Barra da Tijuca a Ipanema. Em 2013 foram executados, através deste programa, R$ 2.013.893 mil para custear as obras referentes ao trecho oeste (Jardim Oceânico / Gávea), e ao trecho sul (Gávea / General Osório), além da implantação da estação General Osório. Destaque entre os programas de integração social do Estado do Rio de Janeiro, o “Bilhete Único” aparece como a segunda maior participação no montante despendido através da função transporte, para o qual foram destinados R$ 485.722 mil em 2013. Este programa é um benefício tarifário, com redução das tarifas praticadas nos serviços de transporte intermunicipal e já beneficiou mais de 2,26 milhões de usuários. O programa “Sistema Rodoviário Estadual”, que visa dotar o Estado de infraestrutura viária para atender às necessidades inerentes ao fomento de seu desenvolvimento, participou com 8,87% (R$ 312.920 mil) do total investido em transporte. Através deste programa foram destinados R$ 203.032 mil à ação “Conservação e Operação de Rodovias”, utilizados para conservação, restauração, melhorias operacionais e obras de contenção em encostas na malha rodoviária da região serrana do ERJ, e ainda, R$ 53.415 mil foram gastos com locação de equipamentos eletrônicos, para fiscalização de excesso de velocidade e irregularidade de veículos, e com sinalização de rodovias. Contas de Gestão – Exercício 2013 56 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Função Urbanismo Os investimentos realizados na Função Urbanismo incluem aporte de recursos para diversas políticas públicas como: regularização fundiária, urbanização de assentamentos precários, metrôs, trens urbanos, mobilidade urbana, formulação de políticas de desenvolvimento urbano, de habitação e de saneamento, capacitação de agentes sociais, dentre outras. Em 2013, foram empenhados através da função Urbanismo R$ 1.657.606 mil, disseminados através dos seguintes programas: DESPESAS DA FUNÇÃO URBANISMO R$ M il EMPENHADA PROGRAMA 2013 PART. 0002 Gestão Administrativa 30.754 1,86% 0015 Sistema Rodoviário Estadual 18.483 1,12% 0156 Prog Nacional Desenv Turismo – PRODETUR - RJ 657 0,04% 0260 Programa Somando Forças 642.646 38,77% 0279 Urbanização das Comunidades 128.825 7,77% 0288 Prog. Integ. Reg. Metrop. - Rio Metrópole 704.015 42,47% 0289 Recupe Local Atingidas Catástrofes TOTAL 132.225 7,98% 1.657.606 100,00% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. O “Programa Integrado da Região Metropolitana - Rio Metrópole” atingiu o montante de R$ 704.015 mil, e correspondeu a 42,47% do total empenhado nesta função. Através deste programa estão contempladas as ações Metropolitano de Implantação com 146 do quilômetros Arco de extensão, que começa em Manilha e vai até Itaguaí, passando por oito municípios. Ao “Programa Somando Forças” foi destinado R$ 642.646 mil, o que correspondeu a 38,77% dos recursos destinados à Função Urbanismo. Através deste programa foram realizados: obras de desobstrução e canalização do rio Abel e urbanização do seu entorno, no município de Queimados; despesas com melhorias operacionais e serviços de conservação da rodovia RJ-135, no trecho entre a BR-393 e o Rio das Flores; recapeamento asfáltico de vias urbanas na região metropolitana, entre outros. Contas de Gestão – Exercício 2013 57 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Função Saneamento A Lei nº 11.445/2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, define-o como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, além de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. O Estado do Rio de Janeiro aplicou R$ 140.524 mil no programa “Saneamento Básico” em 2013, que representaram 41,74% dos gastos nesta função, utilizados em obras de melhoria operacional do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário em diversos municípios, além de saneamento ambiental em pequenas localidades. DESPESAS DA FUNÇÃO SANEAMENTO R$ M il EMPENHADA PROGRAMA 0162 Pacto pelo Saneamento 0290 Saneamento Básico 0413 Contr Inundações Recup de Áreas Degradadas TOTAL 2013 99.264 140.524 96.902 336.690 PART. 29,48% 41,74% 28,78% 100,00% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. O programa “Pacto pelo Saneamento”, que visa à ampliação da infraestrutura dos sistemas de esgotamento sanitário, utilizou 29,48% dos recursos desta função, que foram alocados, principalmente, nos projetos de “Saneamento nas Bacias da Baía de Guanabara” e “Esgotamento Sanitário da Zona Oeste”, nos valores respectivos de R$ 72.822 mil e R$ 25.598 mil. Já para o Programa “Controle de Inundações e Recuperação de Áreas Degradadas” foram destinados R$ 96.902 mil, tendo como maior dispêndio o “Projeto de Macrodrenagem – PAC – RJ”, que visa à Intervenção hidráulica nas bacias hidrográficas com o objetivo de acabar com as inundações. Contas de Gestão – Exercício 2013 58 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Função Gestão Ambiental A Gestão Ambiental pública no Estado do Rio de Janeiro apoia-se no Sistema Estadual de Meio Ambiente, coordenado pela Secretaria de Estado do Ambiente – SEA da qual faz parte o Instituto Estadual do Ambiente – INEA. Os recursos aplicados através desta Função alcançaram o montante de R$ 558.365 mil. Destes, 29,28% foi destinado ao programa Gestão Administrativa, e 70,72% restantes, aos programas com ações finalísticas. DESPESAS DA FUNÇÃO GESTÃO AMBIENTAL R$ M il EMPENHADA PROGRAMA 2013 0002 Gestão Administrativa PART. 163.501 29,28% 0104 Expansão e Consolidação das Linhas de Metrô 0156 Prog Nacional Desenv Turismo – PRODETUR - RJ 44.992 283 8,06% 0,05% 0162 Pacto pelo Saneamento 64.970 11,64% 0275 Pacto pela Preservação da Biodiversidade 0410 Gestão de Recursos Hídricos 432 34.180 0,08% 6,12% 5.760 155.339 1,03% 27,82% 0414 Articulação Institucional e Com. Ambiental 0415 Educação Ambiental e Gestão Participativa 1.428 16.337 0,26% 2,93% 0417 Modernização do Sist. Estadual Meio Ambiente 47.136 8,44% 24.006 558.365 4,30% 100,00% 0411 Economia Verde e Baixo Carbono 0413 Contr Inundações Recup de Áreas Degradadas 0421 Progr de Saneam Amb Munic Entorno BG-PSAM TOTAL Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. Para executar as ações finalísticas, foram Ambiental de Inundações” realizou R$ 82.998 empenhadas despesas no valor de R$ mil em obras de intervenção estruturais de 394.864 mil, com destaque para o Programa controle “Controle de Inundações e Recuperação de ambiental. de inundações e recuperação Áreas Degradadas”, onde o Estado investiu R$ 155.339 mil (27,82%), com objetivo de prevenir e controlar as inundações, principalmente, causadas pela degradação dos corpos hídricos, nas épocas das cheias e recuperar inundações. as áreas A atingidas principal ação pelas deste programa, o projeto “Prevenção e Controle Contas de Gestão – Exercício 2013 59 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Cabe ainda destacar o programa “Pacto pelo Saneamento”, que visa a ampliação da infraestrutura dos sistemas de esgotamento sanitário, e está representado pelos projetos “Rio Mais Limpo” e “Lixão Zero”, para os quais foram destinados, R$ 52.807 mil e R$ 12.162 mil, respectivamente. O Rio Mais Limpo tem como meta coletar e tratar 80% do esgoto de todo o Estado do Rio de Janeiro até 2018, enquanto que o Lixão Zero tem a finalidade de erradicar lixões e vazadouros clandestinos, promover a remediação de áreas degradadas e contaminadas, promover a criação de consórcios intermunicipais para implantação de aterros sanitários e atualizar o inventário de resíduos industriais no estado identificando a fonte e a tipologia dos resíduos. Contas de Gestão – Exercício 2013 60 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.3.2 Demonstrativo das Despesas por Poder, Categoria Econômica e Grupo de Despesa EXECUÇÃO DA DESPESA POR PODER, CATEGORIA ECON. E GRUPO DE DESP - 2013/2012 R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 PODER EXECUTIVO 1 Despesas Correntes 1.1 Pessoal e Encargos Sociais 1.2 Juros e Encargos da Dívida 1.3 Outras Despesas Correntes 2 Despesas de Capital 2.4 Investimentos 2.5 Inversões Financeiras 2.6 Amortização da Dívida 9.0 Reserva de Contingência PODER LEGISLATIVO 1 Despesas Correntes 1.1 Pessoal e Encargos Sociais 1.3 Outras Despesas Correntes 2 Despesas de Capital 2.4 Investimentos PODER JUDICIÁRIO 1 Despesas Correntes 1.1 Pessoal e Encargos Sociais 1.3 Outras Despesas Correntes 2 Despesas de Capital 2.4 Investimentos 2.5 Inversões Financeiras MINISTÉRIO PÚBLICO 1 Despesas Correntes 1.1 Pessoal e Encargos Sociais 1.3 Outras Despesas Correntes 2 Despesas de Capital 2.4 Investimentos 2.5 Inversões Financeiras TOTAL PODERES PART. 2012 PART. 62.962.168 92,07% 50.909.338 90,75% 53.265.249 14.778.942 43.595.740 10.903.571 2.931.170 35.555.137 9.696.919 6.654.358 210.358 2.832.202 - 84,60% 27,75% 5,50% 66,75% 15,40% 68,62% 2,17% 29,21% - 2.633.461 30.058.708 7.313.598 4.883.401 204.378 2.225.819 - 85,63% 25,01% 6,04% 68,95% 14,37% 66,77% 2,79% 30,43% - 1.122.234 1,64% 1.054.057 1,88% 1.076.280 937.665 138.614 45.954 45.954 95,91% 87,12% 12,88% 4,09% 100,00% 991.124 869.512 121.612 62.932 62.932 94,03% 87,73% 12,27% 5,97% 100,00% 3.337.656 4,88% 3.258.301 5,81% 3.139.115 2.217.929 921.185 198.542 198.542 - 94,05% 70,65% 29,35% 5,95% 100,00% 0,00% 2.920.512 2.007.217 913.295 337.789 337.789 - 89,63% 68,73% 31,27% 10,37% 100,00% 0,00% 966.255 1,41% 879.195 1,57% 929.921 685.780 244.141 36.334 29.241 7.093 96,24% 73,75% 26,25% 3,76% 80,48% 19,52% 846.743 630.717 216.025 32.452 29.745 2.708 96,31% 74,49% 25,51% 3,69% 91,66% 8,34% 68.388.313 100,00% 56.100.891 100,00% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. Contas de Gestão – Exercício 2013 61 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Na análise das informações apresentadas na tabela anterior, ressaltamos que: A despesa orçamentária executada pelos Poderes em 2013 totalizou gastos no valor de R$ 68.338.313 mil; A maior participação da despesa sobre o total empenhado coube ao Poder Executivo com 92,07%, correspondentes ao montante de R$ 62.962.168 mil, sendo deste valor, 84,60% aplicado em Despesas Correntes; O Ministério Público apresentou a menor participação (1,41%), com gastos no total de R$ 966.255 mil; A participação da despesa de capital no total empenhado pelos Poderes resultou em percentuais diversos, cabendo o maior resultado para o Executivo (15,40%) e ao Ministério Público o menor (3,76%). 3.1.3.3 Comparativo Das Despesas Por Categoria Econômica O agrupamento das despesas orçamentárias por categoria econômica proporciona melhor visibilidade das ações executadas pelo governo do Estado. Esta forma de classificação é estabelecida pelo art. 12 da Lei 4.320/64. A tabela a seguir demonstra o total das despesas empenhadas e liquidadas pelo Estado, segregadas por categoria econômica, bem como o percentual de empenhos liquidados por exercício, e a variação obtida quando comparadas com o ano anterior. EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICA - 2013/2012 R$ M il 2013 DESCRIÇÃO Despesas Correntes Despesas de Capital TOTAL EMPENHADA 58.410.565 9.977.748 68.388.313 LIQUID X EMPENHADA EMP 58.052.070 99,39% 48.354.119 9.727.502 97,49% 7.746.772 67.779.572 99,11% 56.100.891 LIQUIDADA VAR. NOM. VAR. NOM. LIQUID X EMPENHADA LIQUIDADA LIQUIDADA 2013 X 2012 2013 X 2012 EMP 48.052.340 99,38% 20,80% 20,81% 7.691.605 99,29% 28,80% 26,47% 55.743.945 99,36% 21,90% 21,59% 2012 Fonte:SIAFEM -RJ/SIG Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias. A despesa empenhada alcançou no exercício de 2013, o montante de R$ 68.388.313 mil. Do total empenhado pelo Estado, 99,11% foi liquidado. Em termos nominais, verifica-se uma evolução de 21,90%, nas despesas empenhadas, em relação ao ano anterior. Este acréscimo está ligado, principalmente, à elevação dos gastos com pessoal e encargos, aposentadorias, reformas e pensões, prestação de serviços de terceiros, além de despesas obrigatórias, como as transferências a municípios, todas classificadas como correntes. Contas de Gestão – Exercício 2013 62 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Segue representação gráfica da relação entre as despesas liquidadas e empenhadas, por categoria econômica, no período de janeiro a dezembro de 2013: 3.1.3.3.1 Despesas Correntes Nas Despesas Correntes estão agrupados os vários detalhamentos pertinentes às despesas de custeio das entidades do setor público e aos custos de manutenção de suas atividades, tais como os referentes aos vencimentos e encargos com pessoal, juros da dívida, compra de matérias primas e bens de consumo, serviços de terceiros, entre outros. Em 2013, as Despesas Correntes apresentaram o montante de R$ 58.410.565 mil. A categoria econômica das Despesas Correntes compreende três grupos de natureza de despesa que, por sua vez, agregam elementos com as mesmas características do objeto de gasto, conforme relacionados a seguir: COMPOSIÇÃO DAS DESPESAS CORRENTES - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO EMPENHADA 2013 PART. 2012 PART. VAR. NOM. Despesas Correntes Pessoal e Encargos 58.410.565 18.620.317 100,00% 31,88% 48.354.119 14.411.017 100,00% 29,80% 20,80% 29,21% Juros e Encargos Outras Despesas Correntes 2.931.170 36.859.078 5,02% 63,10% 2.633.461 31.309.641 5,45% 64,75% 11,30% 17,72% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. Contas de Gestão – Exercício 2013 63 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Em comparação com o exercício anterior, as Despesas Correntes evoluíram 20,80% (R$ 10.056.446 mil), motivado, principalmente, pela elevação dos gastos com “Outras Despesas Correntes” que sofreram um acréscimo de R$ 5.549.437 (+17,72%). As despesas classificados no grupo Outras Despesas Correntes encontram-se detalhadas no item 3.1.3.3.1.3 deste relatório. O gráfico a seguir demonstra a participação percentual de cada um dos grupos na composição das despesas correntes no período de janeiro a dezembro de 2013: 3.1.3.3.1.1 Pessoal e Encargos Destacamos, que as despesas classificadas como intra-orçamentárias foram excluídas do montante do grupo Pessoal e Encargos a fim de evitar a dupla contagem. Portanto, desconsiderando as despesas intra-orçamentárias, que estão detalhadas no item 3.1.4.2.2 deste relatório, as despesas com pessoal e encargos sociais atingiram o montante de R$ 18.620.317 mil, apresentando um crescimento nominal de + 29,21%, ou + R$ 4.209.301 mil, em relação ao exercício anterior, principalmente, por conta da quitação da dívida do Estado com precatórios de pessoal e, ainda, de benefícios e gratificações pagos a diversas categorias do Poder Executivo, tais como, segurança e educação. Contas de Gestão – Exercício 2013 64 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado DESPESA DE PESSOAL POR PODER - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO Poder Executivo Assembleia do Estado Tribunal de Contas do Estado Poder Judiciário Ministério Público Estadual TOTAL EMPENHADA 2013 14.778.942 514.200 423.466 2.217.929 685.780 18.620.317 PART. 79,37% 2,76% 2,27% 11,91% 3,68% 100,00% 2012 10.903.571 479.250 390.263 2.007.217 630.717 14.411.017 PART. 75,66% 3,33% 2,71% 13,93% 4,38% 100,00% VAR. NOM. 35,54% 7,29% 8,51% 10,50% 8,73% 29,21% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. No Poder Executivo, o incremento foi de +35,54% (+R$ 3.875.372 mil), principalmente por conta dos reajustes concedidos nas áreas de Segurança Pública e Educação, além do pagamento de precatórios de pessoal. O aumento dos gastos na Segurança, + R$ 1.062.499 mil, deu-se, principalmente, pela antecipação do reajuste salarial concedido inicialmente de forma parcelada, no período de fev/2013 a dez/2014 e pelo aumento do auxílio moradia (Lei Estadual 6.162/2012), que passou a ser fixado em 107,5% do soldo para todos, independentemente da graduação. Na Educação o aumento foi de + R$ 428.359 mil, sobretudo na SEEDUC e DEGASE. Na SEEDUC, o aumento reflete o reajuste salarial de 14,11% referente à antecipação do programa Nova Escola que estava previsto para terminar no ano de 2015, além da regularização do pagamento da gratificação de enquadramento por formação. Já no DEGASE o aumento dos gastos em pessoal se deu pelo ingresso de funcionários concursados e pelo reajuste salarial de 4,5%. 3.1.3.3.1.2 Juros e Encargos da Dívida Neste grupo estão registradas as despesas com juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. As despesas com Juros e Encargos da Dívida registraram o montante de R$ 2.931.170 mil representando uma variação nominal de +11,30% (+R$ 297.709 mil) em comparação com o mesmo período do ano anterior. Contas de Gestão – Exercício 2013 65 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA - 2013/2012 R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Juros sobre a Dívida por Contrato Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato 2.832.772 98.398 TOTAL 2.931.170 PART. 2012 96,64% 3,36% 2.589.040 44.421 100,00% 2.633.461 PART. VAR. NOM. 98,31% 1,69% 9,41% 121,51% 100,00% 11,30% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-orçamentarias. Para uma análise apurada do comprometimento do Estado do Rio de Janeiro no que se refere ao serviço da dívida, é prudente acrescentar as obrigações relativas às despesas com amortização da dívida estadual, no montante de R$ 2.832.202 mil, classificadas em Despesas de Capital nas contas do grupo Principal da Dívida Contratual Resgatado. SERVIÇO DA DÍVIDA - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO EMPENHADA 2013 PART. 2012 PART. VAR. NOM. Juros e Encargos da Dívida Amortização 2.931.170 2.832.202 50,86% 49,14% 2.633.461 2.225.819 54,19% 45,81% 11,30% 27,24% TOTAL 5.763.372 100,00% 4.859.280 100,00% 18,61% Fo nte:SIAFEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-orçamentarias. Nesta análise, apura-se que o Estado do Rio de Janeiro empenhou o montante de R$ 5.763.372 mil com o serviço da dívida, e apresentou uma variação nominal de +18,61% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esta variação está atrelada ao comportamento da receita do Estado, já que o dispêndio anual máximo com as amortizações, juros e demais encargos de todas as operações de crédito, já contratadas e a contratar, inclusive o originário de débitos renegociados ou parcelados, acrescido, ainda, do valor devido, vencido e não pago, não poderá exceder a 13% (treze por cento) da Receita Líquida Real, conforme estabelecido no artigo 6º, inciso II da Resolução do Senado Federal nº 78, de 1º de julho de 1988. O gráfico abaixo apresenta o montante despendido pelo Estado para honrar seus compromissos com o serviço financeiro da dívida, no período de janeiro a dezembro, dos exercícios de 2013 e 2012. Contas de Gestão – Exercício 2013 66 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.3.3.1.3 Outras Despesas Correntes Contempla as despesas com o custeio da máquina administrativa do Estado e outras não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa. O Estado do Rio de Janeiro empenhou em 2013, o montante de R$ 36.859.078 mil, excedendo em 17,72% (+R$ 5.549.437 mil) o resultado do mesmo período do ano anterior. OUTRAS DESPESAS CORRENTES - 2013/2012 R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO Transferências Aposentadorias, Reformas e Pensões Despesas de Custeio TOTAL 2013 PART. 2012 PART. 11.165.325 11.755.112 13.938.642 36.859.078 30,29% 31,89% 37,82% 100,00% 10.217.356 10.260.237 10.832.048 31.309.641 32,63% 32,77% 34,60% 100,00% VAR. NOM. 9,28% 14,57% 28,68% 17,72% Fo nte:SIAFEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-orçamentarias. O gráfico a seguir demonstra a participação percentual de cada um dos grupos na composição das “Outras Despesas Correntes” no período de janeiro a dezembro de 2013: Contas de Gestão – Exercício 2013 67 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Para uma análise mais qualificada desta categoria de despesa, verificamos a necessidade de separá-la em três subgrupos devido às características totalmente distintas dos elementos que a compõem. No primeiro, estão as despesas com transferências, cujas dotações não correspondem à contraprestação de bens ou serviços destinados a outros entes de direito público ou privado. Em segundo, as despesas referentes às aposentadorias e pensões pagas pelo RIOPREVIDÊNCIA, e por fim as despesas de custeio, que são aquelas associadas à manutenção e às atividades finalísticas do Estado. Despesas com Transferências As Despesas com Transferências atingiram em 2013 o montante de R$ 11.165.325 mil, representando 30,29% do total do grupo "Outras Despesas Correntes". Em termos nominais, apresentaram uma variação de +9,28%, superando em +R$ 947.969 mil, o total empenhado no exercício anterior. DESPESAS COM TRANSFERÊNCIAS - 2013/2012 R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Transferências à Municípios Distrib Constitucional ou Legal de Receitas Contribuições Despesas de Exercícios Anteriores Transferências à União Indenizações e Restituições Demais Transferências TOTAL PART. 2012 PART. VAR. NOM. 9.842.785 88,15% 8.795.508 86,08% 11,91% 9.557.806 97,10% 8.427.970 95,82% 13,41% 270.947 2,75% 294.872 3,35% -8,11% -80,69% 14.031 0,14% 72.665 0,83% 1.293.085 11,58% 1.388.014 13,58% -6,84% 1.293.085 100,00% 1.388.014 100,00% -6,84% 29.455 0,26% 33.834 0,33% -12,94% 11.165.325 100,00% 10.217.356 100,00% 9,28% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. Contas de Gestão – Exercício 2013 68 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado De acordo com a tabela anterior, as despesas com "Transferências a Municípios" registraram, uma participação correspondente a 88,15% (R$ 9.842.785 mil) no total do Grupo das Transferências. Destes, 97,10% (R$ 9.557.806 mil) referem-se à Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas, que apresentaram uma variação positiva de 13,41% (+ R$ 1.129.836 mil), tendo o ICMS como principal fonte destes recursos transferidos, já que 25% pertencem aos municípios como Fundo de Participação, conforme tratado no artigo 158, inciso IV da Constituição Federal. O aumento de arrecadação do ICMS, impulsionado principalmente pelos setores de “Alimentação” e “Petróleo, Combustíveis e Gás Natural”, corroborou com a elevação do montante total distribuído. Aposentadoria, Reformas e Pensões As despesas com Aposentadoria, Reformas e Pensões, atingiram o montante de R$ 11.755.112 mil, e apresentaram um acréscimo de +14,57% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme demonstrado na tabela a seguir. TABELA 043 - DESPESAS COM APOSENTADORIAS, REFORMAS E PENSÕES - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO Aposentadorias e Reformas Pensões do RPPS e do Militar TOTAL EMPENHADA 2013 9.006.379 2.748.733 PART. 76,62% 23,38% 2012 7.814.115 2.446.121 PART. 76,16% 23,84% 11.755.112 100,00% 10.260.237 100,00% VAR. NOM. 15,26% 12,37% 14,57% Fo nte: SIA FEM -RJSIG Estas despesas estão concentradas em sua maioria no Rioprevidência, responsável pelo pagamento dos proventos de aposentadorias, reformas, pensões e outros benefícios concedidos aos servidores estatutários e seus beneficiários de todos os poderes do Estado do Rio de Janeiro. Despesas de Custeio As Despesas de Custeio totalizaram o montante de R$ 13.938.642 mil, e corresponderam a 37,82% do grupo das Outras Despesas Correntes. Em relação ao ano de 2012, apresentou um crescimento na ordem de +28,68% (+ R$ 3.106.593 mil), conforme demonstrado na tabela a seguir: Contas de Gestão – Exercício 2013 69 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado DESPESAS DE CUSTEIO - 2013/2012 R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Outros Serviços de Terceiros - PJ PART. 2012 PART. VAR. NOM. 8.201.934 58,84% 7.094.833 65,50% Contribuições 754.355 5,41% 717.274 6,62% 5,17% Obrigações Tributárias e Contributivas 516.943 3,71% 469.786 4,34% 10,04% Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas 325.794 2,34% 287.408 2,65% 13,36% Indenizações e Restituíções 193.029 1,38% 88.558 0,82% 117,97% 927.293 6,65% 872.155 8,05% 6,32% 1.296.029 221.208 9,30% 1,59% 78.946 186.872 0,73% 1541,67% 1,73% 18,37% Material de Consumo Sentenças Judiciais Despesas Exercícios Anteriores Outras Despesas de Custeio TOTAL 15,60% 1.502.057 10,78% 1.036.217 9,57% 44,96% 13.938.642 100,00% 10.832.048 100,00% 28,68% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. O Principal aumento, verificado neste grupo de despesa, ficou por conta do pagamento de Sentenças Judiciais. A quitação dessas dívidas se dá em cumprimento à Lei Complementar nº 147, de 27 de junho de 2013, aprovada pela Assembléia Legislativa, por mensagem que lhe foi encaminhada mediante iniciativa conjunta do Governador do Estado e da Presidente do Tribunal de Justiça. Outro aumento importante verificado nas despesas com custeio foi o dos gastos referente a “Outros Serviços de Terceiros – PJ”, que tiveram um acréscimo de R$ 1.107.101 mil (+15,60%) em relação ao exercício anterior, destacando-se os gastos realizados através da Função Saúde (aumento de R$ 716.811 mil), efetivados, principalmente, através dos programas “Assistência Hospitalar e Ambulatorial nas Unidades Próprias de Saúde” e “Assistência Pré-Hospitalar”, para os quais foram destinados um total de R$ 1.882.622 mil em 2013. Em “Outras Despesas de Custeio”, representadas na última linha da tabela anterior, destacamos as despesas com os auxílios alimentação, transporte, financeiro a estudantes e a pesquisadores, além do auxílio saúde, que juntos somaram R$ 792.179 mil e perfizeram, aproximadamente, 53% das despesas agrupadas nesta linha. 3.1.3.3.2 Despesas De Capital Classifica-se nesta categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Compreendem as contas desdobradas em Despesas de Investimentos, Inversões Financeiras e Amortizações das Dividas Interna e Externa. As Despesas de Capital atingiram até dezembro de 2013, o montante de R$ 9.977.748 mil, apresentando um Contas de Gestão – Exercício 2013 70 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado acréscimo de +28,80% (+R$ 2.230.976 mil) em relação ao mesmo período do ano anterior, motivado pelo aumento nas despesas com Investimentos e Amortizações. COMPOSIÇÃO DAS DESPESAS DE CAPITAL - 2013/2012 R$ M il DESCRIÇÃO Despesas de Capital Investimentos Inversões Financeiras Amortizações EMPENHADA 2013 PART. 2012 PART. VAR. NOM. 9.977.748 6.928.095 217.451 2.832.202 100,00% 69,44% 2,18% 28,39% 7.746.772 5.313.867 207.086 2.225.819 100,00% 68,59% 2,67% 28,73% 28,80% 30,38% 5,01% 27,24% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. O gráfico a seguir demonstra a participação percentual de cada um dos grupos na composição das Despesas de Capital no período de janeiro a dezembro de 2013: 3.1.3.3.2.1 Investimentos Os Investimentos correspondem às dotações para planejamento e execução de obras e suas derivações, inclusive aquelas destinadas à aquisição de imóveis, instalações, equipamentos e material permanentes. Dessa forma o investimento público é fundamental para o crescimento sustentado da economia. Sem a infra-estrutura e a prestação de serviços públicos adequados, o Estado perde a competitividade na atração de novos investimentos privados, que são importantes geradores de renda e emprego para a população. As Despesas de Investimentos atingiram em 2013, o montante de R$ 6.928.095 mil, e apresentou um acréscimo de +30,38% (+R$ 1.614.228 mil) em relação ao mesmo período do ano anterior, Contas de Gestão – Exercício 2013 71 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado motivado principalmente pelo aumento ocorrido nas despesas com obras e instalações, conforme demonstrado na tabela a seguir: DESPESAS DE INVESTIMENTOS - 2013/2012 R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Obras e Instalações Equipamentos e Material Permanente PART. 2012 PART. VAR. NOM. 5.371.437 724.408 77,53% 10,46% 3.783.752 644.132 71,21% 12,12% 41,96% 12,46% Indenizações e Restituições 169.846 2,45% 157.998 2,97% 7,50% Auxílios e Contribuições 110.329 1,59% 114.616 2,16% -3,74% Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 187.662 2,71% 173.714 3,27% 8,03% Despesas de Exercícios Anteriores 144.423 2,08% 281.703 5,30% -48,73% 67.584 0,98% 53.365 1,00% 26,64% 7 0,00% 1.724 0,00 -99,59% Serviços de Consultorias Sentenças Judiciais Demais Investimentos TOTAL 152.400 2,20% 102.864 1,94% 48,16% 6.928.095 100,00% 5.313.867 100,00% 30,38% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as despesas intra-o rçamentarias. Os maiores investimentos realizados em 2013 estão relacionados aos gastos com Obras e Instalações, que consumiram 77,53% do total. Destes recursos, 35,31% (R$ 2.446.399 mil) foram aplicados na Função Transporte, sobretudo, no programa “Expansão e Consolidação das Linhas de Metrô”, e 23,48% (R$ 1.626.870 mil) foram destinados à Função Urbanismo, principalmente aos programas “Integração da Região Metropolitana - Rio Metrópole” e “Somando Forças”. 3.1.3.3.2.2 Inversões Financeiras As Inversões Financeiras correspondem às dotações destinadas à aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; à aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e à constituição ou aumento do capital de empresas. DESPESAS DE INVERSÕES FINANCEIRAS - 2013/2012 R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Aquisição de Bens Móveis e Imóveis Aquisição de Produtos Para Revenda Constituição ou Aumento de Capital de Empresa Concessão de Empréstimos e Financiamentos TOTAL 185.125 1.154 20 31.152 217.451 PART. 85,13% 0,53% 0,01% 14,33% 100,00% 2012 147.750 22.713 47 36.577 207.086 PART. 71,35% 0,11 0,02% 17,66% 100,00% VAR. NOM. 25,30% -94,92% 0,00% -14,83% 5,01% Fonte:SIAFEM -RJ/SIG Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias. Contas de Gestão – Exercício 2013 72 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Observa-se que em 2013, as despesas com inversões financeiras atingiram o montante de R$ 217.451 mil, apresentando um pequeno acréscimo de +5,01% (+ R$ 10.365 mil), em relação ao mesmo período ano anterior. O elemento de despesa “Aquisição de Bens Móveis e Imóveis”, único a apresentar variação positiva, teve como dispêndio relevante R$ 89.882 mil em 2013, como incentivo para a implantação de uma nova fábrica de veículos da Nissan, no município de Resende, com a capacidade prevista de produção de 200 mil automóveis por ano e a expectativa de geração de 200 empregos diretos. 3.1.3.3.2.3 Amortizações da Dívida Neste grupo estão incluídas as despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. As despesas com amortização da dívida pública estadual registraram, em 2013, o montante de R$ 2.832.202 mil, representando um aumento de +27,24% em relação ao ano anterior, conforme demonstrado a seguir: DESPESA DE AMORTIZAÇÕES DA DÍVIDA - 2013/2012 R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Principal da Dívida Contratual Resgatado TOTAL 2.832.202 2.832.202 PART. 100,00% 100,00% 2012 2.225.819 2.225.819 PART. 100,00% 100,00% VAR. NOM. 27,24% 27,24% Fonte:SIAFEM -RJ/SIG Obs.: Este demonstrativo não considera as despesas intra-orçamentarias. Para uma análise apurada do comprometimento do Estado do Rio de Janeiro no que se refere ao serviço da dívida, ou seja, total dispendido para honrar seus compromissos com a dívida pública deve-se somar ao total amortizado, as obrigações relativas às despesas com Juros e Encargos. Conforme já demonstrado no item 3.1.3.3.1.2 deste relatório, o total empenhado com o principal da dívida (R$ 2.832.202 mil) mais Juros e Encargos da Dívida (R$ 2.931.170 mil) perfizeram o montante de R$ 5.763.372 mil no exercício de 2013. Em virtude do contrato para consolidação, assunção e o refinanciamento da dívida do Estado pela União, estabelecidos pela lei federal n° 9.496/97 e pelo Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal – PAF, o montante empenhado com serviço da dívida fica diretamente atrelado ao comportamento da receita, visto que o dispêndio anual máximo com amortizações, juros e demais encargos, não poderá exceder a 13% da Receita Líquida Real. Maiores informações a cerca da Dívida Consolidada do Estado encontram-se pormenorizadas no item 10 deste relatório. Contas de Gestão – Exercício 2013 73 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.1.4 RECEITAS E DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS São consideradas como intra-orçamentárias, as operações que resultem de despesas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo. As receitas intra-orçamentárias constituem contrapartida das despesas realizadas na Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscais e da Seguridade Social”, incluídas na Portaria Interministerial STN/SOF n° 163/2001, pela Portaria Interministerial STN/SOF nº 688, de 14 de outubro de 2005. Desta forma, na consolidação das contas públicas, estas despesas e receitas poderão ser identificadas, de modo que se anulem os efeitos das duplas contagens decorrentes de sua inclusão no orçamento. Cabe ainda mencionar, que as classificações intra-orçamentárias não constituem novas categorias econômicas. Essas têm as mesmas funções da receita e despesa original, diferenciando-se apenas pelo fato de destinarem-se ao registro de operações entre órgãos/entidades pertencentes ao mesmo orçamento. Por isso, não há necessidade de atualização dos códigos das naturezas de receita e despesa intra-orçamentárias. Para o exercício de 2013, a Lei n.º 6.380/2013 – LOA estabeleceu no parágrafo único do art. 2º o valor de R$ 3.248.977 mil para a receita intra-orçamentária, cabendo o mesmo valor para a despesa intra-orçamentária, conforme parágrafo 2º do art. 4º da mesma Lei. 3.1.4.1 Receitas Intraorçamentárias A realização das receitas intra-orçamentárias alcançou em 2013, o montante de R$ 3.237.753 mil, e apresentaram um acréscimo de 7,36% (+R$ 222.005 mil), em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme demonstrado na tabela a seguir: Contas de Gestão – Exercício 2013 74 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RECEITAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS - 2013/2012 R$ M il ARRECADADA DESCRIÇÃO 2013 RECEITAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS CORRENTES Rec. Intra-orçamentária Tributária Rec. Intra-orçamentária de Contribuição Rec. Intra-orçamentária Patrimonial PART. 2012 PART. VAR. NOM. 2.938.032 - 90,74% 0,00% 2.737.013 102 90,76% 7,34% 0,00% -100,00% 2.168.787 73,82% 2.034.671 74,34% 6,59% 9.295 0,32% 3.607 0,13% 157,69% Rec. Intra-orçamentária de Serviços Rec. Intra-orçamentária de Transf. Correntes 263.216 202.159 8,96% 6,88% 40.251 197.442 1,47% 7,21% 553,94% 2,39% Outras Rec. Intra-orçamentárias Correntes 294.575 10,03% 460.940 16,84% -36,09% 299.721 9,26% 278.735 9,24% 7,53% RECEITAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS DE CAPITAL Rec. Intra-orçamentária - Amortiz. de Empréstimos Rec. Intra-orçamentárias de Transf. de Capital TOTAL 607 0,20% 299.114 99,80% 278.735 - 100,00% 0,00% 7,31% - 3.237.753 100,00% 3.015.749 100,00% 7,36% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG As receitas Intra-orçamentárias Correntes representaram 90,74% (R$ 2.938.032 mil) da arrecadação total desta categoria, e apresentaram uma variação positiva de 7,34% (+ R$ 201.018 mil) em relação ao exercício anterior. Esta variação foi motivada principalmente pela elevação das receitas intra-orçamentárias de Serviços que apresentaram um aumento expressivo de +553,94%, com destaque para as receitas provenientes de serviços hospitalares da Fundação Estatal dos Hospitais de Urgência e Emergência. As receitas Intra-orçamentárias de Capital apresentaram um pequeno aumento de 7,53% (+ R$ 20.986 mil) em relação ao ano anterior. Este fato deve-se, principalmente, as transferências de capital provenientes de Convênio com o DETRAN que atingiram o montante de R$ 287.923 mil em 2013, contra R$ 253.262 mil auferidos no exercício anterior. 3.1.4.2 Despesas Intra-Orçamentárias 3.1.4.2.1 Alterações Orçamentárias A Lei Orçamentária Anual – LOA, para o exercício de 2013, fixou as despesas intra-orçamentárias em R$ 3.248.977 mil. Ao longo do ano, ocorreram aberturas de créditos adicionais, bem como cancelamento de dotações, que elevaram a despesa fixada para R$ 3.298.573 mil, conforme detalhado na tabela a seguir; Contas de Gestão – Exercício 2013 75 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado ALTERAÇÕES DA DESPESA INTRA-ORÇAMENTÁRIA - 2013 R$ M il DESCRIÇÃO Dotação Inicial (+) Creditos Adicionais (-) Dotação Cancelada Dotação Atual Despesa Autorizada Despesa Empenhada Despesa Liquidada Despesa Paga 2013 PART. 3.248.977 407.471 (357.875) 3.298.573 3.297.422 3.274.838 3.271.883 3.031.086 100,00% 12,54% 11,02% 101,53% 101,49% 99,32% 99,91% 92,64% Fo nte:SIG / SIA FEM Em relação à dotação autorizada, foram empenhados R$ 3.274.838 mil (99,32%). Destes foram liquidados o montante de 3.271.883 mil (99,91% do total empenhado) e do total liquidado, foram pagos R$ 3.031.086 mil (92,64%). 3.1.4.2.2 Execução Da Despesa Intra-Orçamentária As Despesas Intra-orçamentárias atingiram o montante de R$ 3.274.838 mil em 2013 e apresentaram um incremento de R$ 287.371 mil (+ 9,62%), em relação ao ano anterior. Este aumento é reflexo, principalmente, dos acréscimos apresentados no grupo de despesa “Pessoal e Encargos Sociais” e “Outras Despesas Correntes”, conforme pode ser observado na tabela a seguir: DESPESAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS - 2013/2012 R$ M il DESPESAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS CORRENTES Pessoal e Encargos Sociais Obrigações Patronais Despesas de Exercícios Anteriores Ressarcimento Despesas de Pessoal Requisitado Outras Despesas Correntes Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar Outros Serviços de Terceiros - PJ Despesas de Exercícios Anteriores Indenizações e Restituições DESPESAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS DE CAPITAL Investimentos Indenizações e Restituições Amortizações Indenizações e Restituições 2013 3.124.231 2.230.243 2.202.179 5.046 23.018 893.988 55.993 767.125 6.285 64.585 150.607 150.000 150.000 607 607 EMPENHADA PART. 2012 95,40% 2.694.579 71,39% 2.014.764 98,74% 1.978.728 0,23% 14.547 1,03% 21.488 28,61% 679.815 6,26% 55.329 85,81% 517.646 0,70% 3.633 7,22% 103.206 4,60% 292.887 99,60% 292.887 100,00% 292.887 0,40% 100,00% - TOTAL 3.274.838 100,00% DESCRIÇÃO 2.987.466 VAR. NOM. PART. 90,20% 74,77% 98,21% 0,72% 1,07% 25,23% 0,08 76,15% 0,53% 0,15 9,80% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 15,95% 10,69% 11,29% -65,31% 7,12% 31,50% 1,20% 48,19% 72,98% -37,42% -48,58% -48,79% -48,79% - 100,00% 9,62% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 76 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado As despesas com Pessoal e Encargos Sociais atingiram o montante de R$ 2.230.243 mil, e corresponderam a 71,39% do total empenhado com despesas intra-orçamentárias. A variação nominal de + 10,69%, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi motivada, principalmente, pelo acréscimo nas despesas com obrigações patronais de R$ 223.451 mil (+11,29%), sobretudo com “Contribuições Patronais - Pessoal Civil”. O grupo “Outras Despesas Correntes” apresentou um incremento de R$ 214.172 mil (+31,50%), em relação ao mesmo período do ano anterior. Este acréscimo é consequência do aumento dos gastos decorrentes do contrato de gestão firmado pelo Fundo Estadual de Saúde para o gerenciamento da execução dos serviços de saúde prestados pela Fundação Estatal dos Hospitais e Urgência e Emergência. As despesas intra-orçamentárias de capital perfizeram um total de R$ 150.607 mil em 2013. Deste total, R$ 150.000 mil, classificados como Investimentos, referem-se aos recursos captados pelo Tesouro Estadual através de operações de créditos, e que foram transferidos para Secretaria de Obras – SEOBRAS, com o intuito de atender ao programa “Reforma do Complexo do Maracanã”. 3.1.5 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO Tendo como base o montante da receita arrecadada e o da despesa empenhada verifica-se um Resultado Orçamentário deficitário de - R$ 433.592 mil no exercício de 2013. Para esta análise, desconsideramos as operações intra-orçamentárias. Comparativamente com o resultado apurado no exercício anterior, verifica-se uma elevação do déficit, provocado principalmente, pelo aumento das despesas correntes, +20,80%, ou + R$ 10.056.446 mil, que teve como causa, a quitação das dívidas com precatório pelo Estado do Rio de Janeiro, bem como os reajustes salariais concedidos para as áreas de segurança e educação. Contas de Gestão – Exercício 2013 77 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RESULTADO ORÇAMENTÁRIO POR CATEGORIA E SUBCATEGORIA ECONÔMICA - 2013/2010 R$ M il DESCRIÇÃO Receita Corrente Tributária Contribuições Patrimonial Agropecuária Industrial Serviços Transf. Correntes Outras Rec. Correntes Receita de Capital Operações de Crédito Alienações de Bens Amort. de Empréstimos Transf. Capital Outras Rec Capital RECEITA TOTAL DESCRIÇÃO Despesas Correntes Pessoal e Encargos Sociais Juros e Enc. da Dívida Outras Desp. Correntes ARRECADADA 2013 58.046.799 35.685.855 1.431.212 9.013.901 116 162.318 376.461 5.412.383 5.964.554 9.907.922 5.030.290 4.153.351 244.867 479.414 67.954.721 2013 58.410.565 18.620.317 2.931.170 36.859.078 PART. 85,42% 2012 2013/2012 VAR. NOM. 95,41% 15,34% 15,63% 9,02% -6,70% -15,44% 434,20% 3,77% 0,02% 121,94% 4,59% 79,65% 50,77% 41,92% 2,47% 4,84% 0,00% 4.755.173 23.108 213.450 523.125 190 86,22% 0,42% 3,87% 9,49% 0,00% 1.271.501 534.777 180.564 951.766 54 43,27% 18,20% 6,14% 32,39% 0,00% 1.295.237 45.992 148.826 741.949 10.199 57,77% 5,79% 2,05% 17873,36% 6,64% 14,72% 33,09% -8,36% 0,00 -100,00% 100,00% 55.843.827 100,00% 55.402.804 100,00% 48.806.071 PART. EMPENHADA PART. 2011 PART. 46.563.869 PART. 62,47% 2,23% 18,49% 0,00% 0,00% 0,74% 11,00% 5,07% 48.354.119 94,70% 2010 62,05% 29.086.555 2,24% 1.040.247 19,07% 8.609.317 0,00% 163 0,00% 214 0,65% 344.213 10,95% 5.121.300 5,03% 2.361.858 5,30% 2.242.202 31,88% 14.411.017 5,02% 2.633.461 63,10% 31.309.641 52.464.140 PART. 61,32% 32.555.745 2,61% 1.176.529 19,20% 10.004.281 0,00% 138 0,06% 1.609 0,72% 342.248 10,75% 5.743.360 5,34% 2.640.230 9,88% 2.938.663 2012 90,12% 2011 61,48% 30.863.117 2,47% 1.312.757 15,53% 9.660.785 0,00% 137 0,28% 30.385 0,65% 362.794 9,32% 5.411.364 10,28% 2.687.441 14,58% 5.515.046 85,41% 50.328.781 PART. 2010 86,19% 47.777.534 87,89% 29,80% 5,45% 64,75% 12.513.348 2.469.236 32.794.949 26,19% 11.397.132 5,17% 2.334.211 68,64% 28.778.237 42.509.580 100,00% PART. 21,69% 2013/2012 VAR. NOM. 86,70% 20,80% 26,81% 5,49% 67,70% 29,21% 11,30% 17,72% Despesa de Capital 9.977.748 14,59% 7.746.772 13,81% 6.585.620 12,11% 6.518.690 13,30% 28,80% Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida Reserva de Contingência 6.928.095 69,44% 2,18% 28,39% - 5.313.867 4.715.017 71,60% 3,65% 24,76% - 5.165.741 207.086 2.225.819 - 68,59% 2,67% 28,73% - 125.180 1.227.768 - 79,25% 1,92% 18,83% - 30,38% 5,01% 27,24% 0,00% 100,00% 56.100.891 100,00% 54.363.154 100,00% 49.028.269 100,00% 21,90% DESPESA TOTAL 217.451 2.832.202 68.388.313 240.053 1.630.549 - Resultado Corrente (363.766) - 1.974.662 - 4.686.606 - 4.054.289 - Resultado de Capital (69.826) - (2.231.726) - (3.646.957) - (4.276.488) - 96,87% (433.592) - (257.064) - 1.039.650 - (222.199) - -68,67% Resultado Orçamentário -118,42% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Obs.: Este demo nstrativo não co nsidera as receitas e despesas intra-o rçamentarias e a co ta-parte do FUNDEB . Contas de Gestão – Exercício 2013 78 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O gráfico, a seguir, ilustra a trajetória dos resultados orçamentários no período de janeiro a dezembro, entre os exercícios de 2010 a 2013: 3.1.5.1 Resultado Orçamentário por Categoria Econômica A análise do resultado orçamentário, distinguindo-se as receitas e despesas correntes e de capital, permite avaliar a capacidade do Estado de financiar seus gastos por meio de receitas correntes. O Resultado Corrente de 2013 apresentou-se deficitário em R$ 363.766 mil. Este resultado pode ser justificado pelos consideráveis aumentos apresentados nos grupos de Pessoal e Encargos Sociais e Outras Despesas Correntes. As despesas com pessoal sofreram um acréscimo de + R$ 4.209.301 mil, em relação ao exercício anterior, por conta, principalmente, do pagamento de precatório de pessoal, além de benefícios e gratificações concedidos a diversas categorias do Poder Executivo, tais como, segurança e educação. Já o aumento verificado no grupo Outras Despesas Correntes decorre da quitação das dívidas do Estado com precatórios e sentenças judiciais a diversos credores e fornecedores. O Resultado de Capital apresentou-se deficitário em R$ 69.826 mil, no entanto, observamos uma melhora significativa quando comparado ao resultado de 2012. A redução do déficit de capital foi fortemente influenciada pelos valores arrecadados com alienação de bens, a título de cessão definitiva dos créditos de royalties e participação especial, pela exploração de petróleo e gás natural, no valor de R$ 3.300.000 mil, destinados ao ativo financeiro do Rioprevidência. Reforçaram ainda o total arrecadado com alienação de bens, R$ 741.843 mil referente à receita de privatização do Banco do Estado do Rio de Janeiro – BERJ. Contas de Gestão – Exercício 2013 79 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Conclui-se, portanto, que o bom desempenho das receitas correntes em 2013, sobretudo com as tributárias, onde se destacaram a arrecadação do ICMS, + R$ 3.455.655 mil em relação ao ano anterior, não foi suficiente para obtenção de superávit corrente. Por outro lado, a captação de recursos de capital com operações de crédito, R$ 5.030.290 mil, e alienações de bens R$ 4.153.351 mil, também não foram suficientes pra tornar o resultado de capital positivo, pois os crescentes investimentos realizados pelo Estado, tais como: obras de expansão das linhas do metrô, integração da região metropolitana e para cobrir os grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, entre outros, contribuíram para o déficit orçamentário apresentado em 2013. Desta forma, 84% do resultado orçamentário deficitário do exercício foram provenientes do déficit corrente, enquanto que os 16% restantes foram provenientes do déficit de capital. 3.2 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS Os investimentos nas empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detém a maioria do capital social com direito a voto, são descritos no Orçamento de Investimento, conforme previsto no art. 209, § 5º, II da Constituição Estadual. A Lei Nº 6.380, de 09 de Janeiro de 2013 - Lei Orçamentária Anual 2013, em seu Capítulo III, art. 9º, fixou a despesa do Orçamento de Investimento em R$ 47.565.156,00 (quarenta e sete milhões, quinhentos e sessenta e cinco mil e cento e cinquenta e seis reais), e o art. 10, da mesma Lei, dispõe que as fontes de receitas para a cobertura da despesa, decorrerão da geração de recursos próprios e de Operações de Crédito. O Orçamento de Investimento referente ao exercício de 2013, com as dotações aprovadas para as 02 (duas) empresas estatais independentes –– Companhia Estadual de Águas e Esgotos – CEDAE e Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro – IO –– está detalhado na LOA, com as fontes de financiamento dos investimentos, bem como com a especificação dos Programas de Trabalho. A tabela a seguir demonstra as fontes de receitas estimadas e as despesas fixadas para o Orçamento de Investimento, com base nos respectivos Anexos da LOA 2013: Contas de Gestão – Exercício 2013 80 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO (Lei nº 6.380, de 09 de Janeiro de 2013) Em M il FONTES DE FINANCIAMENTO ESPECIFICAÇÃO CEDAE 6.0.0.0.00.00 Recursos de Capital 6.1.0.0.00.00 Recursos Próprios 6.2.0.0.00.00 Recursos para Aumento do Patrimônio Líquido 6.3.0.0.00.00 Operações de Crédito de Longo Prazo 6.4.0.0.00.00 Outros Recursos de Longo Prazo TOTAL DOS RECURSOS 36.693 36.693 36.693 IO TOTAL 10.872 10.872 10.872 DESPESA FIXADA POR PROGRAMA 1. Companhia Estadual de Águas e Esgotos - CEDAE ESPECIFICAÇÃO Programa 0021 0022 0167 0285 47.565 47.565 47.565 VALOR Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário no Interior Gestão Corporativa Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário da Região Metropolitana do RJ Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 TOTAL 4.222 10.876 21.096 500 36.693 2. Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro - IO ESPECIFICAÇÃO Programa 0065 VALOR Divulgação de Atos e Fatos Oficiais e Particulares TOTAL 10.872 10.872 TOTAL GERAL 47.565 Para a execução das ações integrantes do Orçamento de Investimentos foram indicadas em anexos na LOA 2013 fontes de financiamento decorrentes, integralmente, da geração de recursos próprios, perfazendo o montante de R$ 47.565 mil. Desse valor, R$ 36.693 mil (77,14%) coube à CEDAE e R$ 10.872 mil (22,86%) à Imprensa Oficial. 3.2.1 ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS DAS EMPRESAS ESTATAIS O resultado das alterações orçamentárias ocorridas no exercício de 2013 reduziu a dotação inicialmente fixada pela LOA em R$ 3.262 mil (-6,86%). Este decréscimo está em sua totalidade atrelado ao resultado das alterações orçamentárias ocorridas na Imprensa Oficial – IO. ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS DAS EMPRESAS ESTATAIS - 2013 R$ M IL DESCRIÇÃO CEDAE Dotação Inicial Resultado das Alterações Orçamentárias Despesa Atualizada 36.693 36.693 IO 10.872 (3.262) 7.610 TOTAL 47.565 (3.262) 44.304 PART. 100,00% -6,86% 93,14% Fo nte: SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 81 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 3.2.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS CEDAE Constituída oficialmente em 1º de agosto de 1975, apesar do Decreto-Lei N° 39, de 24 de março de 1975, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE) é oriunda da fusão da Empresa de Águas do Estado da Guanabara (CEDAG), da Empresa de Saneamento da Guanabara (ESAG) e da Companhia de Saneamento do Estado do Rio de Janeiro (SANERJ). A CEDAE opera e mantém a captação, tratamento, adução, distribuição das redes de águas e coleta, transporte, tratamento e destino final dos esgotos gerado dos municípios conveniados do Estado do Rio de Janeiro. O Orçamento de Investimento autorizado em 2013 para CEDAE correspondeu ao montante de R$ 36.963 mil. Ao longo do exercício foram empenhados R$ 3.915 mil (10,67%) da dotação autorizada. Do total empenhado, R$ 3.915 mil (100,00%), foram liquidados. EXECUÇÃO DA DESPESA PROGRAMA E PROJETO/ATIVIDADE Orçamento de Investimento - CEDAE - 2013 R$ M il Companhia Estadual de Água e Esgoto - CEDAE Função: 17 - Saneamento PROGRAMA PROJETO/ATIVIDADE 0021 Abastecim Água Esgoto Sanitário no Interior 5352 Implant e Ampl Sist de Saneamento no Interior DOTAÇÃO DESPESA EMP / DESPESA LIQUID / PART. % PART. % ATUAL EMPENHADA ATUAL LIQUIDADA EMP 4.222 941 24,03% 22,28% 941 24,03% 100,00% 4.222 941 100,00% 22,28% 941 100,00% 100,00% 0022 Gestão Corporativa 6064 Operação de Sistemas de Águas e Esgotos 10.876 10.876 2.974 2.974 75,97% 100,00% 27,35% 27,35% 2.974 2.974 0167 Abastec de Água e Esgoto Sanitário na RMRJ 21.096 - - - - - - 1611 Estação de Trat de Água Novo Guandu 1663 Ampl Melh Oper Sist Guandu e Imunana-Laranjal 11.000 1.000 - - - - - - 8.896 200 - - - - - - 500 500 - - - - - - 100,00% 10,67% 3.915 100,00% 100,00% 3468 Implant. Ampl. de Sistema de Abastec Água da RMRJ 3469 Implant. Ampl. de Sistema de Esgotamento Sanitário da RMRJ 0285 Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímp.e Paraolímp. Rio 2016 3470 Infraest.de Apoio p/a Realização das Olimp.e Paraolimp.2016 TOTAL 36.693 3.915 75,97% 100,00% 100,00% 100,00% Fonte: CEDAE / Gerência Orçamentária De acordo com a tabela anterior, dos investimentos realizados, por programas, na CEDAE, podemos destacar o programa “0022 – Gestão Corporativa” que participou com 75,97% (R$ 2.974 mil) do total empenhado. Observa-se que a integralidade dos recursos deste programa foram destinados a Operação de Sistemas de Águas e Esgoto. Em seguida destacamos o programa “0021 – Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário no Interior” com 24,03% (941 mil) dos valores empenhados. A totalidade dos recursos destacados Contas de Gestão – Exercício 2013 82 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado para este programa foram destinados à implantação e ampliação do sistema de saneamento no interior do Estado. 3.2.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - IO A Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro é a empresa de serviços gráficos do Governo do Estado responsável pela publicação do Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro (D.O.). A autenticidade dos atos oficiais, no entanto, é só uma das atribuições da empresa, que assume como meta a prestação de serviços à sociedade e a democratização da informação. O Orçamento de Investimento, aprovado para 2013, fixou para a Imprensa Oficial investimentos no montante de R$ 10.872 mil. Durante o exercício ocorreram suplementos, anulações ou cancelamentos de dotações que reduziram a despesa inicialmente fixada para R$ 7.610 mil. Do total da dotação atualizada, foram empenhados 19,02% (R$ 1.448 mil), e destes, foram liquidados 96,96% (R$ 1.404 mil). EXECUÇÃO DA DESPESA PROGRAMA E PROJETO/ATIVIDADE Orçamento de Investimento - IO - 2013 R$ M il Imprensa Oficial - IO Função: 22 - Indústria PROGRAMA PROJETO/ATIVIDADE 0002 Gestão Administrativa DOTAÇÃO DESPESA ATUAL EMPENHADA 1.048 36 2016 Manut Ativid Operacionais / Administrativas 2467 Despesas Obrigatórias 1.039 9 0065 Divulgação de Atos Oficiais e Particulares 2140 Produção de Serviços e Publicações em Geral 5007 Moderniz e Reequipamento da Imprensa Oficial TOTAL PART. EMP / DESPESA % ATUAL LIQUIDADA 2,46% 3,39% 36 36 100,00% 3,42% - 0,00% - 0,00% PART. LIQUID / % EMP 2,53% 100,00% 36 100,00% 100,00% 0,00% - 6.562 1.412 97,54% 21,52% 1.368 97,47% 96,88% 959 159 11,25% 16,57% 159 11,61% 100,00% 5.603 1.253 88,75% 22,37% 1.209 88,39% 96,48% 7.610 1.448 100,00% 19,02% 1.404 100,00% 96,96% Fonte: SIAFEM / SIG Os valores destacados no orçamento de investimento para Imprensa Oficial do ERJ foram segregados em 4 (quatro) ações conforme descriminado na tabela anterior. Dentre as ações realizadas, destacam-se os valores empenhados de R$ 1.253 mil para modernização e reequipamento da Imprensa Oficial. Contas de Gestão – Exercício 2013 83 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 84 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 4 FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO - FUNDEB O FUNDEB, que substituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF foi instituído pela Emenda Constitucional Federal n.º 53, de 19 de dezembro de 2006, que deu nova redação ao artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. A regulamentação do FUNDEB deu-se através da Medida Provisória n.º 339/2006, convertida na Lei Federal n.º 11.494, de 20/06/2007. O FUNDEB é um fundo de natureza contábil composto por recursos dos Estados, Distrito Federal e Municípios, atendendo toda a educação básica, da creche ao ensino médio e destinando-se à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação. O prazo de vigência do fundo, estabelecido pela emenda Constitucional n°53 de 19 de dezembro de 2006, é de 14 anos, a partir de sua promulgação, ou seja, encerrar-se-á no final de 2020. 4.1 RECURSOS DO FUNDEB 4.1.1 COMPOSIÇÃO E REPASSES DOS RECURSOS AO FUNDEB Conforme o art. 3° da Lei Federal 11.494/07, o Fundo, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, é composto por 20% (vinte por cento) das seguintes fontes de receita: Imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (ITCD); Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS); Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA); Parcela do produto da arrecadação do imposto que a União eventualmente instituir no exercício da competência que lhe é atribuída; Parcela do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade territorial rural, relativamente a imóveis situados nos Municípios (ITR); Parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) e do imposto sobre produtos industrializados (IPI) devidos ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal – FPE; Contas de Gestão – Exercício 2013 85 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) e do imposto sobre produtos industrializados (IPI) devidos ao Fundo de Participação dos Municípios – FPM; Parcela do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados devidos aos Estados e ao Distrito Federal (IPI Exportação); Receitas da dívida ativa tributária relativa aos impostos previstos neste artigo, bem como juros e multas eventualmente incidentes. Também são consideradas fontes de recursos do FUNDEB, a complementação da União, que se dará sempre quando o valor médio ponderado por aluno no âmbito de cada Estado e no Distrito Federal for inferior ao valor mínimo por aluno definido nacionalmente, e os eventuais rendimentos financeiros auferidos pela aplicação dos recursos do Fundo. Os repasses efetuados pelo Estado do Rio de Janeiro, com base em 20% das receitas listadas anteriormente, estão segregados em contas específicas que contém os valores a serem destinados ao fundo, as quais apresentaram o seguinte saldo em 2013: REPASSES DOS RECURSOS AO FUNDEB R$ M il RECEITAS REALIZADAS Cota-Parte Estadual para o FUNDEB - IPVA Cota - Parte para o FUNDEB - ITD Cota-Parte Estadual para o FUNDEB - ICMS Cota-Parte do Estado para o FUNDEB - ICMS-SIMPLES Cota-Parte do Fundo de Participação dos Estados - FPE para o FUNDEB Cota-Parte do Estado para o FUNDEB - IPI Transferência Financeira - LC Nº 87/96 - Cota Estadual para FUNDEB Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora do ITD Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora do IPVA Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora do ICMS Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora do ICMS SIMPLES Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora da Dívida Ativa do IPVA Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora da Dívida Ativa do ICMS Cota-Parte do FUNDEB dos Juros e Multas de Mora da Dívida Ativa do ITD Cota-Parte p/ o FUNDEB da Receita da Dívida Ativa do IPVA Cota-Parte do Estado da Dívida Ativa do ICMS para o FUNDEB Cota - Parte para o FUNDEB da Rec da Dívida Ativa - ITD Total Receitas Destinadas ao FUNDEB 2013 Valores 189.175 127.890 4.480.805 128.246 203.582 127.174 17.155 3.726 17.220 11.908 1.658 648 10.477 103 1.509 88.321 611 5.410.207 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 86 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 4.1.2 DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB AO ESTADO E MUNICÍPIOS A contribuição do Estado e dos Municípios ao FUNDEB é direcionada para uma conta única estadual e o montante auferido é redistribuído para cada ente, em função do coeficiente de participação de cada um, calculado com base no número de matrículas dos alunos da educação básica. O montante dos recursos destinados à conta única do fundo alcançou, no exercício de 2013, o valor de R$ 7.688.242 mil. Deste total, retornou ao Estado do Rio de Janeiro, R$ 2.603.362 mil, como Transferência de Recursos, ficando a parte restante para serem distribuídas entre os municípios. DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB R$ M il DESCRIÇÃO Participação do Estado do RJ Participação dos Municípios do ERJ TOTAL 2013 PART. 2.603.362 5.084.879 33,86% 66,14% 7.688.242 100,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Ao confrontar o valor referente à cota estadual (R$ 2.603.362 mil) apresentado na tabela anterior, correspondente ao saldo da conta 4.5.4.0.1.0.1.0.1 – Transferência de Recursos do FUNDEB, através da UG 180.100 – SEE, com o apurado por meio dos extratos bancários da Conta do Banco do Brasil S/A n.º 001.22349.58339-1, verificou-se que os mesmos apresentam consonância entre si. O coeficiente de retorno do FUNDEB inicialmente definido pela Portaria Interministerial Nº 1.496 de 28/12/2012, em 0,340175594747 para o exercício de 2013, sofreu uma redução promovida pela Portaria Interministerial Nº 16 de 17/12/2013, fixando-o em 0,338171020177. (dados disponíveis no site www.fnde.gov.br). Contas de Gestão – Exercício 2013 87 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Atendendo a decisão proferida pelo Tribunal de Contas do Estado no processo TCE/RJ n.º 113.447-6/2004; ao pronunciamento da Procuradoria Geral do Estado no processo n.º E14/000.555/2009; e a Nota Técnica SEFAZ/SUPOF n.º 14 de 11/05/2010, o Governo do Estado autorizou através do Decreto nº 42.516 de 16/06/2010, o pagamento aos municípios fluminenses, das multas e dos acréscimos moratórios incidentes sobre o ICMS e o IPVA relativos à arrecadação estadual do período 2004 a 2009. De acordo com o citado Decreto, o pagamento referente aos exercícios de 2004 a 2009, se dará em prestações mensais e iguais atualizadas pela UFIR-RJ ao longo de cinco anos (de julho de 2010 a junho de 2015). Para os valores devidos a partir do exercício de 2010, os pagamentos foram feitos da seguinte forma: em julho/2010 para as parcelas de janeiro a abril de 2010; e em agosto/2010, para as parcelas de maio a julho de 2010. Desde agosto/2010 o pagamento é realizado de acordo com o fluxo mensal da arrecadação de multas e juros de ICMS e IPVA. 4.2 RESULTADO DA PARTICIPAÇÃO DO ESTADO NO FUNDEB O Estado do Rio de Janeiro, no exercício de 2013, contribuiu para a formação do FUNDEB com o montante de R$ 5.410.207 mil, e recebeu como retorno R$ 2.603.362 mil. RESULTADO DO ESTADO - FUNDEB/RJ - 2013/2012 R$ M il 2013 2012 VAR. NOM. Contribuição do Estado 5.410.207 4.730.890 14,36% Participação do Estado 2.603.362 2.467.705 5,50% Perda do Estado 2.806.845 2.263.185 24,02% DESCRIÇÃO Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Como podemos constatar a contribuição do Estado, em termos nominais, apresentou uma variação de 14,36%, em relação ao mesmo período do ano anterior, correspondendo a um acréscimo de R$ 679.317 mil. Embora a participação tenha aumentado em 5,50% (+R$ 135.657 mil), não foi suficiente para minimizar a perda de R$ 2.806.845 mil que ficou superior em 24,02% (R$ 543.660) se comparada ao exercício anterior. Contas de Gestão – Exercício 2013 88 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 4.3 DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEB Os recursos do FUNDEB, inclusive aqueles oriundos de complementação da União, devem ser utilizados em ações consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica pública, indistintamente entre níveis e modalidades, e devem ser totalmente utilizados durante o exercício em que forem creditados, porém conforme estabelecido no art. 21, § 2º da Lei 11.494/2007, até 5% (cinco por cento) dos recursos recebidos à conta do Fundo, inclusive relativos à complementação da União recebidos nos termos do § 1° do art. 6º da citada Lei, poderão ser utilizados no primeiro trimestre do exercício imediatamente subsequente, mediante abertura de crédito adicional. Desta forma, levando-se ainda em consideração que os recursos são distribuídos com base em estatísticas que apontam o valor mínimo necessário por aluno para que o objetivo do Fundo seja alcançado dentro do exercício financeiro, não é recomendável o comprometimento do orçamento do ano seguinte com despesas realizadas no exercício anterior, sem recursos disponíveis. 4.3.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DOS RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB Demonstramos a seguir a composição das despesas realizadas com recursos do FUNDEB no exercício de 2013: Contas de Gestão – Exercício 2013 89 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado DESPESAS DO FUNDEB POR SUBFUNÇÃO E PROJETO/ATIVIDADE R$ M il SUBFUNÇÃO Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Médio PROJETO/ATIVIDADE 2013 PART. EMPENHADA Pess e Enc Sociais da Educ Básica - Ens Funda Pess e Enc Sociais da Educ Básica - Ens médio Ampliação da Rede e Melhor da Infraestrutura TOTAL 935.628 1.658.569 6.205 35,98% 63,78% 0,24% 2.600.403 100,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG De acordo com a tabela, podemos observar que do total empenhado com recursos do FUNDEB, 35,98% foram empregados no custeio das despesas do Ensino Fundamental, e 63,78% com Ensino Médio. O artigo 22 da Lei Federal n.º 11.494/2007, dispõe que no mínimo 60% dos recursos anuais totais do FUNDEB devem ser destinados para o pagamento da remuneração dos profissionais do magistério, assim considerados os docentes e profissionais que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional e coordenação pedagógica. Na tabela a seguir demonstramos o percentual efetivamente aplicado na remuneração desses profissionais. PERCENTUAL APLICADO NA REMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO R$ M il APURAÇÃO DO PERCENTUAL APLICADO NA REMUNERAÇÃO DE PESSOAL DO MAGISTÉRIO Ensino Fundamental - Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica Ensino Médio - Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica 2013 935.628 1.658.569 (-) Outros Benefícios Assistenciais - 339008 (25.189) (-) Auxílio Transporte - 339049 (45.759) (-) Auxilio Alimentação (74.846) TOTAL DESPESAS CONSIDERADAS COM REMUNERAÇÕES (I) 2.448.404 Transferências de Recursos do FUNDEB 2.603.362 Receita de Aplicação Financeira dos Recursos do FUNDEB RECEITAS RECEBIDAS DO FUNDEB (II) % PERCENTUAL APLICADO (I ÷ II) 10.266 2.613.628 93,68% Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 90 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Para efeito de cálculo da remuneração dos portanto, desconsideradas aquelas profissionais do magistério com recursos da classificadas como “Outras Despesas”. Fonte 15 – FUNDEB, conforme os critérios utilizados no Manual de Demonstrativos Fiscais (STN) para a elaboração do Anexo 8 do Relatório Resumido da Execução Orçamentaria – RREO, foram considerados somente as despesas classificadas no grupo de natureza de despesa “Pessoal e Encargos Sociais” dentro Fundamental” e das subfunções “Ensino Médio”, “Ensino sendo, Sendo assim, podemos observar que 93,68% das despesas empenhadas com recursos do FUNDEB foram realizadas com despesas de pessoal e encargos da educação básica. Constatase desta forma, que o governo do Estado do Rio de Janeiro cumpriu o mandamento do artigo 22 da Lei Federal n.º 11.494/2007. 4.3.2 EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR - FUNDEB Conforme se observa na tabela abaixo, após a movimentação dos Restos a Pagar Processados ao longo do exercício de 2013, o FUNDEB apresentou um saldo de R$ 954 mil, em estoque a pagar. Não ocorreram inscrições em RP Não-Processados referentes a 2012 e 2013 uma vez que toda despesa empenhada foi liquidada naquele exercício. DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR - FUNDEB R$ M il Especificação 2013 RP Processados Inscritos em 31/12/2012 (-) Cancelados (-) Bloqueio Judicial (-) Pagos (+) Inscritos em 31/12/2013 Saldo em Estoque a Pagar 8.884 (8) (8.875) 954 954 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 91 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 4.4 MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB Os recursos recebidos pela Secretaria de Estado de Educação (UG 180.100) provenientes do FUNDEB estão evidenciados nos extratos bancários da Conta Banco do Brasil S/A n.º 001.22349.58339-1, que apresentou um saldo, em 01/01/13, de 3.543 mil. MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DO FUNDEB R$ M il DESCRIÇÃO Saldo do exercício anterior c/c 001 - BB 22349 - 583391 (+) Transferências de Recursos do FUNDEB (+) Receita de Remun. de Depósitos Bancários de Rec. Vinculados - FUNDEB (-) Pagamentos - Obrigações do Exercício (-) Pagamentos - Consignações (-) Pagamentos - Restos a Pagar (-) Regularização de Saldo Pendente (-) Regularização do recebimento de 2012 na conta de aplic. Financeira Saldo em 31/12/2013 c/c 001 - BB 22349 - 583391 2013 3.543 2.603.362 10.266 (2.186.899) (411.416) (8.875) (6) (710) 9.265 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG No exercício de 2013, foi recebido a título de Cota-Parte Estadual, o montante de R$ 2.603.362 mil, enquanto que a aplicação financeira rendeu o total de R$ 10.266 mil. Os pagamentos efetivamente realizados com os recursos da fonte 15 – FUNDEB no exercício em questão atingiram o montante de R$ 2.607.190 mil, executados da seguinte forma: R$ 2.186.899 mil referentes a Obrigações do Exercício, R$ 411.416 mil a Consignações e R$ 8.875 mil a Restos a Pagar. Cabe esclarecer que ainda foram registradas as seguintes deduções: R$ 6 mil para regularização de saldo pendente, conforme lançamento feito através da 2013NL03222; e R$ 710 mil, referindose a regularização de recebimento do exercício de 2012, na conta de aplicação financeira, que foi realizado através da 2013NL01570. Assim, o total disponível na conta FUNDEB em 31.12.2013, apresentou um saldo de R$ 9.265 mil, conforme reproduzido na tabela anterior. Contas de Gestão – Exercício 2013 92 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 93 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 5 FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA E ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS - FECP O Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais – FECP instituído pelo decreto nº 32.646, de 08 de janeiro de 2003, na forma da Lei nº 4.056, de 30 de dezembro de 2002, alterada pela Lei nº 4.086, de 13 de março de 2003, passa a ser regulamentado pelo Decreto n° 33.123, de 05 de maio de 2003, com fundamento na Emenda Constitucional n° 31, de 14 de dezembro de 2000. Os recursos que compõem o FECP são arrecadados a partir do adicional do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS; de doações, de qualquer natureza, de pessoas físicas ou jurídicas do país ou do exterior; e ainda de outros recursos compatíveis com a legislação, e deverão ser aplicados, conforme artigo 3º da Lei 4.056/2002, prioritariamente nas seguintes ações: Complementação financeira de famílias cuja renda mensal seja inferior a um salário mínimo; Atendimento através do programa Bolsa Escola para famílias que tenham filhos em idade escolar matriculados na rede pública de ensino, ou que sejam bolsistas da rede particular; Atendimento a idosos em situação de abandono ou comprovadamente necessitados; Ações de saúde preventiva; Auxílio para a construção de habitações populares e saneamento; Apoio em situações de emergência e calamidade pública. Política de planejamento familiar com programa de educação sexual. Urbanização de morros e favelas. Fundo Estadual de Habitação de Interesse Social, criado pela Lei nº 4.962/2006. A tabela a seguir, demonstra os recursos destinados ao FECP nos exercícios de 2012 e 2013: ADICIONAL DO ICMS - RECEITAS DO FECP R$ M il RECEITA ARRECADADA DESCRIÇÃO 2013 Adicional do ICMS - Lei 4056/02 - FECP Multas (Lei Complementar Estadual nº 134/2009) do Adicional do ICMS Juros e Multas de Mora do Adicional do ICMS Multas (LC Estadual nº 134/2009) da Dívida Ativa do Adicional do ICMS Juros e Multas de Mora da Dívida Ativa do Adicional do ICMS Receita da Dívida Ativa do Adicional do ICMS - Lei 4056/02 Outras Transferências de Convênios da União TOTAL PART. 2012 PART. VAR. NOM. 2.756.289 99,17% 2.544.939 99,20% 8,30% 1.848 8.314 486 0,07% 0,30% 0,02% 2.693 6.327 431 0,10% 0,25% 0,02% -31,39% 31,41% 12,80% 1.899 10.437 1 0,07% 0,38% 0,00% 1.227 9.893 - 0,05% 0,39% - 54,83% 5,50% - 2.779.273 100,00% 2.565.510 100,00% 8,33% Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 94 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado As receitas pertencentes ao FECP são aquelas arrecadadas através da fonte 22 – Adicional do ICMS, que perfizeram um montante de R$ 2.779.273 mil no exercício de 2013, apontando para um acréscimo de 8,33% em relação ao mesmo período do exercício anterior. Nota-se que a maior parte dos recursos, 99,17%, ingressa através da conta 11130001 (Adicional do ICMS – Lei 4056/02 – FECP), sendo os demais através de juros, multas e dívida ativa, relativos ao principal deste adicional. 5.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA POR FUNÇÃO – FECP A execução orçamentária dos recursos provenientes do FECP montou um total de R$ 2.767.136 mil e representou um acréscimo de +7,48% em relação ao mesmo período do ano anterior. Do total empenhado por função, destacaram-se as aplicações em Educação e Saúde que consumiram, respectivamente, 27,11% e 36,04%, dos recursos do Fundo. DESPESAS REALIZADAS COM RECURSOS DO FECP POR FUNÇÃO DE GOVERNO R$ M il FUNÇÃO EMPENHADA 2013 PART. 2012 PART. VAR. NOM. 08 - Assistência Social 380.269 13,74% 229.465 8,91% 65,72% 10 - Saúde 997.240 36,04% 1.236.379 48,02% -19,34% 12 - Educação 750.091 27,11% 502.931 19,54% 49,14% 7.101 0,26% 7.319 0,28% -2,97% 15 - Urbanismo 78.139 2,82% 56.469 2,19% 0,00% 16 - Habitação 145.782 5,27% 147.218 5,72% -0,98% 5.853 0,21% 9.017 0,35% -35,09% 402.662 14,55% 385.651 14,98% 4,41% 2.767.136 100,00% 2.574.448 100,00% 7,48% 14 - Direitos da Cidadania 21 - Organização Agrária 26 - Transporte TOTAL Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG A Função Saúde apresentou a maior participação no total empenhado pelo FECP, atingindo o valor de R$ 997.240 mil, principalmente, através de gastos com os programas “Assistência Hospitalar e Ambulatorial nas Unidades Próprias de Saúde” e “Gestão e Fortalecimento da Atenção à Saúde”, que juntos desembolsaram R$ 678.179 mil dos recursos alocados nessa função em 2013. A função educação obteve a segunda maior representação dos gastos do FECP, R$ 750.091 mil, com destaque para os programas “Gestão Administrativa” (R$ 407.399 mil) e “Padrão de Qualidade da Infraestrutura Física da Rede” (R$ 124.869 mil). Contas de Gestão – Exercício 2013 95 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 5.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA POR PROGRAMA DE GOVERNO FECP Com a finalidade de trazer maiores informações acerca da aplicação dos recursos pertencentes ao FECP, apresentamos, na tabela a seguir, as despesas por Programa de Governo. DESPESAS REALIZADAS COM RECURSOS DO FECP POR PROGRAMA DE GOVERNO R$ M il PROGRAMA CÓDIGO 0002 0052 0097 0101 0109 0110 0111 0112 0118 0121 0122 0153 0161 0260 0268 0269 0270 0279 0286 0287 0289 0301 0302 0303 0311 0312 0313 0314 0315 0317 0318 0319 0320 0324 0337 0339 0340 DESCRIÇÃO Gestão Administrativa Nossa Terra Assistência Farmacêutica Bilhete Único Proteção Social Básica de Assist Social Proteção Social Especial de Assist Social Segurança Alimentar e Nutricional Promoção e Proteção da Criança e Adolescente Atendimento Social à População Adulta Expansão e Melhoria da Educação Profissional Ensino, Pesquisa e Extensão da UERJ Educação para Inclusão Social Isenção de Pagmento nos Transport Coletivos Programa Somando Forças Prog Morar Seguro Estrat Habitac Des Urb ERJ Prom e Def dos Direitos Humanos e Cidadania Desenvolvimento Social dos Territórios Urbanização das Comunidades Gestão da Política Habitacional Núcleos Habitacionais Integrados Recupe Local Atingidas Catástrofes Qualidade no Processo Ensino-Aprendizagem Efetividade da Gestão Escolar Padrão Qualid. Infraestrutura Física da Rede Prod. e Ampliação de Hab. de Interesse Social Reg. Fund. e Melhorias em Assent. Irregulares Gestão da Informação e Reg. de Contratos Gestão e Fortalecimento da Atenção à Saúde Controle de Doenças e Promoção da Saúde Gestão da Educação em Saúde Assistência Pré-hospitalar Assist Hospitalar e Ambulat nas Unid Próprias Rio Imagem Apoio a Programas de Saúde Melhoria Sistema de Transportes Ferroviário. Programa Gestão Legal Programa Renda Melhor TOTAL 2013 EMPENHADA PART. 510.641 5.853 52.771 401.470 17.369 13.117 55.427 32.720 6.228 43.991 23.570 40.615 915 1.100 64.660 7.101 11.582 47.097 1.008 1.319 29.942 60.400 49.246 124.869 70.694 72.390 306 215.861 4.784 7.680 130.127 462.318 16.943 15.315 277 1.580 165.852 18,45% 0,21% 1,91% 14,51% 0,63% 0,47% 2,00% 1,18% 0,23% 1,59% 0,85% 1,47% 0,03% 0,04% 2,34% 0,26% 0,42% 1,70% 0,04% 0,05% 1,08% 2,18% 1,78% 4,51% 2,55% 2,62% 0,01% 7,80% 0,17% 0,28% 4,70% 16,71% 0,61% 0,55% 0,01% 0,06% 5,99% 2.767.136 100,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 96 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Observamos na tabela anterior que diversos são os Programas de Governo atendidos com os recursos do FECP. Dentre os principais destacamos os programas “Gestão Administrativa”, “Bilhete Único” e “Assistência Hospitalar e Ambulatorial nas Unidades Próprias” que juntos apresentaram os maiores volumes de recursos aplicados, R$ 1.374.429 mil (49,67%) do total das despesas empenhadas. 5.3 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA POR GRUPO DE DESPESA Em relação às despesas executadas com Fortalecimento da Atenção à Saúde” que recursos do FECP segmentadas por grupo alcançou o valor de R$ 215.861. de despesa, destaca-se o grupo “Outras Despesas Correntes” que atingiu 76,33% do total empenhado, apresentando um acréscimo de +12,10% em relação ao mesmo período do ano anterior, motivado principalmente pela aplicação de recursos no Programa Renda Melhor (R$ 165.852 mil) e o aumento empenhada significativo pelo da programa despesa “Gestão e As despesas com “Pessoal e Encargos Sociais” realizadas com os recursos do FECP alcançou o montante de R$ 354.590 mil, sendo executadas através do Fundo Estadual de Saúde e da Secretaria de Estado de Educação, tendo como principais gastos, as despesas com Vencimentos do Pessoal Estatutário (R$ 133.824 mil) e 13º Salário / Gratificação Natalina (R$ 70.078 mil). DESPESAS REALIZADAS COM RECURSOS DO FECP POR GRUPO DE DESPESA R$ M il DESCRIÇÃO Pessoal e Encargos Sociais Outras Despesas Correntes Investimentos Inversões Financeiras TOTAL EMPENHADA 2013 PART. 354.590 2.112.084 298.435 12,81% 76,33% 10,78% 2.027 0,07% 2.767.136 100,00% 2012 PART. 361.593 1.884.042 328.813 2.574.448 VAR. NOM. 14,05% 73,18% 12,77% -1,94% 12,10% -9,24% - - 100,00% 7,48% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Segue representação gráfica das participações percentuais das despesas do FECP segregadas por grupo: Contas de Gestão – Exercício 2013 97 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 5.4 DOS LIMITES DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FECP A Lei Complementar Estadual n.º 120, de 28 de dezembro de 2007, acrescentou o § 4º ao artigo 3º da Lei Estadual n.º 4.056, de 30 de dezembro de 2002, que dispõe sobre a utilização dos recursos do FECP em despesas com pessoal, limitando-as em 20% do total existente no orçamento anual. Conforme demonstrado na tabela a seguir, do total arrecadado pelo fundo, R$ 2.779.273 mil, foram empenhados 12,76% (R$ 354.590 mil) em despesas com pessoal e encargos sociais, estando, portanto, em concordância com o disposto na Lei Complementar n.º 120/2007. Contas de Gestão – Exercício 2013 98 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS - FECP R$ M il 2013 RECEITAS DO FECP PREVISTA Contribuições ao FECP DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS Contratação Por Tempo Determinado Outros Benefícios Previd. Servidor e Militar ARRECADADA 2.853.401 EMPENHADA 0 26 2.779.273 PART. 0,00% 0,01% 269.188 75,92% Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil Obrigações Patronais 1.583 0,45% Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil 44.317 12,50% Despesas de Exercícios Anteriores Obrigações Patronais 2.706 36.770 0,76% 10,37% 354.590 100,00% TOTAL % em Relação a Receita Prevista 12,43% - % em Relação a Receita Arrecadada 12,76% - Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG 5.5 EXECUÇÃO DOS RESTOS A PAGAR – FECP Na inscrição dos restos a pagar, deve-se observar que os recursos legalmente destinados ou vinculados à finalidade específica serão utilizados, exclusivamente, para atender ao objeto de sua vinculação. Inicialmente o FECP apresentou um saldo de R$ 276.657 mil entre processados e não processados, sendo R$ 30.750 mil provenientes de exercícios anteriores e R$ 245.907 mil inscritos em 31/12/2012. DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR - FECP R$ M il 2013 Especificação Inscritos em Exercícios Anteriores Inscritos em 31/12/2012 Processados 30.750 245.351 (-) Cancelados (3.644) (-) Bloqueio Judicial (3.909) (-) Pagos Não-Processados (247.472) 556 (481) (75) Inscritos em 31/12/2013 507.873 2.702 Saldo em Estoque A Pagar 528.949 2.702 Total de Restos a Pagar 531.652 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Após as inscrições, referentes à execução orçamentária de 2013, o FECP encontra-se com um saldo total de R$ 531.652 mil, sendo R$ 528.949 mil de Processados e R$ 2.702 mil de NãoProcessados. Contas de Gestão – Exercício 2013 99 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 5.6 DA APLICAÇÃO NO FUNDO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL – FEHIS O Fundo Estadual de Habitação de Interesse Social – FEHIS, de natureza contábil, foi criado através da Lei Estadual Nº 4.962, de 20 de dezembro de 2006, com os seguintes objetivos: I - garantir recursos de caráter permanente para o financiamento de programas e projetos de habitação no Estado do Rio de Janeiro, priorizando o atendimento da população de mais baixa renda; II - criar condições para o planejamento a médio e longo prazo com vistas à erradicação do déficit habitacional no Estado; III – garantir à população do Estado do Rio de Janeiro o acesso a uma habitação digna e adequada, com eqüidade, em assentamentos humanos seguros, salubres, sustentáveis e produtivos; IV - promover e viabilizar, com eqüidade, o acesso e as condições de permanência na habitação; V - promover o reassentamento dos moradores de habitações localizadas em áreas de risco e de preservação ambiental. Observa-se que o FEHIS tem como objetivo principal garantir recursos para o financiamento de programas e projetos habitacionais do Estado do Rio de Janeiro a fim de promover a erradicação do déficit habitacional e viabilizar o acesso e condições de permanência na habitação. Através da Lei Estadual 4.056/2002, que instituiu o FECP, foi estabelecido que o Governo do Estado do Rio de Janeiro deverá destinar, no mínimo, 10% (dez por cento) dos recursos do FECP para serem aplicados no FEHIS. As aplicações dos recursos do FEHIS dependem de aprovação da maioria absoluta do Conselho Gestor do Fundo Estadual de Habitação. A tabela a seguir, demonstra a aplicação destes recursos, identificados por unidade orçamentária e por ações, em conformidade com a Lei 6.380, de 09 de janeiro de 2013 (Lei Orçamentária Anual – 2013): Contas de Gestão – Exercício 2013 100 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado FUNDO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL - FEHIS - 2013 R$ M il U.O / AÇÕES 2013 Fonte de Recurso: 22 - FECP 0701 - Secretaria de Estado de Obras Dotação Inicial Dotação Autorizada 83.813 Reassentamento de Moradores de Áreas de Risco Despesa Empenhada 78.203 78.203 Despesa Liquidada 78.203 2.016 65 65 65 120 2.434 2.434 2.434 Urbanização de Comunidades - PAC II 2.200 3.555 3.555 3.555 Urbanização da Rocinha - PAC-RJ 5.655 358 358 358 14.902 16.139 16.139 16.139 - 20.568 20.568 20.568 12.575 - 4.042 29.942 4.042 29.942 4.042 29.942 Urbanização do Dona Marta Urbanização do Complexo do Alemão - PAC-RJ Urbanização do Complexo de Manguinhos-PAC-RJ Urbanização do Pavão-Pavãozinho - PAC-RJ Recup Reg. Serrana Implantação de Projetos de Infraestrutura - 1.100 1.100 1.100 Urbanização do Complexo da Tijuca - PAC - RJ 15.708 - - - Urbaniz do Compl da Mangueira - PAC - RJ 18.917 - - - Urbanização em Barros Filho 1901 - Secretaria de Estado de Habitação 11.719 13.754 2.598 2.327 2.327 Realização de Estudos Técnicos 200 0 0 0 Acomp Exc do Pl Est Hab Int Social - PEHIS Capac de Repr Poder Púb e Soc Civ Organizada 200 200 172 - 172 - 172 - Banco de Terras 7.200 1 1 1 Reloc Morad Assent Pop - Áreas Risco/Insalub Reabilitação de Imóveis p/ Fins Habitacionais 3.000 1.154 835 - 835 - 835 - Desenvolvimento de Modelo de Projeto Realização de Estudos de Viabilidade Técnica 800 1.000 1.590 - 1.319 - 1.319 - 1931 - Instituto de Terras e Cartografia do RJ 11.183 5.853 5.853 5.853 1.345 200 - - - Melhoria Habit e Apoio ao Fomento da Prod. Ag Funterj 200 200 - Coop Téc RFIS junto municípios 200 Assentamento e Reassentamento de Famílias Ass Regularização Fundiária Nas Áreas de Implanta 77 77 - 77 - - - - Regularização Fundiária de Interesse Social Levantamento Físico e Socioeconômico RFIS 806 2.358 132 2.568 132 2.568 132 2.568 Cons dos Assentamentos Rurais e Urbanos 4.574 2.478 2.478 2.478 Implantação de Portal de Comunicação 1.300 597 597 597 114.991 144.360 143.390 143.390 Produção de Unidades Habitacionais Recuperação e Melhoria de U. Habitacionais 40.016 42.110 69.029 30.661 68.964 30.429 68.964 30.429 Urbanização de Assentamentos Irregulares 23.743 41.961 41.961 41.961 Titulação de Imóveis Existentes Recuperação de Receita Oriunda do FCVS 372 1.394 306 306 306 Preservação de Documentos - Digitalização Projeto Habitacional a cargo do Fundo - FNHIS 2.448 4.908 2.403 1.730 1.730 61.600 64.124 64.124 62.730 61.600 285.340 64.124 295.137 64.124 293.897 62.730 292.504 1971 - Companhia Estadual de Habitação do RJ 3201 - Secretaria de Estado Assist Soc e Dir Humanos Concessão de Aluguel Social TOTAL Fo nte: LOA - 2013 e SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 101 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O total das receitas destinadas ao FECP alcançou o montante de R$ 2.779.273 mil em 2013, devendo ser aplicado o valor mínimo de R$ 277.927 mil em projetos e atividades do FEHIS. No decorrer do exercício foram empenhados R$ 293.897 mil em ações que contemplaram os objetivos do Fundo, atingindo o percentual de 10,57% da receita arrecadada pelo FECP, superando, portanto, em 0,57% (R$ 15.970 mil) o mínimo exigido pela lei estadual. CÁLCULO DO PERCENTUAL PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL - FEHIS R$ M il DESCRIÇÃO Base de Calculo (Receita Arrecadada do FECP - FR 22) 2013 2.779.273 Valor mínimo a ser aplicado no FEHIS (10% da Base de Cálculo) 277.927 Valor aplicado no FEHIS 293.897 Índice Alcançado (Valor Aplicado/Total da Receita Líquida de Impostos) 10,57% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 102 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 103 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 6 FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO DO RJ – RIOPREVIDÊNCIA O Fundo Único de Previdência Social do ERJ – RIOPREVIDÊNCIA, instituído através da Lei n.º 3.189, de 22 de fevereiro de 1999, sob a forma de autarquia, é dotado de personalidade jurídica de direito público, e tem como finalidade a gestão de ativos financeiros, visando o custeio de pagamento dos proventos de aposentadorias e/ou reformas, pensões e outros benefícios previdenciários, concedidos e a conceder, a servidores estatutários, bem como a seus dependentes. Obedecendo a determinação legal da Emenda Constitucional n.º 41, de 19 de dezembro de 2003, a Lei n.º 5.109, de 15 de outubro de 2007 determinou a extinção do Instituto de Previdência Social do ERJ – IPERJ, transferindo, assim, ao RIOPREVIDÊNCIA, na qualidade de seu sucessor, os direitos e obrigações da autarquia extinta, como também a competência para a habilitação, administração e pagamento dos benefícios previdenciários previstos na legislação estadual, que dispõe sobre o regime previdenciário dos servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro e seus dependentes. Com o advento da Lei n.º 5.260, de 11 de junho de 2008, houve a unificação do regime jurídico próprio e único da previdência social dos membros do Poder Judiciário, do Poder Legislativo, do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas e dos Servidores Públicos Estatutários do Estado do Rio de Janeiro, estando sob a responsabilidade do Fundo Único de Previdência Social do ERJ – RIOPREVIDÊNCIA a gestão deste regime previdenciário. 6.1 RECEITA DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RPPS As Receitas do RIOPREVIDÊNCIA atingiram o montante de R$ 12.074.628 mil, valor este superior em R$ 2.606.607 mil ao registrado no ano anterior, correspondendo a um aumento de 27,53%. Como principal determinante para este aumento, destaca-se a arrecadação de Receitas de Capital, que sofreram um acréscimo de R$ 3.320.324 mil, provocado principalmente pela alienação de valores mobiliários, com a cessão definitiva de parte dos créditos de royalties e participação especial pela exploração de petróleo e gás natural. Contas de Gestão – Exercício 2013 104 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS - 2013/2012 R$ M il ARRECADADA DESCRIÇÃO 2013 Receitas Correntes Receitas de Contribuições Receitas Patrimoniais Outras Receitas Correntes Receitas de Capital Alienações de Bens Amortização de Empréstimos - FUNDES TOTAL PART. 2012 8.528.024 70,63% 9.241.741 3.456.339 4.922.466 149.219 3.546.604 3.310.739 235.865 12.074.628 28,62% 40,77% 1,24% 29,37% 27,42% 1,95% 100,00% 3.226.475 5.943.435 71.831 226.280 17.672 208.607 9.468.021 PART. 97,61% VAR. NOM. -7,72% 34,08% 7,12% 62,77% -17,18% 0,76% 107,74% 2,39% 1467,35% 0,19% 18633,93% 2,20% 13,07% 100,00% 27,53% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG O gráfico abaixo demonstra a composição das receitas arrecadadas pelo Rioprevidência no exercício de 2013: 6.1.1 RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES As Receitas de Contribuições são compostas pelas contribuições previdenciárias dos servidores ativos e inativos, civis e militares, e de pensionistas, pela compensação previdenciária entre o Regime Geral de Previdência Social da União e o Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos do Estado e pelas contribuições da Administração Pública Estadual, representadas pelo item da Contribuição Patronal. A variação na arrecadação dessas receitas está diretamente ligada à evolução da folha de pessoal do Estado do Rio de Janeiro, que lhe serve de base de cálculo. Contas de Gestão – Exercício 2013 105 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES R$ M il ARRECADADA DESCRIÇÃO 2013 Receitas de Contribuições Previdenciárias Pessoal Civil Servidor Ativo VAR. NOM. 39,14% 1.225.440 37,98% 10,40% 83,64% 76,73% 1.028.531 774.253 83,93% 75,28% 10,02% 12,14% 188.930 16,70% 193.649 18,83% -2,44% 74.331 195.350 6,57% 14,44% 60.628 181.409 5,89% 14,80% 22,60% 7,69% 178.508 91,38% 152.546 84,09% 17,02% 16.843 25.981 8,62% 1,92% 28.863 15.500 15,91% 1,26% -41,65% 67,62% 2.103.466 60,86% 2.001.036 62,02% 5,12% 1.721.225 382.241 81,83% 18,17% 1.664.312 336.724 83,17% 16,83% 3,42% 13,52% 3.456.339 100,00% 3.226.475 100,00% 7,12% Servidor Ativo Servidor Inativo Outras Contribuições Previdenciárias TOTAL PART. 1.131.542 868.281 Pensionista Pessoal Militar Ativo Civil Ativo Militar 2012 1.352.874 Servidor Inativo Receitas de Contribuição Patronal PART. Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG As Receitas de Contribuições alcançaram o concedidos montante destaque para as áreas de educação e de R$ 3.456.339 mil, e representaram 28,62% da receita total do a diversas categorias, com segurança pública. RIOPREVIDÊNCIA. Em comparação com o ano anterior, as Receitas de Contribuição apresentaram uma variação positiva de +7,12% (+R$ 229.864 mil), motivada principalmente pelo aumento na arrecadação previdenciária com Pessoal Civil e Militar, sendo reflexo dos aumentos salarias 6.1.2 RECEITAS PATRIMONIAIS As Receitas Patrimoniais atingiram o valor de R$ 4.922.466 no exercício de 2013, apresentando um decréscimo de 17,18% (- R$ 1.020.969 mil) em comparação com o ano anterior, provocado pela queda na produção do petróleo e pelo fim da arrecadação dos Certificados Financeiros do Tesouro – CFT’s em 2012. Contas de Gestão – Exercício 2013 106 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RECEITAS PATRIMONIAIS R$ M il ARRECADADA DESCRIÇÃO 2013 Receitas Imobiliárias Receitas de Valores Mobiliários Certificados Financeiros do Tesouro - CFT's Rendimento de Aplicações Financeiras Outras Receitas Mobiliárias Royalties de Petróleo e Gás / PEA TOTAL 9.432 57.418 57.418 4.855.615 4.922.466 PART. 0,19% 1,17% 100,00% 98,64% 100,00% 2012 6.418 785.502 701.306 84.185 11 5.151.515 5.943.435 PART. 0,11% 13,22% 89,28% 10,72% 0,00 86,68% 100,00% VAR. NOM. 46,96% -92,69% -100,00% -31,79% -100,00% -5,74% -17,18% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG As receitas provenientes dos Royalties de Petróleo e Gás, principal fonte de recursos para o Rioprevidência, correspondeu a 98,64% do grupo Receita Patrimonial, sofrendo uma variação negativa de 5,74% (- R$ 295.900 mil) em relação ao ano anterior, influenciada por uma produção de petróleo mais baixa para o período em análise, e ao valor do barril de petróleo (tipo Brent) que se manteve praticamente constante ao longo do ano. Cabe mencionar que a receita de Certificados Financeiros do Tesouro – CFT’s não apresentou arrecadação em 2013, isto porque a receita advinda do resgate dos CFT’s é resultado de uma operação com o Tesouro Nacional, estabelecida em 1999, pela qual o Estado obteve ativos financeiros do Tesouro (os CFTs) contra a troca de um fluxo de pagamentos respaldados pela receita de participações governamentais sobre a produção de petróleo e gás natural, que inicialmente se estenderia até 2014. Entretanto, houve negociação para mudança deste fluxo, adiantando grande parte da receita para 2011, com seu fim já em 2012, encerrando-se assim seu recebimento. 6.1.3 OUTRAS RECEITAS CORRENTES As “Outras Receitas Correntes” tiveram pequena participação no total arrecadado com Receitas Correntes (1,24%), no entanto, registraram um montante de R$ 149.219 mil que foi superior em 107,74% ao arrecadado no mesmo período do ano anterior. A principal causa para este aumento deve-se ao lançamento de R$ 72.440 mil na sub-alínea “Outras Restituições”, referente à receita oriunda da retificação de metodologia de cálculo do oitavo termo aditivo da conta B, conforme nota técnica RIOPREV/GOP nº 22/2013 de 12/03/2013. Contas de Gestão – Exercício 2013 107 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado OUTRAS RECEITAS CORRENTES R$ M il ARRECADADA DESCRIÇÃO 2013 Outras Receitas Correntes PART. 2012 PART. VAR. NOM. 100,00% 107,74% 149.219 100,00% 71.831 412 0,28% 1.072 0,01 -61,55% 64 0,04% 66 0,00 -2,97% Comp Financ. entre o Regime Geral e os Regimes Próp. Previd Servidores 72.237 48,41% 66.154 92,10% 9,19% Outras Restituições 72.440 48,55% - - 0,00% 2.686 1,80% 2.847 3,96% -5,65% Receita da Dívida Ativa de Outros Tributos 503 0,34% 705 0,01 -28,67% Receita da Dívida Ativa Não Tributária de Outras Receitas Rec Intra-Orçam-Ressarc. Desp. c/Pess. Cedido - Demais Áreas 875 - 0,59% 0,00% 956 30 0,01 0,00 -8,41% 0,00% Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa - ICMS Outras Mult/ J mora da Div At de Out Receitas–Cota–Parte do RIOPREV Receita da Dívida Ativa do ICMS Fonte: SIAFEM -RJ/SIG A Lei Estadual nº 3.189/99 que instituiu o RIOPREVIDÊNCIA autorizou, em seu artigo 13º, inciso VII, ao Poder Executivo incorporar ao seu patrimônio, créditos tributários e não tributários inscritos até 1997 em Dívida Ativa do Estado do Rio de Janeiro, de suas autarquias e fundações ou recursos advindos da respectiva liquidação. No exercício de 2013, o somatório das receitas provenientes da dívida ativa perfez um total de R$ 4.064 mil. 6.1.4 ALIENAÇÃO DE BENS As receitas provenientes da "Alienação de Bens" destacaram-se como a terceira maior fonte de arrecadação para o Rioprevidência no ano de 2013. Alcançando o montante de R$ 3.310.739 mil, teve como principal entrada de recursos, a cessão definitiva de parte dos créditos de royalties e participação especial pela exploração de petróleo e gás natural. Estes créditos foram recebidos em cotas que perfizeram um total de R$ 3.300.000 mil, e foram registrados contabilmente como “Receita de Outros Títulos Mobiliários” por ser tratar de alienação de bem incorpóreo pertencente ao Rioprevidência. ALIENAÇÕES DE BENS R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Receita de Outros Títulos Mobiliários Alienação Bens Imóv. Adiq. Rec. Reg.Próprio de Previd. - RPPS TOTAL 3.300.000 PART. 2012 PART. 0,00% VAR. NOM. 99,68% - - 10.739 0,32% 17.672 100,00% 3.310.739 100,00% 17.672 100,00% 18633,93% -39,23% Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 108 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 6.1.5 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMO / FUNDES Esta rubrica apresentou, no exercício de 2013, saldo de R$ 235.865 mil referente aos recursos advindos do fluxo do Fundo de Desenvolvimento Econômico Social – FUNDES incorporados ao patrimônio do RIOPREVIDÊNCIA por meio da publicação dos Decretos Estaduais nº 40.155/06 e 40.457/06, constituindo-se em uma de suas receitas próprias para garantir futuras aposentadorias. Na comparação com o ano anterior observa-se uma evolução desta receita em 13,07%, que em termos monetários representa +R$ 27.258 mil. O gráfico a seguir demonstra a evolução das receitas do Fundo de Desenvolvimento Econômico Social – FUNDES, incorporadas nos exercícios de 2010 a 2013: 6.2 DESPESAS DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RPPS As despesas previdenciárias alcançaram o montante de R$ 11.995.160 mil, apresentando um acréscimo de +R$ 1.561.463 mil (+14,97%) em relação ao mesmo período do ano anterior. Tendo como base a segregação por categoria econômica, percebe-se que quase 100% das despesas empenhadas, pelo RIOPREVIDÊNCIA, estão classificadas como correntes, concentradas, sobretudo, em despesas com Aposentadorias, Reformas e Pensões. Contas de Gestão – Exercício 2013 109 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado DESPESAS DO RPPS R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Despesas Correntes 2012 VAR. NOM. PART. 11.994.855 99,997% 10.433.051 99,994% 14,97% 33.678 9.006.379 2.737.285 0,281% 75,085% 22,820% 27.359 7.814.095 2.434.804 0,262% 74,898% 23,337% 23,10% 15,26% 12,42% 217.513 305 305 11.995.160 1,813% 0,003% 0,003% 100,00% 156.794 1,503% 645 0,006% 645 100,000% 10.433.697 100,00% 38,73% -52,80% -52,80% 14,97% Pessoal Próprio e Encargos Aposentadorias, Reformas Pensões do RPPS e do Militar Outras Despesas Correntes Despesas de Capital Investimentos TOTAL PART. Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG 6.2.1 DESPESAS COM PESSOAL PRÓPRIO E ENCARGOS Compreende as despesas administrativas empenhadas pelo RIOPREVIDÊNCIA para pagamento de pessoal próprio nos seguintes elementos de despesa: “Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil”, “Obrigações Patronais”, “Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil”, “Contribuições Patronais”, entre outros. As despesas com Pessoal Próprio e Encargos do RIOPREVIDÊNCIA atingiram o montante de R$ 33.678 mil, que em comparação com o exercício de 2012, apresentou um acréscimo de +R$ 6.319 mil (+23,10%). DESPESAS DE PESSOAL PRÓPRIO E ENCARGOS SOCIAIS R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil PART. 2012 PART. VAR. NOM. 15.153 45,00% 15.175 55,47% -0,14% 664 1,97% 628 2,29% 5,84% Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil 6.792 20,17% 6.191 22,63% 9,71% Sentenças Judiciais 5.997 17,81% - 0,00% 0,00% - 0,00% 346 1,26% -100,00% Obrigações Patronais Despesas de Exercícios Anteriores Ressarcimento de Desp de Pessoal Requisitado 1.473 4,37% 1.488 5,44% -1,01% Contribuição Patronal (RPPS) 3.543 10,52% 3.484 12,73% 1,69% 24 0,07% 48 0,17% 0,00% 0,00% 0,00% 23,10% Despesas de Exercícios Anteriores Ressarcimento Despesas de Pessoal Requisitado TOTAL 31 0,09% 33.678 100,00% 27.359 100,00% Fo nte:SIA FEM -RJ/SIG De acordo com a tabela anterior podemos constatar que as despesas com “Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil”, elemento com maior participação no total das despesas empenhadas com pessoal próprio, 45,00% (R$ 15.153 mil), apresentou uma ligeira queda de 0,14%, ficando R$ 22 mil abaixo do valor obtido no mesmo período do ano anterior. Contas de Gestão – Exercício 2013 110 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 6.2.2 PREVIDÊNCIA SOCIAL Considerando que a finalidade do RIOPREVIDÊNCIA é o custeio dos proventos de aposentadorias e reformas, das pensões e outros benefícios, concedidos e a conceder a servidores estatutários e seus beneficiários, de todos os Poderes do Estado do Rio de Janeiro, consequentemente as despesas de maior vulto estão concentradas nos elementos de despesas “Aposentadorias e Reformas” e “Pensões - Executivo”, que juntas, atingiram o valor de R$ 11.743.664 mil, representando um aumento de +14,58% (+R$ 1.494.766 mil) em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme demonstrado na tabela a seguir: DESPESA DE PREVIDÊNCIA SOCIAL R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Aposentadorias e Reformas ALERJ TCE TJ EXECUTIVO MP Pensões - Executivo TOTAL PART. 2012 PART. VAR. NOM. 9.006.379 76,69% 7.814.095 76,24% 15,26% 251.823 284.965 1.128.917 7.046.993 293.681 2.737.285 11.743.664 2,80% 3,16% 12,53% 78,24% 3,26% 23,31% 100,00% 246.313 263.194 979.705 6.039.666 285.216 2.434.804 10.248.898 3,15% 3,37% 12,54% 77,29% 3,65% 23,76% 100,00% 2,24% 8,27% 15,23% 16,68% 2,97% 12,42% 14,58% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG De acordo com a tabela acima, podemos observar o desempenho da despesa com “aposentadorias e reformas”, segregada por Poder, onde constatamos que todos apresentaram aumento de gastos, com destaque para a despesa de pessoal inativo do Poder Executivo que atingiu 78,24% do total das despesas desta categoria, obtendo uma variação nominal de +16,68% em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo reflexo das políticas de concessão de reajustes salariais para diversas categorias que possuem grande contingente de servidores aposentados. As despesas com “pensões” representaram 23,31% (R$ 2.737.285 mil) dos recursos da Previdência Social. Devendo ser observado que os gastos relativos às pensões dos demais poderes estão concentrados no Poder Executivo. Contas de Gestão – Exercício 2013 111 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 6.2.3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES O grupo de despesa "Outras Despesas Correntes" participou com 1,81% do total dos gastos do RIOPREVIDÊNCIA, apresentando uma variação nominal +38,73% (+R$ 60.719 mil) em relação ao exercício anterior. OUTRAS DESPESAS CORRENTES R$ M il EMPENHADA DESCRIÇÃO 2013 Outras Despesas Correntes Sentenças Judiciais Auxílio Alimentação Outros Serv.de Terceiros - Pess.Física e Jurídica Despesas de Exercícios Anteriores Demais Despesas PART. 217.513 1.028 861 31.784 47.499 136.340 2012 100,00% 0,47% 0,40% 14,61% 21,84% 62,68% 156.794 6.813 618 23.760 58 125.545 PART. VAR. NOM. 100,00% 38,73% 4,35% -84,90% 0,39% 39,38% 15,15% 33,77% 0,04% 81690,57% 80,07% 8,60% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG O item “Demais Despesas” apresentou os maiores gastos no total do grupo “Outras Despesas Correntes” atingindo o montante de R$ 136.340 mil (62,68%). Em termos nominais apresentaram uma variação positiva de +8,60% (+R$ 10.795 mil), e estão relacionadas diretamente com o pagamento de indenizações e restituições que perfizeram um total de R$ 130.459 mil em 2013. 6.2.4 INVESTIMENTOS O grupo Investimentos apresentou variação nominal negativa quando comparado ao mesmo período do exercício anterior (-52,80%), muito em função dos gastos com obras e instalações ocorridos no exercício anterior que não se repetiram no exercício de 2013, as despesas totais com investimentos atingiram o valor de R$ 305 mil em 2013. INVESTIMENTOS R$ M il EMPENHADO DESCRIÇÃO 2013 Investimentos Material de Consumo Obras e Instalações Equipamentos e Material Permanente PART. 2012 305 100,00% 645 30 275 0,00% 9,72% 90,28% 3 475 168 PART. VAR. NOM. 100,00% -52,80% 0,42% -100,00% 73,52% -93,76% 26,05% 63,54% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 112 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 6.3 RESULTADO PREVIDÊNCIÁRIO A seguir, serão analisados os parâmetros que compõem o resultado previdenciário, nos exercícios de 2012 e 2013: RESULTADO PREVIDENCIÁRIO R$ M il ARRECADADA RECEITAS 2013 PART. 2012 PART. VAR. NOM. Contribuição Previdenciária Contribuição Patronal 1.352.874 2.103.466 11,20% 17,42% 1.225.440 2.001.036 12,94% 21,13% 10,40% 5,12% Certificados Financeiros do Tesouro - CFT's Royalties de Petróleo e Gás / PEA 4.855.615 0,00% 40,21% 701.306 5.151.515 7,41% 54,41% -100,00% -5,74% Outras Receitas Total das Receitas Previdenciárias 3.762.673 12.074.628 31,16% 100,00% 388.724 9.468.021 4,11% 100,00% 867,95% 27,53% (+) Recursos Provenientes do Tesouro Total dos Repasses Previdenciários (I) 12.074.628 - 9.468.021 - EMPENHADA DESPESAS 2013 Administrativas Previdenciárias Total das Despesas Previdenciárias (II) Resultado Previdenciário (I - II) PART. 2012 PART. 0,00% 27,53% VAR. NOM. 251.496 2,10% 184.798 1,77% 36,09% 11.743.664 11.995.160 97,90% 100,00% 10.248.898 10.433.697 98,23% 100,00% 14,58% 14,97% - 108,23% 79.468 - (965.676) Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Como podemos observar, o RIOPREVIDÊNCIA apresentou resultado positivo no acumulado em 2013, no montante de R$ 79.468 mil. 6.4 BALANÇO PREVIDENCIAL Desde 2009, o RIOPREVIDENCIA vem cumprindo a Lei Complementar que o rege, produzindo projeções de despesas dos Poderes, baseadas majoritariamente nas informações detalhadas da folha de pagamento dos mesmos, que passaram a ser transmitidas diretamente para a instituição. Esta informação é fundamental para a estimativa das responsabilidades futuras da instituição, com importantes reflexos na solvência do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, o RIOPREVIDÊNCIA conta com cerca de 452 mil participantes, entre eles ativos, inativos e pensionistas, e possui um ativo total de mais de R$ 84 bilhões de reais, dentre eles parte dos direitos futuros de royalties e de participações especiais na exploração do petróleo e do gás natural do Estado, nos termos do art. 20, §1º, da Constituição Federal. A instituição conta com um Comitê de Investimentos, cujos principais objetivos são evitar que as decisões de investimentos sejam tomadas por apenas uma pessoa e oferecer um fórum para debate amplo Contas de Gestão – Exercício 2013 113 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado sobre assuntos financeiros e orçamentários, e a implantação de procedimento contínuo de avaliação e credenciamento de instituições financeiras para receberem recursos do Fundo. Na tabela a seguir apresentamos o Balanço do Rioprevidência, demonstrando comparativamente que os ativos do plano que serviram de base para financiar as provisões matemáticas nos períodos de 2012 e 2013 são insuficientes para cobrir as obrigações da autarquia. BALANÇO PREVIDENCIAL R$ M il ATIVO Certificados Financeiro do Tesouro Royalties do Petróleo Fundos de Investimentos Dívida Ativa - Determinação TCE 2013 2012 1.624.591 3.065.955 79.339.283 91.272.534 485.507 PASSIVO 2013 Outras Obrigações 1.537.362 1.254.841 Provisões Matem áticas 151.437.660 134.342.694 285.731 Benefícios Concedidos 112.265.479 94.635.703 - 520.442 Contribuição dos Servidores (2.795.813) 21.690 100.960 (1.151.586) 268.902 236.858 Contribuição dos Pensionistas Benefícios a Conceder 52.637.663 1.212.142 1.278.827 Contr. dos Serv. - Geração Atual (6.247.189) Créd. em Cobrança Administrativa 967.215 594.409 Créd. a Receber p/Comp. do BERJ 345.354 326.278 Dívida Ativa Imóveis Fluxo do FUNDES e FREMF Outros Total do Ativo 2012 333.737 283.791 84.598.422 97.965.785 Reservas a Amortizar Déficit/Superávit Técnico Total do Passivo 42.671.598 - (3.270.895) (2.964.607) (68.376.600) (37.631.750) 84.598.422 97.965.785 Fo nte: SIA FEM Provisões Matemáticas representa um grupo de contas do Passivo Atuarial que expressa a projeção atuarial, representativa da totalidade dos compromissos líquidos do plano para com seus segurados (ativos, aposentados e pensionistas). Estas provisões alcançaram o montante de R$ 151.437.660 mil em 2013. As contas de “Benefícios Concedidos” e “Benefícios a Conceder”, desmembramento das Provisões Matemáticas, apresentaram aumentos significativos de +R$ 17.629.766 mil e +R$ 9.966.065 mil, respectivamente, em relação a 2012, e contribuíram para elevação do passivo a descoberto, de R$ 68.376.600 mil, apurado em 2013. A Avaliação Atuarial periódica de um Plano de benefícios de Regime Próprio de Previdência Social, além de ser uma exigência legal, prevista na Lei nº. 9.717/98 e Portaria MPS nº. 204/08, é essencial para a organização e revisão dos planos de custeio e de benefícios, no sentido de manter ou atingir o equilíbrio financeiro e atuarial. A Avaliação Atuarial do Rioprevidência, para o exercício de 2013, elaborada pela Caixa Econômica Federal, é parte integrante do Volume 8 destas Contas de Gestão. Contas de Gestão – Exercício 2013 114 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 6.5 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – RJ PREV-CD A fim de buscar o equilíbrio do seu sistema previdenciário, o Estado do Rio de Janeiro, com a lei 6.243, de 21 de Maio de 2012, adotou o regime de previdência complementar para seus servidores públicos civis, sendo fixado como limite máximo para concessão de aposentadoria e pensões pagas pelo Regime Próprio o mesmo adotado pelo Regime Geral de Previdência Social. Além da adoção do regime complementar, a Lei N° 6.243 autorizou a criação de uma entidade fechada de previdência complementar de natureza pública, denominada Fundação de Previdência Complementar do Estado do Rio de Janeiro - RJPREV, com a finalidade de administrar e executar plano de benefícios de caráter previdenciário complementar, nos termos das Leis Complementares federais Nºs 108 e 109, ambas de 29 de maio de 2001. O decreto estadual N° 43.658, de 03 de julho de 2012, determinou que a RJPREV deverá ser estruturada na forma de fundação pública de direito privado, sem fins lucrativos, dotada de autonomia administrativa, financeira, gerencial e patrimonial, que exercerá o seu poder de tutela administrativa por intermédio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - SEPLAG. O Regime de Previdência Complementar é destinado a custear a aposentadoria dos servidores que ingressarem no serviço público estadual, ou para aqueles que assim optarem, a partir da data de início do funcionamento da instituição incumbida da gerência do fundo. Com a aprovação do Regulamento do Plano de Benefícios RJPREV-CD pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, e a publicação do início de funcionamento do plano no Diário Oficial de 4 de setembro de 2013, a entidade pode começar a operar. A Contadoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, através da Superintendência de Normas Técnicas/SUNOT gerou a Rotina Contábil CONOR/SUNOT/CGE n.º 040/2013 para registros relacionados à retenção e recolhimento da contribuição do participante, bem como do empenhamento, liquidação e pagamento da contribuição do patrocinador incidente sobre a folha de pagamento de servidores ativos à RJPREV, pelos órgãos integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do Estado do Rio de Janeiro. Principais Conceitos: Patrocinador: o Estado do Rio de Janeiro, por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e do Tribunal de Contas, do Ministério Público e da Defensoria Pública. As autarquias e fundações públicas do Estado do Rio de Janeiro. Os municípios do Estado do Rio de Janeiro autorizados por lei e que tenham celebrado convênio de adesão com a entidade fechada a que se Contas de Gestão – Exercício 2013 115 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado refere o art. 5° da Lei Estadual n° 6.243/2012, na forma prevista em estatuto daquela entidade, bem como suas autarquias e fundações. Participante: os servidores do Estado do Rio de Janeiro mencionados no § 2° do art. 1° da Lei Estadual n° 6.243/2012, que aderirem ao plano de benefícios administrado pela RJPREV. Participante sem patrocínio: o participante que, por qualquer das razões especificadas na legislação, optar por contribuir para o regime de previdência complementar de que trata a Lei n° 6.243/2012 sem que haja contrapartida por parte do patrocinador. Contribuição: os valores vertidos ao plano de benefícios previdenciários complementares pelos participantes e pelo patrocinador, com o objetivo de constituir as reservas que garantam os benefícios contratados e custear despesas administrativas da RJPREV. 6.6 FUNDO DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RIOFUNDOPREVI Em virtude da publicação, no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, da Resolução SEPLAG n° 986, de 03 de setembro de 2013, que estabeleceu o início de funcionamento do Plano de Benefícios RJPREV-CD em 04 de setembro de 2013, fez-se necessário à segregação da massa em um Plano Financeiro e um Plano Previdenciário, consoante disposição inserta no artigo 3° da Lei Estadual n° 6.338, de 06 de novembro de 2012. Este mesmo diploma legal, Lei Estadual 6.338/12, estabelece em seu art. 7°, que o Plano Previdenciário será destinado aos titulares de cargo de provimento efetivo que ingressarem no serviço público após a data do início do funcionamento da entidade gestora de que trata o art. 34 da Lei Estadual n° 6.243/2012, a RJPREV. Visando à correta evidenciação dos fatos, e a fim de segregar adequadamente os registros contábeis referentes aos valores da contribuição patronal e dos segurados vinculados ao Regime Próprio de Previdência Social – RPPS, de acordo com o enquadramento no Plano Financeiro ou no Plano Previdenciário, foi cadastrado no Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios – SIAFEM/RJ o Fundo do Plano Previdenciário do Estado do Rio de Janeiro – RIOFUNDOPREVI sob o código de Unidade Gestora – UG 123499. Foram ainda criadas no SIAFEM/RJ, unidades gestoras vinculadas à UG 123499 – RIOPREVIDÊNCIA, com a finalidade de manter os registros contábeis relativos aos gastos com pessoal inativo, às pensões de natureza previdenciária, bem como suas receitas de contribuições, Contas de Gestão – Exercício 2013 116 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado provenientes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado, conforme listadas abaixo: UG 123411 - RIOFUNDOPREVI-ALERJ; UG 123412 - RIOFUNDOPREVI-TCE; UG 123413 - RIOFUNDOPREVI-TJ; UG 123414 - RIOFUNDOPREVI-EXECUTIVO; UG 123420 - RIOFUNDOPREVI-MP. A Contadoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, através da Superintendência de Normas Técnicas/SUNOT, publicou a Rotina CONOR/SUNOT/CGE n.º 001/2014, em Substituição a Rotina CONOR/SUNOT/CGE nº 41/2013, para registros relacionados às contribuições incidentes sobre a folha de pagamento de servidores ativos, devidas ao FUNDO DO PLANO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RIOFUNDOPREVI, destinadas ao custeio do Plano Previdenciário, pelos órgãos integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do Estado do Rio de Janeiro. Principais Conceitos: Segregação da Massa: separação dos segurados vinculados ao RPPS/RJ em grupos distintos que integrarão o Plano Financeiro e o Plano Previdenciário; Plano Previdenciário: sistema estruturado com finalidade de acumulação de recursos para pagamento dos compromissos definidos no plano de benefícios do RPPS, sendo o seu plano de custeio calculado atuarialmente segundo os conceitos dos regimes financeiros de capitalização, repartição de capitais de cobertura e repartição simples; Plano Financeiro: sistema estruturado somente no caso de segregação da massa, no qual as contribuições a serem pagas pelo ente federativo, pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas vinculados são fixadas sem objetivo de acumulação de recursos, sendo as insuficiências aportadas pelo ente federativo, admitida a constituição de fundo financeiro. Contas de Gestão – Exercício 2013 117 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 118 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 7 PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS DO PETRÓLEO 7.1 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS A produção de petróleo e gás natural do Estado do Rio de Janeiro de 2013 apresentou queda de 5,2% em relação ao ano anterior. Com isso, a participação fluminense na produção nacional reduziu-se a 72%, contra 74% registrado em 2012. A produção no restante do país, por outro lado, teve crescimento de 7% em relação ao ano anterior, de acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com o resultado de 2013 é mantida a tendência de queda da produção de óleo observada desde 2009 no território fluminense. Entre os grandes campos os destaques negativos ficaram por conta de Marlim, que apresentou queda de 41% na produção em relação a 2012, Marlim Leste, com redução de 32% e Roncador, que teve queda de 35%. Por outro lado Marlim Sul, mesmo com a queda de 11% no ano, mantém o posto de maior produtor do estado. Destaque positivo também para Namorado (+703%) e Marimbá (+166%). É importante destacar que alguns campos tiveram paradas programadas para manutenção das plataformas ao longo de 2013, justificando a queda na produção de vários campos ao longo do ano. 7.2 DESEMPENHO DOS ROYALTIES E PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS EM 2013 Em 2013, o Estado do Rio de Janeiro recebeu R$ 8,226 bilhões relativos aos royalties do petróleo. O resultado representou pequena queda de 0,1% em relação ao ano anterior. Embora afetadas negativamente pela queda da produção, as receitas foram impulsionadas pela combinação da depreciação da moeda nacional com o alto patamar nos preços do óleo, durante todo o ano. Nos Contas de Gestão – Exercício 2013 119 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado dois primeiros meses do ano houve aumento significativo dos valores do petróleo, compensando parcialmente uma ligeira apreciação do câmbio. Nos quatro meses seguintes, houve uma desvalorização da commodity, ao passo que a moeda nacional não apresentou grandes oscilações. Nos meses finais do ano houve estabilização de preços do petróleo em um patamar relativamente alto, oscilando em torno de US$ 110, enquanto a moeda nacional manteve sua cotação na casa de R$ 2,30 / US$. Preço do Brent (US$/barril) - 2013 120,00 115,00 110,00 105,00 100,00 95,00 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Fonte: EIA. Contas de Gestão – Exercício 2013 120 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Taxa de Câmbio (R$/US$) - 2013 2,5000 2,4000 2,3000 2,2000 2,1000 2,0000 1,9000 janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro Fonte: IPEADATA. A exemplo do que ocorrera em anos anteriores, as receitas do petróleo permanecem sendo a segunda principal fonte de receitas para o Estado do Rio de Janeiro. O ICMS, que possui a maior arrecadação no Estado, registrou R$ 30,7 bilhões perfazendo aproximadamente 40,1% da receita total, enquanto os royalties representaram 10,7%. Em 2013, as participações governamentais do petróleo arrecadados superaram em 7,3% o previsto no orçamento estadual. Do total da arrecadação 63,7% foram provenientes das participações especiais, que também superaram a meta prevista para o ano. Neste contexto, é importante relembrar que todos os fatores determinantes para a arrecadação de royalties (dólar, preço do óleo do tipo Brent e produção de petróleo e gás natural) estão suscetíveis a diversos condicionantes de difícil previsibilidade. Além do panorama macroeconômico nacional, exercem influência sobre essas variáveis as perspectivas do desdobramento do cenário político-econômico internacional. Do total de recursos arrecadados em 2013, foram aplicados R$ 4.855 milhões no RIOPREVIDÊNCIA, R$ 2.909 milhões em Encargos Gerais do Estado, para pagamento de obrigações para com o Tesouro Nacional do PASEP, transferências à municípios e; e R$ 426 milhões em investimentos através do Fundo Estadual de Conservação Ambiental – FECAM. Contas de Gestão – Exercício 2013 121 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Execução Orçamentária dos Royalties do Petróleo, 2013. Receitas e Despesas referentes às Participações Governamentais de Petróleo e Gás Em Reais Discriminação das Receitas Cota Parte Royalties pela Produção do Petróleo - Até 5% Cota Parte pela Prod. Petróleo - Transf. Municípios - Até 5% Royalties pela Produção do Petróleo - Excedente a 5% Cota Parte Participação Especial Expl.Petróleo e Gás Natural - Lei Nº 9.478/97 Cota-Parte Fundo Especial do Petróleo - FEP Cota-Parte Royalties pela Produção do Petróleo - Até 5% - PRE-SAL Cota-Parte Royalties pela Prod. do Petróleo - Transf. Municípios - Até 5% - PRÉ-SAL Royalties pela Produção do Petróleo - Excedente a 5% - PRE-SAL Cota-Parte Participação Especial Exp. Petróleo e Gás Nat. - Lei nº 9.478/97 - PRÉ-SAL TOTAL Discriminação das Despesas Pagamento de indenização à União Pagamento dívida com União Restituição de Recursos de Terceiros Transferência aos Municípios FECAM - Fundo Estadual de Conservação Ambiental Rio Mais Limpo Lixão Zero - FECAM Projeto Iguaçu - PAC-RJ/FECAM Lixão Zero Instrumentos de Conservação da Biodiversidade Implementação de Educação Ambiental Saneam nas Bacias da Baia de Guanabara Esgotamento Sanitário da Zona Oeste Esgotamento Sanitário - PAC/FECAM Prev. e Contr Ambiental Inundações Apoio a projetos de saneamneto, proteção re Projeto Saneamento PAC/RJ - FECAM Projeto de Macrodrenagem PAC-RJ-FECAM Gestão e Controle Florestal Prog. De Reaproveit de Óleo Vegetal - PROVE Saneam Amb Mun do Entorno B. Guanabara - FECAM Implementação do Plano Mudança do Clima Geração de empreg e renda em comunidades assi Transporte sobre Trilhos PASEP -Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público Destinação ao Rioprevidênncia* Saldo financeiro do exercício 2013 1.155.311.966 385.103.988 1.112.307.074 4.802.788.475 3.980.647 142.232.259 47.410.753 139.658.828 437.372.989 8.226.166.979 2013 1.292.995.463 1.005.719.692 100.000.000 432.529.212 426.233.405 52.747.495 8.889.325 43.105.870 92.373 253.548 16.337.047 72.822.510 25.598.786 4.019.861 82.998.075 40.634.174 229.721 13.610.235 38.680 420.270 14.103.742 463.327 4.876.420 44.991.949 77.936.522 4.855.615.106 35.137.579 TOTAL GERAL 8.226.166.979 Fo nte: SIG-RJ (valo res liquidado s) No ta: O item destinação ao Rio previdência inclui to da a receita transferida ao fundo independentemente de liquidação . Contas de Gestão – Exercício 2013 122 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 7.3 EVOLUÇÃO DAS RECEITAS DAS PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS O gráfico abaixo permite verificar a evolução do peso das participações governamentais na receita total do Rio de Janeiro. Deve-se destacar a importância que esta receita assumiu ao longo deste período, mostrando o grau de influência do petróleo na sua economia. Esta receita que em 2012 representava 7% do total arrecadado, chegou a alcançar quase 16% em 2008. Em 2013 o percentual ficou próximo de 11%. Proporção de participações governamentais na Receita Total (%) 16,00% 14,00% 12,00% 10,00% 8,00% 6,00% 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Desde o início da série analisada, as receitas de royalties elevaram sua importância. Tal fato ocorreu por conta da entrada em operação de novos poços e sistemas de produção como Marlim Leste e Barracuda, e agora mais recentemente, o campo de Lula, que é atualmente o maior explorador da camada do Pré-Sal do país. Importante frisar que em 2006 iniciou-se o pagamento das participações especiais, uma modalidade de indenização paga pelos grandes campos em caso de alto volume de produção e rentabilidade. Esse pagamento incide atualmente sobre dez grandes campos localizados no Estado do Rio de Janeiro e resultam numa arrecadação superior ao royalty propriamente dito. O ano de 2008 figurou, durante muito tempo, como o pico histórico da arrecadação das participações governamentais. Em 2009, houve queda significativa no recebimento destes recursos, por conta da crise econômica internacional que afetou sobremaneira o preço do petróleo no mercado internacional. No entanto, a partir de 2010 o Estado veio registrando crescimento expressivo desta receita, explicada principalmente pela valorização do barril do Contas de Gestão – Exercício 2013 123 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado petróleo, uma vez que a produção veio caindo paulatinamente nos últimos anos. Em 2013, a proporção de participações governamentais na receita total declinou novamente sobretudo pelo crescimento expressivo da receita total e a semi-estagnação das participações governamentais. O gráfico a seguir mostra a evolução histórica das participações governamentais frente à receita tributária e a receita total do estado. Em 2013, as participações governamentais foram equivalentes a 20,3% da receita tributária arrecadada pelo Estado do Rio de Janeiro. Não obstante, deve-se frisar a peculiaridade desta receita pois, enquanto a receita tributária pode ser gerida pelo Estado por se tratar de uma receita própria, as participações governamentais dependem da produção dos campos e dos preços alcançados, inclusive internacionalmente, tratando-se, ainda, de um recurso finito. Contas de Gestão – Exercício 2013 124 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado EVOLUÇÃO DA RECEITA TOTAL, RECEITA TRIBUTÁRIA E PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS Em R$ milhões EXERCÍCIO RECEITA TOTAL RECEITA PARTICIPAÇÕES ROYALTIES / REC. TRIBUTÁRIA GOVERNAMENTAIS TOTAL 16.189,41 1.840,15 7,15% 2002 25.718,59 2003 2004 29.935,97 31.534,71 17.362,74 18.717,89 3.514,46 3.514,78 11,74% 11,15% 2005 32.667,59 18.340,12 4.330,38 13,26% 2006 2007 35.663,17 36.483,52 19.598,01 20.183,60 5.329,84 4.363,93 14,94% 11,96% 2008 2009 43.016,66 44.819,01 22.920,74 24.884,73 6.719,76 4.886,76 15,62% 10,90% 2010 53.687,81 29.087,56 6.409,38 11,94% 2011 2012 2013 57.454,09 63.590,47 76.603,46 32.555,74 35.141,72 40.612,37 6.952,46 8.235,87 8.226,17 12,10% 12,95% 10,74% Obs 1: Para efeito de comparação os resultados de 2002 a 2013 excluem a IM PRENSA OFICIAL e a CEDAE por não mais se enquadrarem no conceito de empresa dependente. Obs 2: Receita Total com Intra-Orçamentária. Importante frisar que como a maior parte dos recursos oriundos do petróleo são direcionados para a capitalização do RIOPREVIDÊNCIA, a redução nas receitas do petróleo eleva o risco de eventual necessidade de aporte do Tesouro Estadual no pagamento de aposentadorias e pensões. Contas de Gestão – Exercício 2013 125 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 126 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 8 VINCULAÇÕES CONSTITUCIONAIS Neste item demonstramos o cumprimento pelo Estado do Rio de Janeiro no que tange à aplicação de recursos em despesas consideradas para fins de limites constitucionais, e que são de relevância para a sociedade, como saúde e educação, bem como o amparo à pesquisa e à conservação ambiental e desenvolvimento urbano. 8.1 AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE A Constituição Federal, por intermédio do artigo 196, dispõe que a saúde é direito de todos e dever do Estado. A organização e as formas de financiamento da saúde encontram-se disciplinadas nos artigos 197, 198, 199 e 200 da citada norma. O disposto no artigo 198 da Constituição Federal e o artigo 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, alterados pela Emenda Constitucional nº 29, de 13 de setembro de 2000, asseguraram os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde. O inciso II do artigo 77 do ADCT determina que os Estados e o Distrito Federal devem aplicar 12% (doze por cento) do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o artigo 155 e dos recursos de que tratam os artigos 157 e 159, inciso I, alínea “a“, e inciso II da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos seus Municípios. A Lei Complementar 141, de 13 de Janeiro de 2012, foi editada para regulamentar o § 3º do artigo 198 da Constituição Federal e estabeleceu que o percentual mínimo das receitas de impostos vinculados a ser destinado pelos estados às ações e serviços públicos de saúde permanecerá em 12%. Verifica-se, portanto, que foram mantidos os critérios mínimos de aplicação anteriormente previstos no artigo 77 do ADCT (acrescido pela EC n.º 29/2000). 8.1.1 BASE DE CÁLCULO PARA APLICAÇÕES EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE Considerando a legislação mencionada, apresentamos a seguir, o Demonstrativo das Receitas de Impostos e Transferências auferidas pelo Estado em 2013, que são utilizadas como base de cálculo para aplicação de recursos em saúde: Contas de Gestão – Exercício 2013 127 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL - SAÚDE R$ Mil RECEITAS CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL (+) Impostos (IRRF + IPVA + ITCMD + FECP + ICMS + ICM) (+) Transfer. Recebidas (FPE + IPI + LEI COMP. Nº 87/96) (+) Dívida Ativa dos Respectivos Impostos (+) Receitas de Multas Ref. a Impostos e Dívida Ativa (-) Transf. aos Municíp (IPVA + ICMS + ICM + IPI e DÍV. ATIVA) Receita Líquida de Impostos (Base de Cálculo) 2013 37.065.722 2.389.024 617.796 359.955 (8.889.832) 38.591.029 1.951.513 619.711 458.744 (9.124.244) 1.525.307 (437.511) 1.915 98.789 (234.413) ARRECAD./ PREV. 104,12% 81,69% 100,31% 127,44% 102,64% 31.542.665 32.496.752 954.088 103,02% PREVISTA ARRECADADA Mínimo a Ser Aplicado em Saúde (12% da Receita Arrecadada) DIFERENÇA 3.899.610 Fonte: SIAFEM -RJ/SIG A receita líquida de impostos, inicialmente prevista na Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2013, como base de cálculo para o valor mínimo a ser aplicado em saúde, conforme disposto na Emenda Constitucional nº 29/2000, correspondeu a R$ 31.542.665 mil. A receita líquida de impostos efetivamente arrecadada no ano atingiu o montante de R$ 32.496.752 mil, superando em 3,02% o total previsto para o exercício. Assim, o valor mínimo a ser aplicado em ações e serviços públicos de saúde, com base no índice legal de 12%, correspondeu a R$ 3.899.616 mil. 8.1.2 VALORES APLICADOS PELO ESTADO EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE As aplicações pelo Estado na Função de Governo Saúde, provenientes da arrecadação das receitas consideradas para fins de limite constitucional, foram realizadas através das fontes de recursos 00, 22 e 23, sendo empenhado o montante de R$ 4.296.413 em 2013, conforme demonstrado a seguir: EXECUÇÃO DA DESPESA POR FONTE RECURSO - SAÚDE R$ Mil FONTE DE RECURSO 00 Ordinários Provenientes de Impostos 22 Adicional do ICMS - FECP 23 Contratos Intraorçamentários Gestão de Saúde TOTAL DESPESA EMPENHADA PART. 3.013.869 70,59% 997.240 23,36% 258.304 6,05% 4.269.413 100,00% Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Introduzida na gestão de 2011, a utilização da Fonte 23 na apuração do índice da saúde, justificase por se tratar de despesas realizadas pela UGE 294200 – Fundação Estatal Hospitalar de Urgência e Emergência, cujas receitas são provenientes de repasses da UG 296100 – FES, por Contas de Gestão – Exercício 2013 128 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado meio da Fonte 07 – Demais Transferências da União Provenientes de Impostos. Já as despesas do FES (FR 23), com aporte nas Fundações de Saúde são classificadas como intra-orçamentárias (33913930) e, portanto, são excluídas dos índices da saúde. Estas observações foram objeto da Nota Técnica n°004/2012/SUGER, emitida por esta Contadoria Geral do Estado. Com o objetivo de demonstrar a natureza básica das ações que se aglutinam na Função Saúde, apresentamos a seguir, de forma detalhada, a aplicação dos recursos segmentados por subfunção: EXECUÇÃO DAS DESPESAS COM SAÚDE POR SUBFUNÇÃO R$ M il 2013 SUBFUNÇÃO (Fontes: 00, 22 e 23) Administração Geral EMPENHADA 1.168.270 27,36% 10.071 0,24% 110.343 4.136 2,58% 0,10% Formação de Recursos Humanos Defesa Civil Assistência à Criança e ao Adolescente Atenção Básica Assistência Hospitalar e Ambulatorial 33.805 0,79% 2.751.717 64,45% 177.692 4,16% 5.050 2.680 0,12% 0,06% Suporte Profilático e Terapêutico Vigilância Sanitária Vigilância Epidemiológica Desenvolvimento Científico TOTAL DAS DESPESAS POR SUBFUNÇÃO PART. 5.647 0,13% 4.269.413 100,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Dos investimentos realizados na área da Saúde, a subfunção “Assistência Hospitalar e Ambulatorial”, alcançou 64,45% (R$ 2.751.717 mil) do total dos gastos. Grande percentual destes investimentos (60,85%) refere-se às despesas relacionadas ao programa “Assistência Hospitalar e Ambulatorial nas Unidades Próprias”, implementado através de diversos projetos/atividades, tais como: “Operacionalização das Unidades Próprias por Gestão Compartilhada” (R$ 611.036 mil), “Operacionalização das Unidades Próprias Hospitalares e Ambulatoriais (R$ 466.977 mil)”, entre outros. Cabe ainda destacar, os gastos realizados na subfunção “Administração Geral” correspondendo a 27,36% (R$ 1.168.270 mil) do total das despesas empenhadas. Dos recursos realizados através desta subfunção, 99,89% (R$ 1.166.941 mil) concentraram-se no programa “Gestão Administrativa”, utilizados, principalmente, para pagamento de “Pessoal e Encargos Sociais” (R$ 995.567 mil). Ao segregar o total dos gastos realizados na função saúde em unidades gestora executantes, verificamos que o Fundo Estadual de Saúde, representado pela UG 296100, aparece como Contas de Gestão – Exercício 2013 129 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado principal executor, sendo responsável por 77,77% dos recursos empenhados em 2013, conforme podemos evidenciar na tabela seguinte: EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR UNIDADE GESTORA EXECUTANTE R$ M il UG UNIDADE GESTORA EXECUTANTE (Fontes: 00, 22 e 23) 045200 Empresa de Obras Públicas do Estado do RJ 120200 SUBSECRETARIA 140100 Secretretaria de Estado de Governo - SEGOV 160100 Secretaria de Estado de Defesa Civil 200900 Subsecretaria Adjunta do Tesouro Estadual 210600 Subsecretaria Militar 243100 Inst Estadual de Engenharia e Arquitetura 250100 Secretaria de Estado de Admin.Penitenciária 290100 Secretaria de Estado de Saúde 293100 Instituto de Assist dos Servid do Est RJ 294200 Fundação Estatal Hosp Urgência e Emergência 296100 Fundo Estadual de Saúde 297100 Instituto Vital Brazil SA. 320100 Secretaria de Estad Assist Soc e Dir Humanos 390100 Subsecretaria de Comunicação Social 403200 Centro de Tecn de Informação e Comun do ERJ 404310 Administração Central da UERJ 424100 Fundação para a Infância e Adolescência TOTAL DAS DESPESAS POR SUBFUNÇÃO 2013 EMPENHADA 49.050 3.695 5.678 121.356 47.014 2.437 307 8.557 300 23.476 258.081 3.320.290 131.020 6.966 10.851 34.052 241.675 4.605 4.269.413 PART. 1,15% 0,09% 0,13% 2,84% 1,10% 0,06% 0,01% 0,20% 0,01% 0,55% 6,04% 77,77% 3,07% 0,16% 0,25% 0,80% 5,66% 0,11% 100,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG O Fundo Estadual de Saúde – FES, instituído através da lei estadual 1.512/89, tem como objetivo ser um instrumento de suporte financeiro para o desenvolvimento das ações nas áreas médica, sanitária, hospitalar e de apoio, executadas ou coordenadas pela Secretaria de Estado de Saúde, segundo diretrizes do Sistema Único de Saúde. Mantido em funcionamento pela administração direta do Estado, o FES constitui-se numa unidade orçamentária, gestora dos recursos provenientes da arrecadação dos impostos considerados para cumprimento do índice mínimo constitucional, que lhes são diretamente repassados. 8.1.3 DESPESAS EXCLUÍDAS PARA APURAÇÃO DO LIMITE CONSTITUCIONAL A partir da análise das aplicações realizadas na Função de Governo Saúde, em atenção a Lei Complementar 141/2012, conclui-se que algumas despesas que compõem o total demonstrado devem ser excluídas do cálculo do índice constitucional, uma vez que não se enquadram no conceito de ações e serviços públicos de saúde. A maior parte das despesas excluídas não atende ao princípio da universalidade mencionado no inciso III do artigo 4º da LC 141 e expresso no artigo 196 da Constituição Federal, abaixo reproduzido: Contas de Gestão – Exercício 2013 130 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado “Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” Além das despesas excluídas por não atenderem ao acesso universal e igualitário à saúde, também foram deduzidos valores que não se destinam a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar, ou às demais ações de saúde. Deveriam ainda ser deduzidos os restos a pagar cancelados no ano, objeto desta prestação de contas, cujas despesas formaram o índice em anos anteriores. No entanto, os cancelamentos dos RPNP ocorridos em 2013, não comprometeram percentual mínimo obrigatório de 12% das despesas consideras em exercícios passados. Razão pela qual a linha da tabela de “Restos a Pagar Cancelados” apresentou-se zerada. Este procedimento coaduna-se com o estabelecido no Manual de Demonstrativos Fiscais – 5ª edição. DEDUÇÕES PARA ATENDIMENTO DO MÍNIMO CONSTITUCIONAL R$ M il DEDUÇÕES EMPENHADA Despesa no PT 2907 - Operacionalização da Farmácia Popular. 55.130 Despesa no PT 2778 - Proteção Especial ao Usuário de Drogas 9.137 Despesa no PT 4009 - Prot. Espec. à Criança e Adolesc. Dep. Químico Despesa referente ao IASERJ (U.O.2931) Despesa com Juros e Encargos da Dívida (32%) Encargos com Multas/Juros-Impostos (33903992 e 33904723) Despesa Intra-Orçamentária Ref. A Gestão de Serviços de Saúde (33913930) Despesas com Restituições (33909302 e 44909302) Restos a Pagar Cancelados 4.136 23.708 358 5.632 257.972 - TOTAL DAS DEDUÇÕES 356.074 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG 8.1.4 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE O valor mínimo a ser aplicado em Saúde até o final do exercício de 2013, com base no índice legal de 12% da Base de Cálculo (Receita Líquida de Impostos), correspondeu a R$ 3.899.616 mil. Contas de Gestão – Exercício 2013 131 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado APURAÇÃO DO ÍNDICE CONSTITUCIONAL R$ M il DESCRIÇÃO Total das Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde (-) Total das Deduções Total das Despesas para Fins de Limite Constitucional Base de Cálculo (Total da Receita Líquida de Impostos) Valor mínimo a ser aplicado em Saúde (12% da Base de Cálculo) Índice Alcançado (Despesas p/ Fins de Limite Const. ÷ Base de Cálculo) DESPESA EMPENHADA 4.269.413 DESPESA LIQUIDADA 4.266.115 (356.074) 3.913.339 (356.074) 3.910.041 32.496.752 3.899.610 12,04% 32.496.752 3.899.610 12,03% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG As despesas com ações e serviços públicos de saúde, consideradas para fins de limite constitucional, totalizaram o montante de R$ 3.913.339 mil, representando um percentual de 12,04% da base de cálculo. Conclui-se, portanto, que o Governo do Estado cumpriu o limite mínimo de 12,00%, estabelecido no artigo 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, obtendo inclusive, um excesso de aplicação de R$ 13.729 mil acima deste percentual. 8.2 SISTEMA EDUCACIONAL Na área educacional, a Constituição Federal de 1988, além de afirmar o direito público e subjetivo da educação para todos (artigo 205), registrou como dever do poder público: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; Contas de Gestão – Exercício 2013 132 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. O artigo 212, da Constituição Federal estabelece o percentual mínimo que cada ente governamental deverá aplicar na educação, cabendo aos Estados, no mínimo, 25% de suas receitas de impostos e transferências constitucionais, deduzida a parcela da arrecadação transferida aos municípios. 8.2.1 BASE DE CÁLCULO PARA APLICAÇÕES DE RECURSOS NO SISTEMA EDUCACIONAL A Receita Líquida de impostos, inicialmente prevista na Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2013, como base de cálculo para o valor mínimo a ser aplicado em Educação, conforme disposto na Constituição Federal, art. 212, correspondeu a R$ 31.542.741 mil. BASE DE CÁLCULO PARA APURAÇÃO DO LIMITE CONSTITUCIONAL - EDUCAÇÃO R$ M il 2013 RECEITAS CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL PREVISTA ARRECADADA DIFERENÇA (+) Impostos (IRRF + IPVA + ITCMD + ITBI + FECP + CMS + ICM) (+) Transf. Recebidas (FPE + IPI + LEI COMP. 87/96 + IOF) (+) Dívida Ativa dos Respectivos Impostos (+) Receitas de Multas Ref. a Impostos e Dívida Ativa 37.065.722 2.389.101 617.796 359.955 38.591.029 1.951.559 619.711 458.744 (-) Transf. aos Municípios (IPVA+ITBI+ICMS+ICM+IPI+DÍV.ATIVA) Total - Base de Cálculo Mínimo a ser aplicado em Educação (25% da Rec. Arrecadada) (8.889.832) 31.542.741 (9.124.244) 32.496.798 8.124.200 ARRECAD. /PREV. 1.525.307 (437.541) 1.915 98.789 104,12% 81,69% 100,31% 127,44% (234.413) 954.057 102,64% 103,02% Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Acompanhando o desempenho da receita, verifica-se que até o fim do exercício foi arrecadado o montante de R$ 32.496.798 mil, superando o total previsto em R$ 954.057 mil (3,02%). Assim, o valor mínimo a ser aplicado no período em análise, com base no índice legal de 25%, correspondeu a R$ 8.124.200 mil. 8.2.2 VALORES APLICADOS EM MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO – MDE As ações em manutenção e desenvolvimento do ensino, realizadas pelo Estado do Rio de Janeiro em 2013, alcançaram o montante de R$ 5.791.622 mil. Custeadas com os recursos especificados na base de cálculo, foram executadas através das fontes 00, 15 e 22, conforme demonstrado a seguir: Contas de Gestão – Exercício 2013 133 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado EXECUÇÃO DA DESPESA POR FONTE RECURSO - MDE R$ M il FONTE DE RECURSO DESPESA EMPENHADA 00 Ordinários Provenientes de Impostos 15 Fundo Manut. Desenv. Educação Básica - FUNDEB 22 Fundo Estadual de Combate a Pobreza - FECP TOTAL 2.441.129 2.600.403 750.091 5.791.622 PART. 42,15% 44,90% 12,95% 100,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Com o objetivo de demonstrar a natureza básica das ações que se aglutinam na Função Educação, a tabela a seguir apresenta de forma detalhada a aplicação dos recursos, demonstrando os gastos realizados e segmentados por subfunção: EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR SUBFUNÇÃO - MDE R$ M il SUBFUNÇÃO (Fontes: 00, 06, 07, 15 e 22) Administração Geral 2013 EMPENHADA PART. 1.950.510 33,68% 181.858 17.221 3,14% 0,30% Ensino Fundamental 1.158.594 20,00% Ensino Médio Ensino Profissional 1.999.087 90.791 34,52% 1,57% 182.567 3,15% 658 18.287 0,01% 0,32% 707 0,01% 106.456 84.886 5.791.622 1,84% 1,47% Assistência à Criança e ao Adolescente Alimentação e Nutrição Ensino Superior Educação de Jovens e Adultos Educação Especial Difusão Cultural Desenvolvimento Científico Difusão do Conhecimento Científ. e Tecnológ. TOTAL 100,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Em relação às despesas categorizadas por subfunção, destacam-se os gastos com o “Ensino Médio” que atingiram um montante de R$ 1.999.087 mil, e corresponderam a 34,52% do total empenhado. Deste total gasto com o ensino médio, R$ 1.848.919 mil referem-se às despesas com “Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica – Ensino Médio”, e os R$ 150.168 mil restantes, às demais despesas, estando incluídos neste valor, R$ 60.675 mil para a “Autonomia Financeira e Administrativa das Escolas” e R$ 37.908 mil para a Ampliação da Rede e Melhoria da Infraestrutura. Em seguida, representando 33,68% do total realizado por subfunção, as despesas com “Administração Geral” alcançaram um montante de R$ 1.950.510 mil. A maio parte deste valor Contas de Gestão – Exercício 2013 134 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado refere-se ao pagamento de “Pessoal e Encargos Sociais”, no montante de R$ 1.413.077 mil, aos servidores que prestam serviços administrativos de apoio a atividade fim da educação. Cabe destacar, as despesas com a subfunção “Ensino Fundamental” que representaram 20,00% do total realizado, alcançando um montante de R$ 1.158.594 mil, tendo como principais gastos as despesas com Pessoal e Encargos Sociais da Educação Básica – Ensino Fundamental (R$ 1.157.253 mil). A seguir, evidenciamos as despesas empenhadas com Educação por Unidade Gestora Executante: EXECUÇÃO DA DESPESA POR UNIDADE GESTORA EXECUTANTE - MDE R$ M il UNIDADE GESTORA EXECUTANTE UG (Fontes: 00, 06, 07, 15 e 22) 2013 EMPENHADA PART. 045200 090100 120100 120200 123400 124100 150100 170100 180100 200900 Empresa de Obras Públicas do Estado do RJ Procuradoria Geral do Estado Sec de Est de Planejamento e Gestão - SEPLAG Subsecretaria de Rec. Logísticos - SEPLAG Fundo Único de Prev Social do Estado do RJ Fund Centro Est Estat, Pesq,Form Serv-CEPERJ Secretaria de Estado de Cultura Secret de Estado de Esporte e Lazer Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria Adjunta do Tesouro Estadual 35.807 3.186 7.033 3.746 713 17.111 1.983 265 3.583.148 101.867 0,62% 0,06% 0,12% 0,06% 0,01% 0,30% 0,03% 0,00% 61,87% 1,76% 210100 210700 254100 261100 370200 390100 403200 404100 404310 404400 404500 404600 404700 TOTAL Secretaria de Estado da Casa Civil Departamento Geral de Ações Sócio-Educativas Fundação Santa Cabrini Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro Encargos Gerais do Estado sob Superv da SEFAZ Subsecretaria de Comunicação Social Centro de Tecn de Informação e Comun do ERJ Fundação C.C.F. de Amparo à Pesquisa do ERJ Administração Central da Universidade do ERJ Fund de Apoio à Escola Técnica do Est do RJ Fund Univ Est Norte Fluminense Darcy Ribeiro Fund Centro Ciên Educ Sup Distân do Est RJ 46 141.480 120 45.700 1.341 12.424 15.322 191.342 736.127 685.012 128.373 57.292 22.183 5.791.622 0,00% 2,44% 0,00% 0,79% 0,02% 0,21% 0,26% 3,30% 12,71% 11,83% 2,22% 0,99% 0,38% 100,00% Centro Universitário Estadual da Zona Oeste Fo nte: SIA FEM /SIG Conforme demonstrado, a unidade gestora Secretaria de Estado de Educação executou 61,87% (R$ 3.583.148 mil) do total de recursos aplicados em Educação. Atentamos também para a execução orçamentária realizada através das UG’s 404310 – Administração Central da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e 404400 – Fundação Contas de Gestão – Exercício 2013 135 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado de Apoio à Escola Técnica (FAETEC), que juntas somaram R$ 1.421.139 mil, em atendimento a diversos projetos e atividades para manutenção e desenvolvimento de suas atividades-fim. 8.2.3 DESPESAS EXCLUÍDAS PARA APURAÇÃO DO LIMITE CONSTITUCIONAL Algumas despesas registradas na função 12 – Educação – não devem ser consideradas para fins de cálculo do total efetivamente gasto com manutenção e desenvolvimento do ensino, é o que salienta o art. 71 da Lei N° 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBE) – transcrito a seguir: Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com: I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão; II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou cultural; III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos; IV - programas suplementares de alimentação, assistência médicoodontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social; V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar; VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino. Assim sendo, quando da apuração para o cumprimento do mínimo constitucional, delimitado no art. 212 da Constituição Federal, faz-se necessário deduzir determinadas despesas, por não se enquadrarem nos incisos estabelecidos pelo referido artigo da LDBE. Contas de Gestão – Exercício 2013 136 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado DEDUÇÕES PARA ATENDIMENTO DO MÍNIMO CONSTITUCIONAL R$ M il DEDUÇÕES EMPENHADA Despesa no PT 2253 - Nutrição Escolar p/Unidades da FAETEC 17.221 Despesa no PT 2701 - Disponibilização de Refeição 16.347 Despesa com o RIO PREVIDÊNCIA (UGE 1234__) Despesa com CEPERJ (U.O 1241) Despesa com FAPERJ (U.O 4041) 713 15.163 243.608 Despesa no Elemento 3370% 1.341 Encargos com Multas/Juros INSS - Pessoal (31901308) Encargos com Multas/Juros - Impostos (33903992 e 33904723) Despesas com Restituições (33909302 e 44909302) Aplicação Financeira FUNDEB (132501% - fonte 15) Restos a Pagar Cancelados TOTAL DAS DEDUÇÕES 207 2.651 305 10.266 7.608 315.431 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG 8.2.4 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO NO SISTEMA EDUCACIONAL O valor mínimo a ser aplicado em Educação no ano de 2013, com base no índice legal de 25% da Base de Cálculo (Receita Líquida de Impostos), correspondeu a R$ 8.124.200 mil. APURAÇÃO DO ÍNDICE CONSTITUCIONAL R$ M il DESCRIÇÃO Total das Despesas com Sistema Educacional Perda Líquida na Transferência ao FUNDEB (-) Total das Deduções Total das Despesas para Fins de Limite Constitucional Base de Cálculo (Total da Receita Líquida de Impostos) Valor mínimo a ser aplicado em Educação (25% da Base de Cálculo) Índice Alcançado (Despesas p/ Fins de Limite Const. ÷ Base de Cálculo) DESPESA EMPENHADA 5.791.622 2.806.845 (315.431) 8.283.036 DESPESA LIQUIDADA 5.791.621 2.806.845 (315.431) 8.283.034 32.496.798 8.124.200 25,49% 32.496.798 8.124.200 25,49% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG As despesas com manutenção e desenvolvimento educacional, consideradas para fins de limite constitucional, totalizaram o montante de R$ 8.283.036 mil, representando um percentual de 25,49% da base de cálculo. Lembramos que a fim de não comprometer o índice, além das deduções legais demonstradas no ponto anterior, no valor de R$ 315.431 mil, foram adicionados como despesa, R$ 2.806.845 mil referente à Perda Líquida com as transferências realizadas ao FUNDEB, apurada conforme demonstrado no item 4.2 – Resultado da Participação do Estado no FUNDEB/RJ. Contas de Gestão – Exercício 2013 137 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 8.3 FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS FILHO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – FAPERJ A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ, que tem por objetivo fomentar a pesquisa e a formação científica e tecnológica necessárias ao desenvolvimento sócio cultural e econômico do Estado, é uma pessoa jurídica de direito público, instituída em conformidade com a autorização dada pela Lei nº. 319, de 06 de junho de 1980, combinada com a Lei nº. 3.783 e a Lei Complementar nº. 102, ambas de 18 de março de 2002, que estabelecem sua estrutura e seu estatuto. O artigo 332 da Constituição Estadual, o qual dispõe sobre o índice mínimo a ser aplicado na FAPERJ, com o advento da Emenda Constitucional Estadual nº. 32, de 10/12/2003, sofreu a seguinte modificação, com aplicação a partir do ano de 2007: Art. 1º - O artigo 332 da Constituição Estadual passa a ter a seguinte redação: “O Estado do Rio de Janeiro destinará, anualmente, à Fundação de Amparo à Pesquisa – FAPERJ, 2% (dois por cento) da receita tributária do exercício, deduzidas as transferências e vinculações constitucionais e legais”. 8.3.1 BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL – FAPERJ Considerando a legislação mencionada anteriormente, apresentamos a seguir, o Demonstrativo das Receitas Tributárias auferidas pelo Estado em 2013, que são utilizadas como base de cálculo para aplicação dos recursos da FAPERJ: BASE DE CÁLCULO PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL - FAPERJ Ref. Art.332 da Constituição Estadual R$ M il RECEITAS CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL Receita Tributária Arrecadada pelo Tesouro Multas e Juros de Mora dos Tributos Arrecadados pelo Tesouro Multas e Juros de Mora da Dív. Ativa dos Tributos Arrecad. pelo Tesouro Receita da Dívida Ativa dos Tributos Arrecadados pelo Tesouro 2013 PREVISTA ARRECADADA DIFERENÇA ARREC./PREV. 37.098.170 38.611.900 1.513.730 104,08% 292.862 344.003 51.141 117,46% 78.710 115.406 36.696 146,62% 619.922 (8.122) 98,71% (-) Cota Parte dos Municípios (8.596.336) 628.044 (8.912.288) (315.952) 103,68% (-) Aplicação em Educação (25% da base líquida de impostos) (7.361.024) (7.688.524) (327.500) 104,45% (-) Aplicação em Saúde (12% da base líquida de impostos) (3.533.292) (3.690.492) (157.200) 104,45% Receita Líquida Tributária - Base de Cálculo 18.607.134 19.399.927 792.793 104,26% Mínimo a Ser Aplicado na FAPERJ (2% da Receita Arrecadada) 387.999 Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 138 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado A receita líquida de impostos, inicialmente prevista na Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2013, como base de cálculo para o valor mínimo a ser aplicado na FAPERJ, conforme disposto no artigo 332 da Constituição Estadual, correspondeu a R$ 18.607.134 mil. Ao final do ano, o montante arrecadado correspondente a Receita Líquida Tributária alcançou o valor de R$ 19.399.927 mil, superando em R$ 792.793 mil (+4,26%) o total previsto para o exercício. Assim, o valor mínimo a ser aplicado no período em análise, deduzidas as transferências e vinculações constitucionais e legais correspondeu a R$ 387.999 mil, tendo como base o índice constitucional de 2%. 8.3.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA FAPERJ As aplicações orçamentárias executadas pela FAPERJ, consideradas para fins de limite constitucional, são aquelas realizadas através da fonte 00 – Ordinários Provenientes de Impostos, que atingiram o total de R$ 389.363 mil das despesas empenhadas com recursos do fundo. A tabela a seguir apresenta de forma detalhada a aplicação dos recursos, demonstrando os gastos realizados na fonte 00 em diversas ações de apoio à pesquisa, segmentados por subfunção, através da Unidade Orçamentária da FAPERJ (U.O. 4041): DESPESAS COM RECURSOS DA FAPERJ POR SUBFUNÇÃO R$ M il 2013 SUBFUNÇÃO (U.O. 4041 - Fonte: 00) EMPENHADA PART. Administração Geral 10.213 Tecnologia da Informação 20.876 5,36% Ensino Superior 2,62% 52.266 13,42% 144.650 37,15% Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia 76.296 19,60% Difusão do Conhecimento Científ. e Tecnológ. 85.062 21,85% 389.363 100,00% Desenvolvimento Científico Total das Despesas Por Subfunção Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG A Subfunção “Desenvolvimento Científico” absorveu 37,15% dos recursos utilizados pela FAPERJ. Sua ação é representada pelos programas “Pesquisa Rio”, desenvolvido através das atividades “Apoio à Pesquisa na Administração Pública Estadual” e “Desenvolvimento de Estudos e Pesquisas Através da FAPERJ”, em que foi empenhado um total de R$ 144.650 mil. Por conseguinte, a Subfunção “Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico”, segunda maior participação do grupo, absorveu 21,85% (R$ 85.062 mil) dos recursos utilizados pela Contas de Gestão – Exercício 2013 139 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado FAPERJ no exercício de 2013. Sua ação é representada pelos programas “Capacitação para Pesquisa” e “Capacitação do Empreendedor”, onde foram empenhados respectivamente R$ 84.886 mil e R$ 176 mil com auxílio financeiro a pesquisadores e estudantes voltados para a capacitação na área de pesquisas científicas. Cabe ainda destacar que foram empenhados R$ 10.213 mil em despesas com atividades administrativas, correspondendo a 2,62% das despesas realizadas pela FAPERJ, encontrando-se tal percentual dentro do limite legal máximo de 5,00% preconizado pelo art. 5° da Lei Complementar Estadual 102/02. Buscando a consecução de seus objetivos, a FAPERJ descentralizou créditos orçamentários a diversas unidades gestoras executantes. Do total dos recursos aplicados, em 2013, R$ 317.955 mil (81,66%) foram empenhados através da UGE 404100 – FAPERJ, sendo os 18,34% restantes descentralizados às demais UGE’s conforme se verifica na tabela a seguir: EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR UNIDADE GESTORA EXECUTANTE R$ M il UNIDADE GESTORA EXECUTANTE UG (Fonte: 00) 120100 Sec de Est de Planejamento e Gestão 120200 Subsecretaria de Recursos Logisticos - SEPLAG 150100 Secretaria de Estado de Cultura 200900 Subsecretaria Adjunta do Tesouro Estadual 390100 Subsecretaria de Comunicação Social 400100 Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia 403200 Centro de Tecn de Informação e Comun do ERJ 404100 Fundação C.C.F. de Amparo à Pesquisa do ERJ - FAPERJ 404310 404500 404600 2013 EMPENHADA PART. 145 0,04% 25 0,01% 2.000 0,51% 56 0,01% 68 0,02% 1.902 0,49% 14.946 3,84% 317.955 81,66% Administração Central da UERJ 25.518 6,55% Fund Univ Est Norte Fluminense Darcy Ribeiro 10.126 2,60% Fund Centro Ciên Educ Sup Distân do Est RJ 16.622 4,27% 389.363 100,00% TOTAL DAS DESPESAS POR SUBFUNÇÃO Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Dentre as Unidades Gestoras que executaram créditos descentralizados pela FAPERJ, coube a Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ o maior percentual destes recursos, 6,55% (R$ 25.518 mil). Além disso, também foram executados 4,27% (R$ 16.622 mil) pela Fundação Centro Ciências Educação à Distância e 3,84% (R$ 14.946 mil) pelo Centro de Tecnologia de Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro. Contas de Gestão – Exercício 2013 140 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 8.3.3 APURAÇÃO DO PERCENTUAL CONSTITUCIONAL APLICADO PELA FAPERJ Confrontando o valor mínimo a ser aplicado na FAPERJ (2% da Base de Cálculo) com o montante da execução orçamentária realizada, depreende-se que o Estado do Rio de Janeiro atendeu ao ditame preconizado pelo artigo 332 da Constituição Estadual. APURAÇÃO DO ÍNDICE CONSTITUCIONAL R$ M il Total das Despesas para Fins de Limite Constitucional DESPESA EMPENHADA 389.363 DESPESA LIQUIDADA 389.363 Base de Cálculo (Total da Receita Líquida de Impostos) 19.399.927 19.399.927 387.999 387.999 DESCRIÇÃO Valor mínimo a ser aplicado na FAPERJ (2% da Base de Cálculo) Índice Alcançado (Despesas p/ Fins de Limite Const. ÷ Base de Cálculo) 2,01% 2,01% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Em 2013, foram empenhados R$ 389.363 mil com os recursos da FAPERJ, ou seja, 2,01% da base de cálculo, resultando em um excesso de aplicação de R$ 1.364 mil em relação ao percentual mínimo exigido. 8.4 FUNDO ESTADUAL DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO URBANO – FECAM A Constituição Estadual, em seu artigo 263, autorizou ao Poder Executivo, a criação de um fundo de natureza contábil, a ser denominado Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano – FECAM, com o intuito de atender às necessidades financeiras de projetos e programas ambientais e de desenvolvimento urbano. Desta forma, o FECAM tem como propósito o controle ambiental. Seus recursos poderão ser utilizados em programas e projetos de recuperação e preservação e uso sustentável no meio ambiente, bem como no desenvolvimento urbano por órgãos públicos estaduais, prefeituras municipais, universidades públicas e organizações não governamentais, sem fins lucrativos, cujos objetivos estejam em consonância com as questões ambientais, sendo vedada a sua utilização para pagamento de pessoal da administração pública direta ou indireta ou ainda, de despesas de custeio diversas de sua finalidade. Contas de Gestão – Exercício 2013 141 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 8.4.1 COMPOSIÇÃO DOS RECURSOS DESTINADOS AO FECAM Os recursos que deverão ser destinados ao FECAM estão discriminados no §1°, do artigo 263 da Constituição Estadual, reproduzidos em seu texto original no art. 3° da Lei Estadual N° 1.060/86, com as alterações produzidas pela Lei Estadual N° 4.143/03, contendo a seguinte redação: 5% (cinco por cento) da compensação financeira a que se refere o art. 20, § 1º, da Constituição da República; Produto das multas e indenizações referentes a infrações à legislação de proteção ambiental federal e estadual aplicadas ou recolhidas pelo Estado do Rio de Janeiro, inclusive as provenientes de condenações fundamentadas na Lei Federal nº 7347, de 24 de julho de 1985; Produto de arrecadação de taxas ou contribuições pela utilização de recursos ambientais; Dotações e créditos adicionais que lhe forem atribuídos; Empréstimos, repasses, doações, subvenções, auxílios contribuições, legados ou quaisquer outras transferências de pessoas físicas ou jurídicas nacionais, estrangeiras ou internacionais, de direito público ou privado, diretamente ou através de convênios; Rendimentos provenientes de suas operações ou aplicações financeiras; Outros recursos eventuais. A Emenda Constitucional Estadual n° 48, de 2011, acrescentou ao parágrafo 1º, do artigo 263 da Constituição Estadual, o inciso VI, destinando ao FECAM 10% (dez por cento) da compensação financeira a que se refere o art. 20, §1º, da Constituição Federal, a que faz jus o Estado do Rio de Janeiro, quando se tratar de petróleo e gás extraído da camada do pré-sal. “Art. 263 - (...) § 1º - (...) VI - 10% (dez por cento) da compensação financeira a que se refere o art. 20, §1º, da Constituição Federal, a que faz jus o Estado do Rio de Janeiro, quando se tratar de petróleo e gás extraído da camada do pré-sal, não se aplicando nesse caso o disposto no inciso I.” O decreto n° 43.996, de 18 de dezembro de 2012, que dispõe sobre a metodologia de cálculo para apuração do valor a ser destinado ao FECAM, incumbiu à Secretaria de Estado de Fazenda, por meio da Contadoria Geral do Estado, editar normas complementares referentes à contabilização da receita e da despesa de que trata este decreto. Contas de Gestão – Exercício 2013 142 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado De acordo com os critérios de contabilização adotados, as receitas pertencentes ao FECAM, fazem parte da arrecadação de rubricas específicas, destacadas na tabela a seguir por contas contábeis escrituradas no SIAFEM, que compõem a base de cálculo dos valores destinados ao Fundo em 2013. CÁLCULO DOS RECURSOS DESTINADOS AO FECAM Ref. Art.263 da Constituição Estadual R$ M il RECEITAS CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL CONTAS CONTÁBEIS DESCRIÇÃO 41340.99.01 Recursos Hídricos 41340.99.02 Recursos Minerais 2013 PREVISTA ARRECADADA 11.853 9.178 2.429 3.624 DIFERENÇA ARREC./PREV. (2.675) 77,43% 1.195 149,21% 41340.99.03 Royalties - até 5% 41340.99.05 Royalties - Excedentes à 5% 1.235.772 1.242.999 1.155.312 1.112.307 (80.460) (130.692) 93,49% 89,49% 41340.99.06 Royalties - Participação Especial 41340.99.07 Fundo Especial do Petróleo - FEP Base de Cálculo do FECAM PÓS-SAL 4.769.646 3.477 7.266.176 4.802.788 33.143 3.981 504 7.087.190 (178.985) 354.360 100,69% 114,50% 97,54% Valor a Ser Aplicado no FECAM c/ Receitas do PÓS-SAL (5% da Arrecadação) (I) 41340.99.08 Cota-Parte Comp. Fin. Royalties Petróleo até 5% PRÉ-SAL 41340.99.10 Royalties Petróleo Excedente a 5% PRÉ-SAL - 142.232 139.659 41340.99.11 Cota-Parte Participação Especial Lei N° 9.478/97 PRÉ-SAL Base de Cálculo do FECAM PRÉ-SAL - 437.373 Valor a Ser Aplicado no FECAM c/ Receitas do PRÉ-SAL (10% da Arrecadação) (II) Total a Ser Aplicado no FECAM com as Receitas do PÓS-SAL + PRÉ-SAL (I + II) 719.264 71.926 - - 426.286 Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Obs: A Emenda Constitucional Estadual n°48, de 2011, acrescentou ao parágrafo 1º, do artigo 263 da Constituição Estadual, o inciso VI, destinando ao FECAM 10%(dez por cento) da compensação financeira a que se refere o art. 20, §1º, da Constituição Federal, a que faz jus o Estado do Rio de Janeiro, quando se tratar de petróleo e gás extraído da camada do pré-sal. O total destinado ao FECAM foi de R$ 426.286 mil. Esse montante é composto por 5% da participação nos resultados da exploração de petróleo, de gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, que totalizaram R$ 354.360 mil, além dos 10% das receitas provenientes das rubricas do PRÉ-SAL, que totalizaram R$ 71.926 mil. 8.4.2 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA COM RECURSOS DO FECAM O disciplinamento da utilização dos recursos do Fundo cabe a um Conselho Superior composto por representantes das Secretarias de Estado de Planejamento e Gestão e de Fazenda (SEPLAG e SEFAZ), do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) e da Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDEMA), indicados pelos titulares dos respectivos órgãos e nomeados pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro. O referido Conselho tem como presidente e membro nato o Secretário de Estado do Ambiente. Ao longo do exercício de 2013, foram autorizados R$ 427.926 mil para serem utilizados em projetos e atividades vinculados aos recursos provenientes do FECAM, cabendo à fonte 04 Contas de Gestão – Exercício 2013 143 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado indenização pela extração de petróleo - a maior parte da execução destes recursos, 99,67% (R$ 426.141 mil). Com os recursos advindos dessa importante fonte, o Estado tem investido no programa estadual Pacto pelo Saneamento. Instituído pelo decreto estadual nº 42.930, de 18 de Abril de 2011, o Pacto pelo Saneamento é uma iniciativa que envolve três programas: o Lixão Zero, fruto de parceria com as prefeituras e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa); o Rio+Limpo, em parceria com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária e prefeituras; e o Plano Guanabara Limpa, que tem como parceiros o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), prefeituras, Cedae e Governo Federal . EXECUÇÃO DA DESPESA POR FONTE RECURSO - FECAM R$ M il FONTE DE RECURSO (U.O. 24040 - FECAM) 01 Ordinários Não Provenientes de Impostos 04 Indenização Pela Extração de Petróleo 97 Conservação Ambiental TOTAL DOTAÇÃO AUTORIZADA DESPESA EMPENHADA PART. TOTAL EMPENHADO 714 426.141 1.070 714 426.141 715 0,17% 99,67% 0,17% 427.926 427.570 100,00% Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Com o objetivo de demonstrar a natureza básica das ações que se aglutinam no FECAM, a tabela a seguir apresenta de forma detalhada a aplicação dos recursos, demonstrando os gastos realizados e segmentados por subfunção no exercício de 2013: EXECUÇÃO DAS DESPESAS DO FECAM POR SUBFUNÇÃO R$ M il SUBFUNÇÃO (Fontes: 01, 04 e 97 / U.O. 24040 - FECAM) Transportes Coletivos Urbanos Saneamento Básico Urbano Preservação e Conservação Ambiental Controle Ambiental Recuperação de Áreas Degradadas Promoção da Produção Vegetal TOTAL DAS DESPESAS POR SUBFUNÇÃO 2013 EMPENHADA 44.992 178.242 168.781 21.677 13.840 39 427.570 PART. 10,52% 41,69% 39,47% 5,07% 3,24% 0,01% 100,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG A maior aplicação do FECAM ocorreu através da subfunção “Saneamento Básico Urbano”, executando R$ 178.242 mil, que corresponde a 41,69% do total empenhado. Dentre todas as ações, podemos destacar as destinadas ao projeto “Saneamento nas Bacias da Baía de Guanabara” e “Rio Mais Limpo”, executadas através da CEDAE e Secretaria de Estado do Ambiente. A segunda maior representação dos recursos aplicados no FECAM deu-se em “Preservação e Conservação Ambiental” (R$ 168.781 mil), o que corresponde a 39,47% do total aplicado em Contas de Gestão – Exercício 2013 144 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 2013. Destaca-se nesta subfunção o dispêndio realizado pelo Instituto Estadual do Ambiente – INEA para o qual foram destinados, R$ 152.099 mil para atender diversos programas como “Projeto Iguaçu – PAC/RJ/FECAM”, “Prevenção e Controle Ambiental de Inundações”, entre outros, tendo como objetivo reduzir os prejuízos e as perdas de vida nas cheias e minimizar os problemas decorrentes das inundações que atingem as comunidades. As áreas atendidas com tais ações foram a Região Serrana e a Baixada Fluminense. Buscando a consecução de seus objetivos, o FECAM descentralizou créditos orçamentários a diversas outras unidades gestoras executantes, conforme se verifica na tabela a seguir: EXECUÇÃO DA DESPESA POR UNIDADE GESTORA EXECUTANTE - FECAM R$ M il UNIDADE GESTORA EXECUTANTE (Fontes: 01, 04 e 97 / U.O. 24040 - FECAM) 2013 EMPENHADA 070100 Secretaria de Estado de Obras 070200 CEDAE - Ações Descentralizadas 124100 Fund Centro Est Estat, Pesq,Form Serv-CEPERJ 135400 Empr de Pesquisa Agropecuária do Est do RJ 210100 Secretaria de Estado da Casa Civil 240100 Secretaria de Estado do Ambiente 240200 Unidade Executora de Programa - UEPSAM 243200 Instituto Estadual do Ambiente - INEA 261100 Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro 317300 Comp de Transp sobre Trilhos do Est do RJ 353100 Depart Recursos Minerais Estado RJ 404310 UERJ - Administração Central TOTAL PART. 4.020 117.311 0,94% 27,44% 530 0,12% 688 2.089 0,16% 0,49% 51.721 12,10% 249 180.661 0,06% 42,25% 8.935 2,09% 42.903 1.076 10,03% 0,25% 17.387 427.570 4,07% 100,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Dentre as Unidades Gestoras que executaram créditos descentralizados pelo FECAM, coube ao Instituto Estadual do Ambiente – INEA o maior percentual destes recursos, 42,25% (R$ 180.661 mil). Deste total aplicado, 45,94% foram destinados ao projeto “Prevenção e Controle Ambiental de Inundações”, 23,86% ao “Projeto Iguaçu - PAC-RJ/FECAM” e 14,16% ao “Projeto de Apoio a Projetos de Saneamento, Proteção e Recuperação Ambientais”. Aos demais projetos foram destinados R$ 28.975 mil (16,04%). Além disso, foram descentralizados R$ 117.311 mil (27,44%) para CEDAE, sendo a maior parte destes recursos aplicados em projetos tais como: “Saneamento da Baía de Guanabara”, “Esgotamento Sanitário da Zona Oeste” e “Rio Mais Limpo”. 8.4.3 APURAÇÃO DO PERCENTUAL DE DESPESAS FRENTE ÀS RECEITAS DO FECAM Comparando-se o total de despesas incorridas a partir de recursos do FECAM com o total das receitas de compensação financeira provenientes dos royalties do petróleo e dos recursos hídricos e minerais, obtêm-se os seguintes percentuais: Contas de Gestão – Exercício 2013 145 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado PERCENTUAL DE DESPESAS APLICADAS COM RECURSOS DO FECAM R$ M il APURAÇÃO DO PERCENTUAL APLICADO NO FECAM (Fontes: 01 e 04 / U.O. 24040 - FECAM) Receitas Arrecadadas PÓS-SAL, Recursos Hídricos e Minerais (5%) EMPENHADA Valor LIQUIDADA Part. Valor Part. 354.360 83,13% 354.360 83,13% Receitas Arrecadadas PRÉ-SAL (10%) 71.926 16,87% 71.926 16,87% Total a Ser Aplicado no FECAM (I) 426.286 100,00% 426.286 100,00% Despesas Aplicadas com Recursos do FECAM 427.570 100,21% 427.570 100,21% (715) -0,17% (715) -0,17% (-) Despesas Executadas através da Fonte 97 (-) Restos a Pagar Processados Cancelados (163) -0,04% (163) -0,04% Total das Despesas consideradas para Apuração do Índice (II) 426.692 100,00% 426.692 100,00% Execução da Despesa em relação ao mínimo a ser Aplicado (II ÷ I) 100,10% - 100,10% - Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Para efeito de cumprimento da aplicação do limite constitucional, foram excluídos do cálculo, os valores referentes à realização de despesas com a fonte de recursos 97 – Conservação Ambiental, no valor de R$ 715 mil, por não serem provenientes da compensação financeira a que se refere o art. 20, § 1º, da Constituição da República. Conclui-se, assim, que o Estado do Rio de Janeiro, ao aplicar R$ 426.692 mil em projetos e atividades a cargo do FECAM em 2013, superou em 0,22% (R$ 406 mil) o total dos recursos disponíveis ao fundo por conta das compensações financeiras a que se referem os incisos I e IV, §1°, do artigo 263 da Constituição Estadual. Contas de Gestão – Exercício 2013 146 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 147 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 9 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 9.1 COMENTÁRIOS A Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF), estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II, do título VI, da Constituição Federal, tendo como premissas básicas o planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização, criando condições para a implantação de uma nova cultura gerencial dos recursos públicos e incentivando o exercício pleno da cidadania, especialmente no que se refere à participação do contribuinte no processo de acompanhamento da aplicação dos recursos públicos e de avaliação dos seus resultados. Para atingir estes objetivos a Lei dispõe de meios, dentre os quais se destaca a busca do equilíbrio das contas públicas pelo alcance de metas de resultado entre receitas e despesas, e a imposição de limites e condições para renúncia de receita, despesas com pessoal, seguridade social, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, concessão de garantias e inscrição em restos a pagar. A transparência é assegurada pela publicação e disponibilização de Planos, Orçamentos, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Prestação de Contas, Parecer Prévio dos Tribunais de Contas e Relatórios Resumido de Execução Orçamentária e de Gestão Fiscal, onde são observados os limites dos gastos públicos, segundo as metas estabelecidas nesta lei. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficam à disposição para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade. Com vistas a promover o relacionamento do cidadão com o Estado e buscando reforçar o conceito de transparência da Lei de Responsabilidade Fiscal atribuindo aos detentores de informações públicas a sua divulgação eletrônica dos atos e contratos administrativos, recebimento de recursos, pagamento de compras, serviços e obras públicos, foi sancionada a Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009, que determina a disponibilização em tempo real de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Firma-se o propósito de transparecer as finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal disponível a todos os cidadãos em todas as esferas dos poderes públicos. De um lado, o ente da federação disponibiliza todos os atos da Administração Pública em tempo real e, Contas de Gestão – Exercício 2013 148 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado de outro, os cidadãos inclusos digitalmente têm acesso às informações detalhadas da execução orçamentária de todos os órgãos dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo da União, Estados, municípios e do Distrito Federal. Deve-se entender que a transparência pública garante o incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos. Outra garantia da LC 131, de 2009, é a adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União extensivo aos demais entes da Federação que devem disponibilizar a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações privilegiadas quanto à despesa e à receita públicas. A norma determina a transparência de todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer do lançamento e recebimento de toda a receita, inclusive os referentes a recursos extraorçamentários, da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado. Com isso, todas as referências dos atos administrativos e contratos administrativos, abrangendo os convênios, consórcios, termos de parceria públicoprivada e contratos de gestão, ou seja, tudo que resultar em despesas públicas. Há que salientar que a LC 131, de 2009, estabelece prazos, contados a partir de 27 de maio de 2009, para que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotem os portais de transparência pública ou outro mecanismo para disponibilização de todos os atos e contratos administrativos para os cidadãos inclusos digitalmente, sendo de 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes, de 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes e de 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil) habitantes. Cabe acrescentar que foram excluídas dos demonstrativos da Lei de Responsabilidade Fiscal a Imprensa Oficial, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos e a Agência Estadual de Fomento - AGERIO por não se enquadrarem no conceito de Empresa Dependente. A Contadoria-Geral do Estado, ao remeter os quadros e demonstrativos da Lei Complementar Federal nº 101/2000, coloca-se à disposição para o cumprimento das audiências públicas indicadas no parágrafo 4º, do artigo 9º, da Lei de Responsabilidade Fiscal. Contas de Gestão – Exercício 2013 149 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 9.2 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO A Lei de Responsabilidade Fiscal determina, em seu art. 4º, parágrafo 1º, que, integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, o Anexo de Metas Fiscais, em que são estabelecidas as metas fiscais para o exercício a que se referem, e para os dois seguintes, relativas a receitas, despesas, resultado nominal e primário e montante da dívida pública. Atendendo ao dispositivo legal, a Lei nº 6.292, de 09 de julho de 2012, Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 2012, fixou as Metas Fiscais para o exercício de 2013, em valores constantes e correntes. Posteriormente, estas metas foram compatibilizadas com o orçamento do exercício de 2013, conforme Lei nº 6.380, de 09 de janeiro de 2013 (Lei Orçamentária Anual – LOA). 9.2.1 ANEXO DE METAS FISCAIS O Anexo de Metas Fiscais abrangerá os Órgãos da Administração Direta dos Poderes, e entidades da Administração Indireta constituídas pelas autarquias, fundações, fundos especiais, empresas públicas e sociedades de economia mista que recebem recursos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, inclusive sob a forma de subvenções para pagamento de pessoal e custeio, ou de auxílios para pagamento de despesas de capital, excluídas, neste caso, aquelas empresas lucrativas que recebam recursos para aumento de capital. Nos itens a seguir, apresentam-se os quadros comparativos para acompanhamento do cumprimento das metas fiscais dos resultados primário e nominal. 9.2.1.1 Resultado Primário O Resultado Primário indica se os níveis de gastos orçamentários do Estado são compatíveis com sua arrecadação, ou seja, se as receitas não-financeiras são capazes de suportar as despesas não-financeiras. O Resultado Primário, que exclui das receitas totais os ganhos de aplicações financeiras e, dos gastos totais, os juros nominais devidos, mede como as ações correntes do setor público afetam a trajetória de seu endividamento líquido. O principal objetivo desse cálculo é avaliar a sustentabilidade da política fiscal em um dado exercício financeiro, tendo em vista o patamar atual da dívida consolidada e a capacidade de pagamento da mesma pelo setor público no longo prazo. Contas de Gestão – Exercício 2013 150 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 9.2.1.1.1 Resultado Primário a Preços Correntes Entende-se por preços correntes aqueles em que os bens e serviços são valorizados aos preços verificados no ano em causa. A tabela abaixo demonstra os valores atualizados pela variação do poder aquisitivo da moeda, ou seja, corrigidos pelos índices de inflação ou deflação aplicados no cálculo do valor corrente, trazendo assim os valores para os praticados no exercício em análise. RESULTADO PRIMÁRIO A PREÇOS CORRENTES R$ M il DESCRIÇÃO RECEITA TOTAL LDO (A) RECEITAS REALIZADAS (B) VARIAÇÃO C = (B) - (A) % D = (C) / (A) 72.739.524 67.954.721 (4.784.803) -6,58% (-) Rend. de Aplic. Financeira (-) Operações de Crédito 444.552 6.092.358 636.670 5.030.290 192.118 (1.062.068) 43,22% -17,43% (-) Receita de Alienações (-) Amortiz. Empréstimos Total da Rec. não Financeira (I) 3.076.635 239.869 4.153.351 244.867 1.076.716 4.998 35,00% 2,08% 62.886.110 57.889.543 (4.996.567) -7,95% DESCRIÇÃO LDO (A) EMPENHADO (B) LIQUIDADO VARIAÇÃO C = (B) - (A) DESPESA TOTAL 72.739.524 68.388.313 67.779.572 (-) Juros e Amortiz. Dívida 5.621.942 5.763.372 5.763.372 141.430 2,52% 30.404 31.152 31.003 748 2,46% Total da Desp. não Financeira (II) 67.087.179 62.593.789 61.985.197 Result. Primário (I) - (II) (4.201.068) (4.704.246) (4.095.654) (-) Concessão de Empréstimos (4.351.211) % D = (C) / (A) -5,98% (4.493.389) -6,70% (503.178) 11,98% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG A meta fixada para o resultado primário a preços correntes, através da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, para o exercício de 2013, foi de R$ (4.201.068) mil. Conforme se verifica na tabela anterior, com base na despesa empenhada, o Estado apurou em 2013 um déficit primário de R$ (4.704.246) mil, correspondente a 111,98% da meta fixada. 9.2.1.2 Montante da Dívida e Resultado Nominal 9.2.1.2.1 A Preços Correntes Contas de Gestão – Exercício 2013 151 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINAL (A PREÇOS CORRENTES) R$ M il LDO DESCRIÇÃO REALIZADO 2012 2013 2012 2013 A 71.736.924 B 78.178.163 C 74.432.768 D 79.696.467 (-) Disponibilidade de Caixa 6.671.599 6.338.019 7.836.754 9.101.724 (-) Haveres Financeiros 2.162.995 2.238.700 1.883.376 2.006.099 2.175.993 65.078.324 2.252.152 71.853.596 2.381.480 67.094.118 3.792.330 72.380.974 Dívida Consolidada (+) Restos a Pagar Processados Dívida Consolidada Líquida (A) (+) Receita de Privatizações (B) 820.000 (-) Passivo Reconhecido (C) - - - Dívida Fiscal Líquida (D) = (A) + (B) - (C) 65.898.324 71.853.596 - 741.843 1.427.235 1.324.758 65.666.884 71.798.059 Descrição LDO 2013 REALIZADO 2013 Resultado Nominal 5.955.273 6.131.176 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG O Resultado Nominal representa a diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida em 31 de dezembro de determinado ano, em relação ao apurado em 31 de dezembro do ano anterior. Verifica-se que em 2013, o Estado do Rio apurou um resultado nominal de R$ 6.131.176 mil, valor este R$ 175.903 mil, 2,95 %, acima da meta fixada para o exercício corrente. 9.2.1.2.2 A Preços Constantes DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINAL (A PREÇOS CONSTANTES) R$ M il LDO DESCRIÇÃO REALIZADO 2012 2013 A Dívida Consolidada 2012 B 2013 C D 69.970.441 6.507.315 72.566.681 5.883.088 71.824.195 7.562.107 72.875.065 8.322.687 (-) Haveres Financeiros 2.109.732 2.078.010 1.817.371 1.834.392 (+) Restos a Pagar Processados Dívida Consolidada Líquida (A) 2.122.410 2.090.497 2.298.019 3.467.735 63.475.804 799.808 66.696.080 - 64.742.736 - 66.185.722 678.347 (-) Disponibilidade de Caixa (+) Receira de Privatizações (B) (-) Passivo Reconhecido (C) - Dívida Fiscal Líquida (D) = (A) + (B) - (C) 64.275.612 66.696.080 1.377.216 1.211.369 63.365.520 65.652.700 Descrição LDO 2013 REALIZADO 2013 Resultado Nominal 2.420.468 2.287.180 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Conforme apresentado na tabela acima, o Resultado Nominal a preços médios apurado em 2012 (deflacionado pelo IGP-DI) foi de R$ 2.287.180 mil, representando 94,49 pontos percentuais da meta fixada na LDO, que foi de R$ 2.420.468 mil. Contas de Gestão – Exercício 2013 152 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 9.3 METAS BIMESTRAIS DE ARRECADAÇÃO A meta bimestral de arrecadação é um importante instrumento de planejamento e controle da execução orçamentária, pois vincula a liberação do orçamento às metas de arrecadação projetadas. Em acordo com o artigo 13 da Lei Complementar Federal n.º 101 - Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, o Governo do Estado do Rio de Janeiro publicou no Diário Oficial do Poder Executivo, de 18/02/2013, o Quadro de Metas da Distribuição Bimestral da Receita para o exercício de 2013. ARRECADAÇÃO ESTADUAL - METAS BIMESTRAIS R$ M il ESPECIFICAÇÃO 1º BIMESTRE Receitas Correntes 10.375.972 Tributária Contribuições Patrimonial 6.938.033 213.157 1.774.036 Agropecuária Industrial Serviços 83 18036 83.740 2º BIMESTRE 8.348.468 6.230.251 214.027 568.851 85 18036 89.112 3º BIMESTRE 9.382.119 6.001.120 214.073 1.761.457 70 18036 85.213 4º BIMESTRE 5º BIMESTRE 9.345.623 6.043.944 214.119 1.768.779 81 18036 89.334 8.323.839 6.051.478 214.166 575.741 82 18036 89.492 6º BIMESTRE 10.162.113 6.363.198 314.844 2.042.837 81 18036 89.563 TOTAL 55.938.135 37.628.024 1.384.385 8.491.701 482 108.216 526.455 Transf. Correntes Outras Rec. Correntes Receitas de Capital 1.057.755 291.132 967.701 961.706 266.400 1.115.324 995.633 306.518 1.791.600 929.753 281.577 2.983.291 1.086.294 288.551 2.499.473 1.045.596 287.958 2.863.981 6.076.736 1.722.136 12.221.369 Operações de Crédito Alienações de Bens Amort. Empréstimos 667.925 63.786 36.742 946.589 6.772 36.152 1.092.565 542.958 36.781 1.353.275 1.506.772 45.766 2.384.073 6.772 44.443 2.761.973 6.772 39.986 9.206.401 2.133.835 239.869 Transf. Capital Outras Rec. de Capital TOTAL 199.056 191 11.343.673 125.645 165 9.463.792 119.130 165 11.173.718 77.312 165 12.328.914 64.019 165 10.823.313 55.084 165 13.026.094 640.247 1.016 68.159.504 Fo nte: D.O 18/02/2013 No ta: 1- Excluídas a Imprensa Oficial, a CEDA E e a A GERIO por não se enquadrarem no co nceito de Empresa Dependente. 2 - Imprensa Oficial, CEDA E e A GERIO não co nstam no s Orçamento s Fiscal e da Seguridade So cial no exercício de 2013. 3 - Não fo ram co nsideradas as Receitas Intra-Orçamentárias. Contas de Gestão – Exercício 2013 153 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado ARRECADAÇÃO ESTADUAL - REALIZADO R$ M il VALORES EXECUTADOS RECEITAS Receitas Correntes Tributária Contribuições Patrimonial Agropecuária Industrial Serviços 1º BIMESTRE 2º BIMESTRE 3º BIMESTRE 4º BIMESTRE 5º BIMESTRE 6º BIMESTRE 10.165.784 6.411.591 271.461 7.911.209 5.646.808 218.766 9.852.703 8.439.165 8.385.318 6.027.921 200.704 5.220.636 259.504 6.015.700 231.921 13.292.620 6.363.198 248.856 58.046.799 35.685.855 1.431.212 TOTAL 2.051.741 17 35 598.129 12 96 97.070 1.792.193 8 103.215 (18.444) 1.668.609 15 10.359 779.970 46 30.565 2.123.259 18 18.048 60.721 9.013.901 116 162.318 376.461 945.410 3.533.109 2.381.592 5.412.383 5.964.554 9.907.922 Transf. Correntes Outras Rec. Correntes Receitas de Capital 104.656 966.581 359.702 631.931 938.718 411.610 1.117.573 813.670 67.582 855.898 933.436 2.310.929 356.563 1.680.855 64.875 892.107 370.134 1.785.042 Operações de Crédito Alienações de Bens Amort. Empréstimos Transf. Capital 619.616 2 12.313 73.823 1.004.577 2.571 36.603 1.966.460 1.355 103.597 239.516 577.426 1.000.538 55.632 47.259 44.410 1.665.130 31.616 43.887 1.748.556 481.750 51.451 99.836 5.030.290 4.153.351 244.867 479.414 Outras Rec. de Capital TOTAL 10.797.715 9.028.783 12.163.632 10.120.020 10.170.360 15.674.211 67.954.721 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG No ta: 1- Excluídas a Imprensa Oficial, a CEDA E e a A GERIO po r não se enquadrarem no co nceito de Empresa Dependente. 2 - Imprensa Oficial, CEDA E e A GERIO não co nstam no s Orçamento s Fiscal e da Seguridade So cial no exercício de 2013. 3 - Não fo ram co nsideradas as Receitas Intra-Orçamentárias. METAS DE ARRECADAÇÃO X VALORES REALIZADOS R$ M il METAS DE ARRECADAÇÃ A VALORES REALIZADOS B 1º Bimestre 2º Bimestre 11.343.673 9.463.792 10.797.715 9.028.783 (545.958) (435.010) 3º Bimestre 4º Bimestre 5º Bimestre 6º Bimestre 11.173.718 12.328.914 10.823.313 13.026.094 12.163.632 10.120.020 10.170.360 15.674.211 989.914 (2.208.893) (652.953) 2.648.118 TOTAL 68.159.504 67.954.721 (204.783) PERÍODOS Contas de Gestão – Exercício 2013 DIFERENÇA C=(B-A) 154 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado META ANUAL X VALORES REALIZADOS R$ M il ESPECIFICAÇÃO Receitas Correntes META ANUAL REALIZADO VAR.REAL VAR.NOM. 55.938.135 37.628.024 58.046.799 35.685.855 2.108.664 -1.942.169 3,77% -5,16% 1.384.385 8.491.701 482 1.431.212 9.013.901 116 46.827 522.199 -366 3,38% 6,15% -75,91% 108.216 526.455 6.076.736 162.318 376.461 5.412.383 54.102 -149.995 -664.353 49,99% -28,49% -10,93% 1.722.136 12.221.369 9.206.401 5.964.554 9.907.922 5.030.290 4.242.418 -2.313.447 -4.176.111 246,35% -18,93% -45,36% Alienações de Bens Amort. Empréstimos Transf. Capital 2.133.835 239.869 640.247 4.153.351 244.867 479.414 2.019.516 4.997 -160.833 94,64% 2,08% -25,12% Outras Rec. Capital TOTAL 1.016 68.159.504 0 67.954.721 -1.016 -204.783 0,00% -0,30% Tributária Contribuições Patrimonial Agropecuária Industrial Serviços Transf. Correntes Outras Rec. Correntes Receitas de Capital Operações de Crédito Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG No ta: 1- Excluídas a Imprensa Oficial, a CEDA E e a A GERIO po r não se enquadrarem no co nceito de Empresa Dependente. 2 - Imprensa Oficial, CEDA E e A GERIO não co nstam no s Orçamento s Fiscal e da Seguridade So cial no exercício de 2013. 3 - Não fo ram co nsideradas as Receitas Intra-Orçamentárias. Em relação aos dados apresentados, verifica-se que, em 2013, a arrecadação total do Estado, não considerando as receitas intraorçamentárias, atingiu o montante de R$ 67.954.721 mil, 0,3% abaixo da meta, estabelecida de R$ 68.159.504 mil. 9.3.1 CUMPRIMENTO AO ARTIGO 13 DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL Ainda, em cumprimento ao disposto no art. 13, da Lei de Responsabilidade Fiscal, foi publicada no D.O.ERJ, de 13 de fevereiro de 2014, a Resolução SEFAZ nº 723, de 12/02/2014, contendo as medidas de combate à evasão e à sonegação, a quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como a evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa, conforme apresentamos a seguir: 1 - MEDIDAS DE COMBATE À SONEGAÇÃO E EVASÃO FISCAIS 1.1 - CRUZAMENTO DE INFORMAÇÕES DE DÉBITOS DECLARADOS EM GIA NO EXERCÍCIO 2013 COM PAGAMENTOS. Com a finalidade de dar maior efetividade à cobrança, proceder-se-á a inscrição em dívida ativa dos débitos declarados em GIA, referentes ao exercício de 2013, vencidos e ainda não pagos. Contas de Gestão – Exercício 2013 155 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 1.2 - CRUZAMENTO DOS DÉBITOS DECLARADOS EM GIA-ST DOS EXERCÍCOS 2008 A 2012 COM PAGAMENTOS. De maneira semelhante ao item anterior, com a finalidade de dar maior efetividade à cobrança, proceder-se-á a inscrição em dívida ativa dos débitos de operações sujeitas à substituição tributária declarados em GIA-ST, por contribuintes externos, referentes aos exercícios de 2013, vencidos e ainda não pagos. 1.3 - CRUZAMENTO DE INFORMAÇÕES DE CARTÃO DE CRÉDITO E DÉBITO. Dando continuidade à iniciativa realizada durante o ano de 2013, a SEFAZ-RJ intensificará as fiscalizações com base nas informações fornecidas pelas operadoras de cartão de crédito e débito. Esse trabalho consiste no confronto dessas informações com os valores de faturamento informados pelos contribuintes. Havendo divergência, apura- se o imposto devido e eventuais multas e acréscimos moratórios. 1.4 - APURAÇÃO ESPECIAL DE ITD. Realizar um cruzamento das informações prestadas pela receita federal sobre doações e enviadas por força de Convenio a SEFAZ RJ que avaliará as divergências encontradas e efetuara a cobrança das diferenças porventura encontradas. 1.5 - SEGUNDA FASE DO PROJETO DO SISTEMA DE GESTÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO E DO DOMICÍLIO ELETRÔNICO DO CONTRIBUINTE Está em conclusão o projeto de Gestão de Crédito Tributário, em que serão realizados ajustes no portal pagamento e, também, será implantada ferramenta que possibilite que se faça em tempo real o batimento entre débitos declarados e pagamentos, e, posteriormente, possibilitada a emissão eletrônica de CND para todos os contribuintes. O Domicílio Eletrônico do Contribuinte trará benefícios para a Administração Tributária, tais como: Facilitação para localizar o contribuinte, pois diversas são as situações com que a Administração Tributária se depara provocando uma barreira ao contato com o contribuinte; Velocidade de processamento da ciência ao interessado; Gera um ambiente com maior Governança sobre a sua base de informação, resultando em incremento da capacidade fiscalizadora e no aumento da percepção pelo Contribuinte da presença fiscal; Utilização de mão de obra (Auditor Fiscal e Agente Fazendário) em atividades que agreguem valores ao processo de arrecadação através de maior tempo dedicado em Contas de Gestão – Exercício 2013 156 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado tarefas orientadas à investigação e identificação de comportamentos atípicos, que possam assim melhor orientar as ações fiscais. Durante essa fase, será colocada em funcionamento a caixa postal do contribuinte, onde o mesmo terá acesso a comunicações, será disponibilizada ferramenta para credenciamento de contribuintes, dentre outras funcionalidades. 1.6 - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DOS SALDOS CREDORES ACUMULADOS. Controlar o volume de saldos credores identificando a origem pela qual se formou esse crédito. Verificar as eventuais distorções nos valores apresentadas pelos contribuintes na EFD Escrituração Fiscal Digital ou GIA - Guia de Informação e Apuração do ICMS, nos diversos períodos. 1.7 - CRUZAMENTO DE INFORMAÇÕES CONTIDAS NOS BANCOS DE DADOS DA GIA, EFD E NF-E, NOS EXERCÍCIOS DE 2012 E 2013. Esse trabalho consiste no confronto das informações de aquisições e vendas informadas pelos contribuintes na EFD ou GIA, com os valores constantes nas NF-e emitidas ou destinadas ao Estado do Rio de Janeiro. Havendo divergência, apura-se imposto devido e eventuais multas e acréscimos moratórios. 1.8 - DESENVOLVIMENTO DE DATA MART SOBRE AS INFORMAÇÕES DO EFD Esse novo Data Mart disponibilizará os dados da Escrituração Fiscal Digital aos agentes da SEFAZ, melhorando os controles fiscais sobre os contribuintes do Estado do Rio de Janeiro. 1.9 - UTILIZAÇÃO DO APLICATIVO AUDITOR ELETRÔNICO BR O Auditor Eletrônico BR (AEBR) é a customização da ferramenta de auditoria eletrônica desenvolvida e mantida pela SEFAZ/MG que é compartilhada com todas as unidades federadas (PROTOCOLO ICMS 81, DE 15 DE AGOSTO DE 2013). O aplicativo realiza auditorias nas informações contidas nos arquivos do Convênio 115/2003, Convênio ICMS 57/95 (SINTEGRA), Notas Fiscais Eletrônicas (NFe) e Escrituração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI) dando subsídios as ações fiscais. 1.10 - IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO SISTEMA DE CADASTRO Conclusão da implantação do novo sistema de Cadastro, cuja principal será a integração das informações com a Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (JUCERJA). Com o novo sistema, todas as constituições ou alterações no cadastro serão realizadas na Junta, a SEFAZ apenas terá a incumbência de dar aceite ou recusar nos casos em que houver a exigência de Contas de Gestão – Exercício 2013 157 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado alguma documentação específica. Além da integração da base de dados, será um sistema com acesso via web capaz de realizar várias críticas automáticas no momento de imputar os dados e ainda permitirá a integração com o Domicílio Eletrônico do Contribuinte (DEC). 1.11 - INTRODUÇÃO DE NOVAS MERCADORIAS NO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. Está programada a inclusão no regime de substituição tributária de produtos de Papelaria, Bicicletas, Brinquedos, Utensílios Domésticos, Instrumentos Musicais, Produtos Elétricos e Eletroeletrônicos e bebidas quentes (inclusão de novos produtos e elevação das MVA para os já constantes da atual legislação). 1.12 - IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA AIDF/AAFS Ocorrerá à implantação do sistema de autorização de impressão de documentos fiscais - AIDF e aquisição de formulários de segurança - AAFS utilizados como documentos eletrônicos auxiliares, serviço este que reduz imensamente o fluxo presencial dos contribuintes nas inspetorias e aumenta a gestão sobre documentos fiscais. 1.13 - INTENSIFICAR AS AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO DE MERCADORIAS EM TRÂNSITO E NO COMÉRCIO VAREJISTA E ATACADISTA. Ao longo de todo ano de 2014 serão realizadas diversas Blitz com a finalidade de garantir a regularidade fiscal das operações do comércio varejista e identificar a existência de estabelecimentos não registrados no cadastro de contribuintes do Rio de Janeiro. Serão realizadas diversas operações de controle e monitoramento do transito de mercadorias no Estado do Rio de Janeiro, inclusive com a utilização de ferramentas de identificação digital através de convênio a ser celebrado com o DER-RJ - Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro. ESPECIFICAÇÃO DA QUANTIDADE DE CERTIDÕES AJUIZADAS E VALORES DE AÇÕES AJUIZADAS PARA COBRANÇA DA DÍVIDA ATIVA Em Reais Capital QUANTIDADE DE CERTIDÕES AJUIZADAS 67.606 Interior Total 54.726 122.332 ATÉ DEZ/2011 VALOR (UFIR-RJ)* VALOR (REAIS) 12.622.138.657,13 30.376.438.892,25 8.128.570.691,08 20.750.709.348,21 19.562.218.225,15 49.938.657.117,40 · Valo res de UFIR-RJ EM 31/12/2013 FONTE: D.O. 13/02/2014 (P agina 16) Contas de Gestão – Exercício 2013 158 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado ESPECIFICAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO MONTANTE DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS PASSÍVEIS DE COBRANÇA ADMINISTRATIVA Em Reais 1. EVOLUÇÃO DE VALORES A RECEBER REFERENTES A AUTOS DE INFRAÇÃO 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2012 31/12/2013 QTDE UFIR UFIR 8.149.286.998,32 2,0183 9.800.932.402,59 2,1352 7.306.480.476,56 2,2752 9.293.784.511,25 2,4066 R$ 16.447.705.948,71 20.926.950.866,01 16.623.704.380,27 22.366.421.804,77 2. EVOLUÇÃO DE VALORES A RECEBER REFERENTES A PARCELAMENTOS QTDE UFIR UFIR R$ Pagos no exercício Pagos no exercício Pagos no exercício de 2011 de 2012 de 2013 129.796.440,60 122.290.537,48 162.552.373,33 2,1352 2,2752 2,4066 277.141.359,97 278.235.430,87 391.198.541,66 A receber 139.485.207,73 2,5473 355.310.669,65 Item 1- evo lução de valo res a receber referentes a auto s de infração - fo rnece o to tal de auto s de infração no status de em co brança, em impugnação o u recurso . O item 2 - evo lução de valo res a receber referentes a parcelamento s - info rma o s valo res relativo s a parcelamento s efetivamente pago s no s exercício s de 2011, 2012 e 2013. Os valo res a receber co rrespo ndem a to das as parcelas ainda em aberto a partir de janeiro 2014. OB S: Co m a extinção do Regime Simplificado do ICM S co m o advento do Regime do Simples Nacio nal em 2007, não existem crédito s a receber referentes a esse regime. 9.4 RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL Representa um instrumento imprescindível no acompanhamento das atividades financeiras e de gestão do Estado e está previsto no artigo 54, da Lei de Responsabilidade Fiscal. A Lei Complementar 101/00 estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e determina que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar e publicar o Relatório de Gestão Fiscal, com o propósito de assegurar a transparência dos gastos públicos e a consecução das metas fiscais, com a observância dos limites fixados pela lei. Os Poderes e Órgãos definidos na LRF deverão, cada um, emitir o seu próprio Relatório de Gestão Fiscal, abrangendo todas as informações necessárias à verificação da consecução das metas fiscais e dos limites de que trata a lei. O relatório deverá conter, também, as medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassados quaisquer dos limites. O Relatório de Gestão Fiscal dos Poderes e Órgãos abrange administração direta, autarquias, fundações, fundos, empresas públicas e sociedades de economia mista beneficiários de recursos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, para manutenção de suas atividades, excetuadas aquelas empresas que recebem recursos exclusivamente para aumento de capital, oriundos de investimentos do respectivo ente. Contas de Gestão – Exercício 2013 159 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O Relatório de Gestão Fiscal conterá demonstrativos comparativos com os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes: - despesas totais com pessoal, evidenciando as despesas com ativos, inativos e pensionistas; - dívida consolidada; - concessão de garantias e contragarantias; e - operações de crédito. No último quadrimestre, o relatório deverá conter, também, os seguintes demonstrativos: - do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro; - da inscrição em Restos a Pagar das despesas liquidadas, das empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa e das não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados. - do cumprimento do disposto na LRF, no que se refere à operação de crédito por antecipação de receita, liquidada com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano, com observância da proibição de contratar tais operações no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. 9.4.1 DEMONSTRATIVO DA DESPESA COM PESSOAL Este demonstrativo visa assegurar a transparência da despesa com pessoal de cada um dos Poderes e Órgãos, assim como verificar os limites de que trata a LRF. Será computada a despesa com Pessoal da Administração Direta e Indireta, inclusive das empresas estatais dependentes. A despesa com pessoal ativo e inativo não poderá exceder os limites percentuais da receita corrente líquida prevista na lei. A despesa total com pessoal compreende o somatório dos gastos do ente da Federação com ativos, inativos e pensionistas, deduzidos alguns itens exaustivamente explicitados pela própria LRF, não cabendo interpretações que extrapolem os dispositivos legais. Conforme demonstrado na tabela a seguir, observa-se que as despesas com pessoal do Poder Executivo, em 2013, representaram 29,55% da receita corrente líquida, portanto, mantendo-se abaixo do limite máximo (49,00%) e do limite prudencial (46,55%). Em relação aos gastos consolidados de pessoal (Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e o Ministério Público) observa-se que, no mesmo período, o índice alcançado é de 38,38%, também abaixo do limite máximo (60,00%) e prudencial (57,00%). Para fins de cálculo desses percentuais é mister Contas de Gestão – Exercício 2013 160 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado esclarecer que se excluem as despesas de pessoal com inativos e pensionistas realizadas com recursos vinculados. Nos quadros abaixo, demonstramos a evolução dos gastos com pessoal do Poder Executivo, bem como o Consolidado, em relação à Receita Corrente Líquida: DESPESA COM PESSOAL - EXECUTIVO R$ M il 2013 DESCRIÇÃO Total da Despesa com Pessoal para Fins de Apuração do Limite Limite Máximo (Incisos I, II E III, Art. 20 da LRF) Limite Prudencial (§ Único, Art. 22 da LRF) VALOR 13.909.012 23.061.457 21.908.384 2012 % RCL VALOR 29,55% 12.006.016 49,00% 19.900.573 46,55% 18.905.545 % RCL 29,56% 49,00% 46,55% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG DESPESA COM PESSOAL - CONSOLIDADO R$ M il 2013 DESCRIÇÃO VALOR Total da Despesa com Pessoal para Fins de Apuração do Limite Limite Máximo (Incisos I, II E III, Art. 20 da LRF) Limite Prudencial (§ Único, Art. 22 da LRF) 18.063.168 28.238.519 26.826.593 2012 % RCL VALOR 38,38% 15.847.965 60,00% 24.368.049 57,00% 23.149.647 % RCL 39,02% 60,00% 57,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 161 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Nota-se nas tabelas acima que os percentuais da despesa com pessoal, do Poder Executivo, em relação à receita corrente líquida estão dentro dos limites estabelecidos pela LRF. No exercício de 2012 apurou-se uma relação percentual de 29,56%, em 2013 o índice diminuiu para 29,55%, ficando 17,00 pontos percentuais abaixo do limite prudencial. Em relação à despesa com pessoal consolidada, no exercício de 2012, apurou-se uma relação percentual de 39,02%, diminuindo para 38,38% em 2013, o que resultou em 18,62 pontos percentuais abaixo, também, do limite prudencial. 9.4.2 DEMONSTRATIVO DA DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA – DCL É elaborado pelo Poder Executivo e abrange todos os Poderes do Estado. O detalhamento, a forma e a metodologia de apuração da DCL visam assegurar a transparência das obrigações contraídas pelos entes da Federação e verificar os limites de endividamento de que trata a LRF e outras informações relevantes. A Dívida Consolidada – DC ou fundada é o montante total apurado, sem duplicidade das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados, e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses, nos termos do art. 29 da LRF. Em observância ao Princípio da Prudência, e com vistas a assegurar a transparência da gestão fiscal e a prevenção de riscos preconizados na LRF, são ainda evidenciadas, neste demonstrativo, outras obrigações do Ente que causam impacto em sua situação econômico-financeira, muito embora não sejam essas obrigações consideradas no conceito de dívida consolidada, segundo os Contas de Gestão – Exercício 2013 162 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado critérios estabelecidos na legislação vigente, tais como, precatórios anteriores a 05.05.2000, insuficiência financeira e outras obrigações não integrantes da Dívida Consolidada. Outro aspecto relevante tratado neste demonstrativo diz respeito ao critério para apuração das disponibilidades financeiras para efeito de dedução da Dívida Consolidada. Neste caso, devem ser deduzidos, do somatório do ativo disponível e haveres financeiros, os valores inscritos em restos a pagar processados. No demonstrativo da DCL não foram considerados os valores referentes ao RIOPREVIDÊNCIA, conforme Portaria STN nº 637, de 18 de outubro de 2012. A dívida consolidada líquida do Estado, em relação à receita corrente líquida, apresentou no período de janeiro a dezembro de 2013 o percentual de 153,79% correspondendo a R$ 72.380.974 mil, ficando abaixo do limite percentual de 200,00%, determinado pelo Senado Federal, que corresponde a R$ 94.128.395 mil. Na tabela, a seguir, demonstramos o comparativo da Dívida Consolidada Líquida: DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA - DCL R$ M il 2013 DESCRIÇÃO VALOR Total da Dívida Consolidada Líquida Limite Definido por Resol. do Senado Federal Nº 40/2001, Inciso I, Art. 3º 2012 % RCL VALOR % RCL 72.380.974 153,79% 67.094.118 165,20% 94.128.395 200,00% 81.226.830 200,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG No ta: Não fo ram co nsiderado s o s P recató rio s Vincendo s inscrito s em 2013 no valor de R$ 447.708,59. 9.4.3 DEMONSTRATIVO DAS GARANTIAS E CONTRAGARANTIAS DE VALORES Este demonstrativo visa assegurar a transparência das garantias oferecidas a terceiros por ente da Federação e verificar os limites de que trata a LRF, bem como das contragarantias correspondentes. A concessão de garantia compreende o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual, assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. O total das garantias do Estado, no exercício de 2013, representou 0,14% da receita corrente líquida, ficando 21,86 pontos percentuais abaixo do limite de 22,00% definido no art. 9º, da Resolução nº 43/2001, do Senado Federal. Contas de Gestão – Exercício 2013 163 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Comparando com o exercício anterior, observa-se, na tabela abaixo, que a relação Total das Garantias/RCL teve um decréscimo de 4,67%. Esse decréscimo pode ser explicado observandose, isoladamente, o valor das garantias frente ao exercício anterior, que apresentou uma variação negativa de 96,59%, enquanto a RCL apresentou um crescimento da ordem de 15,88%. Na tabela a seguir, demonstramos o comparativo das Garantias de Valores: GARANTIA DE VALORES R$ M il 2013 DESCRIÇÃO VALOR Total das Garantias Limite Definido por Resolução do Senado Federal 66.775 10.354.123 2012 % RCL 0,14% 22,00% VALOR 1.955.926 8.934.951 % RCL 4,82% 22,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG O decréscimo significativo no valor das garantias – valor total de R$ 1.889.143 mil – é explicado, em sua maior parte, pela atualização dos avais em garantia da empresa CEDAE, registrados na UGE 370200 – Encargos Gerais SEFAZ, onde teve um decréscimo de R$ 1.892.599 mil. Houve variação, em proporção menor, na garantia concedida à Cia de Transporte Sobre Trilhos, onde a variação foi superavitária de R$ 3.456 mil. 9.4.4 DEMONSTRATIVO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO Este demonstrativo visa assegurar a transparência das operações de crédito efetuadas por ente da Federação e verificar os limites de que trata a LRF. A operação de crédito corresponde ao compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. O total das operações de crédito do Estado, em 2013, representou 10,69 pontos percentuais sobre a receita corrente líquida. O limite definido no inciso I, art. 7º, da Resolução nº 43/2001, do Senado Federal, estipula o valor máximo para a relação das operações de crédito com a receita corrente líquida em 16,00%. Desta forma o Estado apresentou uma relação de 5,31 pontos percentuais abaixo do limite definido pelo Senado Federal. Comparando com os valores realizados no exercício de 2012, as operações de crédito, apresentaram uma variação nominal positiva de 5,79%, o que representa um aumento de R$ 275.117 milhões de receitas provenientes dessas operações. Contas de Gestão – Exercício 2013 164 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Na tabela abaixo, demonstramos o comparativo das Operações de Crédito: OPERAÇÕES DE CRÉDITOS R$ M il 2013 DESCRIÇÃO VALOR Operações de Crédito Internas e Externas Limite Def.P/Senado Federal p/Operações de Crédito Internas e Externas 2012 % RCL 5.030.290 10,69% 47.064.198 VALOR % RCL 4.755.173 11,71% 16,00% 40.613.415 16,00% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG 9.4.5 DEMONSTRATIVO DA DISPONIBILIDADE DE CAIXA Este demonstrativo visa assegurar a transparência da disponibilidade financeira e verificar a parcela comprometida (limite de que trata a LRF) para inscrição em Restos a Pagar de despesas não liquidadas. Na inscrição, deve-se observar que os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados, exclusivamente, para atender ao objeto de sua vinculação. Ressalta-se que na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício. O saldo da disponibilidade de caixa frente às obrigações financeiras de curto prazo do Poder Executivo, que pode ser considerado como a capacidade do Estado em honrar seus compromissos, de curto prazo, no ano de 2013 apresentou um superávit de R$ 2,2 bilhões que em comparação com o resultado do ano anterior pode-se observar que o total do ativo disponível aumentou R$ 1.278.384 e o total das obrigações financeiras aumentaram R$ 1.679.539. Na tabela a seguir, demonstramos o comparativo da Disponibilidade de Caixa: DISPONIBILIDADE DE CAIXA R$ M il DESCRIÇÃO 2013 Ativo Disponibilidade Financeira - Executivo Disponibilidade Financeira - RIOPREVIDÊNCIA Total do Ativo Disponível (I) Passivo Obrigações Financeiras - Executivo Obrigações Financeiras – RIOPREVIDÊNCIA Total das Obrigações Financeiras (II) Suficiência Antes da Inscrição em RPNP (III) = (I-II) Inscrição em Restos a Pagar não Processados (IV) Superávit/Déficit (V) = (III - IV) 2012 7.596.767 488.546 8.085.313 6.511.023 295.907 6.806.929 4.874.243 559.965 5.434.208 2.651.106 413.538 3.270.118 484.550 3.754.669 3.052.260 182.856 2.237.567 2.869.404 Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 165 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 9.4.6 DEMONSTRATIVO DOS RESTOS A PAGAR Este demonstrativo visa assegurar a transparência da inscrição em Restos a Pagar. Na inscrição, deve-se observar que os recursos legalmente destinados ou vinculados à finalidade específica serão utilizados, exclusivamente, para atender ao objeto de sua vinculação. Os Restos a Pagar Não Processados do Poder Executivo foram inscritos em virtude da suficiência financeira apurada, por fontes de recursos, em cada órgão/entidade. Em comparação com o ano de 2012, o estoque de Restos a Pagar apresentou um aumento de R$ 1.747.312 mil. É importante destacar que o valor de estoque de Restos a Pagar tende a diminuir ao longo dos anos como decorrência do Programa de Parcelamento dos RPs de exercícios anteriores a 2007 (Decreto Nº 40.874/2007 e Decreto Nº 41.377/2008). Na tabela abaixo, demonstramos o comparativo dos Restos a Pagar: RESTOS A PAGAR R$ M il DESCRIÇÃO Restos a Pagar Inscritos do Exercício Restos a Pagar Exercícios Anteriores Total dos Restos a Pagar 2013 2012 3.966.709 346.630 2.210.353 355.674 4.313.339 2.566.027 Fonte: SIA FEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 166 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 9.5 RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - RREO Representa um instrumento imprescindível no acompanhamento das atividades financeiras e de gestão do Estado e está previsto no § 3º, do artigo 165, da Constituição Federal, regulamentado pela Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, intitulada Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, em seus artigos 52 e 53. A Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, que se refere às normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, estabelece as normas para elaboração e publicação do RREO e seus demonstrativos que deverão abranger os órgãos da Administração Direta, dos Poderes e Entidades da Administração Indireta, constituídas pelas Autarquias, Fundações, Fundos Especiais, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista que recebem recursos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, inclusive sob a forma de subvenções para pagamento de pessoal e de custeio, ou de auxílios para pagamento de despesas de capital, excluídas, neste caso, aquelas empresas lucrativas que recebam recursos para aumento de capital. É um pressuposto da responsabilidade na gestão fiscal, a ação planejada e transparente em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. Nesse sentido, a Lei Complementar nº 101/2000 orienta sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, a limitação de empenho e movimentação financeira, a não geração de despesas consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público, os critérios para criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de despesa. Orienta, ainda, sobre o cumprimento de metas de resultado primário ou nominal, sobre a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente, sobre a contratação de operações de crédito, disponibilidades de caixa, restos a pagar, dentre outras disposições, visando, sempre, a responsabilização do titular do Poder ou Órgão no que se refere à gestão dos recursos e patrimônio públicos. Quando for o caso, serão apresentadas justificativas da limitação de empenho e da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança. 9.5.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO Definido na Lei nº 4.320, de 31 de março de 1964, demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Estando também previsto na LRF, porém de forma mais detalhada, o Balanço Orçamentário apresentará a execução das receitas, por categoria Contas de Gestão – Exercício 2013 167 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar, e também a execução das despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, os créditos adicionais, a dotação atualizada, as despesas empenhadas e liquidadas, no bimestre e no exercício, e o saldo a realizar. Na tabela, a seguir, demonstramos o comparativo do Resultado Orçamentário: BALANÇO ORÇAMENTÁRIO R$ M il DESCRIÇÃO Receitas Realizadas Despesas Executadas Result. Orçamentário 2013 2012 71.192.474 71.663.151 (470.677) 63.590.465 63.819.247 (228.782) Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG 9.5.2 DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA Apresenta a apuração da receita corrente líquida - RCL, sua evolução nos últimos doze meses, assim como a previsão de seu desempenho no exercício. A informação constante neste demonstrativo serve de base de cálculo para os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, apresentados no Relatório de Gestão Fiscal. Entende-se como RCL, o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas correntes, consideradas algumas deduções. A RCL servirá como base para apuração dos limites da despesa total com pessoal, da dívida pública, das garantias e contragarantias e das operações de crédito. Na tabela abaixo, demonstramos o comparativo da Receita Corrente Líquida: RECEITA CORRENTE – RCL R$ M il DESCRIÇÃO Receita Corrente Líquida Realizada 2013 2012 47.064.198 40.613.415 Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Contas de Gestão – Exercício 2013 168 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 9.5.3 DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS DO REGIME PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS Tem a finalidade de assegurar a transparência das receitas e despesas previdenciárias do regime próprio dos servidores, que o ente da Federação mantiver ou vier a instituir. O ente da Federação que mantiver ou vier a instituir regime próprio de previdência social, para seus servidores, conferir-lhe-á caráter contributivo e organizá-lo-á com base em normas de contabilidade e atuária que preservem seu equilíbrio financeiro e atuarial, em conformidade com o Manual de Contabilidade Aplicado aos Regimes Próprios de Previdência Social, publicado pelo Ministério da Previdência Social. A institucionalização do Regime Próprio de Previdência Social implica em estabelecer contabilidade própria que permita conhecer, a qualquer momento, a situação econômica, financeira e orçamentária do patrimônio de propriedade dos beneficiários da Previdência. Na tabela abaixo, demonstramos o comparativo do Resultado Previdenciário apurado através do Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro - RIOPREVIDÊNCIA: RECEITAS / DESPESAS DO REGIME DE PREVIDÊNCIA R$ M il DESCRIÇÃO Receitas Previdenciárias Despesas Previdenciárias Resultado Previdenciário 2013 2012 12.074.628 11.995.160 79.468 9.468.021 10.433.697 (965.676) Fonte: SIAFEM -RJ/SIG 9.5.4 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO PRIMÁRIO Apresenta o resultado primário apurado, que corresponde à diferença entre as receitas e as despesas não financeiras. Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento da meta de resultado primário estabelecida no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Contas de Gestão – Exercício 2013 169 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Na tabela a seguir, demonstramos o comparativo do Resultado Primário: RESULTADO PRIMÁRIO R$ M il DESCRIÇÃO Meta Fixada no Anexo de Metas Fiscais LDO Resultado Primário % Em Relação a Meta 2013 2012 (4.201.068) (4.704.246) 111,98% (1.172.453) (908.717) 77,51% Fo nte: SIAFEM -RJ/SIG O Resultado Primário do Estado apurado no exercício de 2013 foi de R$ (4.704.246) mil, valor acima da meta fixada em lei de R$ (4.201.068) mil. 9.5.5 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO NOMINAL O objetivo da apuração do Resultado Nominal é medir a evolução da dívida fiscal líquida. No bimestre, o Resultado Nominal representa a diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida ao final do bimestre de referência e o saldo ao final do bimestre anterior. No exercício, o resultado nominal representa a diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida acumulada até o final do bimestre de referência e o saldo em 31 de dezembro do exercício anterior ao de referência. O saldo da dívida fiscal líquida corresponde ao saldo da DCL acrescentado das receitas de privatização e deduzido os passivos reconhecidos, decorrentes de déficits ocorridos em exercícios anteriores. Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento da meta de resultado nominal estabelecida no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias Contas de Gestão – Exercício 2013 170 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. As informações pertinentes deste Demonstrativo devem guardar conformidade com o Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida do Relatório de Gestão Fiscal. Nos quadros abaixo, demonstramos o comparativo do Resultado Nominal a preços correntes e constantes: RESULTADO NOMINAL - VALORES CORRENTES R$ M il DESCRIÇÃO Meta Fixada no Anexo de Metas Fiscais da LDO Resultado Nominal % em Relação à Meta 2013 5.955.273 6.131.176 102,95% 2012 6.134.510 9.531.346 155,37% Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG Na tabela, pode-se observar que no ano de 2013 o resultado nominal apurado foi de R$ 6.131.176 mil, demonstrando que no exercício em questão, houve um acréscimo na dívida fiscal líquida comparando com o ano anterior. A meta fixada em lei previa um resultado nominal de até R$ 5.955.273 mil, valor inferior ao resultado nominal apurado. Contas de Gestão – Exercício 2013 171 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RESULTADO NOMINAL - VALORES CONSTANTES R$ M il DESCRIÇÃO Meta Fixada no Anexo de Metas Fiscais da LDO Resultado Nominal % Em Relação a Meta 2013 2.420.468 2.287.180 94,49% 2012 2.779.452 4.531.663 163,04% Fonte: SIAFEM -RJ/SIG Nota-se na tabela, que a meta estipulada em lei, do resultado nominal a valores constantes para o exercício de 2013, era de R$ 2.420.468 mil, e o resultado nominal apurado foi de R$ 2.287.180 mil, valor inferior à meta estipulada. 9.5.6 DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DESPESAS DE CAPITAL Apresenta as receitas de operações de crédito em comparação com as despesas de capital líquidas, com a finalidade de demonstrar o cumprimento da “Regra de Ouro”, ou seja, a vedação constitucional da realização de receitas das operações de crédito excedentes ao montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. Os recursos de operações de crédito serão considerados pelo total ingressado no exercício financeiro. Na tabela a seguir, demonstramos o comparativo das Receitas de Operações de Crédito e as Despesas de Capital: Contas de Gestão – Exercício 2013 172 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RECEITAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DESPESAS DE CAPITAL R$ M il DESCRIÇÃO Receita de Operação de Crédito Despesa de Capital Líquida Resultado 2013 5.030.290 10.128.355 (5.098.065) 2012 4.755.173 8.039.659 (3.284.486) Fo nte: SIA FEM -RJ/SIG O valor denominado “resultado” na tabela acima, corresponde ao montante aportado pelo Estado com recursos próprios em despesas de capital. Em 2013, a maior parte das despesas de capital foi com investimentos. Verifica-se que a aplicação dos recursos próprios com investimentos aumentou em relação ao exercício anterior. 9.5.7 DEMONSTRATIVO DA RECEITA DE ALIENAÇÃO DE ATIVOS E APLICAÇÃO DOS RECURSOS Apresenta a receita proveniente da alienação de ativos e a correspondente aplicação dos recursos. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público, para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada, por lei, aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. Na tabela abaixo, demonstramos o comparativo da Receita de Alienação de Ativos e o Montante Aplicado: Contas de Gestão – Exercício 2013 173 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado RECEITA DA ALIENAÇÃO DE ATIVOS E APLICAÇÃO DOS RECURSOS R$ M il DESCRIÇÃO Saldo Financ. a Aplicar do Exercício Anterior Rec.de Capital Resultante da Alienação de Ativos Aplicação dos Recursos Alienação de Ativos 2013 4.153.351 4.153.351 2012 23.108 23.108 Fonte: SIAFEM -RJ/SIG 9.6 RESUMO DAS PUBLICAÇÕES DOS ANEXOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LRF RESUMO DAS PUBLICAÇÕES DOS ANEXOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LRF PERÍODO 1º Bimestre 2º Bimestre 1º Quadrimestre 1º Quadrimestre Consolidado 3º Bimestre 4º Bimestre 2º Quadrimestre 2º Quadrimestre Consolidado 5º Bimestre 6º Bimestre 3º Quadrimestre 3º Quadrimestre Consolidado C.I. CGE Nº CI GAB/CGE Nº 095, de 25/03/2013 CI GAB/CGE Nº 183, de 14/05/2013 CI GAB/CGE Nº 183, de 14/05/2013 CI GAB/CGE Nº 200, de 06/06/2013 CI GAB/CGE Nº 256, de 15/07/2013 CI GAB/CGE Nº 334, de 11/09/2013 CI GAB/CGE Nº 334, de 11/09/2013 CI GAB/CGE Nº 360, de 03/10/2013 CI GAB/CGE Nº 401, de 12/11/2013 CI GAB/CGE Nº 012, de 21/01/2014 CI GAB/CGE Nº 012, de 21/01/2014 CI GAB/CGE Nº 046, de 10/02/2014 PROCESSO Nº PUBLICAÇÃO REPUBLICAÇÃO E-04/053/01/2013 E-04/053/04/2013 E-04/053/04/2013 E-04/053/08/2013 E-04/053/43/2013 E-04/053/64/2013 E-04/053/64/2013 E-04/053/71/2013 E-04/053/83/2013 E-04/053/07/2014 E-04/053/07/2014 E-04/053/12/2014 20/03/2013 24/05/2013 24/05/2013 11/06/2013 22/07/2013 20/09/2013 20/09/2013 08/10/2013 21/11/2013 27/01/2014 27/01/2014 24/05/2013 Contas de Gestão – Exercício 2013 17/02/2014 16/12/2013 25/03/2013 25/03/2013 20/03/2013 174 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 175 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 10 DÍVIDA CONSOLIDADA O estoque da dívida consolidada do Estado do Rio de Janeiro, em dezembro de 2013, alcançou o montante de R$ 79,8 bilhões. Este montante apresentou uma variação nominal, em relação ao saldo de dezembro de 2012, de 6,2%, e real, de 0,63%. O índice definido pelo Senado Federal como parâmetro de grau de endividamento dos entes, que é obtido pelo cálculo da Dívida Consolidada Líquida sobre a Receita Corrente Líquida – RCL caiu em relação ao exercício anterior, saindo de 165,20% para 153,79%. Tal variação é resultado do aumento real da RCL em 9,82%. 10.1 DÍVIDA DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA 10.1.1 DÍVIDA INTERNA E EXTERNA O saldo da dívida interna da Administração Direta somou o montante de R$ 71,5 bilhões, ou seja, 9,3% maior que o exercício de 2012. Esta variação foi decorrente do ingresso de recursos de novas operações de crédito, e pela atualização dos saldos devedores, que conforme cláusulas específicas são corrigidos por índices, tais como: TR, IGP-M, IGP-DI, TJLP e SELIC. Destaque-se nesse resultado o aumento de 5,52% do IGP-DI responsável pela correção dos dois maiores contratos: (i) Contrato de Assunção de Dívidas do BERJ; e (II) Contrato de Refinanciamento, firmado ao amparo da Lei 9.496/97. Apesar da variação positiva do IGP-DI, seu reflexo sobre o saldo devedor foi amenizado pelo fato de o limite de pagamento de 13% sobre a Receita Líquida Real – RLR, conforme disposto na Lei nº 9.496/97 ter permitido o pagamento total da parcela calculada pela Tabela PRICE do contrato de refinanciamento e ainda, permitindo a amortização de Resíduo no total de R$ 519,72 milhões. Ao final do exercício de 2013, o saldo da dívida externa foi de R$ 7,3 bilhões, 35,7% superior ao exercício de 2012, consequência da desvalorização do real frente ao dólar e do ingresso de recursos das operações que se encontram em fase de desembolso. O quadro abaixo apresenta as operações de crédito contratadas ao longo do ano. 1 No total da Dívida Consolidada foi considerado os Precatórios do Rioprevidência posteriores a 05/05/2000(inclusive). O deflator empregado foi o IGP-DI. 1 A cotação do dólar (US$) no dia 30 de dezembro de 2013 foi de 2,3426, 6,4% superior à cotação de 30 de dezembro de 1 2012 que foi de 2,0435. Contas de Gestão – Exercício 2013 176 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado OPERAÇÕES DE CRÉDITO CONTRATADAS PELO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – 2013 OPERAÇÕES DE CRÉDITO CONTRATADAS PELO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CONTRATOS DE FINANCIAMENTO ASSINADOS EM 2013 Prog.de Inclusão Social e Geração de Oportunidades p/ Jovens Moradores de Áreas Pacificadas do RJ - INCLUSÃO SOCIAL Programa de Melhorias da Infraestrutura Rodoviária, Urbana e Mobilidade das Cidades do E.R.J.II - PRÓCIDADES II Implantação da Infraestrutura da Linha 4 - PRÓ ML4 Financiamento Adicional ao Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável em Bacias Hidrográficas - RIO RURAL Adic. Programa de Melhoramento da Qualidade e Integração dos Transportes Urbanos de Massa - PROMIT ASSINATURA CREDOR 22/02/2013 26/04/2013 26/04/2013 19/08/2013 03/12/2013 BID B.B BNDES BIRD BIRD Em decorrência dos empréstimos contratados em 2013 e em exercícios anteriores, houve ingresso de R$ 5,03 bilhões ao longo do ano, a saber: Desembolsos pertinentes aos Contratos Firmados em Exercícios Anteriores a) R$ 539 milhões foi destinado ao Programa de Melhoria da Infraestrutura Rodoviária, Urbana e Mobilidade das Cidades do E.R.J – PRÓ CIDADES (recursos provenientes do Banco do Brasil); b) R$ 471,82 milhões foram destinados ao Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e DF - PROINVESTE (recursos provenientes do Banco do Brasil); c) R$ 399,96 milhões foram destinados ao Programa de Financiamento a Infraestrutura e ao Saneamento - PROCOI (recursos provenientes da CAIXA); d) R$ 148,84 milhões, foram destinados à Reforma e Adequação do Estádio Mario Filho Maracanã – PROCOPA II (recursos provenientes da Corporação Andina de Fomento CAF); e) R$ 76,34 milhões, destinados ao Programa Saneamento para Todos (recursos provenientes da CAIXA); f) R$ 46,95 milhões foram destinados ao Programa de Obras Emergenciais - POE (recursos provenientes da Corporação Andina de Fomento - CAF); g) R$ 40 milhões foram destinados à Reforma e Adequação do Estádio Mario Filho Maracanã – PROCOPA (recursos provenientes do BNDES); h) R$ 37,14 milhões, destinado ao Programa Estadual de Transportes II – PET II (recursos provenientes do BIRD); i) R$ 29,83 milhões, destinados ao Programa de Financiamento de Contrapartidas do PAC (recursos provenientes da CAIXA); j) R$ 18,34 milhões, foram destinados à Elaboração de Estudos e Projetos relativos à Linha 4 do Metrô (recursos provenientes do BNDES); Contas de Gestão – Exercício 2013 177 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado k) R$ 16,47 milhões foram para o Programa Delegacia Legal (recursos provenientes do BNDES) ; l) R$ 9,83 milhões para o Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias Hidrográficas (recursos provenientes do BIRD); m) R$ 9,19 milhões, para o Programa de Renovação e Fortalecimento da Gestão Pública PRÓ-GESTÃO (recursos provenientes do BIRD); n) R$ 3,58 milhões foram destinados ao Programa de Obras Complementares do Arco Metropolitano do R.J. (recursos provenientes da Corporação Andina de Fomento - CAF); o) R$ 3,30 milhões, destinados ao Programa de Apoio ao Fortalecimento da Administração Fazendária do E.R.J - PROFAZ (recursos provenientes do BID); e p) R$ 2,67 milhões destinados ao Programa de Modernização da Administração Estadual II – PMAE II (recursos provenientes do BNDES). Desembolsos pertinentes aos Contratos Firmados no Exercício a) R$ 1,17 bilhão, destinados ao Programa de Melhoramento da Qualidade e Integração dos Transportes Urbanos de Massa - PROMIT (recursos provenientes do BIRD); b) R$ 1,00 bilhão foi destinado ao Programa de Melhoria da Infraestrutura Rodoviária, Urbana e Mobilidade das Cidades do E.R.J II – PRÓ CIDADES II (recursos provenientes do Banco do Brasil); c) R$ 995,37 milhões, destinados à Implantação da infraestrutura da Linha 4 – PRÓ-ML4 (recursos provenientes do BNDES); e d) R$ 10,87 milhões, destinados ao Programa de Inclusão Social e Geração de Oportunidades para Jovens Moradores de Áreas Pacificadas do RJ - INCLUSÃO I – SEASDH (recursos provenientes do BID). 10.2 DÍVIDA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA O saldo da dívida da Administração Indireta somou o montante de R$ 132,7 milhões, representando um aumento de 35,85% em relação ao saldo verificado no exercício de 2012. Essa variação foi decorrente da desvalorização do real frente ao dólar e pela inclusão de um novo parcelamento de débitos firmado entre a Companhia Estadual de Trens Urbanos – FLUMITRENS e a Receita Federal, amparado na Lei Federal nº 11.941/2009. 10.3 PRECATÓRIOS De acordo com as disposições da Emenda Constitucional nº 62, de 09 de dezembro de 2009, o Estado do Rio de Janeiro aderiu ao Regime Especial de Pagamento de Precatórios, por meio do Contas de Gestão – Exercício 2013 178 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Decreto nº 42.315, de 25 de fevereiro de 2010, nos termos do inciso II, § 1º, do art. 97do ADCT, pelo qual deveria quitar seu estoque de precatórios em 15 anos. Conforme as regras desse regime especial, o Estado do Rio de Janeiro transferiria, anualmente, os recursos financeiros ao Tribunal de Justiça, para realização dos pagamentos de precatórios, devendo observar a opção do Estado para utilização dos recursos e as preferências Constitucionais. Assim, o Estado do Rio de Janeiro procedeu em 2010, 2011 e 2012 a transferência de recursos ao Tribunal de Justiça para pagamento dos precatórios, se mantendo durante esses anos adimplente com sua obrigações concernentes aos precatórios, nos termos do regime especial adotado. No entanto, com a eminência da publicação da decisão do STF, de março de 2013, que declarou inconstitucional parte da Emenda Constitucional nº 62/2009, atingindo a vigência do regime especial, o Estado se tornaria novamente inadimplente perante ao seu passivo de precatórios. Assim, o Estado do Rio de Janeiro, por iniciativa conjunta do Poder Executivo e Judiciário, promulgou a Lei Complementar nº 147, em 27 de junho de 2013, autorizando a transferência de até 25% dos depósitos judiciais e extrajudiciais para pagamento de precatórios e requisições de pequeno valor. Desse modo, em 27 de dezembro de 2013, com os recursos provenientes dos depósitos judiciais no montante de R$ 3,3 bilhões, o Estado do Rio de Janeiro pagou seus precatórios pendentes até o ano orçamentário de 2013, obedecendo a ordem cronológica estipulada pelo Tribunal de Justiça. Com essa pioneira iniciativa, o Estado do Rio de Janeiro quitou seu passivo de precatórios acumulado por décadas e contemplou de uma única vez 8.247 beneficiários que aguardavam em média 10 anos para receberem seus créditos perante ao Estado. Portanto, não houve a necessidade de transferência de recursos ao Tribunal de Justiça em 2013, equivalente a 1/12 do estoque de precatórios, conforme estipulado no regime especial, tendo em vista que todos os precatórios aptos ao pagamento foram liquidados. Além dos pagamentos de Precatórios realizados pelo Estado com os recursos oriundos dos depósitos judiciais, também foram desembolsados pelo Tesouro Estadual durante o ano de 2013 R$ 11,86 milhões para parcelamentos de precatórios, oriundos de acordos celebrados entre Estado e os beneficiários, antes da EC. 62/2009. Contas de Gestão – Exercício 2013 179 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 10.4 DEMONSTRATIVOS O Quadro II e o Gráfico I apresentam o efeito percentual de cada índice e da moeda na evolução do saldo devedor da Dívida Consolidada em 2013. Já no Quadro III e no Gráfico II foi caracterizado o montante da Dívida Consolidada discriminada por credores. PARTICIPAÇÃO DOS ÍNDICES E MOEDAS NA ATUALIZAÇÃO DO SALDO DA DÍVIDA CONSOLIDADA R$ M il ÍNDICES IGP-DI DÓLAR TJLP S/CORREÇÃO C.POUP. SELIC IENE UFIR UPR-CEF OUTROS TOTAL ESTOQUE DEZ/2013 62.419.871 10.603.303 3.744.494 1.228.649 845.442 277.467 208.411 187.543 181.519 107.228 79.803.928 PART. 78,22% 13,29% 4,69% 1,54% 1,06% 0,35% 0,26% 0,24% 0,23% 0,13% 100,00% Fo nte: SUCA DP CR Contas de Gestão – Exercício 2013 180 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado DÍVIDA CONSOLIDADA POR CREDORES R$ M il DESCRIÇÃO STN SRF / PGFN / INSS BNDES CAIXA BB BID BIRD AFD CAF JBIC OUTROS TOTAL 2013 62.621.361 1.110.538 2.203.823 1.042.732 4.461.702 1.803.231 3.663.353 924.156 704.959 208.411 1.059.662 79.803.928 PART. 78,47% 1,39% 2,76% 1,31% 5,59% 2,26% 4,59% 1,16% 0,88% 0,26% 1,33% 100,00% Valo res a preço s co rrentes Fo nte: SUCA DP CR Contas de Gestão – Exercício 2013 181 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Abaixo, no Quadro IV e no Gráfico III, apresenta-se a variação ocorrida no estoque da dívida consolidada. DÍVIDA CONSOLIDADA R$ Mil VAR. REAL % 0,63% 5,48% 3,58% -1,37% 64,23% 61,77% -13,78% -18,47% 105,42% 28,63% 8,98% 180,08% 6,01% -24,68% 56,41% 8,64% 28,74% 3,58% 3,58% -27,35% -27,35% -9,47% -9,47% -28,09% -28,09% -19,81% -19,81% -22,46% -22,46% -16,64% -16,64% -5,23% -5,23% Divida Consolidada Dívida Fundada - Adm inistração Direta - Interna Tesouro Nacional BNDES CAIXA SRF / INSS MUNICÍPIOS DO ERJ BB - Externa Tesouro Nacional BID BIRD JBIC CAF AFD Dívida Fundada - Adm inistração Indireta - RIOTRILHOS Tesouro Nacional - CEHAB CEF - CEHAB INSS - INSTITUTO VITAL BRASIL PGFN / INSS / SRF - INSTITUTO VITAL BRASIL LABOGEN S/A E CRISTÁLIA - METRO EM LIQUIDAÇÃO INSS - CEASA INSS - CODERTE SRF - FLUMITRENS SRF Precatórios posteriores a 05/05/2000 Precatórios posteriores a 05/05/2000 Precatórios posteriores a 05/05/2000 Rioprevidência 79.803.928 78.825.741 71.518.006 62.577.106 2.203.823 1.042.576 1.045.255 187.543 4.461.702 7.307.735 3.625 1.803.231 3.663.353 208.411 704.959 924.156 132.745 40.630 40.630 156 156 12.425 12.425 3.206 3.206 26.677 26.677 1.566 1.566 6.849 6.849 1.877 1.877 39.359 39.359 845.442 737.981 107.460 75.155.001 70.821.120 65.437.194 60.129.381 1.271.737 610.772 1.148.901 217.995 2.058.409 5.383.925 3.152 610.160 3.275.078 262.223 427.151 806.161 97.715 37.174 37.174 203 203 13.007 13.007 4.225 4.225 31.529 31.529 1.914 1.914 7.787 7.787 1.877 1.877 VAR. NOM % 6,19% 11,30% 9,29% 4,07% 73,29% 70,70% -9,02% -13,97% 116,75% 35,73% 14,99% 195,53% 11,86% -20,52% 65,04% 14,64% 35,85% 9,30% 9,30% -23,34% -23,34% -4,47% -4,47% -24,12% -24,12% -15,39% -15,39% -18,18% -18,18% -12,04% -12,04% 0,00% 0,00% 4.236.166 3.513.933 722.233 -80,04% -79,00% -85,12% -81,09% -80,10% -85,90% Receita Corrente Liquida - RCL % da DC sobre a RCL (*) 47.064.198 169,34% 40.613.415 183,27% 15,88% -7,60% 9,82% -12,44% DESCRIÇÃO 2013 2012 (*) Não co nsiderado s na Dívida Co nso lidada p/ calculo do limite o s valo res referentes ao s P recató rio s do RIOP REVIDÊNCIA , de aco rdo co m a P o rtaria nº 574/2007 da STN. Fo nte: SIA FEM Contas de Gestão – Exercício 2013 182 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 183 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 184 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 11 IMPLEMENTAÇÕES E APRIMORAMENTOS NO EXERCÍCIO Em 2013 a Contadoria Geral do Estado implantou no Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios – SIAFEM/RJ e no Sistema de Informações Gerenciais – SIG, as seguintes ferramentas de entrada de dados, controle e consulta: 11.1 SIAFEM - REANRD (REAtiva Natureza de Receita e Despesa): A transação possibilita a reativação de naturezas orçamentárias de receita ou despesa que tenham sido inativadas, em razão de exclusão pela SEPLAG, órgão responsável pela manutenção da tabela de receitas e despesas orçamentárias no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. - CONMOVNRD (CONsulta MOVimentação de Natureza de Receita e Despesa): O comando possibilita consultar quando e quais alterações foram realizadas em naturezas orçamentárias de receitas e despesas. Com a dissociação das naturezas orçamentárias em relação ao PCASP, tal transação se tornou essencial ao acompanhamento do histórico de alterações da tabela de naturezas orçamentárias no SIAFEM/RJ. - LISNRD ( LISta Natureza da Receita e Despesa ) - O comando possibilita listar as naturezas orçamentárias de receitas e despesas e suas correspondências com as Variações Patrimoniais Aumentativas e Diminutivas, respectivamente. - LISCONTREF (LISta CONTas REFerenciais): Sped e Fcont – Esta transação possibilita a geração, em arquivo no formato Excel, do plano de contas referencial do SPED e FCONT, possibilitando a análise comparativa do “DE/PARA” das contas contábeis constantes do PCASP em relação ao plano de contas referencial. Inovações relacionadas ao SICONV x SIAFEM: - Criação de conta pagadora tipo “T” para convênios da modalidade OBTV: Em razão da celebração de convênios com o Governo Federal, cuja execução financeira passou a ser realizada através do sistema SICONV, foi necessário efetuar adaptações no sistema SIAFEM/RJ, tais como a inclusão de um novo tipo de conta pagadora (conta tipo “T”), para que fossem identificadas as Programações de Desembolso que não deveriam ser transmitidas ao banco pagador, já que tal procedimento é efetuado diretamente pelo SICONV. Contas de Gestão – Exercício 2013 185 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Outras: - inclusão das modalidades 14 – Regime Diferenciado de Contratação/Eletrônico e 15 – Regime Diferenciado de Contratação/Presencial na transação >NE (nota de empenho). - inclusão das opções 2-LIBERA COTA RP e 3-CANCELA COTA RP na transação LIBCOTA-PD, além disso, foi criada a opção 3-COTAS FINANCEIRAS RP na transação CONCOTA-PD que permite consultar os saldos contábeis das Cotas Financeiras de RP, por UG e por fonte de recurso (Tesouro ou Outras Fontes), o que possibilita à SUPOF e aos setoriais contábeis realizar um controle gerencial da liberação, utilização e, consequentemente, do saldo de cota de RP. - LISTAPESS – modalidade de OB Lista, tendo como conta corrente do favorecido a palavra LISTAPESS e campo FINALIDADE igual a 26; criada exclusivamente para uso de algumas UGE’s, com credor Inscrição Genérica e Naturezas de Despesas especificas, conforme segue: UNIDADE GESTORA 090100 – PGE 096100 – FUNDO PGE 404300 - UERJ NATUREZA DESPESA 33190.16.20 – Repasse Honorários 33390.08.01 – Auxilio Creche 33390.08.09 – Auxilio Saúde 33390.14.01 – Diárias no Pais 33390.14.02 – Diárias no Exterior 33390.36.08 – Serviços Prestados por Estudante 33390.36.10 – Gratificação 33390.36.14 – Restituições e Indenizações 33390.39.93 – Pagamento FIA 11.2 SIG Módulo BOLETIM - RP Neste módulo, disponibilizado no SIG VERSÃO INTERNET, foi criado o botão ADMINISTRA RP, com o objetivo de facilitar o gerenciamento, por parte do órgão central, das Solicitações de Inscrição de Restos a Pagar preenchidas pelos setoriais contábeis no SIG. Além disto, a partir de 2013, o SIG passou a fazer a validação direta, com base em arquivos enviados pelo SIAFEM, dos requisitos a serem cumpridos, no SIAFEM, para que um órgão pudesse solicitar a inscrição em Restos a Pagar. Caso o requisito não fosse cumprido no SIAFEM, a opção de inscrição em restos a Pagar ficava inibida no SIG, impedido um órgão com pendências no SIAFEM, de solicitar sua respectiva Inscrição em Restos a Pagar pelo SIG. Contas de Gestão – Exercício 2013 186 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Módulo PLANO DE INVESTIMENTO Também no SIG VERSÃO INTERNET, foi criado um módulo, conforme solicitação da SUPOF, em que os órgãos podem informar e detalhar os seus projetos, gerando um código de SUBPROJETO a cada detalhamento, permitindo, inclusive, validar projetos provenientes de descentralização de créditos. Módulo de ATUALIZAÇÃO DA PREVISÃO DA RECEITA Este módulo tem o objetivo de apurar, por rubrica e fonte de recursos, as atualizações da receita prevista, com base em estudos da SUPOF, para posterior contabilização no SIAFEM. O Módulo fica disponível no SIG VERSÃO INTERNET e o extrator de dados, que possibilita a contabilização no SIAFEM, fica disponível no SIG VERSÃO LOCAL. Contas de Gestão – Exercício 2013 187 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 188 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 12 A CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E O PROCESSO DE CONVERGÊNCIA ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE 12.1 INTRODUÇÃO Com o Brasil acompanhando a expansão dos mercados externos e a globalização da economia, surgiu a necessidade, nas entidades, da elaboração de demonstrações contábeis baseadas em critérios uniformes e homogêneos, de forma que os gestores, investidores, analistas e a sociedade possam utilizar informações transparentes, confiáveis e comparáveis, nos processos de tomadas de decisões e de controle. A adoção dos mesmos critérios tornará possível a realização de uma análise comparativa das informações divulgadas no Brasil e em outros países, atrair investidores estrangeiros e com a transparência tornamos a informação mais confiável. Para isso, é necessário que haja o processo de convergência e harmonização. A Contadoria do Estado do Rio de Janeiro, no contexto da Convergência às Normas Internacionais de Contabilidade, está enfrentando o desafio de adequar-se à nova sistemática contábil com ênfase no Patrimônio Público em atendimento às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – NBCASP, normas estas que iniciaram o processo de convergência no Brasil. 12.2 O PROCESSO DE CONVERGÊNCIA NO BRASIL A padronização dos procedimentos contábeis para a área privada, com base nas Leis nº 11.638/2007 e nº 11.941/2009, é realizada por estudos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, formado pelas seguintes entidades: Associação Brasileira das Companhias Abertas -ABRASCA; Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais – APIMEC; Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA; Conselho Federal de Contabilidade – CFC; Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras – FIPECAFI; e o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON. O CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais". O Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução CFC 1.103/2007, criou o Comitê Gestor da Convergência no Brasil, integrado pelo próprio CFC, Instituto dos Auditores Contas de Gestão – Exercício 2013 189 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Independentes do Brasil - IBRACON, Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Banco Central do Brasil – BACEN, Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, Secretaria do Tesouro Nacional – STN e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. O CPC e o Comitê Gestor da Convergência no Brasil, através da reforma contábil, dos setores privado e público, e de auditoria, vem contribuindo para o desenvolvimento do país. Identifica as ações a serem implantadas para viabilizar a convergência das normas contábeis brasileiras, a partir das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC, às Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, e às Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público emitidas pela International Federation of Accontants – IFAC. 12.3 A CONVERGÊNCIA NA ÁREA PÚBLICA O processo de convergência para a área pública, iniciado pela Resolução CFC nº 1.111/2007, conjugada com a Resolução nº 1.367/2011 que alterou o apêndice II da Resolução CFC nº 750/1993, o qual apresenta a interpretação dos Princípios de Contabilidade com foco nas perspectivas no setor público, tornando evidente que os princípios aplicados na área privada também devem ser observados na área pública. As Normas Brasileiras de Contabilidade - NBC T 16, são onze normas que traçam os conceitos e procedimentos específicos para nova Contabilidade Pública Brasileira, em direção às mudanças necessárias no sentido da adequação dos procedimentos contábeis aplicados na área pública. São elas: NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO Resolução CFC nº 1128/08 – aprova a NBC TSP 16.1 - Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação. Resolução CFC nº 1129/08 – aprova a NBC TSP 16.2 - Patrimônio e Sistemas Contábeis. Resolução CFC nº 1130/08 – aprova a NBC TSP 16.3 - Planej. e seus Instrumentos sob Enfoque contábil. Resolução CFC nº 1131/08 – aprova a NBC TSP 16.4 - Transações no Setor Público. Resolução CFC nº 1132/08 – aprova a NBC TSP 16.5 - Registro Contábil. Resolução CFC nº 1133/08 – aprova a NBC TSP 16.6 - Demonstrações Contábeis. Resolução CFC nº 1134/08 – aprova a NBC TSP 16.7 - Consolidação das Demonstrações Contábeis. Resolução CFC nº 1135/08 – aprova a NBC TSP 16.8 - Controle Interno. Resolução CFC nº 1136/08 – aprova a NBC TSP 16.9 - Depreciação, Amortização e Exaustão. Resolução CFC nº 1137/08 – aprova a NBC TSP - 16.10 - Aval. e Mens. Ativos e Passivos Ent. Setor Publico. Resolução CFC N.º 1.366/11 – aprova a NBC TSP 16.11 - Sistema de Informação de Custos do Setor Público. Contas de Gestão – Exercício 2013 190 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Com o propósito de dar continuidade ao processo de convergência das normas brasileiras às normas internacionais, o CFC ofereceu à Audiência Pública 31 (trinta e uma) Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, convergentes com às Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público (IPSAS em inglês), emitidas pela International Federation of Accountants ─ IFAC. Porém a publicação dessas normas foi adiada e em 2012, o CFC ofereceu à Audiência Pública as NBC Ts 16.2, 16.5, 16.6, 16.10 e 16.11, com objetivo de realizar um alinhamento com as Normas Internacionais e outros ajustes necessários. A Contadoria-Geral do Estado participou das audiências realizadas no Conselho Regional de Contabilidade e as alterações das normas foram publicadas em 2013. A Secretaria do Tesouro Nacional, determinada a desenvolver ações no sentido de identificar as necessidades da convergência, publicou a 5ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público ─ MCASP e periodicamente está publicando Instruções de Procedimentos Contábeis - IPC, com objetivo de orientar e auxiliar os entes da Federação na implantação dos novos procedimentos contábeis. 12.4 GRUPOS TÉCNICOS DA STN A Secretaria do Tesouro Nacional na condição de órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, no intuito de consolidar as contas dos entes da Federação de que trata o art. 51 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e no sentido da convergência das normas contábeis, através de portaria, criou Grupos Técnicos, com caráter técnico e consultivo, para a adequação das normas e procedimentos, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem assim ,a participação de colaboradores vinculados a entidades públicas, num esforço multilaterais. O Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis – GTCON, com a composição e funcionamento normatizados pela Portaria nº 109, de 21 de fevereiro de 2011, é responsável pela análise e pela elaboração de diagnósticos e estudos visando à padronização mínima de conceitos e práticas contábeis, plano de contas e classificação orçamentária de receitas e despesas públicas. O Grupo Técnico de Padronização de Relatórios – GTREL é responsável por elaborar análises, diagnósticos e estudos, visando à promoção, à harmonização e à padronização de relatórios e demonstrativos, destacadamente os previstos pela Constituição Federal e pela Lei Complementar nº 101/2000. Sua composição e funcionamento são regrados pela Portaria nº 110, de 21 de fevereiro de 2011. Contas de Gestão – Exercício 2013 191 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado O Grupo Técnico de Sistematização de Informações Contábeis e Fiscais – GTSIS tem a responsabilidade de analisar e elaborar diagnósticos e estudos visando à harmonização das regras e funcionalidades dos sistemas contábeis e fiscais, em atendimento a Portaria nº 111, de 21 de fevereiro de 2011. 12.5 A CONTADORIA-GERAL DO ESTADO NO PROCESSO DE CONVERGÊNCIA A Contadoria- Geral do Estado do Rio de Janeiro vem contribuindo desde 2008, no desenvolvimento dos trabalhos do GTCON, GTREL e GTSIS, com a participação dos seus representantes de forma efetiva ao processo e adquirindo conhecimentos para a devida aplicação das normas no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Buscando o intercâmbio de boas práticas contábeis e soluções, a CGE participa do GT Contabilidade do GEFIN, instituído para subsidiar o Grupo de Gestores Financeiros do CONFAZ para o alcance do seu objetivo no que tange a área contábil. A CGE também tem participação do Fórum Fiscal dos Estados Brasileiros, que tem como objetivo prover um espaço para a discussão e estudo dos temas federativos no Brasil e serve também como instância consultiva para os Estados brasileiros. A Secretaria do Tesouro Nacional, em 14 de dezembro de 2011, publicou a Portaria nº 828, alterando o prazo de implantação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e estabelecendo novos prazos para a adoção do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP. Além disso, a Portaria incluiu a necessidade de cada ente da Federação divulgar em meio eletrônico de acesso público e ao Tribunal de Contas os procedimentos adotados e o Cronograma de Ações a adotar até 2014. Assim, a Secretaria de Estado de Fazenda enviou, em 27 de maio de 2013, o Cronograma de Ações dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro – TCE/RJ, em atendimento a Portaria nº 753, de 21 de novembro de 2012. Em 2011, foi instituído através do Decreto nº 43.092 o Grupo de Trabalho de Procedimentos Contábeis do Estado do Rio de Janeiro ─ GTCON/RJ com o intuito de operacionalizar o processo de convergência e através da Resolução SEFAZ/SEPLAG nº 131, foram indicados os servidores integrantes o GTCON/RJ. O GTCON/RJ, além de realizar encontros com todos os membros é formado por seis subgrupos que tratam especificamente sobre: Receita por Competência, Imobilizado/Intangível, Demonstrativos Contábeis, Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, Subsistema de Custos e Contas de Gestão – Exercício 2013 192 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Controle Contábil do Planejamento. Assim, a Contadoria-Geral do Estado e o GTCON/RJ desenvolveram diversos trabalhos desde 2012 e dentre eles, citamos a implantação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público em 2013. Através do Portal da Contadoria é possível ter acesso às Atas do GTCON/RJ, aos Boletins da Convergência, às apresentações realizadas e demais documentos. A Contadoria-Geral do Estado elaborou, em 2013, um relatório Geral dos Procedimentos Previstos no Cronograma de Ações com o objetivo de posicionar sobre o processo de implementação da contabilidade aplicada ao Setor Público ao Tribunal de Contas do Estado – TCE-RJ, e dando continuidade, elaborou novo relatório em 2014, e esse volume fará parte da composição da prestação de contas da Gestão do Governo do Estado do Rio de Janeiro. 12.6 CONCLUSÃO A adoção das novas regras ocorrem gradativamente, pois uma mudança dessa magnitude não é possível sem considerar os aspectos humanos envolvidos no processo, o comprometimento da gestão pública, o treinamento e a qualificação dos profissionais de contabilidade, além de sistemas de informação que atendam e suportem a adequação às Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público. A Contadoria-Geral do Estado tem promovido ações no sentido de se adequar a Contabilidade Aplicada ao Setor Público e cumprir as determinações da STN, principalmente através da Portaria nº 828/2011, alterada recentemente pela Portaria nº 634 de 19 de novembro de 2013, que retirou os prazos para implementação dos Procedimentos Contábeis Patrimoniais. A Portaria manteve os prazos da adoção do novo plano de contas e das novas demonstrações contábeis, até o término do exercício de 2014. A CGE já implantou o novo Plano de Contas este ano e continua trabalhando incansavelmente na elaboração das novas rotinas contábeis e atualização de manuais, elaboração dos relatórios contábeis e no atendimento às demais etapas do cronograma de ações. A atuação do GTCON/RJ, que tem representantes não só da Contadoria, mas também de outros órgãos e do Tribunal de Contas do Estado, tem o objetivo de discutir e propor soluções para tornar possível a adoção de um sistema de custos, de novos demonstrativos contábeis, de registrar e controlar os bens patrimoniais e de registrar a receita no momento da ocorrência do fato gerador, respeitando-se o Princípio da Competência, dentre outros assuntos também demandados. Portanto, é um processo de mudança que envolve vários setores, não só a Contadoria, pois sua Contas de Gestão – Exercício 2013 193 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado implantação deverá ser acompanhada de ações em diversas áreas da gestão pública, que nascem de atitudes administrativas, consistentes e organizadas. Contas de Gestão – Exercício 2013 194 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 195 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 13 GLOSSÁRIO Amortização da Dívida Despesas com pagamentos e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. Autarquia Entidade administrativa de Direito Público Interno, criada por lei para desenvolver atividades típicas da administração pública. Auxílio Financeiro a Estudantes Concessão de auxílio concedido pelo Estado para o desenvolvimento de estudos e pesquisas de natureza científica, realizadas por pessoas físicas, comprovadamente carentes, na condição de estudante. BACEN Banco Central do Brasil. É uma autarquia federal criada com a finalidade de fiscalizar as instituições financeiras. Dentre as muitas atribuições importantes do BACEN está a de regulador da política monetária do Governo, administrador das reservas internacionais e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional. Balanço Demonstrativo contábil que apresenta, num dado momento, a situação do patrimônio de uma entidade. Balanço Orçamentário Demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas evidenciando as diferenças entre elas. (Anexo 12, da Lei n° 4.320/64, artigo 102). Balanço Patrimonial Demonstra num determinado momento, a situação econômica e financeira do patrimônio público bem como os atos administrativos que possam vir a afetá-lo. CFC – Conselho Federal de Contabilidade Órgão central da Profissão Contábil encarregado, dentre outras, de promover o desenvolvimento da profissão contábil, criador do Comitê Gestor da Convergência no Brasil, comitê esse, que tem Contas de Gestão – Exercício 2013 196 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado por objetivo contribuir para o desenvolvimento sustentável do Brasil por meio da reforma contábil e de auditoria que resulte numa maior transparência das informações financeiras utilizadas pelo mercado, bem como no aprimoramento das práticas profissionais, levando-se sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais. C.P.C. – Comitê de Pronunciamentos Contábeis Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais". Concessões e Permissões Registra o valor total da arrecadação de receitas originadas da concessão ou permissão, ao particular, do direito de exploração de serviço público, os quais estão sujeitos ao controle, fiscalização e regulação do poder público. Créditos Adicionais Autorizações de despesas públicas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual. Classificando-se em suplementar, especial e extraordinário. Déficit de Capital Ocorre quando a despesa de capital é maior que a receita de capital. Déficit Orçamentário Ocorre quando a despesa empenhada é maior que a receita realizada. Despesas Correntes Despesas que não contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem patrimonial, a exemplo dos gastos destinados à manutenção e ao funcionamento de órgãos, entidades e a continuidade na prestação de serviços públicos; à conservação de bens móveis e imóveis e ao pagamento de juros e encargos da dívida pública. Despesa de Capital Despesas que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem patrimonial a exemplo dos gastos com o planejamento e a execução de obras; a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente, aquisição e subscrição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer natureza e outros. Contas de Gestão – Exercício 2013 197 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Despesa de Custeio São as necessárias à manutenção da ação da administração, como por exemplo, o pagamento de pessoal, de material de consumo e à contratação de serviços de terceiros, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Despesa de Exercícios Anteriores As relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito, com dotação suficiente para atendê-las, mas que não se tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os com compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. Poderão ser pagos, à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. Despesa de Pessoal e Encargos Despesas de natureza salarial decorrente do efetivo exercício de cargos, emprego ou função de confiança no setor público, do pagamento dos proventos de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, contribuição a entidades fechadas de previdência, bem como soldo, gratificações e adicionais, previstos na estrutura remuneratória dos militares, e ainda, despesas com ressarcimento de pessoal requisitado, despesas com contratação temporária para atender à necessidade de excepcional interesse público, quando se referir à substituição de servidores, e despesas com a substituição de mão-de-obra constantes dos contratos de terceirização quando se tratar de categorias funcionais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, exceto nos casos de cargo ou categoria em extinção. Despesas Fiscais São as despesas decorrentes das ações típicas do governo, a exemplo de pagamento de pessoal, manutenção da máquina pública, construção de escolas, estradas e hospitais. Despesas não Financeiras Compreende o total empenhado menos as despesas financeiras, ou seja, subtraem-se os encargos e amortização da dívida. Despesa Orçamentária Conjunto dos gastos públicos autorizados através do orçamento ou de créditos adicionais. Contas de Gestão – Exercício 2013 198 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Despesa Pública Constituem despesa todos os desembolsos efetuados pelo Estado no atendimento dos serviços e encargos assumidos no interesse geral da comunidade, nos termos da Constituição, das leis, ou em decorrência de contratos ou outros instrumentos. Despesa Total com Pessoal Entende-se como o somatório dos gastos com os ativos, inativos e pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis e militares, abrangidas quaisquer espécies remuneratórias (vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos, reformas e pensões, adicionais, gratificações, horas extras), encargos sociais e contribuições previdenciárias recolhidas pelo ente, bem como os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos. Despesas com Juros e Encargos da Dívida Despesas com pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária. Dívida Ativa Constitui-se nos créditos dos Estados, tributários ou não, inscritos em registro próprio, depois de apurada sua liquidez e certeza, de acordo com legislação específica. São os créditos que o Estado tem contra terceiros. Dívida Consolidada ou Fundada É o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. Consideram-se, também, as operações de crédito para refinanciamento de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constatado do orçamento. A dívida fundada é interna quando assumida dentro do País, e externa, quando assumida fora do País. Dívida Consolidada Líquida É o valor da dívida consolidada, deduzido da disponibilidade de caixa, das aplicações financeiras, dos demais ativos financeiros, e acrescido dos Restos a Pagar Processados. Contas de Gestão – Exercício 2013 199 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Elemento Despesa É o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras, instalações e outros meios de que se serve a Administração Pública para consecução de seus fins. Empresa Estatal Dependente Empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária (Art. 2°, III, da LC n° 101/2000). De acordo com a portaria STN n° 589, será considerada dependente apenas a empresa deficitária que receba subvenção econômica do ente controlador. Da mesma forma, considera-se, ainda, subvenção econômica, a transferência permanente de recursos de capital para empresa controlada deficitária. Entidade É a denominação genérica de Estado, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, que são criadas por lei ou mediante prévia autorização legislativa, com personalidade e patrimônio próprios, para execução de atividades que lhes são atribuídas em lei. Excesso de Arrecadação É o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício e o montante dos créditos extraordinários abertos. Fonte de Recursos Identificação da origem e natureza dos recursos orçamentários através de código e descrição, observado o seguinte esquema de classificação: Recursos do Tesouro, subdivididos em Recursos Ordinários e Recursos Vinculados, Recursos de Outras Fontes e Recursos Próprios de entidades da Administração Indireta. FPE Fundo de Participação dos Estados. Instrumento que funciona como mecanismo compensatório em favor dos Estados, em razão da centralização dos impostos de maior grau de elasticidade (Imposto de Renda e IPI) na esfera de competência da União. Contas de Gestão – Exercício 2013 200 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB é um Fundo de natureza contábil, instituído pela Emenda Constitucional nº 53, de 19 de dezembro de 2006, e regulamentada pela Medida Provisória 339, de 28 de dezembro do mesmo ano, convertida na Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, sendo iniciada a sua implantação em 1º de janeiro de 2007. Os Municípios receberão os recursos do FUNDEB com base no número de alunos da educação infantil e do ensino fundamental, e os Estados com base nos alunos do ensino fundamental e médio. Da mesma forma, a aplicação desses recursos, pelos gestores estaduais e municipais, deve ser direcionada levando-se em consideração a responsabilidade constitucional que delimita a atuação dos Estados e Municípios em relação à educação básica. O Fundo é composto, na quase totalidade, por recursos dos próprios Estados, Distrito Federal e Municípios. Função Constitui o nível maior de agregação das ações governamentais, através da qual se busca identificar setores ou área da atuação do Governo, para fins de programação e orçamento público. Fundação Pública A entidade criada por lei específica, com personalidade de direito público sem fins lucrativos, para o desenvolvimento de atividades de interesse da coletividade tais como educação, cultura, pesquisas científicas, com autonomia administrativa, patrimônio próprio, e funcionamento custeado com recursos do tesouro e de outras fontes. Fundo Especial Parcela de receitas vinculada por lei à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação. ICMS Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, também chamado de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. É um imposto estadual não-cumulativo. É a grande fonte de receita do Distrito Federal e dos Estados. IGP Índice Geral de Preços. Contas de Gestão – Exercício 2013 201 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Intra-orçamentária Conforme a Portaria Interministerial 338 de 26/04/2006, que define como intra-orçamentárias as operações que resultem de despesas decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade ou outra entidade no âmbito da mesma esfera de governo. Que criou as classificações de receita: I – 7000.00.00 – Receitas Correntes Intra-Orçamentárias; II – 8000.00.00 – Receitas de Capital Intra-Orçamentárias. Inversões Financeiras Despesas com a aquisição de imóveis ou de bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento de capital e com a constituição ou aumento do capital de empresas. Investimentos Despesas com planejamento e execução de obras, inclusive com aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo. IPI Imposto sobre Produtos Industrializados. Incide sobre quaisquer produtos que tenham sofrido algum processo industrial que de alguma forma os modifiquem. IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. É um tributo estadual pago anualmente pelo proprietário de todo e qualquer veículo automotor ao qual seja exigido emplacamento. IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte. Desconto sobre a renda/rendimentos do trabalho assalariado, de capital ou pela prestação de serviços, podendo ou não vir a ser compensado na declaração anual de rendimentos. Contas de Gestão – Exercício 2013 202 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Lei Kandir Compensação pelas perdas decorrentes da desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços, de produtos primários e semimanufaturados remetidos ao exterior. Lei Orçamentária Anual Lei especial de iniciativa do Poder Executivo, que contém a discriminação da receita e despesa orçamentária para determinado exercício financeiro, de forma a evidenciar a política econômica financeira do Governo e o programa de trabalho dos Poderes, seus órgãos, fundos e entidades da Administração Indireta, compreendendo: Orçamento Fiscal, Orçamento de Investimento de Empresas Estatais e Orçamento da Seguridade Social. Macroeconomia Ramo da Economia que estuda o funcionamento da Economia como um todo no que diz respeito ao Produto Nacional Bruto, ao rendimento, à evolução dos preços (inflação), ao desemprego, à despesa, ao comércio internacional e a outras variáveis macroeconômicas. Uma política macroeconômica visa o alcance de uma taxa elevada do produto nacional e de emprego, a estabilidade dos preços e a expansão do comércio internacional. Material de consumo Despesas com álcool, gasolina, óleo diesel automotivos, outros combustíveis e lubrificantes; combustível e lubrificantes de aviação; gás engarrafado; alimentos para animais; animal para experimentos corte ou abate; sêmen; explosivos e munições; gêneros alimentícios; cestas básicas, medicamentos de alto custo, material biológico, farmacológico e laboratorial; medicamentos; órteses e próteses para uso em procedimentos cirúrgicos; material de cama mesa; copa e cozinha, e produtos de higienização; material de coudelaria ou de uso zootécnico; material de escritório; material de construção; material hidráulico; material de manobra e patrulhamento; material de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; material gráfico; insumos, peças e acessórios de utilização em informática; material para esportes e diversões; material para fotografia e filmagem; material para instalação elétrica e eletrônica; materiais, peças e acessórios para manutenção, reposição e aplicação; material odontológico, hospitalar e ambulatorial; substâncias e produtos químicos; material para telecomunicações; sementes e mudas de plantas; vestuário, fardamento, tecidos e aviamentos, material de acondicionamento e embalagem; suprimento de proteção ao vôo; suprimento de aviação sobressalentes de máquinas e motores de navios e esquadra; motores para viaturas policiais; livros didáticos e paradidáticos; tesouras; grampeadores e perfuradores de papel (de pequeno porte); ferramentas avulsas, de pequeno porte, não acionadas por força motriz; pisos e forrações; e outros materiais de uso não-duradouro. Contas de Gestão – Exercício 2013 203 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Metas de inflação São percentuais que o Governo estipula para a variação da taxa de inflação. Metas fiscais São metas anuais estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. Multas e Juros de Mora Registra o valor da receita arrecadada com penalidades pecuniárias decorrentes da inobservância de normas, e com rendimentos destinados à indenização pelo atraso no cumprimento da obrigação, representando o resultado de aplicações impostas ao contribuinte faltoso, como sanção legal no campo tributário (impostos, taxas de contribuição de melhoria), não-tributário (contribuições sociais e econômicas, patrimoniais, industriais, de serviços e diversas) e de natureza administrativa, por infrações a regulamentos. NBCASP – Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público Compilação das normas internacionais de contabilidade aplicadas ao setor público editadas pela Internacional Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB). Orçamento da Seguridade Social Orçamento que integra a Lei Orçamentária Anual, compreendendo as ações destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social, desenvolvidas pelos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, seus órgãos, fundos, autarquias, fundações e empresa estatal dependente. Obras e Instalações Despesas com estudos e projetos; serviços de gerenciamento de obras; início, prosseguimento e conclusão de obras; pagamento de pessoal temporário não pertencente ao quadro da entidade e necessário à realização das mesmas; pagamento de obras contratadas; desapropriação de imóveis necessários à realização da obra; instalações que sejam incorporáveis ou inerentes ao imóvel. Orçamento de Investimento Orçamento que integra a Lei Orçamentária Anual, compreendendo os investimentos das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com voto direto. Contas de Gestão – Exercício 2013 204 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Orçamento Fiscal Orçamento que integra a Lei Orçamentária Anual, que estima as receitas e fixa as despesas, de modo a demonstrar a programação dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal ou Municípios, seus órgãos, fundos, autarquias, fundações e empresa estatal dependente. Outras Receitas Correntes Registram o total da arrecadação de outras receitas correntes tais como multas, juros, restituições, indenizações, receitas da dívida ativa, aplicações financeiras e outras. Outras Receitas Patrimoniais Registra o valor total da arrecadação com outras receitas patrimoniais não enquadradas nos itens anteriores. Outras Transferências de Capital Registra o valor arrecadado com outras receitas vinculadas ao acréscimo patrimonial da unidade. Encontra-se no desdobramento desse título a integralização do capital social, os saldos de exercícios anteriores e as outras receitas. Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física Despesas decorrentes de serviços prestados por pessoa física, pagos diretamente a esta e não enquadrados nos elementos de despesas específicos, tais como: remuneração de serviços de natureza eventual, prestado por pessoa física sem vínculo empregatício; estagiários, monitores diretamente contratados; diárias e ajudas de custo a colaboradores eventuais; locação de imóveis; salário de internos nas penitenciárias, e outras despesas pagas diretamente à pessoa física por quaisquer serviços prestados desde que não tenham vínculo empregatício com o órgão. Inclui-se no elemento, os encargos sociais e as obrigações fiscais decorrentes da contratação desses serviços. Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica Despesas com prestação de serviços, realizadas por pessoas jurídicas para órgãos públicos, incluindo o material empregado, tais como: assinaturas de jornais, revistas e periódicos; fretes de carga e carretos; despesas miúdas e de pronto pagamento; locação de imóveis (inclusive despesas de condomínio e tributos à conta do locatário quando previstos no contrato de locação); locação de equipamentos e materiais permanentes; manutenção, conservação e adaptação de bens móveis; conservação, manutenção, reparos e reformas de bens imóveis; colocação de revestimentos, cortinas e persianas; manutenção e conservação de rodovias e outros bens de domínio público; seguros em geral (exceto o decorrente de obrigação patronal); serviços de Contas de Gestão – Exercício 2013 205 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado divulgação; publicidade decorrente de legislação específica; impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários; despesas com congressos, simpósios, conferências ou exposições, fornecimento de cestas básicas; assistência médico-hospitalar e odontológica; contratação de escolas infantis e/ou creche para filhos de funcionários; serviços gráficos; serviços de confecção; serviços, programas e aplicativos de informática; acesso à “Internet”; manutenção e locação de equipamentos de informática; serviços de comunicação de dados (exclusive aqueles que correm à conta de serviços de Utilidade Pública); exames laboratoriais; fornecimento de gazes medicinais; desratização, dedetização e desinsetização; fornecimento de alimentação preparada. Passivo Real É a soma do passivo financeiro com o passivo permanente. PPA - Plano Plurianual Programação global da gestão governamental, onde constam os programas e projetos de desenvolvimento setorial e/ou regional com previsão de ações a serem desenvolvidas num período de quatro anos. Serve de base para as programações anuais. Política Monetária A Política Monetária representa a atuação das autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de se controlar a liquidez global do sistema econômico. Os objetivos principais são o controle das taxas de juros e de câmbio, da liquidez monetária e da distribuição seletiva do crédito. A política monetária tem sido utilizada como instrumento de combate à inflação. Programa É a unidade básica de planejamento e gestão do plano plurianual, constituída por um conjunto de ações articuladas, cujos produtos, bens e serviços ofertados à sociedade concorrem para a consecução de objeto comum preestabelecido, mensurado por um indicador, tendo em vista a solução de um problema ou atender uma necessidade ou demanda da sociedade. Programa De Reestruturação e Ajuste Fiscal - PAF É parte integrante do contrato de assunção e renegociação da dívida ao amparo da lei 9.496, de 11 de setembro de 1997, e consiste num documento por meio do qual o estado se propõe a adotar ações que possibilitem alcançar metas ou compromissos relativos a: Contas de Gestão – Exercício 2013 206 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Relação Dívida Financeira/Receita Líquida Real; Resultado Primário; Despesas com Funcionalismo Público; Receitas de arrecadação Própria; Reforma do Estado e/ou Alienação de ativos; Despesas com Investimento. Receitas Agropecuárias Registra o valor da arrecadação da receita de produção vegetal, animal e derivados e outros. Receitas decorrentes das seguintes atividades ou explorações agropecuárias: Agricultura (cultivo de solo), inclusive hortaliças e flores; Pecuária (criação, recriação ou engorda de gado e de animais de pequeno porte); Atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários em instalações existentes nos próprios estabelecimentos (excetuam-se as usinas de açúcar, fábricas de polpa, de madeira, serrarias e unidades industriais com produção licenciada que são classificadas como industriais). Receita Corrente São meios financeiros de origem tributária, contributiva, patrimonial, industrial e outras, bem como os recursos recebidos de outras pessoas de direito público de outra esfera de governo ou de direito privado, quando destinados a atender gastos classificáveis em despesas correntes. Receita Corrente Líquida Somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, inclusive os valores de que trata a Lei Complementar n°87/96 e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (Art. 60 dos ADCT). Receita das Operações de Crédito São as receitas que possuem como origem fatos administrativos ou de operações realizadas, como meio de conseguir recursos a fim de suprir a deficiência de caixa ou para atender às despesas que a arrecadação normal orçamentária não comporta. As operações de créditos podem ser “reais” ou “compensativas”. As reais gravam o patrimônio e as compensativas não afetam o mesmo nem o modificam. Contas de Gestão – Exercício 2013 207 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Receita de Capital São meios financeiros provenientes de constituição de dívidas, da conversão em espécie de bens e direitos, assim como os recursos recebidos de outras pessoas de direto público de outra esfera de governo e de direito privado destinados a atender gastos classificáveis em despesas de capital. Receita de Contribuições Valor total da arrecadação da receita de contribuições sociais. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em beneficio destes, de sistemas de previdência e assistência social. (Ministério da Fazenda / Secretaria do Tesouro Nacional - Portaria Nº 180, de 21 de maio de 2001, alterações contempladas na Portaria Nº 326, de 27/08/2001). Receita de Privatizações Registra o valor total da receita decorrente da alienação de bens móveis e imóveis. Receita de Serviços Registra o valor da arrecadação da receita originária da prestação de serviços, tais como atividades comerciais, financeiras, de transporte, de comunicação, de saúde, de armazenagem, serviços científicos e tecnológicos, de meteorologia, agropecuária, entre outras. Receita de Transferências Correntes Dotações destinadas a terceiros sem a correspondente prestação de serviços, incluindo as subvenções sociais, os juros da dívida, a contribuição de previdência social, entre outras. Receita Fiscal São as receitas resultantes das ações precípuas do governo a exemplo de impostos, taxas, contribuições e transferências. Receita Industrial Registra o total da arrecadação da receita da indústria de extração mineral, de transformação, de construção e outros, proveniente das atividades definidas como tais pelo IBGE. Receita Liquida Real Receita realizada nos dos doze meses anteriores ao mês imediatamente anterior àquele em que se estiver apurando, excluídas as receitas provenientes de operações de crédito, de alienação de Contas de Gestão – Exercício 2013 208 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado bens, de transferências voluntárias ou de doações recebidas com o fim específico de atender despesas de capital e, no caso dos estados, as transferências aos municípios por participações constitucionais e legais. Receitas Não Financeira As receitas não-financeiras, por sua vez, são aquelas decorrentes da atividade fiscal do Governo, incluindo, entre outras, as receitas tributárias e de contribuições sociais e, também, aquelas condicionadas à aprovação de dispositivos legais. Receita Orçamentária Todos os ingressos aos cofres públicos que por disposição legal constem do orçamento, sendo, classificado em receitas correntes e de capital. É também denominada de recursos orçamentários. A receita arrecadada que mesmo não prevista no orçamento pertence à Entidade é também classificada como receita orçamentária. Receita Patrimonial Registra o valor total da arrecadação da receita patrimonial referente ao resultado financeiro da fruição do patrimônio, seja decorrente de bens imobiliários ou mobiliários, seja de participação societária. Receita Própria Recursos oriundos do esforço de arrecadação própria das entidades da Administração Direta e Indireta, cabendo-lhes a sua aplicação. É também denominada de recursos próprios. Receita Pública Todo e qualquer recolhimento aos cofres públicos, em dinheiro ou outro bem representativo de valor, que o governo tem direito de arrecadar em virtude de leis, contratos, convênios e quaisquer outros títulos, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores que não lhe pertençam. É o conjunto de ingressos financeiros provenientes de receitas orçamentárias e receitas extra-orçamentárias. Receita Tributária É a arrecadação de tributos: impostos, taxas e contribuição de melhoria e respectivos adicionais. Restituições e Indenizações Registra o valor das receitas recebidas através de indenizações aos Estados pela exploração de recursos minerais, de petróleo, xisto betuminoso e gás e pela produção de energia elétrica; Contas de Gestão – Exercício 2013 209 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado registra, também, o valor total das receitas recebidas através de restituições, por devoluções em decorrência de pagamentos indevidos, e reembolsos ou retorno de pagamentos efetuados a título de antecipação. Restos a Pagar São as despesas empenhadas, pendentes de pagamento na data de encerramento do exercício financeiro, inscritas contabilmente como obrigações a pagar no exercício subseqüente. Resultado Nominal É a variação da divida consolidada líquida. Resultado Primário É a diferença apurada entre as receitas fiscais arrecadadas e as despesas fiscais. Se a diferença é positiva ocorre um Superávit, significando que o ente foi capaz de atender às despesas fiscais e, total ou parcialmente, ao serviço da dívida. Sendo o resultado negativo, significa que o ente não foi capaz de atender às despesas fiscais, recorrendo às receitas não-fiscais para financiar o Déficit. SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia Registra títulos e depósitos interfinanceiros em nome de seus participantes, e o processamento de operações de movimentação, resgate, ofertas públicas e respectivas liquidações financeiras. Sentenças Judiciais Despesas resultantes de pagamento de precatórios; cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgamento, de pequeno valor; cumprimento de decisões judiciais, proferidas em mandados de segurança e medidas cautelares, referentes a vantagens pecuniárias concedidas e ainda não incorporadas em caráter definitivo às remunerações dos beneficiários. Quaisquer despesas decorrentes de ações judiciárias movidas contra a Fazenda Estadual, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, e empresas públicas e sociedades de economia mista integrantes do Orçamento Fiscal, inclusive ações trabalhistas. Serviços da Dívida a Pagar Estão representados pelos valores referentes à parcela da amortização do principal, correção monetária, juros e outros encargos incidentes sobre a dívida fundada ou consolidada a ser paga no exercício financeiro seguinte ao da emissão do empenho respectivo, caracterizando uma transferência de parte dos valores da dívida consolidada, que está pronta para pagamento, para dívida flutuante. Contas de Gestão – Exercício 2013 210 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Superávit Financeiro no Balanço Financeiro Ocorre quando no Balanço Financeiro o saldo que passa para o exercício seguinte é maior que o saldo do exercício anterior. Superávit Financeiro no Balanço Patrimonial É a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro apurado no Balanço Patrimonial do Estado ou de uma entidade. Superávit Orçamentário Ocorre quando a despesa empenhada é menor que a receita realizada. Taxa de Câmbio É o preço de uma moeda estrangeira, ou seja, o custo de uma moeda em relação a outra. Taxa de Juros É o custo do dinheiro no mercado. O Banco Central é o órgão regulador da política de juros. Taxa SELIC É a taxa que reflete o custo do dinheiro para empréstimos bancários, com base na remuneração dos títulos públicos. Taxas É o tributo cobrado pelo Poder Público a título de indenização pela produção e oferecimento "de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição". Não pode, no entanto, ser confundido com os valores cobrados pela prestação de serviços públicos, através de empresas públicas ou de economia mista, tais como tarifas telefônicas, fornecimento de força/energia elétrica, água, entre outras. Títulos Mobiliários – CFT (ou a sigla ou a descrição não está correta) Título de responsabilidade do Tesouro Nacional, emitido para a realização, na CETIP (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos), de operações financeiras definidas em lei, exclusivamente sob forma escritural. Transferências aos Municípios Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta. Contas de Gestão – Exercício 2013 211 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Transferência de Capital Registra o valor total das transferências de capital (transferências inter e intragovernamentais, instituições privadas, ao exterior e a pessoas), tendo por finalidade concorrer para a formação de um bem de capital, estando vinculadas à constituição ou aquisição do mesmo. Variações Ativas São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam ou modificam a situação patrimonial. Provocam movimentações quantitativas e qualitativas no patrimônio, pelo aumento de valores ativos, redução de valores passivos ou por modificação nos elementos patrimoniais através de fato permutativo. Variações Passivas São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que diminuem ou modificam a situação patrimonial. Provocam movimentações quantitativas e qualitativas no patrimônio, pelo aumento de valores passivos, redução de valores ativos ou por modificação nos elementos patrimoniais através de fato permutativo. Contas de Gestão – Exercício 2013 212 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 213 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 14 EQUIPE DA CONTADORIA GERAL DO ESTADO – CGE As equipes da Contadoria Geral do Estado trabalharam em conjunto, com todo o empenho, buscando apresentar de forma clara e compreensiva o relatório sobre as Contas de Gestão do Excelentíssimo Governador do Estado do Rio de Janeiro, referente ao exercício de 2013. GABINETE DA CONTADORIA GERAL DO ESTADO Francisco Pereira Iglesias – Contador Geral ASSESSORIA DE ESTUDOS E PESQUISAS CONTÁBEIS Stephanie Guimarães da Silva – Assessor Contábil José Valter Cavalcante – Assessor Contábil Carlos Adalberto Pinheiro Prata – Analista de Controle Interno SUPERINTENDÊNCIA DE RELATÓRIOS GERENCIAIS Leonel Carvalho Pereira – Superintendente Eliane Figueiredo De Menezes – Assistente II COORDENAÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO DE BALANÇOS Joel Fernandes Barbosa – Coordenador Celso De Brito Borba – Diretor de Departamento Giliarde Firme Araújo – Diretor de Departamento Renata Onorato do Nascimento – Analista de Controle Interno Thais Alessandra Damasceno Corrêa – Analista de Controle Interno Douglas Jin Guan dos Santos – Secretário II COORDENAÇÃO DE ANÁLISE E DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS Luiz Felipe Martins Correa - Coordenador Joyce Borges do Couto Raposo – Diretor de Departamento Gustavo Bispo da Silva – Diretor de Departamento Elayne Conceição Alparone Girão – Analista de Controle Interno Paulo Roberto Dias Chan – Analista de Controle Interno João José Tardin de Rezende – Secretário II Deborah Vaz Gonçalves – Assistente II Galdina Marques Guimarães – Assistente II Loize Romilda Zanella – Assistente II COORDENAÇÃO DE CONTAS DE GESTÃO E RELATÓRIOS FISCAIS Ronald Marcio Guedes Rodrigues – Coordenador André Pereira de Sousa – Diretor de Departamento Contas de Gestão – Exercício 2013 214 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Renato Ferreira Costa – Diretor de Departamento Gloria Isis de Carvalho Souza – Analista de Controle Interno Fábio de Oliveira Coutinho - Oficial de Fazenda “C” Ana Cristina dos Santos Camello – Assistente II Eliane Capeloni dos Santos Costa – Assistente II SUPERINTENDÊNCIA ACOMPANHAMENTO DE SISTEMAS CONTÁBEIS Luis Alfredo Ribeiro – Superintendente COORDENAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO E IMPLEMENTAÇÕES Welson Baptista de Salles Junior – Coordenador Fábio Galvão Puccioni – Diretor de Departamento Fernanda Calil Tannus de Oliveira – Analista de Controle Interno Fernanda Teodoro Leite – Analista de Controle Interno COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Gilson Magrani - Coordenador Ana Cristina Estula – Assessor Contábil II Maria Ivone do Nascimento – Assessor Contábil II Janaina Francisco Lara Japor Coelho – Analista de Controle Interno Magaly de Almeida Alves Da Silva – Analista de Controle Interno Elias Santos Menegatte – Assistente II Jucilene Mota Vieira – Assistente II Carlos Oliveira Soares – Assistente II SUPERINTENDÊNCIA DE NORMAS TÉCNICAS - SUNOT Luiz Antônio da Cruz Pinheiro - Assessor David de Brito Dantas – Analista de Controle Interno Silvana de Jesus Ferreira – Secretário II COORDENAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS Jorge Pinto de Carvalho Junior – Coordenador Marcelo Jandussi Walter de Oliveira – Assessor Contábil Fabio Bogossian – Diretor de Departamento Suellen Moreira Gonzalez – Diretor de Departamento Bruno Campos Pereira – Analista de Controle Interno Danielle Rangel Pinheiro Carvalho – Analista de Controle Interno Kelly Cristina De Matos Paula – Analista de Controle Interno Contas de Gestão – Exercício 2013 215 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Marcio Alexandre Barbosa – Analista de Controle Interno Rafaela Oliveira Da Silva – Analista de Controle Interno COORDENAÇÃO DE ESTUDOS MANUAIS Thiago Justino De Sousa - Coordenador Hugo Freire Lopes Moreira – Assessor Contábil II Daique Alexandre Nonato De Souza – Analista de Controle Interno Ian Dias Veloso de Almeida – Analista de Controle Interno Marcelo de Medeiros Silva - Analista de Controle Interno Meriele dos Santos Conceição – Analista de Controle Interno Tânia Maria da Silva – Secretário II ASSESSORIA ADMINISTRATIVA Almerinda Oliveira da Silva - Assessor Luiz Claudio Correa Picanço – Agente de Fazenda "A" Rosemary Leite dos Santos - Oficial de Fazenda "C" Dayana Batista Braga – Assistente II Karina de Santana Neto – Assistente II Maria Antonietta D’elia Campos – Assistente II Viviane Alves Martins – Assistente II SUPERINTENDÊNCIA DAS COORDENADORIAS SETORIAS DE CONTABILIDADE David Lopes de Souza - Superintendente Cristina Helena Marcelino – Assessor Contábil Katia Mara Pinto Nascimento – Analista de Controle Interno Delson Luiz Borges – Assistente II Contas de Gestão – Exercício 2013 216 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado Contas de Gestão – Exercício 2013 217 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado 15 RESPONSÁVEIS PELA CONTABILIDADE NOS ÓRGÃOS E ENTIDADES PODER / ADMINISTRÇÃO / ÓRGÃO RESPONSÁVEL PODER EXECUTIVO ADMINISTRAÇÃO DIRETA Secretaria de Estado da Casa Civil - Casa Civil Thiago Paulo Rangel Secretaria de Estado de Governo - SEGOV Mario Luiz Baggio Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - SEPLAG Mário Sérgio de Faria Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia Indústria e Serviços – SEDEIS Secretaria de Estado de Obras – SEOBRAS Sérgio Murilo Ramos Fonseca Secretaria de Estado de Segurança – SESEG Clayton Cassius da Silva Pereira Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Mauricio Nunes Tavares Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro Luiz Carlos Ferreira da Silva Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP Carlos Frederico Pinto de Andrade Secretaria de Estado de Saúde – SES Ademir Cesar Rodrigues Secretaria de Estado de Defesa Civil - SEDEC Wagner Montalvão Secretaria de Estado de Educação - SEEDUC Oswaldo Gomes de Souza Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECT João Batista Martins Lopes Secretaria de Estado de Habitação - SEH Alexander Bento Rezende Secretaria de Estado de Transportes – SETRANS Maria das Dores Macharet Secretaria de Estado de Ambiente – SEA Sergio Roberto Ferreira das Neves Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária - SEAPEC Alexandre Pantoja Correa Maia Secretaria de Estado de Trabalho e Renda - SETRAB Francisco Carlos Rodrigues Coelho Secretaria de Estado de Cultura - SEC João Ismael Advíncola Coelho Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos - SEASDH José Roberto Cabral de Mendonça Secretaria de Estado de Esporte e Lazer – SEEL Sandra Rodrigues Fernandes Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca - SEDRAP Marizete da Silva F. Oliveira Secretaria de Estado de Turismo - SETUR Aureny Martins de Carvalho Procuradoria Geral do Estado - PGE Indaiá Chaves Regis Portugal Defensoria Pública Geral do Estado – DPGE Mauro Venício do Nascimento Subsecretaria de Comunicação Social Elen Marcia Generine Azambuja Damião José da Silva Nilton de Paiva filho FUNDAÇÕES Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Caius Vinicius Casseres dos Santos Públicos do Estado do Rio de Janeiro - CEPERJ Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo À Pesquisa do ERJ - FAPERJ Eliane Ferreira de Souza Fundação de Apoio a Escola Técnica do ERJ - FAETEC Nelson Oliveira dos Santos Cunha Fundação para Infância e Adolescência - FIA José Luiz Almeida Santos Fundação Casa França Brasil - FCFB Sandra Helena da Silva Fundação Museu da Imagem do Som - FMIS Conceição de Maria Rezende Veras Fundação Instituto de Pesca do ERJ - FIPERJ Lucia Rosado de Oliveira Fundação Leão XIII - FLXIII Genildo Ribeiro de Souza Fundação Santa Cabrini - FSC Marcilio Santos de Macedo Fundação Theatro Municipal - FTM José Santana de Souza – Resp. Fundação Universidade do ERJ - UERJ Marcia Carvalho Cunha Silveira Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do ERJ - CECIERJ Luciana Cabisieri Macedo Fundação Anita Mantuano de Artes do ERJ - FUNARJ Ramilde Fernando Ferreira Santos Fundação Departamento de Estrada de Rodagem do ERJ - DER Maria Margarida Lima Santos Fundação Estadual do Norte Fluminense - FENORTE Carlos Antonio Santiago Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Norte - UEZO Sonia Costa Sales Contas de Gestão – Exercício 2013 218 Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Contadoria Geral do Estado PODER / ADMINISTRÇÃO / ÓRGÃO RESPONSÁVEL PODER EXECUTIVO AUTARQUIAS Departamento Estadual de Trânsito do ERJ - DETRAN Maria Ribeiro de Lemos Instituto de Assistência dos Servidores do ERJ - IASERJ Virginia Maria Cotrofe da Silva Superintendência de Desportos do ERJ - SUDERJ Tania Maria Junge Instituto de Pesos e Medidas - IPEM Pierre Alves da Cruz – Resp. Departamento de Transportes Rodoviários - DETRO Célio Cunha da Silva Departamento de Recursos Minerais - DRM Elenilson da Conceição Martins Junta Comercial do ERJ - JUCERJA Isabel Alves Lourenço Loteria do Estado do RJ – LOTERJ Ismar Cabral da Conceição Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do ERJ - PRODERJ Paulo Spínola de Oliveira– Resp. Instituto de Segurança do ERJ - RIOSEGURANÇA Everaldo Antônio da Silva Cruz Fundo Único de Previdência Social do ERJ - RIOPREVIDÊNCIA Milton Gusmão do Nascimento Instituto Estadual de Terras e Cartografias - ITERJ Priscila Luouhes Leite Instituto Estadual de Engenharia e Arquitetura – IEEA Michele Ribeiro dos Santos Menegatte Agência Reguladora de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do ERJ - AGETRANSP Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do ERJ - AGENERSA Instituto Estadual do Ambiente - INEA Carlos Alberto Saramago Bonifácio Ademir Lage Luzia Mariz de Araújo SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA BERJ - Em liquidação Sheila da Costa Nunes Banco de Desenvolvimento do RJ - BD-RIO Julio Maria da Fonseca Silva Central Elétricas Fluminense - CELF Guarino Luiz Pinho Tortora Companhia Central de Armazéns e Silos do ERJ - CASERJ Nilcimar do Nascimento Ximenes Companhia de Desenvolvimento do ERJ - CODIN Luiz Antonio Correia Machado Companhia Estadual de habitação do ERJ - CEHAB Ana Maria do Couto Companhia de Turismo do ERJ - TURISRIO Neide Fonseca de Souza Companhia Estadual de Trens Urbano - FLUMITRENS Marcio Luiz Moraes Marchi Instituto Vital Brazil - IVB Ana Cláudia Broto Lima Companhia de Transporte Coletivo do ERJ - CTC Luiz Carlos Gama Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários do ERJ - DIVERJ Guarino Luiz Pinho Tortora Centrais de Abastecimento do ERJ - CEASA Venilton Mantes de Farias Companhia Estadual de Água e Esgotos - CEDAE Orlando Eduardo Bezerra Companhia de Transportes sobre Trilhos do ERJ - RIOTRILHOS Delma Santiago Sodré Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais do ERJ - CODERTE Sandra da Silva Soares Companhia Estadual de Engenharia de Transportes - CENTRAL Sérgio Guttierez de Medeiros Companhia do Metropolitano do Estado do Rio de Janeiro – METRÔ Alessandro Barbosa Soares EMPRESAS PÚBLICAS Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do ERJ - EMATER Genival Batista da Silva Empresa de Obras Públicas do ERJ - EMOP Maria Auxiliadora da Cruz Empresa de Pesquisa Agropecuário do ERJ - PESAGRO Guilhermino Albano da Costa Imprensa Oficial - IO João Baptista da Encarnação Sá Empresa Estadual de Aviação - SERVE Luiz Carlos Gama PODER LEGISLATIVO Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - ALERJ Josué Alves Gouveia PODER JUDICIÁRIO Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro - TJ Justino Henrique de Oliveira Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro Janaína Mange de Souza MINISTÉRIO PÚBLICO Procuradoria Geral de Justiça – PG Lucia Helena Castilho Contas de Gestão – Exercício 2013 219