A NECESSIDADE DA COMUNICAÇÃO
Engenharia de Produção
17 agosto de 2010
1
COMO SURGIU A COMUNICAÇÃO?
 Da
necessidade de trocar ideias e
experiências com outros membros
do grupo.
 Essa
necessidade só aumentou e
continua aumentando com as novas
demandas sociais.
2
O QUE É COMUNICAÇÃO?

Somente a verbal: falada e escrita?
 Gestos.
 sinais.
 Sons.
 Imagens.
 Artes.
 Sinal
de computador.
3
QUAIS AS OUTRAS FORMAS DE
COMUNICAÇÃO?
A LINGUAGEM CORPORAL
Maneira de se vestir.
 Andar.
 Falar ou calar.
 A postura

ROSTO (expressões faciais, sobrancelha, olhos,
boca) –
 BRAÇOS (braços cruzados, abertos)–
 PERNAS (cruzadas, abertas)


O comportamento social.
4
A IDENTIDADE SOCIAL E INDIVIDUAL
Gestos que são universais e, portanto,
sociais.
 Gestos que são individuais.

A identidade significa a personalidade:
 A relação identidade e imagem.
 O exagero, o excesso e o equilíbrio.
5
A COMUNICAÇÃO VERBAL
6
AS CONSEQUÊNCIAS
A comunicação imprecisa tem gerado a ruína
de muitos empresários.
 Comunicação envolve:

 Participação.
 Transmissão.
 Troca
de conhecimento.
 Experiências.
A importância da escrita e da leitura dentro da
empresa.
7
A EFICIÊNCIA

Com quem você vai comunicar-se? Que tipo de pessoa ela é? De
quanto auxílio seu essa pessoa necessita para entender e aceitar o que
você vai dizer?

O que você quer dizer? A mensagem está clara em sua própria mente?
Você ainda tem pormenores para verificar?

Como você está transmitindo as informações? Sua abordagem está
correta? Você está usando palavras adequadas às circunstâncias?

Como você se certifica de que conseguiu convencer o receptor? Que
informações você quer para a confirmação? Que perguntas você pode
fazer?

Prestar atenção às palavras escritas e faladas de outras pessoas. Usar,
portanto, o vocabulário das pessoas com quem você quer comunicarse.
8
COMUNICAR:
UM CONTINUUM
PENSAR
LER
ESCREVER
9
INFORMAÇÃO
O que é informação?
Toda informação deve conter um sentido, um
significado.
 Portanto um amontoado de letras ou de
números não é uma informação.
 Mas, quando letras e números estão
estruturados passam a ser informação.

10
A LINEARIDADE: A ESTRUTURA
AEPESMR
 EMPRESA

VOCÊ A DE PRECISA EMPRESA.
 A EMPRESA PRECISA DE VOCÊ.

“CIA S.A.” 500.000,00” “SALDO DEVEDOR”:
 CIA S.A. TEM SALDO DEVEDOR DE
500.000,00”

11
PALAVRAS

Palavras reais (carregam o sentido):
 Substantivo, verbo, adjetivo, pronome.

Instrumentos gramaticais (estabelecem
ligação de sentido):
 Artigos, preposições, conjunções.
Adjetivo: juízo de valor
12
FRASES NOMINAIS:

"A cama de ferro, a colcha branca, o travesseiro
com fronha de morim. O lavatório esmaltado, a
bacia e o jarro. Uma mesa de pau, o tinteiro
niquelado, papéis, uma caneta. Quadros nas
paredes".

(Érico Veríssimo, Clarissa, p. 220)
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CIRCUITO FECHADO
(RICARDO RAMOS)
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água,
espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete,
água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa,
abotoaduras, calça, meias, sapatos, telefone, agenda, copo com lápis, caneta,
blocos de notas, espátula, pastas, caixa de entrada, de saída, vaso com
plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e
fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos,
bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços
de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes,
xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia,
água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa,
guardanapo. xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes,
pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro,
fósforo, telefone interno, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta,
chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa,
cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta,
carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, externo,
papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo,
papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal,
cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos.
Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos,
talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro
e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos,
meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama,
travesseiro.
14
O FLUXO DE CONSCIÊNCIA

Escrever em / um fluxo de consciência é como instalar uma câmera na
cabeça da personagem, retratando fielmente sua imaginação, seus
pensamentos. Como o pensamento, a consciência não é ordenada, o
texto-fluxo-de-consciência também não o é. Presente e passado,
realidade e desejos, anseios e reminiscências, falas e ações se
misturam na narrativa num jorro desarticulado, descontínuo, numa
sintaxe caótica, apresentando as reações íntimas da personagem
fluindo diretamente da consciência, livres e espontâneas.

É como se o autor "largasse" a personagem, deixando-a entregue a si
mesma, às suas divagações, resultando um texto que lembra a
associação livre de idéias, de feitio incoerente, desconexo, sem os
nexos ou enlaces sintáticos de um texto "bem comportado".

É como se fosse um depoimento, a expressão livre, desenfreada,
desinibida, ininterrupta, difusa, alógica de pensamentos e emoções,
muitas vezes de uma mente conturbada e atônita.
15
MEU MUNDINHO

(SCHEILA FEIJÓ FANTINEL)
Meu mundinho
Ai como é bom aqui dentro: quentinho, escuro, só quero dormir, às vezes dou
uns chutes e soquinhos, é a forma que tenho de chamar a atenção, ouvi
mamãe dizer que devo chegar no próximo mês, mas chegar aonde? Será que
vou ter que deixar essa vidinha maravilhosa? Sei lá, o papai e a mamãe falam
coisas que eu não entendo, me chamam de Carolzinha e enfeitam meu quarto
de rosa pink, que coisa mais feia! Eu gosto é de cor-de-laranja e o meu nome
é José, JO-SÉ, e não zezinho... outro dia me senti mal, estava muito apertado,
eu crescendo e o espaço diminuindo, daí pensei em sair daqui, mas bateu
uma deprê ao me imaginar longe de todos, lutando pelo meu alimento,
sofrendo agressões, sendo um ser humano comum, desisti! Vou ficar no meu
canto, quietinho, recebendo carinho, alimento e esperando a minha hora... nas
últimas semanas resolvi dar uma virada na minha vida: coloquei os pés para
cima e a cabeça para baixo e entrei em uma fase zen, de muita meditação e
descoberta interna... percebi que está tudo agitado lá fora, todos correndo de
um lado para outro, apenas mamãe está calma, no entanto, comecei a sentir
uma grande pressão e aí a correria foi total, no caminho de casa para sei lá
aonde, percebi que chegou a hora... faz isso, faz aquilo, mexe aqui, aperta li,
deita, senta, É AGORAAAAAAAAAA! Vi um clarão, ouvi gritos e fui expelido,
que nojento! Me bateram e depois me embrulharam, me senti um nada, depois
todos queriam me ver e alguns choravam na minha presença, acho que não
me amam! Será que sou feio? Essa vida externa é bastante complicada...
16
PENSAMENTO, ORALIDADE E ESCRITA
A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
REGISTRO
COMUM
REGISTRO
FORMAL
NÍVEL CULTO
NÍVEL
FAMILIAR
(COLOQUIAL)
REGISTRO
INFORMAL
NÍVEL
POPULAR
17
LÍNGUA ORAL
LÍNGUA ESCRITA
VOCABULÁRIO RESTRITO E REPETIÇÕES
DE PALAVRAS
VOCABULÁRIO AMPLO E VARIADO
EMPREGO DE GÍRIA E NEOLOGISMO
USO DE ONOMATOPEIAS
EMPREGO DE TERMOS TÉCNICOS
AUSÊNCIA DE RIGOR NA COLOCAÇÃO
PRONOMINAL
RIGOR NA COLOCAÇÃO PRONOMINAL
EMPREGO RESTRITO DE CERTOS
TEMPOS VERBAIS
EMPREGO DO MAIS-QUE-PERFEITO,
SUBJUNTIVO, FUTURO DO PRETÉRITO.
SUPRESSÃO DE PRONOMES RELATIVOS
EMPRE GO DE PRONOMES RELATIVOS
FRASES FEITAS, CLICHÊS, CHAVÕES,
PROVÉRBIOS
USO CRIATIVO DE FRASES
FRASES SEM SENTIDO E ANACOLUTO
SINTAXE ELABORADA
FRASES INACABADAS
FRASES COM RIGOR GRAMATICAL
FORMAS CONTRAÍDAS E OMISSÃO DE
PALAVRAS
CLAREZA NA REDAÇÃO, SEM OMISSÕES
E AMBIGUIDADES
PREDOMÍNIO DE ORAÇÕES
COORDENATIVAS
ORAÇÕES COORDENADAS E
SUBORDINADAS.
18
A RETEXTUALIZAÇÃO: TEXTO ORIGINAL


Ela- o que eu acho engraçado é que toda vez que um biólogo começa a falá
de controle de natalidade e programação da sociedade... ele é taxado de
nazista e fascista... porque essa ressalva que eles fazem ... essa reação
que o povo tem em geral até hoje eu num entendi ... porque olhe... se nós
vivemos em uma sociedade em que as camadas mais pobres da
população...apresentam um índice de natalidade mais alto ... significa o
quê? .... que a:: ... daí um determinado tempo ... o índice mental dessa
sociedade vai cair ... então se a gente faz um controle científico dessa
dessa natalidade eu acho que vai repercutir para o BEM da sociedade ...e
não pro mal ... outra coisa ... o controle também de pessoas que não podem
ter filhos porque geneticamente elas são inaptas são capazes de transmitir
doenças .. que seria válido esse controle.. que dizer que uma pessao que
uma pessoa antes de casar faria um controle genético de um cariótipo... e
se ela fosse transmitir alguma doença então ela seria impedida de .. ter
filhos... mas sempre que a gente fala sobre isso imediatamente a reação ...
é nazista é fascismo eu não sei de onde provém isso .. talvez vocês tenham
alguma idéia ... eu não sei de onde vem essa reação do homem ou então...
original de religião ... o que é que você acha?
Ele – não.. eu acho que é mais um.../.../
19
TEXTO TRANSFORMADO 1

Sempre que os biólogos abordam o assunto Controle da
Natalidade e programação da sociedade, são taxados
imediatamente de nazistas e fascistas. Essa é uma reação que
não entendemos. Porque se vivemos numa sociedade em que as
camadas mais pobres da população apresentam um índice de
natalidade mais alto, significa que, daqui a um determinado
tempo, o índice o índice mental dessa sociedade vai cair, então
será para o BEM da sociedade. Outro ponto importante é o
controle de pessoas que não podem ter filhos, porque
geneticamente são capazes de transmitir doenças, então esse
controle deveria ser feito antes do casamento para evitar
determinados problemas. Agora, se é para o bem da sociedade,
então por que a reação contrária? Por que o medo de abordar
esse assunto? Seria uma questão religiosa?
20
TEXTO TRANSFORMADO 2

Vivemos em uma sociedade na qual as camadas de baixa
renda apresentam um elevado índice de natalidade. A
tendência de uma sociedade assim é a de apresentar um
contingente crescente de pessoas com um índice mental
cada vez inferior. Desse modo, o controle da natalidade e o
planejamento familiar deveriam ser vistos como soluções
viáveis e benéficas para a sociedade. Por isso, não
entendemos o porquê dos biólogos chamados de “nazistas”
ou “fascistas”, quando propõem tais soluções. Além do
mais, poderíamos também evitar o nascimento de crianças
doentes, geradas por pessoas geneticamente inaptas para a
concepção. Parece-nos que a não aceitação de tais medidas
é uma prova de que o homem ainda está sob de rigorosos
preconceitos religiosos ou de velhos tabus criados por ele
mesmo.
21

ANDRADE, Maria Margarida de. & HENRIQUES,
Antônio. (1999). Língua Portuguesa. 6 ed. São
Paulo: Atlas S.A.

MEDEIROS, João Bosco. (2001). Redação
Empresarial. 3 ed. São Paulo: Atlas S.A.

Guia Textual da PUCRS:
http://www.pucrs.br/gpt/index.php
22
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A necessidade da comunicação