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ANA PAULA SIMON
JÚLIA MARIA SPESSATO
ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DE
COMPÓSITOS RESTAURADORES
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como requisito parcial para
obtenção do título de cirurgião-dentista
do
Curso
de
Odontologia
da
Universidade do Vale do Itajaí
Orientador: Prof. Nivaldo Murilo Diegoli
Itajaí (SC), 2007
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Folha de aprovação
3
“Dedicamos este trabalho a todos
àqueles que acreditam que a ousadia
e a persistência são caminhos para as
grandes realizações.”
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AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de agradecer em primeiro lugar a Deus por nos conceder o
dom da vida, saúde e paz para poder trabalhar nesta pesquisa com ânimo e
capacidade para vencer mais esta etapa e encarar os desafios que estão por vir e
acreditar em nossas conquistas.
O nosso muito obrigado aos nossos pais, responsáveis pela nossa
formação humana e profissional e aos nossos familiares agradecemos o amor, a
compreensão e a expectativa em nós depositadas.
Ao nosso professor orientador que sempre nos ajudou desde os primeiros
períodos se mostrando uma pessoa atenciosa, companheira e amiga, sempre ao
nosso lado em todas as horas, com certeza o Professor Nivaldo é muito mais que
um professor, é um amigo que não mede esforços para transmitir os seus
conhecimentos.
Aos amigos da faculdade, amizades conquistadas há tão pouco tempo e
que se tornaram tão fortes, algumas se afastaram com o tempo e com os
períodos, mas cada uma foi importante do seu jeito. Sentiremos falta de tudo isso.
Ainda não poderíamos deixar de agradecer aos amigos de nossas cidades,
amigos distantes fisicamente, porém amigos de uma vida, que desde sempre
estiveram com a gente de uma maneira ou de outra.
E a todos aqueles que de alguma maneira contribuíram para que
conseguíssemos chegar até aqui os nossos mais sinceros agradecimentos.
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ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DE COMPÓSITOS
RESTAURADORES
Ana Paula Simon e Júlia Maria Spessato
Orientador: Prof. Nivaldo Murilo Diegoli
Data de defesa: abril de 2007
Resumo:
Freqüentemente o cirurgião-dentista depara-se com a indecisão quanto ao uso de um
compósito restaurador mais ou menos fluido/viscoso em determinado caso clínico. Por
este motivo, o objetivo do trabalho foi fazer uma comparação da capacidade do
escoamento entre compósitos dos tipos microparticulado, híbrido, microhíbrido e
condensável. Foram testadas 18 marcas de compósitos restauradores, sendo
confeccionados cinco corpos-de-prova de cada compósito, cuja quantidade foi
padronizada por um molde. O compósito foi colocado entre duas placas de vidro em um
dispositivo confeccionado para medir o grau de escoamento através da aplicação de um
peso de 250g durante 30 segundos. As amostras foram fotopolimerizadas durante 40
segundos e a espessura da pastilha obtida foi medida em quatro pontos diametralmente
opostos tendo sido feita a média aritmética das quatro medidas, partindo-se da premissa
que quanto maior a espessura da pastilha menor a capacidade de escoamento do
material. Os resultados obtidos foram: Te-Econom 3,299mm; Tetric Ceram 3,081mm;
Concept 2,88mm; Master Fill 2,648mm; P60 2,484mm; Esthet-X 2,415mm; Filtek Supreme
2,161; Herculite XRL Prodigy 2,089mm; Solitaire 2 - 2,045mm; Glacier 1,868mm; Durafil
VS 1,808mm; Charisma 1,718mm; Suprafill 1,488mm; Filtek Z250 1,375mm; Fill Magic
1,307mm; W3D Master 1,233mm; Z100 0,822mm. As autoras chegaram à conclusão que
o compósito Te-Econom apresentou a menor e o Z100 a maior capacidade de
escoamento.
Palavras-chave: coeficiente de escoamento, compósitos, viscosidade/fluidez.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 07
2 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................... 09
3 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................. 27
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS……………………........................... 38
5 DISCUSSÃO.................................................................................................. 40
6 CONCLUSAO ................................................................................................ 45
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1 INTRODUÇÃO
O surgimento dos compósitos no início da década dos anos sessenta do
século passado e o seu desenvolvimento nos anos seguintes, como também o
aparecimento da possibilidade da colagem das restaurações às estruturas dentais,
com a descoberta dos sistemas de união, deu novo impulso à dentística
restauradora, fazendo com que os preparos cavitários se tornassem mais
conservativos e a estética superior àquela conseguida com os materiais até então
usados.
Deve-se levar em consideração que os compósitos daquela época eram
simples misturas de partículas com matriz. Mais tarde, foram incorporados outros
produtos tanto à matriz quanto ao que refere aos tipos de partículas,
principalmente a silanização das partículas que deu maior homogeneidade ao
produto final, transformando o compósito de uma simples mistura em um material
com muito mais coesividade.
Os compósitos são um excelente material restaurador, quer seja para
reabilitação de dentes anteriores e posteriores atacados pela doença cárie, quer
seja para recuperar estruturas perdidas por traumatismos, até confecção de
facetas estéticas e fechamento de diastemas.
No entanto, para que o profissional consiga obter dos compósitos, o que de
melhor eles oferecem há a necessidade, além de conhecer as técnicas
restauradoras e de ter em mãos instrumentais apropriados, de conhecer todas as
propriedades físicas, químicas e mecânicas, tais como, quantidade e tipo de
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partículas, resistência à abrasão e à fratura, translucidez e opacidade,
radiopacidade, fluidez etc.
Um exemplo desta importância é o fato de que se torna difícil adaptar um
compósito viscoso, do tipo condensável, ao fundo de uma cavidade que termine
em ângulo reto, havendo necessidade da colocação de uma pequena parte de
resina mais fluida naquele local. Para isso, o profissional deve conhecer qual o
grau de viscosidade dos compósitos com os quais ele pretende realizar a
restauração.
Por este motivo, o objetivo desta pesquisa é fazer uma comparação da
capacidade
de
escoamento
entre
compósitos
microparticulado, híbrido, microhíbrido e condensável.
representantes
dos
tipos
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2 REVISÃO DE LITERATURA
A pesquisa de Opdam et al. (1996) teve como objetivo comparar a
capacidade de escoamento de compósitos e a influência sobre esta capacidade,
da quantidade de carga inorgânica e do tamanho das partículas. Para a aferição
foi usado um dispositivo preconizado pela ISO, especificação 4823 (1992) para
determinar o escoamento de materiais de impressão elastoméricos. Para a
confecção de cada corpo-de-prova foi padronizada a mesma quantidade de
compósito (70mm3) com auxílio de um molde isolado com manteiga de cacau. O
compósito foi colocado entre duas lâminas plásticas e submetido à pressão de
1625g por 60 segundos. A circunferência da pastilha obtida foi medida e a área
calculada constituiu a capacidade de escoamento do compósito. Os resultados
obtidos foram: P50 – 392mm2±14; Z100 – 336mm2±19; Charisma – 179mm2±15;
Heliomolar – 171mm2±7; Tetric – 158mm2±8; Herculite XRV – 119mm2±11. Os
autores concluíram que a capacidade de escoamento dos compósitos varia entre
as várias marcas comerciais; que não há relação direta entre o tamanho da
partícula inorgânica do compósito e sua consistência e que há relação entre a
quantidade de partículas e a consistência (quanto menor a quantidade de carga
maior é a área da superfície do corpo-de-prova).
Segundo Anusavice e Phillips (1998) materiais amorfos como resinas
aparentam ser sólidos, mas na verdade são líquidos “superesfriados” que escoam
plasticamente (modo irreversível) ou elasticamente (modo reversível), quando
sujeitos a pequenos estresses. Os meios pelos quais estes materiais deformam ou
escoam, quando submetidos a estresses são importantes para seu emprego na
10
odontologia. A viscosidade é a medida da consistência de um fluido e sua
incapacidade de escoamento. Um fluido altamente viscoso escoa lentamente
devido a sua alta viscosidade. Os materiais dentários possuem diferentes
viscosidades quando preparados para sua especifica aplicação clinica. A
viscosidade da maioria dos líquidos diminui rapidamente com o aumento da
temperatura. O termo escoamento, tem sido geralmente empregado em
odontologia para a descrição do escoamento de materiais amorfos como as ceras.
O escoamento da cera constitui uma medida de seu potencial para se deformar
sob uma carga estática pequena, mesmo que associada a sua própria massa.
De acordo com Anusavice e Phillips (1998), o termo material composto ou
compósito pode ser definido como um composto de dois ou mais materiais
diferentes
com
constituintes
propriedades
individuais.
Os
superiores
compósitos
ou
intermediárias
modernos
àquelas
contêm
dos
inúmeros
componentes. Os principais constituintes são a matriz de resina e uma carga de
partículas inorgânicas. Além destes dois componentes, várias substâncias são
incorporadas para melhorar a eficácia e a durabilidade do material. Um agente de
união, o silano, é necessário para promover a adesão entre a carga inorgânica e a
matriz de resina, e um ativador-inibidor é necessário para polimerizar a resina.
Pequenas quantidades de outros aditivos melhoram a estabilidade da cor e
previnem a polimerização prematura. O compósito necessita, também, conter
pigmentos para aproximar-se da cor das estruturas dentárias. Ainda segundo os
mesmos autores, quanto à matriz da resina, a maioria dos materiais compostos
empregam monômeros que são substâncias aromáticas ou diacrilatos alifáticos. O
bis-GMA, o UEDMA e o TEGMA são os mais comuns, empregados nos
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compósitos dentários. O alto peso do monômero, principalmente do bis-GMA, faz
com que esta resina seja altamente viscosa, principalmente à temperatura
ambiente. A utilização de um diluente é essencial para conter uma grande
quantidade de carga e produzir uma consistência de pasta que possa ser
empregada clinicamente. Os diluentes podem ser monômeros de metacrilato, mas
em geral empregam-se monômeros de dimetacrilato como o TEGMA. A redução
na viscosidade é significativa quando TEGMA é adicionado ao bis-GMA. Quanto
às partículas de carga, a sua incorporação à matriz de resina melhora
consideravelmente as propriedades desta matriz, se as cargas forem bem unidas
a ela. Caso contrário, as cargas podem enfraquecer o material. Devido à
importância desta adesão, é óbvio que o emprego de um agente de união é
extremamente importante para o sucesso de uma resina composta. Os
compósitos são freqüentemente classificados com base no tamanho médio de
suas partículas de carga. Além disso, o grau volumétrico dessas cargas, seu
tamanho, sua distribuição por tamanho, seu índice de refração, sua radiopacidade
e sua dureza são importantes fatores na determinação das propriedades e na
aplicação clínica dos compósitos resultantes. Para incorporar uma quantidade
máxima de carga à matriz de resina, sua distribuição por tamanho das partículas é
necessária. É óbvio que se um único tamanho de partícula for usado, mesmo
compactada, um certo espaço existirá entre elas. Pequenas partículas podem
encher este espaço. Partículas de carga inorgânica geralmente constituem 30 ou
70% em volume ou de 50 a 85% em peso em um compósito. A quantidade de
carga que pode ser incorporada à matriz de resina geralmente é afetada pela área
superficial reativa desta carga. Partículas de sílica coloidal têm uma grande área
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de superfície variando de 50 a 300m²/g. Assim, mesmo pequenas quantidades de
partículas de carga têm uma grande superfície total que pode formar adesão com
as moléculas de monômeros e “engrossar” as resinas. . Micropartículas, devido à
sua grande área de superfície, são adicionadas à formulação dos compósitos em
quantidades menores do que 5% em peso, para modificar a viscosidade da pasta,
e portanto reduzir os riscos de sedimentação das partículas. A sílica coloidal é
somente uma carga inorgânica. Para assegurar uma estética aceitável de uma
restauração com compósito, a translucidez da carga precisa ser similar à da
estrutura dentária. As partículas de quartzo foram largamente usadas como carga,
principalmente nos compósitos de primeira geração. Tinham a vantagem de ser
quimicamente inertes, mas em compensação extremamente duras, sendo difícil
sua moagem para reduzi-las a pequenas partículas. Assim, os compósitos
contendo quartzo eram mais difíceis de ser polidos e poderiam causar maior
abrasão nos dentes ou restaurações opostas. A radiopacidade do material de
carga é provida por vários vidros e cerâmicas que contêm metais pesados como
bário, estrôncio e zircônio.
Bayne
et
al.
(1998)
propuseram
coletar
informações
sobre
o
comportamento mecânico, tais como, escoamento, resistência ao desgaste, à
flexão, à compressão de vários compósitos de alta fluidez comparando com as
mesmas propriedades de dois compósitos híbridos. Para os testes de escoamento
foi usada a metodologia da American Dental Association, especificação número 8
para cimento fosfato de zinco (ADA, 1977). Um volume de 54cm3 de material foi
colocado entre duas placas de vidro e uma pressão de 0,5MPa foi aplicada por 30
segundos antes da polimerização por 60 segundos. A capacidade de escoamento
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foi verificada pela medida do diâmetro do disco formado. Os resultados mostraram
que o Ultraseal XT Plus foi o que apresentou maior fluidez ( 1,3cm), seguido do
Florestore Revolution (0,9cm), Flow-it (0,8cm) e Aeliteflo (0,6cm). Entre os dois
compósitos, o mais fluido foi o Z100 (0,6cm) seguido do Prodigy (0,5cm). Os
autores concluíram que a primeira geração de resinas de alta fluidez apresentam
excelente escoamento quando comparadas aos compósitos tradicionais.
Segundo Chain e Baratieri (1998), as resinas compostas possuem 4
componentes básicos mais importantes: a) uma matriz resinosa; b) iniciadores de
polimerização físicos e químicos; c) uma fase dispersa de cargas e corantes; d)
um agente de cobertura das partículas de carga – o silano. A matriz resinosa é na
maioria das vezes constituída por monômeros, sendo o Bis-GMA e o UDMA os
mais freqüentemente empregados, além desses a matriz possui monômeros
diluentes necessários para diminuir a viscosidade dos outros monômeros que
possuem alto peso molecular, sendo o TEGMA o mais empregado,
o qual
possibilita incorporação de alto conteúdo de carga alem de propiciar um material
final com melhores características de manipulação. Os agentes iniciadores são
químico que uma vez ativados ou excitados dão inicio ao processo de
polimerização. Nossos sistemas fotopolimerizáveis, uma luz visível
com
comprimento de onde que varia de 420 a 470nm excita as conforoquinonas
(agente iniciador) desencadeando o processo de polimerização. As partículas de
carga
provêm estabilidade dimensional à instável matriz resinosa, assim
melhorando suas propriedades. O primeiro efeito é a redução de contração de
polimerização, simplesmente pelo fato de diminuir a quantidade de resina presente
no volume. Outras melhorias imediatas observadas são a menor sorção de água,
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aumento da resistência a tração, e um maior modulo de elasticidade (maior
rigidez). As partículas de carga mais comumente utilizadas são as partículas de
quartzo ou vidro. Obtidas de diversos tamanhos a partir de um processo de
moagem. Outras partículas também são utilizadas, como as diminutas partículas
de sílica que são aproximadamente 300 vezes menor que as partículas de
quartzo. O agente de cobertura é responsável pela união das partículas de carga
à matriz resinosa, importante para a melhoria das propriedades físicas e
mecânicas. Também previne a penetração de água na interface resina/carga. Os
agentes de cobertura são denominados silanos, devido ao fato de pertencerem ao
grupo dos organo-silanos.
O objetivo do trabalho de Haliski e Santos (s.d.) foi avaliar a aplicabilidade
clínica do material condensável de baixa fluidez Alert ( Amalgam Like Esthetic
Restorative Treatment) através da realização de um caso clínico. O Alert é uma
resina composta com alta quantidade de carga por peso (84%), contração de
polimerização de apenas 1,98% e capacidade de polimerização em camadas de
até 5mm. A falta de fluidez dificulta sua adaptação às paredes cavitárias,
provocando infiltração marginal. Para evitar isso, deve-se usar uma resina de alta
fluidez antes da primeira camada deste material. Foi realizada a restauração de
uma classe II (MOD) no dente 15. O Alert foi introduzido na cavidade com portaamálgama e condensado com um condensador para amálgama. Os autores
concluíram que o material apresenta a possibilidade de condensabilidade entre
outras propriedades (apregoadas pelos fabricantes). No entanto, devido à alta
quantidade de carga de partículas inorgânicas não tem fluidez suficiente para se
adaptar convenientemente às paredes da cavidade.
15
O objetivo do estudo de Chain [200-] foi investigar e modificar a técnica
sugerida, em 1999, por Suh et al. na qual, sobre uma camada de resina composta
de alta fluidez (flow), é aplicada uma resina de alta viscosidade, em incrementos
de 2mm ou em um só incremento (bulk), feita a escultura e a fotopolimerização por
um tempo curto, inicialmente, para que haja o relaxamento posterior e o alívio das
tensões conseqüentes da contração de polimerização. As resinas compostas de
alta viscosidade, chamadas de “condensáveis” nada mais são do que materiais
microhíbridos com altíssima quantidade de carga inorgânica (mais de 80% em
peso) e com pequenas alterações na matriz resinosa, o que torna o material
significantemente mais viscoso. Estes materiais apresentam bons resultados
quanto a algumas propriedades mecânicas, tal como a resistência à compressão,
à tração e flexural, pois apesar de terem alto módulo de elasticidade, isto é, alta
rigidez, mostram propriedades similares ou até superiores às resinas híbridas
disponíveis. Os resultados seguintes referem-se, respectivamente, à resistência à
compressão, à tração e flexural: Fill Magic Condensável (Vigodent) – 410MPa ± 35
– 61MPa ±12 - 153MPa ± 18; Alert (Jeneric Pentron) – 340MPa ± 28 – 45MPa ±
08 –120MPa ± 22 ; P60 (3M) –400MPa ± 20 – 58MPa ±10 – 160MPa ± 24; Surefill
(Dentsply) – 396MPa ± 30 – 60MPa ±16 – 148MPa ±16; Z250 (3M) – 405MPa
±15 – 72MPa ±10 – 151MPa ±19; Tetric Ceram (Vivadent) – 410MPa ± 20 –
70MPa ±14 – 155MPa ±11; Fill Magic (Vigodent) – 400MPa ±18 – 70MPa ±15 –
155MPa ± 24.
Segundo Oshima e Conceição (2000) as resinas podem ser classificadas
quanto ao escoamento em: alto escoamento - são as resinas compostas que
apresentam alto escoamento e são denominadas do tipo flow. O uso de ponteiras
16
adaptadas às seringas desses compósitos permite sua aplicação nas cavidades.
Médio escoamento - são as resinas compostas microhíbridas e microparticuladas
que são inseridas nas cavidades com o auxílio de espátulas. Em particular nos
dentes posteriores, necessitam de utilização de dispositivos ou de técnicas
especiais para obtenção de adequado ponto de contato interproximal.
Baixo
escoamento (condensáveis) - são resinas compostas mais recentemente lançadas
no mercado. Apresentam como principal característica uma resistência ao
escoamento, mesmo com a ação de um condensador, e a possibilidade de
propiciarem a obtenção de ponto de contato interproximal sem a necessidade de
uso de outros dispositivos ou técnicas. Entretanto, apesar da informação dos
fabricantes,
uma
série
de
produtos
características. Na realidade possuem
comerciais
não
apresenta
essas
maior resistência ao escoamento e
mantém a forma por algum tempo após a inserção na cavidade antes da
fotopolimerização.
Talvez
pudessem
ser
melhor
denominadas
resinas
“comportáveis”.
O objetivo do estudo de Felippe et al. (2002) foi discutir aspectos
importantes no uso das resinas condensáveis e aspectos relacionados as suas
propriedades. Os autores restauraram uma classe II, OD no dente 46, com resina
condensável Solitaire (Kulzer). Os procedimentos seguidos foram os normais,
apenas antes da colocação do Solitaire houve aplicação de uma camada de resina
flow, devido à dificuldade que a resina condensável apresenta de adaptar-se às
paredes cavitárias. O material restaurador foi aplicado em um único incremento.
Ficou demonstrado que as características de manuseio das resinas condensáveis
são semelhantes às do amálgama, não é pegajosa, não escoa, permitindo criar
17
excelentes pontos de contato interproximais e desenvolver a anatomia oclusal de
forma similar à estrutura dos dentes naturais antes da fotopolimerização. Outros
autores consideram como desvantagens das resinas condensáveis a maior
dificuldade de obter excelência estética, os poucos estudos disponíveis e de não
serem condensáveis como o amálgama. O uso de uma resina flow (baixa
viscosidade) associado à resina de alta viscosidade não traz vantagens apenas no
aspecto de contração, mas principalmente no aspecto de adaptação às paredes
internas do preparo cavitário. O surgimento das resinas de alta viscosidade traz
bons resultados do ponto de vista prático. A possibilidade de inserir o material num
só incremento e fazer sua polimerização adianta o trabalho. Os resultados
estéticos obtidos com as resinas condensáveis podem não ser excelentes. O
aspecto ligeiramente mais opaco, reflete a necessidade de se adicionar uma cor
translúcida na superfície da restauração.
Knobloch et al. (2002) realizaram uma pesquisa com a finalidade de
comparar a resistência à fratura após 7 dias de três compósitos condensáveis,
dois convencionais e um experimental. Foram confeccionados oito corpos-deprova de cada material, em forma de moeda, com uma fenda indo da superfície
até o seu centro, com 8,2mm de diâmetro e 2mm de espessura. Após 7 dias em
água a 37º ± 2º C os corpos-de-prova foram submetidos à fratura na máquina de
ensaio Instron com velocidade de 0,5mm/min. Os resultados encontrados foram
(MPa*m1/2: Alert (Jeneric Pentron) - 1,57; Surefil (Dentsply) - 1,25; Herculite
(Kerr) - 1,16; Heliomolar (Ivoclar) - 0,84; Solitaire (Heraeus-Kulzer) - 0,67. De
acordo com os resultados os autores concluíram que o Alert apresentou o maior
valor de resistência à fratura, e o Solitaire, o menor valor.
18
O objetivo de Rocha et al. (2003) foi o de revisar as principais
características das resinas compostas e as técnicas restauradoras capazes de
minimizar suas limitações. A reação de polimerização requer a aproximação
molecular, causando uma contração do volume do material que é a contração de
polimerização. Quando essa contração é obstruída pela adesão do material às
paredes da cavidade, o estresse de contração de polimerização é desencadeado.
Sendo assim o sucesso clínico desta restauração adesiva depende da resistência
das ligações adesivas e do estresse desenvolvido. Esse estresse pode exceder a
resistência adesiva e gerar uma infiltração marginal prematura. Uma forma de
aliviar o estresse é através do escoamento do material em direção às superfícies
livres da restauração. Esse escoamento depende do material restaurador,
principalmente da sua composição. A escolha de materiais restauradores e bases
de baixo módulo de elasticidade contribui para a manutenção da adaptação
marginal da restauração. Diferentes técnicas que modulam a fotopolimerização
proporcionam um escoamento viscoelástico mais prolongado, diminuindo a
velocidade de desenvolvimento do estresse na interface adesiva. Possuem desta
forma duas fases, a pré-gel na qual o módulo de elasticidade do material é baixo e
pouco resistente permitindo deformação elástica e escoamento para superfícies
livres. Já a outra fase, pós-gel, é mais rígida. A técnica da polimerização
seqüencial (soft-start) consiste em uma fotopolimerização inicial com baixa
intensidade, normalmente 200mW/cm² por 10 segundos, seguida imediatamente
por uma fotopolimerização final de alta intensidade de 600mW/cm², por 30
segundos. Esta técnica procura através do controle da fotopolimerização, estender
a fase pré-gel, permitindo um maior escoamento e um relaxamento do estresse da
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contração. As resinas flow possuem como principal característica a injetabilidade
nas cavidades e, apesar de possuírem fluidez e baixo módulo de elasticidade,
apresentam maior contração por possuírem menor quantidade de carga por peso
(60-70%) e em volume (46-70%) em relação às resinas híbridas. Conclui-se então
que mesmo com vários avanços nas propriedades físicas das resinas compostas e
novas técnicas de restauração nenhum material e/ou técnica é capaz de evitar
completamente a microinfiltração, porém, conseguem minimizar em grande parte
essa situação desde que sejam seguidos corretamente pelo profissional.
O objetivo do estudo de Attar et al. (2003), foi determinar o padrão das
propriedades
de
fluidez,
resistência
flexural,
módulo
de
elasticidade
e
radiopacidade de sete compósitos e dois compômeros de baixa viscosidade
atualmente disponíveis. Um compósito e um compômero convencionais foram
incluídos no estudo como controle. Para a confecção dos três corpos-de-prova
para a medição da capacidade de escoamento de cada material foi utilizado o
método de Bayne et al. modificado pela American Dental Association (ADA). O
material foi colocado em uma seringa com uma agulha e uma quantidade padrão
foi extruída sobre uma placa de vidro e sobre o material foi colocada outra placa
de vidro com o peso de 18g. Após trinta segundos o conjunto foi colocado no
interior de uma unidade polimerizadora durante 60 segundos. O diâmetro do disco
formado foi medido, em milímetros, em duas direções diametralmente opostas
e
calculada a média dos três discos. Os resultados para capacidade de escoamento
foram: Permaflo (Ultradent) – 27mm; Wave (SDI) – 23mm; Revolution Formula 2
(Kerr) – 20mm; Filtek Flow (3M) – 27mm; Dyract Flow (Dentsply) – 25mm; Tetric
Flow (Vivadent) – 24mm; Heliomolar Flow (Vivadent) – 23mm; Compoglass Flow
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(Vivadent) – 16mm; Aelite Flo (Bisco) – 14mm; Filtek Z250 (3M) – 8mm e Dyract
AP (Dentsply) – 7mm. Os autores concluíram que os materiais de baixa
viscosidade testados são mais fluidos do que os materiais convencionais e que as
aplicações clínicas e a performance destes materiais requerem mais pesquisas.
O objetivo do trabalho de Schulze et al. (2003) foi, entre outros, determinar
qual o volume de partículas é capaz de afetar as propriedades mecânicas e a
viscosidade de materiais restauradores contendo diferentes quantidades de carga
inorgânica. Uma série de resinas compostas autopolimerizáveis modificadas por
poliácidos feitas a partir de resinas modificadas por poliácidos e TEGDMA,
misturadas com carga inorgânica, foram avaliadas quanto à resistência à
compressão, resistência à compressão diametral e viscosidade. O conteúdo
máximo de partículas, o qual pode ser incorporado aos materiais, foi calculado
para os testes de resistência à compressão bem como às medições da
viscosidade usando a equação de Mooney. A quantidade de porosidade também
foi determinada na tentativa de explicar diferentes comportamentos quanto a
falhas. Os materiais, para testes de viscosidade, foram preparados com um
monômero sem iniciador (COMP) com a adição de determinada quantidade de
partículas (volume fraccional) e também do trietilenoglicol. (TEG) Este material foi
usado para determinar como a viscosidade é alterada com a diminuição de
quantidade de partículas. O volume fraccional de partículas destes materiais
(COMPTEG) foi de 0 – 0,5 – 0,10 – 0,15 – 0,20 – 0,25 – 0,30 – 0,35 – 0,40 – 0,45
e 0,50. Os autores concluíram que um aumento na quantidade fraccional de
partículas de uma resina composta experimental modificada por poliácido acima
21
de um determinado valor (20 a 30% em volume) não resulta em melhoria das
propriedades mecânicas do material.
Devido à crescente utilização das resinas compostas híbridas para
restaurações de dentes anteriores e posteriores e a falta de estudos realizados a
respeito da sua contração de polimerização, a pesquisa de Mondelli et al. (2003),
propôs-se a avaliar, comparativamente, as forças geradas durante a contração de
polimerização de 17 resinas compostas híbridas disponíveis no mercado. Todas
as resinas observadas foram da cor A2 de acordo com a Escala Vita. Uma
máquina de ensaios foi utilizada e um método específico para a realização dos
testes foi desenvolvido. Foram confeccionadas duas bases idênticas de metal com
forma retangular. As bases foram colocadas paralelamente, sendo que a superior
foi conectada a uma célula de carga de 10Kg e a inferior fixada na base
transversal da Máquina Universal de Testes Emic. Foram confeccionados 10
espécimes para cada marca comercial das resinas, os quais sofreram ativação da
luz fotopolimerizadora até o tempo de dois minutos. A célula de carga mostrou
uma deformação, em conseqüência das forças de contração do material, que foi
registrada durante a polimerização e por mais 60 segundos após a ativação ter
terminado, num tempo total de dois minutos, sendo obtida uma curva força X
tempo para cada uma das amostras. Os valores foram analisados por meio do
teste de variância (ANOVA). Os resultados dos 10 ensaios para cada grupo
estudado mostraram diferenças significantes entre os materiais para os valores
máximos das forças geradas. As curvas força X tempo mostraram que as forças
de contração iniciam após a ativação da luz polimerizadora, aumentando durante
a ativação, continuando a subir depois da luz ser finalizada. Pôde-se observar que
22
as resinas Renamel, Admira, Z250 e Synergy apresentaram os menores valores
de força de contração. As resinas compostas ativadas quimicamente possuem
uma fase pré-gel de três minutos e as forças de polimerização começam a se
desenvolver lentamente após o minuto inicial da reação, o que permite que a
resina compense, pelo escoamento das superfícies livres, a contração sofrida.
Com a análise estatística dos resultados conclui-se que houve diferenças nas
forças geradas durante a contração de polimerização das resinas compostas
avaliadas, sendo que as resinas Renew e Z100 apresentaram os maiores valores
de força de contração e, ainda, que mesmo depois de encerrada a
fotopolimerização as forças de contração continuam sendo geradas.
O trabalho de Reges et al. (2003) teve como objetivo avaliar a dureza
imediata e após 7 dias de armazenagem bem como avaliar o conteúdo de
partículas (carga inorgânica) de compósitos de baixa viscosidade. Foram
confeccionados 5 corpos-de-prova em forma de pastilha com 2mm de grossura e
5mm de diâmetro, os quais foram pesados em balança analítica três vezes
consecutivas durante uma semana obtendo-se a massa do compósito seca antes
da queima. (m-csaq) Após isso, foram imersos em água destilada por uma semana
a 37ºC e medido a massa do compósito imerso antes da queima. (m-ciaq). Em
seguida, foram levados ao forno elétrico Bravac e aquecidos lentamente até a
temperatura de 700ºC, por três horas para eliminar a fase orgânica (matriz). Após
90 minutos para resfriamento, foram levados ao dessecador por uma hora até o
completo resfriamento. Para o cálculo da quantidade de carga inorgânica em
massa relacionou-se a massa do compósito seca depois da queima (m-csdq) e
antes da queima (m-csaq) = % por massa=m-csdq dividido m-csaq x 100. Para o
23
cálculo em volume relacionou-se a massa do compósito seco depois da queima
com a massa imerso depois da queima e a massa do compósito seca antes da
queima com a massa imerso antes da queima = % em volume= m-csdq menos mcidq dividido m-csaq menos m-ciaq x 100. Os resultados mostraram quanto à
quantidade de carga inorgânica, respectivamente em massa e volume: Flow It
(Generic Pentron) – 74,61 e 68,12; Flow It LF (Generic Pentron) – 65,01 e 57,74;
Revolution ( Kerr) – 53,80 e 46,80; Natural Flow ( DFL) – 51,60 e 40,00. Os
autores concluíram que os compósitos de baixa viscosidade da Generic Pentron,
Flow It e Flow It LF apresentaram a maior quantidade de carga inorgânica entre os
materiais testados.
O objetivo de Duarte Junior et al. (2003), foi de avaliar a influência de
resinas
flow
na
microinfiltração
marginal
em
paredes
de
esmalte
e
dentina/cemento de restaurações Classe V. Os autores utilizaram 30 molares com
cavidades classe V padronizadas e confeccionadas nas faces vestibular e lingual
com sua parede cervical acima da junção amelocementária. Os dentes foram
divididos em três grupos, sendo que no grupo I foi utilizado Bond 1 + resina Flow It
LF para confeccionar a restauração; já no grupo II foi utilizado Bond 1 + resina
Flow It LF + resina Z100; e no grupo III foi utilizado Bond 1 + resina Z100. Feitas
as restaurações os dentes foram isolados e submetidos à ciclagem térmica em
água por 200 ciclos, com solução aquosa de nitrato de prata por 24 horas. Os
dentes foram seccionados no longo eixo e levados ao microscópio Zeiss 10x,
sendo avaliada a microinfiltração marginal de acordo com a tabela de escore
modificado de Retief e Denys (1982) e Retief (1989). Os resultados obtidos foram:
Grupo I teve 1,35 de infiltração marginal, o Grupo II teve 0,25 de infiltração
24
marginal e o Grupo III teve 2,10. As conclusões foram que a utilização de uma
camada elástica entre o material restaurador e o preparo cavitário hibridizado
reduz a microinfiltração marginal e que a adaptação da resina de baixa
viscosidade às paredes do preparo cavitário dependem do volume e espessura do
material aplicado.
Tendo em vista a importância das propriedades de elasticidade como
também a resistência flexural, na prevenção da microinfiltração, o trabalho de
Fares et al. (2005), teve como objetivo determinar estas propriedades,
relacionadas à composição do complexo resinoso de algumas resinas compostas.
Para o desenvolvimento desta pesquisa foram selecionadas três resinas
compostas, duas de média densidade a base de BISGMA e uma de alta
densidade a base de EBISGMA.
Foram confeccionados com o auxílio de uma
matriz de aço inoxidável 30 corpos-de-prova sendo 10 para cada grupo de resina.
A ativação foi realizada com um fotoativador LED “Blue Star1” com fonte de luz de
7,5 watts, com intensidade de 1250mW/cm² e um tempo de exposição de 40s, nas
duas extremidades e no centro do corpo-de-prova. A ponta ativa do fotoativador,
com 6mm de diâmetro na saída da luz, foi colocada em contato direto com a
resina, porém, isolada com um anel protetor de silicone. A polimerização foi
repetida do lado oposto. Após 24 horas de armazenagem em água, já na fase pósgel as amostras foram submetidas aos testes de flexão em uma máquina de
ensaio universal à velocidade de 0,75mm/min. Foi aplicada no centro do corpo-deprova da resina uma carga contínua de 50 ± 16 N/min até o limite da fratura. Os
valores obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) de um critério
(p<0,05). Neste trabalho, as resinas testadas não apresentavam diferenças
25
estatísticas para a resistência flexural, mesmo com as alterações sofridas em sua
composição. O módulo de elasticidade deve ser alto para resistir à deformação e
fratura de cúspides. Contudo, no módulo de elasticidade as resinas mostraram
diferenças estatísticas entre si, onde a rigidez em ordem crescente apresentava a
Masterfill (Biodinâmica), Filtek Z250 (3M) e Surefil (Dentsply).
O objetivo da pesquisa de Mesquita et al. (2006) foi monitorar as alterações
das propriedades viscoelásticas de resinas compostas atuais sob a influência de
diferentes temperaturas e outras variáveis, incluindo a freqüência mastigatória,
bem como estudar a influência nestas propriedades do envelhecimento dos
materiais expostos ao ar e à água após 1, 7 e 30 dias. Foram preparados corposde-prova com 3mm por 2,5mm por 2mm com dois compósitos diretos, Diamond
Lite (matriz monômeros de fenol epóxi (PEX), partículas de Borosilicato de vidro –
78 a 84% em peso) e Grandio (matriz Bis-GMA, UDMA e TEGDMA, partículas de
cerâmica de vidro e dióxido de silício (SiO2) e dois indiretos, ArtGlass e Vita Zeta
LC. Após decorrido o tempo de exposição
em ar e água as amostras foram
submetidas à análise mecânica dinâmica. (AMD) Os compósitos diretos
mostraram módulo de elasticidade maiores com significância estatística quando
comparados com os indiretos, sendo que, no mesmo tipo, o Grandio apresentou
maior valor do que o Diamond Lite e o ArtGlass maior do que o Vita Zeta LC.
Quanto ao módulo de viscosidade, os compósitos diretos apresentaram maior
valor do que os indiretos, mas entre eles não houve diferença estatisticamente
significante. Os autores concluíram que a freqüência de resultados não
significantes estatisticamente deve ser atribuído às melhorias das propriedades
dos materiais e que as diferenças viscoelásticas entre os compósitos não
26
significam que um é melhor do que o outro mas que cada um pode ser melhor
indicado para certas condições clínicas.
27
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizados dezoito materiais representantes dos grupos de compósitos
híbridos, microhíbridos, microparticulados e condensáveis (figura 1) (Quadro 1) e
confeccionados cinco corpos-de-prova de cada compósito. (fotografia 2) Todas as
informações sobre os compósitos testados contidas no quadro 1 foram colhidas
através das bulas dos materiais.
Fotografia 1 – Alguns dos compósitos restauradores testados.
Para a confecção dos corpos-de-prova foi utilizada sempre a mesma
quantidade de material, padronizada com o auxílio de um molde usado para a
mistura de sistema de união. (fotografia 3 e 4)
28
Fotografia 2 – Cinco corpos-de-prova do compósito Te-Econom e Z100
Fotografia 3- Inserção do compósito no molde de alumínio para padronizar a
quantidade
29
Fotografia 4- Molde preenchido por compósito para padronizar a quantidade de
material.
Esta quantidade foi colocada entre duas placas de vidro (com o auxílio de
um dispositivo, desenvolvido pelas pesquisadoras e pelo professor orientador,
para tal fim – fotografia 5, 6 e 7) sobre as quais foi aplicada uma força de 250
gramas durante 30 segundos. Após isso, foi feita a fotopolimerização por 40
segundos (fotografia 8) através do vidro com a conseqüente obtenção de um
corpo-de-prova em forma de moeda (fotografia 9) cuja espessura foi medida em
quatro pontos diametralmente opostos com o auxílio de um paquímetro digital.
(fotografia 10) Foi calculada a média aritmética das quatro medidas constituindo a
média final de espessura.
30
Fotografia 5- Dispositivo utilizado para os testes.
A análise estatística foi feita através da análise de variância (ANOVA) e o
teste de comparação de médias de Duncan para verificar se houve e quais foram
as diferenças estatisticamente significantes, sendo considerado o fato de que
quanto menos espessa for a amostra (moeda) obtida maior é a fluidez do
compósito.
31
Fotografia 6- Dispositivo utilizado para os testes,
composto de duas placas de vidro sendo a superior
fixada em uma parte móvel com o peso de 250g.
32
Fotografia 7- Amostra do compósito em posição no dispositivo para
ser testado
33
Fotografia 8- Fotopolimerização da amostra do compósito.
34
Fotografia 9- Corpo-de-prova em forma de moeda.
35
Fotografia 10- Paquímetro digital utilizado para medir a espessura das
amostras
36
Compósito
Fabricante
Classificação
Quantidade de carga
Peso (%)
Vol. (%)
Tamanho da
Partícula
(µm)
Composição
TPH
Spectrum
Dentsply
Híbrido
* NI
*NI
*NI
Suprafill
SS White
Microhíbrido
76,5
60
Esthet-X
Dentsply
Microhíbrido
*NI
*NI
Partícula – 0,5
Micro - 0,05
Partícula < 1
Micro – 0,04
Charisma
HeraeusKulzer
microhíbrido
*NI
59,4
Solitaire 2
Condensável
*NI
*NI
Z 100
HeraeusKulzer
3M
*NI
*NI
71
Médio – 0,7
Micro – 0,02/2
0,02/0,07
25 a 0,7 e
23 a 8
Máximo 4,5
Tetric
Ceram
Ivoclar
Vivadent
Híbrido
79
60
*NI
Fill Magic
Vigodent
Microhíbrido
80
*NI
Médio - 0,5
Glacier
SDI (Southern Microhíbrido
77
Dental
condensável
Industries)
Vigodent
Submicrohíbrido 77,5
62
1 a 40nm
*NI
Média – 0,4
Máximo – 2
Microparticulado *NI
37,5
Médio - 0,04
Master Fill
HeraeusKulzer
Biodinâmica
Microhíbrido
80
*NI
*NI
Filtek Z250
3M
Microhibrido
Filtek P 60
3M
Microhibrido
Te Econom
Ivoclar
Vivadent
Híbrido
Filtek
Supreme
3M Espe
*NI
XRV
Herculite
W3D
Kerr
Microhíbrido
BisGMA,
di-etilmetacrilato
de
trimetilhexildiuretano,
cerâmica de vidro, dióxido
de silício, dióxido de titânio,
óxido de ferro.
*NI
60
Média - 0,19 a BisGMA, UDMA, BisEMA,
3,3
zircônia e sílica
*NI
61
0,19 a 3,3
BisGMA, UDMA, BisEMA,
zircônia e sílica
81
62
0,04 a 7
BisGMA, UDMA, TEGDMA,
catalisadores,
estabilizadores e pigmentos
72,5 (cor 57,7 (cor 0,6 a 1,4
BisGMA, UDMA, TEGDMA,
translúcida) translúcida)
BisEMA
78,5
59,5
(outras)
(ouitras)
79
59
Médio - 0,6
*NI
Vitapan
Microhíbrido
77
*NI
Média – 0,5
Concept
Durafill VS
Quadro 1 – Especificações dos compósitos testados.
Fonte: bulas dos materiais (vide referências bibliográficas)
- *NI: Não Informado pelos fabricantes
Bis-GMA uretano
modificada, boro silicato de
Al, Ba silanizado, sílica
pirolítica silanizada,
canforoquinona, EDAB,
hidroxitolueno butilado,
Bis-GMA, UDMA, TEDMA
Bis-GMA uretano
modificado, Bis-EMA,
TEGDMA, vidro de
borosilicato de F/Al, bário
silanizado, sílica coloidal.
Vidro de Ba/Al fluoretado,
dióxido de Si.
Vidro de Ba, Al, Bo, F,
dióxido de silício
Bis-GMA, TEGDMA, Zn,
sílica
Bis-GMA, dimetacrilato de
uretano, TEGDMA, vidro de
Ba, trifluoreto de Ytérbio,
vidro de fluorsilicato de Al e
Ba, dióxido de Si,
Monômeros metacrilatos,
sílica pirogênica, silicato de
Ba e Al.
Éster metacrilato
multifuncional (38% vol-23%
peso)
Bis-GMA, UDMA, BisEMA,
éster do ácido metacrílico,
silicato de Ba e Al.
UDMA, dióxido de silício
*NI
37
Segundo Oshima e Conceição (2000) o compósito Filtek Z250 do fabricante
3M tem o tamanho da suas partículas classificadas como microhíbridas. E o
compósito Filtek P60 do mesmo fabricante também possui esta classificação
quanto ao tamanho de suas partículas.
Conforme Baratieri et al. (1995) o compósito Charisma apresenta 59,4% de
carga inorgânica em volume e o Durafill VS 37,5% em volume conforme valor
obtido do fabricante.
Segundo a bula, a resina Filtek™ Z250 é uma nova opção em material
restaurador fotopolimerizável para dentes anteriores e posteriores. A carga
inorgânica de 100% Zircônia/Sílica (a mesma utilizada no restaurador Z100)
garante resistência para restaurações de longa duração.
38
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Considerando que foi usada sempre a mesma quantidade de compósito
foram obtidas pastilhas com diferentes diâmetros, tanto maiores quanto mais fluido
for o material.
No entanto, nesta pesquisa foi usada a medida quanto à espessura da
amostra considerando, também, que a espessura é tanto maior quanto maior for à
viscosidade do material, isto é, a espessura da pastilha é diretamente proporcional
à viscosidade e inversamente proporcional à fluidez.
Os valores quanto à espessura das amostras e seus respectivos desviospadrão, bem como o fabricante do material e sua classificação estão expostos na
tabela 1.
Tabela 1 – Valores médios (e desvio-padrão) do grau de escoamento
(viscosidade/fluidez) dos compósitos testados.
Compósito
Fabricante
Classificação
Média (mm)
Te-Econom
Tetric Ceram
IvoclarVivadent
IvoclarVivadent
Vigodent
Biodinâmica
3M – Espe
Dentsply
3M – ESPE
Dentsply
Kerr
Híbrido
3,299a
Desviopadrão
0,102
Híbrido
3,081 b
0,272
Concept
Submicrohíbrido 2,808 c
0,116
Master Fill
Microhíbrido
2,648 cd
0,220
P 60
------2,484 de
0,220
Esthet-X
Microhíbrido
2,415
ef
0,168
Filtek Supreme
------2,264
fg
0,239
TPH Spectrum
Híbrido
2,161
gh
0,141
Herculite XRL
Microhíbrido
2,089
gh
0,064
Prodigy
Solitaire 2
Heraeus-Kulzer
Polyglass
2,045
hi
0,096
Glacier
SDI
Microhíbrido
1,868
ij
0,213
condensável
Durafill VS
Heraeus-Kulzer Microparticulado 1,808
j
0,066
Charisma
Heraeus-Kulzer
------1,718
j
0,094
Suprafill
SS White
Microhíbrido
1,488
k
0,019
Filtek Z 250
3M – ESPE
------1,375
kl
0,064
Fill Magic
Vigodent
Microhíbrido
1,307
kl
0,164
W3D Master
Vitapan
Microhíbrido
1,233
l
0,180
Z 100
3M – ESPE
------0,822
m
0,049
Obs. 1. Valores seguidos da mesma letra não apresentam diferença significativa.
2. A classificação dos compósitos testados consta na bula do medicamento.
39
É interessante notar que entre o compósito que apresentou o menor
escoamento (com maior espessura da amostra – Te Econom: 3,299mm) e o que
apresentou o maior escoamento (com menor espessura da amostra – Z100:
0,822mm) a diferença é considerável (2,477mm).
No entanto, a diferença entre um compósito e o que o segue, com valor
imediatamente mais baixo, não é consideravelmente alto. A variação entre um e
outro foi menor (0,044mm) entre o Herculite XRL Prodigy (2,089mm) e o Solitaire
(2,045mm) e maior (0,411mm) entre o W3D Master (1,233mm) e o Z100
(0,822mm).
Os valores médios de viscosidade/fluidez estão apresentados no gráfico 1.
Te-Econom
P 60
Prodigy
Charisma
W3D
Tetric C
Esthet X
Solitaire
Suprafill
Z 100
Concept
Supreme
Glacier
Z 250
Master F
TPH Spec
Durafill
Fill Magic
3
1,5
0
Gráfico 1 – Ilustração gráfica dos valores médios do grau de escoamento
viscosidade/fluidez dos compósitos testados.
40
5 DISCUSSÃO
Compósitos são materiais muito utilizados na odontologia, por isso,
conhecer as suas características é de extrema importância para empregá-los de
forma correta no dia-a-dia do cirurgião-dentista.
A consistência dos compósitos é uma característica importante, sendo que
ela depende de vários fatores como, da quantidade de carga inorgânica, do
tamanho das partículas e até mesmo da temperatura, pois um compósito torna-se
menos viscoso com o aumento da temperatura. A viscosidade é a medida da
consistência, assim como é a incapacidade de escoamento de um compósito. A
alta viscosidade de um compósito faz com que ele escoe lentamente. Esta
característica se altera nos materiais dentários de acordo com a sua aplicação
clínica.
Considerando que, conforme Chain [200-] os compósitos de alta
viscosidade conhecidos como “condensáveis” são compósitos microhíbridos com
altíssima incorporação de partículas de carga inorgânica, com mais de 80% em
peso, poder-se-ia partir do pressuposto que os compósitos com menor quantidade
de carga deveriam ser mais fluidos.
Há que se considerar, também, a dificuldade de se classificar os
compósitos no que diz respeito ao tamanho da partícula de carga, a partir da
literatura. Ainda mais que nem sempre a classificação dada pelos fabricantes
coincide com a classificação constante nas revisões de literatura ( KNOBLOCH,
2002).
41
O fator composição dos materiais testados, ou seja, a quantidade de
partículas inorgânicas e matriz orgânica é que foi levado em consideração na
análise dos resultados obtidos com relação aos testes de escoamento dos
compósitos testados nesta pesquisa.
Reges et al. (2003) pesquisaram a dureza superficial de compósitos de alto
escoamento e verificaram que o Flow e o Flow It LF apresentaram os maiores
valores de dureza e que estes mesmos compostos têm maior percentual de carga
inorgânica e, portanto, pode-se deduzir que devem apresentar menor capacidade
de escoamento.
Segundo Bayne et al. (1998 apud REGES et al., 2003) a Flow It é uma
resina de baixa viscosidade que apresenta maior conteúdo inorgânico, sendo
similar, inclusive, às resinas hibridas tradicionais. Dizem ainda que a principal
diferença entre estes compósitos estaria na quantidade de monômeros contidos
na porção orgânica, com a finalidade de adequação às necessidades clinicas.
O alto peso do monômero, principalmente do bis-GMA, faz com que as
resinas sejam altamente viscosas, principalmente à temperatura ambiente. A
utilização de um diluente é essencial para conter uma grande quantidade de carga
e produzir uma consistência de pasta que possa ser empregada clinicamente. Os
diluentes podem ser monômeros de metacrilato, mas em geral empregam-se
monômeros de dimetacrilato como o TEGMA. A redução na viscosidade é
significativa quando TEGMA é adicionado ao bis-GMA. (ANUSAVICE; PHILLIPS,
1998)
Analisando a tabela 1, nota-se que a partir do maior valor (Te-Econom:
3,299) os compósitos testados foram apresentando valores pouco discrepantes
42
entre si até atingir o de menor valor (Z100: 0,822). Este fato pode ser comprovado
estatisticamente e visualizado pelas letras idênticas após as médias.
Considerando a hipótese de que as resinas mais viscosas deveriam
apresentar alta quantidade de carga justifica-se o resultado obtido com o
compósito Te-Econom (3,299 mm – quantidade de carga 80% em peso) que
apresentou o maior valor de viscosidade.
O compósito que apresentou o segundo maior valor de viscosidade foi o
Tetric Ceram (3,081 mm – quantidade de carga 79%) que também tem alta
quantidade de carga. Na pesquisa de Opdam et al. (1996) este compósito obteve
o sétimo lugar entre os mais viscosos embora o autor tenha empregado uma
metodologia diferente, ou seja, mediu a área da pastilha resultante, considerando
que a pastilha que obteve a maior área foi a que mais escoou.
Por outro lado, o Herculite XRV que também possui uma alta quantidade de
carga (79% em peso) apresentou um grau de viscosidade intermediário
(2,089mm). Ainda considerando a alta quantidade de carga apresentada o Fill
Magic com 80% em peso apresentou um alto valor de escoamento (1,307mm),
sendo um dos compósitos testados mais fluidos.
Em uma nova análise da tabela 1 notamos que o Z100 que apresenta
quantidade de carga de 71% em volume e, provavelmente, deve apresentar uma
quantidade de carga em peso superior aos compósitos citados inicialmente,
mostrou o mais alto grau de fluidez (0,822mm), estando em primeiro lugar entre os
compósitos testados quanto à capacidade de escoamento. Fato também
comprovado por Opdam et al. (1996) que pesquisaram 21 compósitos e
43
encontraram para o Z100 um valor de grau de escoamento entre os mais fluidos
ficando em terceiro lugar.
Estas considerações são baseadas no fato de que em todos os compósitos
testados e que apresentam quantidade de carga em peso e em volume o valor em
peso é sempre superior ao valor em volume.
Verificando os resultados encontrados na presente pesquisa, nota-se que
dois compósitos testados considerados por Knobloch (2002) como condensáveis
(Filtek P60 e Solitaire 2) e que por conseqüência deveriam, talvez, apresentar um
grau de viscosidade maior, estão classificados respectivamente em quinto e
décimo lugar na tabela 1, tendo um grau de escoamento intermediário. Por não ter
sido encontrada na literatura a quantidade de carga desses dois compósitos, foi
então examinado o tamanho das partículas, notando-se que entre todos são estes
os que apresentam partículas maiores (Solitaire 2:25 - 0,7µm e 23 – 8 µm; Filtek
P60 0,19 – 3,3 µm).
No entanto, Opdam et al. (1996) relataram não ter encontrado relação
entre o tamanho médio das partículas do compósito e sua consistência enquanto
que uma relação foi demonstrada entre o conteúdo de carga inorgânica em
volume e a área de superfície das amostras.
Ainda segundo Oshima e Conceição (2000) apesar de os fabricantes
informarem que os compósitos citados são condensáveis uma série de produtos
comerciais não apresentam estas características, o que poderiam justificar os
resultados obtidos por estes compósitos.
Conforme afirmaram Anusavice e Phillips (1998) a quantidade de carga que
pode ser incorporada à matriz de resina geralmente é afetada pela área superficial
44
reativa desta carga. Micropartículas, devido à sua grande área de superfície, são
adicionadas à formulação dos compósitos em quantidades menores do que 5%
em peso, para modificar a viscosidade da pasta, e portanto, reduzir os riscos de
sedimentação das partículas.
Após as considerações contidas nesta discussão e levando em conta a falta
de informação dos fabricantes dos produtos testados quanto à sua capacidade de
escoamento
pode-se
pensar
que,
para
conseguir
bons
resultados
em
restaurações com compósitos, é indispensável que o profissional tenha habilidade
e algum tempo de uso do produto para estar familiarizado com suas propriedades.
45
6 CONCLUSÃO
De acordo com os resultados obtidos pode-se concluir que, entre os
compósitos testados o Te-Econom (híbrido) foi o que apresentou menor e o
compósito Z100 (microhíbrido) a maior capacidade de escoamento.
46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BARATIERI, L. N. et al. Estética : restaurações adesivas diretas em dentes anteriores
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FILTEK P60. Bula. Sumaré, São Paulo. 3M do Brasil Ltda. – 3M ESPE.
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
ANA PAULA SIMON
JÚLIA MARIA SPESSATO
ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DE
COMPÓSITOS RESTAURADORES
Itajaí (SC) 2007
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ana paula simon júlia maria spessato análise comparativa