1 ANA PAULA SIMON JÚLIA MARIA SPESSATO ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DE COMPÓSITOS RESTAURADORES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí Orientador: Prof. Nivaldo Murilo Diegoli Itajaí (SC), 2007 2 Folha de aprovação 3 “Dedicamos este trabalho a todos àqueles que acreditam que a ousadia e a persistência são caminhos para as grandes realizações.” 4 AGRADECIMENTOS Gostaríamos de agradecer em primeiro lugar a Deus por nos conceder o dom da vida, saúde e paz para poder trabalhar nesta pesquisa com ânimo e capacidade para vencer mais esta etapa e encarar os desafios que estão por vir e acreditar em nossas conquistas. O nosso muito obrigado aos nossos pais, responsáveis pela nossa formação humana e profissional e aos nossos familiares agradecemos o amor, a compreensão e a expectativa em nós depositadas. Ao nosso professor orientador que sempre nos ajudou desde os primeiros períodos se mostrando uma pessoa atenciosa, companheira e amiga, sempre ao nosso lado em todas as horas, com certeza o Professor Nivaldo é muito mais que um professor, é um amigo que não mede esforços para transmitir os seus conhecimentos. Aos amigos da faculdade, amizades conquistadas há tão pouco tempo e que se tornaram tão fortes, algumas se afastaram com o tempo e com os períodos, mas cada uma foi importante do seu jeito. Sentiremos falta de tudo isso. Ainda não poderíamos deixar de agradecer aos amigos de nossas cidades, amigos distantes fisicamente, porém amigos de uma vida, que desde sempre estiveram com a gente de uma maneira ou de outra. E a todos aqueles que de alguma maneira contribuíram para que conseguíssemos chegar até aqui os nossos mais sinceros agradecimentos. 5 ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DE COMPÓSITOS RESTAURADORES Ana Paula Simon e Júlia Maria Spessato Orientador: Prof. Nivaldo Murilo Diegoli Data de defesa: abril de 2007 Resumo: Freqüentemente o cirurgião-dentista depara-se com a indecisão quanto ao uso de um compósito restaurador mais ou menos fluido/viscoso em determinado caso clínico. Por este motivo, o objetivo do trabalho foi fazer uma comparação da capacidade do escoamento entre compósitos dos tipos microparticulado, híbrido, microhíbrido e condensável. Foram testadas 18 marcas de compósitos restauradores, sendo confeccionados cinco corpos-de-prova de cada compósito, cuja quantidade foi padronizada por um molde. O compósito foi colocado entre duas placas de vidro em um dispositivo confeccionado para medir o grau de escoamento através da aplicação de um peso de 250g durante 30 segundos. As amostras foram fotopolimerizadas durante 40 segundos e a espessura da pastilha obtida foi medida em quatro pontos diametralmente opostos tendo sido feita a média aritmética das quatro medidas, partindo-se da premissa que quanto maior a espessura da pastilha menor a capacidade de escoamento do material. Os resultados obtidos foram: Te-Econom 3,299mm; Tetric Ceram 3,081mm; Concept 2,88mm; Master Fill 2,648mm; P60 2,484mm; Esthet-X 2,415mm; Filtek Supreme 2,161; Herculite XRL Prodigy 2,089mm; Solitaire 2 - 2,045mm; Glacier 1,868mm; Durafil VS 1,808mm; Charisma 1,718mm; Suprafill 1,488mm; Filtek Z250 1,375mm; Fill Magic 1,307mm; W3D Master 1,233mm; Z100 0,822mm. As autoras chegaram à conclusão que o compósito Te-Econom apresentou a menor e o Z100 a maior capacidade de escoamento. Palavras-chave: coeficiente de escoamento, compósitos, viscosidade/fluidez. 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 07 2 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................... 09 3 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................. 27 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS……………………........................... 38 5 DISCUSSÃO.................................................................................................. 40 6 CONCLUSAO ................................................................................................ 45 7 1 INTRODUÇÃO O surgimento dos compósitos no início da década dos anos sessenta do século passado e o seu desenvolvimento nos anos seguintes, como também o aparecimento da possibilidade da colagem das restaurações às estruturas dentais, com a descoberta dos sistemas de união, deu novo impulso à dentística restauradora, fazendo com que os preparos cavitários se tornassem mais conservativos e a estética superior àquela conseguida com os materiais até então usados. Deve-se levar em consideração que os compósitos daquela época eram simples misturas de partículas com matriz. Mais tarde, foram incorporados outros produtos tanto à matriz quanto ao que refere aos tipos de partículas, principalmente a silanização das partículas que deu maior homogeneidade ao produto final, transformando o compósito de uma simples mistura em um material com muito mais coesividade. Os compósitos são um excelente material restaurador, quer seja para reabilitação de dentes anteriores e posteriores atacados pela doença cárie, quer seja para recuperar estruturas perdidas por traumatismos, até confecção de facetas estéticas e fechamento de diastemas. No entanto, para que o profissional consiga obter dos compósitos, o que de melhor eles oferecem há a necessidade, além de conhecer as técnicas restauradoras e de ter em mãos instrumentais apropriados, de conhecer todas as propriedades físicas, químicas e mecânicas, tais como, quantidade e tipo de 8 partículas, resistência à abrasão e à fratura, translucidez e opacidade, radiopacidade, fluidez etc. Um exemplo desta importância é o fato de que se torna difícil adaptar um compósito viscoso, do tipo condensável, ao fundo de uma cavidade que termine em ângulo reto, havendo necessidade da colocação de uma pequena parte de resina mais fluida naquele local. Para isso, o profissional deve conhecer qual o grau de viscosidade dos compósitos com os quais ele pretende realizar a restauração. Por este motivo, o objetivo desta pesquisa é fazer uma comparação da capacidade de escoamento entre compósitos microparticulado, híbrido, microhíbrido e condensável. representantes dos tipos 9 2 REVISÃO DE LITERATURA A pesquisa de Opdam et al. (1996) teve como objetivo comparar a capacidade de escoamento de compósitos e a influência sobre esta capacidade, da quantidade de carga inorgânica e do tamanho das partículas. Para a aferição foi usado um dispositivo preconizado pela ISO, especificação 4823 (1992) para determinar o escoamento de materiais de impressão elastoméricos. Para a confecção de cada corpo-de-prova foi padronizada a mesma quantidade de compósito (70mm3) com auxílio de um molde isolado com manteiga de cacau. O compósito foi colocado entre duas lâminas plásticas e submetido à pressão de 1625g por 60 segundos. A circunferência da pastilha obtida foi medida e a área calculada constituiu a capacidade de escoamento do compósito. Os resultados obtidos foram: P50 – 392mm2±14; Z100 – 336mm2±19; Charisma – 179mm2±15; Heliomolar – 171mm2±7; Tetric – 158mm2±8; Herculite XRV – 119mm2±11. Os autores concluíram que a capacidade de escoamento dos compósitos varia entre as várias marcas comerciais; que não há relação direta entre o tamanho da partícula inorgânica do compósito e sua consistência e que há relação entre a quantidade de partículas e a consistência (quanto menor a quantidade de carga maior é a área da superfície do corpo-de-prova). Segundo Anusavice e Phillips (1998) materiais amorfos como resinas aparentam ser sólidos, mas na verdade são líquidos “superesfriados” que escoam plasticamente (modo irreversível) ou elasticamente (modo reversível), quando sujeitos a pequenos estresses. Os meios pelos quais estes materiais deformam ou escoam, quando submetidos a estresses são importantes para seu emprego na 10 odontologia. A viscosidade é a medida da consistência de um fluido e sua incapacidade de escoamento. Um fluido altamente viscoso escoa lentamente devido a sua alta viscosidade. Os materiais dentários possuem diferentes viscosidades quando preparados para sua especifica aplicação clinica. A viscosidade da maioria dos líquidos diminui rapidamente com o aumento da temperatura. O termo escoamento, tem sido geralmente empregado em odontologia para a descrição do escoamento de materiais amorfos como as ceras. O escoamento da cera constitui uma medida de seu potencial para se deformar sob uma carga estática pequena, mesmo que associada a sua própria massa. De acordo com Anusavice e Phillips (1998), o termo material composto ou compósito pode ser definido como um composto de dois ou mais materiais diferentes com constituintes propriedades individuais. Os superiores compósitos ou intermediárias modernos àquelas contêm dos inúmeros componentes. Os principais constituintes são a matriz de resina e uma carga de partículas inorgânicas. Além destes dois componentes, várias substâncias são incorporadas para melhorar a eficácia e a durabilidade do material. Um agente de união, o silano, é necessário para promover a adesão entre a carga inorgânica e a matriz de resina, e um ativador-inibidor é necessário para polimerizar a resina. Pequenas quantidades de outros aditivos melhoram a estabilidade da cor e previnem a polimerização prematura. O compósito necessita, também, conter pigmentos para aproximar-se da cor das estruturas dentárias. Ainda segundo os mesmos autores, quanto à matriz da resina, a maioria dos materiais compostos empregam monômeros que são substâncias aromáticas ou diacrilatos alifáticos. O bis-GMA, o UEDMA e o TEGMA são os mais comuns, empregados nos 11 compósitos dentários. O alto peso do monômero, principalmente do bis-GMA, faz com que esta resina seja altamente viscosa, principalmente à temperatura ambiente. A utilização de um diluente é essencial para conter uma grande quantidade de carga e produzir uma consistência de pasta que possa ser empregada clinicamente. Os diluentes podem ser monômeros de metacrilato, mas em geral empregam-se monômeros de dimetacrilato como o TEGMA. A redução na viscosidade é significativa quando TEGMA é adicionado ao bis-GMA. Quanto às partículas de carga, a sua incorporação à matriz de resina melhora consideravelmente as propriedades desta matriz, se as cargas forem bem unidas a ela. Caso contrário, as cargas podem enfraquecer o material. Devido à importância desta adesão, é óbvio que o emprego de um agente de união é extremamente importante para o sucesso de uma resina composta. Os compósitos são freqüentemente classificados com base no tamanho médio de suas partículas de carga. Além disso, o grau volumétrico dessas cargas, seu tamanho, sua distribuição por tamanho, seu índice de refração, sua radiopacidade e sua dureza são importantes fatores na determinação das propriedades e na aplicação clínica dos compósitos resultantes. Para incorporar uma quantidade máxima de carga à matriz de resina, sua distribuição por tamanho das partículas é necessária. É óbvio que se um único tamanho de partícula for usado, mesmo compactada, um certo espaço existirá entre elas. Pequenas partículas podem encher este espaço. Partículas de carga inorgânica geralmente constituem 30 ou 70% em volume ou de 50 a 85% em peso em um compósito. A quantidade de carga que pode ser incorporada à matriz de resina geralmente é afetada pela área superficial reativa desta carga. Partículas de sílica coloidal têm uma grande área 12 de superfície variando de 50 a 300m²/g. Assim, mesmo pequenas quantidades de partículas de carga têm uma grande superfície total que pode formar adesão com as moléculas de monômeros e “engrossar” as resinas. . Micropartículas, devido à sua grande área de superfície, são adicionadas à formulação dos compósitos em quantidades menores do que 5% em peso, para modificar a viscosidade da pasta, e portanto reduzir os riscos de sedimentação das partículas. A sílica coloidal é somente uma carga inorgânica. Para assegurar uma estética aceitável de uma restauração com compósito, a translucidez da carga precisa ser similar à da estrutura dentária. As partículas de quartzo foram largamente usadas como carga, principalmente nos compósitos de primeira geração. Tinham a vantagem de ser quimicamente inertes, mas em compensação extremamente duras, sendo difícil sua moagem para reduzi-las a pequenas partículas. Assim, os compósitos contendo quartzo eram mais difíceis de ser polidos e poderiam causar maior abrasão nos dentes ou restaurações opostas. A radiopacidade do material de carga é provida por vários vidros e cerâmicas que contêm metais pesados como bário, estrôncio e zircônio. Bayne et al. (1998) propuseram coletar informações sobre o comportamento mecânico, tais como, escoamento, resistência ao desgaste, à flexão, à compressão de vários compósitos de alta fluidez comparando com as mesmas propriedades de dois compósitos híbridos. Para os testes de escoamento foi usada a metodologia da American Dental Association, especificação número 8 para cimento fosfato de zinco (ADA, 1977). Um volume de 54cm3 de material foi colocado entre duas placas de vidro e uma pressão de 0,5MPa foi aplicada por 30 segundos antes da polimerização por 60 segundos. A capacidade de escoamento 13 foi verificada pela medida do diâmetro do disco formado. Os resultados mostraram que o Ultraseal XT Plus foi o que apresentou maior fluidez ( 1,3cm), seguido do Florestore Revolution (0,9cm), Flow-it (0,8cm) e Aeliteflo (0,6cm). Entre os dois compósitos, o mais fluido foi o Z100 (0,6cm) seguido do Prodigy (0,5cm). Os autores concluíram que a primeira geração de resinas de alta fluidez apresentam excelente escoamento quando comparadas aos compósitos tradicionais. Segundo Chain e Baratieri (1998), as resinas compostas possuem 4 componentes básicos mais importantes: a) uma matriz resinosa; b) iniciadores de polimerização físicos e químicos; c) uma fase dispersa de cargas e corantes; d) um agente de cobertura das partículas de carga – o silano. A matriz resinosa é na maioria das vezes constituída por monômeros, sendo o Bis-GMA e o UDMA os mais freqüentemente empregados, além desses a matriz possui monômeros diluentes necessários para diminuir a viscosidade dos outros monômeros que possuem alto peso molecular, sendo o TEGMA o mais empregado, o qual possibilita incorporação de alto conteúdo de carga alem de propiciar um material final com melhores características de manipulação. Os agentes iniciadores são químico que uma vez ativados ou excitados dão inicio ao processo de polimerização. Nossos sistemas fotopolimerizáveis, uma luz visível com comprimento de onde que varia de 420 a 470nm excita as conforoquinonas (agente iniciador) desencadeando o processo de polimerização. As partículas de carga provêm estabilidade dimensional à instável matriz resinosa, assim melhorando suas propriedades. O primeiro efeito é a redução de contração de polimerização, simplesmente pelo fato de diminuir a quantidade de resina presente no volume. Outras melhorias imediatas observadas são a menor sorção de água, 14 aumento da resistência a tração, e um maior modulo de elasticidade (maior rigidez). As partículas de carga mais comumente utilizadas são as partículas de quartzo ou vidro. Obtidas de diversos tamanhos a partir de um processo de moagem. Outras partículas também são utilizadas, como as diminutas partículas de sílica que são aproximadamente 300 vezes menor que as partículas de quartzo. O agente de cobertura é responsável pela união das partículas de carga à matriz resinosa, importante para a melhoria das propriedades físicas e mecânicas. Também previne a penetração de água na interface resina/carga. Os agentes de cobertura são denominados silanos, devido ao fato de pertencerem ao grupo dos organo-silanos. O objetivo do trabalho de Haliski e Santos (s.d.) foi avaliar a aplicabilidade clínica do material condensável de baixa fluidez Alert ( Amalgam Like Esthetic Restorative Treatment) através da realização de um caso clínico. O Alert é uma resina composta com alta quantidade de carga por peso (84%), contração de polimerização de apenas 1,98% e capacidade de polimerização em camadas de até 5mm. A falta de fluidez dificulta sua adaptação às paredes cavitárias, provocando infiltração marginal. Para evitar isso, deve-se usar uma resina de alta fluidez antes da primeira camada deste material. Foi realizada a restauração de uma classe II (MOD) no dente 15. O Alert foi introduzido na cavidade com portaamálgama e condensado com um condensador para amálgama. Os autores concluíram que o material apresenta a possibilidade de condensabilidade entre outras propriedades (apregoadas pelos fabricantes). No entanto, devido à alta quantidade de carga de partículas inorgânicas não tem fluidez suficiente para se adaptar convenientemente às paredes da cavidade. 15 O objetivo do estudo de Chain [200-] foi investigar e modificar a técnica sugerida, em 1999, por Suh et al. na qual, sobre uma camada de resina composta de alta fluidez (flow), é aplicada uma resina de alta viscosidade, em incrementos de 2mm ou em um só incremento (bulk), feita a escultura e a fotopolimerização por um tempo curto, inicialmente, para que haja o relaxamento posterior e o alívio das tensões conseqüentes da contração de polimerização. As resinas compostas de alta viscosidade, chamadas de “condensáveis” nada mais são do que materiais microhíbridos com altíssima quantidade de carga inorgânica (mais de 80% em peso) e com pequenas alterações na matriz resinosa, o que torna o material significantemente mais viscoso. Estes materiais apresentam bons resultados quanto a algumas propriedades mecânicas, tal como a resistência à compressão, à tração e flexural, pois apesar de terem alto módulo de elasticidade, isto é, alta rigidez, mostram propriedades similares ou até superiores às resinas híbridas disponíveis. Os resultados seguintes referem-se, respectivamente, à resistência à compressão, à tração e flexural: Fill Magic Condensável (Vigodent) – 410MPa ± 35 – 61MPa ±12 - 153MPa ± 18; Alert (Jeneric Pentron) – 340MPa ± 28 – 45MPa ± 08 –120MPa ± 22 ; P60 (3M) –400MPa ± 20 – 58MPa ±10 – 160MPa ± 24; Surefill (Dentsply) – 396MPa ± 30 – 60MPa ±16 – 148MPa ±16; Z250 (3M) – 405MPa ±15 – 72MPa ±10 – 151MPa ±19; Tetric Ceram (Vivadent) – 410MPa ± 20 – 70MPa ±14 – 155MPa ±11; Fill Magic (Vigodent) – 400MPa ±18 – 70MPa ±15 – 155MPa ± 24. Segundo Oshima e Conceição (2000) as resinas podem ser classificadas quanto ao escoamento em: alto escoamento - são as resinas compostas que apresentam alto escoamento e são denominadas do tipo flow. O uso de ponteiras 16 adaptadas às seringas desses compósitos permite sua aplicação nas cavidades. Médio escoamento - são as resinas compostas microhíbridas e microparticuladas que são inseridas nas cavidades com o auxílio de espátulas. Em particular nos dentes posteriores, necessitam de utilização de dispositivos ou de técnicas especiais para obtenção de adequado ponto de contato interproximal. Baixo escoamento (condensáveis) - são resinas compostas mais recentemente lançadas no mercado. Apresentam como principal característica uma resistência ao escoamento, mesmo com a ação de um condensador, e a possibilidade de propiciarem a obtenção de ponto de contato interproximal sem a necessidade de uso de outros dispositivos ou técnicas. Entretanto, apesar da informação dos fabricantes, uma série de produtos características. Na realidade possuem comerciais não apresenta essas maior resistência ao escoamento e mantém a forma por algum tempo após a inserção na cavidade antes da fotopolimerização. Talvez pudessem ser melhor denominadas resinas “comportáveis”. O objetivo do estudo de Felippe et al. (2002) foi discutir aspectos importantes no uso das resinas condensáveis e aspectos relacionados as suas propriedades. Os autores restauraram uma classe II, OD no dente 46, com resina condensável Solitaire (Kulzer). Os procedimentos seguidos foram os normais, apenas antes da colocação do Solitaire houve aplicação de uma camada de resina flow, devido à dificuldade que a resina condensável apresenta de adaptar-se às paredes cavitárias. O material restaurador foi aplicado em um único incremento. Ficou demonstrado que as características de manuseio das resinas condensáveis são semelhantes às do amálgama, não é pegajosa, não escoa, permitindo criar 17 excelentes pontos de contato interproximais e desenvolver a anatomia oclusal de forma similar à estrutura dos dentes naturais antes da fotopolimerização. Outros autores consideram como desvantagens das resinas condensáveis a maior dificuldade de obter excelência estética, os poucos estudos disponíveis e de não serem condensáveis como o amálgama. O uso de uma resina flow (baixa viscosidade) associado à resina de alta viscosidade não traz vantagens apenas no aspecto de contração, mas principalmente no aspecto de adaptação às paredes internas do preparo cavitário. O surgimento das resinas de alta viscosidade traz bons resultados do ponto de vista prático. A possibilidade de inserir o material num só incremento e fazer sua polimerização adianta o trabalho. Os resultados estéticos obtidos com as resinas condensáveis podem não ser excelentes. O aspecto ligeiramente mais opaco, reflete a necessidade de se adicionar uma cor translúcida na superfície da restauração. Knobloch et al. (2002) realizaram uma pesquisa com a finalidade de comparar a resistência à fratura após 7 dias de três compósitos condensáveis, dois convencionais e um experimental. Foram confeccionados oito corpos-deprova de cada material, em forma de moeda, com uma fenda indo da superfície até o seu centro, com 8,2mm de diâmetro e 2mm de espessura. Após 7 dias em água a 37º ± 2º C os corpos-de-prova foram submetidos à fratura na máquina de ensaio Instron com velocidade de 0,5mm/min. Os resultados encontrados foram (MPa*m1/2: Alert (Jeneric Pentron) - 1,57; Surefil (Dentsply) - 1,25; Herculite (Kerr) - 1,16; Heliomolar (Ivoclar) - 0,84; Solitaire (Heraeus-Kulzer) - 0,67. De acordo com os resultados os autores concluíram que o Alert apresentou o maior valor de resistência à fratura, e o Solitaire, o menor valor. 18 O objetivo de Rocha et al. (2003) foi o de revisar as principais características das resinas compostas e as técnicas restauradoras capazes de minimizar suas limitações. A reação de polimerização requer a aproximação molecular, causando uma contração do volume do material que é a contração de polimerização. Quando essa contração é obstruída pela adesão do material às paredes da cavidade, o estresse de contração de polimerização é desencadeado. Sendo assim o sucesso clínico desta restauração adesiva depende da resistência das ligações adesivas e do estresse desenvolvido. Esse estresse pode exceder a resistência adesiva e gerar uma infiltração marginal prematura. Uma forma de aliviar o estresse é através do escoamento do material em direção às superfícies livres da restauração. Esse escoamento depende do material restaurador, principalmente da sua composição. A escolha de materiais restauradores e bases de baixo módulo de elasticidade contribui para a manutenção da adaptação marginal da restauração. Diferentes técnicas que modulam a fotopolimerização proporcionam um escoamento viscoelástico mais prolongado, diminuindo a velocidade de desenvolvimento do estresse na interface adesiva. Possuem desta forma duas fases, a pré-gel na qual o módulo de elasticidade do material é baixo e pouco resistente permitindo deformação elástica e escoamento para superfícies livres. Já a outra fase, pós-gel, é mais rígida. A técnica da polimerização seqüencial (soft-start) consiste em uma fotopolimerização inicial com baixa intensidade, normalmente 200mW/cm² por 10 segundos, seguida imediatamente por uma fotopolimerização final de alta intensidade de 600mW/cm², por 30 segundos. Esta técnica procura através do controle da fotopolimerização, estender a fase pré-gel, permitindo um maior escoamento e um relaxamento do estresse da 19 contração. As resinas flow possuem como principal característica a injetabilidade nas cavidades e, apesar de possuírem fluidez e baixo módulo de elasticidade, apresentam maior contração por possuírem menor quantidade de carga por peso (60-70%) e em volume (46-70%) em relação às resinas híbridas. Conclui-se então que mesmo com vários avanços nas propriedades físicas das resinas compostas e novas técnicas de restauração nenhum material e/ou técnica é capaz de evitar completamente a microinfiltração, porém, conseguem minimizar em grande parte essa situação desde que sejam seguidos corretamente pelo profissional. O objetivo do estudo de Attar et al. (2003), foi determinar o padrão das propriedades de fluidez, resistência flexural, módulo de elasticidade e radiopacidade de sete compósitos e dois compômeros de baixa viscosidade atualmente disponíveis. Um compósito e um compômero convencionais foram incluídos no estudo como controle. Para a confecção dos três corpos-de-prova para a medição da capacidade de escoamento de cada material foi utilizado o método de Bayne et al. modificado pela American Dental Association (ADA). O material foi colocado em uma seringa com uma agulha e uma quantidade padrão foi extruída sobre uma placa de vidro e sobre o material foi colocada outra placa de vidro com o peso de 18g. Após trinta segundos o conjunto foi colocado no interior de uma unidade polimerizadora durante 60 segundos. O diâmetro do disco formado foi medido, em milímetros, em duas direções diametralmente opostas e calculada a média dos três discos. Os resultados para capacidade de escoamento foram: Permaflo (Ultradent) – 27mm; Wave (SDI) – 23mm; Revolution Formula 2 (Kerr) – 20mm; Filtek Flow (3M) – 27mm; Dyract Flow (Dentsply) – 25mm; Tetric Flow (Vivadent) – 24mm; Heliomolar Flow (Vivadent) – 23mm; Compoglass Flow 20 (Vivadent) – 16mm; Aelite Flo (Bisco) – 14mm; Filtek Z250 (3M) – 8mm e Dyract AP (Dentsply) – 7mm. Os autores concluíram que os materiais de baixa viscosidade testados são mais fluidos do que os materiais convencionais e que as aplicações clínicas e a performance destes materiais requerem mais pesquisas. O objetivo do trabalho de Schulze et al. (2003) foi, entre outros, determinar qual o volume de partículas é capaz de afetar as propriedades mecânicas e a viscosidade de materiais restauradores contendo diferentes quantidades de carga inorgânica. Uma série de resinas compostas autopolimerizáveis modificadas por poliácidos feitas a partir de resinas modificadas por poliácidos e TEGDMA, misturadas com carga inorgânica, foram avaliadas quanto à resistência à compressão, resistência à compressão diametral e viscosidade. O conteúdo máximo de partículas, o qual pode ser incorporado aos materiais, foi calculado para os testes de resistência à compressão bem como às medições da viscosidade usando a equação de Mooney. A quantidade de porosidade também foi determinada na tentativa de explicar diferentes comportamentos quanto a falhas. Os materiais, para testes de viscosidade, foram preparados com um monômero sem iniciador (COMP) com a adição de determinada quantidade de partículas (volume fraccional) e também do trietilenoglicol. (TEG) Este material foi usado para determinar como a viscosidade é alterada com a diminuição de quantidade de partículas. O volume fraccional de partículas destes materiais (COMPTEG) foi de 0 – 0,5 – 0,10 – 0,15 – 0,20 – 0,25 – 0,30 – 0,35 – 0,40 – 0,45 e 0,50. Os autores concluíram que um aumento na quantidade fraccional de partículas de uma resina composta experimental modificada por poliácido acima 21 de um determinado valor (20 a 30% em volume) não resulta em melhoria das propriedades mecânicas do material. Devido à crescente utilização das resinas compostas híbridas para restaurações de dentes anteriores e posteriores e a falta de estudos realizados a respeito da sua contração de polimerização, a pesquisa de Mondelli et al. (2003), propôs-se a avaliar, comparativamente, as forças geradas durante a contração de polimerização de 17 resinas compostas híbridas disponíveis no mercado. Todas as resinas observadas foram da cor A2 de acordo com a Escala Vita. Uma máquina de ensaios foi utilizada e um método específico para a realização dos testes foi desenvolvido. Foram confeccionadas duas bases idênticas de metal com forma retangular. As bases foram colocadas paralelamente, sendo que a superior foi conectada a uma célula de carga de 10Kg e a inferior fixada na base transversal da Máquina Universal de Testes Emic. Foram confeccionados 10 espécimes para cada marca comercial das resinas, os quais sofreram ativação da luz fotopolimerizadora até o tempo de dois minutos. A célula de carga mostrou uma deformação, em conseqüência das forças de contração do material, que foi registrada durante a polimerização e por mais 60 segundos após a ativação ter terminado, num tempo total de dois minutos, sendo obtida uma curva força X tempo para cada uma das amostras. Os valores foram analisados por meio do teste de variância (ANOVA). Os resultados dos 10 ensaios para cada grupo estudado mostraram diferenças significantes entre os materiais para os valores máximos das forças geradas. As curvas força X tempo mostraram que as forças de contração iniciam após a ativação da luz polimerizadora, aumentando durante a ativação, continuando a subir depois da luz ser finalizada. Pôde-se observar que 22 as resinas Renamel, Admira, Z250 e Synergy apresentaram os menores valores de força de contração. As resinas compostas ativadas quimicamente possuem uma fase pré-gel de três minutos e as forças de polimerização começam a se desenvolver lentamente após o minuto inicial da reação, o que permite que a resina compense, pelo escoamento das superfícies livres, a contração sofrida. Com a análise estatística dos resultados conclui-se que houve diferenças nas forças geradas durante a contração de polimerização das resinas compostas avaliadas, sendo que as resinas Renew e Z100 apresentaram os maiores valores de força de contração e, ainda, que mesmo depois de encerrada a fotopolimerização as forças de contração continuam sendo geradas. O trabalho de Reges et al. (2003) teve como objetivo avaliar a dureza imediata e após 7 dias de armazenagem bem como avaliar o conteúdo de partículas (carga inorgânica) de compósitos de baixa viscosidade. Foram confeccionados 5 corpos-de-prova em forma de pastilha com 2mm de grossura e 5mm de diâmetro, os quais foram pesados em balança analítica três vezes consecutivas durante uma semana obtendo-se a massa do compósito seca antes da queima. (m-csaq) Após isso, foram imersos em água destilada por uma semana a 37ºC e medido a massa do compósito imerso antes da queima. (m-ciaq). Em seguida, foram levados ao forno elétrico Bravac e aquecidos lentamente até a temperatura de 700ºC, por três horas para eliminar a fase orgânica (matriz). Após 90 minutos para resfriamento, foram levados ao dessecador por uma hora até o completo resfriamento. Para o cálculo da quantidade de carga inorgânica em massa relacionou-se a massa do compósito seca depois da queima (m-csdq) e antes da queima (m-csaq) = % por massa=m-csdq dividido m-csaq x 100. Para o 23 cálculo em volume relacionou-se a massa do compósito seco depois da queima com a massa imerso depois da queima e a massa do compósito seca antes da queima com a massa imerso antes da queima = % em volume= m-csdq menos mcidq dividido m-csaq menos m-ciaq x 100. Os resultados mostraram quanto à quantidade de carga inorgânica, respectivamente em massa e volume: Flow It (Generic Pentron) – 74,61 e 68,12; Flow It LF (Generic Pentron) – 65,01 e 57,74; Revolution ( Kerr) – 53,80 e 46,80; Natural Flow ( DFL) – 51,60 e 40,00. Os autores concluíram que os compósitos de baixa viscosidade da Generic Pentron, Flow It e Flow It LF apresentaram a maior quantidade de carga inorgânica entre os materiais testados. O objetivo de Duarte Junior et al. (2003), foi de avaliar a influência de resinas flow na microinfiltração marginal em paredes de esmalte e dentina/cemento de restaurações Classe V. Os autores utilizaram 30 molares com cavidades classe V padronizadas e confeccionadas nas faces vestibular e lingual com sua parede cervical acima da junção amelocementária. Os dentes foram divididos em três grupos, sendo que no grupo I foi utilizado Bond 1 + resina Flow It LF para confeccionar a restauração; já no grupo II foi utilizado Bond 1 + resina Flow It LF + resina Z100; e no grupo III foi utilizado Bond 1 + resina Z100. Feitas as restaurações os dentes foram isolados e submetidos à ciclagem térmica em água por 200 ciclos, com solução aquosa de nitrato de prata por 24 horas. Os dentes foram seccionados no longo eixo e levados ao microscópio Zeiss 10x, sendo avaliada a microinfiltração marginal de acordo com a tabela de escore modificado de Retief e Denys (1982) e Retief (1989). Os resultados obtidos foram: Grupo I teve 1,35 de infiltração marginal, o Grupo II teve 0,25 de infiltração 24 marginal e o Grupo III teve 2,10. As conclusões foram que a utilização de uma camada elástica entre o material restaurador e o preparo cavitário hibridizado reduz a microinfiltração marginal e que a adaptação da resina de baixa viscosidade às paredes do preparo cavitário dependem do volume e espessura do material aplicado. Tendo em vista a importância das propriedades de elasticidade como também a resistência flexural, na prevenção da microinfiltração, o trabalho de Fares et al. (2005), teve como objetivo determinar estas propriedades, relacionadas à composição do complexo resinoso de algumas resinas compostas. Para o desenvolvimento desta pesquisa foram selecionadas três resinas compostas, duas de média densidade a base de BISGMA e uma de alta densidade a base de EBISGMA. Foram confeccionados com o auxílio de uma matriz de aço inoxidável 30 corpos-de-prova sendo 10 para cada grupo de resina. A ativação foi realizada com um fotoativador LED “Blue Star1” com fonte de luz de 7,5 watts, com intensidade de 1250mW/cm² e um tempo de exposição de 40s, nas duas extremidades e no centro do corpo-de-prova. A ponta ativa do fotoativador, com 6mm de diâmetro na saída da luz, foi colocada em contato direto com a resina, porém, isolada com um anel protetor de silicone. A polimerização foi repetida do lado oposto. Após 24 horas de armazenagem em água, já na fase pósgel as amostras foram submetidas aos testes de flexão em uma máquina de ensaio universal à velocidade de 0,75mm/min. Foi aplicada no centro do corpo-deprova da resina uma carga contínua de 50 ± 16 N/min até o limite da fratura. Os valores obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) de um critério (p<0,05). Neste trabalho, as resinas testadas não apresentavam diferenças 25 estatísticas para a resistência flexural, mesmo com as alterações sofridas em sua composição. O módulo de elasticidade deve ser alto para resistir à deformação e fratura de cúspides. Contudo, no módulo de elasticidade as resinas mostraram diferenças estatísticas entre si, onde a rigidez em ordem crescente apresentava a Masterfill (Biodinâmica), Filtek Z250 (3M) e Surefil (Dentsply). O objetivo da pesquisa de Mesquita et al. (2006) foi monitorar as alterações das propriedades viscoelásticas de resinas compostas atuais sob a influência de diferentes temperaturas e outras variáveis, incluindo a freqüência mastigatória, bem como estudar a influência nestas propriedades do envelhecimento dos materiais expostos ao ar e à água após 1, 7 e 30 dias. Foram preparados corposde-prova com 3mm por 2,5mm por 2mm com dois compósitos diretos, Diamond Lite (matriz monômeros de fenol epóxi (PEX), partículas de Borosilicato de vidro – 78 a 84% em peso) e Grandio (matriz Bis-GMA, UDMA e TEGDMA, partículas de cerâmica de vidro e dióxido de silício (SiO2) e dois indiretos, ArtGlass e Vita Zeta LC. Após decorrido o tempo de exposição em ar e água as amostras foram submetidas à análise mecânica dinâmica. (AMD) Os compósitos diretos mostraram módulo de elasticidade maiores com significância estatística quando comparados com os indiretos, sendo que, no mesmo tipo, o Grandio apresentou maior valor do que o Diamond Lite e o ArtGlass maior do que o Vita Zeta LC. Quanto ao módulo de viscosidade, os compósitos diretos apresentaram maior valor do que os indiretos, mas entre eles não houve diferença estatisticamente significante. Os autores concluíram que a freqüência de resultados não significantes estatisticamente deve ser atribuído às melhorias das propriedades dos materiais e que as diferenças viscoelásticas entre os compósitos não 26 significam que um é melhor do que o outro mas que cada um pode ser melhor indicado para certas condições clínicas. 27 3 MATERIAIS E MÉTODOS Foram utilizados dezoito materiais representantes dos grupos de compósitos híbridos, microhíbridos, microparticulados e condensáveis (figura 1) (Quadro 1) e confeccionados cinco corpos-de-prova de cada compósito. (fotografia 2) Todas as informações sobre os compósitos testados contidas no quadro 1 foram colhidas através das bulas dos materiais. Fotografia 1 – Alguns dos compósitos restauradores testados. Para a confecção dos corpos-de-prova foi utilizada sempre a mesma quantidade de material, padronizada com o auxílio de um molde usado para a mistura de sistema de união. (fotografia 3 e 4) 28 Fotografia 2 – Cinco corpos-de-prova do compósito Te-Econom e Z100 Fotografia 3- Inserção do compósito no molde de alumínio para padronizar a quantidade 29 Fotografia 4- Molde preenchido por compósito para padronizar a quantidade de material. Esta quantidade foi colocada entre duas placas de vidro (com o auxílio de um dispositivo, desenvolvido pelas pesquisadoras e pelo professor orientador, para tal fim – fotografia 5, 6 e 7) sobre as quais foi aplicada uma força de 250 gramas durante 30 segundos. Após isso, foi feita a fotopolimerização por 40 segundos (fotografia 8) através do vidro com a conseqüente obtenção de um corpo-de-prova em forma de moeda (fotografia 9) cuja espessura foi medida em quatro pontos diametralmente opostos com o auxílio de um paquímetro digital. (fotografia 10) Foi calculada a média aritmética das quatro medidas constituindo a média final de espessura. 30 Fotografia 5- Dispositivo utilizado para os testes. A análise estatística foi feita através da análise de variância (ANOVA) e o teste de comparação de médias de Duncan para verificar se houve e quais foram as diferenças estatisticamente significantes, sendo considerado o fato de que quanto menos espessa for a amostra (moeda) obtida maior é a fluidez do compósito. 31 Fotografia 6- Dispositivo utilizado para os testes, composto de duas placas de vidro sendo a superior fixada em uma parte móvel com o peso de 250g. 32 Fotografia 7- Amostra do compósito em posição no dispositivo para ser testado 33 Fotografia 8- Fotopolimerização da amostra do compósito. 34 Fotografia 9- Corpo-de-prova em forma de moeda. 35 Fotografia 10- Paquímetro digital utilizado para medir a espessura das amostras 36 Compósito Fabricante Classificação Quantidade de carga Peso (%) Vol. (%) Tamanho da Partícula (µm) Composição TPH Spectrum Dentsply Híbrido * NI *NI *NI Suprafill SS White Microhíbrido 76,5 60 Esthet-X Dentsply Microhíbrido *NI *NI Partícula – 0,5 Micro - 0,05 Partícula < 1 Micro – 0,04 Charisma HeraeusKulzer microhíbrido *NI 59,4 Solitaire 2 Condensável *NI *NI Z 100 HeraeusKulzer 3M *NI *NI 71 Médio – 0,7 Micro – 0,02/2 0,02/0,07 25 a 0,7 e 23 a 8 Máximo 4,5 Tetric Ceram Ivoclar Vivadent Híbrido 79 60 *NI Fill Magic Vigodent Microhíbrido 80 *NI Médio - 0,5 Glacier SDI (Southern Microhíbrido 77 Dental condensável Industries) Vigodent Submicrohíbrido 77,5 62 1 a 40nm *NI Média – 0,4 Máximo – 2 Microparticulado *NI 37,5 Médio - 0,04 Master Fill HeraeusKulzer Biodinâmica Microhíbrido 80 *NI *NI Filtek Z250 3M Microhibrido Filtek P 60 3M Microhibrido Te Econom Ivoclar Vivadent Híbrido Filtek Supreme 3M Espe *NI XRV Herculite W3D Kerr Microhíbrido BisGMA, di-etilmetacrilato de trimetilhexildiuretano, cerâmica de vidro, dióxido de silício, dióxido de titânio, óxido de ferro. *NI 60 Média - 0,19 a BisGMA, UDMA, BisEMA, 3,3 zircônia e sílica *NI 61 0,19 a 3,3 BisGMA, UDMA, BisEMA, zircônia e sílica 81 62 0,04 a 7 BisGMA, UDMA, TEGDMA, catalisadores, estabilizadores e pigmentos 72,5 (cor 57,7 (cor 0,6 a 1,4 BisGMA, UDMA, TEGDMA, translúcida) translúcida) BisEMA 78,5 59,5 (outras) (ouitras) 79 59 Médio - 0,6 *NI Vitapan Microhíbrido 77 *NI Média – 0,5 Concept Durafill VS Quadro 1 – Especificações dos compósitos testados. Fonte: bulas dos materiais (vide referências bibliográficas) - *NI: Não Informado pelos fabricantes Bis-GMA uretano modificada, boro silicato de Al, Ba silanizado, sílica pirolítica silanizada, canforoquinona, EDAB, hidroxitolueno butilado, Bis-GMA, UDMA, TEDMA Bis-GMA uretano modificado, Bis-EMA, TEGDMA, vidro de borosilicato de F/Al, bário silanizado, sílica coloidal. Vidro de Ba/Al fluoretado, dióxido de Si. Vidro de Ba, Al, Bo, F, dióxido de silício Bis-GMA, TEGDMA, Zn, sílica Bis-GMA, dimetacrilato de uretano, TEGDMA, vidro de Ba, trifluoreto de Ytérbio, vidro de fluorsilicato de Al e Ba, dióxido de Si, Monômeros metacrilatos, sílica pirogênica, silicato de Ba e Al. Éster metacrilato multifuncional (38% vol-23% peso) Bis-GMA, UDMA, BisEMA, éster do ácido metacrílico, silicato de Ba e Al. UDMA, dióxido de silício *NI 37 Segundo Oshima e Conceição (2000) o compósito Filtek Z250 do fabricante 3M tem o tamanho da suas partículas classificadas como microhíbridas. E o compósito Filtek P60 do mesmo fabricante também possui esta classificação quanto ao tamanho de suas partículas. Conforme Baratieri et al. (1995) o compósito Charisma apresenta 59,4% de carga inorgânica em volume e o Durafill VS 37,5% em volume conforme valor obtido do fabricante. Segundo a bula, a resina Filtek™ Z250 é uma nova opção em material restaurador fotopolimerizável para dentes anteriores e posteriores. A carga inorgânica de 100% Zircônia/Sílica (a mesma utilizada no restaurador Z100) garante resistência para restaurações de longa duração. 38 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Considerando que foi usada sempre a mesma quantidade de compósito foram obtidas pastilhas com diferentes diâmetros, tanto maiores quanto mais fluido for o material. No entanto, nesta pesquisa foi usada a medida quanto à espessura da amostra considerando, também, que a espessura é tanto maior quanto maior for à viscosidade do material, isto é, a espessura da pastilha é diretamente proporcional à viscosidade e inversamente proporcional à fluidez. Os valores quanto à espessura das amostras e seus respectivos desviospadrão, bem como o fabricante do material e sua classificação estão expostos na tabela 1. Tabela 1 – Valores médios (e desvio-padrão) do grau de escoamento (viscosidade/fluidez) dos compósitos testados. Compósito Fabricante Classificação Média (mm) Te-Econom Tetric Ceram IvoclarVivadent IvoclarVivadent Vigodent Biodinâmica 3M – Espe Dentsply 3M – ESPE Dentsply Kerr Híbrido 3,299a Desviopadrão 0,102 Híbrido 3,081 b 0,272 Concept Submicrohíbrido 2,808 c 0,116 Master Fill Microhíbrido 2,648 cd 0,220 P 60 ------2,484 de 0,220 Esthet-X Microhíbrido 2,415 ef 0,168 Filtek Supreme ------2,264 fg 0,239 TPH Spectrum Híbrido 2,161 gh 0,141 Herculite XRL Microhíbrido 2,089 gh 0,064 Prodigy Solitaire 2 Heraeus-Kulzer Polyglass 2,045 hi 0,096 Glacier SDI Microhíbrido 1,868 ij 0,213 condensável Durafill VS Heraeus-Kulzer Microparticulado 1,808 j 0,066 Charisma Heraeus-Kulzer ------1,718 j 0,094 Suprafill SS White Microhíbrido 1,488 k 0,019 Filtek Z 250 3M – ESPE ------1,375 kl 0,064 Fill Magic Vigodent Microhíbrido 1,307 kl 0,164 W3D Master Vitapan Microhíbrido 1,233 l 0,180 Z 100 3M – ESPE ------0,822 m 0,049 Obs. 1. Valores seguidos da mesma letra não apresentam diferença significativa. 2. A classificação dos compósitos testados consta na bula do medicamento. 39 É interessante notar que entre o compósito que apresentou o menor escoamento (com maior espessura da amostra – Te Econom: 3,299mm) e o que apresentou o maior escoamento (com menor espessura da amostra – Z100: 0,822mm) a diferença é considerável (2,477mm). No entanto, a diferença entre um compósito e o que o segue, com valor imediatamente mais baixo, não é consideravelmente alto. A variação entre um e outro foi menor (0,044mm) entre o Herculite XRL Prodigy (2,089mm) e o Solitaire (2,045mm) e maior (0,411mm) entre o W3D Master (1,233mm) e o Z100 (0,822mm). Os valores médios de viscosidade/fluidez estão apresentados no gráfico 1. Te-Econom P 60 Prodigy Charisma W3D Tetric C Esthet X Solitaire Suprafill Z 100 Concept Supreme Glacier Z 250 Master F TPH Spec Durafill Fill Magic 3 1,5 0 Gráfico 1 – Ilustração gráfica dos valores médios do grau de escoamento viscosidade/fluidez dos compósitos testados. 40 5 DISCUSSÃO Compósitos são materiais muito utilizados na odontologia, por isso, conhecer as suas características é de extrema importância para empregá-los de forma correta no dia-a-dia do cirurgião-dentista. A consistência dos compósitos é uma característica importante, sendo que ela depende de vários fatores como, da quantidade de carga inorgânica, do tamanho das partículas e até mesmo da temperatura, pois um compósito torna-se menos viscoso com o aumento da temperatura. A viscosidade é a medida da consistência, assim como é a incapacidade de escoamento de um compósito. A alta viscosidade de um compósito faz com que ele escoe lentamente. Esta característica se altera nos materiais dentários de acordo com a sua aplicação clínica. Considerando que, conforme Chain [200-] os compósitos de alta viscosidade conhecidos como “condensáveis” são compósitos microhíbridos com altíssima incorporação de partículas de carga inorgânica, com mais de 80% em peso, poder-se-ia partir do pressuposto que os compósitos com menor quantidade de carga deveriam ser mais fluidos. Há que se considerar, também, a dificuldade de se classificar os compósitos no que diz respeito ao tamanho da partícula de carga, a partir da literatura. Ainda mais que nem sempre a classificação dada pelos fabricantes coincide com a classificação constante nas revisões de literatura ( KNOBLOCH, 2002). 41 O fator composição dos materiais testados, ou seja, a quantidade de partículas inorgânicas e matriz orgânica é que foi levado em consideração na análise dos resultados obtidos com relação aos testes de escoamento dos compósitos testados nesta pesquisa. Reges et al. (2003) pesquisaram a dureza superficial de compósitos de alto escoamento e verificaram que o Flow e o Flow It LF apresentaram os maiores valores de dureza e que estes mesmos compostos têm maior percentual de carga inorgânica e, portanto, pode-se deduzir que devem apresentar menor capacidade de escoamento. Segundo Bayne et al. (1998 apud REGES et al., 2003) a Flow It é uma resina de baixa viscosidade que apresenta maior conteúdo inorgânico, sendo similar, inclusive, às resinas hibridas tradicionais. Dizem ainda que a principal diferença entre estes compósitos estaria na quantidade de monômeros contidos na porção orgânica, com a finalidade de adequação às necessidades clinicas. O alto peso do monômero, principalmente do bis-GMA, faz com que as resinas sejam altamente viscosas, principalmente à temperatura ambiente. A utilização de um diluente é essencial para conter uma grande quantidade de carga e produzir uma consistência de pasta que possa ser empregada clinicamente. Os diluentes podem ser monômeros de metacrilato, mas em geral empregam-se monômeros de dimetacrilato como o TEGMA. A redução na viscosidade é significativa quando TEGMA é adicionado ao bis-GMA. (ANUSAVICE; PHILLIPS, 1998) Analisando a tabela 1, nota-se que a partir do maior valor (Te-Econom: 3,299) os compósitos testados foram apresentando valores pouco discrepantes 42 entre si até atingir o de menor valor (Z100: 0,822). Este fato pode ser comprovado estatisticamente e visualizado pelas letras idênticas após as médias. Considerando a hipótese de que as resinas mais viscosas deveriam apresentar alta quantidade de carga justifica-se o resultado obtido com o compósito Te-Econom (3,299 mm – quantidade de carga 80% em peso) que apresentou o maior valor de viscosidade. O compósito que apresentou o segundo maior valor de viscosidade foi o Tetric Ceram (3,081 mm – quantidade de carga 79%) que também tem alta quantidade de carga. Na pesquisa de Opdam et al. (1996) este compósito obteve o sétimo lugar entre os mais viscosos embora o autor tenha empregado uma metodologia diferente, ou seja, mediu a área da pastilha resultante, considerando que a pastilha que obteve a maior área foi a que mais escoou. Por outro lado, o Herculite XRV que também possui uma alta quantidade de carga (79% em peso) apresentou um grau de viscosidade intermediário (2,089mm). Ainda considerando a alta quantidade de carga apresentada o Fill Magic com 80% em peso apresentou um alto valor de escoamento (1,307mm), sendo um dos compósitos testados mais fluidos. Em uma nova análise da tabela 1 notamos que o Z100 que apresenta quantidade de carga de 71% em volume e, provavelmente, deve apresentar uma quantidade de carga em peso superior aos compósitos citados inicialmente, mostrou o mais alto grau de fluidez (0,822mm), estando em primeiro lugar entre os compósitos testados quanto à capacidade de escoamento. Fato também comprovado por Opdam et al. (1996) que pesquisaram 21 compósitos e 43 encontraram para o Z100 um valor de grau de escoamento entre os mais fluidos ficando em terceiro lugar. Estas considerações são baseadas no fato de que em todos os compósitos testados e que apresentam quantidade de carga em peso e em volume o valor em peso é sempre superior ao valor em volume. Verificando os resultados encontrados na presente pesquisa, nota-se que dois compósitos testados considerados por Knobloch (2002) como condensáveis (Filtek P60 e Solitaire 2) e que por conseqüência deveriam, talvez, apresentar um grau de viscosidade maior, estão classificados respectivamente em quinto e décimo lugar na tabela 1, tendo um grau de escoamento intermediário. Por não ter sido encontrada na literatura a quantidade de carga desses dois compósitos, foi então examinado o tamanho das partículas, notando-se que entre todos são estes os que apresentam partículas maiores (Solitaire 2:25 - 0,7µm e 23 – 8 µm; Filtek P60 0,19 – 3,3 µm). No entanto, Opdam et al. (1996) relataram não ter encontrado relação entre o tamanho médio das partículas do compósito e sua consistência enquanto que uma relação foi demonstrada entre o conteúdo de carga inorgânica em volume e a área de superfície das amostras. Ainda segundo Oshima e Conceição (2000) apesar de os fabricantes informarem que os compósitos citados são condensáveis uma série de produtos comerciais não apresentam estas características, o que poderiam justificar os resultados obtidos por estes compósitos. Conforme afirmaram Anusavice e Phillips (1998) a quantidade de carga que pode ser incorporada à matriz de resina geralmente é afetada pela área superficial 44 reativa desta carga. Micropartículas, devido à sua grande área de superfície, são adicionadas à formulação dos compósitos em quantidades menores do que 5% em peso, para modificar a viscosidade da pasta, e portanto, reduzir os riscos de sedimentação das partículas. Após as considerações contidas nesta discussão e levando em conta a falta de informação dos fabricantes dos produtos testados quanto à sua capacidade de escoamento pode-se pensar que, para conseguir bons resultados em restaurações com compósitos, é indispensável que o profissional tenha habilidade e algum tempo de uso do produto para estar familiarizado com suas propriedades. 45 6 CONCLUSÃO De acordo com os resultados obtidos pode-se concluir que, entre os compósitos testados o Te-Econom (híbrido) foi o que apresentou menor e o compósito Z100 (microhíbrido) a maior capacidade de escoamento. 46 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANUSAVICE, K. J.;PHILLIPS, R. Materiais dentários. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. 412p. ATTAR, N.; TAM, L.E.; McCOMB, D. Flow, strength, stiffness and radiopacity of flowable resin composites. J Can Dent Assoc, Otawa, v.69, n.8, p.516-521, Sept. 2003. BARATIERI, L. N. et al. Estética : restaurações adesivas diretas em dentes anteriores fraturados. 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Sumaré, São Paulo. 3M do Brasil Ltda. – 3M ESPE. 48 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA ANA PAULA SIMON JÚLIA MARIA SPESSATO ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DE COMPÓSITOS RESTAURADORES Itajaí (SC) 2007 49