Controle de Qualidade para método de Kirby Bauer Dra. Antonia Machado Diretora do Laboratório Central – Hospital São Paulo - UNIFESP Controle da qualidade Definição Sistema através do qual se avalia e monitoriza o desempenho de processos ou o resultado das ações tomadas para melhoria da qualidade Compreende Medições adequadas Registros completos e rastreáveis. MANUAL DE QUALIDADE Controle de Qualidade Princípio Garantir qualidade na execução do teste, isto é a acurácia e reprodutibilidade dos resultados. Execução do Controle de Qualidade Gestores Função dos gestores Obter a conformidade legal Garantir a qualidade efetiva dos processos analíticos Tangibilizar a qualidade para os clientes finais Garantir a custo - efetividade do sistema da qualidade do laboratório Obter a conformidade legal ANVISA/PGRSS plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde MS/RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002 Projetos físicos de estabelecimentos de saúde MS/RDC n° 302, de 13 de outubro de 2005 Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos MS/SNVS: Portaria n° 488, de 17 de junho de 1998 Procedimento sequenciados para a sorologia para o HIV Normas regulamentadoras Outras Garantir a qualidade efetiva dos processos analíticos Conformidades com os requisitos dos programas de acreditação PALC www.sbpc.org.br DICQ www.sbac.org.br ONA www.ona.org.br www.anvisa.gov.br/consulta/index 2002.htm Funções do controle da qualidade de um processo: Retratar o desempenho estável Sinalizar a deterioração Indicar a necessidade de melhorias Processo analítico:Ciclo Paciente Solicitação Coleta Transporte Laudos Interpretação Tratamento Analítica Processamento Fase pré analítica Objetivo principal Garantir a representatividade das amostras/materiais Desafios Requisição do teste O preparo do paciente A coleta da amostra Transporte Armazenamento Fase analítica Objetivo principal Garantir a acurácia e reprodutividade do exame Desafios Qualidade dos insumos utilizados no teste qualidade da amostra clínica recebida expertise do técnico condições Tipos de Controles de Qualidade Controle Principal Testes de cepas referência - ATCC ATCC meio de cultura inóculo pH temperatura de incubação discos atmosfera técnica Tipos de Controles de Qualidade Controle Suplementar Avaliação do ATB Expertise do técnico Detecção de tendências de resistência Revisão dos testes (relatórios estatísticos) Controle Principal Aspectos monitorados Meio de cultura Qualidade do meio (Marca) Concentração de Ca2+ e Mg2+ - falsa resistência a aminoglicosídeos e tetraciclina (Pseudomonas aeruginosa) Concentração de Ca2+ e Mg2+ - falsa sensibilidade a aminoglicosídeos e tetraciclina (Pseudomonas aeruginosa) Inspeção visual - descoloração, ressecamento, rachaduras, volume insuficiente, turbidez Controle Principal Aspectos monitorados Meio de cultura Concentração de timidina ou timina no meio - falsa resistência ao sulfametozaxol/trimetoprim Testar ATCC 29212 Enterococcus faecalis Halo de inibição 20mm (nível adequado) Controle Principal Aspectos monitorados Meio de cultura Checar os meios quanto a esterilidade. Incubando 5% da amostragem quando se tratar de lotes de 100 unidades ou menos, ou então selecionar 10 unidades escolhidas aleatoriamente de grandes lotes. Controle Principal Aspectos monitorados Meio de cultura - Controle de Esterilidade Incubar o meio de cultura por 48 horas na temperatura que o meio será utilizado e depois por mais 48 horas a temperatura ambiente. Desconsiderar contaminações esporádicas (1 unidade) Descartar lote inteiro se encontrar contaminação significativa ( 10% da amostragem) Meios de cultura x ATCCs Meio ATCC Resultado esperado Streptococcus pneumoniae 6305 Crescimento / hemólise Streptococcus pyogenes 19615 Crescimento/ hemólise Staphylococcus aureus 25923 Crescimento Escherichia coli 25922 Crescimento Neisseria gonorrhoeae 43069 Crescimento Haemophilus influenza 10211 Crescimento Streptococcus pyogenes 19615 Crescimento/ hemólise suplementado com 5% Streptococcus pneumoniae 6305 Crescimento / hemólise de sangue de carneiro Staphylococcus aureus 25923 Crescimento Base para ágar sangue Ágar chocolate Columbia ágar base pH Microrganismo (+/-0.2) Controle 7.4 7.2 7.3 Meios de cultura x ATCCs Mac Conkey 7.1 Proteus mirabilis 12453 Eosin methylene blue 7.2 Salmonella typhimurium 14028 Enterococcus faecalis Escherichia coli 29212 25922 Escherichia coli Staphylococcus aureus Pseudomonas aeruginosa Enterococcus faecalis Escherichia coli Streptococcus pneumoniae 25922 25923 27853 29212 35218 49619 Mueller-Hinton ágar Mueller-Hinton ágar suplementado com 5% de sangue de carneiro Crescimento de colônias transparentes/ inibição do véu . Crescimento/ colônias transparentes Inibição parcial Crescimento/ colônias escuras com brilho metálico Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Mueller-Hinton ágar Mueller-Hinton ágar Controle Principal Aspectos monitorados Inóculo 1 a 2 x 108 UFC/mL para a maioria das espécies Muito pesado - falsa resistência Muito leve - falsa sensibilidade pH Adequado 7.2 a 7.4 temperatura ambiente pH baixo - falsa resistência a aminoglicosídeos e macrolídeos e falsa sensibilidade a tetraciclina e penicilinas pH alto - falsa sensibilidade a aminoglicosídeos e macrolídeos e falsa resistência a tetraciclina e penicilinas Como checar o pH? 7.2 a 7.4 Macerar a quantidade suficiente de ágar para submergir o eletrodo Deixar o ágar solidificar ao redor do eletrodo Utilizar eletrodo de superfície Discos de sensibilidade Estocagem – carbapenens e combinações com ácido clavulânico Produção Incubação Atmosfera adequada - CO2 diminui pH do meio Streptococcus pneumoniae x macrolídeos Discrepâncias entre Etest e BMD 2 diluições Azitromicina - 95.8% Claritromicina - 31.5% Gerardo, S.H. Antimicrob. Agents. Chemother. 1996;40:2413-5 Controle Principal Aspectos monitorados Incubação Estufa CO2 - ATCC 43069 Neisseria gonorrhoeae Temperatura - MRSA 35°C Tempo de incubação - 24h GISA e ERV Controle Principal - Dicas Escherichia coli ATCC 35218 -combinações com inibidores de -lactamases H.influenzae ATCC 49247 Meio HTM Staphylococcus aureus ATCC 43300 - ágar screening com oxacilina Enterococcus faecalis ATCC 29212 - teste da concentração de timidina no meio. Meios com sangue apresentam concentrações mais elevadas Controle Principal Dicas P. aeruginosa - se subcultivada muitas vezes se torna resistente a carbenicilina Haemophilus ATCC 10211 - somente para verificar o HTM Manutenção das cepas ATCC Como guardar? Manutenção a -20C ou preferencialmente a -70 C TSB + 15% glicerol Brucella + 15% glicerol Sangue de carneiro desfibrinado Skim milk (15%) OBS: Suspensão pesada Cepas ATCC Como usar? Semear ainda congeladas em AS Ágar nutriente inclinado de 2 a 8°C Subcultivadas semanalmente Novas culturas devem ser feitas mensalmente Cepas congeladas devem ser subcultivadas por 2 vezes antes do teste. Cepas ATCC Fluxo do Teste na rotina Diário - 20 dias consecutivos Semanal - não mais do que 3 resultados fora do padrão sempre que um reagente novo for incorporado na rotina (discos, meio de cultura) se um dos resultados semanais estiver fora......... Ação corretiva Teste diário 1 dentre 20 testes fora da faixa 1 dentre 20 testes fora da faixa Ação corretiva Continuar testes diários Razão do erro evidente Razão do erro não evidente Retestar no mesmo dia Resultados na faixa - continuar testes diários Ação corretiva imediata Retestar no mesmo dia e monitorar por 5 dias consecutivos Todos os resultados na faixa Quaisquer resultados fora da faixa Ação corretiva adicional Controle de Qualidade do teste de disco difusão Fluxograma Continuar testes diários Investigar possíveis fontes de erro Teste diário (continuação) Demonstrando desempenho satisfatório 1 dentre 20 ou 3 dentre 30 resultados fora da faixa Implementar testes semanais Qualquer resultado fora da faixa Ação corretiva Razão do erro evidente Razão do erro não evidente Retestar no mesmo dia Resultados na faixa Ação corretiva imediata Resultados fora da faixa Retornar testes semanais Controle de Qualidade do teste de disco difusão Fluxograma Retestar no mesmo dia e monitorar por 5 dias consecutivos Todos os resultados na faixa Quaisquer resultados fora da faixa Ação corretiva adicional Retornar testes semanais Investigar possíveis fontes de erro Ações corretivas Erro óbvio disco errado, cepa ATCC errada, contaminação da cepa ou incubação em temperatura errada continuar controle semanal Erro não óbvio Correção imediata - retestar drug/bug no momento e por 5 dias Correção adicional - verificar causas ( escala McFarland, erro na leitura dos halos, materiais vencidos, estocagem dos discos, discos, cepa ATCC) voltar ao controle de 20 dias Controle de Qualidade Complementar Verificar os resultados do antibiograma Verificar a identificação do microrganismo Detectar tendências de resistência Ex: P. aeruginosa resistente a imipenem, amicacina, gentamicina e tobramicina S. aureus resistente a oxacilina S. pneumoniae resistente a penicilina (LCR) UN IV E R S ID A D E F E D E R A L D E S Ã O P A ULO S P D M - H O S P IT A L S Ã O P A ULO E S C O LA P A ULIS T A D E M E D IC IN A MEDICINA LABORATORIAL - LABORATÓRIO CENTRAL Freezer no.____ SETOR: _______________________ TERMÔMETRO: _________________________________ MÊS: ____/ 200_ TEMP. (ºC) 29 28 27 26 25 24 FAIXA 23 DE 22 CONTROLE 21 20 19 18 17 16 15 DIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 NOME LEGÍVEL ORIENTAÇÃO: na coluna referente ao dia indique as 3 temperaturas utilizando a simbologia correspondente: Máxima (+), Mínima (-) e Atual (A). No caso de coincidir a temperatura atual com a máxima ou mínima indique os dois simbolos no mesmo campo. Se a temperatura atual estiver fora dos limites da faixa de controle anotar no verso na coluna de Observações a causa do problema e as providências tomadas. UN IV E R S ID A D E F E D E R A L D E S Ã O P A ULO S P D M - H O S P IT A L S Ã O P A ULO E S C O LA P A ULIS T A D E M E D IC IN A MEDICINA LABORATORIAL - LABORATÓRIO CENTRAL ANALITOS ENZIMAS Á 37 ºC ALDOLASE CREATININA URÉIA SÓDIO POTÁSSIO CLORETO GLICEMIA CÁLCIO FÓSFORO MAGNÉSIO ALBUMINA PROTEÍNA TOTAL BILI TOTAL BILI DIRETA TGO - AST TGP - ALT GAMA GT FOS. ALCALINA CK CK-MB LDH AMILASE LIPASE ÁCIDO ÚRICO COLESTEROL HDL - COL TRIGLICÉRIDES FERRO FOSF. ÁC. TOTAL FOSF. ÁC.N. PROSTÁTICA FOSF. ÁC. PROSTÁTICA MICROALBUMINÚRIA A1GA LITIO TRANSFERRINA LACTATO FÓSFORO URINÁRIO GLICOSE URINÁRIA ÁC. ÚRICO URINÁRIO URÉIA URINÁRIA CREATININA URINÁRIA AMILASE URINÁRIA PRECINORM "U" Lote: 153672 Exp.: FEV/04 8,7 1,12 33 148 2,9 100 77 7,4 3,1 2,0 2,9 4,9 0,74 0,46 30 29 34 75 126 124 278 58 267 3,4 96 23 98 88 17,7 6,9 9,3 11,4 1,28 38 158 3,2 109 85 8,4 3,4 2,3 3,3 5,3 0,92 0,61 36 35 39 92 144 137 316 71 325 4,0 106 26 110 99 23,4 9,9 13,5 14,1 1,44 43 168 3,5 118 93 9,4 3,7 2,6 3,7 5,7 1,10 0,76 43 42 44 108 162 150 354 83 384 4,6 116 29 122 110 29,1 12,9 17,7 PRECIPATH "U" Lote: 152239 Exp.:FEV/04 18,2 3,33 122 137 5,5 111 213 13,4 5,1 3,8 2,5 4,2 4,16 1,67 97 97 168 218 356 23,9 3,79 136 152 6,0 123 237 14,6 6,0 4,3 3,0 4,8 5,06 2,21 111 111 190 266 408 29,6 4,25 150 167 6,5 135 261 15,8 6,9 4,8 3,5 5,4 5,96 2,75 125 125 212 314 460 391 449 153 173 436 500 9,4 10,6 162 180 507 193 564 11,8 198 164 161 25,9 11,8 12,9 182 181 30,9 14,8 16,1 200 201 35,9 17,8 19,3 POOL "N" Lote: 002 Exp.: DEZ/03 1,56 49 133 3,9 102 112 7,8 3,5 1,9 3,7 5,5 0,63 0,20 29 22 86 174 110 10 325 82 4,7 167 34 132 43 1,80 2,04 54 59 140 147 4,1 4,3 107 112 122 132 8,6 9,4 3,8 4,1 2,1 2,3 3,9 4,1 6,1 6,7 0,69 0,75 0,28 0,36 34 39 27 32 93 100 190 206 122 134 13 16 365 405 86 90 5,2 176 38 140 53 5,7 185 42 148 63 121 131 141 1,11 1,26 1,41 10,9 13,3 15,7 3,1 3,4 3,7 73 85 97 3,4 4,0 4,6 33 38 43 1,04 1,28 1,52 58 71 83 2,30 383 22,3 5,1 213 9,4 122 3,33 153 2,63 2,96 435 487 27,1 31,9 6,0 6,9 237 261 10,6 11,8 136 150 3,79 4,25 173 193 3,4 108 4,5 43 1,52 75 3,8 120 5,0 53 1,82 83 4,2 132 5,5 63 2,12 91 POOL "P" Lote: 001 Exp.: JUNHO/03 3,40 99 139 4,2 103 98 7,6 4,1 2,0 3,0 5,0 1,81 1,19 65 14 117 259 129 08 330 85 166 6,2 160 26 178 60 3,74 108 146 4,5 110 108 8,4 4,6 2,2 3,2 5,6 2,05 1,34 72 19 129 288 142 11 380 90 188 6,6 168 30 191 66 4,08 117 153 4,8 117 118 9,2 5,1 2,4 3,4 6,2 2,29 1,49 79 24 141 317 155 14 430 95 210 7,0 176 34 204 72 93 108 123 165 180 195 4,0 92 6,0 92 3,18 75 4,8 107 6,8 102 3,88 85 5,6 122 7,6 112 4,58 95 UN IV E R S ID A D E F E D E R A L D E S Ã O P A ULO S P D M - H O S P IT A L S Ã O P A ULO E S C O LA P A ULIS T A D E M E D IC IN A MEDICINA LABORATORIAL - LABORATÓRIO CENTRAL ABL - 05 Nº.: 01 Nº. DE SÉRIE: 142R0051N06 MÊS:________________/200_. MANUTENÇÃO DIÁRIA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 VERIFICAR NÍVEL DAS SOLUÇÕES VERIFICAR NÍVEL DO LIXO VERIFICAR PAPEL VERIFICAR PRESSÃO DOS GAZES PROGRAMA DE "CLEANING" MEDIR CONTROLES MANUTENÇÃO SEMANAL PROGRAMA DE DESPROTEINIZAÇÃO NOME LEGÍVEL MANUTENÇÃO ESPECIAL - (SUBSTITUIÇÃO) ELETRODO DE REFERÊNCIA ELETRODO DE PH ELETRODO DE PCO2 ELETRODO DE PO2 MEMBRANA DE PH MEMBRANA DE PCO2 MEMBRANA DE PO2 NOME LEGÍVEL UN IV E R S ID A D E F E D E R A L D E S Ã O P A ULO S P D M - H O S P IT A L S Ã O P A ULO E S C O LA P A ULIS T A D E M E D IC IN A MEDICINA LABORATORIAL - LABORATÓRIO CENTRAL ESTUFA Nº ________ SETOR: _______________________ TERMÔMETRO: _________________________________ MÊS: ____/ 200_ TEMP. (ºC) 30 31 32 33 34 35 FAIXA 36 DE 37 CONTROLE 38 39 40 41 42 43 44 DIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 NOME LEGÍVEL ORIENTAÇÃO: na coluna referente ao dia indique as 3 temperaturas utilizando a simbologia correspondente: Máxima (+), Mínima (-) e Atual (A). No caso de coincidir a temperatura atual com a máxima ou mínima indique os dois simbolos no mesmo campo. Se a temperatura atual estiver fora dos limites da faixa de controle anotar no verso na coluna de Observações a causa do problema e as providências tomadas. MUITO OBRIGADA! Antonia Maria de Oliveira Machado [email protected]