AVALIAÇÃO DA PERDA DE MASSA DO MAMÃO FORMOSA (Carica Papaya L.) CONSERVADO POR UM BIOFILME COMESTÍVEL ASSESSMENT OF LOSS IN MASS OF PAPAYA CARICA (Carica Papaya L.) SAVED BY A BIOFILM EDIBLE Ezequiel Ferreira de Amorim1, Alex Pereira Ferreira1, Rogério dos Santos Silva1, Lucas Caixeta Gontijo2 1 Aluno de Graduação em Tecnologia em Alimentos – Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí. 2 Professor Mestre - Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí. Palavras-Chaves: Perda de Massa, Biofilme Comestível e Embalagens. Introdução O mamão é classificado como fruto climatério, cujas características são de aumento da taxa respiratória, produção autocatalítica de etileno e alterações organolépticas substanciais durante o seu amadurecimento, tais como cor, sabor, amaciamento e produção de compostos voláteis aromáticos (CEREDA, BERTOLINI, EVANGELISTA, 1992). Sendo um produto perecível, a exemplo das frutas tropicais, tem sua vida útil reduzida quando comparado aos duráveis como grãos e cereais. Essas características geram desvantagens quanto ao seu manuseio após a colheita, resultando em perdas decorrentes da falta de comercialização ou de consumo do produto em tempo hábil (CHITARRA, CHITARRA, 2005). Com o intuito de aumentar a vida útil de produtos perecíveis o presente estudo visa avaliar a perda de massa do mamão formosa (Carica Papaya L.) conservado por biofilme comestível (quitosana) e embalado em embalagens PET (Polietileno Tereftalato) e PS com PVC (Poliestireno Expandido (isopor) com Policloreto de Vinila esticável) e avaliar a influência do biofilme revestido no mamão. Matérias e Métodos Os frutos foram adquiridos no comércio local (Urutaí-GO) e posteriormente lavados em solução clorada (hipoclorito de sódio) a 1ppm. Após serem descascados e processados em cubos uniformes, os frutos foram submetidos outra vez, em uma solução clorada 1 ppm durante três minutos e foi deixado secar. Após a secagem, foram separados em dois grupos: um imerso apenas na solução clorada (grupo 1) e o outro imerso também em uma solução de quitosana (grupo 2). A solução de quitosana foi preparada dissolvendo 2g de quitosana em água destilada, contendo 1% de ácido acético. Está solução foi submetida por um período de agitação de aproximadamente 2 horas. Sendo o grupo 2 imersos na solução de quitosana durante 15 minutos. Em seguida retirados e deixados secar por 3 minutos em uma peneira, para a retirada do excesso. Os grupos, foram embalados em 2 embalagens diferentes, sendo uma de poliestireno expandido (PS - isopor), revestido com filme de policloreto de vinila (PVC) esticável e a outra de polipropileno (PET). Todo o processo de manipulação foi realizado em uma câmara fria, com temperatura controlada em torno de 10 a 12°C. Para a pesagem das amostras, utilizou-se uma balança digital para avaliar a perda de massa nos diferentes tipos de embalagens, com e sem quitosana. A cada 2 dias, sob refrigeração a temperatura variando de 5 a 10ºC, as amostras foram pesadas. Por um período de 10 dias consecutivos. As médias de perda de massa nos tratamentos foram submetidas à análise de variância e teste de Tukey ao nível 5% de significância (SILVA e AZEREDO, 2006). Resultados e Discussão Pode se observar que a perda de massa nas embalagens PET e PS com PVC, com e sem quitosana, não há diferença entre si. Os resultados obtidos estão apresentados na tabela 1, enquanto a tabela 2 apresenta as médias e o tratamento estatístico. Tabela 1 – Variação da perda de massa nas embalagens. Embalagem PET com Quitosana Embalagem PS com PVC com Quitosana Teste Massa(g) Variação de Massa Massa(g) Variação de Massa 1º 0,310 0,000 0,265 0,000 2º 0,305 0,005 0,260 0,005 3º 0,303 0,007 0,258 0,007 4º 0,301 0,009 0,256 0,009 5º 0,300 0,010 0,254 0,011 Teste 1º 2º 3º 4º 5º Embalagem PET sem Quitosana Massa(g) Variação de Massa 0,295 0,000 0,290 0,005 0,289 0,006 0,288 0,007 0,286 0,009 Embalagem PS com PVC sem Quitosana Massa(g) Variação de Massa 0,265 0,000 0,260 0,005 0,256 0,009 0,254 0,011 0,253 0,012 Tabela 2 – Média de perda de massa e tratamento estatístico ao nível de 5% de significância. Tratamento Médias 1 PET com Quitosana 0,0078 a 2 PS com PVC com Quitosana 0,0080 a 3 PET sem Quitosana 0,0068 a 4 PS com PVC sem Quitosana 0,0093 a * Médias, seguidas da mesma letra minúsculas não diferem estatisticamente entre si. Conclusão As embalagens conservadas com quitosana não impediram a perda de massa na concentração estudada, 2 g/L. Em relação aos diferentes tipos de embalagens (PET e PS com PVC), também não houve diferença significativa de perda de massa entre as embalagens. O filme de quitosana melhorou a aparência das amostras, tornando-as mais atraentes e brilhosas, sendo este um ponto de interesse para o consumidor. Referências Bibliográficas CEREDA, M. P. BERTOLINI, A. C. EVANGELISTA, R. M. Uso de amido em substituição às ceras na elaboração de ‘películas’ na conservação pós-colheita de frutas e hortaliças: estabelecimento de curvas de secagem. In: Anais do Congresso Brasileiro de Mandioca. Recife, 1992. CHITARRA, M. I. F. CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2ª Ed. Lavras: UFLA, 2005. SILVA, F. de A. S. e. & AZEREDO, C. A. V. de. Versão do programa computacional Assistat para o sistema operacional Windows versão 2008. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v. 4, nº. 1, 2006. Autor a ser contactado: Ezequiel Ferreira de Amorim, Aluno de Graduação no curso de Tecnologia em Alimentos - Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí – e-mail: [email protected]