INSTITUTO HOMEOPÁTICO JACQUELINE PEKER CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA VETERINÁRIA REVISÃO DE LITERATURA: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ACUPUNTURA VETERINÁRIA PEDRO HENRIQUE PAES SCOTT E SILVA BELO HORIZONTE 2011 REVISÃO DE LITERATURA: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ACUPUNTURA VETERINÁRIA PEDRO HENRIQUE PAES SCOTT E SILVA BELO HORIZONTE 2011 Monografia apresentada ao Instituto Homeopático Jacqueline Peker, como parte integrante do Curso de Especialização em Acupuntura Veterinária. Orientador: Professor Leonardo Rocha Vianna D edi c o es s a monogr a f ia a os meus pa is : Ja cir e R osâ ngela . “Jamais creia que os animais sofrem menos do que os humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar a si mesmos.” (Dr. Loui s J. Ca muti 18 94-1981) Resumo: A a cu pu ntur a vet er i ná r ia é u ma t écnica milenar chinesa, e, ult i ma ment e t e m s i do ut i li za da e es t u da da por pr of is s i ona is oc i dent a is , c o m o f o r ma c o m p l e m e n t a r n a a p l i c a ç ã o d a M e d i c i n a V e t e r i n á r i a . C o m o a u m e n t o do i nt er es s e dos pr opr i et á r i os e dos mei os de c omu ni ca çã o, os m édi c os vet er i ná r i os estã o a cupu ntur ista s. r ec or r endo N es s a revisão c onsta nt ement e de lit eratura, ao os auxílio M édicos dos colegas Vet er i ná r i os , e n c o n t r a r ã o i n f o r ma ç õ e s a r e s p e i t o d o f u n c i o n a m e n t o b á s i c o d a a c u p u n t u r a , a l gu ns de s eu s fu nda me nt os c i ent í fi c os , os pr i nc íp i os da a cup u nt ur a d e a c o r d o c o m a M e d i c i n a T r a d i c i o n a l C h i n e s a e t a mb é m c i t a ç õ e s d o s c a s o s ma i s c o m u n s a s e r e m i n d i c a d o s p a r a e s s e t i p o d e t r a t a m e n t o . Pa la vr a s c ha ve: Acu pu ntur a , fu nda me nt os me di c i na vet er i ná r ia , medi c i na t r a dic i ona l c hi nes a . c ient íf ic os, pr inc íp ios, Sumário INTRODUÇÃO: ............................................................................................................................................ 1 JUSTIFICATIVA: .......................................................................................................................................... 2 OBJETIVOS:.................................................................................................................................................. 2 CONCEITO:................................................................................................................................................... 2 O QUE SIGNIFICA ACUPUNTURA:........................................................................................................... 5 DIAGNÓSTICO: ............................................................................................................................................ 7 BASES CIENTÍFICAS:................................................................................................................................ 11 TEORIAS BÁSICAS DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA: ......................................................... 15 A TEORIA DO YIN-YANG ............................................................................................................................. 15 A TEORIA DOS CINCO MOVIMENTOS:............................................................................................................ 16 A TEORIA DO ZANG-FU:.............................................................................................................................. 18 A TEORIA DOS CANAIS COLATERAIS (JING-LUO):.......................................................................................... 19 QUANDO INDICAR A ACUPUNTURA:.................................................................................................... 20 CONTRA INDICAÇÕES DA ACUPUNTURA NA MEDICINA VETERINÁRIA:................................... 20 RESULTADOS ESPERADOS: .................................................................................................................... 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS:....................................................................................................................... 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ........................................................................................................ 22 1 I nt r o d u ç ã o : A M edic ina Vet er i ná r ia T r a dic iona l Chinesa (M VT C ) tem sido u t i l i z a d a n o t r a t a m e n t o d e a n i ma i s n a C h i n a p o r m i l h a r e s d e a n o s ( X I E , H . & P R E A S T , V . 2 0 0 7 ) . E s s e s i s t e ma t e v e i n í c i o e m é p o c a s p r é - h i s t ó r i c a s e f o i b a s e a d o n a t e n t a t i v a e e r r o c o m o f o r ma d e e n t e n d e r a s d o e n ç a s d o s a n i ma i s domést icos. At é os dias de hoje, c a da geraçã o tem a dic iona do os c onhec i m ent os e des c ob er t a s de s eu s a nt epa s s a dos . C om a i nc or p or a çã o de n o v a s i n f o r ma ç õ e s a o l o n g o d o t e m p o , a M V T C c o n t i n u a e m u m p r o c e s s o d e m u d a n ç a e c r e s c i m e n t o , s e ma n t e n d o a t u a l , a d a p t á v e l e e f e t i v a p o r t o d o e s s e t emp o. As or i gens da a cupu nt ur a p er de m-s e na pr é- his t ór ia c hi nes a , de fa t o, a gu lha s de p edr a e de esp inha de p eix e f or a m ut iliza da s na China dur a nt e a i da de da p edr a (c er ca de 3 000 a nos a . C . ), e t ê m s ua s r a íz es na mit ol ogia d o p e n s a m e n t o T a o í s t a e d a C h i n a a n t i g a . O t e x t o ma i s a n t i g o é o C l á s s i c o d e M edic ina I nt er na do I mp er a dor A ma r e l o (Hua ng Ti Nei C hing), t ext o c lá ssic o e fu nda menta l da M edic ina T ra dic iona l C hinesa , qu e des cr ev e a s pect os a na t ômi c os , f is i ol ógi c os , dia gnós t i c os e t er a p êut ic os da s mol és t ia s à l u z d a m e d i c i n a o c i d e n t a l , e q u e p r o v a v e l m e n t e f o i a mp l i a d o , a o l o n g o d e vá r i os s éc u l os , a t é s ua ver s ã o def i nit i va p or volt a do s écu l o I a . C . El e a b r a n g e u t o d a s a s f o r ma s d e m e d i c i n a , i n c l u i n d o a m o x a b u s t ã o , a a c u p u n t u r a e as er va s . Na s egu nda d e s c r i ç ã o s i s t e má t i c a n o livr o O Clá ss ic o da Acupu ntur a (Z hen J iu J ia J ing), p or volt a de 259 d.C., f or a m esta b elec idos os nom es e a s s up os t a s fu nç ões de t odos os p ont os (M A, 1992 ). O s a n t i g o s m é d i c o s c h i n e s e s d e s e n v o l v e r a m, i n i c i a l m e n t e , o s i s t e m a da a cupu nt ur a dent r o da es t r ut ur a fi l os óf ica e cu lt ur a l do T a oís mo, u m s i s t e ma q u e s i g n i f i c a s u b m e t e r - s e a o s i m p u l s o s e s p o n t â n e o s d a n a t u r e z a e s s e n c i a l m e n t e p r ó p r i a d e u ma p e s s o a e a l c a n ç a r a u n i d a d e c o m o T a o ( d i r e ç ã o ) , o p a d r ã o - b a s e d o u n i v e r s o , u ma f o r ç a a b s t r a t a r e s p o n s á v e l p e l a c r i a ç ã o , i n t e r l i g a ç ã o , mu d a n ç a e d e s e n v o l v i m e n t o e m t o d a s a s c o i s a s . E s s a fi l os of ia de “ ir com o f lu x o” é mu it o t ent a dor a pa r a a s pes s oa s qu e s e s ent em pr esa s no a mb ient e de gr a nde pr essã o do Oc ident e, o qu e e m pa r t e 2 exp l ica o cr es c i m ent o da p opu la r i da de d e t er a p ia s c omo a a c upu nt ur a , qu e s ã o c ons i der a da s c omo de “ volt a à na t ur eza ” (ER NS T , 2001). J us t i f i c a t i v a : A M edi c i na Vet er i ná r ia , a s s i m c omo a s dema is pr of i s s ões , es t á e m c onsta nt e mu da nça . Na bus ca do a p er f ei ç oa ment o t a nt o do dia gnóst ic o qua nt o da s moda l i da des t er a p êut i ca s , a M edic i na Vet er i ná r ia T r a dic i ona l C hi nes a (M VT C ) t em s i do ut i l i za da e es t uda da p or pr of is s i ona is oc i dent a is , c o m o f o r ma c o m p l e m e n t a r n a a p l i c a ç ã o d a M e d i c i n a V e t e r i n á r i a o c i d e n t a l . O i nt er es s e dos mei os de c omu ni ca çã o a s s i m c omo o i nt er es s e dos pr opr i et á r i os t em l e va do os médi c os vet er i ná r i os a bus ca r em a a ju da dos c ol ega s a cupu nt ur is t a s . Os r es u lt a dos f a vor á vei s obt i dos c ont r ibu e m pa r a es t i mu la r a cur i os i da de s obr e es s a t éc n i ca mi l ena r c hi nes a . Os a r t i gos e livr os sobre publicações s eminá r ios a cup u ntur a da pr of issã o, t êm a b er t o vet er i ná r ia assim espaço já como são as a c eit os pela c onf er ênc ia s , imp or ta nt e pa r a a ma i o r i a c ongr ess os dis cussã o e tr oca da s e de i n f o r ma ç õ e s s o b r e a c u p u n t u r a . Objetiv os: E s s a r e v i s ã o d e l i t e r a t u r a t e m c o m o o b j e t i v o i n f o r ma r a o s d e ma i s M édicos Vet er i ná r i os , nã o a cup u ntur is ta s, a r es p eit o do fu nc iona ment o bá s ic o da a cu pu nt ur a , a l gu ns de s eus fu nda ment os c i ent íf i c os , os pr i nc íp i os d a a c u p u n t u r a d e a c o r d o c o m a M e d i c i n a T r a d i c i o n a l C h i n e s a e t a mb é m c i t a r os ca s os ma is c omu ns a s er em i ndi ca dos pa r a es s e t ip o de t r a t a ment o. Conceito: A c u p u n t u r a é u m d o s m é t o d o s ma i s a n t i g o s d e t e r a p i a C h i n e s a . O t er mo acu pun ct ur e vem do La t i m, a cus qu e s i gni f i ca “ a gu l ha ” e pung er e qu e 3 s i gni f ica p er fur a r . Es s e mét odo i mp l ic a em fur a r / a t ra ves s a r a p el e c o m a g u l h a s e s p e c í f i c a s e m l o c a i s d e t e r m i n a d o s d o c o r p o , c h a ma d o s p o n t o s d e acupunt ura, c om a f i na l i da de de pr evenir ou t r a t a r doença s ( ALT M AN, 1 9 9 8 ) . O s p o n t o s d e a c u p u n t u r a s ã o c h a ma d o s d e s h u - x u e e m C h i n ê s . S h u s i gni f ica t r a ns p or t a r , dis t r ibu ir ou c omu ni ca r -s e; xu e s e r ef er e a u m bur a c o ou depr es s ã o. P or t a nt o, a cup ont os s ã o os l oca i s es p ec ia is onde a ener gia dos c a n a i s d e a c u p u n t u r a s e ma n i f e s t a n a p e l e e s e c o m u n i c a c o m o r e s t a n t e d o c or p o. D e a c or do c o m S c ogna mi l l o-S za b ó & B ec ha r a , 2010, a es t i mu la çã o desses p ont os p or mét odos mod er nos inclu i, a cupr essã o, a gu lha me nt o, v a r i a ç ã o d e t e m p e r a t u r a , e l e t r o a c u p u n t u r a , i mp l a n t a ç ã o , u l t r a s s o m, l a s e r , i n d u ç ã o ma g n é t i c a , i n j e ç õ e s e s a n g r i a . A c u p r e s s ã o é p r o v a v e l m e n t e u ma d a s p r i m e i r a s f o r ma s d e t e r a p i a d e p o n t o s . É a ma s s a g e m d o p o n t o c o m a p l i c a ç ã o d a p r e s s ã o d i g i t a l o u d e ma s s a g e a d o r e s d e m a d e i r a , c o m o n o S h i a t s u , D o - I n , J u n S h i n , D o J i t s u e T s ubo. P ode s er des cr it a c omo u ma p r es s ã o c om os dedos , a pl i ca da à s up er f í c i e do c or p o em u ma á r ea ger a l ou em l oca is ou p ont os es p ec í f ic os . A q u i s e i n c l u i t a mb é m a p r e s s ã o n e g a t i v a , c o m o a a p l i c a ç ã o d e v e n t o s a s . E m a n i ma i s , o u s o d e v e n t o s a s é d i f i c u l t a d o p e l a p r e s e n ç a d e p ê l o s . A g u l h a m e n t o : E x i s t e u m a g r a n d e v a r i e d a d e n o t a ma n h o d a s a g u l h a s , b e m c o m o n o p r o c e d i m e n t o d e i n s e r ç ã o e d e ma n i p u l a ç ã o d e s s a s . O m a t e r i a l ma i s u t i l i z a d o é o a ç o i n o x i d á v e l . N o r m a l m e n t e o a g u l h a m e n t o a t r a v e s s a a d e r m e a t i n g i n d o o t e c i d o s u b c u t â n e o , p o d e n d o a l c a n ç a r mú s c u l o s o u o s s o s . Agu lha s i nt r a dér mi ca s são ut iliza da s pr inc ipa lment e em p ont os de a cupu nt ur a no pa vi l hã o a ur i cu la r . Ap ós s ua col oca çã o, es t a s a gu l ha s s ã o fi xa da s c om es pa r a dr a po e r et i da s por u m p er í odo qu e p ode va r ia r de u m dia a u ma s e m a n a . T a l t é c n i c a é p o u c o e x e c u t a d a e m a n i m a i s . O u s o d e a g u l h a s hip odér mica s e m su bst itu içã o à s a gu lha s de a c upu ntur a é a dota do c o m suc ess o em eqü inos e b ovinos. Va r ia çã o de t e mp er a t ur a : Os c hi nes es des c obr ir a m qu e o a qu ec i ment o do c or p o c om a r eia ou p edr a qu ent e em c er t os l oca is , a l i via va a s dor es 4 a b d o m i n a i s e a r t i c u l a r e s . E s s a f o i a o r i g e m d a m o x a . A t é c n i c a ma i s pr a t ica da é a moxa bus t ã o i ndir et a , c om a qu ec i m ent o do p ont o c o m ba s t ões i nca ndes c ent es de Ar t e mí s i a s i ne ns i s . P a r a a moxa bus t ã o dir et a , a “ lã ” da er va é c ol oca da s obr e o p ont o e a c es a , deixa ndo-a qu ei ma r em dir eçã o à p e l e . O u t r a f o r ma é o u s o d e l u z i n f r a v e r m e l h a o u u l t r a v i o l e t a . A a p l i c a ç ã o de fr i o é t a mb ém u m mei o ef et i vo pa r a pr omoçã o da a na l ges ia , nes s es ca s os o s ma t e r i a i s m a i s u t i l i z a d o s s ã o g e l o o u v a p o r i z a ç ã o t ó p i c a d e f l u o r i m e t a n o , c l or et o de et i la , flu or et i l ou di c l or ot et r a f lu or et a no. El et r oa cupu nt ur a : C ons is t e na pa s s a gem de c or r ent e el ét r i ca a t r a vés da a g u l h a . A e s c o l h a d o f o r ma t o d a o n d a , f r e q ü ê n c i a e i n t e n s i d a d e d a d e s c a r g a vã o def i nir o t ip o de ef ei t o qu e s er á a t i ngi do. É, pr ova vel m ent e, dep oi s do a g u l h a m e n t o s i m p l e s , a t é c n i c a ma i s d i s s e m i n a d a e m e l h o r e s t u d a d a d e a cupu ntur a . I mp la nt e: T r a ta -se de u m pr oc edi me nt o c ir úr gic o-a mbu la t or ia l qu e o b j e t i v a a t i n g i r u ma e s t i m u l a ç ã o p r o l o n g a d a o u m e s m o p e r m a n e n t e d o s pont os. Essa t éc ni ca é ut iliza da com a aplicaçã o de fra gment os e s p e c i a l m e n t e p r e p a r a d o s e c o n f e c c i o n a d o s d e d i v e r s o s ma t e r i a i s . E s s e s podem s er ca t egut e, aço inox idá vel, pla t ina e our o. O imp la nt e de fr a gment os de our o pa r a o tr a ta ment o de dis p la sia c ox of e mur a l em cã es é pr á t ica c omu m ent r e a cup u nt ur is t a s vet er i ná r i os e t es t es c l í ni c os mos t r a m r es u lt a dos p os it i vos e dur a dour os . É i m por t a nt e qu e es s a t éc ni ca nã o s eja c onf u ndi da c om i mp la nt e de a gu l ha s p er ma nent es , u m pr oc edi m ent o qu e r emet e a vá r ia s c omp lica ç ões. U l t r a s s o m, La s er , I ndu çã o Magnética: São t oda s t écnicas nã o i nva s i va s , r á pi da s e i ndol or es . N ec es s it a m de a pa r el ha gem es p ec íf i ca e s ã o mu it o ut iliza dos em pacientes com baixa t ol er â nc ia ao a gu lha ment o (LI GNO N et a l. , 2002). I n j e ç ã o : S e g u n d o a t e o r i a d a M T C , é c a p a z d e ma n t e r o e s t í m u l o p o r p er í odo pr ol onga do, a l ém de p ot enc ia l i z a r o ef eit o da s ubs t â nc ia ut i l i za da . Aqua pu ntur a , oz ôniopu ntur a , fit op u ntur a , homeop u ntur a e he mopu ntur a sã o a s f o r ma s m a i s c o m u n s . A f a r ma c o p u n t u r a o u i n j e ç ã o d e f á r ma c o s n o s p o n t o s 5 t e m s i d o u s a d a c o m s u c e s s o e m a n i m a i s . A u t o r e s c h i n e s e s a f i r ma m q u e , e m mu ita s s itua ç ões, o us o de sub dos es pr oduz u m ef eit o longo e s imila r à dos e c onvenc i ona l, c om a va nt a gem de ca us a r menos ef ei t os c ola t er a is ( NIE et a l. , 2001; W ANG et a l. , 2007). S eu us o em M edi c i na Vet er i ná r ia c ont r ib u i c om a r eduçã o do us o indis cr imina do de me dica ment os, dimi nu indo os e f e i t o s c o l a t e r a i s , o s r e s í d u o s n o s a n i ma i s d e c o n s u m o e o c u s t o d o s t r a t a ment os ( AL VAR ENG A et a l. , 1998; W YN N et a l. , 2001; B OT T EC C HIA et a l. , 2006a ; BOT T EC C HI A et a l. , 2006b ; LUN A et a l. , 2008). S a n g r i a : P e r ma n e c e c o m o u m r e c u r s o b a s t a n t e u t i l i z a d o e m M e d i c i n a Vet er i ná r ia , principalment e em qua dr os a gu dos dolor os os ou febris. O v o l u m e d e s a n g u e r e t i r a d o e s t á l i g a d o a o p o r t e d o a n i ma l e é v a r i á v e l . O que significa Acupuntura: D e a c or do c om T om S inta n W en, 1985, Acupu ntur a Clá ss ica Chinesa , a a cupu nt ur a nã o es t á volt a da dir et a ment e pa r a os a gent es a gr es s or es ext er nos e, p or is s o, s eu t r a t a ment o nã o vis a a p ena s a tr a ta r o l oca l c ompr om et i do no c o r p o , ma s a g e s o b r e t o d o o s i s t e ma n e r v o s o , e s t i m u l a n d o o m e c a n i s m o d e c o m p e n s a ç ã o e e q u i l í b r i o e m t o d o o c o r p o , d e s t a f o r ma s a n a n d o o p r o c e s s o d e d o e n ç a . U m b o m e x e m p l o s ã o a s d o e n ç a s q u e s e o r i g i n a m a p a r t i r d a má a bs or çã o de vit a mi na s e nes s es ca s os de def ic i ênc ia , p ode- s e obt er b ons r es u lt a dos a t r a vés da Acupu nt ur a , dis p e ns a ndo-s e o us o da s vit a mi na s . O mes mo oc or r e c om outr a s doença s endócr ina s, oca s iã o e m qu e s e c ons egu e m mu it os b ons r es u lt a dos c om a Acupu nt ur a s em o us o de hor môni os ex ógenos . P es qu is a s r ec ent es visa m a ent end er o meca nis mo de açã o da Acupuntura: 1. A Ac upu nt ur a a lt er a a c ir c u la çã o s a ng üí nea . A pa r t ir da es t i mu la çã o de c er t os p ont os, pode-se a lt er a r a dinâ mica da cir cu laçã o regiona l pr ovenient e de micr odila ta ç ões. Outr os pont os pr omov em o r ela xa ment o m u s c u l a r , s a n a n d o o e s p a s m o , d i m i n u i n d o a i n f l a ma ç ã o e a d o r . 6 2. O es t í mu l o de c er t os p ont os pr omove a l ib er a çã o de hor môni os , c omo o c or t is ol e a s endor f ina s, pr omo ve ndo a a na lges ia . 3. A Acup u nt ur a a ju da a a ument a r a r es is t ênc ia do pa c i ent e. Qua ndo há a gr es s ã o ext er na , a lgu ns s ist emas or gâ nic os sã o pr eju dica dos. Há u ma r egu la çã o i nt er na pa r a of er ec er r es is t ênc i a à doença . A Acupu nt ur a exa c er ba es t es meca ni s mos pa r a qu e e m m enos t emp o o equ i l íbr i o e a s a ú de s ej a m r es t a b el ec i dos . Mu itas p es qu isa s r evelam s er p os sível o es t í mu l o do hip ot á la mo, da hip ófi s e e de out r a s glâ ndula s qu e a t ua m na r ecu p er a çã o. 4. A Acupu nt ur a r egu la e nor ma l iza a s fu nç ões or gâ nica s . As di ver s a s fu nç ões no hom e m e a ni ma is s ã o i nt er -r ela c i ona da s . S e há a l gu m dis t úr b i o a l t e r a n d o e s s e i n t e r - r e l a c i o n a m e n t o , o c o r r e a ma n i f e s t a ç ã o d e s i n t o ma s e a doença se es t a b el ec e. O est ímu lo p ela Ac upu nt ur a pode equ ilibrar e r es t a b el ec er os r ela c i ona ment os a nt er i or es e a pr es s a r a r ecup er a çã o. 5. A Acu pu nt ur a pr omov e o met a b ol is mo. O met a b ol is mo é f u nda ment a l n a ma n u t e n ç ã o d a v i d a . E m c e r t a s c o n d i ç õ e s d e d o e n ç a , h á a l t e r a ç ã o d o met a b ol is mo dos di ver s os ór gã os , c om c ons eqü ent e pr os t r a çã o e def i c i ênc ia do or ga nis m o. A Acupu nt ur a p er mi t e a r ecup er a çã o des s e met a b ol is mo, imp or ta nt e no pr oc ess o de cur a . O pr i nc íp i o t er a p êut ic o c ons is t e na es c ol ha de u m m ét odo ef i ca z, s i mp l es , qu e s eja ca pa z de r es t a ur a r a s a úde do pa c i ent e. A es c ol ha da moda l i da de t er a p êut i ca dep ender á da pa t ol ogia e m s i e da s c ondi ç ões a pr es ent a da s p el o pa c i en t e. Exis t e m mu it os a cupu nt ur is t a s leigos, qu e, p or des c onhec er e m os mét odos t er a p êut i c os da medic ina mod er na , ou p or s er em da op i niã o qu e a Acupu nt ur a é ca pa z de t r a t a r t odos os t ip os de doença s , pr ej u dica m o pa c i ent e, pr i va ndo- o de r ec eb er u m tr a ta ment o ma is a dequa do e esp ec íf ic o. P a r a q u e s e p o s s a t r a t a r u ma d o e n ç a , é p r e c i s o s a b e r c h e g a r a o s e u dia gnós t i c o. O es qu ema t er a p êut ic o de ve ent ã o s er a r qu it et a do p or u m pr of is s i ona l m édi c o vet er i ná r i o c omp et e nt e, qu e l oca l i za r á o c ont r ol e e os 7 cu ida dos dur a nt e o p er íodo do tr a ta ment o. P or ex emp lo, no ca s o de doença s d o l o r o s a s , o t r a t a m e n t o i m p l i c a n ã o s ó o c o n t r o l e d a d o r e m s i , ma s t a m b é m a busca e a cura de sua causa. A Acup u nt ur a é u ma a r t e t er a p êut i ca qu e deve es t a r ent r e a s pr i m eir a s i ndi ca ç ões na t er a pêut ica de mu it a s pa t ol ogia s e deve s er ex er c i da p or mé di c os vet er i ná r i os es p ec ia l iza dos ou p es s oa l es p ec ia l ment e t r ei na do. Diagnóstico: O dia gnóst ic o r ela c iona do ao na Pa dr ã o MTC, de s egu ndo I dent if ica ç ã o, Maciocia, p ois es t á f or nec e as dir et a me nt e f er r a ment a s nec es s á r ia s pa r a o dia gnós t ic o. O dia gnós t i c o c hi nês é ba s ea do no pr i nc íp i o qu e os s i na is e s i nt oma s a pr es ent a dos r ef l et em a s c ondi ç ões dos S is t ema s I n t e r n o s . D e s s a ma n e i r a , é n e c e s s á r i o o b s e r v a r o s s i n a i s e x t e r n o s p a r a i d e n t i f i c a r a c a u s a d e u ma d e s a r m o n i a n o s i s t e m a i n t e r n o . D e a c or do c om a ba s e do dia gnóst ic o c hinês, pr a tica ment e tu do ( p ele, os s os , emoç õ es , odor es , mer i dia nos , es t a do me nt a l, l í ngua , puls os , há bit os , f l u i d o s c o r p ó r e o s , e t c . ) r e f l e t e m n o e s t a d o d o s S i s t e ma s I n t e r n o s e p o d e m s er ut i l i za dos no dia gnós t ic o. Out r a pa r t e fu nda ment a l do dia gnós t ic o c hi nês é a qu e r ef l et e o t odo, o u s e j a , a t r a v é s d e u ma p a r t e d o c o r p o p o d e m o s r e t i r a r mu i t a i n f o r ma ç ã o d e todo o or ga nis mo, s endo ex emp lo diss o, o dia gnóst ic o a tr a vés da língua , do puls o e da fa c e. N o ent a nt o t odos es t es s i na is e s i nt oma s deve m s er vis t os dentr o de u m pa dr ã o signif ica tivo de desa r monia . O q u e p a r a u m a n i ma l p o d e s e r u m a d e s a r m o n i a , p a r a o u t r o s e r á o s e u e s t a d o n o r ma l . P o r i s s o a o a n a l i s a r t o d o s o s s i n a i s e s i n t o m a s , e s t e s d e v e m s e r v i s t o s i n d i v i d u a l m e n t e e t a m b é m d a f o r ma c o m o s e r e l a c i o n a m c o m t o d o s os outr os, pa r a qu e o dia gnóst ic o f ina l s e ja o ma is c onf iá vel p oss ível. 8 D e a c or do c om Ma c ioc ia , G. (1996), Os Funda ment os da M edic ina T ra di c i ona l C hi nes a , o dia gnós t i c o c hi nês i nc lu i qua t r o mét odos des cr it os tr a dic iona lment e c omo: 1. Apa r ênc ia (Obs er va çã o) 2. Au diçã o (e Olfat o) 3. Ana mn es e 4. Sensa çã o ( ou Pa lpa çã o) A o b s e r v a ç ã o é u ma g r a n d e f e r r a m e n t a n o d i a g n ó s t i c o c h i n ê s , p o i s a tr a vés desta podemos obt er mu itas i n f o r ma ç õ e s . De a c or do com ess e d i a g n ó s t i c o p o d e - s e o b s e r v a r mu i t o s e l e m e n t o s , d e n t r e e l e s , o E s p í r i t o . O “Espírit o” neste c ont ext o tem vá r ios s ignif ica dos, tal como a v i t a l i d a d e d o a n i m a l , s e u e s t a d o m e n t a l , e m o c i o n a l e e s p i r i t u a l . S e o a n i ma l a pr es ent a “ Es pír it o”, ent ã o t em u ma c om pl ei çã o s a u dá vel, mús cu l os f ir mes , fa c e c or a da e ol hos br i l ha nt es , a ment e e s t á nít i da e a r es p ir a çã o é b oa . P el o c o n t r á r i o , s e n ã o a p r e s e n t a “ E s p í r i t o ” , o s mú s c u l o s f i c a m f l á c i d o s , o s o l h o s p er de m o br i l ho, a ment e p er de a lu c i dez e a r es p ir a çã o a pr es ent a s ib i l os . Um s egu ndo a s p ect o qu e p ode s er obs er vá vel é o “ or ga nis mo”. Es t e aspecto deve s er vist o segundo t r ês p er s p ect i va s . Qua nt o ao t ip o de c onst itu içã o f ís ica , qua nt o à s mu da nça s lenta s na a pa r ênc ia , e qua nt o à s mu da nça s r á pida s. O dia gnóst ic o a t r a vés da Au di çã o i nc lu i ou vir o s om e t om de voz, t os s e, r es p ir a çã o, vômi t o, s olu ç o, b or bor i gmos , gemi do e qua l qu er s o m emit ido pelo a n i ma l . N o geral um som a lt o indica um pa dr ã o C heio, enqua nt o u m s om fr a c o denot a u m pa dr ã o de Va z i o. O d i a g n ó s t i c o a t r a v é s d a A n a m n e s e é u ma d a s p a r t e s f u n d a m e n t a i s para o dia gnóst ic o chinês. T ent a -s e, a t r a vés de u ma conversa com o 9 p r o p r i e t á r i o , o b t e r i n f o r ma ç õ e s q u e n o s p e r m i t a m i d e n t i f i c a r u m p a d r ã o , des c obr i ndo c omo s ur giu a des a r monia , qua is os há b it o de vi da do pa c i ent e, os s i nt oma s qu e el e i dent i f ica e mu it a s vez es des c obr ir a a us ênc ia de d e t e r m i n a d o s s i n a i s o u s i n t o ma s , ma s q u e s ã o i g u a l m e n t e i m p o r t a n t e s p a r a a def iniçã o do pa dr ã o de desa r monia . Ass im o ob jet ivo pr inc ipa l da Ana mn es e é i dent i f ica r ob j et i va ment e o pa dr ã o pr edomi na nt e. O dia gnós t i c o a t r a vés da pa lpa çã o é ba s t a nt e c omp l ex o, a pr es ent a ndo mu ita s r a mif ica ç ões. D entr e a s r a mif ica ç ões t em- s e o dia gnóst ic o do pu ls o, q u e é m u i t o i m p o r t a n t e p o r d u a s r a z õ e s . E l e f o r n e c e i n f o r ma ç õ e s d e t a l h a d a s s o b r e o e s t a d o d o s S i s t e ma s I n t e r n o s e r e f l e t e o e s t a d o g e r a l d o Q i e d o S a ngu e. O pr i nc i pa l obs t á cu l o no dia gnós t i c o a t r a vés do pu ls o c ons i s t e n o fa t o de s er ext r ema ment e s ub j et i vo, a l é m de s er mu it o di f íc i l de a pr ender . P a ra a a ná l is e do pu ls o di vi de- s e es t e em t r ês á r ea s , ca da u ma c o m t r ês ní vei s de pr ofu ndi da de: s up er f ic ia l, méd i o e pr ofu ndo. A ca da p os i çã o, e m ca da u m dos pu ls os , va i c or r es p onder a um s is t ema do c or p o (u m Za ng-F u). F eit o o dia gnós t ic o, os p ont os es c ol hi dos , a pr ofu ndi da de da i ns er çã o da a gu l ha , a t éc nica de es t i mu la çã o a p l i ca da na s a gu l ha s , a s s i m c omo a dur a çã o de ca da s eçã o e o t e mp o de t r a ta ment o va r ia de a c or do c o m a s c ondi ç ões qu e s er ã o t r a t a da s (ALT M AN, 1992). A t eor ia c lá ss ica da a cupu ntur a r ec onhe c e 365 a cu p ont os no ca minho dos m er i dia nos ener gét i c os . São 14 ( qua t or z e) ca na is ou m er i dia nos r egu la r es ( XIE, H. & P R EAS T , V. 2007) . C om a i nc lus ã o de p ont os mis t os ou ext r a s e novos p ont os ut iliza dos na acupuntura da or elha (a ur ic ul opu nt ur a ) o t ot a l de p ont os t em c r es c i do pa r a pel o m enos 2000 ( dois mi l ) qu e p ode m s er usa dos (K AP T C H UK, 1985). C a d a a c u p o n t o t e m u ma f u n ç ã o d e f i n i d a e e s p e c í f i c a b a s e a d a n a r e s p o s t a d o c o r p o . A l g u n s p o n t o s p o d e m s e r u s a d o s s ó s , ma s é m a i s c o m u m usa-los em c onju nt o para alca nçar o efeito es p er a do. O tratament o c onvenc i ona l p ode envol v er a ut i l iza çã o de p ou ca s a gu l ha s , c omo a p ena s u ma , o u v á r i a s a g u l h a s , c o m o 2 0 ( v i n t e ) a g u l h a s ( X I E , H . & P R E A S T , V . 2007). 10 O s uc es s o da a pl ica çã o da a cupu nt ur a de p ende pr i nc ipa l m ent e de t r ês i mp or t a nt es fa t or es : o p ont o de a cu pu nt ur a , o mét odo de es t i mu la çã o e a r es p os t a obs er va da . Exp er i ment os mod er nos t êm mos t r a do qu e os p ont os de a cupu nt ur a es t ã o l oca l i za dos onde oc or r e a penet r a çã o de ner vos nos t ec i dos ou onde os pr ópr i os ner vos s e di vi de m. Exist e m qua tr o gr a ndes tip os de p ont os de a cu pu ntur a . T ipo I ( mot or ), s ã o o s p o n t o s ma i s c o m u n s e e s t ã o l o c a l i z a d o s o n d e o s n e r v o s p e n e t r a m n o s mús cu l os . T ip o II, os p ont os s ã o l oca l iz a dos onde os ner vos s e i ns er em na s linha s média s, ventr a l e dor sa l do c or p o. O T ip o II I, sã o os p ont os qu e estã o l oca l i za dos nos r a mos dos ner vos s up er f i c ia is . O T ip o I V, s ã o os p ont os qu e es t ã o l oca l i za dos onde os ner vos p enet r a m nos t endões (G UNN, 1976 ). A ma i or ia dos p ont os de a cupu nt ur a es t á l oca l i za da em á r ea s de ba i xa r es is t ênc ia el ét r i ca e a lt a c ondut â nc ia da p el e. M a is pr ofu nda m ent e no pont o, s e enc ont r a m a cu mu la da s a s p or ções f i na is de ner vos , p equ ena s a r t er í ola s , veias, va s os linfá t ic os e ma s t ó c i t o s no tecido p er if ér i c o (EGER B AC H ER , 1971). A es t i mu la çã o de s s es p ont os r es u lt a na degr a nu la çã o dos ma s t ó c i t o s , a tiva çã o da cascata i n f l a ma t ó r i a , a lt er a çã o no flu x o sa ngu íneo e linfá tic o e da c ondu çã o dos impu ls os ner vos os a o sist e ma n e r v o s o c e n t r a l . E s s e s r e s u l t a d o s l e v a m a u ma r e s p o s t a l o c a l q u e s e e s p a l h a a o longo do t emp o p or todo eix o neur a l invoca ndo nu mer osa s mu da nça s bi oqu í mi ca s dent r o do s is t ema ner vos o, e, event ua l ment e p or t odo o c or p o (XI E, H. & P R EAS T , V. 2007). O c o n c e i t o q u e ma i s s e a p r o x i ma d a d e f i n i ç ã o d e a c u p o n t o s , d e n t r o d a me di c i na oc i dent a l, é o dos p ont os ga t i l ho. (T R AVE LL & J. , R INZLER , 1955). Um p ont o- ga t i l ho é u m l oca l da pel e qu e, qua ndo r ec eb e es t í mu l o, p r o d u z d o r e m u ma á r e a a d j a c e n t e o u r e m o t a . E l e s s ã o c a u s a d o s p o r t e n s ã o o u e s p a s m o m u s c u l a r p r o l o n g a d o , o u s ã o r e s u l t a n t e s d e u ma i n f l a ma ç ã o (KEN N AR D M A, H AUGE N F P , 1955). M u i t o s d o s p o n t o s d e a c u p u n t u r a c o i n c i d e m c o m o s d e r ma t ô m o s o n d e a dor está s edia da , loca liza ndo-s e e m r egiões r ica ment e iner va da s e onde há 11 gr a nde c onc ent r a çã o de p ont os - ga t i l ho. C er ca de 71% a 80% dos p ont os de a cupu ntur a c or r es p onde m a os p ont os- ga tilho, ou a p ont os mot or es dos mús cu l os es qu el ét i c os (M EL Z AC K R . et a l. , 1977). A r es p os t a inicial exp er i ment a da com a ins er çã o da a gu lha de a c u p u n t u r a é c h a ma d a d e " D e Q i " s i g n i f i c a n d o “ a c h e g a d a d o Q i ” o u “ a c hega da da ener gia a o p ont o de a cupu nt ur a ”. Nes s e c ont ext o, Q i p ode s er i nt er pr et a do c om o ener gia . O Q i c ons is t e e m t oda s a s a t i vi da des vit a is qu e inc lu em o esp ir itua l, emoc iona l, me nta l e a sp ect os f ís ic os da vida . O Q i via ja p or t odo o c or p o a t r a vés de “ mer i dia nos ”. Os mer i dia nos , ou ca na is de ener gia , s ã o os mes mos nos dois la dos do c or p o (s ã o pa r ea dos ). Ex is t em 14 mer i dia nos pr i nc i pa is , a l é m dis s o, ex i s t em 12 ( ór gã os ) m er i dia nos e m ca da met a de do c or p o. Ex is t em t a mb ém, 2 m er i dia nos nã o pa r ea dos , na s linha s mé dia s . O p ont o de a cup u nt ur a s ã o l oc a is es p ec í f i c os onde os mer i dia nos vê m a t é a s up er f íc i e da p el e, e es t ã o fa c i l me nt e a c es s í vei s à a cupu nt ur a e à s d e ma i s t é c n i c a s e x p l i c a d a s a n t e r i o r m e n t e . Bas es c ie ntí fic as : Ver i f i ca -s e, no ent a nt o, qu e a de mons t r a çã o emp ír i ca dos r es u lt a dos obt idos c om a a cu pu ntur a , p or s i s ó, t e m s e mos tr a do insuf ic ient e pa r a o reconhecimento da sua eficá cia t er a pêut ica , p ois ta is r es u lt a dos são i nt er pr et a dos p el os c ét i c os c omo e mbus t e ou, na mel hor da s hip ót es es , c om o c ons eqü ênc ia d e p u r a s u g e s t ã o ; s e g u n d o e s t e s , a s a g u l h a s a g i r i a m, no má x i m o , c o m o p l a c e b o ( B L A N D , 1 9 7 9 ) . A t enta t iva de demo nstr a r a cient if ic ida de da a cupu nt ur a é ta r efa a qu e vê m s e dedi ca ndo i nú mer os a cupu nt or es, des de o i níc i o do s éc u l o. As pá gi na s pr el i mi na r es de “ L ' Ac upu nct ur e C hi nois e" , pub l i ca da na F r a nça p or S o u l i é d e M o r a n t , e m 1 9 3 9 , e q u e ma r c o u o r e n a s c i m e n t o d o i n t e r e s s e p e l a a cupu ntur a no oc ident e, já mostr a m c er ta pr eocu pa çã o nest e s ent ido. Os t r a ba lhos de N ob oyet , demo ns t r a ndo a di f er ença da r es is t ênc ia el ét r ica da p el e nos p ont os de a c upu nt ur a , qu e p er mi t ir a m a det ec çã o dos p ont os p or mu lt i volt í m et r os (C INT R AC T , 1982). 12 Ent r e 191 2 e 1949, mes mo na C hi na , ver if i ca r a m-s e t ent a t i va s d e elimi na r a pr á tica da medic ina tr a dic iona l c hinesa , sob a a lega çã o de qu e nã o t i nha ba s es c i ent í f ica s . Ant es da fu nda çã o da N ova C hi na , em 194 9, o c onf lit o entr e a medic ina tr a dic iona l c hinesa e a medic ina oc identa l f oi, b a s i c a m e n t e , a l u t a d o s i s t e ma t r a d i c i o n a l e m c o n t i n u a r e x i s t i n d o , c o n t r a a i d é i a r e a c i o n á r i a e s u b j e t i v a d e q u e o s i s t e ma t r a d i c i o n a l e r a r e t r ó g r a d o e nã o- c ient íf ic o (FEN G, 1988). Na s pr i mei r a s p es qui s a s , a na l is a ndo o empr ego da a cup u nt ur a pa r a c u r a r d o r e s e i n f l a ma ç õ e s , v e r i f i c o u - s e q u e o e s t í m u l o d e d e t e r m i n a d o s pont os no c or p o pr ovoca va m a l ib er a çã o de substâ ncias com efeito a na l gés i c o na c ir cu la çã o s a ngu í nea (L UD O VI G, 1996). D e es t u do em es t u do, c hegou- s e a ex p l i ca çã o, qu e é ba s e do a t ua l c onc eit o do fu nc iona ment o da a cupu ntu r a (LUDO VIG, 199 6). C onc lu iu- s e qu e os 365 p ont os de acupuntura clássica es pa l ha dos pelo c or p o c o r r e s p o n d e m a t e r m i n a ç õ e s n e r v o s a s , e a s u a e s t i m u l a ç ã o r e f l e t e n o s i s t e ma ner vos o c ent r a l, fa z endo c oma nda r a l ib er a çã o de s ubs t a nc ia s t er a p êut ica s , como endor f ina a n t i i n f l a ma t ó r i o e c or tis ol, na tur a is e r es p ect i va ment e, estã o r ela c iona da s p ot ent e a dois a na lgés ic o t ip os de e fibras ner vos a s , c onhec i da s c omo A- del t a e C . As f ibr a s ner vos a s s ã o des cr it a s de a c or do c om doi s s is t e ma s d e c la ssi f ica çã o ( G UYT ON AC , 1991). Um a dela s é a cla ss if i ca çã o ut i l i za da p el os f is i ol ogi s t a s s ens or ia is e qu e é s ep a r a da em gr up os . N o gr up o Ia es t ã o a s fibr a s da s t er mi na ç ões a nu l oes p ir a is dos fus os mu s cu la r es . O gr up o Ib é f o r ma d o p e l a s f i b r a s d o s ó r g ã o s t e n d i n o s o s d e G o l g i . G r u p o I I é f o r ma d o p e l a s f i b r a s r e c e p t o r e s c u t â n e o s t á t e i s e t e r m i n a ç õ e s , e m “ r a ma l h e t e s d e fl or es ”, dos fus os mus c u la r es . N o gr up o II I es t ã o a s f ibr a s qu e t r a ns mi t em t emp er a t ur a , t oqu e gr os s eir o, dor e m f er r oa da / a gu da . E p or f i m o gr up o I V qu e é f or ma do p ela s f ibr a s a mielínic a s qu e tr a ns mit e m dor / qu eima çã o, pr ur ido, t e mp er a t ur a e t oqu e gr os s eir o. ( S C HOEN, A. M . 1993) 13 O o u t r o s i s t e ma é c h a m a d o d e c l a s s i f i c a ç ã o g e r a l e i n c o r p o r a a s f i b r a s s ens or ia is e mot or a s. A-a lfa : equ i va l ent e à s f ibr a s dos gr up os Ia e I b; d i â m e t r o m a i o r ; c o n d u ç ã o m a i s r á p i d a . A - b e t a e g a ma : e q u i v a l e n t e à s d o gr up o II. A- delta : equ iva lent e à s do gr u po II I, diâ metr o p equ eno; f ina ment e mi el i ni za da . C : equ i va l ent e a o gr up o I V; a mi el í ni ca s, c ondu çã o ma is l ent a . T ip os es p ec í f ic os de f ibr a s ner vos a s t r a ns mi t e m s ens a ç ões qu e p ode m s e r c o n s i d e r a d a s " d o r " . N a ma i o r i a d a s v e z e s , e l a s s ã o a s f i b r a s p e q u e n a s m i e l i n i z a d a s A - d e l t a e a s n ã o - m i e l i n i z a d a s C . I s s o f o i c o n f i r ma d o p e l o r egistr o dos p ot enc ia is de a çã o, qua ndo s e a p lica u m estímu lo dolor os o (ZOT T ER MAN, 1939 ). M a is de 80 % dos ner vos a f er ent es , qu e t r a ns mi t em i mp u ls os dol or os os , sã o nã o mieliniza dos (f ibr a s C). A c ond uçã o dessa s f ibr a s é mu it o lenta , e ela s ent r a m na c olu na ver t ebr a l e fa z em i me dia t a ment e s i na ps e c om os neur ôni os qu e cr uza m a c omi s s ur a a nt er i or , a s c endendo a o t á la mo p el os tr a tos esp inota lâ mic os. T odos os ner vos s ens or ia is r e ma n e s c e n t e s , que c ondu z em est ímu los noc ivos, sã o mieli n iza dos de p equ eno diâ metr o (f ibr a s A-delta) (C AILLIET, 1999). D ois t ip os de fibras a f er ent es p r i má r i a s tr a ns mit em a dor e a t emp er a t ur a à medu la es p i nha l, a s f ibr a s A- delt a e a s f ibr a s C . Es s a s fibr a s pode m s er c la s s i f ica da s de a c or do c om, a veloc ida de de c onduçã o do p o t e n c i a l d e a ç ã o a o l o n g o d a f i b r a a t é o s i s t e ma n e r v o s o c e n t r a l , o s a s p e c t o s d o e s t í m u l o q u e d e v e m e s t a r p r e s e n t e s p a r a p r o d u z i r u ma r e s p o s t a , por ex e mp l o, i nt ens i da de, dur a çã o, qu a lida de, e as ca r a ct er í s t ica s da s r es p os t a s do noc ic ept or a os es t í mu l os na t ur a is , por ex emp l o, a da pt a çã o l ent a ver s us a da pt a çã o r á pi da (T EIXE IR A & F IG UEIR Ó, 2001). As fibras A- del t a são fibras de p e qu eno diâ metr o, levement e mieli niza da s, de c ondu çã o r ela tiva me nt e r á pida e qu e pr opa ga m u m p ot enc ia l de a çã o nu ma vel oc i da de de 5 a 30 m e t r os/ s egu ndo. As f ibr a s C nã o sã o mieli niza da s, tr a ns mit e m possuem a um inf or ma çã o pequeno à diâ metr o, medu la es p i nha l u ma condução n u ma a p r o x i ma d a m e n t e 1 m/ s ( T E I X E I R A & F I G U E I R Ó , 2 0 0 1 ) . lenta veloc ida de e de 14 As f ibr a s A- del t a s ã o es t i mu la da s p or r ec ept or es s u p er f i c ia is de l i mi a r ba ix o fu nc i ona l m ent e a s s oc ia dos à dor do t ip o a gu da p er fur a nt e. Es s e t ip o de dor p ode s er l oca l i za do na s up er f íc i e c or p ór ea e r egr i de r a pi da m ent e. E la f oi deno mi na da dor r á pi da , dor i nic ia l ou pr i m eir a dor . As f ibr a s C nã omi el i ni za da s s ã o es t i mu la da s p or r ec ept or es de l i mia r a lt o. E la s t r a ns mi t e m a dor di fus a e p er s is t ent e qu e s ent i mos c omo u ma dor i nt ens a , la t eja nt e ou e m q u e i ma ç ã o q u e é “ m a l l o c a l i z a d a ” . E s t a d o r f o i d e n o m i n a d a d o r l e n t a , dor r et a r da da ou s egu nda dor . Os noc ic ept or es t ér mi c os ao fr io são c onect a dos à medu la es p i nha l p or f ibr a s A- del t a , enqua nt o a s s ens a ç ões dol or os a s or i gi na da s p el o ca l or s ã o r es ult a nt es da a t i va çã o da s f ibr a s C . F i n a l m e n t e , o s n o c i c e p t o r e s p o l i m o d a i s q u e r e s p o n d e m a u ma v a r i e d a d e d e ener gia s de es t í mu l o ( qu í mi ca , mecâ ni ca e mu it o qu ent e ou mu it o fr i o) es t ã o a ssocia dos à s f ibr a s C (T EIXEIR A & FIG UEIRÓ, 2001 ). T odos os r ec ept or es s ens or ia i s do or ga ni s mo a pr es ent a m s eu c or p o nos neur ônios dos gâ nglios esp inha is dor s a is. Essa s c élu la s, a s pr imeir a s a r ec eb er inf or ma ç ões da p er i f er ia , sã o, p or essa r a zã o, deno mina da s neur ônios de pr imeir a or de m. A s ua mor fologia é ú nica p elo fa t o de essa s c élu la s s er em “ ps eu do-u nip ola r es ”, a pr es ent a ndo u m a x ôni o qu e s e di vi de em doi s r a mos , u m qu e s e es t end e pa r a a per if er ia e out r o, o r a mo c ent r a l, qu e s e es t end e pa r a a medu la es p i nha l. O t er mi na l do r a mo p er if ér i c o t r a ns duz a ener gia do es t í mu l o de u m r ec ept or s ens or ia l. O s i na l é ent ã o t r a ns mit i do c omo u m p ot enc ia l de a çã o a o l ongo do r a mo p er if ér i c o e de s ua c ont i nua çã o no r a mo c ent r a l. E m c onju nt o, es s es r a mos s ã o deno mi na dos f i b r a a f e r e n t e p r i m á r i a . A f i b r a a f e r e n t e p r i má r i a t e r m i n a n u m n e u r ô n i o s ens or ia l do c or no p os t er i or da medu la es p i nha l ( neur ôni o de s egu nda or dem) (T EIX EIR A & FIG UEIRÓ, 2001 ). 15 Teor ias bás ic as da Me dic ina T r adic io na l C hine s a: A T eor ia do Yi n- Ya ng: N o c o n c e i t o c h i n ê s , Y i n e Y a n g r e p r e s e n t a m q u a l i d a d e s o p o s t a s , ma s c omp l em ent a r es . C a da f enô me no p oder ia ex is t ir p or s i mes mo ou p el o s eu op ost o. Além dis s o, o Yin c ont ém a s ement e do Ya ng e vi c e- ver s a (M AC I OC I A, G. 1996 ). A c r e d i t a - s e q u e a o b s e r v a ç ã o ma i s a n t i g a d o f e n ô m e n o Y i n – Y a n g f o i des cr it a p ela obs er va çã o dos ca mp ones es s obr e a a lt er nâ nc ia c í c l ica ent r e o d i a e a n o i t e . D e s s a ma n e i r a , o d i a c o r r e s p o n d e a o Y a n g e a n o i t e a o Y i n ; por c ons egu i nt e, a a t i vi da de r ef er e- s e a o Ya ng e o r ep ous o a o Yi n. Is s o c ondu z a pr i mei r a obs er va çã o da a lt er nâ ncia c ont í nua de t odo f enô men o ent r e dois p ól os c íc l i c os : u m c or r es p ond e à luz, a o s ol, à lu mi nos i da de e à a t i vi da de ( Ya ng); e o out r o c or r es p onde à es cur i dã o, à lua , à s ombr a e a o des ca ns o ( Yi n). A pa r t ir des s e p ont o de vis t a , Yi n e Ya ng s ã o dois es t á gi os de u m movi m ent o c í c l ic o, e u m i nt er f er e cons t a nt e me nt e no out r o, t a l c omo o dia c ede lu ga r à noit e e vi c e- ver s a (M A C IOC I A, G. 1996 ). A s d u a s p a r t e s d e v e m e s t a r e m e q u i l í b r i o r e l a t i v o p a r a q u e ma n t e n h a a a t i vi da des fis iológicas n o r ma i s . A des armonia entr e Yin e Ya ng p ode a cont ec er p or op os içã o de Yi n e Ya ng qua ndo oc or r e u m des equ i l íbr i o p or diminu içã o de Yin ou de Ya ng ou p or au ment o de Yin ou de Ya ng ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996, S C HW AR T Z, C . 2008). M es mo s a b endo qu e o Yi n e Ya ng s ã o op os t os , dev e-s e t a mb é m l embr a r qu e s ã o i nt er dep end ent es : u m pa dr ã o nã o ex is t e s em o out r o. Amb os c o n t ê m a s f o r ç a s o p o s t a s q u e s ã o m u t u a m e n t e e x c l u s i v a s , ma s a o m e s m o t emp o, dep end e m u ma da out r a . O dia nã o s ur ge a nã o s er dep ois da noit e e vi c e- ver s a ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996 ). Qua ndo a l gu m des s es es t á em des equ i l í br i o, a f et a m-s e mut ua ment e e modif ica m sua pr op or çã o, a lca nça ndo u m “ novo equ ilíbr io”. Q ua ndo oc or r e o des equ ilíbr io, ele pode se da r de quatro f o r ma s : qua ndo o Yin f or p r e p o n d e r a n t e , e l e p r o v o c a r á u ma d i m i n u i ç ã o d o Y a n g ( e x c e s s o d e Y i n c o n s o m e o Y a n g ) ; q u a n d o o Y a n g f o r p r e p o n d e r a n t e , e l e p r o v o c a r á u ma 16 di mi nu i çã o do Yi n ( o exc es s o de Ya ng c ons om e o Yi n); qua ndo o Yi n es t i ver deb ilita do, o Ya ng p er ma nec er á deb ilita do, o Yin p er ma nec er á em exc es s o em excesso e qua ndo o Ya ng ( YAM AM UR A, Y. es t i ver 1993, MAC IOC I A, G. 1996 ). Y i n e Y a n g n ã o s ã o e s t á t i c o s ; s e t r a n s f o r ma m u m n o o u t r o . P o r é m p a r a q u e o c o r r a t a l t r a n s f o r ma ç ã o , e x i s t e m d u a s c o n d i ç õ e s : a p r i m e i r a r e f e r e - s e a c ondi ç ões i nt er na s . A princíp io as coisas só podem se modificar em dec or r ênc ia de ca us a s i nt er na s e, s ecu nda r ia me nt e, em r a zã o de ca us a s ext er na s . A mu da nça i nt er na s ó oc or r e qua ndo a s c ondi ç ões i nt er na s es t ã o a ma d u r e c i d a s . A s e g u n d a é o f a t o r t e m p o , Y i n e Y a n g a p e n a s p o d e m s e t r a n s f o r ma r um no outr o em det er mi na do está gio de des envolvi ment o, q u a n d o a s c o n d i ç õ e s e s t i v e r e m p r o n t a s p a r a t a i s mu d a n ç a s ( Y A M A M U R A , Y . 1993, MAC IOC I A, G. 199 6). C a da u m dos ór gã os di vi de- s e em Yi n e Ya ng, a ss i m há o Yi n e o Ya ng de ca da ór gã o ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996 ). O pr inc íp io da ut iliza çã o dessa teor ia na pr á tica da a cupu ntur a , é qu e ela s e ba s eia em s eda r o ex c es s o e t oni f i ca r a defi c i ênc ia c om a f i na l i da de de mu da r o a nor ma l e r ecup er a r o es t a do de equ i l íbr i o ent r e Yi n e Ya n g ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996). A T eor ia dos c inc o movi ment os : A t eor ia dos c i nc o movi ment os s us t ent a qu e a na t ur eza es t á c ons t it u í da por cinco substâ ncias: Ma deira, Fogo, T er r a , M et a l e Água. O des envolvi ment o e a mu da nça de t oda s a s c oisa s e de t odos os f enô me nos sã o r es u lt a dos do movi m ent o c ont í nu o, da i nt egr a çã o e da domi nâ nc ia ent r e os c inc o movi me nt os ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996, S C HW AR T Z, C . 2008). Es t a t eor ia exp l ica a s ca r a ct er ís t ica s fi s i opa t ol ógica s dos ór gã os , i nt er nos e t ec i dos do c or p o, a s i nt er a ç ões f is i opa t ol ógi ca s ent r e ela s e a r e l a ç ã o e n t r e o c o r p o e o a mb i e n t e q u e é s e m p r e m u t a n t e . A s s i m, a t e o r i a 17 pode s er vir de gu ia pa r a o dia gnós t ic o e t r a t a ment o ( YAM AM UR A, Y. 1993, MAC IOC I A, G. 1996 ). C a d a m o v i m e n t o é c o r r e l a c i o n a d o a u ma o r i e n t a ç ã o , u ma c o r , u m s a b o r , u m f a t o r a mb i e n t a l , u ma e s t a ç ã o d o a n o , u m ó r g ã o , u ma v í s c e r a e a u ma e m o ç ã o ( Y A M A M U R A , Y . 1 9 9 3 , M A C I O C I A , G . 1 9 9 6 , S C H W A R T Z , C . 2008). O pr i nc íp i o de ger a çã o dos C i nc o M ovi m ent os es t a b el ec e qu e: M a deir a ger a F ogo, F ogo ger a t er r a , T er r a ger a M et a l, M et a l ger a Água e Água ger a Madeira. N es t e pr inc íp io, ca da Movimente é gerado e ger a dor ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996). O pr i nc íp i o de domi nâ nc ia det er mi na qu e: a T er r a domi na a Água , a Água domi na o F ogo, o F ogo domi na o M et a l, o M et a l domi na a M a deir a e a M a deir a domi na a T er r a . Nes t e pr i nc íp i o ca da M ovi ment o é a o mes mo t e mp o domina nt e e domina do ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC I OC I A, G. 1996, S C HW AR T Z) Ex emp lo: M et a l ger a Água (Meta l é mã e de Água). Água ger a M a deir a ( Água á mã e da Madeira). T er r a domi na á gua ( Água é venc i da e a T er r a é venc edor a ). Figura 1: Sequência de geração e controle Água domina o Fogo (Água é vencedora e o Fogo é vencido). A M edic ina T r a dic iona l C hinesa s i n t et iza de a c or do com as pr opr i eda des dos C i nc o M ovi m ent os , a s ca r a ct er ís t i ca s f is i ol ógi ca s dos c i nc o ór gã os c or r ela c i ona dos à s s eis ví s c er a s (Za ng-F u) ( YAM AM UR A, Y. 1993, MAC IOC I A, G. 199 6). 18 A ut i l i za çã o des t a t eor ia pa r a a or i ent a ç ã o t er a p êut i ca é i nt er es s a nt e, pois a lé m de da r imp or tâ nc ia a o ór gã o doent e ta mb ém le va e m c onta os out r os ór gã os envol vi d os ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC I OC I A, G. 1996 ). O t r a t a ment o vis a à r ecup er a çã o da ha r moni a na r ela çã o f i s i ol ógi ca entr e eles e c ontr ola r a s poss íveis inf lu ênc ia s da nosa s c om a f ina lida de de cur a r a doença ( YAM AM UR A, Y. 1993, MAC IOC I A, G. 1996 ). A T eor ia do Za ng-Fu: A t eor ia do Za ng-F u r ef er e-s e a o es t udo dos Ór gã os e Ví s c er a s , Vís c er a s Ext r a or di ná r ia s , J i ng ( Es s ênc ia ) , Qi ( E ner gia ), Xu e (S a ngu e) e J i nYe (L íqu idos Or gâ nic os ). O Cor a çã o, o Fíga do, o P u l mã o , os Rins, o Ba ç o/ P â ncr ea s e o P er icá r di o s ã o c onhec i dos c omo Za ng ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996) qu e qu er diz er ór gã o ( YAM AM UR A, Y. 1993 ). E o I nt es t i n o D e l g a d o , a V e s í c u l a B i l i a r , o I n t e s t i n o G r o s s o , a B e x i g a , o E s t ô ma g o e o T riplo Aqu ec edor , são conhecidos co mo Fu ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 199 6) qu e qu er di z er vís c er a s ( YAM AM UR A, Y. 1993 ). J unt os s ã o c onhec i dos c om o Za ng-F u ( S is t ema de Ór gã os e Vís c er a s da M edic i na T r a dic i ona l C hi nesa ) ( YAM A MUR A, Y. 1993, M AC I OC I A, G. 1996). Os Za ng, p os s u em ca r a ct er ís t i ca s Yi n e os F u pos s u e m ca r a ct er ís t ica s Y a n g . H á u ma e s t r e i t a r e l a ç ã o e n t r e o s Ó r g ã o s ( Y i n ) e a s V í s c e r a s ( Y a n g ) ; os dois gr up os a pr es ent a m fu nç ões di f er ent es , ma s s ua s di f er ença s s ã o som ent e r ela t i va s ( YAM AM UR A, Y. 1993 , MAC IOC I A, G. 1996). Os ór gã os são dif er ent es da s vís c er a s em r ela ção às fu nç ões f i s i o l ó g i c a s . A s v í s c e r a s t ê m f u n ç ã o a r ma z e n a r o J i n g ( e s s ê n c i a ) , o Q i (E ner gia Vit a l), o Xu e (S a ngu e) e o J i nye (L í qu i dos Or gâ ni c os ). J á os ór gã os pr odu z em a ener gia es s enc ia l qu e é c ons u mi da à me di da qu e a s vís c er a s ex er c e m s ua s fu nç ões f is i ol ógi ca s . O de s ga s t e ex c es s i vo ou a i nva s ã o p or f ont es patogênicas ex ógena s tr a nst or na m as funções n o r ma i s do Zang oca s i ona ndo enf er mi da des ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC I OC I A, G. 1996 ). 19 A s s e i s v í s c e r a s ( F u ) r e c e b e m, d i g e r e m t r a n s p o r t a m e t r a n s f o r ma m o s a l i ment os e b eb i da s pa r a pos t er i or me nt e excr et a r os dej et os . As s ubs t â nc ia s e s s e n c i a i s a b s o r v i d a s e t r a n s f o r ma d a s d o s a l i m e n t o s s ã o d i s t r i b u í d a s p a r a o s c inc o ór gã os (Za ng) para entã o s er em c onv er t i da s em en er gia vita l ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996). O C ér ebr o, a M edu la , os Os s os , os Va s os S a ngu í neos , o Út er o e a Ves ícu la Biliar são conhecidos como Vís c er a s Extr a or diná r ia s ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996), A t eor ia Za ng-Fu t oma c omo ba s e os ór gã os (Za ng) c omo os pr inc ipa is qu e se ass ocia m às vís c er a s (Fu) p or meio dos Ca na is C ola t er a is , r ela c i ona ndo es t es c om os t ec i dos (P el e, M ús cu l o, Va s os , T endões e Os s os ), c om os c inc o s ent idos e os 9 or if íc ios ( olhos, b oca , língua , na r iz, or elha e or if í c i os i nt er i or es ). Al ém dis s o, es t a t eo r ia exp l ica a s es s ênc ia s , o s a ngu e e os l í qu i dos c or p or a is c omo ba s es s ubs t a nc ia is , mos t r a ndo a i mp or t â nc ia de s e c ons i der a r o c or p o c omo u m t odo ( YAMAM UR A, Y. 1993). A T eor ia dos ca na is c ola t er a is (J i ng-Lu o) : A t eor ia J i ng-L u o es t u da a s a lt er a ç ões nos C a na is e C ola t er a is e a s r ela ç ões ent r e es t es e os ór gã os i nt er nos do c or p o ( YAM AM UR A, Y. 1993, MAC IOC I A, G. 1996 ). J i ng-Lu o é o nome da do a o c onj u nt o dos C a na is e C ola t er a is ou ( mer i dia nos ); J i ng (C a na is ) e Lu o (C ola t er a is ). Es s es , ju nt os , t r a ns p or t a m QI (E ner gia ) e Xu e (S a ngu e) p or t odo o c or po, fa z e m a c omu ni ca çã o dos Za n g (Ó gã os ) c om os F u ( Ví s c er a s ), da s qua t r o ext r emi da des e t a mb é m a os Os s os e a P el e, os M ús cu l os , os T endões e os Va s os S a ngu í neos , c onect a m a pa r t e s u p e r i o r c o m a i n f e r i o r , o e x t e r n o c o m o i n t e r n o e n o r ma l i z a m a s r e l a ç õ e s entr e dif er ent es pa r t es do or ga nis mo, f o r ma n d o assim um todo ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996). J i ng-Lu o s ã o c omp os t os de C a na is e C ola t er a is . J i ng di vi de- s e e m dua s c la s s es os doze Ca na is Principais e os oit o ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996). Ca na is Extr a or diná r ios. 20 Q uando indicar a Acup unt ura: Na China , a a cupu ntur a é ut iliza da r ot ine ir a ment e pa r a o tr a ta ment o d e di ver s a s a f ec ç ões . A ef icá c ia des s a t éc ni ca l evou, em 19 79, es p ec ia l is t a s de 12 pa ís es pr es ent es no S emi ná r i o I nt er -R egi ona l da Or ga niza çã o M u ndia l da S a úde, a pub l ica r em u ma l is t a pr ovis ór ia de enf er mi da des qu e p ode m s er tr a ta da s pela a c upu ntur a e que inc lu i, dentr e outr a s, s i nus it e, rinit e, a mi da l it e, br onqu it e e c onj u nt i vit e a gu da s , fa r i ngit e, ga s t r it e, du odeni t e ul c er a t i va e enf er mi da des . colit es Essa a gu da s r es ol uçã o e cr ônicas e demon stra outr a s, num clarament e t ota l que a de 43 t er a pia a cupu ntur a l e da moxa or igina da da China é b em c onhec ida e cr edita da e m t odo o mu ndo ( B AN NER M AN, 1979; C H ONGH UO, 1993 ). A s a ç õ e s d a A c u p u n t u r a n a s p a t o l o g i a s ma i s c o m u n s n a M e d i c i n a Vet er i ná r ia s ã o: ga s t r it es , ent er it es , c ol it es , br onqu it e, br onc op neu moni a , mi oca r dit es , a r r it mia ca r día ca , nefr it es , a lt er a ç ões na mi c çã o, pr os t a t it e, c is t it e, hi p ot ir oi di s mo, hip er t ir oi dis mo, dia b et es i ns ip i dus , es p ondi l opa t ia hip er t r óf ica , paralis ia fa cial, ep i l eps ia , sequ elas da c i no mos e, ma s t it e, c onju nt ivit e, ot it e média , a lívio da dor , a na lges ia c ir úr gica , entr e outr a s ( ALT M AN, 1992 ). Contra indicações da Acupuntura na Medicina Veterinária: A c o n t r a i n d i c a ç ã o ma i s i m p o r t a n t e p a r a a a c u p u n t u r a é o t r a t a m e n t o a nt es de es t a b el ec er u m dia gnós t ic o a deq ua do, ou, a nt es de t ent a r det er mi na r a et i ol ogia do pr oc es s o qu e s e des eja t r a t a r. A imp or tâ nc ia diss o, é qu e a a c u p u n t u r a p o d e ma s c a r a r o u m o d i f i c a r a s i n t o ma t o l o g i a , d i f i c u l t a n d o a i n d a ma i s a d e f i n i ç ã o p r e c i s a d o d i a g n ó s t i c o . M a s d e v e - s e l e m b r a r q u e s e p o d e t er u m dia gnós t i c o p ela medi c i na or i e nt a l mes mo qu e a i nda nã o t enha def inido u m dia gnóst ic o c ondiz ent e c om a medic ina oc identa l. 21 Outr o fa t or imp or ta nt e a s e c ons ider a r , sã o os ca s os a gu dos, nos qua is a e l i m i n a ç ã o d a d o r p o s s a l e v a r o a n i ma l a u ma a t i v i d a d e d e s m e d i d a , o q u e pode s e t or na r u m obs t á cu l o pa r a a cur a da l es ã o i ni c ia l. A l g u ma s p r e c a u ç õ e s d e v e m s e r t o m a d a s n a a p l i c a ç ã o d a a c u p u n t u r a . S e g u e a l g u ma s o c a s i õ e s n a q u a l a t é c n i c a d e v e s e r e v i t a d a : • I m e d i a t a m e n t e d e p o i s d e o a n i m a l i n g e r i r mu i t a c o m i d a . • D ep ois do ex er c í c i o f ís i c o i nt ens o ou em u m a ni ma l ca ns a do. • E m f ê mea s gesta nt es. • Pa cient e qu e a ca b ou de t oma r ba nho ou qu e va i t oma r ba nho logo dep ois da s eçã o (pa r a evit a r o ex c es s o de es t r es s e). • E m ca s os de int ox ica ç ões p or a tr op ina , na r c ót ic o, a nta gonista s na r c ót ic os ou c or t i c os t er ói des . • Q u a n d o o a n i ma l n ã o p o d e s e r a t e n d i d o e m u m l o c a l n o q u a l s e s i n t a c a l m o e t r a nqü i l o e obs er va do dur a nt e a s s eç ões de t r a t a ment o. (OR G ANIZ AÇ ÃO M UND I AL DE S AÚDE, 1979; B ANNER M AN, 1980) Res ultados esperados: E m ca s os a gu dos , o t r a t a ment o a ca da 2 ou 3 dia s ger a l me nt e l eva a u ma m e l h o r a d o c a s o , a t é q u e o s r e s u l t a d o s e s p e r a d o s s e j a m a l c a n ç a d o s . S e o a n i ma l r e c e b e r o t r a t a m e n t o u ma v e z p o r s e ma n a , a m e l h o r a p o d e s e r a lca nça da c om u m p ic o a t é o t er c eir o ou qua r t o dia e s e ma nt er á es t á vel a t é a pr óxi ma s eçã o. E nt r et a nt o em ca da c a s o o pi c o do t r a t a ment o p ode s er a t i n g i d o e m m o m e n t o s d i f e r e n t e s , u n s ma i s r á p i d o s q u e o u t r o s . E m ca s os cr ôni c os a mel hor a ger a l m ent e é ma is l ent a , e ir á va r ia r em ca da s eçã o de t r a t a ment o, a t é qu e os r es ult a dos es p er a dos s ej a m a l ca nça dos . S i n a i s e x a c e r b a d o s p o d e m s e r o b s e r v a d o s a p ó s o t r a t a m e n t o , ma s e s s e e f e i t o é ger a lment e t e mp or á r io. (SCHOEN, 1993 ) 22 C o ns i d e r a ç õ e s F i n a i s : E mb o r a o c o n h e c i m e n t o e a t e o r i a p o r t r á s d a a p l i c a ç ã o d a a c u p u n t u r a na c l í ni ca t enha m s ua s or i gens na a nt i gu i da de, a pr á t i ca da a cup u nt ur a t e m s e modi f i ca do e s e qua l if i ca do c om o pa ssa r do t emp o. Ass i m c omo a me di c i na mod er na oc i dent a l, a a cupu nt ur a t eve s ua c ompr eens ã o e evol uçã o c ient íf ica ocidenta l nos ú lt imos a nos, e a ciência está começa ndo a des envol v er exp l ica ç ões a t ua is pa r a es s a a r t e médi ca mi l ena r . Ainda nã o ex ist em p es qu isa s e c onsta t a ções c ient íf ica s su f ic ient es pa r a pr ova r a ef i cá c ia de t oda s a s á r ea s da M edi c i na T r a dic i ona l C hi nes a , há u m c a m i n h o l o n g o a p e r c o r r e r , ma s o s p r i m e i r o s p a s s o s j á f o r a m d a d o s . P or t a nt o, p ode-s e c onc lu ir qu e os ef ei t os da a cupu nt ur a nã o p ode m s er e x p l i c a d o s p o r m e c a n i s m o s i s o l a d o s , d e v e - s e e n c o n t r a r u ma ma n e i r a d e i nt egr a r a medi c i na oc i dent a l à or i ent a l c om o ob j et i vo de b enef i c ia r o pa ci ent e. Re fe rê nc ias Bibliog r áfic as : A L V A R E N G A, M . A. , F E R R E I R A, J . C . P . , M E I R A, C . , e t a l. I nd u c t io n o f l u t e o l ys i s i n m a r e s u t i l i z i n g a m i c r o - d o s e o f p r o s t a g l a n d i n i n t h e s a c r a l l u m b a r s p a c e ( ba i h u i a c u p o i nt ) . I n: A N N U A L I N T E R N AT I O N A L C O N G R E S S O N V E T E R I N A R Y AC U P U N T U R E , 2 4 , 1 9 9 8 a , T a i p e i . A b s t r a c t s . . . T a i p e i : S c i e nt i f c E d it io n s , 1 9 9 8 . p . 1 6 9 - 1 7 1 . A L T M AN , S S m a l l A n i m a l A c u p u n c t u r e : S c i e nt i f i c B a s i s a nd C l i n i c a l A p p l i c a t io ns . I n C o mp l e m e nt a r y a n d a lt e r na t i v e v e t e r i n a r y m e d i c i n e : p r i n c i p l e s a nd p r a c t i c e / e d it e d b y A l l e n M . S c ho e n, S u s a n G . W yn n . 1st ed. 1998, p. 147-151 23 A L T M AN , S T e r a p i a p e l a a c u p u nt u r a n a c l í n i c a d e p e q u e no s a n i m a i s . I n E T T I N G E R , S . J . T r a t a d o d e m e d i c i n a i n t e r n a ve t e r i n á r i a : mo l é s t i a s d o c ã o e d o g a t o . 3 e d . S ã o P a u lo : M a no l e , 1 9 9 2 , V . 1 , p . 4 5 4 - 4 5 9 . A L T M AN , S S m a l l A n i m a l A c u p u n c t u r e : S c i e nt i f i c B a s i s a nd C l i n i c a l A p p l i c a t io ns . I n C o mp l e m e nt a r y a n d a lt e r na t i v e v e t e r i n a r y m e d i c i n e : p r i n c i p l e s a nd p r a c t i c e / e d it e d b y A l l e n M . S c ho e n, S u s a n G . W yn n . 1st ed. 1998, p. 147-151 A M E R I C A N AS S O C I AT I O N O F E Q U I N E P R A C T I O N E R S , 3 9 , 1 9 9 3 . C a l i fo r n i a . P r o c e e d i n g s C a l i fo r n i a , 1 9 9 3 . p . 3 9 . B AN N E R M AN , R.H. T he wo r ld h e a lt h o r g a n i z a t io n v i e w p o i nt on a c u p u n c t u r e . A m e r i c a n J o u r n a l o f A c u p u n c t u r e , v. 8 , n. 3 , p . 2 3 1 - 2 3 5 , 1980. B AN N E R M AN , R . H . Ac u p u nt u r a : A o p i n i ã o d a O M S . R e v i s t a s a ú d e d o mu ndo (OMS), dez e mbro , p.23-28, 197 9 B L A N D , J . U m a c i ê n c i a e x a t a . A S a ú d e d o M u nd o , O M S , D e z / 1 9 7 9 . B O T T E C C H I A, R . J . , e t a l . I m u no mo d u l a ç ã o p e lo " p o i nt i n j e c t io n " n o a c u p o n t o " B a i H u i " e m bo v i no s v a c i n a d o s c o nt r a a B r u c e lo s e . R e v i s t a B r a s i l e i r a d e M e d i c i n a V e t e r i n á r i a , v. 2 8 , p . 1 1 9 - 1 2 2 , 2 0 0 6 a . B O T T E C C H I A, R . J . , e t a l . A nt i c o r p o s d e M yc o p l a s m a m yc o i d e s s u b s p . c a p r i p r o d u z i d o s e m c o e l ho s e s t i m u l a d o s v i a " P o i nt I n j e c t io n " no " B a i Hu i" p o s t e r io r e por imu no e nz imát ico .R e vist a " S ha m " a c u p u nt u r a Br as ile ir a de det er mina do Me d ic ina em Vet er iná r ia, e n s a io v. 2 8 , p . 1 5 1 - 1 5 5 , 2 0 0 6 b. B o x 9 - 2 s u m m a r i z e s t h e d i f f e r e nt t yp e s o f c l a s s i f i c a t io ns o f p o i nt s . 24 C AI L L I E T , R . D o r : M e c a n i s mo s e t r a t a me nt o . E d . Ar t e s M é d i c a s S u l, Po rt o Alegr e, 1999. C H O N G H U O , T . T r a t a d o d e me d i c i n a c h i n e s a . E d . R o c a , S ã o P a u lo , 1993. C I N T R A C T , M . C u r s o r á p i d o d e a c u p u nt u r a . E d . A n d r e i , S ã o P a u lo , 1982 EGERBACHE R, M. 1971. An at o misc he und h i s t o lo g i s c h e U n t e r s u c h u ng e n z u r M o r p ho lo g i c a u s g e w a h lt e r Ak u p u nk t u r p u n k t e b e i R i n d u n d H u n d , d o c t o r a l d i s s e r t a t io n, V i e n n a . V e t M e d U n i v e r s it y. E R N S T , E . ; WH I T E , A. Ac u p u nt u r a : U m a a v a l i a ç ã o c i e nt í f i c a . 1 ª e d . S ã o P a u lo : M a no l e , 2 0 0 1 F E N G , C . J . I nt e g r a t io n o f t r a d it io n a l c h i n e s e m e d i c i n e w it h w e s t e r n m e d i c i n e : R i g ht o r w r o ng ? S o c . S c i. M e d . 2 7 ( 5 ) , 1 9 8 8 . GUNN CC: A c u p u nt u r e lo c i : a proposal fo r t he i r c l a s s i f i c a t io n a c c o r d i n g t o t he ir r e l a t io n s h i p t o k no w n ne u r a l s t r u c t u r e s , A m J C h i n Med 4:183-195, 1976 G U Y T O N AC : t e xt bo o k o f m e d i c a l p h ys io l o g y, e d 8 , P h i l a d e l p h i a , 1 9 9 1 , WB Sa u nder s. KAPTCHUK T J. A c u p u nc t u r e : t he o r y, e f f i c a c y, a nd p r a c t ic e . Ann Int er n M ed. 2002 ;136: 374-8 3 L I G N O N , G . B . e t a l. U s o d o la s e r d e ba i x a i nt e n s i d a d e e m c a br a s la ct e nt es. S ero péd ic a: E mbr apa P e s q u i s a e D e s e n vo l v i m e nt o ) . Ag r o b io lo g i a , 2002. ( B o le t i m de 25 L U D O V I G , M . S a ú d e no p o nt o d e a g u l h a . S a ú d e , 1 ( 1 5 1 ) : 3 2 - 4 2 , a br i l, 1996. L U N A , S . P . e t a l. 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R u r a l, S a nt a M a r i a , v. 4 0 , n. 2 , F e b . 2010 . T E I X E I R A, M. J. ; FIG UEIRÓ, J. A. B. Dor: E p id e m io l o g i a , f i s io p a t o lo g i a , a va l i a ç ã o , s í n d r o m e s d o lo r o s a s e t r a t a me nt o . G r u p o e d it o r i a l M o r e i r a : S ã o P a u lo , 2 0 0 1 T R AV E L L J . , R I N Z L E R S H : M yo f a s c i a l G e ne s i s o f p a i n , P o s t g r a d M e d J 11:425-434, 1955) WE N , T O M S I N T AN , 1 9 8 5 , Ac u p u nt u r a C l á s s i c a C h i n e s a , 1 9 8 5 p g 9 WYNN, S.G. unt ra ns lat ed et a l. st ud ie s. G lo b a l a c u p u nc t u r e St ud ie s A. M . V e t e r i n a r y a c u p u nc t u r e : from a nc ie n t art research: Bra z il. to I n: mo d e r n p r e v io u s l y SCHOEN, med ic ine . St. L o u i s : M o s b y, 2 0 0 1 . C a p . 3 . p . 5 3 - 5 7 . X I E , H . , P R E AS T , V . X i e ’ s V e t e r i n a r y A c u p u nt u r e , 2 0 0 7 , 3 4 1 – 3 4 7 p Y AM A M U R A, Y . A c u p u nt u r a t r a d i c i o n a l : A a r t e d e i n s e r i r . E d . R o c a , S ã o P a u lo , 1 9 9 3 . Y AM A M U R A, Y . T r a t a d o d e m e d i c i n a c h i n e s a . S ã o P a u lo : R o c a , 1 9 9 3 , 691p. 1 ed. Z O T T E R M AN , Y . T o u c h, p a i n a n d t i c k l i n g : a n e l e c t r o p h ys io lo g i c a l i n v e s t ig a t io n o n c u t a ne o u s s e ns o r y ne r v e s . J P h ys io l 9 5 : 1 - 2 8 , 1 9 3 9 .