INSTITUTO HOMEOPÁTICO JACQUELINE PEKER
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNTURA VETERINÁRIA
REVISÃO DE LITERATURA: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA
ACUPUNTURA VETERINÁRIA
PEDRO HENRIQUE PAES SCOTT E SILVA
BELO HORIZONTE
2011
REVISÃO DE LITERATURA: PRINCÍPIOS BÁSICOS DA
ACUPUNTURA VETERINÁRIA
PEDRO HENRIQUE PAES SCOTT E SILVA
BELO HORIZONTE
2011
Monografia apresentada ao Instituto Homeopático Jacqueline Peker,
como parte integrante do Curso de Especialização em Acupuntura
Veterinária.
Orientador: Professor Leonardo Rocha Vianna
D edi c o es s a monogr a f ia a os meus pa is :
Ja cir e R osâ ngela .
“Jamais creia que os animais sofrem menos do que os humanos. A dor é
a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar
a si mesmos.” (Dr. Loui s J. Ca muti 18 94-1981)
Resumo:
A
a cu pu ntur a
vet er i ná r ia
é
u ma
t écnica
milenar
chinesa,
e,
ult i ma ment e t e m s i do ut i li za da e es t u da da por pr of is s i ona is oc i dent a is , c o m o
f o r ma c o m p l e m e n t a r n a a p l i c a ç ã o d a M e d i c i n a V e t e r i n á r i a . C o m o a u m e n t o
do i nt er es s e dos pr opr i et á r i os e dos mei os de c omu ni ca çã o, os m édi c os
vet er i ná r i os
estã o
a cupu ntur ista s.
r ec or r endo
N es s a
revisão
c onsta nt ement e
de
lit eratura,
ao
os
auxílio
M édicos
dos
colegas
Vet er i ná r i os ,
e n c o n t r a r ã o i n f o r ma ç õ e s a r e s p e i t o d o f u n c i o n a m e n t o b á s i c o d a a c u p u n t u r a ,
a l gu ns de s eu s fu nda me nt os c i ent í fi c os , os pr i nc íp i os da a cup u nt ur a d e
a c o r d o c o m a M e d i c i n a T r a d i c i o n a l C h i n e s a e t a mb é m c i t a ç õ e s d o s c a s o s
ma i s c o m u n s a s e r e m i n d i c a d o s p a r a e s s e t i p o d e t r a t a m e n t o .
Pa la vr a s
c ha ve:
Acu pu ntur a ,
fu nda me nt os
me di c i na vet er i ná r ia , medi c i na t r a dic i ona l c hi nes a .
c ient íf ic os,
pr inc íp ios,
Sumário
INTRODUÇÃO: ............................................................................................................................................ 1
JUSTIFICATIVA: .......................................................................................................................................... 2
OBJETIVOS:.................................................................................................................................................. 2
CONCEITO:................................................................................................................................................... 2
O QUE SIGNIFICA ACUPUNTURA:........................................................................................................... 5
DIAGNÓSTICO: ............................................................................................................................................ 7
BASES CIENTÍFICAS:................................................................................................................................ 11
TEORIAS BÁSICAS DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA: ......................................................... 15
A TEORIA DO YIN-YANG ............................................................................................................................. 15
A TEORIA DOS CINCO MOVIMENTOS:............................................................................................................ 16
A TEORIA DO ZANG-FU:.............................................................................................................................. 18
A TEORIA DOS CANAIS COLATERAIS (JING-LUO):.......................................................................................... 19
QUANDO INDICAR A ACUPUNTURA:.................................................................................................... 20
CONTRA INDICAÇÕES DA ACUPUNTURA NA MEDICINA VETERINÁRIA:................................... 20
RESULTADOS ESPERADOS: .................................................................................................................... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS:....................................................................................................................... 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ........................................................................................................ 22
1
I nt r o d u ç ã o :
A
M edic ina
Vet er i ná r ia
T r a dic iona l
Chinesa
(M VT C )
tem
sido
u t i l i z a d a n o t r a t a m e n t o d e a n i ma i s n a C h i n a p o r m i l h a r e s d e a n o s ( X I E , H . &
P R E A S T , V . 2 0 0 7 ) . E s s e s i s t e ma t e v e i n í c i o e m é p o c a s p r é - h i s t ó r i c a s e f o i
b a s e a d o n a t e n t a t i v a e e r r o c o m o f o r ma d e e n t e n d e r a s d o e n ç a s d o s a n i ma i s
domést icos.
At é
os
dias
de
hoje,
c a da
geraçã o
tem
a dic iona do
os
c onhec i m ent os e des c ob er t a s de s eu s a nt epa s s a dos . C om a i nc or p or a çã o de
n o v a s i n f o r ma ç õ e s a o l o n g o d o t e m p o , a M V T C c o n t i n u a e m u m p r o c e s s o d e
m u d a n ç a e c r e s c i m e n t o , s e ma n t e n d o a t u a l , a d a p t á v e l e e f e t i v a p o r t o d o e s s e
t emp o.
As or i gens da a cupu nt ur a p er de m-s e na pr é- his t ór ia c hi nes a , de fa t o,
a gu lha s de p edr a e de esp inha de p eix e f or a m ut iliza da s na China dur a nt e a
i da de da p edr a (c er ca de 3 000 a nos a . C . ), e t ê m s ua s r a íz es na mit ol ogia d o
p e n s a m e n t o T a o í s t a e d a C h i n a a n t i g a . O t e x t o ma i s a n t i g o é o C l á s s i c o d e
M edic ina
I nt er na
do
I mp er a dor
A ma r e l o
(Hua ng
Ti
Nei
C hing),
t ext o
c lá ssic o e fu nda menta l da M edic ina T ra dic iona l C hinesa , qu e des cr ev e
a s pect os a na t ômi c os , f is i ol ógi c os , dia gnós t i c os e t er a p êut ic os da s mol és t ia s
à l u z d a m e d i c i n a o c i d e n t a l , e q u e p r o v a v e l m e n t e f o i a mp l i a d o , a o l o n g o d e
vá r i os s éc u l os , a t é s ua ver s ã o def i nit i va p or volt a do s écu l o I a . C . El e
a b r a n g e u t o d a s a s f o r ma s d e m e d i c i n a , i n c l u i n d o a m o x a b u s t ã o , a a c u p u n t u r a
e as
er va s . Na s egu nda
d e s c r i ç ã o s i s t e má t i c a n o
livr o O Clá ss ic o da
Acupu ntur a (Z hen J iu J ia J ing), p or volt a de 259 d.C., f or a m esta b elec idos
os nom es e a s s up os t a s fu nç ões de t odos os p ont os (M A, 1992 ).
O s a n t i g o s m é d i c o s c h i n e s e s d e s e n v o l v e r a m, i n i c i a l m e n t e , o s i s t e m a
da a cupu nt ur a dent r o da es t r ut ur a fi l os óf ica e cu lt ur a l do T a oís mo, u m
s i s t e ma q u e s i g n i f i c a s u b m e t e r - s e a o s i m p u l s o s e s p o n t â n e o s d a n a t u r e z a
e s s e n c i a l m e n t e p r ó p r i a d e u ma p e s s o a e a l c a n ç a r a u n i d a d e c o m o T a o
( d i r e ç ã o ) , o p a d r ã o - b a s e d o u n i v e r s o , u ma f o r ç a a b s t r a t a r e s p o n s á v e l p e l a
c r i a ç ã o , i n t e r l i g a ç ã o , mu d a n ç a e d e s e n v o l v i m e n t o e m t o d a s a s c o i s a s . E s s a
fi l os of ia de “ ir com o f lu x o” é mu it o t ent a dor a pa r a a s pes s oa s qu e s e
s ent em pr esa s no a mb ient e de gr a nde pr essã o do Oc ident e, o qu e e m pa r t e
2
exp l ica o cr es c i m ent o da p opu la r i da de d e t er a p ia s c omo a a c upu nt ur a , qu e
s ã o c ons i der a da s c omo de “ volt a à na t ur eza ” (ER NS T , 2001).
J us t i f i c a t i v a :
A M edi c i na Vet er i ná r ia , a s s i m c omo a s dema is pr of i s s ões , es t á e m
c onsta nt e mu da nça . Na bus ca
do a p er f ei ç oa ment o t a nt o do
dia gnóst ic o
qua nt o da s moda l i da des t er a p êut i ca s , a M edic i na Vet er i ná r ia T r a dic i ona l
C hi nes a (M VT C ) t em s i do ut i l i za da e es t uda da p or pr of is s i ona is oc i dent a is ,
c o m o f o r ma c o m p l e m e n t a r n a a p l i c a ç ã o d a M e d i c i n a V e t e r i n á r i a o c i d e n t a l .
O i nt er es s e dos mei os de c omu ni ca çã o a s s i m c omo o i nt er es s e dos
pr opr i et á r i os t em l e va do os médi c os vet er i ná r i os a bus ca r em a a ju da dos
c ol ega s a cupu nt ur is t a s . Os r es u lt a dos f a vor á vei s obt i dos c ont r ibu e m pa r a
es t i mu la r a cur i os i da de s obr e es s a t éc n i ca mi l ena r c hi nes a . Os a r t i gos e
livr os
sobre
publicações
s eminá r ios
a cup u ntur a
da
pr of issã o,
t êm a b er t o
vet er i ná r ia
assim
espaço
já
como
são
as
a c eit os
pela
c onf er ênc ia s ,
imp or ta nt e pa r a
a
ma i o r i a
c ongr ess os
dis cussã o
e tr oca
da s
e
de
i n f o r ma ç õ e s s o b r e a c u p u n t u r a .
Objetiv os:
E s s a r e v i s ã o d e l i t e r a t u r a t e m c o m o o b j e t i v o i n f o r ma r a o s d e ma i s
M édicos
Vet er i ná r i os ,
nã o a cup u ntur is ta s,
a r es p eit o
do
fu nc iona ment o
bá s ic o da a cu pu nt ur a , a l gu ns de s eus fu nda ment os c i ent íf i c os , os pr i nc íp i os
d a a c u p u n t u r a d e a c o r d o c o m a M e d i c i n a T r a d i c i o n a l C h i n e s a e t a mb é m c i t a r
os ca s os ma is c omu ns a s er em i ndi ca dos pa r a es s e t ip o de t r a t a ment o.
Conceito:
A c u p u n t u r a é u m d o s m é t o d o s ma i s a n t i g o s d e t e r a p i a C h i n e s a . O
t er mo acu pun ct ur e vem do La t i m, a cus qu e s i gni f i ca “ a gu l ha ” e pung er e qu e
3
s i gni f ica p er fur a r . Es s e mét odo i mp l ic a em fur a r / a t ra ves s a r a p el e c o m
a g u l h a s e s p e c í f i c a s e m l o c a i s d e t e r m i n a d o s d o c o r p o , c h a ma d o s p o n t o s d e
acupunt ura, c om a f i na l i da de de pr evenir ou t r a t a r doença s ( ALT M AN,
1 9 9 8 ) . O s p o n t o s d e a c u p u n t u r a s ã o c h a ma d o s d e s h u - x u e e m C h i n ê s . S h u
s i gni f ica t r a ns p or t a r , dis t r ibu ir ou c omu ni ca r -s e; xu e s e r ef er e a u m bur a c o
ou depr es s ã o. P or t a nt o, a cup ont os s ã o os l oca i s es p ec ia is onde a ener gia dos
c a n a i s d e a c u p u n t u r a s e ma n i f e s t a n a p e l e e s e c o m u n i c a c o m o r e s t a n t e d o
c or p o.
D e a c or do c o m S c ogna mi l l o-S za b ó & B ec ha r a , 2010, a es t i mu la çã o
desses
p ont os
p or
mét odos
mod er nos
inclu i,
a cupr essã o,
a gu lha me nt o,
v a r i a ç ã o d e t e m p e r a t u r a , e l e t r o a c u p u n t u r a , i mp l a n t a ç ã o , u l t r a s s o m, l a s e r ,
i n d u ç ã o ma g n é t i c a , i n j e ç õ e s e s a n g r i a .
A c u p r e s s ã o é p r o v a v e l m e n t e u ma d a s p r i m e i r a s f o r ma s d e t e r a p i a d e
p o n t o s . É a ma s s a g e m d o p o n t o c o m a p l i c a ç ã o d a p r e s s ã o d i g i t a l o u d e
ma s s a g e a d o r e s d e m a d e i r a , c o m o n o S h i a t s u , D o - I n , J u n S h i n , D o J i t s u e
T s ubo. P ode s er des cr it a c omo u ma p r es s ã o c om os dedos , a pl i ca da à
s up er f í c i e do c or p o em u ma á r ea ger a l ou em l oca is ou p ont os es p ec í f ic os .
A q u i s e i n c l u i t a mb é m a p r e s s ã o n e g a t i v a , c o m o a a p l i c a ç ã o d e v e n t o s a s . E m
a n i ma i s , o u s o d e v e n t o s a s é d i f i c u l t a d o p e l a p r e s e n ç a d e p ê l o s .
A g u l h a m e n t o : E x i s t e u m a g r a n d e v a r i e d a d e n o t a ma n h o d a s a g u l h a s ,
b e m c o m o n o p r o c e d i m e n t o d e i n s e r ç ã o e d e ma n i p u l a ç ã o d e s s a s . O m a t e r i a l
ma i s u t i l i z a d o é o a ç o i n o x i d á v e l . N o r m a l m e n t e o a g u l h a m e n t o a t r a v e s s a a
d e r m e a t i n g i n d o o t e c i d o s u b c u t â n e o , p o d e n d o a l c a n ç a r mú s c u l o s o u o s s o s .
Agu lha s
i nt r a dér mi ca s
são
ut iliza da s
pr inc ipa lment e
em
p ont os
de
a cupu nt ur a no pa vi l hã o a ur i cu la r . Ap ós s ua col oca çã o, es t a s a gu l ha s s ã o
fi xa da s c om es pa r a dr a po e r et i da s por u m p er í odo qu e p ode va r ia r de u m dia
a u ma s e m a n a . T a l t é c n i c a é p o u c o e x e c u t a d a e m a n i m a i s . O u s o d e a g u l h a s
hip odér mica s e m su bst itu içã o à s a gu lha s de a c upu ntur a é a dota do c o m
suc ess o em eqü inos e b ovinos.
Va r ia çã o de t e mp er a t ur a : Os c hi nes es des c obr ir a m qu e o a qu ec i ment o
do c or p o c om a r eia ou p edr a qu ent e em c er t os l oca is , a l i via va a s dor es
4
a b d o m i n a i s e a r t i c u l a r e s . E s s a f o i a o r i g e m d a m o x a . A t é c n i c a ma i s
pr a t ica da é a moxa bus t ã o i ndir et a , c om a qu ec i m ent o do p ont o c o m ba s t ões
i nca ndes c ent es de Ar t e mí s i a s i ne ns i s . P a r a a moxa bus t ã o dir et a , a “ lã ” da
er va é c ol oca da s obr e o p ont o e a c es a , deixa ndo-a qu ei ma r em dir eçã o à
p e l e . O u t r a f o r ma é o u s o d e l u z i n f r a v e r m e l h a o u u l t r a v i o l e t a . A a p l i c a ç ã o
de fr i o é t a mb ém u m mei o ef et i vo pa r a pr omoçã o da a na l ges ia , nes s es ca s os
o s ma t e r i a i s m a i s u t i l i z a d o s s ã o g e l o o u v a p o r i z a ç ã o t ó p i c a d e f l u o r i m e t a n o ,
c l or et o de et i la , flu or et i l ou di c l or ot et r a f lu or et a no.
El et r oa cupu nt ur a : C ons is t e na pa s s a gem de c or r ent e el ét r i ca a t r a vés da
a g u l h a . A e s c o l h a d o f o r ma t o d a o n d a , f r e q ü ê n c i a e i n t e n s i d a d e d a d e s c a r g a
vã o def i nir o t ip o de ef ei t o qu e s er á a t i ngi do. É, pr ova vel m ent e, dep oi s do
a g u l h a m e n t o s i m p l e s , a t é c n i c a ma i s d i s s e m i n a d a e m e l h o r e s t u d a d a d e
a cupu ntur a .
I mp la nt e: T r a ta -se de u m pr oc edi me nt o c ir úr gic o-a mbu la t or ia l qu e
o b j e t i v a a t i n g i r u ma e s t i m u l a ç ã o p r o l o n g a d a o u m e s m o p e r m a n e n t e d o s
pont os.
Essa
t éc ni ca
é
ut iliza da
com
a
aplicaçã o
de
fra gment os
e s p e c i a l m e n t e p r e p a r a d o s e c o n f e c c i o n a d o s d e d i v e r s o s ma t e r i a i s . E s s e s
podem
s er
ca t egut e,
aço
inox idá vel,
pla t ina
e
our o.
O
imp la nt e
de
fr a gment os de our o pa r a o tr a ta ment o de dis p la sia c ox of e mur a l em cã es é
pr á t ica c omu m ent r e a cup u nt ur is t a s vet er i ná r i os e t es t es c l í ni c os mos t r a m
r es u lt a dos p os it i vos e dur a dour os . É i m por t a nt e qu e es s a t éc ni ca nã o s eja
c onf u ndi da c om i mp la nt e de a gu l ha s p er ma nent es , u m pr oc edi m ent o qu e
r emet e a vá r ia s c omp lica ç ões.
U l t r a s s o m,
La s er ,
I ndu çã o
Magnética:
São
t oda s
t écnicas
nã o
i nva s i va s , r á pi da s e i ndol or es . N ec es s it a m de a pa r el ha gem es p ec íf i ca e s ã o
mu it o
ut iliza dos
em
pacientes
com
baixa
t ol er â nc ia
ao
a gu lha ment o
(LI GNO N et a l. , 2002).
I n j e ç ã o : S e g u n d o a t e o r i a d a M T C , é c a p a z d e ma n t e r o e s t í m u l o p o r
p er í odo pr ol onga do, a l ém de p ot enc ia l i z a r o ef eit o da s ubs t â nc ia ut i l i za da .
Aqua pu ntur a , oz ôniopu ntur a , fit op u ntur a , homeop u ntur a e he mopu ntur a sã o
a s f o r ma s m a i s c o m u n s . A f a r ma c o p u n t u r a o u i n j e ç ã o d e f á r ma c o s n o s p o n t o s
5
t e m s i d o u s a d a c o m s u c e s s o e m a n i m a i s . A u t o r e s c h i n e s e s a f i r ma m q u e , e m
mu ita s s itua ç ões, o us o de sub dos es pr oduz u m ef eit o longo e s imila r à dos e
c onvenc i ona l, c om a va nt a gem de ca us a r menos ef ei t os c ola t er a is ( NIE et
a l. , 2001; W ANG et a l. , 2007). S eu us o em M edi c i na Vet er i ná r ia c ont r ib u i
c om a r eduçã o do us o indis cr imina do de me dica ment os, dimi nu indo os
e f e i t o s c o l a t e r a i s , o s r e s í d u o s n o s a n i ma i s d e c o n s u m o e o c u s t o d o s
t r a t a ment os ( AL VAR ENG A et a l. , 1998; W YN N et a l. , 2001; B OT T EC C HIA
et a l. , 2006a ; BOT T EC C HI A et a l. , 2006b ; LUN A et a l. , 2008).
S a n g r i a : P e r ma n e c e c o m o u m r e c u r s o b a s t a n t e u t i l i z a d o e m M e d i c i n a
Vet er i ná r ia ,
principalment e
em
qua dr os
a gu dos
dolor os os
ou
febris.
O
v o l u m e d e s a n g u e r e t i r a d o e s t á l i g a d o a o p o r t e d o a n i ma l e é v a r i á v e l .
O que significa Acupuntura:
D e a c or do c om T om S inta n W en, 1985, Acupu ntur a Clá ss ica Chinesa , a
a cupu nt ur a nã o es t á volt a da dir et a ment e pa r a os a gent es a gr es s or es ext er nos
e, p or is s o, s eu t r a t a ment o nã o vis a a p ena s a tr a ta r o l oca l c ompr om et i do no
c o r p o , ma s a g e s o b r e t o d o o s i s t e ma n e r v o s o , e s t i m u l a n d o o m e c a n i s m o d e
c o m p e n s a ç ã o e e q u i l í b r i o e m t o d o o c o r p o , d e s t a f o r ma s a n a n d o o p r o c e s s o
d e d o e n ç a . U m b o m e x e m p l o s ã o a s d o e n ç a s q u e s e o r i g i n a m a p a r t i r d a má
a bs or çã o de vit a mi na s e nes s es ca s os de def ic i ênc ia , p ode- s e obt er b ons
r es u lt a dos a t r a vés da Acupu nt ur a , dis p e ns a ndo-s e o us o da s vit a mi na s . O
mes mo oc or r e c om outr a s doença s endócr ina s, oca s iã o e m qu e s e c ons egu e m
mu it os b ons r es u lt a dos c om a Acupu nt ur a s em o us o de hor môni os ex ógenos .
P es qu is a s
r ec ent es
visa m
a
ent end er
o
meca nis mo
de
açã o
da
Acupuntura:
1. A Ac upu nt ur a a lt er a a c ir c u la çã o s a ng üí nea . A pa r t ir da es t i mu la çã o
de
c er t os
p ont os,
pode-se
a lt er a r
a
dinâ mica
da
cir cu laçã o
regiona l
pr ovenient e de micr odila ta ç ões. Outr os pont os pr omov em o r ela xa ment o
m u s c u l a r , s a n a n d o o e s p a s m o , d i m i n u i n d o a i n f l a ma ç ã o e a d o r .
6
2. O es t í mu l o de c er t os p ont os pr omove a l ib er a çã o de hor môni os ,
c omo o c or t is ol e a s endor f ina s, pr omo ve ndo a a na lges ia .
3. A Acup u nt ur a a ju da a a ument a r a r es is t ênc ia do pa c i ent e. Qua ndo há
a gr es s ã o
ext er na ,
a lgu ns
s ist emas
or gâ nic os
sã o pr eju dica dos.
Há
u ma
r egu la çã o i nt er na pa r a of er ec er r es is t ênc i a à doença . A Acupu nt ur a exa c er ba
es t es meca ni s mos pa r a qu e e m m enos t emp o o equ i l íbr i o e a s a ú de s ej a m
r es t a b el ec i dos .
Mu itas
p es qu isa s
r evelam
s er
p os sível
o
es t í mu l o
do
hip ot á la mo, da hip ófi s e e de out r a s glâ ndula s qu e a t ua m na r ecu p er a çã o.
4. A Acupu nt ur a r egu la e nor ma l iza a s fu nç ões or gâ nica s . As di ver s a s
fu nç ões no hom e m e a ni ma is s ã o i nt er -r ela c i ona da s . S e há a l gu m dis t úr b i o
a l t e r a n d o e s s e i n t e r - r e l a c i o n a m e n t o , o c o r r e a ma n i f e s t a ç ã o d e s i n t o ma s e a
doença
se
es t a b el ec e.
O
est ímu lo
p ela
Ac upu nt ur a
pode
equ ilibrar
e
r es t a b el ec er os r ela c i ona ment os a nt er i or es e a pr es s a r a r ecup er a çã o.
5. A Acu pu nt ur a pr omov e o met a b ol is mo. O met a b ol is mo é f u nda ment a l
n a ma n u t e n ç ã o d a v i d a . E m c e r t a s c o n d i ç õ e s d e d o e n ç a , h á a l t e r a ç ã o d o
met a b ol is mo dos di ver s os ór gã os , c om c ons eqü ent e pr os t r a çã o e def i c i ênc ia
do or ga nis m o. A Acupu nt ur a p er mi t e a r ecup er a çã o des s e met a b ol is mo,
imp or ta nt e no pr oc ess o de cur a .
O pr i nc íp i o t er a p êut ic o c ons is t e na es c ol ha de u m m ét odo ef i ca z,
s i mp l es , qu e s eja ca pa z de r es t a ur a r a s a úde do pa c i ent e.
A es c ol ha da moda l i da de t er a p êut i ca dep ender á da pa t ol ogia e m s i e
da s c ondi ç ões a pr es ent a da s p el o pa c i en t e. Exis t e m mu it os a cupu nt ur is t a s
leigos,
qu e,
p or
des c onhec er e m
os
mét odos
t er a p êut i c os
da
medic ina
mod er na , ou p or s er em da op i niã o qu e a Acupu nt ur a é ca pa z de t r a t a r t odos
os t ip os de doença s , pr ej u dica m o pa c i ent e, pr i va ndo- o de r ec eb er u m
tr a ta ment o ma is a dequa do e esp ec íf ic o.
P a r a q u e s e p o s s a t r a t a r u ma d o e n ç a , é p r e c i s o s a b e r c h e g a r a o s e u
dia gnós t i c o. O es qu ema t er a p êut ic o de ve ent ã o s er a r qu it et a do p or u m
pr of is s i ona l m édi c o vet er i ná r i o c omp et e nt e, qu e l oca l i za r á o c ont r ol e e os
7
cu ida dos dur a nt e o p er íodo do tr a ta ment o. P or ex emp lo, no ca s o de doença s
d o l o r o s a s , o t r a t a m e n t o i m p l i c a n ã o s ó o c o n t r o l e d a d o r e m s i , ma s t a m b é m
a busca e a cura de sua causa.
A Acup u nt ur a é u ma a r t e t er a p êut i ca qu e deve es t a r ent r e a s pr i m eir a s
i ndi ca ç ões na t er a pêut ica de mu it a s pa t ol ogia s e deve s er ex er c i da p or
mé di c os vet er i ná r i os es p ec ia l iza dos ou p es s oa l es p ec ia l ment e t r ei na do.
Diagnóstico:
O
dia gnóst ic o
r ela c iona do
ao
na
Pa dr ã o
MTC,
de
s egu ndo
I dent if ica ç ã o,
Maciocia,
p ois
es t á
f or nec e
as
dir et a me nt e
f er r a ment a s
nec es s á r ia s pa r a o dia gnós t ic o. O dia gnós t i c o c hi nês é ba s ea do no pr i nc íp i o
qu e os s i na is e s i nt oma s a pr es ent a dos r ef l et em a s c ondi ç ões dos S is t ema s
I n t e r n o s . D e s s a ma n e i r a , é n e c e s s á r i o o b s e r v a r o s s i n a i s e x t e r n o s p a r a
i d e n t i f i c a r a c a u s a d e u ma d e s a r m o n i a n o s i s t e m a i n t e r n o .
D e a c or do c om a ba s e do dia gnóst ic o c hinês, pr a tica ment e tu do ( p ele,
os s os , emoç õ es , odor es , mer i dia nos , es t a do me nt a l, l í ngua , puls os , há bit os ,
f l u i d o s c o r p ó r e o s , e t c . ) r e f l e t e m n o e s t a d o d o s S i s t e ma s I n t e r n o s e p o d e m
s er ut i l i za dos no dia gnós t ic o.
Out r a pa r t e fu nda ment a l do dia gnós t ic o c hi nês é a qu e r ef l et e o t odo,
o u s e j a , a t r a v é s d e u ma p a r t e d o c o r p o p o d e m o s r e t i r a r mu i t a i n f o r ma ç ã o d e
todo o or ga nis mo, s endo ex emp lo diss o, o dia gnóst ic o a tr a vés da língua , do
puls o e da fa c e. N o ent a nt o t odos es t es s i na is e s i nt oma s deve m s er vis t os
dentr o de u m pa dr ã o signif ica tivo de desa r monia .
O q u e p a r a u m a n i ma l p o d e s e r u m a d e s a r m o n i a , p a r a o u t r o s e r á o s e u
e s t a d o n o r ma l . P o r i s s o a o a n a l i s a r t o d o s o s s i n a i s e s i n t o m a s , e s t e s d e v e m
s e r v i s t o s i n d i v i d u a l m e n t e e t a m b é m d a f o r ma c o m o s e r e l a c i o n a m c o m t o d o s
os outr os, pa r a qu e o dia gnóst ic o f ina l s e ja o ma is c onf iá vel p oss ível.
8
D e a c or do c om Ma c ioc ia , G. (1996), Os Funda ment os da M edic ina
T ra di c i ona l C hi nes a , o dia gnós t i c o c hi nês i nc lu i qua t r o mét odos des cr it os
tr a dic iona lment e c omo:
1. Apa r ênc ia (Obs er va çã o)
2. Au diçã o (e Olfat o)
3. Ana mn es e
4. Sensa çã o ( ou Pa lpa çã o)
A o b s e r v a ç ã o é u ma g r a n d e f e r r a m e n t a n o d i a g n ó s t i c o c h i n ê s , p o i s
a tr a vés
desta podemos
obt er
mu itas
i n f o r ma ç õ e s .
De
a c or do
com
ess e
d i a g n ó s t i c o p o d e - s e o b s e r v a r mu i t o s e l e m e n t o s , d e n t r e e l e s , o E s p í r i t o .
O
“Espírit o”
neste
c ont ext o
tem
vá r ios
s ignif ica dos,
tal como
a
v i t a l i d a d e d o a n i m a l , s e u e s t a d o m e n t a l , e m o c i o n a l e e s p i r i t u a l . S e o a n i ma l
a pr es ent a “ Es pír it o”, ent ã o t em u ma c om pl ei çã o s a u dá vel, mús cu l os f ir mes ,
fa c e c or a da e ol hos br i l ha nt es , a ment e e s t á nít i da e a r es p ir a çã o é b oa . P el o
c o n t r á r i o , s e n ã o a p r e s e n t a “ E s p í r i t o ” , o s mú s c u l o s f i c a m f l á c i d o s , o s o l h o s
p er de m o br i l ho, a ment e p er de a lu c i dez e a r es p ir a çã o a pr es ent a s ib i l os .
Um s egu ndo a s p ect o qu e p ode s er obs er vá vel é o “ or ga nis mo”. Es t e
aspecto
deve
s er
vist o
segundo
t r ês
p er s p ect i va s .
Qua nt o
ao
t ip o
de
c onst itu içã o f ís ica , qua nt o à s mu da nça s lenta s na a pa r ênc ia , e qua nt o à s
mu da nça s r á pida s.
O dia gnóst ic o a t r a vés da Au di çã o i nc lu i ou vir o s om e t om de voz,
t os s e, r es p ir a çã o, vômi t o, s olu ç o, b or bor i gmos , gemi do e qua l qu er s o m
emit ido
pelo
a n i ma l . N o
geral
um
som
a lt o
indica
um
pa dr ã o
C heio,
enqua nt o u m s om fr a c o denot a u m pa dr ã o de Va z i o.
O d i a g n ó s t i c o a t r a v é s d a A n a m n e s e é u ma d a s p a r t e s f u n d a m e n t a i s
para
o
dia gnóst ic o
chinês.
T ent a -s e,
a t r a vés
de
u ma
conversa com
o
9
p r o p r i e t á r i o , o b t e r i n f o r ma ç õ e s q u e n o s p e r m i t a m i d e n t i f i c a r u m p a d r ã o ,
des c obr i ndo c omo s ur giu a des a r monia , qua is os há b it o de vi da do pa c i ent e,
os s i nt oma s qu e el e i dent i f ica e mu it a s vez es des c obr ir a a us ênc ia de
d e t e r m i n a d o s s i n a i s o u s i n t o ma s , ma s q u e s ã o i g u a l m e n t e i m p o r t a n t e s p a r a a
def iniçã o do pa dr ã o de desa r monia . Ass im o ob jet ivo pr inc ipa l da Ana mn es e
é i dent i f ica r ob j et i va ment e o pa dr ã o pr edomi na nt e.
O dia gnós t i c o a t r a vés da pa lpa çã o é ba s t a nt e c omp l ex o, a pr es ent a ndo
mu ita s r a mif ica ç ões. D entr e a s r a mif ica ç ões t em- s e o dia gnóst ic o do pu ls o,
q u e é m u i t o i m p o r t a n t e p o r d u a s r a z õ e s . E l e f o r n e c e i n f o r ma ç õ e s d e t a l h a d a s
s o b r e o e s t a d o d o s S i s t e ma s I n t e r n o s e r e f l e t e o e s t a d o g e r a l d o Q i e d o
S a ngu e. O pr i nc i pa l obs t á cu l o no dia gnós t i c o a t r a vés do pu ls o c ons i s t e n o
fa t o de s er ext r ema ment e s ub j et i vo, a l é m de s er mu it o di f íc i l de a pr ender .
P a ra a a ná l is e do pu ls o di vi de- s e es t e em t r ês á r ea s , ca da u ma c o m t r ês
ní vei s de pr ofu ndi da de: s up er f ic ia l, méd i o e pr ofu ndo. A ca da p os i çã o, e m
ca da u m dos pu ls os , va i c or r es p onder a um s is t ema do c or p o (u m Za ng-F u).
F eit o o dia gnós t ic o, os p ont os es c ol hi dos , a pr ofu ndi da de da i ns er çã o
da a gu l ha , a t éc nica de es t i mu la çã o a p l i ca da na s a gu l ha s , a s s i m c omo a
dur a çã o de ca da s eçã o e o t e mp o de t r a ta ment o va r ia de a c or do c o m a s
c ondi ç ões qu e s er ã o t r a t a da s (ALT M AN, 1992).
A t eor ia c lá ss ica da a cupu ntur a r ec onhe c e 365 a cu p ont os no ca minho
dos
m er i dia nos
ener gét i c os .
São
14
( qua t or z e)
ca na is
ou
m er i dia nos
r egu la r es ( XIE, H. & P R EAS T , V. 2007) . C om a i nc lus ã o de p ont os mis t os
ou
ext r a s
e
novos
p ont os
ut iliza dos
na
acupuntura
da
or elha
(a ur ic ul opu nt ur a ) o t ot a l de p ont os t em c r es c i do pa r a pel o m enos 2000 ( dois
mi l ) qu e p ode m s er usa dos (K AP T C H UK, 1985).
C a d a a c u p o n t o t e m u ma f u n ç ã o d e f i n i d a e e s p e c í f i c a b a s e a d a n a
r e s p o s t a d o c o r p o . A l g u n s p o n t o s p o d e m s e r u s a d o s s ó s , ma s é m a i s c o m u m
usa-los
em
c onju nt o
para
alca nçar
o
efeito
es p er a do.
O
tratament o
c onvenc i ona l p ode envol v er a ut i l iza çã o de p ou ca s a gu l ha s , c omo a p ena s
u ma , o u v á r i a s a g u l h a s , c o m o 2 0 ( v i n t e ) a g u l h a s ( X I E , H . & P R E A S T , V .
2007).
10
O s uc es s o da a pl ica çã o da a cupu nt ur a de p ende pr i nc ipa l m ent e de t r ês
i mp or t a nt es fa t or es : o p ont o de a cu pu nt ur a , o mét odo de es t i mu la çã o e a
r es p os t a obs er va da . Exp er i ment os mod er nos t êm mos t r a do qu e os p ont os de
a cupu nt ur a es t ã o l oca l i za dos onde oc or r e a penet r a çã o de ner vos nos t ec i dos
ou onde os pr ópr i os ner vos s e di vi de m.
Exist e m qua tr o gr a ndes tip os de p ont os de a cu pu ntur a . T ipo I ( mot or ),
s ã o o s p o n t o s ma i s c o m u n s e e s t ã o l o c a l i z a d o s o n d e o s n e r v o s p e n e t r a m n o s
mús cu l os . T ip o II, os p ont os s ã o l oca l iz a dos onde os ner vos s e i ns er em na s
linha s média s, ventr a l e dor sa l do c or p o. O T ip o II I, sã o os p ont os qu e estã o
l oca l i za dos nos r a mos dos ner vos s up er f i c ia is . O T ip o I V, s ã o os p ont os qu e
es t ã o l oca l i za dos onde os ner vos p enet r a m nos t endões (G UNN, 1976 ).
A ma i or ia dos p ont os de a cupu nt ur a es t á l oca l i za da em á r ea s de ba i xa
r es is t ênc ia el ét r i ca e a lt a c ondut â nc ia da p el e. M a is pr ofu nda m ent e no
pont o, s e enc ont r a m a cu mu la da s a s p or ções f i na is de ner vos , p equ ena s
a r t er í ola s ,
veias,
va s os
linfá t ic os
e
ma s t ó c i t o s
no
tecido
p er if ér i c o
(EGER B AC H ER , 1971). A es t i mu la çã o de s s es p ont os r es u lt a na degr a nu la çã o
dos
ma s t ó c i t o s ,
a tiva çã o
da
cascata
i n f l a ma t ó r i a ,
a lt er a çã o
no
flu x o
sa ngu íneo e linfá tic o e da c ondu çã o dos impu ls os ner vos os a o sist e ma
n e r v o s o c e n t r a l . E s s e s r e s u l t a d o s l e v a m a u ma r e s p o s t a l o c a l q u e s e e s p a l h a
a o longo do t emp o p or todo eix o neur a l invoca ndo nu mer osa s mu da nça s
bi oqu í mi ca s dent r o do s is t ema ner vos o, e, event ua l ment e p or t odo o c or p o
(XI E, H. & P R EAS T , V. 2007).
O c o n c e i t o q u e ma i s s e a p r o x i ma d a d e f i n i ç ã o d e a c u p o n t o s , d e n t r o d a
me di c i na oc i dent a l, é o dos p ont os ga t i l ho. (T R AVE LL & J. , R INZLER ,
1955). Um p ont o- ga t i l ho é u m l oca l da pel e qu e, qua ndo r ec eb e es t í mu l o,
p r o d u z d o r e m u ma á r e a a d j a c e n t e o u r e m o t a . E l e s s ã o c a u s a d o s p o r t e n s ã o
o u e s p a s m o m u s c u l a r p r o l o n g a d o , o u s ã o r e s u l t a n t e s d e u ma i n f l a ma ç ã o
(KEN N AR D M A, H AUGE N F P , 1955).
M u i t o s d o s p o n t o s d e a c u p u n t u r a c o i n c i d e m c o m o s d e r ma t ô m o s o n d e a
dor está s edia da , loca liza ndo-s e e m r egiões r ica ment e iner va da s e onde há
11
gr a nde c onc ent r a çã o de p ont os - ga t i l ho. C er ca de 71% a 80% dos p ont os de
a cupu ntur a
c or r es p onde m a os
p ont os- ga tilho,
ou
a
p ont os
mot or es
dos
mús cu l os es qu el ét i c os (M EL Z AC K R . et a l. , 1977).
A
r es p os t a
inicial
exp er i ment a da
com
a
ins er çã o
da
a gu lha
de
a c u p u n t u r a é c h a ma d a d e " D e Q i " s i g n i f i c a n d o “ a c h e g a d a d o Q i ” o u “ a
c hega da da ener gia a o p ont o de a cupu nt ur a ”. Nes s e c ont ext o, Q i p ode s er
i nt er pr et a do c om o ener gia . O Q i c ons is t e e m t oda s a s a t i vi da des vit a is qu e
inc lu em o esp ir itua l, emoc iona l, me nta l e a sp ect os f ís ic os da vida . O Q i
via ja p or t odo o c or p o a t r a vés de “ mer i dia nos ”. Os mer i dia nos , ou ca na is de
ener gia , s ã o os mes mos nos dois la dos do c or p o (s ã o pa r ea dos ). Ex is t em 14
mer i dia nos pr i nc i pa is , a l é m dis s o, ex i s t em 12 ( ór gã os ) m er i dia nos e m ca da
met a de do c or p o. Ex is t em t a mb ém, 2 m er i dia nos nã o pa r ea dos ,
na s linha s
mé dia s . O p ont o de a cup u nt ur a s ã o l oc a is es p ec í f i c os onde os mer i dia nos
vê m a t é a s up er f íc i e da p el e, e es t ã o fa c i l me nt e a c es s í vei s à a cupu nt ur a e à s
d e ma i s t é c n i c a s e x p l i c a d a s a n t e r i o r m e n t e .
Bas es c ie ntí fic as :
Ver i f i ca -s e, no ent a nt o, qu e a de mons t r a çã o emp ír i ca dos r es u lt a dos
obt idos c om a a cu pu ntur a , p or s i s ó, t e m s e mos tr a do insuf ic ient e pa r a o
reconhecimento
da
sua
eficá cia
t er a pêut ica ,
p ois
ta is
r es u lt a dos
são
i nt er pr et a dos p el os c ét i c os c omo e mbus t e ou, na mel hor da s hip ót es es , c om o
c ons eqü ênc ia
d e p u r a s u g e s t ã o ; s e g u n d o e s t e s , a s a g u l h a s a g i r i a m,
no
má x i m o , c o m o p l a c e b o ( B L A N D , 1 9 7 9 ) .
A t enta t iva de demo nstr a r a cient if ic ida de da a cupu nt ur a é ta r efa a qu e
vê m s e dedi ca ndo i nú mer os a cupu nt or es, des de o i níc i o do s éc u l o. As
pá gi na s pr el i mi na r es de “ L ' Ac upu nct ur e C hi nois e" , pub l i ca da na F r a nça p or
S o u l i é d e M o r a n t , e m 1 9 3 9 , e q u e ma r c o u o r e n a s c i m e n t o d o i n t e r e s s e p e l a
a cupu ntur a no oc ident e, já mostr a m c er ta pr eocu pa çã o nest e s ent ido. Os
t r a ba lhos de N ob oyet , demo ns t r a ndo a di f er ença da r es is t ênc ia el ét r ica da
p el e nos p ont os de a c upu nt ur a , qu e p er mi t ir a m a det ec çã o dos p ont os p or
mu lt i volt í m et r os (C INT R AC T , 1982).
12
Ent r e 191 2 e 1949, mes mo na C hi na , ver if i ca r a m-s e t ent a t i va s d e
elimi na r a pr á tica da medic ina tr a dic iona l c hinesa , sob a a lega çã o de qu e
nã o t i nha ba s es c i ent í f ica s . Ant es da fu nda çã o da N ova C hi na , em 194 9, o
c onf lit o entr e a medic ina tr a dic iona l c hinesa e a medic ina oc identa l f oi,
b a s i c a m e n t e , a l u t a d o s i s t e ma t r a d i c i o n a l e m c o n t i n u a r e x i s t i n d o , c o n t r a a
i d é i a r e a c i o n á r i a e s u b j e t i v a d e q u e o s i s t e ma t r a d i c i o n a l e r a r e t r ó g r a d o e
nã o- c ient íf ic o (FEN G, 1988).
Na s pr i mei r a s p es qui s a s , a na l is a ndo o empr ego da a cup u nt ur a pa r a
c u r a r d o r e s e i n f l a ma ç õ e s , v e r i f i c o u - s e q u e o e s t í m u l o d e d e t e r m i n a d o s
pont os
no
c or p o
pr ovoca va m
a
l ib er a çã o
de
substâ ncias
com
efeito
a na l gés i c o na c ir cu la çã o s a ngu í nea (L UD O VI G, 1996).
D e es t u do em es t u do, c hegou- s e a ex p l i ca çã o, qu e é ba s e do a t ua l
c onc eit o do fu nc iona ment o da a cupu ntu r a (LUDO VIG, 199 6). C onc lu iu- s e
qu e
os
365
p ont os
de
acupuntura
clássica
es pa l ha dos
pelo
c or p o
c o r r e s p o n d e m a t e r m i n a ç õ e s n e r v o s a s , e a s u a e s t i m u l a ç ã o r e f l e t e n o s i s t e ma
ner vos o c ent r a l, fa z endo c oma nda r a l ib er a çã o de s ubs t a nc ia s t er a p êut ica s ,
como
endor f ina
a n t i i n f l a ma t ó r i o
e
c or tis ol,
na tur a is
e
r es p ect i va ment e,
estã o
r ela c iona da s
p ot ent e
a
dois
a na lgés ic o
t ip os
de
e
fibras
ner vos a s , c onhec i da s c omo A- del t a e C .
As f ibr a s ner vos a s s ã o des cr it a s de a c or do c om doi s s is t e ma s d e
c la ssi f ica çã o ( G UYT ON AC , 1991). Um a dela s é a cla ss if i ca çã o ut i l i za da
p el os f is i ol ogi s t a s s ens or ia is e qu e é s ep a r a da em gr up os . N o gr up o Ia es t ã o
a s fibr a s da s t er mi na ç ões a nu l oes p ir a is dos fus os mu s cu la r es . O gr up o Ib é
f o r ma d o p e l a s f i b r a s d o s ó r g ã o s t e n d i n o s o s d e G o l g i . G r u p o I I é f o r ma d o
p e l a s f i b r a s r e c e p t o r e s c u t â n e o s t á t e i s e t e r m i n a ç õ e s , e m “ r a ma l h e t e s d e
fl or es ”, dos fus os mus c u la r es . N o gr up o II I es t ã o a s f ibr a s qu e t r a ns mi t em
t emp er a t ur a , t oqu e gr os s eir o, dor e m f er r oa da / a gu da . E p or f i m o gr up o I V
qu e é f or ma do p ela s f ibr a s a mielínic a s qu e tr a ns mit e m dor / qu eima çã o,
pr ur ido, t e mp er a t ur a e t oqu e gr os s eir o. ( S C HOEN, A. M . 1993)
13
O o u t r o s i s t e ma é c h a m a d o d e c l a s s i f i c a ç ã o g e r a l e i n c o r p o r a a s f i b r a s
s ens or ia is e mot or a s. A-a lfa : equ i va l ent e à s f ibr a s dos gr up os Ia e I b;
d i â m e t r o m a i o r ; c o n d u ç ã o m a i s r á p i d a . A - b e t a e g a ma : e q u i v a l e n t e à s d o
gr up o II. A- delta : equ iva lent e à s do gr u po II I, diâ metr o p equ eno; f ina ment e
mi el i ni za da . C : equ i va l ent e a o gr up o I V; a mi el í ni ca s, c ondu çã o ma is l ent a .
T ip os es p ec í f ic os de f ibr a s ner vos a s t r a ns mi t e m s ens a ç ões qu e p ode m
s e r c o n s i d e r a d a s " d o r " . N a ma i o r i a d a s v e z e s , e l a s s ã o a s f i b r a s p e q u e n a s
m i e l i n i z a d a s A - d e l t a e a s n ã o - m i e l i n i z a d a s C . I s s o f o i c o n f i r ma d o p e l o
r egistr o dos p ot enc ia is de a çã o, qua ndo s e a p lica u m estímu lo dolor os o
(ZOT T ER MAN, 1939 ).
M a is de 80 % dos ner vos a f er ent es , qu e t r a ns mi t em i mp u ls os dol or os os ,
sã o nã o mieliniza dos (f ibr a s C). A c ond uçã o dessa s f ibr a s é mu it o lenta , e
ela s ent r a m na c olu na ver t ebr a l e fa z em i me dia t a ment e s i na ps e c om os
neur ôni os qu e cr uza m a c omi s s ur a a nt er i or , a s c endendo a o t á la mo p el os
tr a tos
esp inota lâ mic os.
T odos
os
ner vos
s ens or ia is
r e ma n e s c e n t e s ,
que
c ondu z em est ímu los noc ivos, sã o mieli n iza dos de p equ eno diâ metr o (f ibr a s
A-delta) (C AILLIET, 1999).
D ois
t ip os
de
fibras
a f er ent es
p r i má r i a s
tr a ns mit em
a
dor
e
a
t emp er a t ur a à medu la es p i nha l, a s f ibr a s A- delt a e a s f ibr a s C . Es s a s fibr a s
pode m s er c la s s i f ica da s
de a c or do c om, a veloc ida de de c onduçã o do
p o t e n c i a l d e a ç ã o a o l o n g o d a f i b r a a t é o s i s t e ma n e r v o s o c e n t r a l , o s
a s p e c t o s d o e s t í m u l o q u e d e v e m e s t a r p r e s e n t e s p a r a p r o d u z i r u ma r e s p o s t a ,
por
ex e mp l o,
i nt ens i da de,
dur a çã o,
qu a lida de,
e as
ca r a ct er í s t ica s
da s
r es p os t a s do noc ic ept or a os es t í mu l os na t ur a is , por ex emp l o, a da pt a çã o l ent a
ver s us a da pt a çã o r á pi da (T EIXE IR A & F IG UEIR Ó, 2001).
As
fibras
A- del t a
são
fibras
de
p e qu eno
diâ metr o,
levement e
mieli niza da s, de c ondu çã o r ela tiva me nt e r á pida e qu e pr opa ga m u m p ot enc ia l
de a çã o nu ma vel oc i da de de 5 a 30 m e t r os/ s egu ndo. As f ibr a s C nã o sã o
mieli niza da s,
tr a ns mit e m
possuem
a
um
inf or ma çã o
pequeno
à
diâ metr o,
medu la
es p i nha l
u ma
condução
n u ma
a p r o x i ma d a m e n t e 1 m/ s ( T E I X E I R A & F I G U E I R Ó , 2 0 0 1 ) .
lenta
veloc ida de
e
de
14
As f ibr a s A- del t a s ã o es t i mu la da s p or r ec ept or es s u p er f i c ia is de l i mi a r
ba ix o fu nc i ona l m ent e a s s oc ia dos à dor do t ip o a gu da p er fur a nt e. Es s e t ip o
de dor p ode s er l oca l i za do na s up er f íc i e c or p ór ea e r egr i de r a pi da m ent e. E la
f oi deno mi na da dor r á pi da , dor i nic ia l ou pr i m eir a dor . As f ibr a s C nã omi el i ni za da s s ã o es t i mu la da s p or r ec ept or es de l i mia r a lt o. E la s t r a ns mi t e m
a dor di fus a e p er s is t ent e qu e s ent i mos c omo u ma dor i nt ens a , la t eja nt e ou
e m q u e i ma ç ã o q u e é “ m a l l o c a l i z a d a ” . E s t a d o r f o i d e n o m i n a d a d o r l e n t a ,
dor
r et a r da da
ou
s egu nda
dor .
Os
noc ic ept or es
t ér mi c os
ao
fr io
são
c onect a dos à medu la es p i nha l p or f ibr a s A- del t a , enqua nt o a s s ens a ç ões
dol or os a s or i gi na da s p el o ca l or s ã o r es ult a nt es da a t i va çã o da s f ibr a s C .
F i n a l m e n t e , o s n o c i c e p t o r e s p o l i m o d a i s q u e r e s p o n d e m a u ma v a r i e d a d e d e
ener gia s de es t í mu l o ( qu í mi ca , mecâ ni ca e mu it o qu ent e ou mu it o fr i o) es t ã o
a ssocia dos à s f ibr a s C (T EIXEIR A & FIG UEIRÓ, 2001 ).
T odos os r ec ept or es s ens or ia i s do or ga ni s mo a pr es ent a m s eu c or p o nos
neur ônios dos gâ nglios esp inha is dor s a is. Essa s c élu la s, a s pr imeir a s a
r ec eb er
inf or ma ç ões
da
p er i f er ia ,
sã o,
p or
essa
r a zã o,
deno mina da s
neur ônios de pr imeir a or de m. A s ua mor fologia é ú nica p elo fa t o de essa s
c élu la s s er em “ ps eu do-u nip ola r es ”, a pr es ent a ndo u m a x ôni o qu e s e di vi de
em doi s r a mos , u m qu e s e es t end e pa r a a per if er ia e out r o, o r a mo c ent r a l,
qu e s e es t end e pa r a a medu la es p i nha l. O t er mi na l do r a mo p er if ér i c o
t r a ns duz a ener gia do es t í mu l o de u m r ec ept or s ens or ia l. O s i na l é ent ã o
t r a ns mit i do c omo u m p ot enc ia l de a çã o a o l ongo do r a mo p er if ér i c o e de s ua
c ont i nua çã o no r a mo c ent r a l. E m c onju nt o, es s es r a mos s ã o deno mi na dos
f i b r a a f e r e n t e p r i m á r i a . A f i b r a a f e r e n t e p r i má r i a t e r m i n a n u m n e u r ô n i o
s ens or ia l do c or no p os t er i or da medu la es p i nha l ( neur ôni o de s egu nda
or dem) (T EIX EIR A & FIG UEIRÓ, 2001 ).
15
Teor ias bás ic as da Me dic ina T r adic io na l C hine s a:
A T eor ia do Yi n- Ya ng:
N o c o n c e i t o c h i n ê s , Y i n e Y a n g r e p r e s e n t a m q u a l i d a d e s o p o s t a s , ma s
c omp l em ent a r es . C a da f enô me no p oder ia ex is t ir p or s i mes mo ou p el o s eu
op ost o.
Além
dis s o,
o
Yin
c ont ém
a
s ement e
do
Ya ng
e
vi c e- ver s a
(M AC I OC I A, G. 1996 ).
A c r e d i t a - s e q u e a o b s e r v a ç ã o ma i s a n t i g a d o f e n ô m e n o Y i n – Y a n g f o i
des cr it a p ela obs er va çã o dos ca mp ones es s obr e a a lt er nâ nc ia c í c l ica ent r e o
d i a e a n o i t e . D e s s a ma n e i r a , o d i a c o r r e s p o n d e a o Y a n g e a n o i t e a o Y i n ;
por c ons egu i nt e, a a t i vi da de r ef er e- s e a o Ya ng e o r ep ous o a o Yi n. Is s o
c ondu z a pr i mei r a obs er va çã o da a lt er nâ ncia c ont í nua de t odo f enô men o
ent r e dois p ól os c íc l i c os : u m c or r es p ond e à luz, a o s ol, à lu mi nos i da de e à
a t i vi da de ( Ya ng); e o out r o c or r es p onde à es cur i dã o, à lua , à s ombr a e a o
des ca ns o ( Yi n). A pa r t ir des s e p ont o de vis t a , Yi n e Ya ng s ã o dois es t á gi os
de u m movi m ent o c í c l ic o, e u m i nt er f er e cons t a nt e me nt e no out r o, t a l c omo
o dia c ede lu ga r à noit e e vi c e- ver s a (M A C IOC I A, G. 1996 ).
A s d u a s p a r t e s d e v e m e s t a r e m e q u i l í b r i o r e l a t i v o p a r a q u e ma n t e n h a a
a t i vi da des
fis iológicas
n o r ma i s .
A des armonia
entr e Yin
e Ya ng p ode
a cont ec er p or op os içã o de Yi n e Ya ng qua ndo oc or r e u m des equ i l íbr i o p or
diminu içã o
de Yin
ou
de Ya ng
ou
p or
au ment o
de
Yin
ou
de
Ya ng
( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996, S C HW AR T Z, C . 2008).
M es mo s a b endo qu e o Yi n e Ya ng s ã o op os t os , dev e-s e t a mb é m
l embr a r qu e s ã o i nt er dep end ent es : u m pa dr ã o nã o ex is t e s em o out r o. Amb os
c o n t ê m a s f o r ç a s o p o s t a s q u e s ã o m u t u a m e n t e e x c l u s i v a s , ma s a o m e s m o
t emp o, dep end e m u ma da out r a . O dia nã o s ur ge a nã o s er dep ois da noit e e
vi c e- ver s a ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996 ).
Qua ndo a l gu m des s es es t á em des equ i l í br i o, a f et a m-s e mut ua ment e e
modif ica m sua pr op or çã o, a lca nça ndo u m “ novo equ ilíbr io”. Q ua ndo oc or r e o
des equ ilíbr io,
ele
pode
se
da r
de
quatro
f o r ma s :
qua ndo
o
Yin
f or
p r e p o n d e r a n t e , e l e p r o v o c a r á u ma d i m i n u i ç ã o d o Y a n g ( e x c e s s o d e Y i n
c o n s o m e o Y a n g ) ; q u a n d o o Y a n g f o r p r e p o n d e r a n t e , e l e p r o v o c a r á u ma
16
di mi nu i çã o do Yi n ( o exc es s o de Ya ng c ons om e o Yi n); qua ndo o Yi n es t i ver
deb ilita do,
o
Ya ng p er ma nec er á
deb ilita do,
o
Yin
p er ma nec er á
em
exc es s o
em
excesso
e qua ndo
o
Ya ng
( YAM AM UR A,
Y.
es t i ver
1993,
MAC IOC I A, G. 1996 ).
Y i n e Y a n g n ã o s ã o e s t á t i c o s ; s e t r a n s f o r ma m u m n o o u t r o . P o r é m p a r a
q u e o c o r r a t a l t r a n s f o r ma ç ã o , e x i s t e m d u a s c o n d i ç õ e s : a p r i m e i r a r e f e r e - s e a
c ondi ç ões
i nt er na s .
A
princíp io
as
coisas
só
podem
se
modificar
em
dec or r ênc ia de ca us a s i nt er na s e, s ecu nda r ia me nt e, em r a zã o de ca us a s
ext er na s . A mu da nça i nt er na s ó oc or r e qua ndo a s c ondi ç ões i nt er na s es t ã o
a ma d u r e c i d a s . A s e g u n d a é o f a t o r t e m p o , Y i n e Y a n g a p e n a s p o d e m s e
t r a n s f o r ma r
um
no
outr o
em
det er mi na do
está gio
de
des envolvi ment o,
q u a n d o a s c o n d i ç õ e s e s t i v e r e m p r o n t a s p a r a t a i s mu d a n ç a s ( Y A M A M U R A , Y .
1993, MAC IOC I A, G. 199 6).
C a da u m dos ór gã os di vi de- s e em Yi n e Ya ng, a ss i m há o Yi n e o Ya ng
de ca da ór gã o ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996 ).
O pr inc íp io da ut iliza çã o dessa teor ia na pr á tica da a cupu ntur a , é qu e
ela s e ba s eia em s eda r o ex c es s o e t oni f i ca r a defi c i ênc ia c om a f i na l i da de
de mu da r o a nor ma l e r ecup er a r o es t a do de equ i l íbr i o ent r e Yi n e Ya n g
( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996).
A T eor ia dos c inc o movi ment os :
A t eor ia dos c i nc o movi ment os s us t ent a qu e a na t ur eza es t á c ons t it u í da
por
cinco
substâ ncias:
Ma deira,
Fogo,
T er r a ,
M et a l
e
Água.
O
des envolvi ment o e a mu da nça de t oda s a s c oisa s e de t odos os f enô me nos sã o
r es u lt a dos do movi m ent o c ont í nu o, da i nt egr a çã o e da domi nâ nc ia ent r e os
c inc o
movi me nt os
( YAM AM UR A,
Y.
1993,
M AC IOC I A,
G.
1996,
S C HW AR T Z, C . 2008).
Es t a t eor ia exp l ica a s ca r a ct er ís t ica s fi s i opa t ol ógica s dos ór gã os ,
i nt er nos e t ec i dos do c or p o, a s i nt er a ç ões f is i opa t ol ógi ca s ent r e ela s e a
r e l a ç ã o e n t r e o c o r p o e o a mb i e n t e q u e é s e m p r e m u t a n t e . A s s i m, a t e o r i a
17
pode s er vir de gu ia pa r a o dia gnós t ic o e t r a t a ment o ( YAM AM UR A, Y. 1993,
MAC IOC I A, G. 1996 ).
C a d a m o v i m e n t o é c o r r e l a c i o n a d o a u ma o r i e n t a ç ã o , u ma c o r , u m
s a b o r , u m f a t o r a mb i e n t a l , u ma e s t a ç ã o d o a n o , u m ó r g ã o , u ma v í s c e r a e a
u ma e m o ç ã o ( Y A M A M U R A , Y . 1 9 9 3 , M A C I O C I A , G . 1 9 9 6 , S C H W A R T Z , C .
2008).
O pr i nc íp i o de ger a çã o dos C i nc o M ovi m ent os es t a b el ec e qu e: M a deir a
ger a F ogo, F ogo ger a t er r a , T er r a ger a M et a l, M et a l ger a Água e Água ger a
Madeira.
N es t e
pr inc íp io,
ca da
Movimente
é
gerado
e
ger a dor
( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996).
O pr i nc íp i o de domi nâ nc ia det er mi na qu e: a T er r a domi na a Água , a
Água domi na o F ogo, o F ogo domi na o M et a l, o M et a l domi na a M a deir a e a
M a deir a domi na a T er r a . Nes t e pr i nc íp i o ca da M ovi ment o é a o mes mo t e mp o
domina nt e
e
domina do
( YAM AM UR A,
Y.
1993,
M AC I OC I A,
G.
1996,
S C HW AR T Z)
Ex emp lo:
M et a l
ger a
Água
(Meta l
é
mã e
de
Água).
Água ger a M a deir a ( Água á mã e da
Madeira).
T er r a domi na á gua ( Água é venc i da e
a T er r a é venc edor a ).
Figura 1: Sequência de geração e controle
Água
domina
o
Fogo
(Água
é
vencedora e o Fogo é vencido).
A
M edic ina
T r a dic iona l
C hinesa
s i n t et iza
de
a c or do
com
as
pr opr i eda des dos C i nc o M ovi m ent os , a s ca r a ct er ís t i ca s f is i ol ógi ca s dos
c i nc o ór gã os c or r ela c i ona dos à s s eis ví s c er a s (Za ng-F u) ( YAM AM UR A, Y.
1993, MAC IOC I A, G. 199 6).
18
A ut i l i za çã o des t a t eor ia pa r a a or i ent a ç ã o t er a p êut i ca é i nt er es s a nt e,
pois a lé m de da r imp or tâ nc ia a o ór gã o doent e ta mb ém le va e m c onta os
out r os ór gã os envol vi d os ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC I OC I A, G. 1996 ).
O t r a t a ment o vis a à r ecup er a çã o da ha r moni a na r ela çã o f i s i ol ógi ca
entr e eles e c ontr ola r a s poss íveis inf lu ênc ia s da nosa s c om a f ina lida de de
cur a r a doença ( YAM AM UR A, Y. 1993, MAC IOC I A, G. 1996 ).
A T eor ia do Za ng-Fu:
A t eor ia do Za ng-F u r ef er e-s e a o es t udo dos Ór gã os e Ví s c er a s ,
Vís c er a s Ext r a or di ná r ia s , J i ng ( Es s ênc ia ) , Qi ( E ner gia ), Xu e (S a ngu e) e J i nYe (L íqu idos Or gâ nic os ).
O Cor a çã o,
o Fíga do,
o P u l mã o ,
os
Rins,
o Ba ç o/ P â ncr ea s
e o
P er icá r di o s ã o c onhec i dos c omo Za ng ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A,
G. 1996) qu e qu er diz er ór gã o ( YAM AM UR A, Y. 1993 ). E o I nt es t i n o
D e l g a d o , a V e s í c u l a B i l i a r , o I n t e s t i n o G r o s s o , a B e x i g a , o E s t ô ma g o e o
T riplo
Aqu ec edor ,
são
conhecidos
co mo
Fu
( YAM AM UR A,
Y.
1993,
M AC IOC I A, G. 199 6) qu e qu er di z er vís c er a s ( YAM AM UR A, Y. 1993 ).
J unt os s ã o c onhec i dos c om o Za ng-F u ( S is t ema de Ór gã os e Vís c er a s da
M edic i na T r a dic i ona l C hi nesa ) ( YAM A MUR A, Y. 1993, M AC I OC I A, G.
1996).
Os Za ng, p os s u em ca r a ct er ís t i ca s Yi n e os F u
pos s u e m ca r a ct er ís t ica s
Y a n g . H á u ma e s t r e i t a r e l a ç ã o e n t r e o s Ó r g ã o s ( Y i n ) e a s V í s c e r a s ( Y a n g ) ;
os dois gr up os a pr es ent a m fu nç ões di f er ent es , ma s s ua s di f er ença s s ã o
som ent e r ela t i va s ( YAM AM UR A, Y. 1993 , MAC IOC I A, G. 1996).
Os
ór gã os
são
dif er ent es
da s
vís c er a s
em
r ela ção
às
fu nç ões
f i s i o l ó g i c a s . A s v í s c e r a s t ê m f u n ç ã o a r ma z e n a r o J i n g ( e s s ê n c i a ) , o Q i
(E ner gia Vit a l), o Xu e (S a ngu e) e o J i nye (L í qu i dos Or gâ ni c os ). J á os ór gã os
pr odu z em a ener gia es s enc ia l qu e é c ons u mi da à me di da qu e a s vís c er a s
ex er c e m s ua s fu nç ões f is i ol ógi ca s . O de s ga s t e ex c es s i vo ou a i nva s ã o p or
f ont es
patogênicas
ex ógena s
tr a nst or na m
as
funções
n o r ma i s
do
Zang
oca s i ona ndo enf er mi da des ( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC I OC I A, G. 1996 ).
19
A s s e i s v í s c e r a s ( F u ) r e c e b e m, d i g e r e m t r a n s p o r t a m e t r a n s f o r ma m o s
a l i ment os e b eb i da s pa r a pos t er i or me nt e excr et a r os dej et os . As s ubs t â nc ia s
e s s e n c i a i s a b s o r v i d a s e t r a n s f o r ma d a s d o s a l i m e n t o s s ã o d i s t r i b u í d a s p a r a o s
c inc o
ór gã os
(Za ng)
para
entã o
s er em
c onv er t i da s
em
en er gia
vita l
( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996).
O C ér ebr o, a M edu la , os Os s os , os Va s os S a ngu í neos , o Út er o e a
Ves ícu la
Biliar
são
conhecidos
como
Vís c er a s
Extr a or diná r ia s
( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996),
A t eor ia Za ng-Fu t oma c omo ba s e os ór gã os (Za ng) c omo os pr inc ipa is
qu e
se
ass ocia m
às
vís c er a s
(Fu)
p or
meio
dos
Ca na is
C ola t er a is ,
r ela c i ona ndo es t es c om os t ec i dos (P el e, M ús cu l o, Va s os , T endões e Os s os ),
c om os c inc o s ent idos e os 9 or if íc ios ( olhos, b oca , língua , na r iz, or elha e
or if í c i os i nt er i or es ). Al ém dis s o, es t a t eo r ia exp l ica a s es s ênc ia s , o s a ngu e e
os l í qu i dos c or p or a is c omo ba s es s ubs t a nc ia is , mos t r a ndo a i mp or t â nc ia de
s e c ons i der a r o c or p o c omo u m t odo ( YAMAM UR A, Y. 1993).
A T eor ia dos ca na is c ola t er a is (J i ng-Lu o) :
A t eor ia J i ng-L u o es t u da a s a lt er a ç ões nos C a na is e C ola t er a is e a s
r ela ç ões ent r e es t es e os ór gã os i nt er nos do c or p o ( YAM AM UR A, Y. 1993,
MAC IOC I A, G. 1996 ).
J i ng-Lu o é o nome da do a o c onj u nt o dos C a na is e C ola t er a is ou
( mer i dia nos ); J i ng (C a na is ) e Lu o (C ola t er a is ). Es s es , ju nt os , t r a ns p or t a m QI
(E ner gia ) e Xu e (S a ngu e) p or t odo o c or po, fa z e m a c omu ni ca çã o dos Za n g
(Ó gã os ) c om os F u ( Ví s c er a s ), da s qua t r o ext r emi da des e t a mb é m a os Os s os
e a P el e, os M ús cu l os , os T endões e os Va s os S a ngu í neos , c onect a m a pa r t e
s u p e r i o r c o m a i n f e r i o r , o e x t e r n o c o m o i n t e r n o e n o r ma l i z a m a s r e l a ç õ e s
entr e
dif er ent es
pa r t es
do
or ga nis mo,
f o r ma n d o
assim
um
todo
( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996).
J i ng-Lu o s ã o c omp os t os de C a na is e C ola t er a is . J i ng di vi de- s e e m dua s
c la s s es
os
doze
Ca na is
Principais
e
os
oit o
( YAM AM UR A, Y. 1993, M AC IOC I A, G. 1996).
Ca na is
Extr a or diná r ios.
20
Q uando indicar a Acup unt ura:
Na China , a a cupu ntur a é ut iliza da r ot ine ir a ment e pa r a o tr a ta ment o d e
di ver s a s a f ec ç ões . A ef icá c ia des s a t éc ni ca l evou, em 19 79, es p ec ia l is t a s de
12 pa ís es pr es ent es no S emi ná r i o I nt er -R egi ona l da Or ga niza çã o M u ndia l da
S a úde, a pub l ica r em u ma l is t a pr ovis ór ia de enf er mi da des qu e p ode m s er
tr a ta da s
pela
a c upu ntur a
e
que
inc lu i,
dentr e
outr a s,
s i nus it e,
rinit e,
a mi da l it e, br onqu it e e c onj u nt i vit e a gu da s , fa r i ngit e, ga s t r it e, du odeni t e
ul c er a t i va
e
enf er mi da des .
colit es
Essa
a gu da s
r es ol uçã o
e
cr ônicas
e
demon stra
outr a s,
num
clarament e
t ota l
que
a
de
43
t er a pia
a cupu ntur a l e da moxa or igina da da China é b em c onhec ida e cr edita da e m
t odo o mu ndo ( B AN NER M AN, 1979; C H ONGH UO, 1993 ).
A s a ç õ e s d a A c u p u n t u r a n a s p a t o l o g i a s ma i s c o m u n s n a M e d i c i n a
Vet er i ná r ia s ã o: ga s t r it es , ent er it es , c ol it es , br onqu it e, br onc op neu moni a ,
mi oca r dit es , a r r it mia ca r día ca , nefr it es , a lt er a ç ões na mi c çã o, pr os t a t it e,
c is t it e, hi p ot ir oi di s mo, hip er t ir oi dis mo, dia b et es i ns ip i dus , es p ondi l opa t ia
hip er t r óf ica ,
paralis ia
fa cial,
ep i l eps ia ,
sequ elas
da
c i no mos e,
ma s t it e,
c onju nt ivit e, ot it e média , a lívio da dor , a na lges ia c ir úr gica , entr e outr a s
( ALT M AN, 1992 ).
Contra indicações da Acupuntura na Medicina Veterinária:
A c o n t r a i n d i c a ç ã o ma i s i m p o r t a n t e p a r a a a c u p u n t u r a é o t r a t a m e n t o
a nt es de es t a b el ec er u m dia gnós t ic o a deq ua do, ou, a nt es de t ent a r det er mi na r
a et i ol ogia do pr oc es s o qu e s e des eja t r a t a r.
A imp or tâ nc ia diss o, é qu e a
a c u p u n t u r a p o d e ma s c a r a r o u m o d i f i c a r a s i n t o ma t o l o g i a , d i f i c u l t a n d o a i n d a
ma i s a d e f i n i ç ã o p r e c i s a d o d i a g n ó s t i c o . M a s d e v e - s e l e m b r a r q u e s e p o d e
t er u m dia gnós t i c o p ela medi c i na or i e nt a l mes mo qu e a i nda nã o t enha
def inido u m dia gnóst ic o c ondiz ent e c om a medic ina oc identa l.
21
Outr o fa t or imp or ta nt e a s e c ons ider a r , sã o os ca s os a gu dos, nos qua is
a e l i m i n a ç ã o d a d o r p o s s a l e v a r o a n i ma l a u ma a t i v i d a d e d e s m e d i d a , o q u e
pode s e t or na r u m obs t á cu l o pa r a a cur a da l es ã o i ni c ia l.
A l g u ma s p r e c a u ç õ e s d e v e m s e r t o m a d a s n a a p l i c a ç ã o d a a c u p u n t u r a .
S e g u e a l g u ma s o c a s i õ e s n a q u a l a t é c n i c a d e v e s e r e v i t a d a :
• I m e d i a t a m e n t e d e p o i s d e o a n i m a l i n g e r i r mu i t a c o m i d a .
• D ep ois do ex er c í c i o f ís i c o i nt ens o ou em u m a ni ma l ca ns a do.
• E m f ê mea s gesta nt es.
• Pa cient e qu e a ca b ou de t oma r ba nho ou qu e va i t oma r ba nho logo dep ois da
s eçã o (pa r a evit a r o ex c es s o de es t r es s e).
• E m ca s os de int ox ica ç ões p or a tr op ina , na r c ót ic o, a nta gonista s na r c ót ic os
ou c or t i c os t er ói des .
• Q u a n d o o a n i ma l n ã o p o d e s e r a t e n d i d o e m u m l o c a l n o q u a l s e s i n t a c a l m o
e t r a nqü i l o e obs er va do dur a nt e a s s eç ões de t r a t a ment o.
(OR G ANIZ AÇ ÃO M UND I AL DE S AÚDE, 1979; B ANNER M AN, 1980)
Res ultados esperados:
E m ca s os a gu dos , o t r a t a ment o a ca da 2 ou 3 dia s ger a l me nt e l eva a
u ma m e l h o r a d o c a s o , a t é q u e o s r e s u l t a d o s e s p e r a d o s s e j a m a l c a n ç a d o s . S e o
a n i ma l r e c e b e r o t r a t a m e n t o u ma v e z p o r s e ma n a , a m e l h o r a p o d e s e r
a lca nça da c om u m p ic o a t é o t er c eir o ou qua r t o dia e s e ma nt er á es t á vel a t é
a pr óxi ma s eçã o. E nt r et a nt o em ca da c a s o o pi c o do t r a t a ment o p ode s er
a t i n g i d o e m m o m e n t o s d i f e r e n t e s , u n s ma i s r á p i d o s q u e o u t r o s .
E m ca s os cr ôni c os a mel hor a ger a l m ent e é ma is l ent a , e ir á va r ia r em
ca da s eçã o de t r a t a ment o, a t é qu e os r es ult a dos es p er a dos s ej a m a l ca nça dos .
S i n a i s e x a c e r b a d o s p o d e m s e r o b s e r v a d o s a p ó s o t r a t a m e n t o , ma s e s s e e f e i t o
é ger a lment e t e mp or á r io. (SCHOEN, 1993 )
22
C o ns i d e r a ç õ e s F i n a i s :
E mb o r a o c o n h e c i m e n t o e a t e o r i a p o r t r á s d a a p l i c a ç ã o d a a c u p u n t u r a
na c l í ni ca t enha m s ua s or i gens na a nt i gu i da de, a pr á t i ca da a cup u nt ur a t e m
s e modi f i ca do e s e qua l if i ca do c om o pa ssa r do t emp o. Ass i m c omo a
me di c i na mod er na oc i dent a l, a a cupu nt ur a t eve s ua c ompr eens ã o e evol uçã o
c ient íf ica
ocidenta l
nos
ú lt imos
a nos,
e
a
ciência
está
começa ndo
a
des envol v er exp l ica ç ões a t ua is pa r a es s a a r t e médi ca mi l ena r .
Ainda nã o ex ist em p es qu isa s e c onsta t a ções c ient íf ica s su f ic ient es
pa r a pr ova r a ef i cá c ia de t oda s a s á r ea s da M edi c i na T r a dic i ona l C hi nes a , há
u m c a m i n h o l o n g o a p e r c o r r e r , ma s o s p r i m e i r o s p a s s o s j á f o r a m d a d o s .
P or t a nt o, p ode-s e c onc lu ir qu e os ef ei t os da a cupu nt ur a nã o p ode m s er
e x p l i c a d o s p o r m e c a n i s m o s i s o l a d o s , d e v e - s e e n c o n t r a r u ma ma n e i r a d e
i nt egr a r a medi c i na oc i dent a l à or i ent a l c om o ob j et i vo de b enef i c ia r o
pa ci ent e.
Re fe rê nc ias Bibliog r áfic as :
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Hu i"
p o s t e r io r
e
por
imu no e nz imát ico .R e vist a
" S ha m "
a c u p u nt u r a
Br as ile ir a
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St ud ie s
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revisão de literatura: princípios básicos da acupuntura veterinária