Fechamento desta edição: 28/05/2013 ANO 12 MAIO 2013 EDIÇÃO N.26 INFORMA PÁG. 3 Novos Advogados da união ENTREVISTA O Professor Doutor Diogo Moreira Neto fala sobre Funções Essenciais à Justiça e Projeto de Lei Orgânica da AGU. AGU empossa aprovados no concurso. PÁG.8 PÁG. 4 Honorários OAB Manifesto Presidente da ANAUNI defende o direito aos honorários advocatícios. ANAUNI se reúne com o presidente do Conselho Federal da OAB para discutir temas relevantes. Associação Nacional dos Advogados da União encaminha às autoridades cópias do “Manifesto da Comissão de Aprovados”. PÁG. 3 PÁG. 7 PÁG. 10 E ainda: XIV ENAU O encontro acontecerá de 24 a 28 de outubro de 2013 em João Pessoa, na Paraíba. ATUAÇÃO LEGISLATIVA Associação Nacional dos Advogados da União promove diversas reuniões no Congresso Nacional. REUNIÃO CONJUNTA Diretoria se reúne com delegados estaduais para tratar de assuntos referentes à Associação. PLANOS DE SAÚDE Reunião apresenta índices de reajuste dos planos de saúde e a inclusão de nova operadora: Sul América. DEPÓSITOS JUDICIAIS Diretoria da ANAUNI se reúne com Deputado Erivelton Santana para definir últimos ajustes do PL 2432/2011. IDENTIDADE FUNCIONAL ANAUNI ajuiza Mandado de Segurança solicitando a anulação do Ofício nº 18/2013/SGA-AGU. EDITORIAL da União, honorários advocatícios e exclusividade das atribuições são assuntos tratados neste informativo. Destacamos, igualmente, as matérias sobre o Projeto de Lei Complementar nº 205/2012 (Projeto de Lei Orgânica da AGU) e a Festa de Posse dos novos Advogados da União. Caros colegas, No dia 28 de fevereiro de 2013, ocorreu a solenidade de posse da nova Diretoria da ANAUNI, que conta com membros oriundos de vários Estados e aprovados em diversos concursos para Advogado da União. Na ocasião, ressaltamos que esta associação continuará atuando em defesa do ideal republicano e do Estado Democrático de Direito, buscando o contínuo fortalecimento da Advocacia-Geral da União (AGU). É, portanto, com imensa satisfação que apresentamos esta edição do ANAUNI Informa, contendo as principais atuações destes primeiros meses de gestão associativa. Estrutura dos órgãos, jornada de trabalho, nomeação de Advogados Nesta edição, consta ainda uma relevante entrevista com o Professor Doutor Diogo de Figueiredo Moreira Neto, autor dos mais relevantes estudos sobre a Advocacia Pública no Brasil. Temas como autonomia institucional, independência técnica e controle de juridicidade são objeto de importantes considerações doutrinárias. Como de praxe, esta edição do ANAUNI Informa se baseia em notícias veiculadas no site da associação, que é a maior fonte de informação sobre a carreira de Advogado da União, acessado por membros da AGU, jornalistas e profissionais dos meios jurídico e político. Com uma linguagem clara e objetiva, primando pela credibilidade, a ANAUNI busca sempre divulgar as relevantes atribuições exercidas pela carreira. EXPEDIENTE Presidente: Rommel Macedo (CONJUR/MJ) [email protected] Vice-Presidente: Carlos Luiz Weber (PU/GO) [email protected] Secretário-Geral: Marcos Luiz da Silva (PU/PI) | Adjunto: Washington Timóteo Teixeira Neto (SGCT) [email protected] Diretora Financeira: Gabriela Moreira Castro (CONJUR/MS) | Adjunta: Maria Clarice Maia Mendonça (CONJUR/MJ) [email protected] Diretor Administrativo: Roque José Rodrigues Lage (CONJUR/MJ) | Adjunto: Marcos Henrique de Oliveira Góis (CONJUR/MC) [email protected] 2 | Da mesma forma, externamos nossa gratidão aos membros da Comissão Especial para Capacitação, que acompanhou pessoalmente o Curso de Formação dos novos Advogados da União. Dialogando com os novos colegas, foram colhidas excelentes sugestões na área de qualificação profissional. No mais, agradecemos aos associados a confiança externada neste início de mandato. Sempre abertos a sugestões, desejamos a todos uma excelente leitura do ANAUNI Informa! Abraços, Rommel Macedo Presidente da ANAUNI Diretor de Atividades Legislativas: Tiago Bacelar Aguiar Carvalho ASJUR/ CGU) | Adjunto: Rogério Pereira (CONJUR/MJ) [email protected] Diretor Jurídico: Bruno Moreira Fortes (CONJUR/MC) | Adjunto: Marco Antônio Perez de Oliveira (PRU – 3ª Região) [email protected] Diretor de Comunicação: Leonardo Albuquerque Marques (PU/MA) [email protected] Diretor Social: Rogério Sóther (PRU – 5ª Região) | Adjunta: Márcia Bezerra David (PRU – 4ª Região) [email protected] Assessoria de Imprensa: Jornalista Responsável - (61) 8536.3112 [email protected] w w w. a n a u n i . o r g. b r Associação Nacional dos Advogados da União Todo esse trabalho é desenvolvido não apenas pela Diretoria, sendo também fundamental a atuação dos Delegados da ANAUNI nos Estados e no Distrito Federal. Para avaliar a situação em cada unidade da federação, já ocorreu a primeira reunião de Diretores e Delegados Estaduais do biênio 20132015, a qual vem noticiada nesta publicação. w w w. a n a u n i . o r g. b r Em 31 de agosto de 2012, o Poder Executivo remeteu ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar nº 205/2012, que objetiva alterar a Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União (Lei Complementar nº 73/1993). Logo depois, em 04 de setembro de 2012, a ANAUNI remeteu ofício ao Pre- sidente da Câmara dos Deputados, solicitando a devolução do PLP 205/2012 ao Poder Executivo Federal. Tal pedido se baseou na “evidente inconstitucionalidade” do projeto. No extenso ofício remetido à Câmara dos Deputados, a ANAUNI demonstra que PLP 205/2012 ofende três rele- vantes princípios constitucionais: a) o concurso público; b) a independência técnica do advogado; c) a natureza institucional da Advocacia-Geral da União. Desde então, a ANAUNI tem mantido diversas reuniões nos Poderes Executivo e Legislativo, apontando as inconstitucionalidades do PLP 205/2012 e informando que a matéria não foi previamente discutida, de forma ampla e democrática, com as entidades de classe da Advocacia-Geral da União. Antes mesmo de o PLP 205/2012 ser encaminhado à Câmara dos Deputados, esta associação havia alertado a gestão da Advocacia-Geral da União, informando que a matéria apresenta várias inconstitucionalidades. Registrou-se que não apenas o interesse público é ofendido com esse projeto, como também a própria credibilidade do Governo Federal. AGU PLP 205/2012: ANAUNI demonstra as inconstitucionalidades do Projeto de Lei Orgânica da AGU Presidente da ANAUNI defende honorários advocatícios em reportagem do Correio Braziliense No dia 12 de maio, o Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, defendeu a percepção de honorários advocatícios, em reportagem de capa do jornal Correio Braziliense. Na matéria jornalística, o Presidente da ANAUNI sustenta que o direito aos honorários advocatícios é assegurado pela Lei nº 8.906/1994, que é o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, sendo garantido a todos os advogados (públicos e privados). Ocorre que, segundo a reportagem do Correio Braziliense, “o governo federal não pretende abrir mão [...] e, na semana passada, desarticulou todo o trabalho de meses da categoria com os parlamentares da Comissão Especial que analisa o projeto de lei do novo w w w. a n a u n i . o r g. b r Código de Processo Civil (CPC)”. De acordo com a matéria, o Palácio do Planalto teria contatado o Relator do novo CPC, Deputado Paulo Teixeira (PT/SP), para que não incluísse expressamente a percepção dos honorários advocatícios pelos membros da Advocacia-Geral da União (AGU). O jornal ouviu também “a cúpula da AGU”, a qual “não concorda” que os honorários para Advogados Públicos sejam um direito já garantido pela Lei nº 8.906/1994. Segundo a reportagem, a AGU “informou que um parecer emitido pela direção do órgão em março deste ano ‘é conclusivo no sentido de que a remuneração prevista na Lei nº 8.906 é específica do advogado privado’, e que é necessário lei própria estabelecendo o recebimento dessas verbas”. Para o Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, “a atual gestão da Advocacia-Geral da União precisa atuar em favor dos honorários advocatícios, por ser um direito de todos os membros da AGU. Não podemos esquecer que, no dia 18 de março deste ano, foi publicada reportagem no site da própria instituição, informando que o Parecer nº 1/2013/ OLRJ/CGU/AGU ‘reconhece o direito do recebimento de honorários de sucumbência por advogados públicos”. De acordo com Rommel Macedo, “os honorários advocatícios devem ser revertidos aos seus legítimos titulares: os advogados. Isto se harmoniza com o princípio da eficiência, motivando esses profissionais a terem cada vez mais êxito nos processos judiciais, sempre em defesa do interesse público. Neste sentido, é também fundamental o apoio dos Presidentes do Conselho Federal da OAB e de todas as Seccionais, nas tratativas institucionais com o Relator do novo CPC, para que esse código garanta os legítimos direitos da Advocacia Pública”. A ANAUNI continuará atuando fortemente junto aos Poderes Executivo e Legislativo, de modo assegurar todas as prerrogativas dos Advogados da União e demais membros da AGU. Anauni Informa | 3 ENTREVISTA Experiência em defesa do Estado O Professor Doutor Diogo de Figueiredo Moreira Neto é um dos mais destacados juristas brasileiros, tendo participado de diversos cursos jurídicos, políticos e econômicos em instituições do Brasil e do exterior. Por vários anos, atuou como Procurador do Estado do Rio de Janeiro, exercendo ainda diversas missões internacionais. É membro de comissões editoriais no Brasil e no exterior, tendo publicado relevantes obras doutrinárias. Considerado o maior estudioso sobre a Advocacia Pública no Brasil, concedeu a seguinte entrevista ao ANAUNI Informa. Anauni Informa - Há décadas, o senhor vem publicando relevantes textos acadêmicos sobre a Advocacia de Estado. Como foram iniciados esses estudos? O que o motivou a formular uma doutrina sobre o tema? Diogo de Figueiredo - O tratamento constitucional inovador de 1988 das funções privativas das diversas ramificações da advocacia, aqui em sentido amplo, estava a exigir um trabalho de sistematização de cunho doutrinário, ao mesmo tempo explicativo e orientador quanto ao relevante papel político-democrático, que a elas foi cometido. AI - Como o senhor enxerga as Fun- 4 | Associação Nacional dos Advogados da União ções Essenciais à Justiça na Constituição de 1988? Quais os pontos comuns a essas funções e quais os principais traços distintivos? DF - Como precioso instrumental inserido no novo contexto do Estado Democrático de Direito inaugurado no País, o tratamento dado às Funções Essenciais à Justiça se dirige não mais apenas à postulação judicial, ou seja, somente essenciais à jurisdição, para se referirem a todas as atividades jurídicas indispensáveis à zeladoria, promoção e defesa de interesses protegidos pelo Direito, distinguindo-se, assim, para fins práticos, quatro ramos funcionais com seus respectivos âmbitos de competência, nem sempre necessariamente estanques. AI - Alguns setores defendem que a função de consultoria jurídica deve ser subordinada às diretrizes governamentais. Por outro lado, há autores que veem essa função como um verdadeiro controle de juridicidade das políticas públicas. Qual sua posição a respeito? DF - A consultoria jurídica desempenha funções de zeladoria de direitos, ou seja, atua de forma preventiva, evitando vulnerações da ordem jurídica ao ministrar sua orientação técnica. Assim, em sua atuação estritamente técnico-jurídica, o consultor, tanto o privado como o público, age de acordo com sua ciência e consciência w w w. a n a u n i . o r g. b r w w w. a n a u n i . o r g. b r AI – Alguns setores afirmam que a AGU não possui legitimidade para questionar, juridicamente, as políticas públicas. Alegam que os Advogados da União carecem de legitimidade democrática, pois não são eleitos pelo povo. Como o senhor enxerga essa questão, à luz de uma atuação democrática contramajoritária da Advocacia Pública? DF - Os que assim afirmam não conhecem - ou pretendem desconhecer - o conceito de democracia plena, que sustenta o Estado Democrático de Direito… A democracia exclusivamente resultante do princípio majoritário, que se apoia em números, embora seja a primitiva e a vigorante na Modernidade em seu viés plebiscitário, hoje convive, na Pós-Modernidade, Vejo, com satisfação, que cada vez mais a sociedade brasileira vem reconhecendo nas Advocacias Públicas seus poderosos instrumentos da democracia. com o princípio contramajoritário, que assegura o primado de valores fundamentais, sob a forma de princípios incorporados ao Direito dos povos que adotam não apenas o modelo de Estado do Direito, mas o de Estado Democrático de Direito. AI - Atualmente, tem havido um debate sobre o controle de ponto ou de assiduidade para membros da AGU e de Procuradorias Esta- duais e Municipais. Esse tipo de controle é harmônico com a independência dos Advogados Públicos? DF - Os membros das funções essenciais à justiça que se dedicam às advocacias públicas não cumprem horários de trabalho, senão que cumprem tarefas que lhe são próprias. Por isso, respondem não apenas administrativamente, mas também eticamente a seus respectivos órgãos próprios de controle por seu adequado cumprimento. AI - Como o senhor observa a trajetória da Advocacia Pública brasileira, desde a entrada em vigor da Constituição de 1988? Em sua opinião, que avanços ocorreram? DF - Vejo, com satisfação, que cada vez mais a sociedade brasileira vem reconhecendo nas Advocacias Públicas seus poderosos instrumentos da democracia, atuando em prol de seus direitos, independentemente do sistema político partidário. O Judiciário, cônscio da necessidade de contar com a independência na zeladoria, promoção e defesa dos interesses que são levados à sua decisão, tem assegurado, sempre que provocado, a sua sustentação. AI - O senhor participou do mais recente Encontro Nacional dos Advogados da União, no ano 2012. Qual sua avaliação sobre o evento e sobre a atuação da ANAUNI? DF - Vejo na ANAUNI uma legítima, combativa e bem orientada liderança de classe e seus conclaves têm produzido bons frutos para a causa da independência técnica de seus associados. AI - Neste ano de 2013, tomam posse novos Advogados da União, aprovados no último concurso para a carreira. Após tantos anos de experiência na Advocacia Pública, o que o senhor teria a dizer para esses novos membros da AGU? DF - Lembrar-lhes Ihering: o Direito pressupõe uma luta por valores, que se faz eterna, entre o certo e o errado, mas não merecerão o gozo desses valores aqueles que não se dedicarem a sustentá-los e a defendê-los em todas as circunstâncias em que o poder arbitrário os puserem em perigo. Anauni Informa ENTREVISTA ACONTECE profissional, o que pressupõe absoluta isenção nesta função; com toda razão, uma hipotética subordinação a diretrizes que, em seu entendimento, possa entrar em conflito com a ordem jurídica, exigirá um indispensável controle preventivo de juridicidade no âmbito em que atue, seja, indiferentemente, privado ou público. AI - Atualmente, tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar n. 205/2012, que o objetiva alterar a Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União. Tal projeto considera erro grosseiro o Advogado da União contrariar a hierarquia técnica. De acordo com a Constituição Federal, é possível falar em hierarquia técnica ou subordinação técnica na Advocacia Pública? DF - Pelos motivos acima apontados técnica e hierarquia se distinguem. Hierarquia pressupõe comando, obediência a ordem superior, ainda que voluntarista e ilógica, enquanto técnica jurídica exige coerência lógica com parâmetros científicos e doutrinários assentados e com eles justificados em cada caso. E é a própria Constituição de 1988 que reconhece a sua independência face ao sistema majoritário de governo, ao assimilá-la ao sistema contramajoritário, que tem na função jurisdicional - e não na função executiva - a sua referência dialógica e última palavra. AI - Projeto de Lei Complementar n. 205/2012 considera membros da AGU profissionais que ocupam apenas cargos em comissão, não integrantes de nenhuma das carreiras da instituição. Isto é compatível com o princípio constitucional do concurso público? DF - Obviamente a proposta é inconstitucional, pois se está tratando de cargos de natureza política e estabilidade constitucionalmente garantidas para suportar a independência técnica, para os quais se exige a qualificação formal por concurso público. Os cargos em comissão, por definição, são cargos administrativos, preenchidos por exclusivo nuto político e de livre exoneração se não agradarem a quem nomeia, não oferecendo qualquer garantia de independência técnica. | 5 ANAUNI Honorários Advocatícios: AGU revisa parecer sobre o tema No dia 18 de março, foi divulgada notícia no site da Advocacia-Geral da União, informando que “Advogados públicos devem receber os honorários de sucumbência nas ações vitoriosas”. Isso é o que diz o parecer assinado pelo Advogado-Geral da União, ministro Luís Inácio Adams, [...] em reunião com as associações das carreiras jurídicas da Advocacia-Geral da União (AGU). Na mesma data, o site da AGU também publicou outra matéria, informando que o “Advogado-Geral da União (AGU), ministro Luís Inácio Adams, entregou parecer ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que reconhece o direito do recebimento de honorários de sucumbência por advogados públicos”. Tão logo observou essas notícias, a Diretoria da ANAUNI, entidade representativa da carreira de Advogado da União, adotou medidas no sentido de obter cópia do Parecer nº 1/2013/OLRJ/ CGU/AGU, no qual foi reapreciada a temática dos honorários advocatícios. Em seguida, a Diretoria da Associação se reuniu para analisar a nova manifestação da AGU, constatando que ela realmente afasta as conclusões do Parecer nº GQ-24, de 1994, o qual entendia pela “inaplicabilidade do regramento dos adicionais de sucumbência” aos “advogados submetidos ao regime jurídico 6 | Associação Nacional dos Advogados da União instituído pela Lei n. 8.112, de 1990”. Com o novo Parecer nº 1/2013/OLRJ/ CGU/AGU, a Advocacia-Geral da União passou a entender que “a titularização desses valores, seja pelos membros de carreira, seja pela União e seus entes, neste último caso, com repasses ou retribuições, por meio de fundos ou mecanismos afins, é a hipótese adequada em termos jurídicos, o que ocorrerá exclusivamente por lei”. Portanto, essa nova manifestação considera possível que a lei assegure, expressamente, a percepção de honorários pelos membros da Advocacia-Geral da União. Todavia, é inegável que os dirigentes da instituição ainda necessitam realizar esforços junto ao Governo Federal e aos Poderes Legislativo e Judiciário, no sentido de assegurar que os honorários sejam exclusivamente destinados aos membros da AGU. O Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, salienta que “os honorários constituem direito do advogado. Portanto, só cabe a criação de um fundo de sucumbência se for, expressamente, garantido o pagamento integral dos honorários para seus legítimos titulares: os membros da AGU”. Ainda segundo o Presidente da ANAUNI, “o direito aos honorários não deve necessariamente ser atrelado ao Projeto de Lei Complementar n. 205/2012 (Lei Orgânica da AGU), vez que esse projeto apresenta inúmeras inconstitucionalidades e deve ser discutido com maior profundidade, o que somente poderá ocorrer se for retirado do Congresso Nacional. Por outro lado, é perfeitamente viável que os honorários também estejam previstos noutras leis específicas, a exemplo do novo Código de Processo Civil, sendo necessário empenho da AGU nesse sentido. Portanto, é fundamental que o Poder Executivo implemente o pagamento dos honorários, que são um direito já garantido pela Lei n. 8.906/1994 para todo e qualquer advogado, seja público ou privado”. No mesmo rumo da ANAUNI, o Presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, defende que “o assunto deve ser inserido no novo Código de Processo Civil (CPC)”. Para ele, “esse primeiro passo vai garantir aos advogados públicos federais o que já foi instituído na Lei 8906/94. Precisamos acelerar a entrada desse texto no CPC e é isso que a OAB vai fazer”. Tal posição institucional foi veiculada em matéria no site dessa Seccional da OAB, na segunda-feira (18/03). A Diretoria da ANAUNI continuará atuando fortemente junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, de modo a garantir a plena efetivação desse direito dos membros da Advocacia-Geral da União. w w w. a n a u n i . o r g. b r ANAUNI Lei Orgânica da AGU: Diretoria da ANAUNI encaminha sugestões ao Relator do PLP 205/2012 formou que pretende apresentar um substitutivo ao projeto. A Diretoria da ANAUNI já participou de várias reuniões com o Relator do PLP 205/2012, sempre demonstrando que o projeto atenta contra princípios basilares ao Estado Democrático de Direito, na medida em que permite um aparelhamento político da Advocacia-Geral da União. Na sexta-feira (19/04), o Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, o Vice-Presidente, Carlos Luiz Weber, e o Diretor de Atividades Legislativas, Tiago Bacelar, protocolaram ofício contendo as sugestões desta associação para o Projeto de Lei Complementar n. 205/2012, que trata da Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União (AGU). O expediente foi protocolado na Comissão de Administração, de Trabalho e Serviço Público da Câmara dos Deputados (CTASP), bem como no Gabinete do Deputado Federal Alex Canziani (PTB/PR). Tais sugestões foram encaminhadas porque o Deputado Federal Alex Canziani, Relator do PLP 205/2012, havia fixado o dia 19/04 como prazo final para recebimento das propostas apresentadas pelas entidades de classe da AGU. Neste sentido, o parlamentar in- No expediente que foi protocolado, a ANAUNI aponta as flagrantes inconstitucionalidades do PLP 205/2012, o qual ofende o princípio do concurso público, contraria a independência técnica da Advocacia Pública e desrespeita a natureza institucional da Advocacia-Geral da União. Portanto, esta associação propõe ao Relator do projeto uma redação alternativa para vários dispositivos, sanando as inconstitucionalidades e prevendo que a organização e o funcionamento da AGU estejam de acordo com a Constituição Federal. A Diretoria da ANAUNI considera fundamental a realização de uma Audiência Pública para discutir o PLP 205/2012, de modo que a sociedade tenha maior conhecimento da matéria e dos enormes riscos trazidos por essa proposta legislativa. Presidente da ANAUNI se reúne com o Presidente do Conselho Federal da OAB No dia 21 de maio, o Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, reuniu-se com o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. Participaram da reunião o Delegado da ANAUNI no Estado da Bahia, Bruno Godinho, o Conselheiro Federal da OAB, André Godinho, e o Presidente da OAB em Pernambuco, Pedro Henrique Reynaldo Alves. O Presidente da ANAUNI iniciou a reunião tratando do projeto do novo Código de Processo Civil. Neste sentido, sugeriu que a OAB agende uma reunião conjunta com as entidades de classe e o relator do projeto, Deputado Paulo Teixeira (PT/SP). Acatando a sugestão, o Presidente Marcus Vinicius solicitou à sua assessoria que providenciasse esse agendamento, externando apoio à percepção w w w. a n a u n i . o r g. b r de honorários pelos membros da Advocacia-Geral da União (AGU). Em seguida, foi abordada a tramitação do Projeto de Lei Complementar nº 205/2012, que trata da Lei Orgânica da AGU. A este respeito, o Presidente da OAB externou que sua posição era pela retirada do projeto do Congresso Nacional, para viabilizar uma melhor discussão da matéria. Todavia, caso isso não aconteça, ressaltou que defende um debate plural e democrático, envolvendo as entidades de classe interessadas. Na reunião, o Presidente da ANAUNI também informou que foi ajuizado um Mandado de Segurança em defesa das prerrogativas da carreira de Advogado da União, haja vista que alguns órgãos da AGU estão exigindo cartão eletrônico ou crachá de identificação dos membros da instituição, restringindo seu acesso aos locais de trabalho. Segundo Rommel Macedo, essa exigência de crachá é ilegal, pois os membros da AGU já possuem uma carteira de identidade funcional, com validade em todo o território nacional, não cabendo limitar seu ingresso na própria instituição. Na ocasião, tais argumentos foram expressamente apoiados pelo Presidente da OAB em Pernambuco, Pedro Henrique Alves. Após ouvir os fundamentos externados pela ANAUNI, o Presidente Nacional da OAB informou que apoia os pleitos dos Advogados da União e que a Ordem assistirá a associação no Mandado de Segurança já ajuizado. Finalizando o encontro, o Presidente da ANAUNI agradeceu à OAB todo o apoio conferido à carreira de Advogado da União. Neste sentido, o Presidente Nacional da Ordem colocou-se sempre à disposição para defender as prerrogativas dos membros da AGU. Após a reunião, o Presidente da ANAUNI remeteu ofício ao Conselho Federal da OAB, solicitando a intervenção processual dessa entidade no Mandado de Segurança que trata da exigência de cartão eletrônico ou crachá de identificação. Anauni Informa | 7 ANAUNI ANAUNI realiza festa de posse para novos Advogados da União Aconteceu na noite de segunda-feira (20/05) a solenidade de Formalização da Posse dos aprovados no último concurso público para Advogado da União. A ANAUNI esteve representada pelo Presidente, Rommel Macedo, pelo Vice-Presidente, Carlos Luiz Weber, e pelos Diretores Maria Clarice Mendonça e Marcos Henrique Góis. O evento aconteceu no Auditório Dom João VI, da Imprensa Nacional, na cidade de Brasília/DF. O Advogado da União e Procurador-Geral da União, Paulo Henrique Kuhn, parabenizou os novos colegas. “A AGU é grande, forte, consistente, respeitada, essencial à justiça e fundamental para a sociedade na viabilização das políticas públicas, na esfera consultiva e contenciosa. A chegada dos senhores é de extrema importância para esta instituição”, garantiu. Após a solenidade de posse, os novos Advogados da União foram recepcionados pela ANAUNI, em grande festa ocorrida no Clube de Engenharia de Brasília. Na ocasião, o Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, fez uma saudação aos empossados, sendo depois exibido um vídeo institucional da associação. Segundo Rommel Macedo, “a ANAUNI teve um papel fundamental para garantir a abertura do concurso para Advogado da União bem como para ampliar o quantitativo de cargos na carreira. Portanto, é com muita satisfação que esta entidade associativa recebe os novos colegas, após tantos esforços individuais e coletivos”. 8 | Associação Nacional dos Advogados da União w w w. a n a u n i . o r g. b r ANAUNI w w w. a n a u n i . o r g. b r Anauni Informa | 9 ACONTECE ACONTECE Leia a íntegra de todas as matérias no site: www.anauni.org.br Manifesto da Comissão de Aprovados No dia 15 de abril, a ANAUNI encaminhou a autoridades do Poder Executivo e parlamentares cópias do “Manifesto da Comissão de Aprovados – AGU/2012”. O Manifesto foi subscrito por vários candidatos aprovados no concurso público para Advogado da União, regido pelo Edital 10/AGU, de 7 de maio de 2012. Depósitos judiciais O Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, participou de reunião para tratar do Projeto de Lei n. 2.432/2011, ocorrida no Gabinete do Deputado Federal Erivelton Santana (PSC/BA). O encontro objetivou definir os últimos ajustes no texto do projeto, que tramita na Câmara dos Deputados. Posse da nova Diretoria da APBC Membros da Diretoria da ANAUNI prestigiaram a posse da nova Diretoria da Associação Nacional dos Procuradores dos Procuradores do Banco Central do Brasil (APBC). O evento contou com a presença de representantes das entidades da Advocacia Pública e diversas autoridades convidadas. Promoção na carreira Em 24 de maio, o Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, remeteu ofício ao Advogado-Geral da União, solicitando a imediata abertura do concurso de promoção da carreira de Advogado da União, relativo ao período 2012.2. Reajuste dos planos de saúde Membros da Diretora da ANAUNI participaram, no dia 19 de abril, de reunião com representantes da Secretaria-Geral de Administração da Advocacia-Geral da União para tratar dos índices de reajuste dos planos de saúde administrados pela Aliança Administradora de Benefícios de Saúde S/A. Foram apresentados os dados relativos à inflação médica, sinistralidade e cálculo atuarial que formam o reajuste, comunicando-se também a inclusão de nova operadora: Sul América. Presidente da ANAUNI defende Advocacia de Estado O presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, representou a Associação em Audiência Pública na Câmara dos Deputados, no dia 07 de março. Também participaram os representantes das demais entidades da Advocacia Pública, nos âmbitos federal, estadual e municipal. O evento marcou as comemorações do Dia Nacional da Advocacia Pública, tendo sido presidido pelo Coordenador da Frente Parlamentar, Deputado Federal Fábio Trad (PMDB/MS). Diretoria da ANAUNI se reúne com PGU No dia 19 de março, a Diretoria da ANAUNI se reuniu com o Procurador-Geral da União, Paulo Henrique Kuhn. Além do Presidente Rommel Macedo, estiveram presentes o Secretário-Geral Adjunto, Washington Teixeira Neto, e o Diretor Jurídico, Bruno Fortes. No encontro, foram discutidos assuntos referentes à atuação contenciosa da carreira de Advogado da União, especialmente quanto às condições de trabalho nos órgãos de lotação. 10 | Associação Nacional dos Advogados da União w w w. a n a u n i . o r g. b r Leia a íntegra de todas as matérias no site: www.anauni.org.br Diretoria e Delegados Estaduais reunidos No dia 20 de abril, a Diretoria e os Delegados Estaduais da ANAUNI se reuniram em Brasília/DF. Tratou-se da primeira reunião conjunta deste biênio 2013-2015, quando os novos Delegados foram empossados e discutiram vários temas de interesse da carreira de Advogado da União. ACONTECE ACONTECE Condições de Trabalho da PRU - 1ª Região A ANAUNI encaminhou manifestação ao Ministério Público Federal, com considerações finais acerca do Inquérito Civil que trata das condições de trabalho da Procuradoria-Regional da União da 1ª Região. No expediente, a ANAUNI reforça a necessidade de ampliação do quantitativo de Advogados da União, bem como a adoção de medidas estruturais que permitam uma eficiente atuação dos referidos profissionais. Defesa de prerrogativas O Diretor da ANAUNI, Rogério Sóther, se reuniu com a Comissão de Advocacia Pública da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Pernambuco (OAB/PE) para discutir restrições que vêm sendo impostas ao ingresso de Advogados da União na Procuradoria-Regional da União da 5ª Região e na Consultoria Jurídica da União em Pernambuco, consistentes na exigência de cartão eletrônico de acesso. Identificação dos Advogados da União A ANAUNI ajuizou Mandado de Segurança solicitando a anulação do Ofício nº 18/2013/SGA-AGU, do Secretário-Geral de Administração Substituto da Advocacia-Geral da União. Tal expediente sujeitou os Advogados da União a apresentarem cartão eletrônico ou crachá de identificação, para acesso a órgãos da instituição. Diretoria da ANAUNI se reúne com Senador Pedro Taques O Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, o Secretário-Geral, Marcos Luiz da Silva, e o Diretor de Atividades Legislativas, Tiago Bacelar, participaram de reunião com o Senador Pedro Taques (PDT/MT), no dia 03 de abril. Também compareceram os membros da Comissão de Aprovados no concurso para Advogado da União. Comissão Especial para Capacitação se reúne com Escola da AGU Na segunda-feira (13/05), a ANAUNI participou de reunião com o Vice-Diretor da Escola da Advocacia-Geral da União, Filipo Bruno Silva Amorim. Na ocasião, a Associação esteve representada pelo Vice-Presidente, Carlos Weber, e pelos membros da Comissão Especial para Capacitação, Erico Ferrari Nogueira, Rodrigo Pereira Martins Ribeiro e Victor Guedes Trigueiro. w w w. a n a u n i . o r g. b r Anauni Informa | 11 Deduções no imposto de renda A ANAUNI ajuizou, no dia 10 de maio, ação coletiva em face da União, visando à declaração incidental de inconstitucionalidade do artigo 8º, inciso II, alínea “b”, itens 7 a 9, da Lei nº 9.250/1995. A Diretoria da ANAUNI acompanhará o andamento da referida ação judicial, buscando obter decisão que garanta os legítimos direitos de seus associados. XIV ENAU No período de 24 a 28 de outubro de 2013, será realizado o XIV Encontro Nacional dos Advogados da União – ENAU. O evento ocorrerá no Hotel Cabo Branco Atlântico, na cidade de João Pessoa/PB. Localizado em frente à bela Praia de Cabo Branco, o referido hotel foi inaugurado neste ano 2013. Tradicionalmente, o ENAU inclui o Seminário Nacional sobre Advocacia de Estado e a Assembleia-Geral Ordinária da ANAUNI, tratando-se do mais importante evento da carreira de Advogado da União. Atuação Legislativa O Diretor de Atividades Legislativas da ANAUNI, Tiago Bacelar, reuniu-se em 15 de maio com o Deputado Federal Augusto Coutinho (DEM/PE), para tratar de assuntos do interesse da carreira de Advogado da União. Curso de Formação dos Advogados da União O Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, esteve presente na Solenidade de Abertura do Curso de Formação dos novos Advogados da União, que aconteceu no dia 20 de maio, no Auditório da Escola da AGU, em Brasília. Pouco antes do início da solenidade, o Presidente da ANAUNI reuniu-se com a Direção da Escola da AGU, reafirmando que a associação está sempre à disposição para colaborar com os trabalhos de capacitação realizados pelo órgão. Atribuições da carreira O Presidente da ANAUNI, Rommel Macedo, remeteu ofício ao Advogado-Geral da União, no dia 22 de maio, apontando a inconstitucionalidade e a ilegalidade da manutenção de servidores comissionados, não integrantes da carreira de Advogado da União. Também remeteu novos expedientes ao Advogado-Geral da União e à Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, reiterando a necessidade de imediata nomeação de todos os 285 aprovados no concurso público para Advogado da União. Nomeação de todos os aprovados no concurso Na segunda-feira (13/05), a Senadora Lídice da Mata (PSB/BA) remeteu ofício à Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, requerendo a nomeação de todos os 285 (duzentos e oitenta e cinco) candidatos aprovados no concurso público para Advogado da União. ANAUNI: 17 ANOS EM DEFESA DA CARREIRA DE ADVOGADO DA UNIÃO. SE VOCÊ É ADVOGADO DA UNIÃO APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO, ASSOCIE-SE! www.anauni.org.br 12 | Associação Nacional dos Advogados da União w w w. a n a u n i . o r g. b r