Atualmente, não se concebe uma Educação Profissional
identificada como simples instrumento de política assistencialista
ou linear ajustamento às demandas do mercado de trabalho,
mas sim como importante estratégia para que os cidadãos
tenham efetivo acesso às conquistas científicas e tecnológicas
da sociedade. Impõe-se a superação do enfoque tradicional da
formação profissional baseado apenas na preparação para
execução de um determinado conjunto de tarefas a serem
executadas. A Educação Profissional requer, além do domínio
operacional de um determinado fazer, a compreensão global do
processo produtivo, com a apreensão do saber tecnológico, a
valorização da cultura do trabalho e a mobilização dos valores
necessários à tomada de decisões no mundo do trabalho.
Os empregadores passaram a exigir trabalhadores
cada vez mais qualificados, uma vez que
equipamentos e instalações complexas requerem
trabalhadores com níveis de educação e qualificação
cada vez mais elevados. As mudanças aceleradas no
sistema produtivo passaram a exigir uma permanente
atualização das qualificações e habilitações
existentes, a partir da identificação de novos perfis
profissionais.
O objetivo
maior é o de propiciar autonomia
intelectual, de tal forma que, a cada mudança
científica e tecnológica, o cidadão consiga por si
próprio formar-se ou buscar a formação necessária
para o desenvolvimento de seu itinerário profissional.
A evolução tecnológica e as lutas sociais têm modificado as
relações no mundo do trabalho. Devido a essas tensões,
atualmente, não se admite mais a existência de trabalhadores
que desempenhem apenas tarefas mecânicas. O uso das
tecnologias de comunicação e da informação tem transformado
o trabalho em algo menos sólido. Já convivemos com trabalhos
feitos em rede ou trabalhos feitos em casa, bem como com
trabalho sem carteira assinada e trabalho no mundo virtual.
Convivemos, também, com a valorização de profissões que não
geram produtos industriais, tais como artes, saúde,
comunicação, educação e lazer.
• Espera-se que o mundo do trabalho avance
na direção de relações trabalhistas mais
justas. Isso implica numa maior participação
dos trabalhadores nos destinos e nos
processos de trabalho. Para que isso
aconteça é necessário que o trabalhador
tenha conhecimento da tecnologia, da
ciência e dos processos necessários em sua
produção. A escola especializada ou voltada
para a formação profissional deve atentar
para essa necessidade.
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7-Reflexão Educação Profissional