ESDE - Estudo Sistematizado
da Doutrina Espírita.
M1 – RIII.
Ensaio teórico
das sensações e
percepções dos espíritos.
Não se deve confundir
o efeito com a causa...
Sofrem os espíritos?
Que sensações experimentam?
Conc ebemos os
s ofrimentos morais,
como pesares,
remorsos, vergonha;
mas calor e frio e a
dor física, não são
efeitos morais . . .
Experimentariam os
espíritos tais
sensações?
O cor po é instr umento da dor.
S e não é a causa primária
desta é, pelo menos, a causa
imediata.
A alma tem a per cepção da
dor : essa per cepção é o efeito.
A lembr ança da dor que a alma
conser va é muito penosa, mas
não pode ter ação física...
Será lícito dizer que
impr essões
semelhantes
per maneçam com o
espíritos após o
desenlace?
As sensações e percepções sentidas e
relatadas pelos espíritos são mediadas pelo
períspirito...
No corpo, existindo os órgãos, as sensações
são localizadas e definidas; destruindo-se o
corpo elas são gerais.
Liberto do corpo o espírito pode sofrer, mas o
sofrimento não é corporal, não sente frio nem
calor, visto que os fenômenos nada lhes
causam. Os sofrimentos dos espíritos são de
ordem moral, reminiscências que não deixam
de serem dolorosas...
Há de se considerar muitas vezes que determinadas
sensações, não fazem parte de reminiscências, por
exemplo:
Um suicida que diz sentir os vermes
roerem-lhe o corpo ainda
vivo.
Seu corpo quando vivo experimentou esta
sensação?
É possível os vermes roerem-lhe o períspirito?
Podemos chegar a uma determinada conclusão:
Se o períspirito é um simples agente transmissor e
a consciência reside no espírito que anima o
corpo, também não há ele de sentir nenhuma
sensação, a menos que seja um reflexo do
corpo que ele abriga.
Do mesmo modo, se um espírito não possuir um
períspirito, não o poderá sentir dor. É o que se
sucede com os espíritos puros, cujo progresso
torna o períspirito
menos grosseiro...
Já os espíritos de períspirito mais
denso, percebem nossos som e odores de
forma mais real, mas sempre de acordo com
o que acontecia com quando possuíam um
corpo material. Daí vem a força das
obsessões e vícios materiais...
Quando eles se
‘alimentam’
dessas sensações, não é
para sustentar um corpo que o
fazem, muito menos à alma, e sim à
impressões que os dominam...
Podemos dizer que, neles, as vibrações
moleculares se fazem sentir em todo o ser e
chegam assim ao lugar comum das
sensações, que é o próprio Espírito, embora
de modo diverso, e talvez, também, dando
um impressão diferente, o que modifica a
percepção.
Eles ouvem o som da nossa voz, entretanto
nos compreendem sem o auxílio da palavra,
somente pela transmissão do pensamento.
As faculdades dos sentidos são
atributos essenciais da alma, para qual a
obscuridade não existe. É, contudo, mais
extensa, mais penetrante nas almas mais
purificadas. A alma, ou o Espírito, tem,
pois, em si mesma, a faculdade de todas
as percepções. Estas, na vida corpórea,
se obliteram pela grosseria dos órgãos
do corpo; na vida extracorpórea se vão
desanuviando,
à
proporção
que
o
invólucro semi-material se eterniza...
Sendo assim, os nossos sentidos
materiais,
não
podem
registrar
sensações comuns aos espíritos, tendo
somente essa possibilidade através da
mediunidade e dos dons anímicos.
“Quem tiver olhos para ver, veja.
Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça”.
Jesus.
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