Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados Federais, É importante registrar que em 1854, o Barão de Mauá, inaugurou a primeira ferrovia no Brasil, a Imperial Companhia de Navegação e Estrada de Ferro Petrópolis ao percorrer 14,5 quilômetros de trilhos da Cidade do Rio de Janeiro à Petrópolis. Depois vieram a Great Weastern of Brazil Railway (Recife – São Francisco) em 1858; a Dom Pedro II (hoje a Central do Brasil) em 1858; e, a Bahia – São Francisco (1860). Em 1860, nosso país possuia 221 km de rede ferroviária. Em 1864, já eram 418 km. Em 1922, a rede férrea nacional alcançava 29 mil quilômetros e em 1967, chegou a 35 mil km. Por decisão administrativa, na década de 70 de 1900, optou-se pelo modelo rodoviário. Assim em 2004, o Brasil andou de marcha-a-ré e tinha, 29 mil km, o mesmo que em 1922. O modelo ferroviário nacional, hoje sob a égide da iniciativa privada, carece de investimentos nas redes, em equipamentos e na capacitação de recursos humanos para formação, qualificação e aperfeiçoamento nos níveis operacional, técnico e gerencial para tornar-se mais competitivo com objetivo de transportar produtos primários, produtos acabados ou industrializados de maior valor agregado e peso bruto menor. Dos 26 mil quilômetros de ferrovias concedidos à iniciativa privada em 1996, cerca de sete mil foram desativados, muitos delas devido a furtos de grampos, dormentes e de trilhos, ou seja, a deterioração das linhas férreas. Observo que as empresas privadas deste setor já investiram mais de R$ 4 bilhões e prevê que até 2008, sejam aplicados outros R$ 3,3 bilhões em vias permanentes, do total de R$ 12 bilhões previstos pelas concessionárias. Nos EUA, são investidos US$ 33 mil em cada quilômetro de ferrovia, anualmente; no Brasil, esse número tem redução para US$ 11 mil, um descaso, pois sendo geograficamente equivalente ao território brasileiro, os EUA tem 300mil Km de linhas e plena operação e manutenção, em quanto no Brasil são se atinge nem 10% desta significativa extensão. Acredito que seria louvável que o governo da União decidisse por incrementar crédito de longo prazo do BNDES a custos reduzidos e por permitir que os Projetos Pilotos de Investimentos – PPI’s apliquem recursos financeiros em ferrovias. Isso seria notável para a expansão das estradas de ferro no continental Brasil. Vale ressaltar duas conquistas de 1997: vinte mil empregos diretos e indiretos foram gerados e o número de acidentes ferroviários foi diminuído em 55%, graças ao modelo de gestão. Na atualidade, é de extrema importância a ampliação do transporte multimodal (mais adequado, articulado e mais prático), pois facilitaria às empresa que desejam descolar sua carga de um Estado para outros com menor custo e desperdício. A implantação desse sistema, está a mercê de duas políticas diferentes devido ao conceito de regionalização. Quero louvar a iniciativa do governador Aécio Neves, de Minas Gerais, que vem reativando por meio de parcerias com a iniciativa privada, os trens turísticos, como o de São João del Rei a Tiradentes; e, de Ouro Preto a Mariana. O resgate dessa tradição vem sendo elogiada por todos como símbolo da valorização do turismo mineiro e dasafogamento das rodovias. Rendo minhas sinceras homenagens aos homens que escreveram as estórias das estradas de ferro e a aqueles que hoje dedicam constantes esforços para a modernização e a dinamização desse notável setor da economia, pela passagem do DIA DO FERROVIÁRIO, no próximo 30. Que ele continue com a mesma lealdade que estimula, pois a deslealdade desmotiva; que não deixe de respeitar às desigualdades que incentiva, enquanto o preconceito desmotiva; e, mantenha a tradicional ética ferroviária que motiva, porque valoriza as relações humanas e, sobretudo, fortalece a fraternidade mundial, tendo em vista, também o notório desenvolvimento agro-industrial brasileiro, no final dos anos 60 do século passado. Por fim, transcrevo os dizeres de Donald e. Super: “O indivíduo encontrará satisfação em seu trabalho na medida em que este mesmo trabalho lhe permitir ser a pessoa que é, isto é, realizar os seus valores, satisfazer os seus desejos e utilizar os seus talentos”. Assim saúdo todos os ferroviários brasileiros, brava gente deste glorioso país, que ao realizar seus desejos munidos talento e determinação engrandecem a nossa pátria! Senhor Presidente, solicito a Vossa Excelência que meu pronunciamento seja divulgado pelos órgãos de comunicação desta Casa Legislativa. Muito obrigado! DEPUTADO FEDERAL HIDEKAZU TAKAYAMA PMDB – PR