Ponto de Equilı́brio Difuso para Grupos de Procedimentos do CDI-HUOL Raquel E. Patiño Escarcina, Dennis Barrios Aranibar Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, UFRN, Campus Universitário s/n, 59072-970 Natal, Brasil E-mail: {raquel.patino,dennisbarrios}@gmail.com Ivanosca Andrade da Silva, Maria do Socorro Luz Centro de Diagnóstico por Imagem, HUOL, UFRN 59.012-300 Natal, RN, Brasil, E-mail: [email protected], [email protected] Benjamı́n Callejas Bedregal Depto. de Informática e Matemática Aplicada, UFRN Campus Universitário s/n, 59072-970 Natal, Brasil, E-mail: [email protected] Resumo O motor de inferência difuso constru´ ıdo serve como complemento ao relat´ orio do ponto de equil´ ıbrio do sistema de custo do CDI-HUOL para aux´ ılio na tomada de decisão. Este motor de inferência ir´ a determinar se dado um conjunto de grupos de procedimentos realizados, o mesmo est´ a no ponto de equil´ ıbrio ou não, desde o ponto de vista do repasse da tabela SUS recebido pelo hospital versus o custo dos mesmos obtido pelo sistema de custos do CDI-HUOL. A id´ eia não e´estabelecer o ponto de equil´ ıbrio exato, mas se est´ a compat´ ıvel ou não com o ponto de equil´ ıbrio, ou seja tratamos o ponto de equil´ ıbrio como um conceito difuso.. 1 Introdução Diante da internacionalização dos mercados e o conseqüente aumento da competitividade, as empresas que dispõem de um sistema de apuração de custos bem implantado, partem com um diferencial em relação a seus concorrentes. A informação de custos fornece subs´ ıdios aos gestores para tomada de decisões e portanto, e´ um importante suporte gerencial face a alta complexidade da gestão administrativa e aos gastos crescentes das ações de planejamento empresarial. A an´ alise custo-volume-lucro e´ fundamental para o administrador que deseja avaliar o impacto sobre os lucros causados por mudanças no preço de venda, no custo ou no volume das vendas [1, p. 164]. Consiste, portanto, em verificar qual a alternativa mais coerente a se optar, dado que, mudanças em determinadas vari´ aveis fornecerão resultados distintos. Para que se possa realizar a an´ alise de custo-volume-lucro de alguns ´ ıtens, deve-se dar destaque a alguns conceitos que permitem a aplicação do conceito, tais como, margem de contribuição e ponto de equil´ ıbrio. Garrison e Noreen [1, p. 164] definem: margem de contribuição como o que resta da receita de vendas ap´ os a dedução das despesas vari´ aveis. Assim, ela e´ o montante dispon´ ıvel para cobrir as despesas fixas e, em seguida, prover os lucros do per´ ıodo. Pela margem de contribuição e´então poss´ ıvel, se verificar quanto se obteve realmente de contribuição à empresa ap´ os a realização da venda ou da prestação de serviço, ou seja, de resultado, depois de deduzido das receitas os custos. Sendo que, e´v´ alido salientar, que ela s´ o considera os custos relevantes (custos vari´ aveis), pois, os fixos como são sacrificados independentes da ocorrência da atividade ou não, são exclu´ ıdos da contribuição disposta naquela operação. Desta forma, para que a empresa obtenha lucro e´ necess´ ario que a margem de contribuição obtida seja capaz de se sobrepor ao custo fixo. A an´ alise de custo volume lucro e´ tamb´ em auxiliada pelo estudo do ponto de equil´ ıbrio, o qual e´ definido por Martins [4, p. 257], como aquele que nasce da conjugação dos Custos Totais com as Re´ portanto, quando as receitas toceitas Totais. E, — 299 — senvolvido por nosso grupo um Sistema de Custos no intuito de se apurar minuciosamente os custos de cada procedimento para assim auxiliar na tomada de decisão no que tange ao planejamento, programação, acompanhamento, avaliação das atividades al´ em de subsidiar o processo de controle das despesas e contribuir para elaboração do orçamento, planejamento e dimensionamento deste centro. E´ claro que o levantamento de custos fornecido pelo software, são aproximações do custo real de cada procedimento. Considerando ainda que cada procedimento pode ter um custo diferente dependendo das caracter´ ısticas do paciente (diagn´ ostico, faixa et´ aria, hist´ orico clinico, 1 etc.) e do m´ edico , então a obtenção do ponto de equil´ ıbrio exato de um tipo de procedimento e´imposs´ ıvel (se for obtido um, certamente ele não corR$ as t e i d responde ao ponto de equil´ ıbrio real). Certamente ce o o Re nt bri o2 Po uili ã ´ este ponto de equil´ ı brio e mais inexato quando se i g eq Re trata de um grupo de procedimentos, por exemplo o q Cust alguns procedimento de tomografia. 1 ião g O presente trabalho, assume um conhecimento Re inicial sobre sistemas difusos (fuzzy) por parte do leitor. Alguns textos introdut´ orios que cobrem este p qtd. Prod. assunto são [5, 6, 2, 3]. Neste trabalho apresentase um sistema difuso não convencional (segue uma Figura 1: Ponto de equil´ ıbrio entre custo × receita. arquitetura não padrão) para determinar quando um grupo de procedimentos do CDI est´ a em equil´ ıbrio, onde o conceito de equil´ ıbrio agora deixa de ser um Por´ em, para se determinar os custos indireconceito exato para ser um conceito difuso. tos a produtos ou serviços e´ necess´ ario empregar t´ ecnicas de rateio, que na maioria das vezes, não conseguem fornecer informações reais sobre tais 2 Motor de Inferência Difuso custos, uma vez que se caracterizam por serem extremamente subjetivas e, portanto imprecisos. De O motor de inferência difuso constru´ ıdo serve fato, os valores atribu´ ıdos a alguns ´ ıtens se us- como complemento ao relat´ orio do ponto de ando uma t´ ecnica de rateio, são na verdade meras equil´ ıbrio do sistema de custo do CDI-HUOL. Este aproximações dos custos reais desses ´ ıtens que in- motor de inferência ir´ a determinar se dado um concidem no custo real dos produtos que usam dele e junto de grupos de procedimentos realizados, o portanto o custo apurado para esse produto e´im- mesmo est´ a compat´ ıvel com o ponto de equil´ ıbrio preciso ou inexato. ou não, desde o ponto de vista do repasse da tabela O Centro de diagn´ ostico por Images (CDI) do SUS recebida pelo HUOL, versus o custo real dos Hospital Universit´ ario Onofre Lopes (HUOL) da mesmos. Universidade Federal do Rio Grande do Norte O motor de inferência constru´ ıdo cont´ em dois (UFRN) em Natal, e´ respons´ avel pela realização n´ ıveis de fuzzificação, como mostrado na figura de alguns procedimentos de m´ edia e alta complex2. Nesta figura e´mostrada a arquitetura do motor, idade, sendo que em geral os procedimentos de 1 alta complexidade são os mais onerosos para a Apesar de que em alguns hospitais, por exemplo o Hosao sistematizados instituição. Esses procedimentos são ressarcidos pital da UNIMED Natal, os procedimentos s˜ atrav´ e s de protocolos clı́nicos, conferindo aos procedimentos pelo Sistema Único de Sa´ ude (SUS) com base em um custo razoavelmente uniforme, no CDI-HUOL esta sisuma tabela mantida pelo SUS a n´ ıvel nacional e tem´ atica ainda n˜ ao tem sido implantada. Isto faz com que não com base nos custos hospitalares levantados alguns m´ edicos alterem a quantidade de insumos em func¸a˜o para cada procedimento. Recentemente, foi de- da patologia do paciente. tais se igualam aos custos totais se tem o ponto de equil´ ıbrio p, que tamb´ em e´chamado de ponto de ruptura ou Break-even point [4, p. 257]. Qualquer produção inferior a p resultar´ a em um custo superior à receita e, portanto, preju´ ızo. Inversamente, qualquer produção superior a p resultar´ a em um custo inferior à receita e, portanto, lucro. Estas duas situações são caracterizadas pelas regiões 1 e 2, respectivamente, na Figura 1. Desta forma, o ponto de equil´ ıbrio e´estabelecido no n´ ıvel de vendas em que o lucro da companhia e´ nulo. J´ a se percebe, portanto, que a empresa deve sempre trabalhar acima do ponto de equil´ ıbrio, de modo que, possa ter resultados positivos [1]. — 300 — Custo Fornecido pelo Sistema ------- dados.txt ------125.80 120.00 123.10 120.00 . . . . . . 58.25 60.00 ------------------------- Custo SUS Diferença/Custo SUS Nivel 1 Fuzzificação Contagem de elementos em cada variável Fuzzy Figura 3: Exemplo de Arquivo de Entrada ao Motor de Inferência Quantidade de cada/Total Nivel 2 Fuzzificação vari´ aveis são definidas pelas equações 2 at´ e 6. Inferência com 23 regras Defuzzificação com o algoritmo RSS-Centroide µcompativel (I) = 1− > > > : Conclusão (No ponto de Equilíbrio, Acima ou Embaixo do mesmo) Figura 2: Arquitetura do Motor de Inferência Difuso o mesmo têm como entrada os valores dos custos fornecidos pelo sistema de custos e os valores calculados em base a tabela do SUS para cada um dos grupos de procedimentos formados no relato´rio do ponto de equil´ ıbrio. 2.1 8 > 0 > > < se I <= −10 „ −I 10 «2 0 8 > >0 „ «2 > > > −22 − I > > 1 − > > 13 < µmenor (I) = 1 > „ «2 > > −18 − I > > 1 − > > > 13 > : 0 Primeiro Nı́vel 8 > >0 „ «2 > > > 18 − I > > 1 − > > 13 < µmaior (I) = 1 > «2 „ > > 22 − I > > 1 − > > > 13 > : 0 se −10 < I <= 10 caso contr´ ario (2) se I <= −35 se −35 < I <= −22 se −22 < I <= −18 se −18 < I <= −5 caso contr´ ario (3) se I <= 5 se 5 < I <= 18 se 18 < I <= 22 (4) As entrada para a m´ aquina de inferência ser´ a um se 22 < I <= 35 arquivo contendo os valores obtidos no sistema de caso contr´ ario custos e da tabela SUS, para cada um dos grupos de procedimentos realizados e listados no relato´rio do 8 > 1 se I <= −40 ponto de equil´ ıbrio. Neste arquivo simplesmente > > «2 <„ −40 − I serão listados os custos apurados no sistema e val- µmuito menor (I) = se −40 < I <= −30 > 10 > ores do SUS de cada procedimento como mostrado > : 0 caso contr´ ario na figura 3. Na primeira coluna serão colocados os (5) valores reais e na segunda os valores do SUS. Este 8 arquivo e´gerado automaticamente pelo sistema de > 0 se I <= 30 > > „ «2 Custos do CDI-HUOL. < 40 − I se 30 < I <= 40 As vari´ aveis Difusas no primeiro n´ ıvel são rela- µmuito maior (I) = >1 − 10 > > : cionadas ao ´ ındice calculado com a equação 1. As 1 caso contr´ ario vari´ aveis são: Valor compatı́vel com o do SUS, (6) valor menor que o do SUS, valor maior que o do Dado que as funções de pertinência para cada SUS, valor muito menor que o do SUS e valor vari´ avel fuzzy podem variar dependendo do tipo muito maior que o do SUS. de exame, ou da quantidade de exames agrupados em cada grupo, etc. Foi criada uma interface de usu´ ario (veja figura 4) que permite a modificação (V alorSU S − V alorApurado) (1) das funções previamente definidas, para isto basta I = 100 ∗ V alorSU S alterar os valores nas caixas do lado esquerdo da As funções de pertinência para cada uma de estas figura. O valor do “ponto m´ edio” indica o ponto — 301 — de pertinência acima do limiar α (α-corte) para dois termos lingü´ ısticos diferentes. Denotaremos a cardinalidade de um conjunto A por #A. Q1 = 100 ∗ |#GM M a − #GM M e | #G (7) |#GM a − #GM e | #G (8) Q2 = 100 ∗ #GC (9) #G Q1 e´interpretado como a quantidade de grupos com grande diferença, Q2 como a quantidade com pequena diferença e Q3 como a quantidade de compat´ ıveis. Estes ´ ındices são fuzzificados utilizando as vari´ aveis difusas: Quantidade pequena, quantidade média e quantidade grande. Sendo que as funções de pertinência das u´ltimas estão definidas pelas equações 10 a 12 e mostradas na figura 5. Q3 = 100 ∗ Figura 4: Interface do Motor de Inferência Difuso central da curva, e que por s´ o serem consideradas curvas sim´ etricas, cont´ ınuas, convexas e normalizadas necessariamente seu grau de pertinência e´ 1. O valor do “Comprimento valendo 1” indica o comprimento do intervalo dos valores com grau de pertinência 1, o ponto m´ edio desse intervalo e´ o o valor do “ponto m´ edio” da curva. O valor do “Ponto final” e´ o ponto a partir do qual todos os valores terão grau de pertinência 0. A “Velocidade diminuição” indica o quão curva e´a função de pertinência. Assim, se esse valor for 0, então ela ser´ a uma linha reta, e enquanto mais distante do 0 mais curva ser´ a. Assim a velocidade de diminuição indica de alguma forma a suavidade da função de pertinência. Finalmente, para o caso da contagem do nu´mero de ´ ındices calculados como pertencendo a alguma vari´ avel Fuzzy foi utilizado o limiar α = 0.0. O valor de α indica que todos os valores com grau de pertinência maior a ele serão considerados na hora de contar quantos elementos foram catalogados em cada vari´ avel. Este valor tamb´ em poder´ a ser modificado pelo tomador de decisões alterando simplesmente o valor do campo “Limite inferior para pertinência” na figura 4. 2.2 Segundo Nı́vel 8 «2 „ > <1 − −Qi µcompat´ıvel (Qi ) = 25 > :0 µm´edia (Qi ) = 8 > 0 > > < 1− > > > : se 0 <= Qi <= 25 caso contr´ ario (10) se Qi <= 12.5 „ 37.5 − Qi 25 «2 0 8 > 0 > > «4 „ < 75 − Qi µgrande (Qi ) = 1 − > 25 > > : 1 se 12.5 < Qi <= 62.5 caso contr´ ario (11) se Qi <= 50 se 50 < Qi <= 75 caso contr´ ario (12) Ainda, foram definidos dois valores Crisp: Positivo e Negativo, que indicam se os ´ ındices Qi ao serem calculados sem o valor absoluto, seriam positivos ou negativos. Ap´ os conclu´ ıda a fuzzificação no segundo n´ ıvel, são avaliadas as 23 regras do motor de inferência definidas como segue: Ap´ os termos catalogados os procedimentos de um determinado grupo G como sendo compat´ ıveis (GC ), maiores (GM a ), menores (GM e ), muito maiores (GM M a ) e muito menores ((GM M e ); calcula-se três novos ´ ındice (Qi ) definidos pelas equações 7 a 9. Observe que GC , GM a , GM e , GM M a e GM M e não necessariamente constitui uma partição de G, pois poderão ocorrer procedimentos que tenham graus — 302 — 1. IF Quantidade de compatı́veis´ e grande THEN estamos no ponto de equil´ ıbrio. 2. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e grande AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ positiva THEN estamos um pouco acima do ponto de equil´ ıbrio. 3. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e grande AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´negativa THEN estamos um pouco embaixo do ponto de equil´ ıbrio. Variaveis Fuzzy do nivel 2 de inferência grande diferenc¸ a e´pequena THEN estamos um pouco acima do ponto de equil´ ıbrio. 1 pequena media grande 0.9 11. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ negativa AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´pequena THEN estamos um pouco embaixo do ponto de equil´ ıbrio. 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 12. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ pequena AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´grande AND Quantidade com grande diferenc¸ a´ e positiva THEN estamos acima do ponto de equil´ ıbrio. 0.3 0.2 0.1 0 0 20 40 60 80 100 Figura 5: Vari´ aveis Difusas do n´ ıvel 2 Motor de Inferência Difuso 4. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ positiva AND (Quantidade com grande diferenc¸ a e´ grande OU Quantidade com grande diferenc¸ a´ e m´ edia) AND Quantidade com grande diferenc¸ a´ e positiva THEN estamos acima do ponto de equil´ ıbrio. 5. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e positiva AND Quantidade com grande diferenc¸ a´ e grande AND Quantidade com grande diferenc¸ a´ e negativa THEN estamos um pouco embaixo do ponto de equil´ ıbrio. 6. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ negativa AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´grande AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ positiva THEN estamos um pouco acima do ponto de equil´ ıbrio. 7. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ negativa AND (Quantidade com grande diferenc¸ a e´ grande OU Quantidade com grande diferenc¸ a´ e m´ edia) AND Quantidade com grande diferenc¸ a´ e negativa THEN estamos embaixo do ponto de equil´ ıbrio. 8. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ positiva AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ negativa THEN estamos no ponto de equil´ ıbrio. 9. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ negativa AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com grande diferenc¸ a´ e positiva THEN estamos no ponto de equil´ ıbrio. 10. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e positiva AND Quantidade com 13. IF Quantidade de compatı́veis e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ pequena AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´grande AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ negativa THEN estamos embaixo do ponto de equil´ ıbrio. 14. IF Quantidade de compatı́veis e´pequena AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ grande AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e positiva AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ positiva THEN estamos acima do ponto de equil´ ıbrio. 15. IF Quantidade de compatı́veis e´pequena AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e grande AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ negativa AND Quantidade com grande diferenc¸ a´ e negativa THEN estamos embaixo do ponto de equil´ ıbrio. 16. IF Quantidade de compatı́veis e´pequena AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ grande AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e positiva AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´negativa THEN estamos um pouco acima do ponto de equil´ ıbrio. 17. IF Quantidade de compatı́veis e´pequena AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e grande AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ negativa AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ positiva THEN estamos um pouco embaixo do ponto de equil´ ıbrio. 18. IF Quantidade de compatı́veis e´pequena AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´grande AND Quantidade com grande diferenc¸ a´ e positiva THEN estamos acima do ponto de equil´ ıbrio. 19. IF Quantidade de compatı́veis e´pequena AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´grande AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ negativa THEN estamos embaixo do ponto de equil´ ıbrio. 20. IF Quantidade de compatı́veis e´pequena AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e positiva AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ positiva THEN estamos acima do ponto de equil´ ıbrio. 21. IF Quantidade de compatı́veis e´pequena AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e m´ edia AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ negativa AND Quantidade com grande diferenc¸ a´ e negativa THEN estamos embaixo do ponto de equil´ ıbrio. — 303 — Resultado Final da Maquina de Inferência Difusa 22. IF Quantidade de compatı́veis e´pequena AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e positiva AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´negativa THEN estamos um pouco embaixo do ponto de equil´ ıbrio. 1.5 Embaixo do Ponto de Equilibrio Um pouco Embaixo do Ponto de Equilibrio No ponto de Equilibrio Um pouco Acima do Ponto de Equilibrio Acima do ponto de Equilibrio 1 23. IF Quantidade de compatı́veis e´pequena AND Quantidade com pequena diferenc¸ a´ e m´ edia AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ m´ edia AND Quantidade com pequena diferenc¸ a e´ negativa AND Quantidade com grande diferenc¸ a e´ positiva THEN estamos um pouco acima do ponto de equil´ ıbrio. 0.5 0 −100 −50 0 50 Ap´ os as 23 regras difusas serem avaliadas, foi utilizado o m´ etodo de defuzzificação RSScentroide. Com este intuito, foram calculados os Figura 6: Resultado Final do Motor ´ ındices EPE (Embaixo do Ponto de Equil´ ıbrio), Difuso PEPE (um Pouco Embaixo do Ponto de Equil´ ıbrio), PE (no Ponto de Equil´ ıbrio), PAPE (um Pouco Acima do Ponto de Equil´ ıbrio) e APE (Acima do 8 Ponto de Equil´ ıbrio) utilizando o algoritmo Root> 0 > > Sum-Square (RSS) como mostrado nas equações < «2 13 a 17. Nestas equações Ri representa o valor µpouco embaixo (x) = > „ −45 − x > > :1 − obtido ap´ os a avaliação da i-´ esima regra. 32.5 EP E = q 2 + R2 + R2 + R2 R72 + R13 15 19 21 (13) µno ponto (x) = q 2 + R2 + R2 (14) P EP E = R32 + R52 + R11 17 22 PE = q R12 + R82 + R92 (15) 8 > >0 > < > > > :1 − µacima (x) = q 2 + R2 + R2 + R2 R42 + R12 14 18 20 (17) 8 > 0 > > < 1− > > > : de Inferência se x ≤ −77.5 ou se x ≥ −12.5 caso contr´ ario se x ≤ −25 ou se x ≥ 25 ”2 “ > > :1 − −x 25 µpouco acima (x) = q 2 + R2 + R2 (16) P AP E = R22 + R62 + R10 16 23 AP E = 8 > 0 > < 100 (19) (20) caso contr´ ario se x ≤ 12.5 ou se x ≥ 77.5 „ 45 − x 32.5 «2 caso contr´ ario (21) se x ≤ 70 „ 1 90 − x 20 «2 se 70 < x ≤ 90 (22) caso contr´ ario Finalmente, foram definidas 5 var´ aveis Fuzzy Finalmente, utilizando o algoritmo RSSpara a interpretação da sa´ ıda as quais indicam se Centr´ oide (equação 23) e´calculada a resposta final os valores com os quais o sistema foi alimentado do sistema e visualizada como mostra a figura 6 estão no ponto de equil´ ıbrio, um pouco acima do ponto de equil´ ıbrio, um pouco embaixo do ponto −91EP E − 45P EP E + 0P E + 45P AP E + 91AP E de equil´ ıbrio, acima do ponto de equil´ ıbrio ou sa´ıda = EP E + P EP E + P E + P AP E + AP E (23) embaixo do ponto de equil´ ıbrio. Estas vari´ aveis são definidas pelas equações 18 a 22, e os seus centr´ oides são 0, 45,-45,91 e -91 respectivamente. 3 8 > 1 > > «2 „ < −90 − x µembaixo (x) = 1 − > 20 > > : 0 se x ≤ −90 Conclusão Apresentamos um sistema difuso que permite estabelecer quando um grupo de procedimentos do CDI-HUOL, estão compat´ ıveis com o ponto de caso contr´ ario (18) equil´ ıbrio (o qual e´desconhecido, uma vez que não se −90 < x ≤ −70 — 304 — [5] T.J. Ross, “Fuzzy Logic with Engineering Applications”, John Wiley & Sons, New York, 2 edition, 2004. Base de Regras Entradas Fuzzificador Motor de Inferência Defuzzificador Saídas Figura 7: Arquitetura tradicional de sistemas difusos [6] W. Siler, J.J. Buckley, “Fuzzy Expert Systems and Fuzzy Reasoning”, John Wiley & Sons, New York, 2004. sabemos o custo exato dos procedimentos). Os custos aproximados de cada procedimento são fornecidos por outro software desenvolvido pelo grupo para apurar os custos de cada procedimento. O motor de inferência do sistema difuso proposto apesar de ser baseado em regras segue um modelo não convencional, ou seja, fora da arquitetura cl´ assica da figura 7. A principal motivação deste trabalho e´mostrar a viabilidade do uso da l´ ogica difusa para extrair informações de eventos não muitos precisos a partir dos relat´ orios emitidos pelo sistema de custos desenvolvidos por este grupo para auxiliar na tomada de decisões dos administradores do CDI-HUOL. Assim, no futuro pretende-se aplicar esta lo´gica na obtenção de outros dados importantes, por exemplo, para determinar os equipamentos que estão sendo sub-utilizados, porque um m´ edico demora muito ou pouco na realização de um determinado exame (isto em função da gravidade do tipo de patologias), projetar a demanda de insumos dos procedimentos, etc. Agradecimento. Este trabalho foi parcialmente financiado pelo CNPq atrav´ es do Proc. Nro. 401144/2005-4. Referências [1] R.H. Garrison, E.W. Noreen, “Contabilidade Gerencial”, Trad. Jos´ e Luiz Paravato., 9. ed.. LTC, Rio de Janeiro, 2001. [2] R.S.M. Jafelice, L.C. de Barros, R.C. Bassanezi, “Teoria dos conjuntos fuzzy com aplicações”, Notas em Matem´ atica Aplicada, Vol. 17, SBMAC, São Carlos, 2005. [3] K.W. Lee, “First Course on Fuzzy Theory and Applications”, Springer-Verlag, Berlin, 2005. [4] E. Martins, “Contabilidade de Custos”, 9. ed. Atlas, São Paulo, 2003. — 305 —