11/05/2015
Agronegócios ­ Produtora abandonou universidade para criar cabras no interior de SP
Edição do dia 10/05/2015
10/05/2015 08h55 ­ Atualizado em 10/05/2015 08h55
Produtora abandonou universidade para
criar cabras no interior de SP
O capril de Heloisa Collins produz em média 50 litros de leite por dia.
Toda a produção é usada para fazer queijos finos.
Priscila Brandão
Do Globo Rural
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Heloisa Collins herdou o sítio da família: três hectares de terra escondidos em meio às montanhas da
Serra da Mantiqueira, em Joanópolis, São Paulo. A ex­diretora do departamento de inglês da PUC­SP viu
neste cenário uma opção de vida para depois da aposentadoria.
Para quem viajou mundo afora e fez doutorado na Inglaterra, criar cabras e fazer queijos podia parecer
uma atividade simples, mas dona Heloisa decidiu se especializar e investiu em um rebanho de cabras e
reprodutores das raças Toggenburg e Saanem.
Dona Heloisa conhece cada animal e a histórias deles. Já os machos não recebem nome, porque não
ficam na criação. Lição aprendida com a experiência. “O primeiro lote de machos que a gente teve, a
gente deu nome para todos. Tinha um que chamava Jesus, porque nasceu na noite de Natal. Daí como
você ia mandar Jesus para o abate?”, conta a produtora. Só os reprodutores são nomeados.
Este é um capril diferente. Além da produção de leite, o lugar funciona também como atrativo para
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Agronegócios ­ Produtora abandonou universidade para criar cabras no interior de SP
turismo rural. A limpeza é fundamental. O esterco é recolhido todos os dias e ensacado uma vez por
semana para virar adubo.
As cabras ficam no pasto a maior parte do dia. O sistema é rotacionado com divisão em nove piquetes.
Mas para ter um leite de qualidade, a braquiária não pode ser a única fonte de alimentação. O cardápio
balanceado é fornecido no cocho com ração e volumoso. As ordenhas são manuais, uma de manhã e
outra à tarde.
O capril hoje tem 25 cabras lactantes e uma produção média de 50 litros de leite por dia. Outros 80 litros
são cobrados de dois produtores. E tudo vira queijo fino. A queijaria segue todas as normas exigidas para
obter o selo de comercialização. Tem paredes de azulejo, câmaras frias separadas para cada categoria
e maquinário em inox. São quatro funcionários e dona Heloisa coordena todo o trabalho.
A limpeza é rigorosa, porque são usados tipos diferentes de mofo para produzir os queijos. A intenção é
evitar a chamada contaminação cruzada, quando os mofos se misturam.
Assista o vídeo com a reportagem completa, o passo a passo da produção do queijo azul de cabra
e duas receitas que levam os queijos do capril.
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