www.oabam.org.br A VOZ DO ADVOGADO Informativo da OAB/AM Ano V – Número 99 / Manaus, Maio de 2013 INICIATIVA OAB Amazonas propõe parceria com TRT para buscar melhorias no PJe A OAB/AM sugeriu medidas ao Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região para o aprimoramento do Processo Judicial Eletrônico (PJe-JT) e propõe suspensão temporária da implantação da plataforma no interior do Amazonas, até que sejam asseguradas melhores condições de infraestrutura e trabalho aos profissionais. TST também anunciou suspensão temporária da migração do processo físico para o meio eletrônico. Pág. 9 ADVOCACIA PÚBLICA OAB NA TV SAÚDE Comissão de Advocacia Pública é criada para auxiliar no processo de desenvolvimento dessa área, em benefício da cidadania e, ainda, implementar ações para a melhoria das condições de trabalho dos profissionais. A OAB-AM terá seu primeiro programa independente de televisão, que será veiculado na TV Cidade. O programa, intitulado “Questão de Ordem”, irá promover debates e entrevistas sobre assuntos de interesse da Advocacia e da sociedade. A Caixa de Assistência dos Advogados firmou convênio com o Prontocord Hospital do Coração de Manaus. Os advogados associados à entidade e dependentes terão acesso aos serviços da unidade hospitalar, com descontos diferenciados. Pág. 4 Pág. 5 Pág. 11 www.oabam.org.br Manaus, Maio de 2013 EDITORIAL DIRETORIA – TRIÊNIO 2013/2015 Diretores da Seccional: Presidente: ALBERTO SIMONETTI CABRAL NETO Vice-Presidente: MARCO AURÉLIO DE LIMA CHOY Secretária-Geral: IDA MÁRCIA BENAYON DE CARVALHO Secretária-Geral Adjunta: KARINA LIMA MORENO Tesoureiro: JOSÉ CARLOS VALIM Conselheiros Seccionais Titulares: ABRAHIM JEZINI ADRIANA LO PRESTI MENDONÇA ADRIANO FERNANDES FERREIRA ALFREDO JOSÉ BORGES GUERRA ANELSON BRITO DE SOUZA BARTOLOMEU FERREIRA DE AZEVEDO JÚNIOR CAUPOLICAN PADILHA JÚNIOR CELSO ROBERTO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE CHRISTHIAN NARANJO DE OLIVEIRA DANIEL FÁBIO JACOB NOGUEIRA EZELAIDE VIEGAS DA COSTA ALMEIDA EPITÁCIO DA SILVA ALMEIDA FERNANDA MATOS BADR FRANCISCO RITTA BERNARDINO GISELE FALCONE MEDINA PASCARELLI LOPES GLEN WILDE DO LAGO FREITAS HAMILTON NOVO LUCENA JUNIOR HILEANO PEREIRA PRAIA JANO DE SOUZA MELO JOSÉ DAS GRAÇAS BARROS DE CARVALHO JOSÉ RUSSO NATASJA DESCHOOLMEESTER PLÍNIO HENRIQUE MORELY DE SÁ NOGUEIRA RAIMUNDO DE AMORIM FRANCISCO SOARES RODRIGO WAUGHAN DE LEMOS WALDIR LINCOLN PEREIRA TAVARES Conselheiros Seccionais Suplentes: ADALGISO RODRIGUES SANTANA ALYSSON ANTONIO KARRER DE MELO MONTEIRO ANDRE LUIS FARIAS DE OLIVEIRA ANTÔNIO CARLOS SANTOS DOS REIS BRUNO BIANCHI FILHO CÁSSIO FRANÇA VIEIRA CARLOS DANIEL RANGEL BARRETTO SEGUNDO FÁBIO GOUVEA DE SÁ FABRÍCIO GUERRA FURTADO FRANCISCO MACIEL DO NASCIMENTO GABRIELA BARILE TAVARES HELENITA SILVA BATEMARCO HERALDO MOUSINHO BARRETO JAIME PEREIRA JUNIOR JOÃO PONCE DE LEÃO JUNIOR LILIAN DE SOUZA ATALA LUIS AUGUSTO PESTANA VIEIRA MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA RAMOS MÁRIO JORGE SOUZA DA SILVA MICHAEL MACEDO BESSA MICHEL MONTEIRO GIOIA OTACÍLIO NEGREIROS NETO ORLANDO BRASIL DE MORAES PAULO CESAR ESPÍRITO SANTO DE GOUVEA PAULO FERNANDO ALVES MAFFIOLETTI PAULO JOSÉ PEREIRA TRINDADE JÚNIOR RAFAEL VINHEIRO MONTEIRO BARBOSA RAIMUNDO DE AMORIM FRANCISCO SOARES FILHO RODRIGO SILVA RIBEIRO ROOSEVELT JOBIM FILHO SÉRGIO ALBERTO CORRÊA DE ARAÚJO OAB promove debates Alberto Simonetti Cabral Neto Presidente da OAB/AM Q uase sempre escandalizada pela ocorrência de crimes bárbaros cometidos por adolescentes, a sociedade voltou a discutir e fazer elucidações sobre um tema bastante controverso: a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. A OAB, inclusive, que sempre se manifestou contrária à medida está recolocando o assunto em pauta no Conselho Federal, para incentivar o debate democrático típico da atuação dos profissionais dessa seara. Também no mês de maio, manteve-se na pauta de trabalhos e discussões outro assunto relevante, nesse caso, de grande interesse da Advocacia amazonense, que é a instalação do Tribunal Regional Federal (TRF) da 9ª Região, um antigo anseio dos advogados nortistas. No caso dos debates sobre maioridade penal, o nosso presidente nacional, Marcus Vinicius Furtado, demonstrando que a OAB está sempre disposta a se debruçar sobre as questões que circundam os interesses da sociedade, designou o conselheiro federal do Rio de Janeiro e presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Wadih Damous, para atuar como relator da matéria. Os capítulos ainda não escritos e que virão a seguir poderão reforçar o posicionamento atual da OAB, que é de classificar como “retrocesso”, como bem disse nosso dirigente Marcus Vinicius, a possibilidade de transformar adolescentes em aprendizes da criminalidade no sistema carcerário do Brasil, que é incapaz de ressocializar o número sem fim de cidadãos que já o integram. Por outro lado, o debate poderá trazer novas perspectivas sobre o tema, de forma que o país possa erguer um olhar mais atento às medidas que, de fato, venham a influenciar na formação da juventude e na prevenção da crimes. Já no caso da instalação do TRF da 9ª Região, a nossa luta segue firme pela promulgação imediata da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 544, de 2002, que trata da criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais, dentre os quais o TRF da 9ª Região, que contemplará os estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima e que terá sede em Manaus. Trata-se de uma demanda antiga dos jurisdicionados do Amazonas e que, quando concretizada, diminuirá a enorme distância existente entre o nosso estado e a Justiça Federal. A OAB manterá o pleito até que os advogados do Norte, do Brasil e a sociedade, que é beneficiada direta pela medida, saiam vitoriosos da batalha pela ampliação do acesso à Justiça. Conselheiros Federais Titulares: EID BADR JEAN CLEUTER SIMÕES MENDONÇA JOSE ALBERTO RIBEIRO SIMONETTI CABRAL Conselheiros Federais Suplentes: JOÃO BOSCO ALBUQUERQUE TOLEDANO RENATO MENDES MOTA DIRETORIA DA CAA/AM Presidente: ALDENIZE MAGALHÃES AUFIERO Vice-Presidente: MESSIAS DA SILVA SAMPAIO Secretária-Geral: SÔNIA D’ARC BARROS DE CARVALHO Secretária-Geral Adjunta: LÚCIA CRISTINA PINHO ROSAS Tesoureiro: MÁRIO BAIMA DE ALMEIDA Conselheiras Fiscais: ADRIANA OLIVEIRA DE AZEVEDO FABIOLA MARIA CARVALHO VASQUES KATHLEEN SENNA DA SILVA Suplentes do Conselho Fiscal: MILCYETE BRAGA ASSAYAG JAQUELINE VEIGA CHRISTINA ALMEIDA DE ARAÚJO 2 EXPEDIENTE Av. Umberto Calderaro Filho, nº 2000, Bairro Adrianópolis. CEP 69057-021 (92) 3642-0016 | 3236-6161 [email protected] Coordenação editorial Três Comunicação e Marketing Fotos Arquivos OAB/AM/ Eugenio Novaes (CFOAB) Editoração eletrônica Concept Brands Impressão Graftech Tiragem 7.000 exemplares Manaus, Maio de 2013 www.oabam.org.br MOBILIZAÇÃO OAB realizará ato público pela instalação do TRF no Amazonas A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas (OAB/AM) irá realizar, em junho, Ato Público em defesa da instalação do Tribunal Regional Federal (TRF) da 9ª Região, com sede na capital amazonense. A proposta é mobilizar a categoria, para realização de uma grande manifestação em favor da promulgação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 544, de 2002, que trata da criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais, dentre os quais o TRF9, que contemplará quatro estados do Norte (Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima) e que terá sede em Manaus. A mobilização será na sede da OAB/ AM, na avenida Umberto Calderaro Filho, nº 2000, Adrianópolis. O presidente da OAB/AM, Alberto Simonetti Neto, destaca que a criação e instalação de uma Corte de 2ª instância do judiciário federal no Norte do país imprimirá mais celeridade no julgamento dos recursos e aproximará a Justiça Federal de 2ª instância do jurisdicionado nortista, que hoje vê seu processo em grau de recurso. Atualmente, são cinco TRFs em todo o Brasil e os estados do Norte estão ligados ao TRF da 1ª Região que tem jurisdição em 13 estados e o Distrito Federal, e sede em Brasília (DF). Dados do Justiça em Números de 2012 indicam uma taxa de congestionamento na Justiça Federal de 65,5% nas Turmas e de 58,3% nos Juizados Federais. Com a instalação do Tribunal no Amazonas, Simonetti Neto disse que a expectativa é que os processos sejam julgados com maior rapidez, um anseio bastante antigo dos advogados e dos jurisdicionados do Estado. Custos – A promulgação imediata da PEC 544 é uma das lutas da OAB, cujas ações em âmbito nacional têm à frente a Comissão Especial da OAB de Acompanhamento da Instalação dos Novos Tribunais Regionais Federais. Simonetti Neto destaca que o custo da implantação dos novos tribunais será revertido em benefício para a sociedade. Nos Estados onde os novos tribunais deverão ser construídos, os governos estaduais ou já doaram ou prometeram ceder terrenos para a estrutura física desses tribunais. No Amazonas, a Justiça Federal já conta com prédio cedido pelo poder legislativo, no Centro de Manaus, o que dispensaria a edificação de uma nova infraestrutura. Estudo já elaborado pelo Conselho da Justiça Federal e encaminhado em junho do ano passado à Frente Parlamentar Mista de Criação dos Tribunais, calcula que o custo de cada tribunal seria de R$ 91 milhões anuais. Colégio de presidentes se reúne no Pará N os dias 16 e 17 de maio, o Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB esteve reunido na capital do Pará, para deliberar sobre temas de interesse da Advocacia e da sociedade. A Seccional amazonense foi representada pelo presidente da entidade, Alberto Simonetti Neto. Um dos temas que entrou em debate foi a proposta da OAB de introduzir no ordenamento jurídico do país, como crimes hediondos, os que forem praticados contra advogados e jornalistas. O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado, destacou que a entidade está empenhada nessa causa, trabalhando junto ao Senado Federal, onde já tramita projeto de lei que prevê a qualificação de hediondo para crimes contra juízes e promotores. O Pará é o Estado que registra o maior índice de assassinatos de advogados no país, nos últimos tempos. “Propusemos ao Senado que não somente os crimes contra juízes e promotores, mas também contra advogados e jornalistas no exercício da profissão, sejam considerados crimes hediondos. No caso específico de crimes praticados mediante pagamentos (como acontecido recentemente, no assassinato de um advogado no Pará, conforme inquérito policial), se trata de homicídio qualificado e, portanto, considerado crime hediondo pela legislação brasileira”, afirmou Marcus Vinicius Furtado. O conselho de presidentes deliberou sobre uma série de outros temas. Confirma a seguir. Conferência Nacional - A cidade do Rio de Janeiro sediará a XXII Conferência Nacional dos Advogados, que será promovida pelo Conselho Federal da OAB no segundo semestre do próximo ano, em data a ser ainda definida. A escolha do Rio de Janeiro, que dividia com Porto Seguro (BA) a candidatura para sediar o megaevento da Advocacia, foi anunciada no dia 17, pelo presidente nacional ao Colégio de Presidentes de Seccionais da entidade, a quem solicitou total engajamento para o sucesso de sua realização. Participação nas correições – O colégio de presidentes vai requerer ao corregedor nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Francisco Falcão, a uniformização das correições nas comarcas da Justiça em todo o país, com a efetiva participação da Ordem dos Advogados do Brasil. O modelo de participação da OAB nessas correições vai ser elaborado por uma comissão constituída na reunião do Colégio, integrada pelos presidentes das Seccionais do Piauí, Willian Guimarães Soares de Carvalho, e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, autores da proposta. O presidente nacional da OAB e do Colégio de Presidentes observou que o corregedor Nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, já vem facultando a participação das Seccionais da entidade nas inspeções que realiza nas varas judiciais nos Estados, mas a ideia agora é formalizar essa participação, adotando-se inclusive um modelo de correição padronizado. Inclusão Digital – O Conselho Federal da OAB e órgãos integrantes do chamado sistema OAB, juntamente com as Seccionais da entidade, decidiram empreender um amplo projeto de inclusão digital e capacitação dos advogados para o Processo Judicial Eletrônico (Pje). A operação para intensificar a inclusão digital de advogados será ancorada em órgãos do Sistema OAB, como a Escola Nacional de Advocacia (ENA), Escolas Superiores de Advocacia (ESAs), Caixas de Alberto Simonetti Neto levou as contribuições do Amazonas para os debates de interesse da Advocacia brasileira Assistência aos Advogados (CAAs) e Fundo de Investimento para Desenvolvimento da Advocacia (FIDA), além de suas Seccionais. O projeto foi anunciado no encerramento do Colégio de Presidentes. A partir da aquisição dos equipamentos de suporte operacional pelas Caixas de Assistência, vão ser instalados centros de inclusão digital (CIDs) em todo o país, estruturas que terão professores-monitores treinados pelas Escolas da Advocacia, que por sua vez vão orientar e capacitar advogados – sem custos para estes - no uso desses de tecnologias para o processamento eletrônico de petições. Calcula-se que para essa empreitada será necessária a instalação de 1.100 centros dessa natureza, o que se dará de forma gradual e progressiva, na medida das necessidades e dos recursos disponíveis, conforme informou Marcus Vinicius. (Com informações da Assessoria de Imprensa do CFOAB). 3 www.oabam.org.br Manaus, Maio de 2013 DEFESA Ordem cria comissão para cuidar da Advocacia Pública A OAB/AM implantou a Comissão deAdvocacia Pública, que já estuda ações que refletirão diretamente no atendimento à população, além de melhorar as condições de trabalho aos advogados que atuam nessa área. “A constituição dessa comissão é um significativo avanço para toda a região, pois já reconhecemos as principais necessidades dos profissionais que atuam na advocacia pública no Estado e estamos criando ações imediatas para cuidar dos seus interesses”, afirmou o presidente da Comissão, o advogado Silvo da Costa Batista. Dentre as primeiras ações da comissão, que é constituída por mais 17 membros, está a proposta de isenção do pagamento da taxa anual que o defensor público precisa fazer à OAB/AM. “Como o defensor público é proibido por lei de atender clientes particulares, estamos estudando meios para que ele fique isento dessa taxa, que é de aproximadamente R$ 600”, afirmou Batista. Já em benefício aos procuradores do Estado e município, o projeto é de um desconto de 50% na taxa anual paga à OAB/AM. Silvio destacou, ainda, que cabe à comissão lutar para que os profissionais da Advocacia pública tenham uma melhor infraestrutura de trabalho. “Principalmente, os defensores públicos, que precisam ter apoio da OAB, no papel que desempenham representando o cidadão em suas demandas na Justiça”. A realização de mutirões de atendimentos no interior do Estado também é um projeto que a comissão planeja implantar ainda neste semestre. De acordo com o presidente, o interior do Amazonas é extremamente carente de profissionais especializados em diferentes vertentes do Direito. “Existe um número grande de processos parados no interior pelo simples fato de não haver defensores públicos especializados. Estamos trabalhando em um levantamento, para definir a data desses mutirões”. OAB faz entrega de carteiras N o dia 15 de maio, a Seccional Amazonas entregou carteiras a novos advogados e estagiários. A solenidade contou com a presença dos profissionais e familiares, que lotaram o auditório da Ordem. O presidente da OAB-AM, Alberto Simonetti Neto, fez Alfredo Jacauna Pinheiro Neto Antônio Alfredo Rêgo da Matta Filho Bruno da Silva Cardoso Carlos Alberto Guedes da Silva Júnior Cheila Maria de Oliveira Vieira Cláudio Ney Costa Falcão Cleuziane da Conceição de Souza Marques David Azulay Benayon Ederson Costa de Melo Elizabeth Rocha e Oliveira Emilio Portela Moss Erika de Oliveira Coimbra Fabricio Rocha Lopes Flavio Augusto Prado Pereira de Melo Grace Kelle Pinto da Silva Ian Henderson Carmo Ribeiro Jairo Rafael Moraes Munhoz Jessica Sena da Silva Lana Elisa Matos Gomes Barbosa Leylane Ediene Silva (Juramentista) 4 a abertura da cerimônia saudando os novos membros da categoria e destacando o compromisso que o advogado deve assumir: defender os interesses da sociedade, o cumprimento da Justiça e o respeito ao Estado Democrático de Direito. A seguir, confira a lista dos novos advogados. Marcelo de Menezes Motta Marcio de Souza Ortiz Maria Joana Franco Guimarães Nazira Marques de Oliveira Nilson Oliveira de Andrade Patricia Cristina Alves Maffioletti Rafaela Rios Alves Leite Raquel Barroso de Souza Renata Lopez Alanís Rodrigo de Souza Carvalho Ronaldo Rosalino Junior Tammy Telles Lima da Silva Thómaz dos Santos Farias Vitor Froz de Siqueira Cavalcanti Walter Ney Rodrigues Rezende Weyne dos Reis Jobim Estagiários: Andreia Zacarias Vieira Antonio Carlos Vasconcelos da Costa Sérgio Sousa do Nascimento NOTAS OAB cria Comissão de Estudos Constitucionais No mês de maio, a atual gestão da OAB/AM instituiu a Comissão de Estudos Constitucionais. “Essa comissão irá fomentar o estudo do Direito. Também irá implementar ações que tragam mecanismos facilitadores de acesso ao estudo científico do Direito, auxiliando todos os advogados inscritos na OAB/AM”, afirmou o presidente Alberto Simonetti. A comissão é formada por dez advogados, que têm a incumbência de dar parecer a respeito de diversas questões de interesse da Ordem, e que possa auxiliar o presidente e o conselho na tomada das decisões. ESA oferece cursos via Internet A Escola Superior de Advocacia do Amazonas (ESA/OAB) está oferecendo 18 cursos de pós-graduação em Direito, por meio de Ensino a Distância. O diretor da ESA, Fábio de Mendonça, frisa que todos os cursos ministrados via Internet são voltados para a especialização do profissional, a fim de capacitá-lo para desempenhar as atividades pertinentes à profissão. Mais informações sobre o assunto podem ser obtidas no novo site da ESA, que está com layout mais dinâmico: am.esaonline.com.br. Os interessados podem obter informações, também, pelo e-mail esaonline [email protected] ou pelo telefone 3642-0105. OAB vair digitalizar 100% do acervo Na segunda quinzena de maio, a OAB/AM deu início à digitalização do acervo de documentos da instituição. “A digitalização desses documentos vai dar maior celeridade ao trabalho de todos que precisam consultá-los, já que a secretaria terá acesso imediato a tudo o que está arquivado”, afirmou o presidente Alberto Simonetti Neto. A OAB/AM será a primeira Seccional no Brasil a ter 100% dos documentos digitalizados. O gerente de Tecnologia da Informação da OAB/AM, Nonato Costa Filho, frisa que foram adquiridos equipamentos com tecnologia de ponta para a execução do trabalho. Os profissionais responsáveis pelo processo receberam treinamento específico para operá-los e para alimentar o sistema do banco de dados. Advogados poderão mostrar talentos Em comemoração ao Dia do Advogado, celebrado em 11 de agosto, a OAB/AM irá promover o tradicional Baile do Rubi. A festa acontecerá no dia 9 de agosto, no Diamond Convention Center, na avenida do Turismo, nº 1425, Tarumã. Na comemoração, haverá espaço para que os advogados com talentos musicais possam fazer apresentações individuais ou em grupo. Os interessados podem realizar a inscrição gratuita na sede da OAB/AM. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3642-0021. Manaus, Maio de 2013 VIGILÂNCIA TED fortalece a credibilidade do exercício profissional A lém de orientar e aconselhar a respei- Na sua função ética, além de outras, o TED assiste o to da moral profissional, o Tribunal de advogado para o bom andamento do Direito. “Nosso Ética e Disciplina da OAB Amazonas trabalho é, acima de tudo, preservar a liberdade e a (TED) também é incumbido de instruir ética no exercício da advocacia. Não queremos tolher e julgar processos disciplinares. O órgão, direitos, queremos contribuir para o prestígio da proque é renovado a cada três fissão”. anos, ainda tem força para O Tribunal de Ética e Disaplicar, nos casos omissos, ciplina conta com a colaboração de “Nossa meta é realizar enprincípios expostos na lemais de vinte advogados, emposcontros semanais. O TED está sados no final de fevereiro. Além gislação processual penal. Para o presidente do TED, do presidente José Paiva Souza fortalecido não só pela sua o advogado José Paiva Filho, o TED é composto pelos Souza Filho, preservar e importância dentro do âm- membros Conselheiros - Paulo fortificar as funções do Trindade, Jano Melo, Raimundo bito da OAB-AM, mas pela órgão é tarefa primordial Soares, Bartolomeu Ferreira Júnesse triênio. “Nossa meta nior, Luís Augusto Pestana, José atuação que ainda está no é realizar encontros semaBarros de Carvalho e Lílian Atala. nais para nos dedicar aos No triênio 2012-2014, os início da gestão” processos que chegam às membros não Conselheiros do nossas competências. O TED são: Antônio Pinheiro de TED está fortalecido não Oliveira, Oássis Trindade, Manoel só pela sua importância dentro do âmbito da OAB Romão, Raimundo Anastácio Carvalho Dutra, Kasser -AM, mas pela atuação que ainda está no início da ges- Jorge Chamy Dib, Antonilzo Barbosa de Souza e Ney tão”, ressalta. Bastos Soares Júnior. Na suplência estão Nelson Matheus Outro ponto positivo, segundo Paiva, é a credi- Rossetti, Jouse Campos Schroder, Maria do Carmo Fibilidade que o tribunal confere ao exercício do Direito. gueiredo Moraes e Natividade de Jesus Magalhães. www.oabam.org.br VITÓRIA Câmara aprova honorários de sucumbência para advogados trabalhistas A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, em 21 de maio, em caráter terminativo, a redação final do Projeto de Lei 3392 de 2004, que estende os honorários de sucumbência para os advogados que militam na Justiça do Trabalho. “Trata-se de uma vitória que é da cidadania, porque trata o advogado trabalhista com igualdade em relação aos demais”, disse o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado, ao comemorar a aprovação da matéria, que agora segue diretamente para apreciação do Senado, sem a necessidade da votação no plenário da Câmara. O texto aprovado na CCJ estabelece que nas causas trabalhistas a sentença condenará a parte vencida, inclusive a Fazenda Pública, ao pagamento de honorários de sucumbência aos advogados da parte vencedora, fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação. “Não há razão alguma para um tratamento diferenciado no sentido de negar aos advogados da área trabalhista o direito aos honorários de sucumbência”, ressaltou o presidente nacional da OAB. (Informações da Assessoria de Imprensa do CFOAB) OAB estreia programa na TV Cidade I ntitulado “Questão de Ordem”, o programa de televisão da OAB/AM entrará no ar na primeira semana de junho, na TV Cidade. Coordenado pelo presidente Alberto Simonetti Neto e executado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-AM, Epitácio Almeida, o programa “Questão de Ordem” pretende promover debates e entrevistas sobre assuntos sociais pertinentes ao ofício do Direito e, também, apresentar tudo o que está sendo realizado pelos diversos setores do órgão. “Queremos informar aos advogados sobre as demandas e feitos administrativos que são desenvolvidos nessa gestão, nas mais variadas áreas, como Direitos Humanos, Prerrogativas, OAB vai à escola, dentre outras. O objetivo é dar ciência à classe dos Advogados sobre os assuntos da Ordem”, explica Epitácio Almeida, apresentador do programa. “Questão de Ordem” terá duração de trinta minutos, divididos em três blocos. A grade do programa conta com cinco quadros: Palavra do Presidente, Entrevista, Matérias externas (cobertura de eventos e informações de interesse dos advogados), Agenda OAB e Caixa de Assistência ao Advogado. O programa da OAB/AM será exibido às segundas-feiras, às 18h30, no canal 6 (TV a cabo), com reprise às 22h da quinta-feira. A exibição de estreia será no dia 03 de junho. Presidente da CDH será o apresentador do programa produzido pela Seccional amazonense 5 www.oabam.org.br Manaus, Maio de 2013 ENTREVISTA Parceria entre OAB e MEC torna-se um marco para o ensino jurídico brasileiros. Badr destaca que a ação representa um marco para o estudo jurídico no país e, também, na relação institucional de parceria entre as entidades. Militante da Advocacia há 18 anos, mestre e doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, o conselheiro está aplicando, também, no processo de formulação das normas, a experiência profissional acumulada na área de ensino jurídico. Eid Badr é docente dos cursos de graduação da Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam) e do curso de Mestrado em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), além de consultor do MEC há 13 anos. Em entrevista ao A VOZ DO ADVOGADO, ele explica os procedimentos e as propostas da OAB para a melhoria da qualidade nos cursos de Direito do Brasil. Leia entrevista a seguir. A Voz do Advogado (AVA) – O acordo fechado entre a OAB e o MEC previu a formação de um grupo de trabalho, cujo objetivo é estabelecer a nova política regulatória para o ensino jurídico do país. Na prática, o que a iniciativa representa? Conselheiro Federal Eid Badr destaca atuação da OAB no processo de elaboração das novas normas P residente da Comissão Nacional de Educação Jurídica do Conselho Federal da OAB e conselheiro federal pela OAB/ AM, o advogado amazonense Eid Badr fala sobre a participação da entidade no grupo de trabalho formado por representantes da Ordem e do Ministério da Educação, com o propósito de formular as novas regras do processo regulatório e de supervisão dos cursos jurídicos 6 Eid Badr (EB) – Na condição de presidente da Comissão Nacional de Educação Jurídica, fui encarregado pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius, de participar das conversas, negociações para formular o protocolo que foi assinado. Nesse sentido, posso assegurar que a disposição das partes no protocolo é de promover uma mudança significativa e histórica no cenário do ensino jurídico brasileiro. O protocolo tem como finalidade instituir um Grupo de Trabalho da OAB e do Ministério da Educação que, na prática, representa um novo patamar da relação das duas instituições, pois, pela primeira vez, a OAB é convidada para sentar-se à mesa e discutir as regras do processo regulatório e de supervisão dos cursos jurídicos brasileiros. AVA – De que forma a sociedade e os profissionais da área participarão da discussão sobre o tema? Qual é a proposta da OAB, nesse sentido? EB – O presidente Marcus Vinicius reco- “O protocolo tem como finalidade instituir um Grupo de Trabalho da OAB e do Ministério da Educação que, na prática, representa um novo patamar da relação das duas instituições, pois, pela primeira vez, a OAB é convidada para sentar-se à mesa e discutir as regras do processo regulatório e de supervisão dos cursos jurídicos brasileiros”. mendou aos representantes da OAB, no grupo de trabalho, que levassem a proposta de realização de audiências públicas, de forma que a OAB, com essa iniciativa, possa mostrar que não é “dona da verdade” e que deseja debater a questão com a sociedade. AVA – Já foram indicados os membros do Grupo de Trabalho, por parte da OAB? Já podemos anunciar os nomes? Quais são? EB – Os representantes indicados pelo Conselho Federal são: eu, como Conselheiro Federal pelo Amazonas e presidente da Comissão Nacional de Educação Jurídica; Luiz Claudio, presidente da Manaus, Maio de 2013 OAB Minas Gerais e Coordenador do Colégio de Presidentes; e o advogado e professor Ademar Pereira, de São Paulo. AVA – Quando deverá acontecer a primeira reunião do grupo, com o MEC? EB – Já tivemos uma primeira reunião para estabelecer umcronograma e a divisão dos trabalhos em três eixos: diretrizes curriculares dos cursos jurídicos; marco regulatório e Enade. AVA – Quais são as diretrizes que a OAB considera importantes para a abertura de cursos de Direito no Brasil? EB – Os critérios são aqueles estabelecidos na legislação educacional e pelas normas do Conselho Federal que norteiam a atuação da Comissão Nacional de Educação Jurídica, dentre eles, a quantidade de cursos já existentes no município em que se pretende oferecer um novo curso de Direito, objetivando verificar se existe demanda social para isso; a qualidade e a possível contribuição à melhoria do ensino jurídico que o curso pretendido possa proporcionar, a partir da análise do respectivo projeto pedagógico; a estrutura disponibilizada ao curso pretendido pela instituição de ensino superior; quadro docente etc. AVA – Em quanto tempo o senhor acredita que será possível estabelecer as novas diretrizes? Qual é a proposta da OAB para o cronograma de trabalho? EB – Como foi sinalizado pelo ministro da Educação, Aloízio Mercadante, essas novas regras que resultarão do trabalho do grupo, deverão ser aplicadas ainda este ano. O desempenho dos candidatos no Exame de Ordem, com baixos índices de aprovação, é um forte indicativo de que algo urgente deve ser feito em relação à qualidade do ensino jurídico no país. Esta é a preocupação da OAB e do MEC. unificado, ou seja, é uma avaliação em que as mesmas provas são aplicadas em todas as unidades da federação, no mesmo dia e horário a todos os candidatos. Apesar de ser um excelente indicativo, são necessários outros parâmetros a identificar com maior precisão os elementos positivos e negativos existentes nas instituições de ensino e que levam a resultados tão diversos no Exame de Ordem. Veja: num mesmo Exame, os egressos de determinadas instituições de ensino são aprovados em elevados percentuais, do total de candidatos (60%, 70% ou 80%), enquanto de outras em baixíssimos (1%, 2%, 5%) ou nenhum de seus egressos é aprovado. Portanto, é necessário o aprimoramento do processo regulatório “O indivíduo, muitas vezes, com a expectativa de progresso e ascensão social, esforça-se para pagar uma cara mensalidade, não raramente com sacrifício pessoal e de sua família, para depois descobrir que não tem condições de lograr êxito sequer no Exame de Ordem, quanto mais em concursos públicos para as diversas carreiras jurídicas”. AVA – Entre os objetivos do Grupo de Trabalho estão a definição de diretrizes para avaliação do resultado de aprendizagem dos estudantes. A proposta da OAB, nesse caso, iria além do Exame de Ordem? Ou seria uma ação das próprias faculdades e do MEC? e dos respectivos instrumentos de avaliação dos cursos jurídicos. EB – O Exame de Ordem representa um excelente indicativo do resultado do ensino jurídico praticado no país, por ser nacional e AVA – Antes da decisão do ministro Mercadante sobre o fim da concessão indiscriminada de autorização para funcionamento dos www.oabam.org.br cursos de Direito, a OAB já tinha a responsabilidade de emitir parecer técnico opinando sobre a abertura ou renovação dos cursos no país – a maioria reprovando a instalação dos novos –, mas a decisão final sempre coube ao MEC. O que o senhor acredita que mudou no cenário da educação jurídica brasileira, para que o ministro fosse enfático nessa nova medida? EB – De fato, em razão das normas que regulam o ensino jurídico, o Conselho Federal da OAB, por meio da Comissão Nacional de Educação Jurídica, tem o dever e a competência para emitir parecer, não vinculativo, em todos os processos de abertura, reconhecimento, renovação de reconhecimento e aumento de vagas de cursos de Direito. Nos casos dos processos de pedido de autorização para oferta de novo curso jurídico, os pareceres, em significativa maioria, da Ordem têm sido contrários à abertura desses cursos, por não atenderem os critérios legais e da OAB, em relação aos quais já fiz referência. Portanto, o que vem chamando a atenção do MEC, da OAB e da sociedade como um todo é o baixíssimo índice de aprovação no Exame de Ordem, nos últimos anos, como provável produto da mercantilização do ensino, no qual a qualidade é deixada de lado em favor do lucro, que é prioridade total para muitas instituições de ensino privadas, salvo importantes e honrosas exceções. Não gosto de generalizar. Temos também que enaltecer as boas práticas existentes no setor privado do ensino. Afinal, as instituições de ensino superior privadas têm exercido um importante papel, ao contarem com aproximadamente 70% de todas as matrículas no ensino superior do país. Contudo, como disse o presidente nacional da Ordem, Marcus Vinicius, “é necessário por fim ao verdadeiro estelionato educacional que ocorre no ensino jurídico”, pelo qual milhares de alunos e, em última palavra, a sociedade brasileira, estão sendo vitimados. O indivíduo, muitas vezes, com a expectativa de progresso e ascensão social, esforça-se para pagar uma cara mensalidade, não raramente com sacrifício pessoal e de sua família, para depois descobrir que não tem condições de lograr êxito sequer no Exame de Ordem, quanto mais em concursos públicos para as diversas carreiras jurídicas públicas. A continuar esse estado de coisas, em um ambiente de competição econômica globalizado em que nossos concorrentes mais próximos têm obtido melhores índices de desenvolvimento do ensino e de crescimento econômico, o nosso futuro como nação mais justa, equilibrada e desenvolvida estará comprometido. 7 www.oabam.org.br Manaus, Maio de 2013 ARTIGO Maioridade Penal D Diego D’Ávilla é advogado e presidente da Comissão de Advogado Iniciante da OAB Amazonas. 8 e tempos em tempos, instigados por notícias, verídicas ou não, debruçamo-nos novamente na velha querela: maioridade penal, reduzi-la ou não. Para fins práticos a discussão é totalmente inócua, pois a Constituição da República, em seu art. 228 define como penalmente inimputáveis os menores de 18 anos. Cláusula pétrea cuja modificação depende apenas de um novo Estado. Todavia, o debate sobre a maioridade penal serve para analisarmos melhor a política criminal, nossas leis, nossa Constituição e, o que é ainda mais útil, avaliarmos como somos nós enquanto sociedade. Começo com duas perguntas simples: qual o objetivo da redução da maioridade penal? E quais as razões e justificativas de tal posicionamento? O motivo sempre é a redução da criminalidade. Um motivo justo, certamente. Normalmente lastreado em oportunismo político, alimentado por uma ausência de critério jornalístico de alguns profissionais, em degradantes espetáculos de ignorância e histeria. Todavia, exagero ou não, é, por certo, um argumento mais do que suficiente. Todos querem a redução da criminalidade. Contudo, se fácil é verificar a procedência deste anseio, tem-se uma maior dificuldade em desaguá-lo na maioridade penal. Fisiológica e neurologicamente, existe um sem -número de estudos e matérias, demonstrando que o córtex pré-frontal, a área do cérebro que controla impulsos e toma decisões, normalmente alcança sua maturidade apenas aos 20 anos. Portanto, a neurologia indica que a maioridade penal, por uma simples questão de isonomia, deveria ser aumentada, não reduzida. Ainda neste argumento, pode-se ressaltar problemas genéticos e/ou inatos e cuja responsabilidade sobre seu controle pode e deve ser questionada, como a Psicopatia e a Síndrome do Duplo Y, distúrbios relativamente comuns que aumentam a agressividade ou impedem o indivíduo de comungar de certos valores. Não por outro motivo as maiores reuniões de pessoas com esse tipo de distúrbio são, justamente, nas penitenciárias. Assim, os argumentos de ordem natural, área que, ressalto, está muito além de qualquer especialidade minha, parecem apontar para o fato de que a responsabilidade penal deveria levar em consideração a capacidade cognitiva e que, ainda que se ache um absurdo uma idade tão elevada, em verdade, estamos expondo indivíduos que não alcançaram a plena maturidade a serem julgados como se a tivessem. A visão científica e naturalista do ser humano, infelizmente, ainda encontra obstáculos em crenças ontológicas que apenas atrapalham qualquer debate mais racional sobre o tema. Como toda a espécie de platonismo imutável, criou-se, sem qualquer evidência, crenças irracionais sobre os seres humanos que são transmiti- das como verdades, nos jornais, nos livros, nas faculdades, etc. Cito como exemplo duas destas que, em meu entendimento, são mais relevantes ao tema: a ideia do bom selvagem e a ideia da tábula rasa. Pela primeira, acredita-se que todos os homens nascem bons e são corrompidos pela sociedade. Pela segunda, que todos os homens nascem como folhas em branco. A tábula rasa há muitos anos é desconstituída pela genética e demais ciências que demonstram uma série de características inatas, derivadas do genoma ou do desenvolvimento fetal, que irão marcar as tendências de comportamento de indivíduo. No mesmo passo de aniquilação caminham os estudos antropológicos sobre o mito do “bom selvagem” desagregando a crença de que sociedades e comunidades mais simples possuem menos violência. E de que isso interessa à maioridade penal? Simples, as ciências naturais e sociais estão demonstrando que em relação à violência ela tende a acompanhar o ser humano desde o seu nascimento, sendo que cabe aos adultos ao seu redor conter e tolher tais impulsos por meio da educação, bem como que, ainda que o sistema social e familiar de ensino seja perfeito, algumas pessoas, simplesmente nascem com estruturas diferentes. Portanto, disso pode-se deduzir que somos nós, os adultos, também culpados. Nós não fizemos a nossa parte. Não digo que os indivíduos não tenham responsabilidade. Contudo, antes de passarmos às considerações extremas e redução de direitos, aumento de punições e recrudescimento das penas, deveríamos analisar melhor a situação e buscar soluções alternativas e realmente eficazes. Em suma, beira a completa esquizofrenia pretender a ressocialização daquele que jamais foi socializado. Antes de apontarmos o dedo e condenarmos os jovens como perdidos, cabe a nós cumprir nossa responsabilidade. Sem esquecer que sim, em muito, no futuro, constaremos que estávamos errados, justamente porque os jovens e seus conceitos marginais derrubaram nossas crenças, assim como a nossa geração fez com a passada, afinal, creio que nenhum homem são acredite que negros, mulheres, índios e etc., são pessoas de segunda ordem. Com o devido respeito aos que pensam de maneira oposta, não me curvo às respostas fáceis e certezas milagrosas. Até mesmo porque a história tende a demonstrar que tais caminhos sempre conduzem à brutalidade, animalismo, perversidade e inumanidade. Tal qual se viu na solução simplista encontrada nos campos de concentração e nos gulags, os quais eram fruto do desrespeito aos direitos fundamentais por parte do Direito Nazista da Alemanha e o Direito Socialista da URSS, sistemas jurídicos que tinham como principal característica, justamente, a sapiência da verdade inquestionável. Manaus, Maio de 2013 www.oabam.org.br INCLUSÃO OAB quer assegurar acesso ao PJe A OAB Amazonas encaminhou, em 10 de maio, ofício ao Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região e Comitê Gestor de Implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe-JT) propondo parceria entre as instituições, para o processo de implantação e desenvolvimento do PJe-JT. As ações, nesse sentido, serão executadas pela Comissão Especial de Tecnologia da Informação e de Inserção da Advocacia ao Processo Digital. No documento, a OAB Amazonas propõe, também, sugestões para o aprimoramento da nova plataforma e, ainda, a interrupção do processo de implantação no interior, até que sejam asseguradas melhores condições de trabalhos aos advogados. O vice-presidente da Comissão, Anelson Souza, frisa que a OAB e o Conselho Federal são a favor da implantação do sistema, de forma planejada. “A OAB não se opõe ao PJe-JT, ao contrário, o que se espera, na verdade, é que sua implantação abrupta e seus procedimentos não tragam prejuízos aos jurisdicionados”, destacou. O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Carlos Alberto Reis de Paula, anunciou ao participar de sessão plenária OAB, em Brasília, no dia 20 de maio, a suspensão, pelo prazo de um mês, da migração do processo físico para o meio eletrônico em novas Varas da Justiça do Trabalho. O objetivo da Corte é aguardar as sugestões da Advocacia de melhorias ao sistema do PJe da Justiça do Trabalho. “Hoje, ao retornar ao TST, estarei sus- Seccional amazonense busca garantir inserção de novas ferramentas na rotina dos profissionais do Estado pendendo até o dia 27 de junho a migração do PJe em novas Varas. É preciso fazer um acerto. Se não, iremos implantar o PJe e não vamos ter controle do processo”, afirmou o ministro Carlos Alberto Reis de Paula, arrancando aplausos dos conselheiros federais da OAB. Anelson Souza frisou que as Seccionais e o Conse- lho Federal partilham um canal nacional de comunicação, que reúne as sugestões dos profissionais da Advocacia de todo o país. As sugestões, após analisadas, serão encaminhadas ao Conselho Nacional de Justiça e Conselho Superior da Justiça do Trabalho, com o objetivo de contribuir com o aprimoramento do sistema. O advogado destaca que uma das preocupações da Seccional amazonense é quanto às limitações de acesso aos novos procedimentos, especialmente, no caso dos profissionais que militam no interior do Estado, onde as condições de Internet são precárias e, em algumas localidades, sequer existe. Um dos municípios onde há dificuldade de acesso é o de Parintins. Advogados que atuam no local entregaram abaixo-assinado na OAB/AM, pontuando as dificuldades e pedindo intervenção da entidade, no sentido de sensibilizar as instituições, para evitar que sejam excluídos do processo. No documento entregue ao TRT, a OAB/AM fez algumas sugestões: a interrupção do processo de implantação do PJe no interior do Amazonas, até que possa ser oferecida infraestrutura mínima de Internet nessas localidades; a instalação de equipamentos nas varas do Tribunal, que fiquem disponíveis aos advogados, para consulta dos processos eletrônicos; disponibilizar documentos existentes no PJe, com assinatura digital dos autores, para download, a fim de que haja garantia de integridade e autoria; colocar em funcionamento o sistema Push, permitindo que as movimentações dos processos sejam acompanhadas por e-mail. ESPAÇO CULTURAL Gaitano Antonaccio lança novo livro D esde os 18 anos escrevendo, o advogado tributarista Gaitano Antonaccio, 73, chega a sua 124ª obra, o livro “A fome tem solução”, lançado em abril, na Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas. Com 113 páginas, o livro é resultado de um estudo de dois anos, onde o autor pesquisou diversas alternativas para acabar com a problemática da fome no mundo. “Ao me deparar com uma reportagem na televisão que mostrava uma criança morrendo de fome na África, me questionei sobre o que podemos fazer para acabar com esse problema e comecei a pesquisar sobre o assunto”, conta. Antonaccio buscou como fontes os órgãos oficiais como ONU, Unesco e Governo Federal e também vasculhou toda literatura do sociólogo Josué de Castro. “Fiquei surpreso ao saber que produzimos uma quantidade diária de comida muito maior que a população mundial. Então, porque essa quantidade não chega às famílias menos favorecidas? Vi que era uma questão de má administração do bem público, falta de ética e outros fatores que atrapalham a evolução da população”. A obra lançada pela Editora Imprensa Oficial do Amazonas tem 113 páginas e é dividida em oito capítulos. Em cada sessão, o escritor relata o problema e propõe uma possível solução. Um dos capítulos que chama à reflexão é sobre a “Fome durante a superpopularização”. Nele, Antonaccio descreve estatísticas internacionais da Organização Mundial de Saúde. Sempre inquieto, Gaitano Antonaccio é formado em Direito e Ciências Contábeis e presta serviços como consultor em Direito Tributário. Para ele, a literatura é mais que um hobby. É um vício. “Escrevo quatro ou cinco livros por ano. Muitas vezes, dois ao mesmo tempo”. O livro “A fome tem solução” está na primeira edição e pode ser adquirido na livraria PapTip, localizada na avenida Boulevard Alvaro Maia. No fim de junho, Antonaccio pretende lançar mais uma novidade: “Entidades e Monumentos do Amazonas”, uma coleção de fotos e Escritor já planeja lançamento da próxima obra e diz que a produção literária é uma verdadeira paixão pessoal escritos sobre praças, lugares e esculturas e monumentos que contam a história deste Estado. 9 www.oabam.org.br Manaus, Maio de 2013 Palavra da presidente CAIXA DE ASSISTÊNCIA Ilustre colega advogado e advogada, Etapa vencida. A primeira Copa dos Advogados do Amazonas alcançou o resultado esperado, encorajando-nos a pensar na reedição no próximo ano. Mais de 300 advogados se reuniram durante o mês de maio, numa disputa esportiva que serviu para confraternização de uma categoria que enfrenta diariamente o estresse decorrente de uma profissão exaustiva. O desfecho da Copa revela o quanto acertamos ao vislumbrar a organização de um torneio como forma de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos nossos advogados. Através dessa disputa, tivemos a oportunidade de assistir ao desfile de artistas da bola que, além de suas habilidades em campo, revelaram grande dose de educação esportiva, num feito de união e congraçamento que, particularmente, só se viam nas tertúlias forenses. Estamos no caminho certo. A par das medidas assistenciais que estamos mantendo e ampliando, vamos continuar dando ênfase à prática de saúde, lazer e esportes. O contentamento dos advogados pela realização da Copa nos encoraja para novas iniciativas. Agora, vamos partir para a realização do Arraial dos Advogados, um encontro que vai encher de luz e alegria o Parque do Idoso no dia 7 de julho. Será mais uma forma de reunir acadêmicos, advogados e seus familiares em outra atividade lúdica, que tanto bem faz à saúde do ser humano. Tudo isso é possível graças ao apoio que temos da direção da OAB/AM, na pessoa do presidente Dr. Alberto Simonetti Neto e de advogados colaboradores que nos ajudam voluntariamente na Caixa de Assistência, todos imbuídos do propósito de fazer o melhor pelos advogados amazonenses. Um grande abraço. Denize Aufiero Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Amazonas PALAVRA DO ADVOGADO Wagner Penha 10 “O trabalho que a Caixa de Assistência dos Advogados do Amazonas vem desenvolvendo deu uma nova cara ao relacionamento da OAB/AM para com os advogados. A preocupação com a saúde e com a relação social entre os associados demonstra o engajamento desta diretoria. Parabéns pela iniciativa”. Kaio Oliveira “Tivemos a grata surpresa, com a iniciativa da CAA/AM, não só pela promoção da Copa dos advogados do Amazonas, mas por toda a assistência, principalmente aos iniciantes, como é o meu caso. Sinto-me respeitado e prestigiado. Sem dúvida nenhuma, a nossa presidente está desenvolvendo um grandíssimo trabalho. E, mais uma vez, agradecemos a iniciativa pelo campeonato”. Benjamin do C. Ramos Neto “A primeira Copa dos Advogados surgiu com a finalidade de proporcionar a classe dos advogados uma melhor interação entre advogados, bem como uma forma de se praticar um esporte, podendo assim exercer uma melhor qualidade de vida, por meio do esporte. Ademais, cumpre salientar que foi uma ótima iniciativa da Caixa proporcionar a todos uma ótima forma de lazer.” Manaus, Maio de 2013 www.oabam.org.br CAIXA DE ASSISTÊNCIA Caixa de Assistência fecha convênio com Prontocord A Caixa de Assistência dos Advogados do Amazonas (CAA/AM) firmou convênio com o Prontocord Hospital do Coração. A parceria irá beneficiar os advogados associados à entidade e dependentes, com a prestação de serviços médicos e hospitalares na área de cardiologia, dentre outras especialidades. Com uma equipe de mais de 40 médicos especialistas, a unidade oferece serviços na área de clínica médica e cardiologia, atendimento de urgências cardiorrespiratórias, exames de diagnóstico e uma série de outros serviços hospitalares. Localizado na avenida Senador Álvaro Maia, nº 1445, Adrianópolis, o Prontocord possui infraestrutura moderna e está instalado em área privilegiada e de fácil acesso para os advogados e seus dependentes. A presidente CAA/AM, Denize Aufiero, destaca que os convênios na área de saúde são uma prioridade para a nova diretoria, que busca a melhoraria permanente das condições de saúde dos seus associados e dependentes, principalmente daqueles que não têm planos de saúde. O convênio reforça o comprometimento da gestão da CAA/AM em assegurar serviços de qualidade para os advogados e seus familiares. Os associados podem obter informações sobre a tabela de descontos diretamente no Prontocord. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones da unidade hospitalar: 2123-7500 e/ou 2123-7507. Advogados associados à entidade terão acesso a moderna infraestrutura e serviços especializados da unidade CAA/AM participa de encontro nacional, em Belém N os dias 16 e 17 de maio, a CAA/AM participou em Belém (PA), do XXVIII Encontro Nacional de Presidentes de Caixas de Assistência dos Advogados, que contou com painel sobre as entidades atuantes na região Norte. O evento é promovido pela Coordenação Nacional das Caixas de Assistência dos Advogados (Concad). Uma das boas notícias é que o Amazonas foi inserido na Comissão de Estudos que trata sobre os convênios. A presidente da CAA/AM, Denize Aufiero, irá integrar o grupo que já conta com a participação dos presidentes das Caixas do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Goiás, Roraima e São Paulo. A Concad é o órgão do Conselho Federal da OAB que congrega as 27 Caixas de Assistência dos Advogados do país. Um de seus objetivos é integrar as entidades e contribuir para que todas as CAAs desenvolvam o trabalho de forma equilibrada, garantindo, assim, aos 750 mil advogados inscritos na OAB uma assistência mais qualificada. Projeto Copa – A presidente da CAA/ AM, Denize Aufiero, apresentou o projeto da Copa dos Advogados do Amazonas, de Futebol Society, no painel da região Norte, durante o encontro. A proposta é estender a iniciativa a toda região Norte, que compreende as Caixas do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Presidente da CAA/AM, Denize Aufiero, apresenta proposta da Copa para outras entidades da região Norte 11 www.oabam.org.br Manaus, Maio de 2013 ESPORTE Copa dos Advogados reúne categoria em show de goleadas C om o apoio da OAB/AM, a CAA/AM realizou os jogos da primeira rodada da Copa dos Advogados de Futebol Society, na primeira quinzena do mês de maio. O evento esportivo tem coordenação geral da presidente da CAA/AM, Denize Aufiero, e coordenação técnica do vice-presidente, Messias Sampaio. A primeira fase do campeonato foi marcada por várias goleadas. A Copa conta com a participação de cerca de 300 jogadores das 16 equipes participantes, que dis- putam o Troféu Iran dos Santos Barbosa. Os jogos seguem até 30 de maio. O pontapé inicial do torneio foi dado pelo presidente da OAB/AM, Alberto Simonetti Neto e o vice, Marco Aurélio Choy, no jogo de abertura das quatro partidas que resultou nos seguintes placares: Habeas Corpus W x O Jurisprudência, Mandado de Segurança 0 x 13 Revisão Criminal, Recurso Extraordinário 1 x 8 Alvará de Soltura e Habeas Data 2 x 8 Apelação. No segundo dia do torneio, os resultados foram Rescisão 5 x 4 Agravo, Rese 2 x 5 Pensão Judicial, Reclamação Trabalhista 9 x 3 Embargo, Contestação 5 x 1 Prerrogativa. Além dessa, ainda haverá duas rodadas que definirão os times que irão para as semifinais e finais da Copa, que termina dia 30 de maio. Os jogos acontecem na quadra de gramado sintético Happy Day, localizado a Avenida Max Teixeira, n° 1551. O torneio é voltado para advogados, estagiários e dependentes dos associados da CAA/AM. “A proposta é oferecer uma opção de esporte e lazer para a classe jurídica”, explica a presidente da CAA/AM, Denize Aufiero. Marco Choy, Denize Aufiero e Simonetti se reúnem na primeira partida Messias Sampaio e Choy marcam presença na quadra Alberto Simonetti dá o chute inicial do torneio Time Alvará de Soltura Time Embargo Equipe Pensão Judicial Time Prerrogativa Equipe Reclamação Trabalhista Time Rescisão Equipe Rese 12 Time Agravo