A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM Até 2006 o grupo que comandava a OAB há quase 20 anos perdeu a eleição para o atual presidente. Na época, creditaram a derrota a situação caótica que se encontrava a CAARJ. Com dívidas maiores que seu próprio patrimônio, atendimento médico precário e negativa de internação aos beneficiários por hospitais e clínicas conveniadas a Caixa soçobrou diante da malversação dos seus poupudos recursos – em grande parte – extraído de taxas judiciárias. Numa gestão que mais parecia uma “guerra de pirros”, a Caixa brigava com beneficiários, parentes de advogados e até mesmo com seus principais parceiros como a Editora Saraiva. Sob o comando da OAB, Octávio Gomes tentava se afastar do administrador Manuel Petito tal qual fosse um “leproso”. Brandava-se a época, que a CAARJ não teria nada haver com a OAB. Enfim, fugiam da CAARJ “como o diabo foge da cruz”. Mesmo assim, sabemos, caminharam juntos em desgraça. Assim, sem piedade, as urnas disseram NÃO a Carmen Fontenelle. Com a caneta na mão, ela perdeu o poder para Wadih Damous em uma eleição que as urnas rejeitaram a vetusta políticagem coorporativa que dominava a instituição pelo “novo” – ou seja – pela “Nova OAB”. Por sua vez, Wadih, diga-se de passagem, não deu a mão a palmatória. Passou suas duas gestões tentando sanear a CAARJ. Por fim, no segundo mandato, entregou a administração da Caixa dos Advogados ao seu mais fiel escudeiro Dr. Felipe Santa Cruz. Este, transformou a Caixa num centro de assitencialismo que atende advogados carentes com um programa bem próximo ao “bolsa família”. Doa material escolar para advogados pobres, subsidia anuidades de grávidas, paga uma espécie de seguro-desemprego aos que provem miserabilidade e atende a todos com políticas do “é dando que se recebe”. Hoje, diante de uma Tribuna do Advogado acusadora, aparece uma dívida de execução fiscal na ordem de R$ 331 Milhões cultivada pela gestão anterior a Wadih. Sim, a época do Dr. Octávio Gomes a referida dívida se avolumou causada por uma briga na justiça que poderia isentar a entidade deste pagamento. Por sua vez, na defesa, Dr. Octávio apresenta suas alegações. Contudo, não se justifica negar-se ao provisionamento com recursos discutidos sob determinada rubrica. Sim, se fosse sob a tutela da lei de responsabilidade fiscal estariam pagando pelo crime na cadeia. Em resumo, vê-se um grupo que afundou a OAB em dívidas aparecer neste processo eleitoral “como se não houvesse o amanhã”. E que este “amanhã”, somos cônscios, se manifestará muito claro na cabeça de todos. Talvez pudessem voltar à cena política travestidos de Haddad ou de Paes, nada, voltaram com a mesma cara, cor e com a mesma rejeição. E esta mesma candidata, apontados altos índices, já prenuncia um final infeliz para quem nem mesmo se maquiou suficiente. Enfim, o destino selará mais uma vez “a volta dos que não foram”. RENOVA OAB !!! LUCIANO VIVEIROS - PRESIDENTE