órgão informativo do sindicato dos engenheiros no estado de são paulo Ano XXxIIi nº 445 16 de janeiro a 15 de fevereiro de 2014 Parque semafórico tem mais de 20 anos de instalação. Como consequência, 100 a 200 faróis apresentam problemas diante de intempéries, como chuvas intensas. Prefeitura garante que vai modernizar rede até final da gestão. Luis Henrique Costa Página 4 Um programa para melhorar sinalização em São Paulo Editorial Compromisso renovado Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro Presidente Ao dar início a uma nova gestão, continuaremos a defender os engenheiros, fortalecer o nosso sindicato e lutar por um país melhor. No dia 1º de janeiro, teve início novo mandato da chapa Trabalho, Integração e Compromisso, reelei ta em 2013 para mais uma gestão à frente do SEESP. A confiança depositada pela categoria na equipe de dirigentes que comandará a entidade é motivo de grande orgulho e alegria, mas também representa enorme responsabilidade. Dessa forma, renovamos nosso compromisso de defender os engenheiros, fortalecer o nosso sindicato e lutar por um país melhor. Para nos guiar nessa tarefa, temos o programa de trabalho apresentado e aprovado pelos profissionais de todo o Estado. Assim, continuaremos a atuar intensamente na ação sindical, visando defender os interesses e direitos dos engenheiros e obter novas conquistas. Os acordos e convenções firmados pelo SEESP atualmente beneficiam cerca de 100 mil engenheiros. Vamos nos empenhar para ampliar ainda mais a representação da categoria junto às empresas e sindicatos patronais. É objetivo também aprimorar o padrão desse diálogo e manter um canal aberto permanentemente, visando buscar melhorias ao longo do ano e não apenas na data-base. Sempre integrado ao conjunto do movimento sindical, o SEESP também atuará no sentido de colaborar com as lutas coletivas e a unidade das entidades. Portanto, manteremos nossa posição contrária ao projeto que pretende ampliar a terceirização no País e que, na prática, tira direitos históricos dos trabalhadores. Também pelo fim do fator previdenciário e pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, entre outras bandeiras fundamentais. Parceria constante e privilegiada será com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). Estão na programação ações relativas ao mercado de trabalho em apoio ao profissional. Entre elas, o incremento constante da Área de Oportunidades e a continuidade do Programa Engenheiro Empreendedor. A atualização na formação do engenheiro, uma necessidade imperativa, será estimulada e apoiada. Um instrumento essencial para tal será o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), cuja entidade mantenedora é o SEESP. Já credenciado pelo Ministério da Educação, esse começa suas atividades em 2014 e será uma excelente opção para cursos de extensão e pós-graduação. Pretendemos ainda desenvolver iniciativas voltadas ao engenheiro formando e ao recém-formado, de modo a apoiar sua entrada no mercado de trabalho e também aproximá-lo do sindicato, instituição que defenderá seus interesses ao longo de toda a sua carreira. Daremos sequência ao programa de benefícios e serviços oferecidos aos associados, expandindo os convênios existentes. Destaque especial continua rão a ter o Plano de Saúde do Engenheiro, que já atende aproximadamente 30 mil vidas, e o SEESPPrev, o fundo de pensão da categoria. No que diz respeito à inserção do sindicato no debate das questões da sociedade, avançaremos nesse caminho que tem se mostrado correto e vitorioso. A luta pelo desenvolvimento segue com o engajamento ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, cuja contribuição ao País tem sido valiosa. Seguindo o que já se tornou tradição para o SEESP, realizaremos debates com os candidatos nos períodos eleitorais de 2014 e 2016, visando oferecer a eles sugestões da engenharia para uma melhor gestão. Obedecendo à regra absoluta de não partidarizar a nossa entidade, participaremos do debate político com ideias e propostas. Seguindo esse norte e apoiados na mobilização dos engenheiros do Estado de São Paulo, cumpriremos a nossa missão de representar essa valorosa categoria. JORNAL DO ENGENHEIRO — Publicação quinzenal do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo Diretora responsável: Maria Célia Ribeiro Sapucahy. Conselho Editorial: Murilo Celso de Campos Pinheiro, João Carlos Gonçalves Bibbo, Celso Atienza, João Paulo Dutra, Henrique Monteiro Alves, Laerte Conceição Mathias de Oliveira, Carlos Alberto Guimarães Garcez, Fernando Palmezan Neto, Antonio Roberto Martins, Edilson Reis, Esdras Magalhães dos Santos Filho, Flávio José Albergaria de Oliveira Brízida, Marcos Wanderley Ferreira, Aristides Galvão, Celso Rodrigues, Cid Barbosa Lima Junior, Fabiane B. Ferraz, João Guilherme Vargas Netto, Luiz Fernando Napoleone, Newton Güenaga Filho, Osvaldo Passadore Junior e Rubens Lansac Patrão Filho. Colaboração: Delegacias Sindicais. Editora: Rita Casaro. Repórteres: Rita Casaro, Soraya Misleh, Lourdes Silva e Rosângela Ribeiro Gil. Projeto gráfico: Maringoni. Diagramadores: Eliel Almeida e Francisco Fábio de Souza. Revisora: Soraya Misleh. Apoio à redação: Luís Henrique Costa e Monique Alves. Sede: Rua Genebra, 25, Bela Vista – São Paulo – SP – CEP 01316-901 – Telefone: (11) 3113-2650 – Fax: (11) 3106-8829. E-mail: [email protected]. Site: www.seesp.org.br. Tiragem: 31.000 exemplares. Fotolito e impressão: Folha Gráfica. Edição: 16 de janeiro a 15 de fevereiro de 2014. Artigos assinados são de responsabilidade dos autores, não refletindo a opinião do SEESP. 2 JORNAL DO ENGENHEIRO Opinião Os desafios ambientais na cidade Ricardo Teixeira São Paulo, considerada cidade global de nível alfa (segundo classificação do 5º Boletim da Globalization and World Cities Research Network, GaWC 5), constitui-se no mais importante centro industrial, financeiro, de serviços, cultural, universitário e de pesquisas do País. Encontra-se em posição privilegiada no centro de uma macrometrópole de 31,5 milhões de habitantes com participação de aproximadamente 28% do PIB brasileiro, correspondente ao da Suíça, o que lhe conferiria sozinha a 18ª posição de produção de riqueza no mundo. servidores. Bastante desafiadora é a qualificação desses profissionais. Destacam-se também os trabalhos de pesquisa, estudo, experimentação e divulgação conduzidos pelo Departamento de Parques e Áreas Verdes (Depave). A atual administração dá importância aos princípios e diretrizes da Política Municipal de Mudança no Clima. Além disso, a Secretaria atua no sentido de incluir a variável ambiental em políticas, planos, programas lizados e, principalmente, viabilizar fontes de recursos para a excessivamente onerosa manutenção de parques, de forma a alcançar níveis de serviço adequados. A SVMA está participando ativamente na inclusão e aprimoramento dos interesses ambientais nas revisões em andamento do Plano Diretor Estratégico, dos Planos Regionais Estratégicos, do zoneamento urbano e do Código de Obras e Edificações. Além disso, está em andamento a redação de uma minuta de projeto de lei de reorganização da Secretaria. A SVMA conta com uma equipe pequena, mas bastante competente e aguerrida, de Além dos investimentos em novos parques, será necessário consolidar aqueles já realizados e viabilizar fontes de recursos. A participação pública faz-se, em relação ao ambiente, por meio de: a) Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades), colegiado consultivo e deliberativo composto por membros da administração pública e da sociedade civil; b) Conselhos Regionais de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura da Paz, existentes em cada uma das 32 subprefeituras do município, compostos por oito membros da comunidade eleitos pela população e por oito da administração pública; c) Conselhos Gestores dos Parques Municipais, formados por membros eleitos pela população e por representantes da administração pública, dos trabalhadores dos parques e de movimentos, instituições e entidades; d) Conselhos Participativos Locais, criados na presente gestão, em cada uma das subprefeituras, compostos por representantes eleitos pela população. Nesse marco, impõem-se à Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Cidade de São Paulo (SVMA) diretrizes de descentralização e accountability. A descentralização será radicalmente aprofundada através de núcleos a serem criados em cada uma das 32 subprefeituras, destinados às tarefas de fiscalização, licenciamento e educação ambientais. Investiremos em novos parques, porém, mais do que isso, será necessário consolidar os investimentos já rea- e projetos, em âmbito municipal, estadual e federal, com influência no território do município. Atividades de grande visibilidade da SVMA são aquelas conduzidas pelo Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz, que trabalha sob a premissa de o indivíduo e a coletividade construírem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. Desafiadora é a paulatina implantação de políticas de compras verdes. É de se destacar, finalmente, as atividades do Departamento de Controle da Qualidade Ambiental (Decont), destinado a realizar fiscalização e licenciamento ambiental, e que se constitui, talvez, no departamento de maior complexidade da Prefeitura em termos técnicos, exigindo grande expertise e esforço de seus membros. Ricardo Teixeira é secretário do Verde e Meio Ambiente da Cidade de São Paulo Sua art pode beneficiar o Sindicato dos Engenheiros Ao preencher o formulário da ART, não esqueça de anotar o código 068 no campo “entidade de classe”. Com isso, você destina 16% do valor para o SEESP. Fique atento: o campo não pode estar previamente preenchido. JORNAL DO ENGENHEIRO 3 Cidade Prefeitura promete reformular parque semafórico de São Paulo Soraya Misleh Luis Henrique Costa Não é incomum enfrentar nas ruas do município confusões no tráfego decorrentes de falhas no funcionamento dos faróis, sobretudo nesta época de chuvas intensas. Até o final da atual gestão, a promessa é de maior eficiência no parque semafórico de São Paulo, mediante reformulação total da rede existente. Farol apagado na região central do município, um dos principais problemas encontrados, decorrente da rede antiga. Segundo Carlos Costa, superintendente de engenharia de sinalização da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), atualmente há na cidade “5.680 cruzamentos semaforizados”. Os principais problemas, que exigem intervenções rápidas, com prazo de resolução de até duas horas, são sinais apagados e o amarelo intermitente. Decorrência de um parque antigo, com equipamentos com mais de 20 anos de uso, como controladores semafóricos (que marcam o tempo de sinalização vermelha, amarela e verde). Setenta a oitenta por cento desses, como reconhece, têm tal tempo de instalação, quando a vida útil média é de sete a dez anos. E as peças a serem trocadas muitas vezes sequer continuam a ser fornecidas por fabricantes, o que exige a solução em laboratórios pela CET. Além da vulnerabilidade do sistema, como atesta Costa, outra consequência é econômica: caso a manutenção demore a ser feita, tem-se gasto maior. Para solucionar essa questão, o programa de melhoria dos semáforos conta, conforme o superintendente, com duas etapas. A inaugural está em andamento desde agosto de 2013. O investimento é de R$ 220 milhões, e o prazo de conclusão é de três anos a partir daquela data. Inclui, segundo Costa, a substituição de todo o cabeamento, refazendo a proteção semafórica (na maioria dos casos inexistente ou superada, principal causa de falhas em caso de chu- vas). “A primeira fase visa a melhoria da infraestrutura, substituindo os controladores mais antigos. Alcança 4.800 cruzamentos, em toda a cidade”, explicita. A segunda, cujo investimento necessário ainda não está definido, objetiva a modernização da rede, com instalação de semáforos inteligentes. Isso solucionaria outro problema encontrado em São Paulo: a falta de sincronização entre os faróis. Para a sofisticação e readequação pretendida, a Prefeitura encomendou estudo que vem sendo feito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), por intermédio de seu Centro de Tecnologia de Informação, Automação e Mobilidade. “Ele está nos auxiliando para garantir a eficiência e proteção dos equipamentos”, diz Costa. Ely Bernardi, coordenadora do projeto no IPT, explica: “O objetivo é tentar, através de análise em laboratório e em campo, cruzando dados de falhas no período de chuvas nos três últimos anos, extrair as principais causas e sugerir algumas medidas. Em dias críticos, 100 a 200 semáforos apresentam problemas. As recomendações técnicas serão incorporadas aos requisitos para aquisição dos próximos controladores semafóricos.” Para análise em campo, o IPT está instalando medidores por amostragem. O trabalho deve ser concluído até abril. Os semáforos inteligentes podem, ainda, reduzir o número de acidentes em cerca de 25% a 35%. É o que aponta investigação feita pelo Núcleo de Estudos em Segurança no Trânsito da Universidade de São Paulo (USP), como destaca seu coordenador, Coca Ferraz. Alguns, ensina ele, têm detectores do fluxo do tráfego e distribuem a sinalização vermelha, verde ou amarela com base em dados coletados em tempo real. Na sua opinião, essa tecnologia deve ser instalada na cidade, tanto pela questão da segurança quanto do conforto do motorista, que passa a ter informação sobre quanto tempo ficará parado num cruzamento, por exemplo. De acordo com Costa, empresas nacionais dominam a tecnologia, que deve garantir “que os diversos equipamentos conversem entre si”. Assim, se na primeira fase a Prefeitura cogita importar alguns materiais para substituição, de modo a restabelecer rapidamente “equipamentos antigos em locais Em dias críticos, 100 a 200 faróis apresentam problemas. Programa de melhorias visa garantir maior eficiência no funcionamento. estratégicos” com peças provenientes da Espanha e Inglaterra, a aquisição de produtos estrangeiros para a modernização não é meta, assevera o superintendente da CET. A análise que vêm sendo feita pelo IPT deve balizar a decisão da gestão municipal, reitera. Também estão sendo elaborados estudos pela área de segurança da companhia visando, nessa reformulação, a ampliação de botoeiras sonoras (sinalização para assegurar condições de acessibilidade a deficientes visuais). Hoje, a Capital conta com apenas duas instaladas: na Rua Conselheiro Brotero, altura do número 338, na Barra Funda, e no cruzamento dessa rua com a Brigadeiro Galvão, no mesmo bairro. DELEGACIAS DO SINDICATO – ALTA MOGIANA: Av. Mogiana, 1.885 – Ribeirão Preto – CEP: 14075-270 – Tels.: (16) 3628-1489 - 3969-1802 – E-mail: [email protected]. Alto Tietê: R. Coronel Souza Franco, 720 – CEP: 08710020 – Tel./fax: (11) 4796-2582 – E-mail: [email protected]. ARAÇATUBA: R. Antônio Pavan, 75 – CEP: 16020-380 – Tel.: (18) 3622-8766 – E-mail: [email protected]. ARARAQUARA: R. São Bento, 700 – 10º and. – sala 103 – CEP: 14800-300 – Tel./Fax: (16) 3322-3109 – E-mail: [email protected]. BAIXADA SANTISTA: Av. Senador Pinheiro Machado, 424 – Santos – CEP: 11075-000 – Tel./Fax: (13) 3239-2050 – E-mail: [email protected]. BARRETOS: Av. Cinco, nº 1.145 – CEP 14783-091 – Telefones: (17) 3322-7189 - 3324-5805 - 3322-8958 – E-mails: [email protected] - [email protected] - [email protected]. BAURU: Rua Constituição, 8-71 – CEP: 17013-036 – Tel./Fax: (14) 3224-1970 – Página: seesp.org.br/bauru.html – E-mail: [email protected]. BOTUCATU: R. Rangel Pestana, 639 – CEP: 18600-070 – Tel./Fax: (14) 3814-3590 – E-mail: [email protected]. CAMPINAS: Av. Júlio Diniz, 605 – CEP: 13075-420 – Tels.: (19) 3368-0204 / 0205 / 0206 – E-mail: [email protected]. FRANCA: R. Voluntário Jaime de Aguilar Barbosa, 1.270 – CEP: 14403-365 – Tels.: (16) 3721-2079 - 3722-1827 – E-mail: [email protected]. GRANDE ABC: R. Haddock Lobo, 15/19 – Santo André – CEP: 09040-340 – Tel.: (11) 4438-7452 – Fax: (11) 4438-0817 – E-mail: [email protected]. GUARATINGUETÁ: R. Pedro Marcondes, 78 – sala 34 – CEP: 12500-340 – Tel./Fax: (12) 3122-3165 – E-mail: [email protected]. JACAREÍ: Av. Pensilvânia, 531– CEP: 12300-000 – Tel./Fax: (12) 3952-4840 – E-mail: [email protected]. JUNDIAÍ: R. Prudente de Moraes, 596 – CEP: 13201-004 – Tel.: (11) 4522-2437 – E-mail: jundiaiseesp@terra. com.br. LINS: Rua Rio Branco, 273 – Ed. Galeria Torre de Lins – 9º andar – Sala 94 – Centro – Lins/SP – CEP: 16400-085 – Tel.: (14) 3522-2119 – E-mail: [email protected]. MARÍLIA: R. Carlos Gomes, 312 – cj. 52 – CEP: 17501-000 – Tel./ Fax: (14) 3422-2062 – E-mail: [email protected]. PINDAMONHANGABA: R. Dr. Rubião Junior, 192 – 3º andar – sala 32 – CEP: 12400-450 – Tel./Fax: (12) 3648-8239 – E-mail: [email protected]. PIRACICABA: R. Benjamin Constant, 1.575 – CEP: 13400-056 – Tel./Fax: (19) 3433-7112 – E-mail: [email protected]. PRESIDENTE PRUDENTE: R. Joaquim Nabuco, 623 – 2º andar – sala 26 – CEP: 19010-071 – Tel./Fax: (18) 3222-7130 – E-mail: [email protected]. RIO CLARO: Rua Cinco, 538 – Salas 1 e 2 – Centro – CEP 13500-040 – Tel./Fax: (19) 3534-9921 – E-mail: [email protected]. são caetano do sul: Estrada das Lágrimas, 1.708 – Tel.: (11) 2376-0429 – E-mail: [email protected]. SÃO CARLOS: R. Rui Barbosa, 1.400 – CEP: 13560-330 – Tel./Fax: (16) 3307-9012 – E-mail: [email protected]. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS: R. Paulo Setubal, 147 – sala 31 – CEP: 12245-460 – Tel.: (12) 3921-5964 – Fax: (12) 3941-8369 – E-mail: [email protected]. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO: Alameda das Orquídeas, 150 – CEP: 15061-150 – Tel./Fax: (17) 3232-6299 – E-mail: [email protected]. SOROCABA: R. da Penha, 140 – CEP: 18010-000 – Tel./Fax: (15) 3231-0505 / 32115300 – E-mail: [email protected]. TAUBATÉ: Rua Venezuela, 271 – CEP: 12030-310 – Tels.: (12) 3633-5411 - 3631-4047 – Fax: (12) 3633-7371 – E-mail: [email protected]. 4 JORNAL DO ENGENHEIRO Sindical Unidade para fortalecer lutas dos trabalhadores em 2014 Soraya Misleh Esse foi o tom predominante na primeira reunião de dirigentes das centrais sindicais do ano. Com o objetivo de planejar as ações para 2014 e debater as pautas específicas e gerais de interesse dos trabalhadores e do País, o encontro ocorreu em 15 de janeiro, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT). mínimo, dos aposentados e o combate à rotatividade no emprego. No encontro, foram também formados grupos de trabalho para discussão sobre questões estratégicas, como o custeio das entidades e as reivindicações da classe trabalhadora, a serem apresentadas aos candidatos a Presidente nas eleições deste ano. Protagonismo Centrais realizarão ato público em abril e buscarão audiência com a presidente Dilma ainda no mês de janeiro. Carlos Alberto Pereira, secretário-geral da CGTB, destacou: “Devemos pensar em um programa geral ao desenvolvimento econômico, que inclua a redução da taxa de juros (elevada no dia 15 para 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária – Copom), o combate à desindustrialização, reforma agrária.” As demandas incluem ainda, entre outros itens que devem constar do documento, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, 10% do Orçamento da União para a saúde, transporte público e de qualidade, democratização dos meios de comunicação e aprovação do marco civil da internet. Para Ricardo Patá, presidente da UGT, o protagonismo do movimento sindical deve ser demonstrado e garantido dessa forma. Adilson Araújo, presidente da CTB, concordou: “Precisamos ser ousados no sentido de nos antecipar aos fatos e propor algo concreto, disputar um projeto.” As centrais farão nova reunião no dia 27 de janeiro, às 14h, na sede da UGT. Luis Henrique Costa Contou com a participação, além dessa entidade, de representantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT). O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) também esteve presente, representado pelo seu coor denador de relações sindicais, José Silvestre Prado. Entre as definições, a realização de um ato público unitário na primeira quinzena de abril e o agendamento de uma audiên cia com a presidente da República, Dilma Rousseff, ainda no mês de janeiro. No ensejo, foi discutida a conjuntura sindical, socioeconômica e política atual e as perspectivas para 2014, diante do ano eleitoral, da Copa do Mundo no Brasil e de atividades para lembrar os 50 anos do golpe militar – uma delas está marcada para 1º de fevereiro, em São Bernardo do Campo, com participação de todas as centrais (veja na página 8). No geral, em suas falas, dirigentes apontaram um cenário de oportunidades, mas também de preocupações em assegurar avanços e, por outro lado, barrar possíveis retrocessos que impactem a vida dos trabalhadores. Quanto ao mundial de futebol, Julio Turra, dirigente da CUT, ressaltou a importância da defesa dos direitos dos trabalhadores. Uma das preocupações nesse sentido é quanto à aprovação de contrato de curta duração, sem registro em carteira. As centrais já se posicionaram contrárias, junto ao governo, e a proposta é fortalecer essa luta, de modo a evitar que o Executivo apresente medida provisória relativa ao tema. Em 23 de janeiro, o assunto será pautado na Câmara Bipartite, formada pelo governo e as entidades sindicais. Na agenda de iniciativas prioritárias, além da audiência com a presidente da República e do ato público, João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, defendeu a realização de uma nova conferência da classe trabalhadora, cuja organização será discutida. Com isso, a finalidade é influir nos programas de governo dos candidatos, mas também avançar nas bandeiras do movimento sindical, como redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem diminuição dos salários, fim do fator previdenciário e contra o PL 4.330 relativo à terceirização. Em 2013, as entidades conseguiram impedir o avanço desse projeto de lei, o que contribuiria à precarização nas relações do trabalho. Mas o entendimento é de que é necessário derrubar definitivamente essa proposta. Os demais itens da pauta dos trabalhadores permaneceram congelados. “A intenção é que continue a haver diálogo e negociação (com o governo)”, afirmou Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT. Preocupações apontadas no encontro, e que devem ser pautadas junto ao governo, são ainda a defesa da valorização do salário Em reunião na sede da CUT, na Capital, centrais discutiram ações prioritárias para este ano. JORNAL DO ENGENHEIRO 5 Engenharia Rede subterrânea para livrar cidades dos fios Além de degradação visual e dificuldades crescentes de manutenção, as redes aéreas de distribuição de energia apresentam riscos à segurança da população. Os perigos, no País, vêm se potencializando com o incremento do volume de chuvas e o surgimento de ciclones tropicais com ventos de até 100km/h, deixando 600 mil clientes sem energia. Essas informações constam do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento, de 2012, da AES Eletropaulo, distribuidora de energia em São Paulo. Atualmente, as experiências nacionais de enterramento da rede se restringem a poucas capitais. São Paulo é uma delas, mas a medida alcança apenas 7% do total da fiação elétrica. 6 JORNAL DO ENGENHEIRO O documento aponta ainda que entre 2008 e 2010 aumentou em 70% a quantidade de árvores que atingiram a rede elétrica impactando o fornecimento do serviço. E que projetos de conversão de rede realizados pela empresa, em alguns pontos da Capital, como no Parque Ibirapuera, melhoraram a segurança da população, o aspecto visual das regiões e a satisfação dos clientes. Várias cidades brasileiras estão aprovando leis municipais para o enterramento dos fios pendurados nos postes, a exemplo de São Paulo (14.023/2005) e Rio de Janeiro (Decreto do Executivo de 2011), mas algumas normas estão sendo contestadas, porque a legislação para o serviço de eletricidade é federal. Para definir melhor a questão, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abrirá consulta pública sobre o tema no segundo semestre. Para o assessor da Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição do órgão, Hugo Lamin, não há dúvida que a rede subterrânea melhora a qualidade dos serviços prestados, garante mais segurança às instalações e ajuda no ordenamento urbano. O órgão defende o caráter multidisciplinar do debate, com a inclusão dos ministérios das Cidades, das Comunicações e de Minas e Energia. Atualmente, as experiências nacionais se restringem a algumas capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (MG), onde, respectivamente, os fios enterrados correspondem a 7%, 11% e 2% de toda a fiação elétrica. Lamin informa que Salvador (BA), Porto Alegre (RS) e Brasília também adotaram o procedimento em algumas ruas e avenidas principais. Diversos fatores contribuem para essa realidade, como a questão do planejamento urbano municipal e o alto custo. Beatriz Arruda Rosângela Ribeiro Gil Questão urbanística, e não técnica Para o vice-presidente de operações da AES Eletropaulo, Sidney Simonaggio, o enterramento de redes elétricas não é uma questão técnica, mas urbanística. Dessa forma, acredita, atribuir o custo dessa intervenção às empresas de energia elétrica e de telefonia teria um impacto negativo sobre os preços da infraestrutura da cidade. Para a implantação do sistema, ele sugere: isenção de impostos incidentes em equipamentos e serviços a serem aplicados a tal rede; participação do município no custeio da infraestrutura necessária, principalmente as obras civis de dutos e repavimentação de ruas e calçadas; e cobrança de tributo (contribuição de melhoria) àqueles munícipes cujas propriedades forem abrangidas pelo programa de enterramento de rede. O diretor do SEESP, Carlos Augusto Kirchner, concorda que a viabilização da estrutura não é fácil. Todavia, observa que novas tecnologias de perfuração em lugar de escavação podem resultar em redução sensível de custos. Além disso, argumenta, há redução do custo de manutenção, e a rede elétrica fica menos vulnerável a intempéries climáticas. “Hoje muitas das interrupções elétricas por tempestades são expurgadas dos indicadores de qualidade da concessionária, que deixa de vender energia quando há paralisação, mas quase não é penalizada pela baixa qualidade do serviço oferecido”, critica. Embora afirme que o caos seja maior na fiação de telefonia e TV a cabo, de acordo com o diretor do SEESP, a distribuidora de energia é a principal culpada por esse quadro, pois é a detentora da infraestrutura e, segundo a legislação, deve fiscalizar e impedir que os cabos de outras atividades sejam instalados de forma desorganizada e sem atender às normas técnicas quanto às distâncias mínimas de segurança. Em maio de 2013, em audiência pública no Ministério Público Federal de São Paulo sobre Aumento de fenômenos climáticos – fortes chuvas e ventos – torna fiação aérea mais vulnerável e perigosa. o tema, Hilda Mitiko Iuamoto, diretora do Departamento de Controle de Uso das Vias Públicas da Prefeitura Municipal de São Paulo, informou que estava sendo elaborada, para publicação em breve, portaria técnica para iniciar os estudos sobre o enterramento dos fios. Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da administração paulistana não retornou contato do Jornal do Engenheiro para comentar sobre essa e outras questões, como o Programa de Enterramento das Redes Aéreas (Pera) e a reformulação da Câmara Técnica de Gestão de Redes Aéreas. Outras ações em prol das redes subterrâneas ocorrem no Congresso Nacional, com a tramitação de dois projetos de lei, de números 798 e 37, ambos de 2011. O primeiro, da Câmara dos Deputados, dispõe sobre o enterramento de fios em cidades históricas, e o segundo, do Senado, amplia a medida para municípios com mais de 100 mil habitantes. A superlotação de fiação nos postes também chegou ao facebook, com a campanha #malditosfios, encabeçada pelo jornalista Leão Serva. Benefícios Novidades Cursos online sobre NR 10 Energia Online é uma empresa que oferece cursos na modalidade e-learning aos associados ao SEESP. São realizados via internet, com acessos individuais e disponíveis 24 horas, em qualquer computador. Destacam-se: NR 10: Segurança em instalações e serviços com eletricidade (formação e reciclagem); SEP – Segurança no sistema elétrico de potência e em suas proximidades (formação e reciclagem); NR 33: Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados; NR 5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa); Direção responsável e defensiva; Eletricidade, hidráulica e pneumática básica; Equipamento de Proteção Individual (EPI) e outros. Há mais de 12 anos no segmento treinamentos a distância, já administrou cursos para mais de 30 mil profissionais, no País e no exterior. Mais informações pelo telefone (11) 5531-0416, e-mail [email protected] e no site www.energiaon-line.com. Desconto de 10%. Psicanálise na Capital e no Boqueirão Parques de diversões Psicoterapia para crianças, adolescentes, adultos, idosos, pacientes oncológicos e psicossomáticos e orientação aos pais com a psicóloga Renata Marques. Na Capital paulista, atende na Rua Airi, 232 A, sala 3, Tatuapé. Em Santos, na Avenida Conselheiro Nébias, 703, conjuntos 2.102 e 2.013, Boqueirão. Mais informações pelo telefone (11) 99473-4334, e-mail [email protected] e no site www.renatamarquespsicologa.com.br. Descontos de 40% (para associados) e 20% (familiares), conforme tabela do CRP. Benatti Odontologia no bairro Bela Vista Clínica geral, cirurgia menor, implantodontia, endodontia, ortodontia, periodontia e prótese dentária estão entre os serviços realizados por Luiz Octávio Benatti, Pedro Augusto Benatti e Luiz Octávio Benatti Júnior. O consultório fica na Avenida Paulista, 925, 13º andar, conjunto 131, Bela Vista, na Capital. Mais informações pelo telefone (11) 3284-4972, e-mail [email protected] e no site www.benattiodontologia.com.br. Desconto de 20% (atende também pelo Plano da Lincx Dental, que o SEESP oferece aos seus associados). Clínica médica e endocrinologia Consultas nessas especialidades com Ulysses Guerra Luz Júnior, na Rua Simão Álvares, 671, Pinheiros, na Capital. Preço conforme tabela da AMB. Mais informações pelo telefone (11) 3812-6611 e e-mail [email protected]. • Mundo da Xuxa – Passaporte único custa R$ 59,00; quatro, R$ 196,00, www.omundodaxuxa.com.br. • Thermas do Vale – Preço do ingresso, R$ 40,00 (para adulto) e R$ 20,00 (criança até 12 anos), www.thermasdovale.com.br. • Wet´n Wild – Ingresso com preço único de R$ 70,00 (de segunda a sexta-feira) e R$ 82,00 (sábados, domingos e feriados), www.wetnwild.com.br. Os ingressos estão à disposição no Departamento de Benefícios do SEESP, em horário comercial. Informações pelo telefone (11) 3113-2664. Rede Cinemark com desconto Ingressos para a Rede Cinemark (www.cinemark.com.br) podem ser adquiridos na sede do SEESP pelo preço de R$ 16,00 e trocados nas bilheterias dos cinemas. Promoção na Capital e Interior de São Paulo, exceto nas salas do Shopping Iguatemi, Vip Cidade Jardim, 3ª Dimensão e XD. Mais informações no Departamento de Benefícios, pelo telefone (11) 3113-2664. Convênios Agências de turismo • Sisnaturcard (Sistema Nacional de Turismo) – Hotéis, pousadas, chalés, colônias de férias e pacotes turísticos. Rua Rio Branco, 245, sala 32, Centro de São Bernardo do Campo (SP). Informações pelos telefones (11) 3424-2709, 4125-0480 e 4330-8996, e-mail [email protected] e no site www.sisnaturcard.com.br. Descontos de 10% a 30% e também especiais. • Tupantur Turismo e Hotéis – Rua Alferes Magalhães, 92, conjunto 27, Santana, na Capital. Informações pelos telefones (11) 2975-2455, 2978-8203, e-mail [email protected] e no site www.tupantur.com.br. Desconto de 5%. Hospedagem • Hotel Fazenda Vale Verde – Diária com pensão completa. Estrada Taperas, km 2, Taperas, em Estiva (MG). Informações pelos telefones (35) 3799-0547, (11) 2906-0427 e 6063-4259 (reserva nesses dois últimos), e-mail [email protected] e no site www.hfvaleverde.com.br. Desconto de 10%. Atenção: os benefícios SEESP são válidos para associados de todo o Estado. Consulte relação completa no site www.seesp.org.br JORNAL DO ENGENHEIRO 7 Canteiro Presidente da Delegacia Sindical em Franca é homenageado pela Aesabesp 8 nhecido, mas o bom mesmo é saber que estou cercado de profissionais competentes com quem sempre posso contar”, agradeceu o homenageado, que é ainda gerente do setor de produção da Sabesp, empresa em que trabalha há 33 anos. Aesabesp Em 16 de dezembro último, o presidente da Delegacia Sindical do SEESP em Franca, José Chozem Kochi, recebeu o troféu Eng. Armando Fonzari Pêra da Associação dos Engenheiros da Sabesp (Aesabesp), Polo-Franca. Na sua nona edição, o evento tem como objetivo valorizar e reconhecer publicamente profissionais de engenharia a serviço do saneamento, destacou a coordenadora local da entidade, Mizuê Terada. A solenidade de entrega ocorreu no auditório da Estação de Tratamento de Esgotos daquela cida- O prêmio Kochi agradece honraria recebida da Aesabesp. de. Kochi recebeu o prêmio das mãos do presidente da associação, Reynaldo Eduardo Young Ribeiro. “Sinto-me honrado e feliz em ver meu trabalho reco- JORNAL DO ENGENHEIRO O troféu tem o nome do Eng. Armando Fonzari Pêra por ter sido ele um dos mais respeitados profissionais da área de saneamento ambiental, responsável pelo plano e a realização da interiorização da Sabesp no Estado de São Paulo. Aprovado acordo Movimento sindical prepara ato para na Telefônica Vivo lembrar 50 anos do golpe militar Os engenheiros que atuam na companhia aprovaram, em 17 de dezembro último, em assembleia, a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014 com base na proposta apresentada pela empresa em reunião no dia 28 de novembro. Além do pagamento dos salários reajustados em 6,5% e do abono em 2 de janeiro, a empresa assumiu o compromisso de retomar as negociações com o SEESP para tratar do Plano de Cargos e Salários da categoria. As centrais de trabalhadores que integram o Coletivo Sindical de apoio ao Grupo de Trabalho “Ditadura e repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical” promoverão, no dia 1º de fevereiro, às 13h, ato unitário em São Bernardo do Campo, no Teatro Cacilda Becker (Praça Samuel Sabatti ni, nº 50). Sob o tema “Unidos, jamais vencidos”, a atividade faz parte das ações que buscam resgatar a memória e a verdade dos fatos durante a ditadura militar. Obra aborda riqueza e qualidade de vida O professor do Departamento de Engenharia de Produção da Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), campus Bauru, Enzo Barberio Mariano, publicou, ao lado de Daisy Rebelatto, o livro “Riqueza econômica e qualidade de vida”, pela Novas Edições Acadêmicas. Para os autores, mesmo sendo uma condição indispensável para que ocorra o desenvolvimento humano, a riqueza econômica nem sempre é convertida de modo eficaz em qualidade de vida pelos governos. Mais informações sobre o livro no link http://goo.gl/yHfJru.