Cidades Pequenas:
Perspectivas Teóricas e Transformações Socioespaciais
Eliseu Savério Sposito
Paulo Fernando Jurado da Silva
©2013 Eliseu Savério Sposito; Paulo Fernando Jurado da Silva
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Sp679 Sposito, Eliseu Savério; Jurado da Silva, Paulo Fernando
Cidades Pequenas: Perspectivas Teóricas e Transformações Socioespaciais/Eliseu Savério Sposito; Paulo Fernando Jurado da Silva. Jundiaí,
Paco Editorial: 2013.
148 p. Inclui bibliografia. Inclui imagens e tabelas.
ISBN: 978-85-8148-152-4
1.Cidades Pequenas 2. Urbanização 3. Geografia 4. Estudo de caso. I.
Sposito, Eliseu Savério II. Jurado da Silva; Paulo Fernando
CDD: 361
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Geografia Urbana
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AGRADECIMENTOS
Este livro é fruto da curiosidade dos autores que se preocuparam em
melhor compreender as cidades pequenas como espaços que apresentam diferentes características da vida social e econômica. Este assunto interessa à
Geografia especialmente, pela sua dimensão espacial. Também é um esforço
de síntese parcial das interpretações analíticas desenvolvidas em vários trabalhos e artigos dos autores, além de conter dados e informações que foram
explorados na dissertação de mestrado intitulada: Cidades pequenas e indústria:
contribuição para a análise da dinâmica econômica da região de Presidente Prudente-SP,
defendida por Paulo Fernando Jurado da Silva, em janeiro de 2011, e orientada por Eliseu Savério Sposito, no Programa de Pós-Graduação em Geografia
da FCT (Faculdade de Ciências e Tecnologia), Unesp (Universidade Estadual
Paulista) de Presidente Prudente.
Desse modo, só temos agradecer à Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e ao CNPq (Conselho Nacional de Dessenvolvimento Científico e Tecnológico) que concedeu o apoio financeiro durante a
execução da pesquisa de mestrado, bem como à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e ao Programa de Pós-Graduação
em Geografia da FCT/Unesp por terem ajudado no custeio do presente livro.
Ao Gasperr (Grupo de Pesquisa Produção do Espaço e Redefinições Regionais) por ter oferecido a infraestrutura técnica e acadêmica necessária para
a elaboração do trabalho, bem como aos diferentes pesquisadores participantes do grupo que possibilitaram a construção de debates e reflexões coletivas
para o amadurecimento da investigação.
A Beatriz Ribeiro Soares por ter aceitado escrever o pósfacio da obra e
a Ângela Maria Endlich pelo prefácio, ambas autoras de forte rigor teórico
e metodológico na área temática de cidades pequenas da Geografia Urbana
brasileira e que, com certeza, contribuem e contribuirão para a divulgação
dessa obra.
Sumário
APRESENTAÇÃO..................................................................................................9
Prefácio..............................................................................................................11
PARTE I - PERSPECTIVAS TEÓRICAS
1. AS CIDADES PEQUENAS COMO TEMA GEOGRÁFICO...............17
2. OS ESTUDOS SOBRE CIDADES PEQUENAS......................................19
3. DEFINIÇÃO E CONCEITUAÇÃO: DIFERENCIAÇÕES
IMPORTANTES...................................................................................................30
4. URBANIZAÇÃO, TRANSFORMAÇÕES SOCIOESPACIAIS E
CIDADES PEQUENAS......................................................................................46
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................62
REFERÊNCIAS....................................................................................................63
PARTE II - ESTUDOS DE CASO
A REGIÃO ADMINISTRATIVA DE PRESIDENTE PRUDENTE, AS
CIDADES PEQUENAS E A DINÂMICA ECONÔMICA
1. A PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO DESIGUAL PARA A
COMPREENSÃO GEOGRÁFICA..................................................................81
2. A REGIÃO ADMINISTRATIVA DE PRESIDENTE PRUDENTE:
UMA AVALIAÇÃO CRÍTICA............................................................................91
3. A REGIÃO SUPLEMENTAR-ARTICULADA NO
DESENVOLVIMENTO DESIGUAL PAULISTA.......................................104
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................128
REFERÊNCIAS..................................................................................................129
TARABAY: UM CENTRO PRÉ-URBANO DO SUDOESTE PAULISTA
INTRODUÇÃO...................................................................................................135
1. A ATIVIDADE COMERCIAL....................................................................136
2. ATIVIDADE DA POPULAÇÃO POR SETORES:
OS BOIAS-FRIAS..................................................................................................137
3. OS PROPRIETÁRIOS RURAIS..................................................................138
4. A POPULAÇÃO..............................................................................................139
5. NÍVEL DE VIDA..........................................................................................141
CONCLUSÕES...................................................................................................142
REFERÊNCIAS..................................................................................................142
Pósfácio............................................................................................................143
Lista de Figuras
PARTE I
Quadro 1 – Cidades: critérios e definição em alguns países, 2007............34
FIGURA 1 - As cidades pequenas na compreensão geográfica:
uma proposição.......................................................................................................43
Tabela 1 - Distribuição dos municípios com população total inferior a
cinquenta mil habitantes no estado de São Paulo, 2008...................................59
MAPA 1 – Abrangência espacial dos municípios com menos de cinquenta
mil habitantes no estado de São Paulo, 2008....................................................60
MAPA 2 – Distribuição da população urbana no estado
de São Paulo, 2000.................................................................................................61
Parte II
Tabela 1 – Distribuição do PIB segundo regiões administrativas do
estado de São Paulo, 2007....................................................................................92
MAPA 1 – Décima Região Administrativa de Presidente Prudente com suas
Regiões de Governo (RG), 2009..........................................................................94
FIGURA 1 - A região administrativa de Presidente Prudente e suas intersecções. Fonte: Jurado da Silva (2010). Baseado em Sposito e Dundes (2010).97
MAPA 2 – A Nova Alta Paulista e a Alta Sorocabana......................................98
MAPA 3 – Pontal do Paranapanema: diferentes regionalizações....................98
Tabela 2 – População dos municípios selecionados para a pesquisa segundo Censos Demográficos, 1950-1970...............................................................117
MAPA 4 – Região de influência na Décima Região Administrativa de
Presidente Prudente, 2007..................................................................................125
MAPA 5 – Exemplo de rede urbana no período informacional na Região de
Governo de Dracena-SP, 2009...........................................................................125
Tabela 3 - Rendimento da População..........................................................141
APRESENTAÇÃO
O livro tem como preocupação central a discussão das cidades pequenas
na Geografia. Evidentemente, não é um tema e um problema novo nas Ciências Humanas, mas trata-se de um assunto pouco explorado e abordado nas
diversas modalidades acadêmicas de divulgação do conhecimento científico,
a exemplo de livros, dissertações, teses e artigos científicos.
A literatura disponível acerca da temática expõe que o assunto é demasiadamente complexo e as discussões iniciais tendem a apontar que a questão é
complicada a começar pelo patamar inicial de classificação desses centros. Na
realidade, essa postura é um ponto a se considerar, entretanto, se fará necessária a sua superação, uma vez que esforços dessa magnitude já foram impetrados por vários autores em abordagens teóricas diversas; o que coloca agora aos
interessados pela temática novos desafios no sentido de propor paradigmas e
elaborar metodologias específicas para o estudo desses núcleos urbanos.
Com isso, entender as cidades pequenas além de ser um esforço que congrega a articulação de escalas geográficas, exige minimamente um posicionamento consciente do interessado face à realidade a ser descrita e analisada; o
que lhe coloca ao seu campo de observação a discussão das singularidades e
particularidades desses centros que se encontram em constante transformação.
Hierarquias rígidas e estanques no padrão christalleriano são afastadas e
novas abordagens são propostas, enfocando as cidades pequenas em redes
cada vez mais dinamizadas por múltiplos circuitos, animadas pela esfera da
mundialização do capital e pelo papel que a informação e as telecomunicações ganham no processo de conectar centros distantes de diferentes portes
instantaneamente e simultaneamente.
Nesse sentido, este livro vem em um bom momento da Geografia brasileira para se somar aos esforços de outros autores que tem se preocupado
com essa temática, como: Beatriz Ribeiro Soares, Ângela Maria Endlich, Tânia Maria Fresca, entre outros. Para tanto, o mesmo está organizado em dois
grandes blocos distintos, sendo o primeiro referente a uma discussão teórica
com uma análise aprofundada e atual acerca da temática e o segundo atinente
ao universo de estudos de caso para melhor exemplificar o assunto, com a
interpretação da realidade material desses centros.
Desse modo, a primeira seção temática é estruturada em quatro tópicos
principais, a saber: I) As cidades pequenas como tema geográfico; II) Os es9
Cidades Pequenas: Perspectivas Teóricas e Transformações Socioespaciais
tudos sobre cidades pequenas; III) Definição e conceituação: diferenciações
necessárias; e, por último, as IV) Considerações Finais. Já a segunda seção é
composta por estudos de caso, fundamentados na análise da região de Presidente Prudente e organizados em: I) A região administrativa de Presidente
Prudente, as cidades pequenas e a dinâmica econômica; e II)Tarabay: um
centro pré-urbano do Oeste Paulista.
Por último, espera-se que este livro possa contribuir tanto para a dimensão conceitual que envolve a discussão das cidades pequenas quanto para a
reflexão empírica de uma realidade bastante rica, complexa e cara aos estudos
da Geografia e das Ciências Humanas.
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Prefácio
Ao lado da face mais conhecida do processo de urbanização, baseada em
assentamentos humanos conceituados como cidades globais ou megacidades,
ou ainda, expressão de uma realidade quase sempre marcada por concentrações
imensas de pobreza que levou à referência a um “planeta-favela”, existe outra
face desse processo que é menos notável: a urbanização não metropolitana.
Essas expressões diferenciadas da realidade não estão desconectadas. Ao
contrário, são resultantes de dinâmicas profundamente imbricadas e derivam
em circunstâncias sociais diversas e igualmente complexas.
O reverso das imensas concentrações demográficas são os espaços estagnados ou em esvaziamento. É frequente que se atribua a situação demográfica
de diversas localidades em áreas não metropolitanas ao fato de terem sido
economicamente esquecidas. É certo que o capital é seletivo; contudo, os espaços para além das grandes concentrações também possuem papéis dentro
da racionalidade capitalista.
Alterou-se substancialmente a forma como esses espaços estão inseridos
na vida econômica e como tal inserção traduz-se em oportunidades de geração de emprego e renda para seus habitantes. Áreas que no passado foram
marcadas por atividades econômicas que demandavam uso intensivo de trabalho e estrutura fundiária menos concentrada são, atualmente, significativas
como extensões agrícolas, agroindustriais e outros segmentos industriais tradicionais. Desempenham significativos papéis mediante a lógica capitalista,
sem que isso represente oportunidade de reprodução para grande parte da
população trabalhadora.
O livro Cidades pequenas: perspectivas teóricas e transformações socioespaciais contempla a segunda face da realidade territorial urbana assinalada. A publicação
em pauta oferece significativo apoio ao entendimento dessa espacialidade e
está organizada em duas partes. A primeira, “Perspectivas teóricas”, que a
princípio traz reflexões teóricas sobre as cidades pequenas como tema geográfico, seguida de um panorama sobre estudos desse tipo de espaço, abrangendo desde autores clássicos como Aroldo de Azevedo (1957) até as mais
recentes publicações em âmbito internacional como a de Bell e Jayne (2006).
Com isso, os autores demonstram e afirmam que esse não é um tema novo,
porém as transformações e redefinições que se encontram em curso fazem
com que seja necessário retomá-los seguidamente.
Embora muitos trabalhos clássicos e atuais tratem reiteradamente das
conceituações diretas ou afins a esse tema, esta é uma matéria que continua
sendo significativa, pois ainda existem lacunas no âmbito acadêmico, além
11
Cidades Pequenas: Perspectivas Teóricas e Transformações Socioespaciais
do que se deve reiterar que a dinâmica da própria realidade exige constante
revisão das contribuições já existentes.
Os fatores que levaram à constituição de uma rede urbana, do conjunto
de assentamentos e seus papéis podem ser modificados, bem como a natureza
dos fluxos. Por isso, como já registrado no âmbito acadêmico anteriormente, a
rede urbana é dinâmica e está em constante redefinição, especialmente quando
se modificam as circunstâncias que promoveram a sua criação. É necessário revisar a interpretação quanto aos papéis e significados das diversas localidades,
bem como devem ser apreendidas por meio de definições e conceitos.
Os autores dedicam-se a essa atividade na primeira parte do livro, trazendo expressivas contribuições. Eles sinalizam a relevância de se diferenciar
definição e conceituação, sistematizando e mostrando que, no panorama político, para fins pragmáticos, são usuais e necessárias as definições que podem
ser baseadas em diversos critérios: político-administrativos, demográficos e
funcionais, entre outros. Eles referem-se ao uso de vários termos em diferentes países e diversas contribuições teóricas com o objetivo de definir ou
conceituar os pequenos assentamentos urbanos. A conceituação, conforme
Sposito e Jurado da Silva, deve ultrapassar a definição, especialmente no campo das Ciências Humanas, abarcando perspectiva mais ampla e abstrata.
De forma muito pertinente, os autores alertam para as diferentes dinâmicas e situações em que se encontram as pequenas cidades. Propõem que as
reflexões estejam situadas no contexto da rede urbana promovendo, portanto,
um olhar de conjunto para as diversas pequenas cidades, bem como para processos que alteram, transformam e redefinem os papéis e significados das localidades. A realidade desses espaços deve ser entendida no âmbito da totalidade
do processo de urbanização e no conjunto de assentamentos por ele gerados.
Em contrapartida, pode se perceber por meio desta publicação como em
outras que se dedicam ao tema, que estudar as pequenas cidades ajuda a entender não apenas elas em si mesmas, mas promove um olhar diferente sobre
todo o território, a partir das suas perspectivas políticas, econômicas e sociais,
contribuindo para a interpretação da própria totalidade.
Na primeira parte, o livro reúne reflexões diversas que certamente serão
aportes teóricos para os próximos pesquisadores, cada vez mais numerosos,
que vêm se dedicando ao estudo das pequenas cidades ou temas correlatos.
Ao final dela, encontra-se uma ampla bibliografia que constitui um bom referencial de consulta para quem quer estudar o tema ou reflexões afins.
Na segunda parte, denominada “Estudos de Caso”, os autores dedicam-se à análise da região administrativa de Presidente Prudente. São dois textos,
sendo o primeiro escrito por Paulo Fernando Jurado da Silva, que na perspectiva do desenvolvimento desigual e combinado, apresenta a mencionada re12
Eliseu Savério Sposito e Paulo Fernando Jurado da Silva
gião como suplementar-articulada. Ele mostra, de forma cuidadosa, que não é
mais possível pura e simplesmente fazer referências a espaços periféricos em
contraposição aos espaços centrais, como forma de apreender a seletividade
do capital e sua racionalidade. As transformações econômicas e territoriais
mostram uma nova forma de inserção dessas áreas. O texto está ancorado em
substancial reflexão teórica bem como em diversos dados para efetuar essa
interpretação acerca da referida região.
Complementando essa parte, Eliseu Savério Sposito faz uma releitura do
texto de 1976 Tarabay: centro pré-urbano do sudoeste paulista. O autor traz
várias contribuições mostrando a dificuldade de consolidação dessa localidade
e o processo de perda de centralidade. Destacamos como nos faz perceber as
mudanças nas formas dos estabelecimentos comerciais e do consumo, além
da ausência de atividades industriais expressivas, entre outros dados relativos
à composição etária e social da população. Com isso, evidencia Tarabay como
espaço de moradia de trabalhadores, no caso “de pessoal que se locomove
diariamente para o campo”.
Conforme já fora destacado em outros estudos, as pequenas cidades, embora possam estar, de modo geral, perdendo centralidade, configuram-se como
espaços de moradia não mais apenas para a população que trabalha no campo,
mas também para aqueles que são absorvidos em grandes plantas agroindustriais. Essas atividades abrangem tanto no que se refere ao uso da terra para obtenção de matéria prima, como na contratação de trabalhadores em uma escala
regional. Portanto, trabalhadores vivenciando cotidianamente longos deslocamentos não constituem mais uma realidade apenas metropolitana.
Os diversos trabalhos que têm contemplado a realidade das pequenas
cidades nos mostram que embora elas estejam no limiar dos elementos que
definem a cidade, portanto, nos patamares mínimos, ainda assim são espaços com um grau considerável de complexidade. Como já destacara Milton
Santos, quanto menor o lugar examinado, tanto maior o número de níveis e
determinações externas que incidem sobre ele e daí a sua complexidade. No
espacialmente circunscrito, encontram-se implicações de outras escalas que se
mesclam com arranjos e dinâmicas que lhe são próprias. Tudo está ali. Nesse
sentido, é possível apreender ideias similares no campo artístico com Marisa
Monte afirmando na canção Vilarejo: “Toda gente cabe lá, Palestina, Shangri-lá”. Ou ainda, Milton Nascimento em Janela para o Mundo, assinalando: “o
drama que mora em cada um de nós – descobrir no longe o que já estava em
nossas mãos”.
Brindamos com os autores a publicação que auxilia no desvendamento
dessa complexidade. Para finalizar, ressalta-se que Eliseu Savério Sposito e
Paulo Fernando Jurado da Silva, além dos aportes acerca do tema do livro,
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Cidades Pequenas: Perspectivas Teóricas e Transformações Socioespaciais
oferecem uma lição de dinâmica acadêmica positiva entre orientador e orientando, aproveitando a pesquisa desenvolvida no âmbito da pós-graduação,
selecionando, adequando, ampliando e sistematizando significativas contribuições de forma muito clara e objetiva para publicação. Quanto a Paulo Fernando Jurado da Silva, em sua trajetória acadêmica ainda breve, foi possível
acompanhar, por meio de participação em banca, que nela se destacam a dedicação e o primor do seu trabalho, o que seguramente nos traz expectativas
muito positivas em relação ao vindouro pautado em uma nova geração.
Ângela Maria Endlich
Maringá, agosto de 2012.
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PARTE I
PERSPECTIVAS TEÓRICAS
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Cidades Pequenas: