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JICA MOZAMBIQUE NEWSLETTER | Vol. 6
JICA Mozambique
Newsletter
Vol. 6
EDIÇÃO DE: MARÇO DE 2015
INCLUSIVE AND DYNAMIC DEVELOPMENT
Dezembro 2013
“A referida doação está
estimada em
aproximadamente 18.5
milhões de dólares e
visará a construção de
uma nova subestação no
Posto Administrativo de
Namialo, distrito de
Meconta na província de
Nampula”
Subestação Nampula Central, na qual está planeada a introdução do SCADA (Sistemas de
Supervisão e Aquisição de Dados) por este projecto.
A JICA apoia o Projecto para o reforço da
Rede de Transmissão de Energia
no Corredor de Nacala
T
eve lugar no dia 16 de Janeiro, em Maputo,
a assinatura da Minuta de Discussões sobre o esquema
de doação denominado Grant Aid (cooperação
financeira não-reembolsável), apoio não-reembolsável
japonês, entre o Ministério da Energia, a Electricidade
de Moçambique (EDM) e a Agência Japonesa de
Cooperação Internacional (JICA). A referida doação
está estimada em aproximadamente 18.5 milhões de
dólares e visará a construção de uma nova subestação
no Posto Administrativo de Namialo, distrito de
Meconta na província de Nampula, assim como para
melhorar as subestações existentes chamadas Nampula
220 e Nampula Central na cidade de Nampula.
transformadores para a electrificação do Posto de
Secretariado 25 de Setembro e Muxaleque, também
situado na Província de Nampula.
Este projecto vem ajudar o sector de energia a
responder ao grande desafio de aliviar a sobrecarga a
que a rede está enfrentando, devido ao rápido
desenvolvimento da região, possibilitando a melhoria
da qualidade no fornecimento de energia eléctrica.
A JICA deseja, desta maneira, contribuir para o
desenvolvimento económico na região e melhorar a
vida das pessoas residentes ao longo do corredor de
Nacala.
O “Projecto para o reforço da rede de transmissão de
energia no corredor de Nacala tem por objectivo
trazer fiabilidade e redundância ao fornecimento de
energia no Corredor de Nacala, onde se regista um
rápido crescimento da procura deste serviço. Os
fundos desta doação serão destinados aos serviços de
engenharia, construção da subestação de Namialo,
aquisição e instalação de equipamento, instalação de
novas torres de transmissão e fornecimento de
O momento da assinatura
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O Governo do Japão doa à República de
Moçambique cerca de 130 mil USD em
equipamento para assistência humanitária
E
m resposta ao pedido de
apoio formulado pelo Governo de
Moçambique ao accionar o alerta
vermelho no passado dia 12 de
Janeiro, o Governo do Japão doou
bens de ajuda humanitária, composta
por 120 tendas e 90 lonas de plástico
no valor de cerca de $130,000 (cento e
trinta mil dólares americanos) para
apoiar as vítimas das cheias no centro
e norte de Moçambique.
As mãos dadas entre o Director Adjunto
do INGC e o Representante da JICA
A cerimónia oficial de entrega
dos donativos decorreu no dia 02 de
Fevereiro de 2015 no Centro Nacional
Operativo de Emergência (CENOE),
com a participação do Embaixador do
Japão SEXA Akira MIZUTANI, do
Director Adjunto do INGC, Sr. Casimiro
ABREU, do Representante Residente da
JICA, Sr. Katsuyoshi SUDO, da
Representante Residente do Programa
das
Nações
Unidas
para
o
desenvolvimento
(UNDP)
e
da
Coordenadora Residente das Nações
Unidas (UN) a Sra. Jennifer Topping e
doutras individualidades convidadas
para a cerimónia.
No seu discurso o embaixador
do Japão expressou suas condolências
a todas as pessoas e familiares, vítimas
das inundações, que assolaram, a
região centro e norte de Moçambique.
Na ocasião, disse igualmente que a dor
de Moçambique é também do Japão. O
Japão é um país que tem sido
frequentemente
atingido
por
calamidades naturais, tais como
terramotos,
tufões
e
erupções
vulcânicas, que tem causado a perda
de muitas vidas humanas. Segundo o
Embaixador do Japão, os japoneses
continuam a enfrentar os desafios
causados pelo grande terramoto e
tsunami de 2011.
O momento da assinatura da entrega oficial
Terminando por dizer que
espera que aquela pequena doação
venha a acrescentar valor aos esforços
do povo moçambicano na superação
das adversidades climática.
De referir que se estima que
cerca
de
160,000
famílias
se
encontravam afectadas pelas cheias
nas quatro províncias afectadas pelas
calamidades,
nomeadamente,
Zambézia, Nampula, Cabo-Delgado e
Niassa e cerca de 150 pessoas
perderem a vida devido as inundações.
O Director Adjunto do INGC
agradeceu a JICA e a Embaixada do
Japão pelo apoio, tendo afirmado que
aquela não era a primeira vez que o
INGC recebia este tipo de apoio do
povo japonês.
Assistência para o Fortalecimento da Capacidade
Institucional na Gestão dos Riscos de Desastres
Relacionados com Água
M
E
M
oçambique sofre, todos
os anos, de inundações, ciclones,
erosão costeira e é considerado pelas
Nações Unidas para Redução de
Desastres (UNISDR) e Banco Mundial
como um país de alto risco de desastres
naturais causados pelas mudanças
climáticas.
Cerca de 60% da população
moçambicana vive nas áreas de risco
de cheias e ciclones. Segundo o Banco
de Dados Internacional de Desastres
(EM-DAT), as cheias e ciclones
causaram entre 2010 e 2013, 6.74
milhões de vítimas. Estas calamidades
naturais têm provocado danos, todos os
anos, aos sectores sociais e económicos
do país. Das 13 bacias existentes no
país, 9 são transfronteiras e o risco de
desastre,
em
Moçambique,
tem
aumentado
em
decorrência
do
desenvolvimento
de
actividades
económicas nos países vizinhos, ao
montante (para a página 3).
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(da página 2) A política e a estratégia
do Governo de Moçambique, em
relação à gestão de desastres, enfocase, principalmente, na resposta à
situações de emergência com a
liderança do Instituto Nacional de
Gestão de Calamidades (INGC). O
controlo das cheias é realizado pela
Direcção Nacional de Águas (DNA) e
pelas Administrações Regionais das
Águas (ARAs) com 5 escritórios
regionais. As principais tarefas de
ambas
as
organizações
são
o
desenvolvimento dos recursos hídricos
e a gestão do ambiente de água.
Neste momento a DNA e as
ARAs ainda não dispõem de recursos
suficientes para a gestão dos rios e das
cheias. Além disso, o desenvolvimento
dos
recursos
humanos
e
os
conhecimentos técnicos ainda não são
satisfatórios.
Neste contexto, o Governo de
Moçambique requisitou ao Governo do
Japão o Projecto de: Assistência para o
Fortalecimento
da
Capacidade
Institucional na Gestão dos Riscos de
Desastres Relacionados com Água em
Moçambique. A JICA e a DNA
discutiram os componentes do projecto,
no dia 19 de Fevereiro de 2015, e
confirmaram a necessidade de um
fortalecimento institucional para fazer
face aos desastres relacionados com a
água.
Este Projecto, tem como
objectivo melhorar a capacidade da
DNA, das ARAs, do Instituto Nacional
de Meteorologia (INAM) e do INGC, no
uso de tecnologias modernas para a
recolha, disseminação e gestão de
dados uteis para a prevenção das
cheias.
O Projecto terá uma duração
de 2 anos, sob coordenação da JICA,
estando o mesmo na fase inicial de
implementação. Os peritos da JICA na
área de redução de risco de desastres
estão nesta fase a conduzir uma
pesquisa de base sobre as capacidades
das várias instituições envolvidas. Além
disso, visitaram as ARAs e as zonas do
centro norte, onde aconteceram as
cheias da época chuvosa de 2014/2015.
Espera-se que as acções do
Projecto
venham
reforçar
as
capacidades
institucionais
na
disponibilização de informação e
previsão de escoamentos nas bacias
hidrográficas, melhorar os serviços de
Aviso de Cheias, a fim de minimizar e
reduzir o impacto das cheias e
inundações no seio das comunidades e
no País em geral.
Os peritos da JICA durante uma
visita as áreas inundadas no rio
Licungo, Província da Zambézia
+.
Curso de Desenvolvimento de Recursos humanos
e Educação em Saúde no Japão
Prática de aplicação de Manequim
N
M
o dia 16 de Janeiro, viajou
ao Japão um grupo de 9 profissionais
da área de Saúde, concretamente,
directores Provinciais, Distritais e de
Instituições de Saúde, chefes de
departamento e o Director Nacional da
Direcção de Recursos Humanos do
Ministério da Saúde de Moçambique
(MISAU) para participar do curso de
Desenvolvimento de Recursos Humanos
e Educação em Saúde organizado pela
Universidade de Nagasaki, que é uma
das Instituições parceira do Projecto
de fortalecimento das habilidade
pedagógicas e técnicas dos professores
das
Instituições
de
Saúde
de
Moçambique ( ProFORSA-MZ).
O curso foi organizado não
apenas com o objectivo de fortalecer a
qualidade dos serviços de saúde e a
gestão dos Recursos Humanos através
dos participantes do curso, mas
também com a finalidade de ensinar
metodologias e sistemas de ensino
efícaz e eficiente. O grupo visitou
instituições de formação, hospitais,
institutos de Saúde Pública e outras
instituições da província de Nagasaki.
Participaram
também
de vários
programas de aprendizagem em gestão
de instituições com trocas de
experiências, regressando no dia 31 de
Janeiro. O curso teve a duração de 2
semanas.
Este foi o terceiro grupo e
com as experiências de grupos
anteriores, o programa do curso foi
sendo aperfeiçoado, melhorando a
cada ano.
Apesar
de
alguns
constrangimentos para a participação
de alguns elementos do grupo tais
como à demora de emissão dos
passaportes
pela
migração,
a
dificuldade de comunicação com um
participante do Distrito de Cuamba
que teve sua (para a página 4)
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(da página 3) casa inundada devido as
cheia na zona norte do país e a
interrupção
das
estradas
e
o
cancelamento da viagem de um dos
candidato para que o mesmo pudesse
concentrar-se
em
resolver
os
problemas de saúde da população
vítimas das cheias, o curso segundo os
relatos dos participantes foi bem
organizado e os mesmos adquiriram
novas
experiências
e
muitos
conhecimentos.
Os participantes elogiaram o
sistema de organização nas diversas
instituições japonesas em Saúde e os
funcionários
bem
formados
no
programa “5S” que surgiu no Japão
com o objectivo de mobilizar, motivar
e consciencializar os funcionários para
a Qualidade da instituição, através da
organização e da disciplina no local de
trabalho. (“Seiri”: Deitar fora o
desnecessários ou inúteis, “Seiton”:
Pôr em ordem para poder estar
disponível em qualquer momento,
“Seisou”: Fazer limpesa sempre,
“Seiketsu”: manter os 3S mencionados
acima, “Shitsuke”: Habituar cumprir
as regras certas e os procedimentos
certos).
O coordenador do curso pela
Universidade
de
Nagasaki
ficou
admirado que este grupo mostrou
muita boa vontade de aprender
demonstrado
através
incontáveis
perguntas em todos os sítios que
visitaram. Os participantes motivados,
comprometeram-se
que
ao
regressarem aos seus locais de
trabalho
em
Moçambique,
nos
trabalhos
diários
incluindo
as
actividades do ProFORSA se esforçarão
para promover a saúde da população e
o desenvolvimento de seu país.
Programa no hospital de Nagasaki
O que eu aprendi no Japão
-A voz de um dos participantes da formação através da JICA
Os programas de Formação e diálogo da JICA são formas de cooperação técnica que esta instituição realiza no
Japão para participantes de vários países. Alguns dos conhecimentos que a sociedade japonesa tem acumulado,
incluindo a sua experiência nas áreas do know-how organizacional e dos sistemas sociais, só podem ser
compreendidos através da experiência em primeira mão.
Os programas são meios importantes de cooperação técnica, que apoiam no desenvolvimento de recursos humanos e na
resolução de problemas nos países em vias de desenvolvimento.
Desde 1998, mais de 400 participantes de Moçambique tomaram parte dos programas de formação no Japão, em sectores tais
como agricultura, saúde, combate a corrupção, desenvolvimento rural, entre outros.
Nesta edição, apresentamos a voz de um dos participantes, a Sr. Francisco Junior do Ministério dos Recursos Minerais e
Energia que participou num curso de Janeiro a Fevereiro de 2015 no Japão.
4. Como aplicar a experiência do curso em Moçambique?
1. Que cargo desempenha na instituição?
Chefe do Departamento de Cooperação
Internacional
2. Em que curso que participou?
Políticas de Desenvolvimento do Carvão
3. O que aprendeu no curso?
Sr. Francisco
Junior
O curso foi bastante interessante pois aprendi muito sobre a
Industria Extractiva concretamente o Carvão. Dizer que durante a
minha estadia tive oportunidade de ver o aproveitamento do
Carvão desde a Extracção, Processamento, geração de energia
eléctrica, Cimento para construção, estradas, produção do ferro e
Cadeia de transporte ou seja a logistica do Carvão.
Apesar de várias tecnologias implantadas no Japão, o curso tem
sempre grande valia no que concerne ao Desenvolvimento do
Sector do Carvão em Mocambique. Com a experiencia adquirida
no Japão, vou puder melhor conselhar os dirigentes do Sector
sobre a necessidade do uso interno do Carvão produzido em
Moçambique e impulsionar a necessidade do aproveitamento
máximo deste recurso esgotável para contribuir no
desenvolvimento do pais e criar mecanismos de contacto entre
as empresas moçambicanas e japonesas que usam o carvão como
veículo das suas actividades para troca de experiencias nos
domínios da indústria do carvão
5. Que impressão teve da estádia no Japão?
A estadia foi muito boa, o povo japonês é bastante
acolhedor e tenta fazer o possível de forma a
conhecermos a sua cultura.
O que é a JICA?
A JICA é uma instituição do Governo Japonês responsável pela implementação da
Assistência Oficial para o Desenvolvimento (ODA) que apoia o crescimento e a estabilidade
socioeconómica dos países em desenvolvimento com o objectivo de contribuir para a paz
e o desenvolvimento harmonioso da sociedade internacional. A JICA presta assistência a
mais de 150 países, tendo aberto o escritório em Moçambique em 2003.
Publicado pela JICA MozambiqueAgência Japonesa de Cooperação Internacional
Escritório de Moçambique
Prédio CIMPOR, Av. 24 de Julho, Nº 7, Edifício da Polana Shopping
Centre, 11º andar, Maputo, Moçambique
TEL: +258 21 486357/8
Email: [email protected]
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