Manejo de recursos naturais: os biocombustíveis O fim do petróleo barato Início da Vida sob Rodas Porque o Petróleo • Alto Conteúdo Energético; • Abundância no Início do Século XX; • Fácil Processamento; • Relativo Baixo Custo para consumidor final; • Grande Versatilidade. O Petróleo em Família Petróleo: 1001 Utilidades Rede de Distribuição As Desvantagens • Disponibilidade do produto; • Localização das reservas; • Finito; • Impacto no Meio Ambiente. O Aquecimento Global no Século XXI Modelo de Projeções, Emissões no Cenário Mais Ativo O Efeito Estufa Aumento da Concentração de CO2 O Desequilíbrio no Balanço de Carbono Principais Poluentes Urbanos POLUENTE PRINCIPAIS FONTES Monóxido de carbono (CO) Gases do escape de veículos a motor; alguns processos industriais. Dióxido de enxofre (SO2) Instalações geradoras de calor e eletricidade que utilizam petróleo ou carvão com conteúdo sulfuroso. Partículas em suspensão (PM) Gases do escape de veículos a motor; processos industriais; geração de calor e eletricidade; reação de gases poluentes na atmosfera. Chumbo (Pb) Gases do escape de veículos a motor; fundições de chumbo; fábricas de baterias. Óxidos de nitrogênio (NO, NO2) Gases do escape de veículos a motor; geração de calor e eletricidade; ácido nítrico; explosivos; fábricas fertilizantes. Oxidantes fotoquímicos (ozônio [O3], nitrato peroxiacetílico [PAN] e aldeídos) Gases de escape de veículos; formam-se na atmosfera pela reação dos óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos e luz solar. Hidrocarbonetos não metano (inclui etano, etileno, propano, butano, pentano e acetileno) Gases do escape de veículos; evaporação de solventes; processos industriais; eliminação de resíduos sólidos. COMO REDUZIR O CONSUMO DO PETRÓLEO E DIMINUIR AS EMISSÕES DE CO2 DE ORIGEM FÓSSIL, DO SETOR TRANSPORTES? AUMENTAR A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA(!) TER MAIOR PROPORÇÃO DE COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS(!!) Combustíveis Renováveis CO2 1 HORA DA LUZ DO SOL É IGUAL AO CONSUMO ANUAL DE ENERGIA DE TODA A HUMANIDADE Energia Solar (usa + 1%) PLANTA Energia Química “AGRIBUSINESS ENERGÉTICO” Proteina Carbohidratos Gordura Óleos “AGRIBUSINESS ALIMENTAR” Deve estar em equilibrio para ser sustentável Expansão da agricultura: Inevitavel e Fundamental Alimento Energia Solução Brasileira O Combustível Renovável “Álcool” Cana-deAçúcar no Brasil 3m FÁBRICA DE ENERGIA 2m 1m 0m 1m 2m 3m 4m • 1/3 vem do caldo 1/3 vem das fibras do colmo 1/3 vem das folhas •5,5 Mi ha de cana sequestram 18,7 Mi t de carbono, ou + 20% das emissões de C do setor fóssil de energia. Vantagens Ambientais do Álcool • Renovável: – Balanço de Carbono ZERO (não impacta o Efeito Estufa); • Alta miscibilidade com a Gasolina: – Permite desde uma rápida introdução em motores convencio-nais, até o uso em motores especialmente desenvolvidos; • Composto Oxigenado: – Reduz as emissões brutas de poluentes; – Tem alta octanagem (permite bom desempenho); • Não contém Enxofre: – Não contribui na emissão de SOx; – Não afeta o desempenho de catalisadores e sensores lambda. Uma Parceria Antiga • Evolução da Frota Mundial de Autoveículos: 800 milhões unids. 700 600 500 400 300 200 100 0 1900 1920 1940 1960 1980 2000 • Evolução do Consumo Mundial de Petróleo: mil barris / dia 25000 20000 15000 10000 5000 0 1900 1920 1940 1960 1980 2000 Modificações Necessárias Devido ao Uso do Álcool Combustível Problemas com ó uso do álcool etílico: • Corrosão dos Materiais Metálicos; • Ataque Químico aos Materiais Plásticos; • Baixo Conteúdo Energético; • Diferente Relação Ar / Combustível para Queima; • Baixa Pressão de Vapor. Modificações nos Veículos Carburador Motor Básico Coletor de Admissão Tanque de Combustível Conversor Catalítico Injeção Eletrônica Sistema Escapamento Bomba de Combustível Suspensão Regulador de Pressão do Combustível Filtro de Combustível Óleo Lubrificante Sistema de Ignição Sistema de Evaporativas Sistema Partida Frio Mercado Brasileiro de Veículos Leves 2.000 1979 a 1989 1.800 1.600 1.200 1.000 800 600 400 200 Álcool 1989 1988 1987 1986 1985 1984 1983 1982 1981 1980 0 1979 Unidades (x 1.000) 1.400 Gasolina Mercado Brasileiro de Veículos Leves 1979 a 2002 2.000 1.800 • Redução dos subsídios; • Aumento do preço do álcool; • Falta de álcool. 1.600 1.200 1.000 800 600 400 200 Álcool Gasolina 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 1986 1985 1984 1983 1982 1981 1980 0 1979 Unidades (x 1.000) 1.400 Veículos Flex Fuel Março de 2003: Lançamento do Flex Fuel no Brasil VW GOL Total Flex Vendas: Álcool x Flex Fuel Janeiro de 2003 a Agosto de 2004 45.000 40.000 35.000 Lançamento “Flex Fuel” 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 4 t/0 ou 4 t/0 se 4 0 o/ ag 4 l/0 ju 4 0 n/ ju 4 /0 ai m 4 r/0 ab 4 /0 ar m 4 0 v/ fe 4 0 n/ ja 3 0 z/ de 3 0 v/ no 3 t/0 ou 3 t/0 se 3 0 o/ ag 3 l/0 ju 3 0 n/ ju 3 /0 ai m 3 r/0 ab 3 /0 ar m 3 0 v/ fe 3 /0 n ja Flex Fuel Álcool Vendas: Álcool x Flex Fuel x Gasolina Janeiro de 2003 a Agosto de 2004 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 4 t/0 ou 4 t/0 se 4 0 o/ ag 4 l/0 ju 4 0 n/ ju 4 /0 ai m 4 r/0 ab 4 /0 ar m 4 0 v/ fe 4 0 n/ ja 3 0 z/ de 3 0 v/ no 3 t/0 ou 3 t/0 se 3 0 o/ ag 3 l/0 ju 3 0 n/ ju 3 /0 ai m 3 r/0 ab 3 /0 ar m 3 0 v/ fe 3 /0 n ja Gasolina Flex Fuel Álcool Outros Biocombustíveis Biodiesel • É o uso de uma gordura vegetal ou animal quimicamente transformada num éster metílico ou etílico, como combustível puro ou em mistura com o óleo diesel; • Alguns países da Europa (Alemanha, Áustria, França e Itália) já vêm usando largamente um biodiesel produzido a partir da colza (“rape oil / Rüböl”), esterificado com metanol, numa mistura de 5 a 30% com o óleo diesel; Biodiesel Brasileiro • No Brasil, os estudos sobre a utilização de biodiesel foi a partir de 2005, iniciou-se com uma mistura de 2% e, será depois elevado para 5%. • O biodiesel brasileiro deverá ser esterificado com álcool metílico ou etílico e será produzido a partir de: – mamona (“castor oil / Rizinus Öl”); – dendê (“palm oil / Palm-öl”); – soja (“soya oil / Sojabohne Öl”). • A ANFAVEA apôia este programa e vem acompanhando os estudos e testes que vêm sendo realizados em diversos locais do país. Biodiesel: Marco Regulatório Lei 11.097/2005: Estabelece percentuais mínimos de mistura de biodiesel ao diesel e o monitoramento da inserção do novo combustível no mercado. 2005 a 2007 2% Autorizativo Mercado Potencial: 840 milhões de Litros/ano 2008 a 2012 2% 2013 em diante 5% Obrigatório Obrigatório Mercado Firme: 1 bilhão de Litros/ano Mercado Firme: 2,4 bilhões de Litros/ano ÓLEOS VEGETAIS / BIODIESEL POTENCIAL DE PRODUÇÃO NO BRASIL REGIÃO N Palma REGIÃO CO Soja / Mamona / Algodão / Girassol REGIÃO NE Mamona / Babaçu / Soja / Palma / Algodão REGIÃO SE Amendoim / Girassol / Mamona / Soja / Algodão REGIÃO S Soja / Colza / Algodão / Girassol O Brasil possui condições de solo/clima para a produção competitiva de oleaginosas em todo o seu território. CRIAÇÃO DE UMA NOVA ATIVIDADE PRODUTIVA NO BRASIL Produtor de Oleaginosas Esmagamento Óleo Grãos Veg. Produtor de Biodiesel Biodiesel Álcool Cadeia dos Negócios Agrícolas Geração de Emprego e Renda no Campo • Cria sinergia entre a Produção de Grãos e a Produção de Álcool. • Melhora na qualidade de vida nas grandes cidades. • Fixação das famílias no campo. • Redução dos gastos com saúde pública (doenças respiratórias e cardiovasculares). • Eletrificação ( a partir do Biodiesel) de comunidades remotas, como fator de inclusão social. Perspectivas para os Biocombustíveis • Na Matriz Energética Brasileira: – Álcool Combustível (etanol) – Óleos Vegetais (biodiesel) • Na Matriz Energética de Países em Desenvolvimento: – Álcool Combustível (etanol ou outros produtos agrícolas) – Óleos Vegetais (biodiesel) – Gorduras Esterificadas • Na Matriz Energética de Países Desenvolvidos: – – – – – Biodiesel Álcool Combustível (etanol ou outros produtos agrícolas) GTL (“Gas to Liquid / Synthetic Fuel or Synfuel”) B-GTL (“Biogas to Liquid / Sunfuel”) Hidrogênio Principais Razões para os Biocombustíveis • Países Motivados por Razões Sócio-Econômicas: – constante aumento do preço do petróleo; – necessidade de geração de emprego; – fixação do homem no campo. • Países Motivados por Razões Estratégicas: – não têm auto-suficiência na produção de petróleo e/ou outros energéticos convencionais; – dependem energeticamente de outros países. • Países Motivados por Razões Ambientais: – redução da poluição urbana; – redução do Efeito Estufa (signatários do Protocolo de Quioto). CARVÃO VEGETAL (SIDERURGIA) USOS INDUSTRIAIS USO ENERGÉTICO (RESÍDUOS) RESIDENCIAL (ESCASSEZ) AGRÍCOLA (SECAGEM DE GRÃOS) MADEIRA 400 Principais consumidores de madeira no mundo Mm3 300 200 100 0 CHINA INDIA INDONÉSIA BRASIL NIGÉRIA EUA EUROPA 2 bilhões de pessoas têm na madeira a principal ou única fonte de energia domiciliar Brasil: maior produtor mundial de carvão vegetal e de “aço verde” Madeira para energia: ~ US$ 2 bilhões/ano; > 300 mil empregos gerados PRINCIPAIS ROTAS DE APLICAÇÃO ENERGÉTICA PARA A MADEIRA E BAGAÇO DE CANA-DE-AÇUCAR PROCESSO PRODUTO ENERGÉTICO DESTINO/APLICAÇÃO SETOR VINCULADO SUB-PRODUTO ENERGÉTCO/NÃO ENERGÉTICO COMBUSTÃO Calor Secagem 2,5,6,7,8,9 - Geração de vapor de processo 2,6,8 - Geração de vapor para eletricidade 10 - Cocção 1 - PIRÓLISE Carvão vegetal Termoredução 1,2 Alcatrão vegetal, licor pirolenhoso e gases (Setores: 6,8,10) GASEIFICAÇÃO Gás combustível Secagem 2,5,6,7,8,9 - Geração de vapor de processo 2,6,8 - Geração de vapor para eletricidade 10 - Síntese de metanol 3,6 - HIDRÓLISE Etanol Combustível 3 Lignina, Furfural (Setores: 2,6) HIDROGENAÇÃO Bio-óleo Secagem 2,5,6,7,8,9 - Geração de vapor de processo 2,6,8 - Geração de vapor para eletricidade 10 - 1 – Residencial; 2 – Agroindústria; 3 – Transporte; 4 – Siderurgia/Metalurgia; 5 – Cimento; 6 – Química; 7 – Têxtil/Cerâmica; 8 – Alimento / Bebidas; 9 – Papel / Celulose; 10 – Geração Elétrica Alguns processamentos auxiliares que poderão ser adotados para melhoria/adequação de características da madeira e do bagaço de cana-de-açúcar: Secagem, Moagem, Torrefação, Briquetagem. SÉCULO XXI: CARACTERÍSTICA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA: DO FÓSSIL, AO RENOVÁVEL DO SÓLIDO / LÍQUIDO, AO GASOSO DESCARBONIZAÇÃO DO COMBUSTÍVEL DO MUNDO TEMPERADO AO MUNDO TROPICAL