MENINGES
O SNC E A MEDULA ESPINHAL SÃO COBERTOS
POR 3 CAMADAS DE TECIDO CONJUNTIVO
DENOMINADAS DE MENINGES;
ESTAS TEM A
SUSTENTAÇÃO .
FUNÇÃO
DE
PROTEÇÃO
MENINGES
DURA MÁTER:É A MAIS EXTERNA RECOBRINDO
TODO ENCÉFALO E MEDULA.
ARACNÓIDE: INTERMÉDIÁRIA , A RESPONSÁVEL
PELA PRODUÇÃO E ABSORÇÃO DO LÍQUOR.
PIA MÁTER: É A MAIS INTERNA E ENVOLVE
INTIMAMENTE TODA A SUPERFÍCIE DO ENCÉ
FALO.
MENINGES
LÍQUOR
 É PRODUZIDO NOS VENTRÍCULOS LATERAIS E
BANHA TODA A SUPERFÍCIE DO ENCÉFALO E DA
MEDULA.
 SUA COMPOSIÇÃO É SEMELHANTE A DO
PLASMA MAS SEM AS GRANDES PROTEÍNAS E
TEM ASPECTO LÍMPIDO E INCOLOR.
Movimentação do Líquor
PIC-PRESSÃO INTRA CRANIANA
É o resultado das relações volumétricas entre o
crânio rígido e os componentes de seu conteúdo:
 Tecido cerebral- 1400Kg
 Sangue- 75ml
 LCR- 75ml
 PIC normal depois da cirurgia 15 a 20 mmHg
Teoria de Monro-Kellie
 O aumento em qualquer um dos componentes,
provoca alterações no volume dos outros, devido
limitação do espaço para expansão craniana.
 A compensação é realizada mudando a posição do
LCR, com aumento da absorção do LCR ou
diminuição do VSC.

Sem essas alterações a PIC se elevará.
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
É o aumento da PIC;
PPC-PRESSÃO DE PERFUSÃO CEREBRAL: É uma
estimativa da adequação da circulação cerebral para
fornecer oxigênio ao tecido encefálico.Valor Normal: >70
mmHg
PAM- PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA:normal de 80 a
115 mmHg(evitar PAS<90mmHg)
PPC=PAM-PIC
SINAIS DE HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
 Cefaléia que piora pela manhã quando a PIC atinge
seu valor máximo;
 Vômitos em jato,não precedidos de náusea.
 Paralisia do VI par craniano ou abducente
responsável pela motilidade ocular resultando em
extrabismo convergente com pupilas preservadas e
fotorreagentes;
Reflexo de cushing
Hipertensão arterial +bradicardia
No
coma
profundo
pode
ser
acompanhada
por
alterações
respiratórias
É um indicativo de hipertensão intra
craniana grave
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
Na hipertensão grave surge o
rebaixamento do nível de consciência podendo chegar ao COMA.
Como enfermeiros devemos estar
atentos para um controle rigoroso da
PIC pois um descuido pode ser fatal.
O QUE ELEVA A PIC ?
Edema cerebral vasogênico ou
citotóxico(TCE, Encefalopatias tóxicas e virais)
Lesões expansivas cerebrais :
Hemorragias,abcessos,toxoplasmose e tumores
Hidrocefalias congênitas ou adquiridas(edema
intersticial)
Hipóxia : pa O2 menor que 60 mmHg determina
vasodilatação cerebral
Estímulos dolorosos
Crises convulsivas
Complicações:
Herniação do tronco cerebral
Diabetes insípidus
SIADH
Vasoespasmo
Hiponatremia
Arritmias cardíacas
Pneumoencéfalo
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Alteração do Nível de consciência
 Respostas vasomotoras
 Respiração anormal
 Inquietação, confusão ou sonolência
crescente.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
À medida que a PIC aumenta:
 Torpor, reagindo apenas aos
estímulos auditivos ou dolorosos.
 Pode estar ocorrendo grave
comprometimento da circulação
cerebral
Tratamento
Reduzir volume intracraniano com diuréticos
osmóticos (manitol,uréia e glicerol)
Drenagem liquórica
Controle de convulsões
Controlar temperatura
Controlar dor com analgésicos prescritos
(morfina ;fentanil )
Restrição hídrica
Craniotomia descompressiva
Monitorização da PIC
Monitorização da PIC
Derivação ventricular externa (DVE)
Derivação ventricular externa (DVE)
Cateter conectado a um sistema
externo; Obtém registros contínuos da
PIC.
Pode ser realizada por :
Cateter intraventricular
Transdutores intraparenquimatosos
Monitorização subaracnóide
Cateter intraventricular
Determinação da PIC invasiva por ventriculostomia
sendo o padrão ouro para avaliar sua gravidade e
realiza também drenagem terapêutica do LCR;
Cateter inserido no ventrículo lateral, por trepanação,
que é conectado por um sistema cheio de líquido a
um transdutor o qual registra a pressão na forma de
impulso elétrico .
Vantagens
Reproduz melhor a pressão da caixa
craniana.
 Drenagem terapêutica do LCR.
 Obtém registros contínuos da PIC.
 Acesso para administração intraventricular
de medicamentos, instilação de ar ou
controle na ventriculografia.
 Drena o sangue do ventrículo.
Desvantagens
 Dificuldades na canulização do ventrículo.
 Risco Infecção é máximo
 Hemorragia
 Obstrução dos sistemas por sangue ou tecido
cerebral.
 Risco de HIC iatrogência, pela conexão inadequada
de um equipo de soro no sistema.
 Risco de mobilidade inavertida do paciente que
pode modificar os níveis de drenagem.
Transdutores
intraparenquimatosos
Cateter de fibra óptica introduzido através de um parafuso no
espaço intraparenquematoso, por trepanação. Após punção das
meninges é avançado vários centímetros dentro da substância
branca do encéfalo.
Transdutores
intraparenquimatosos
Técnica de Monitorização:
Após ser zerado o cateter é
introduzido no espaço
intraparenquematoso;
 Fixar a capa protetora que envolve o cateter ao
parafuso;
 Conecta-lo ao monitor
Vantagens
 Correlaciona-se bem com as pressões
ventriculares
 Facilidade de inserção;
 Sistema sem líquido ou e ar;
 Elimina o efeito das pressão hidrostática sob
as leituras;
 Minimiza artefatos, trações, extravasamento e
infecção;
 Não precisa calibrar e não há problema com a
posição do monitor
Desvantagens
 Ruptura do cateter, por curvatura, tensão ou
manipulação grosseira;
 Não permite drenagem nem coleta de líquor;
 Não permite calibragem após inserido;
 Requer equipamento exclusivo;
 Custo elevado
Monitorização subaracnóide
 Dispositivo oco, inserido através do crânio e da duramáter dentro do espaço subaracnóide.
 Parafuso ou Cateter de Polietileno ou Sensores de
Fibra Ópticas.
Técnica de monitorização com parafuso ou cateter:
 Montagem da rede de fluxo
Equipo com soro
Transdutor de pressão
Torneira de 03 vias
 Conexão da rede de fluxo ao parafuso ou cateter
 Estabelecer ponto zero - 2,5 cm acima do meato
acústico
Vantagens
Não exige punção ventricular;
Evita complicações do deslocamento
cerebral;
Desvantagens
Bloqueio do parafuso por coágulo ou
tecido cerebral
Possível subestimativa da PIC quando
elevada
Entrada de líquido ou ar no espaço
subaracnóide
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 Controlar
a PIC e acompanhar os valores
continuamente;
 Registrar as medidas da PIC de 01 em 01 hora;
 Calcular PPC de 01 em 01 hora.
 Realizar procedimentos com cautela para não elevar
PIC.
 Identificar complicações potenciais para assim
preveni-las.
 Identificar medidas de segurança para evitar quedas.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 Abrir
o curativo após 24hs de cirurgia e limpeza com
clorexidina alcóolica a 2%
 Trocar curativos diariamente, com técnica estéril
mantendo-o seco ;
 Manter a faixa de compressão acima do pavilhão
auricular;
 Atentar para coleção líquida que aparece a partir do
quinto dia;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Controlar sinais vitais:
Bradicardia e Hipertensão =  PIC
Hipotensão =  PPC
Manter temperatura nos limites normais;
Observar padrões respiratórios;
Monitorizar oxigenação através da oximetria de
pulso;
Balanço hídrico rigoroso atentando para eletrólitos
séricos e débito urinário.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Manter cabeceira elevada em torno de 30º e ensinar
a família a sua importância;
 Manter a cabeça do paciente em posição neutra
orientando para que o paciente não lateralize a
cabeça enquanto não retirar o monitor PIC;
 Manter em decúbito contrário ao lado da cirurgia nas
primeiras 24 horas e em semifowler
 Evitar estímulos ambientais,manter ambiente
tranqüilo;
 Administrar medicações conforme prescritas;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Manter vias aérea pérvias;
Auscultar os campos pulmonares afim de detectar
áreas de congestão;
Hiperventilar o paciente para diminuir a PIC;
Hiperoxigenar o paciente antes e após aspiração
traqueal
Observar a clampagem de drenos
Administrar líquido intravenoso lentamente
com BI a fim de evitar hidratação excessiva;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Avaliar gasometria;
Avaliar sinais de infecção:
Aumento de leucócitos, PCR e VHS;
Elevação da temperatura;
Drenagem purulenta;
Rigidez de nuca(meningite)
Administrar antibióticos prescritos
Oferecer suporte psicológico e emocional
Avaliar estado nutricional
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 Manipular
o sistema usando técnicas assépticas;
 Avaliação neurológica frequente: nível de
consciência;avaliar pupilas: tamanho, reação a luz e
simetria;
 Avaliar reflexos e movimentos involuntários tipo
convulsões e espasmos;
 Evitar aumento da pressão intratorácica e/ou
intrabdominal
 Promover uma boa higiene desse paciente.
 Verificar se existem conexões frouxas no sistema de
drenagem pois podem contaminar LCR;
DERIVAÇÃO VENTRÍCULOPERITONEAL
DEFINIÇÃO
 Procedimento cirúrgico que estabelece
uma
comunicação permanente entre os ventrículos cerebrais
e o peritôneo, por meio de um cateter .
 Implica no desvio do Líquor em excesso para a
cavidade abdominal.Um dos tratamentos indicados para
hidrocefalia.
 Sistema de drenagem interno;
Sistema de derivação - composto de material
siliconado e de plástico de polipropileno
Hidrocefalia
DVP
Procedimento Cirúrgico
Procedimento Cirúrgico
Antissepsia da
pele e marcação
da incisão parietal
Procedimento Cirúrgico
Antissepsia
da
pele e marcação da
incisão abdominal
Procedimento Cirúrgico
Exposição do
peritônio
Procedimento Cirúrgico
 Introdução do fio
guia na incisão
parietal
Procedimento Cirúrgico
Introdução do fio guia
pela incisão parietal até
a incisão abdominal
Procedimento Cirúrgico
Catéter distal
amarrado ao fio
guia pela porção
abdominal
Procedimento Cirúrgico
. Retirada do fio guia
com passagem do
catéter distal pelo
túnel
Procedimento Cirúrgico
Conexão da
válvula ao catéter
distal
Procedimento Cirúrgico
Abertura de
canal na região
parietal
Procedimento Cirúrgico
Introdução do
catéter ventricular
pelo canal aberto
na região parietal
Procedimento Cirúrgico
Retirada de líquor
para realização de
cultura
Procedimento Cirúrgico
Conexão do
catéter distal à
válvula
Procedimento Cirúrgico
Acomodação
da
válvula no tecido
subcutâneo da região
parietal
Procedimento Cirúrgico
Introdução de todo
catéter distal na região
abdominal
Procedimento Cirúrgico
Término da introdução
do catéter distal na região
abdominal
Procedimento Cirúrgico
Feridas operatórias
pós-sutura
Término do procedimento cirúrgico
Bibliografia
Knobel,E.Condutas no paciente grave.2.ed.São
Paulo: Ateneu,1998
Manual de residência médica em neurologiaMEDCURSO,ed.Zit ,2006
Brunner e Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico
Cirúrgica.Ed.Artemed,8ªed
André,C;Freitas,G.Terapia intensiva em Neurologia e
Neurocirurgia.1.ed : Revinter,2002
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Procedimento Cirúrgico