IDÉIAS ( ensaio X ) Prof. Prudêncio Ramão Almiron Ah! A verdade... Há coragem para isso? Ou seja, para enfrentar este tema? Vamos lá. Alguém que está por perto assistindo mais esta aventura literária ao mundo das idéias, instiga o escritor: essa é a tua verdade? Não pode ser, pois é diferente da minha. Vamos lá, demonstre-a para mim. Quero ver se me convences... O interlocutor acima aludido é uma ficção, ele é imaginário, mas supre a ausência de um amigo real ( acho que não é “legal” chamá-lo de amigo virtual – até porque ele não poderá converter-se em realidade). Mas ele é útil, eu converso com ele, provoco-o e ele discute comigo. Ele me acompanha desde as minhas primeiras idades, Era meu companheiro de brinquedos infantis e meu confidente na adolescência. Hoje ele só me critica. É um implicante imaginário. Ele tem até nome, pelo qual o chamo. Em outra ocasião eu revelarei o seu nome. Ele tem o nome com o qual eu o batizei e trouxe-o para o meu mundo do faz de contas. Vamos lá: o que é a verdade? Há quem afirme que esta não pode ser definida. Pois isto será constatado. Tome-se, por exemplo, que num processo judicial cível, um dispositivo legal expressa que é dever das partes falar a verdade. Essas partes são: o autor e o réu. Um será vencedor, o outro será vencido. E aí? O vencido faltou com esse dever? O vencido perdeu a causa porque mentiu? Registre-se que aquele que falta com a verdade deverá ser condenado e declarado litigante de má fé e a ele será imposta uma conseqüência que poderá ser de natureza pecuniária. No entanto: só o fato de ser considerado litigante de má fé é algo vexatório, para quem “curte” o pudor, a vergonha. É..., não é bem assim, é bem raro alguém, parte em uma ação cível, ser declarado litigante de má fé, embora sempre haja um vencido. Ao natural poderia entender-se que aquele que é vencido, faltou com a verdade, pois se esse tivesse expressado o verdadeiro, seria vencedor. ... mas não é assim. Há verdades e há verdades... e isso deve ser observado, melhor diria, respeitado... Ih..., manifesta-se o meu velho companheiro: ... aí vem uma explicação “malandra”. Calma! Não é assim. Vou explicar algo muito simples. Antes, porém, vamos trazer a colação ( para comparar e avaliar o tema ) e ser testemunha do que será. Agora, registrado. É Pallas Athena, chama gêmea de Moha Chohan, o representante do Espírito Santo para a Terra. Pallas Athena, em Roma, é identificada como Minerva, ambas, ou, a mesma sob configuração corpórea diversa, em povos diversos, a Deusa da Verdade. Perceba: A Deusa da Verdade. Bisa-se para que fique acentuada a idéia. A verdade na antiga Grécia e na velha Roma corporificava-se em divindades, tomavam forma assemelhada aos dos mortais humanos. Não se perca do raciocínio que Pallas Athena é considerada, ter sido concebida, como um extraordinário ser de luz, luz, tudo o que o homem em espírito necessita. Pallas Athena personificava a consciência cósmica da Verdade que espargia uma luminosidade colorida de um verde esmedraldino com uma energia intensa e brilhante. Afirmavam os gregos que essa coloração conotava-se com o “poder azul flamejante de Deus. Pallas Athena era “o quinto raio da verdade, da cura, da abundância”. Deusa esta que compunha a mitologia Greco-Romana, berços da nossa civilização ocidental e fonte da humanização da nossa sociedade que tende ser livre por ensaiar e tender a ser democrática. É meu amigo companheiro imaginário, habitante do mundo das ilusões, é sobre esses lastros que será expresso o que se acredita em relação à verdade. Com toda a humildade e honestidade, apesar do seu sorriso maroto, a espargir emanações da dúvida, afirmo: em mim habita a verdade. Claro: a minha verdade e que por ser tal, é verdade a ser, ao menos ouvida e analisada. Porém, o espaço desta coluna exige que a conclusão daquilo que habita neste articulista, seja expendido no próximo artigo. Até lá e... meditem! Reflexionem sobre as suas verdades.