Catalisadores Estruturados de Pt/CeZrO2/Al2O3 para a Reação de Oxidação Parcial do Metano. Fabiano A. Silva1, Karen A. Resende1, Mario Montes2, Fabio B. Noronha3, Carla E. Hori1* 1 Faculdade de Engenharia Química – Universidade Federal de Uberlândia , 38400-902, Uberlândia- MG, Brasil. Departamento de Química Aplicada, Universidade do País Vasco (UPV-EHU), 20080 San Sebastián, Espanha 3 Instituto Nacional de Tecnologia – INT, 20081-310, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. *[email protected] 2 Resumo-Abstract RESUMO - A reação de oxidação parcial do metano foi estudada usando catalisadores estruturados. Monolitos metálicos de FeCrAlloy de diferentes comprimentos (20, 40 e 80 mm) foram construídos e diferentes suspensões do catalisador Pt/CeZrO2/Al2O3 foram sintetizadas e testadas. Os recobrimentos foram feitos pela técnica de imersão e apresentaram-se homogêneos e aderentes ao substrato. Nos testes de desempenho, observou-se para uma mesma massa de catalisador do que o comprimento dos suportes estruturados não influencia decisivamente. Palavras-chave: Catalisadores estruturados, síntese de suspensões, reação de oxidação parcial do metano. ABSTRACT - The partial oxidation of methane reaction was studied on structured catalysts. FeCrAlloy monoliths with different lengths (20, 40 and 80 mm) were constructed. Different Pt/CeZrO2/Al2O3 catalyst suspensions were synthesized and tested. The coatings were accomplished using an immersion technique. All the samples presented homogeneous coatings with good adherence to the substrate., It was observed that for the same catalyst mass the length of structured systems does not influence decisively the catalytic performance. Keywords: Structured catalysts, synthesis of suspensions, partial oxidation of methane reaction. Introdução Mesmo em um mundo moderno, onde altos investimentos são realizados em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, a maioria dos processos que empregam algum tipo de reação catalítica heterogênea ainda são realizados de forma convencional. Os chamados leitos catalíticos fixos são recheados com partículas de catalisador e, então, os reagentes são alimentados para que ocorra a reação desejada. No entanto, para aplicações industriais, ou seja, de grande escala, os leitos fixos, formados pelas partículas de catalisador, apresentam efeitos opostos com relação a importantes variáveis de processo como queda de pressão e as limitações difusionais. As variáveis que reduzem as limitações difusionais como a maior velocidade de fluído (para difusão externa) e redução do tamanho de partícula (para difusão interna), produzem por sua vez um aumento na queda de pressão no leito. Este compromisso entre estas variáveis impõe grandes limitações quando à otimização do sistema (1). Outro problema enfrentado, devido ao uso do leito empacotado, está na falta de um controle da temperatura de uma forma homogênea. Normalmente, pontos quentes são formados dentro dos leitos, prejudicando o desempenho do catalisador (2). Uma forma de tentar diminuir o problema seria mesclar o catalisador com algum inerte e introduzir a mistura no reator. No entanto, a adição de mais partículas provocaria mais perda de carga. A solução para evitar estes problemas , estaria na dissociação entre as funções físicas e as funções catalíticas dos processos, as quais podem ser feitas com a utilização de suportes estruturados ou monolitos. Os suportes estruturados são estruturas rígidas tridimensionais com grandes poros ou canais que asseguram a passagem de fluído com baixa queda de pressão e menores perdas de energia. Os monolitos apresentam também uma grande superfície sobre a qual 813 Experimental Síntese do catalisador estruturado. A amostra de céria-zircônia suportada em alumina, contendo uma razão molar Ce:Zr de 1, foi preparada pela co-impregnação da alumina (Catapal-A Sasol) précalcinada a 900 °C com uma solução aquosa dos precursores NH4Ce(NO3)6 e ZrO2(NO3)2. Após a secagem, a amostra foi calcinada a 800 °C, por 4 h. O catalisador 1,5%Pt/20%CeZrO2/Al2O3 foi preparado pela impregnação seca do suporte 20%CeZrO2/Al2O3 com uma solução aquosa de H2PtCl6 seguido de calcinação a 400 °C, por 2h. A primeira etapa para a deposição do catalisador sobre os monolitos foi o tratamento térmico dos mesmos. Como qualquer metal, o FeCrAlloy apresenta uma superfície completamente lisa, inadequada para suportar os catalisadores. Suportes devem apresentar alguma rugosidade para que o catalisador possa se aderir. Com a finalidade de criar rugosidade na superfície dos monolitos de 16 mm de diâmetro, 20, 40 e 80 mm de comprimento (1100 células por polegada quadrada), um tratamento térmico dos mesmos foi realizado. Na liga FeCrAlloy, que possui uma composição média de 72,8% de ferro (Fe), 22% de cromo (Cr), 5% de alumínio (Al), 0,1% de ítrio (Y) e 0,1% de zircônio (Zr), o alumínio, em altas temperaturas e em presença de oxigênio migra para a superfície e se oxida formando estruturas de óxido de alumínio (alumina). Normalmente, essas estruturas têm a forma de agulhas (6). Para recobrir de forma homogênea os três diferentes monolitos sintetizados, visando a obtenção de uma massa de aproximadamente 300 mg de catalisador, 3 suspensões distintas foram preparadas. Para a síntese das suspensões, uma quantidade de 25% em peso de sólidos foi utilizada. A primeira suspensão denominada S02 foi preparada com 10 g de catalisador, 2,5 g de alumina coloidal, ou seja, 80% de catalisador e 20% alumina coloidal. Além desses compostos, 1,275 g de Poli-vinil-álcool (PVA) foram adicionados. A suspensão S03 foi preparada com 50% de catalisador (6,25 g) e 50% de alumina coloidal (6,25 g). As massas de PVA (1,375 g) e de água (36,125 g) foram mantidas constantes. Já a suspensão S04, foi sintetizada com 30% de catalisador (3,75 g) e 70% de alumina coloidal, com as demais massas mantidas constantes. Todas as suspensões foram levadas para um moinho do tipo orbital, por 1 hora, a 450 rpm. Após este período, as suspensões foram colocadas em béqueres de vidro e levadas para um sistema de agitação magnética por 48 horas para a estabilização das mesmas. A deposição do catalisador 1,5%Pt/20%CeZrO2/Al2O3 sobre a superfície da estrutura metálica foi feita através do método de deposição por imersão. Nessa técnica, o suporte estruturado foi introduzido na suspensão pode ser realizada a deposição de uma delgada lâmina de catalisador. Devido a essas características, eles apresentam uma fração de vazios de ordens desde 0,7 a 0,9, frente aos 0,4 normalmente existentes em leitos recheados com partículas (1,3). Como vantagens em relação ao pó, as estruturas apresentam altas áreas geométricas superficiais e são mais leves e compactas que um reator empacotado. Além disso, apresentam um corpo único, que aumenta a resistência contra vibrações mecânicas e atrito (3). O conversor catalítico automotivo é a aplicação de maior êxito dos monolitos como suporte catalítico, que utiliza fundamentalmente estruturas cerâmicas que apresentam espessuras de parede maiores que 100 μm, além de uma condutividade térmica baixa (1,3). Já os monolitos metálicos, além de possuírem uma resistência mecânica maior e boa condutividade térmica, podem apresentar paredes mais finas na ordem de 40-50μm, podendo chegar até a 25μm. Essa menor espessura de parede permite uma maior densidade de canais e, por conseqüência, uma menor queda de pressão. Pela sua maleabilidade, as estruturas metálicas podem possuir as mais variadas formas, desde o modelo mais simples, até trocadores de calor com as paredes cobertas por catalisador (4). Algumas aplicações emergentes para os monolitos metálicos são a geração de hidrogênio para células a combustível, as reações de reforma do metano, a reação de deslocamento gás-água, a oxidação preferencial do CO e a combustão catalítica além de outros. Dentre as reações citadas acima, a reação de oxidação parcial do metano tem se destacado, pois a natureza exotérmica dessa reação reduz os gastos energéticos, além de produzir uma relação molar H2/CO de 2:1, mais apropriada à síntese de Fischer-Tropsch (5). Nosso grupo de pesquisa já vem a algum tempo estudando catalisadores de Pt/CeZrO2/Al2O3 para a reação de oxidação parcial do metano, com resultados promissores (6-8). Apesar dos bons resultados apresentados para o sistema Pt/CeZrO2/Al2O3, os catalisadores foram preparados na forma de pó, e desta maneira, sua utilização para a reação de oxidação parcial do metano, ocorre em reatores leito empacotado. Nestas condições, mesmo para catalisadores com altas conversões e seletividades, podem ocorrer limitações devido aos problemas de transferência de calor e massa. A fim de solucionar tais problemas, frente à reação de oxidação parcial, o desenvolvimento dos monolitos surge como uma alternativa promissora. Dessa maneira, o objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho de catalisadores Pt/CeZrO2/Al2O3 suportados em monolitos metálicos para a reação de oxidação parcial do metano, como substrato para o catalisador Anais do 16o Congresso Brasileiro de Catálise 2 814 preparada a uma velocidade de imersão de 3 cm/min. Após totalmente imerso, a estrutura permaneceu submersa por um minuto com posterior retirada da mesma na mesma velocidade da imersão. Com o monolito totalmente fora da suspensão, ar foi soprado pelos canais a fim de retirar o excesso de suspensão. Retirado o excesso, as amostras foram secas em estufa a 120 °C. O procedimento de recobrimento foi repetido até a obtenção da massa de catalisador desejada (aproximadamente 300 mg), com posterior calcinação a 400 °C por 2h. As suspensões S02, S03 e S04 foram utilizadas para recobrir, respectivamente, os monolitos de 20, 40 e 80 mm de comprimento. Baseado na suspensão utilizada em função de cada comprimento, a nomenclatura utilizada para cada catalisador estruturado foi S02μ20, S03μ40 e S04μ80. liga de FeCrAlloy que migra por difusão para a superfície do, transformando-se em alumina (4). Essas agulhas de alumina formadas são a fase intermediária responsável pela sustentação do catalisador ao substrato. Caracterização das suspensões e dos catalisadores estruturados. As suspensões utilizadas foram caracterizadas quanto à viscosidade, tensão superficial e ângulo de contato. Para determinar a viscosidade um equipamento AR 1500 da TA Instruments foi utilizado. Para determinar a tensão superficial foi utilizado um tensiômetro Sigma 70 da KSV. Já para determinação do ângulo de contato foi utilizado um goniômetro modelo 190 CA da Ramé-Hart. Os catalisadores estruturados foram caracterizados através de testes de aderência, testes de acúmulo de carga e microscopia eletrônica por varredura (MEV). Os testes de aderência foram realizados colocando-se os catalisadores estruturados em um frasco com éter de petróleo e depois em banho ultrassônico por 30 min. A microscopia eletrônica por varredura foi feita com aumentos de 200 e 2000 vezes em um equipamento Hitachi modelo S-2700. Os testes de acúmulo de carga foram realizados pesando-se as amostras após cada etapa de recobrimento. Figura 2: MEV da superfície do monolito após tratamento térmico. Caracterização das suspensões. A viscosidade de cada suspensão foi avaliada entre uma faixa de taxa de deformação de zero e 3200 s-1. A Figura 3 apresenta os resultados. Viscosidade (cP) 30 S02 S03 S04 25 20 15 10 5 Testes catalíticos. Os testes catalíticos foram realizados em um reator de Hastelloy, uma liga de aço inerte e resistente às condições da reação de oxidação parcial do metano. A reação foi realizada com uma razão molar de CH4:O2 de 2, uma vazão de alimentação de 400 mL/min de metano e 1000 mL/min de ar e uma temperatura de 800 °C. Os efluentes da reação foram analisados por um cromatógrafo a gás GC Trace Thermo. 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 Taxa de Deformação Figura 3: Teste de viscosidade para as suspensões S02, S03 e S04. De acordo com os dados apresentados a suspensão S02 apresentou valores de viscosidade em torno de 12,5 cP. Já para as suspensões S03 e S04, os valores de viscosidade foram semelhantes e em torno e 15 cP, indicando que a redução na massa de catalisador e o conseqüente aumento na massa de alumina coloidal provocaram um aumento da viscosidade. De acordo com dados da literatura, suspensões com viscosidades entre 10 e 20 cP podem ser utilizadas para o recobrimento adequado do monolito (9). Dados de tensão superficial também foram obtidos e Resultados e Discussão Tratamento térmico do monolito metálico. A Figura 2 apresenta a imagem de MEV obtida após o tratamento térmico dos monolitos. Observa-se a presença de estruturas de alumina do tipo agulha. Essas estruturas são formadas após a oxidação do alumínio presente na Anais do 16o Congresso Brasileiro de Catálise 3 815 são apresentados na Tabela 1. Esse experimento serviu para medir as forças de interação entre as moléculas das suspensões e sua capacidade de interação com sólidos, neste caso, com os monolitos. Os resultados mostraram que a suspensão S04 apresentou o maior valor, em torno de 45 mN/m. Já as demais mostraram valores em torno de 40 mN/m indicando que não houve uma forte diferença entre as tensões superficiais das suspensões. A análise de ângulo de contato teve por objetivo mostrar a capacidade do líquido “molhar” o sólido. Quanto maior for o ângulo de contato, menor é a capacidade do líquido molhar o sólido. De acordo com os resultados apresentados na Tabela 1, à medida que a quantidade de catalisador diminuiu e a de alumina coloidal aumentou, o ângulo de contato também diminuiu. Esses dados indicaram um provável aumento na “molhabilidade” de S02 para S04. Os dados mostraram uma tendência aditiva e linear de deposição. Notou-se também que quanto maior o monolito, mais carga acumulada de sólidos ele possui. De acordo com os resultados, observou-se que, após todos os recobrimentos efetuados, os valores de massa de catalisador desejados (300 mg) foram praticamente alcançados (Tabela 2). Esse resultado pode ser explicado pelos dados de viscosidade, tensão superficial e ângulo de contato que foram muito próximos, além das diferentes composições das suspensões preparadas. A força de adesão das suspensões à superfície dos monolitos foi verificada através do teste de aderência. Os valores de aderência, apresentados na Tabela 2, foram calculados subtraindo-se a massa de suspensão perdida durante o teste da massa de suspensão inicial. Todas as amostras apresentaram aderência acima de 95%, indicando uma forte interação entre a camada de alumina presente na superfície do FeCrAlloy e as suspensões utilizadas. Tabela 1. Dados de tensão superficial e ângulo de contato para as suspensões sintetizadas. Suspensão Tensão Superficial (nN/m) Ângulo de contato (°) S02 41 62 S03 39 42 S04 45 37 Tabela 2. Massa total e de catalisador obtidas para os catalisadores após os recobrimentos. Caracterização dos monolitos. A Figura 4 apresenta os resultados de carga total de sólidos acumulada, que é a massa de catalisador juntamente com a massa de alumina coloidal depositada sobre o monólito. e de carga de catalisador acumulada, que é a massa somente de catalisador depositada, descontando-se a massa da alumina coloidal. 1,6 Carga acumulada (g) 1,4 1,2 Massa Total S02μ2 S03μ4 S04μ8 Massa Catal. S02μ2 S03μ4 S04μ8 0,8 0,6 0,4 0,2 1 2 Massa total de sólidos (mg) Massa de catalisador (mg) Aderência (%) S02μ20 0,3818 0,3055 96,50 S03μ40 0,6038 0,3019 95,24 S04μ80 1,002 0,3006 97,86 A homogeneidade dos recobrimentos e a espessura da camada de sólidos depositada também foram avaliadas através de microscopia eletrônica por varredura. Para cada catalisador estruturado foram feitas imagens por vista superior e lateral. A Figura 5 mostra as imagens de MEV para o catalisador estruturado S02μ20. As imagens mostram que o recobrimento se deu de forma homogênea e que a camada de catalisador apresentou uma espessura praticamente uniforme. As imagens da amostra S03μ40 (Figura 6) também mostram a uniformidade da distribuição do recobrimento, além da presença de uma camada de espessura constante. Para essa suspensão a presença de um filme, provavelmente de alumina coloidal foi observada. Características semelhantes às apresentadas pela amostra S03μ40 foram observadas também para o catalisador estruturado S04μ80 (Figura 7). Essa amostra apresentou a formação de uma camada de filme, provavelmente de alumina coloidal, além de possuir uma distribuição uniforme e uma espessura constante da camada de sólidos. 1,0 0,0 Catalisador 3 Numero de Recobrimentos Figura 4: Carga total de sólido e de catalisador acumuladas em função do número de recobrimentos para os monolitos. Anais do 16o Congresso Brasileiro de Catálise 4 816 Figura 5: MEV da amostra S02μ20. Lado esquerdo: vista superior e lado direito: vista lateral. Figura 6: MEV da amostra S03μ40. Lado esquerdo: vista superior e lado direito: vista lateral. Figura 7: MEV da amostra S04μ80. Lado esquerdo: vista superior e lado direito: vista lateral. Testes Catalíticos. Os dados de desempenho catalítico durante a reação de oxidação parcial do metano por 24 horas estão apresentados na Figura 8, que mostra os resultados da conversão de metano, seletividade para H2, que é a razão entre a quantidade de H2 produzida e a soma do hidrogênio e H2O produzidos, e razão molar H2/CO. Todas as amostras apresentaram conversões de metano iniciais entre 80 e 90%. No entanto, com exceção do catalisador S02μ20, que permaneceu estável durante toda a reação, os outros dois monólitos (S03μ40 e S04μ80) sofreram um pequeno e contínuo processo de desativação. Como todas as amostras possuem massa de catalisador semelhante, uma provável explicação, para essa diferença de atividade, seria a formação de uma película de alumina coloidal sobre a superfície das amostras S03μ40 e S04μ80. A formação dessa película foi observada nas imagens de MEV. Talvez essa película Anais do 16o Congresso Brasileiro de Catálise 5 817 esteja dificultando a difusão dos reagentes pelos poros da camada de catalisador. Além disso, com essa maior quantidade de alumina coloidal, o catalisador ficou mais diluído, tanto em massa quanto em superfície e, portanto, o calor gerado teve de aquecer mais massa e superfície, levando a um menor pico de temperatura que é importante na reação de oxidação parcial do metano. Comportamento semelhante à da conversão de metano foi observado para a seletividade para a formação de H2. Todas as amostras apresentaram seletividades iniciais próximas a 80%. Entretanto, a única amostra que apresentou seletividade constante durante todo o período reacional foi a S02μ20. As demais amostras apresentaram uma queda na seletividade para a formação de H2. Contudo, essa queda foi menos intensa do que a verificada para a conversão de CH4. Já a razão H2/CO apresentou valores constantes e em torno de 2 durante as 24 horas de reação. 100 Conversão de CH4 (%) 90 80 70 Conclusões A variação da relação massa de catalisador/massa de alumina coloidal durante o processo de síntese das suspensões foi adequada para a obtenção da massa de catalisador desejada. Os recobrimentos foram homogêneos para todos os monolitos independente da suspensão utilizada para o recobrimento e apresentaram grande aderência com o substrato. No entanto, o incremento na quantidade de alumina coloidal pode ter influenciado no desempenho dos monolitos, devido à formação de uma película que foi visualizada por MEV. Apenas a amostra S02μ20 fosse estável durante todo o período reacional. 60 50 40 30 S02μ20 S03μ40 S04μ80 20 10 0 0 4 8 12 16 20 24 Tempo (h) 100 Seletividade para H2 (%) 90 80 70 60 Agradecimentos O autor Fabiano de Almeida Silva agradece à CAPES e ao CNPq pelas bolsas concedidas. 50 40 30 S02μ20 S03μ40 S04μ80 20 10 0 0 4 8 12 16 20 Referências 1. O. Sanz, F.J. Echave, M. Sánchez, A. Monzón, M. Montes, Appl. Catal. A 2008, 340, 125. 2. K.L. Hohn, L.D. Schmidt, Appl.Catal. A: General 2001, 211, 53. 3. R. M. Heck, S. Gulati, R. J. Farrauto, Chemical Engineering Journal 2001, 82, 149. 4. P. Avila, M. Montes, E. E. Miró, Chemical Engineering Journal 2005, 109, 11. 5. J. H. Lunsford Catalysis Today 2000, 63, 165. 6. P. P. Silva, F. A. Silva, L. S. Portela, L. V. Mattos, F. B. Noronha, C. E. Hori, Catal. Today 2005, 107, 734. 7. V. B. Mortola, J.A.C. Ruiz, L.V. Mattos, F.B. Noronha, C.E. Hori, Catalysis Today 2008, 133, 906. 8. F.A. Silva, D.S. Martinez, J.A.C. Ruiz, L.V. Mattos, C.E. Hori, F.B. Noronha, Appl. Catal. A: General 2008, 335, 145. 9. C. Bazin, C. B-Chapleau, Int. J. Miner. Process 2005, 76, 93. 24 Tempo (h) 3,0 Razão H2/CO 2,5 2,0 1,5 1,0 S02μ20 S03μ40 S04μ80 0,5 0,0 0 4 8 12 16 20 24 Tempo (h) Figura 8: Conversão de metano, seletividade para H2 e razão molar H2/CO em função do tempo na reação de oxidação parcial do metano para todos os catalisadores estruturados. Vazão de 400 mL/min de CH4 e 1000 mL/min de ar com uma razão CH4:O2 = 1. Anais do 16o Congresso Brasileiro de Catálise 6 818