Sociologia e a expansão da sociedade industrial moderna. Professor: Bernardo Goytacazes de Araujo A Sociologia e a expansão do capitalismo Sociologia do Desenvolvimento – a grande preocupação dos teóricos surgiu com o desenvolvimento do capitalismo industrial e da sua internacionalização. O capitalismo toma proporções mundiais, e não se concentra mais, apenas na Europa. Novos continentes assumem papéis fundamentais, tanto na produção de matérias primas como na produção de bens, e no consumo. I Guerra Mundial 1914 - 1918 Mudanças sociais em escala mundial. Surgimento de novas potências industriais. Busca por novos mercados consumidores e produtores de matérias primas. 1917 – Revolução Russa – Saída dos russos da guerra e início da Revolução Bolchevique. (ocorreu em duas etapas: 1ª derrubou o Czar Nicolau II e procurou estabelecer uma república liberal. 2ª etapa: Revolução de outubro, liderada por Lênin, derrubou o governo provisório e impôs uma nova ditadura.) Lênin em discurso, na Revolução de outubro. Período entre guerras Com o fim da I Guerra o mundo entra numa certa calmaria e estabilidade. Os EUA saem fortalecidos com uma produção que irá abastecer o mundo. O auge desta produção, leva os EUA a uma crise, justamente pela superprodução, que acarretará a quebra da bolsa de NY, em 29 de outubro de 1929. A Europa retomava o ciclo de produção e de abastecimento do próprio continente. Novos eixos econômicos Surge então, com grande força no cenário mundial, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), assumindo uma liderança na parte Oriental do mundo. O Pacífico como nova rota O Oceano Atlântico deixa de ser o mais importante e passamos a ter um novo eixo comercial no Pacífico. Os ideais de livre concorrência deram lugar ao capitalismo monopolista, com a crescente participação do Estado como patrocinador das economias nacionais. Novas nações despontam na Ásia e na África. Todas estas idéias já estavam sendo gestadas desde a segunda metade do século XIX, com as revoluções nacionalistas européias, a unificação da Itália e da Alemanha, e o início da industrialização no Japão e nos EUA. Novas fronteiras A capitalização de recursos. Aumento no consumo. Necessidade de barateamento na produção (matérias primas, forças de trabalho). Todo este conjunto cria uma pressão sobre as potências industriais a expandirem sua estruturas econômicas, para além das fronteiras nacionais. Inglaterra cria um vasto império colonial, e rompe com o equilíbrio europeu. Independência dos países Latino Americanos de 1810 a 1830. (inclusive o Brasil) Século XX Novo surto de modernização e formação de novos Estados independentes na Ásia e na África. A constante internacionalização do processo de industrialização e a expansão do modo de produção capitalista, fizeram uma mudança no cenário mundial: transformaram as antigas colônias em parceiros de novos contratos econômicos. Novo pacto colonial As nações que viraram “parceiras” tiveram que fazer um conjunto de implementações Estatais, ditadas pela civilização européia, adotando políticas voltadas para o desenvolvimento do capitalismo industrial. As nações Latino Americanas, Asiáticas e Africanas, tiveram que implantar um conjunto de modificações, nos transportes e nas comunicações, para melhor atender os “clientes” do norte. Portugal e Espanha fora do jogo Com a independência das colônias Latino- americanas, patrocinadas pela Inglaterra, Portugal e Espanha saem do cenário mundial, deixando de ser o entreposto comercial das Américas, deixando o mercado livre para os produtos Ingleses. Portugal e Espanha, nada mais eram, do que metrópoles empobrecidas e nãoindustrializadas. Nova ordem mundial As nações capitalistas centrais aprimoravam seus avanços técnicos e econômicos , tornando cada vez maior a distância que as separava das nações agrícolas emergentes. O pacto colonial não era mais necessário. A divisão econômica internacional entre países industrializados e agrários forjara relações de dependência que substituíram com vantagem os pactos coloniais. O capitalismo no século XX A crise de 1929 e a II Guerra afetaram a capacidade produtiva das nações centrais, dando ensejo a formação de alguns países periféricos, com industriais locais, a partir dos recursos acumulados com o agro-negócio. Um destes casos, foi São Paulo. As multinacionais vieram em busca de atrativos financeiros, mão de obra barata, baixos custos na produção e benefícios fiscais. Fatores de influência 1º Fortalecimento dos Estados; 2º Incentivos às industriais nacionais, em subsidiar a bases necessárias para as multinacionais. 3º Organização de uma ampla rede de estradas de rodagem e importação de combustíveis. Multinacionais “Resumo da ópera” O endividamento crescente das nações subdesenvolvidas e a dependência tecnológica são os índices mais agudos dessa nova situação de dependência.