Processo Seletivo Discente UNIRIO/ENCE - 2007 TEXTO I MARABÁ Eu vivo sozinha; ninguém me procura! Acaso feitura Não sou de Tupá ? Se algum dentre os homens de mim não se esconde — “ Tu és”, me responde, “ Tu és Marabá!” Meus olhos são garços, são cor das safiras, Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; Imitam as nuvens de um céu anilado, As cores imitam das vagas do mar! E as doces palavras que eu tinha cá dentro A quem nas direi? O ramo d’ acácia na fronte de um homem Jamais cingirei: Jamais um guerreiro da minha arazóia Me desprenderá: Eu vivo sozinha, chorando mesquinha, Que sou Marabá! Gonçalves Dias Se algum dos guerreiros não foge a meus passos: — “ Teus olhos são garços” , Responde anojado, “ mas és Marabá: “ Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes, “ Uns olhos fulgentes, “ Bem pretos, retintos, não cor d’ anajá!” 1 . marabá : mestiço de francês com índia. 2 . Tupá ou Tupã ( v. 3 ) 3 . engraçado : gracioso ( v. 27 ) 4 . arazóia ou araçóia : saiote de penas usado pelas mulheres indígenas. É alvo meu rosto da alvura dos lírios, Da cor das areias batidas do mar; As aves mais brancas, as conchas mais puras Não têm mais alvura, não têm mais brilhar. 1) Se ainda me escuta meus agros delírios: — “ És alva de lírios” , Sorrindo responde, “ mas és Marabá: “ Quero antes um rosto de jambo corado, “ Um rosto crestado “ Do sol do deserto, não flor de cajá.” Meu colo de leve se encurva engraçado, Como hástea pendente do cáctus em flor; Mimosa, indolente, resvalo no prado, Como um soluçado suspiro de amor! — “ Eu amo a estatura flexível, ligeira, Qual duma palmeira”, Então me respondem; “ tu és Marabá: Quero antes o colo da ema orgulhosa, Que pisa vaidosa, Que as flóreas campinas governa, onde está.” Meus loiros cabelos em ondas se anelam, O oiro mais puro não tem seu fulgor; As brisas nos bosques de os ver se enamoram, De os ver tão formosos como um beija-flor! Mas eles respondem : — Teus longos cabelos, “ São loiros, são belos, Mas são anelados; tu és Marabá; Quero antes cabelos bem lisos, corridos, Cabelos compridos, Não cor d’ oiro fino, nem cor d’ anajá.” Após leitura, análise e interpretação do poema Marabá, algumas afirmações como as seguintes podem ser feitas, com exceção de uma. Indique-a. a) O poema se inicia com uma pergunta de ordem religiosa e termina com uma consideração de aspecto sensual. b) O poema é um profundo lamento construído com base na estrutura dialética, apresentando-se argumentação e contraargumentação. c) Ocorre interlocução registrada em discurso direto, estrutura que enfatiza assim o desprezo preconceituoso dado à Marabá. d) A ocorrência de figuras de linguagem e o emprego da primeira pessoa marcam, respectivamente, as funções da linguagem poética e emotiva. e) Marabá é poema representante da primeira fase que cultua o aspecto físico da mulher. 2) A expressão “Quero antes” pode ser substituída, sem que haja alteração de significado, por “preferir”. Quanto à regência desse verbo, de acordo com a norma padrão, está correto: a) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, / que cor d’anajá! b) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, / do que cor d’anajá! c) Prefiro a uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, / do que cor d’anajá! d) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, / à cor d’anajá! e) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes do que, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, / a cor d’anajá! 3) A leitura dos versos abaixo permite a identificação de figuras de linguagem. Aquela que está em desacordo com o contexto do poema é a) “ Eu vivo sozinha, chorando mesquinha” ( v. 53 ) gradação b) “ Se algum dentre os homens de mim não se esconde” ( v. 4 ) hipérbato c) “ Não têm mais alvura, não têm mais brilhar” ( v. 20 ) comparação d) “ O oiro mais puro não tem seu fulgor; “ ( v. 38 ) hipérbole e) “ E as doces palavras que eu tinha cá dentro “ ( v. 47 ) sinestesia 4) A unidade dramática vivenciada pelo eu-lírico no poema Marabá concentra-se em a) tristeza e compreensão. b) aflição e frustração. c) amargura e comedimento. d) indignação e passividade. e) decepção e aceitação. 5) O Romantismo tende ao uso de metáforas, o que denota um comportamento lingüístico voltado para a imagística em geral, tanto nas descrições apresentadas, quanto nas alegorias. O fragmento de texto que exemplifica o uso predominante da metáfora é a) “ Jamais um guerreiro da minha arazóia/ Me desprenderá...” b) “Quero antes uns olhos bem pretos, reluzentes, / uns olhos fulgentes...” c) “Quero antes o colo da ema orgulhosa, / que pisa vaidosa....” d) “Teus longos cabelos, “ são loiros , são belos,...” e) “Meus olhos são garços, são cor das safiras, / têm luz das estrelas, têm meigo brilhar.” TEXTO II Auto-retrato No retrato que me faço — traço a traço — às vezes me pinto nuvem, às vezes me pinto árvore ... às vezes me pinto coisas de que nem há mais lembrança ... ou coisas que não existem mas que um dia existirão ... 6) Além da ênfase indicada pelo recurso gráfico dos travessões, os versos “— traço a traço —” e “— pouco a pouco —”, indicam ser o eu-lírico dotado de muita a) b) c) d) e) 7) Nos versos e, desta lida, em que busco — pouco a pouco — minha eterna semelhança, no final, que restará? Um desenho de criança ... Corrigido por um louco! Mário Quintana reverência. timidez. perseverança. tristeza. infantilidade. “ de que nem há mais lembrança ou coisas que não existem mas que um dia existirão ...”, a progressão textual indica ocorrência de a) b) c) d) e) causa e conseqüência. ordenação espacial. seqüência temporal. enumeração de detalhes. relação de retificação. 8) No caderno Prosa e Verso do jornal O Globo, de 29 de julho deste ano, em reportagem comemorativa ao centenário de Mário Quintana, lê-se que o poeta “ Dizia que não tivera infância, mas o espírito de guri traquinas e silencioso perdurou ao longo dos seus 87 anos.”. No poema Auto-retrato, essa temática ocorre, consolidada principalmente no verso “ Um desenho de criança” ( v. 13 ). O último verso do poema “ Corrigido por um louco!” ( v. 14 ) em relação a todo o poema indica a) repressão. b) descuido. c) empenho. d) método. e) ingenuidade. 9) A leitura de vários poemas de Mário Quintana permite observar um olhar lírico que aproxima elementos da natureza a etapas da vida, como ocorre na primeira estrofe do texto II. O conjunto de versos que ratifica essa leitura é a) “ Os arroios são rios guris... Vão pulando e cantando dentre as pedras...” ( os arroios) b) “ Não sei que paisagem doidivanas Mistura os tons ... aceita ...desacerta...” ( A Rua dos Cataventos) c) “ Vou andando feliz pelas ruas sem nome... Que vento bom sopra do Mar Oceano!” ( Obsessão do Mar Oceano) d) “ O grilo procura No escuro O mais puro diamante pedido” ( Poema) e) “ O meu amor, Maria É como um fio telegráfico da estrada Onde vêm pousar as andorinhas. “ ( Poeminha sentimental) TEXTO III A descoberta do mundo O que eu quero contar é tão delicado quanto a própria vida. E eu quereria poder usar a delicadeza que também tenho em mim, ao lado da grossura de camponesa que é o que me salva. Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo aliás atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais. Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. Ou será que eu adivinhava mas turvava minha possibilidade de lucidez para poder, sem me escandalizar comigo mesma, continuar em inocência a me enfeitar para os meninos? Enfeitar-me aos onze anos de idade consistia em lavar o rosto tantas vezes até que a pele brilhasse. Eu me sentia pronta, então. Seria a minha ignorância um modo sonso e inconsciente de me manter ingênua para poder continuar, sem culpa, a pensar nos meninos? Acredito que sim. Porque eu sempre soube de coisas que nem eu mesma sei que sei. As minhas colegas de ginásio sabiam de tudo e inclusive contavam anedotas a respeito. Eu não entendia, mas fingia compreender para que elas não me desprezassem e à minha ignorância. Enquanto isso, sem saber da realidade, continuava por puro instinto a flertar com os meninos que me agradavam, a pensar neles. Meu instinto precedera a minha inteligência. Até que um dia, já passados os treze anos, como se só então eu me sentisse madura para receber alguma realidade que me chocasse, contei a uma amiga íntima o meu segredo: que eu era ignorante e fingira de sabida. Ela mal acreditou, tão bem eu havia antes fingido. Mas terminou sentindo minha sinceridade e ela própria encarregou-se ali mesmo na esquina de me esclarecer o mistério da vida. Só que também ela era uma menina e não soube falar de um modo que não ferisse a minha sensibilidade de então. Fiquei paralisada olhando para ela, misturando perplexidade, terror, indignação, inocência mortalmente ferida. Mentalmente eu gaguejava: mas por quê? Mas por quê? O choque foi tão grande — e por uns meses traumatizante — que ali mesmo na esquina jurei alto que nunca iria me casar. Embora meses depois esquecesse o juramento e continuasse com meus pequenos namoros. Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez. Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. Esse adulto saberia como lidar com uma alma infantil sem martirizá-la com a surpresa, sem obrigá-la a ter toda sozinha que se refazer para de novo aceitar a vida e os seus mistérios. Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é pudor apenas feminino. Pois juro que a vida é bonita. Clarice Lispector 10) Descoberta do Mundo é representante do gênero textual crônica porque a) a partir de espaços temporais, avalia-se o processo de amadurecimento do personagem. b) a estrutura narrativa só comporta um personagem com reflexões intimistas. c) apresenta um monólogo interior, utilizando estruturas, predominantemente, informais. d) a partir de um dado particular se faz projeção de um conhecimento maior do mundo. e) apresenta relação de causa e efeito proporcionais à atitude de descoberta do mundo. 11) No texto III, há várias ocorrências da palavra então. Considerando o trecho “ ... que não ferisse a minha sensibilidade de então.” (§ 6º.), o valor semântico dessa palavra é a) realce. b) conclusão. c) tempo. d) inclusão. e) intensidade. 12) Em “ e em quereria poder usar a delicadeza que também tenho em mim, ao lado da grossura de camponesas que é o que me salva...” O uso da expressão “ quereria poder usar “ antecipa ao leitor a) perspectiva inicial sem definição. b) visão de futuro imediato. c) conjunto de ações globais. d) reação ao momento observado. e) visão de uma ação não realizada. 13) Nos parágrafos 4º.,5º.,6º. e 7º. , há predominância de conjunções adversativas e concessivas. A função discursiva destes no parágrafo corroboram o sentimento de a) ilusão repentina vivida pelo narrador. b) contraposição vivida pela personagem e o mundo. c) contradição vivida entre a adolescência e a fase adulta. d) permanência e transformação típicas da fase adulta. e) intimidade com as descobertas na fase adolescente. elementos 14) Procedendo-se à leitura intertextual, há incoerência na afirmação feita em a) A dissimulação é característica comum na construção não só do perfil do eu-lírico no Texto I, como do perfil que o narrador do texto III faz de si mesmo. b) No texto I ocorre descrição físico-psicológica; no II, apenas, psicológica. c) Tanto o texto I como o texto III trazem referência a aspectos sensuais. d) Não só o texto II como o III apresentam, de forma intimista, despojada, um auto-retrato. e) O verso “ Um desenho de criança ...” ( Texto II, v. 13 ) e o fragmento “ Nada posso fazer : parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.”( Texto III, 2º § ) são exemplos de intertextualidade. 15) Os condomínios fechados modelam hoje grandes extensões do espaço urbano do Rio de Janeiro. Das características abaixo, aquela que não considera estes condomínios entre os espaços de auto-segregação é a) b) c) d) e) os condomínios contam com um número cada vez maior de atividades para uso privado, tais como escola e academia de ginástica. os moradores se separam do restante da cidade por meio de muros, de grades e de serviços de segurança. os moradores participam da vida urbana, experimentando as diferenças e a tolerância com outros grupos sociais. o espaço condominial é reservado apenas para os moradores ou para aqueles que têm ordem para entrar. os moradores, de um modo geral, se deslocam para outras áreas da cidade, utilizando meios de transportes privados. 16) A Amazônia, longe de ser homogênea, é uma região extremamente complexa e diversificada. Há a Amazônia da várzea e a da terra firme. Há a Amazônia dos rios de água branca e a dos rios de águas pretas. Há a Amazônia dos terrenos movimentados e serranos, das planícies litorâneas, dos cerrados, dos manguezais e das florestas. Habitar esses espaços é um desafio à convivência com a diversidade. Adaptado de Carlos Walter Porto Gonçalves. Amazônia, Amazônias. São Paulo: Contexto, 2001. Esta natureza complexa e desafiadora vem passando por um processo de transformação como resultado de múltiplas ações. Uma conseqüência dessas ações que, ainda, não ocorreu na Amazônia é a) b) c) d) e) a contaminação dos rios por rejeitos industriais e pelo mercúrio utilizado no garimpo do ouro. a inundação de terras de camponeses, ribeirinhos e de comunidades indígenas para a construção de hidrelétricas. o consumo da biomassa da floresta, seja como matéria-prima para fins industriais, seja como combustível. os desmatamentos por meio de queimadas para a implantação de grandes empresas pecuaristas e de produção de soja. o esgotamento das reservas minerais de ferro e bauxita extraídas do subsolo por grandes empresas mineradoras. 17) Na segunda metade do século XX, processou-se a modernização do espaço agrário brasileiro. Dentre as conseqüências dessa modernização não se inclui a) a realização de uma ampla reforma agrária sob pressão dos movimentos sociais dos trabalhadores sem terra. b) o deslocamento de grandes massas de trabalhadores rurais para os centros urbanos, com perda absoluta da população do campo. c) o uso de tecnologias avançadas de produção permitem a expansão da área cultivada e a elevação dos índices de produtividade. d) a multiplicação dos investimentos de capitais, da mecanização agrícola e da aplicação de novos conhecimentos na área de biotecnologia. e) o beneficiamento dos produtos ligados ao sistema agroindustrial e de exportação como a cana, a soja e a laranja. 18) O gráfico abaixo mostra o boom dos preços das commodities no mercado mundial, ocorrido nos últimos anos. O Globo, 2006 Analise as afirmativas I, II, III. I. O aumento dos preços das commodities está diretamente ligado ao aumento de demanda das economias de larga escala. II. O desequilíbrio entre oferta e procura dos produtos agrícolas e não agrícolas possibilitou a valorização dessas commodities. III. As mudanças ocorridas nos países mais ricos para uma sociedade do conhecimento têm provocado a constante valorização das commodities. A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são: a) apenas a III. b) I e II. c) II e III. d) I, II e III. e) apenas a I. 19) Analise o mapa. Geografia. Nathan, 2005. (Adaptado) Considere as seguintes afirmativas: I- O território da União Européia se organiza em torno de um espaço central que se estende do sudeste da Inglaterra até o norte da Itália. II- O rio Reno constitui a coluna vertebral do sistema europeu devido à infra-estrutura de transportes e à densidade das atividades econômicas. III- Os espaços periféricos da União Européia se diferenciam, segundo o maior ou menor grau de integração com o centro dinâmico. IV- A proximidade geográfica e as relações que as cidades mantêm entre si originam um complexo sistema policêntrico. Relacionando o mapa e as afirmativas, a opção que apresenta as afirmativas corretas é a) I e III. b) I e II. c) III e IV. d) I, II, III e IV. e) I, II e IV. 20) Na segunda metade do século XX, a população da América Latina apresentou duas características marcantes: a velocidade de crescimento e a acelerada urbanização. São razões, respectivamente, para as duas características: a) b) c) d) e) o crescimento vegetativo e o processo de industrialização. o saldo migratório e a deterioração das condições de vida na área rural. as migrações campo-cidade e a qualidade de vida da população rural. a taxa de fertilidade e a abertura da economia com a globalização. o aumento das taxas de natalidade - mortalidade e a dispersão das atividades industriais. 21) Analise o mapa a seguir. Geografia. Nathan, 2005. (Adaptado) Sobre a organização regional dos Estados Unidos não é correto afirmar que a) o Nordeste e o Sudoeste estão articulados graças às plataformas informacionais e aos grandes eixos de circulação transcontinentais. b) o Nordeste é uma região dinâmica porque concentra uma densa rede de cidades e um excepcional sistema de comunicações. c) o Sun Belt inclui estados do sul e do oeste que tiveram um rápido crescimento econômico graças às indústrias de alta tecnologia. d) a diagonal interior compreende os espaços agrícolas do Middle-West que apresentam densidades demográficas mais baixas. e) no centro-sul estão concentrados os pólos de alta tecnologia devido à disponibilidade de recursos naturais. 22) O fim da Guerra Fria não deu lugar a uma paz estável. O “equilíbrio do terror” está sendo substituído por uma nova era de turbulência. O motivo desta instabilidade é provocada a) b) c) d) e) pelos conflitos político-ideológicos da África. pela queda do muro de Berlim e a reunificação da Alemanha. pelos movimentos do fundamentalismo islâmico. pelas guerrilhas ligadas ao narcotráfico da América Andina. pela restauração dos Estados nacionais no leste europeu. 23) O movimento de reforma da religião católica surgido na Europa, ao longo do século XVI, buscou alterar o catolicismo medieval em virtude das mudanças culturais decorrentes da nova visão de mundo surgida e consolidada com o renascimento. Uma característica do movimento reformista desse período é identificada em a) a reforma luterana significou uma ruptura com os valores da cultura religiosa medieval, dentre os quais destacamos a utilização do alemão em lugar do latim nos cultos religiosos. b) o calvinismo representou uma crítica moderada à Igreja de Roma, pois condenou o lucro obtido com as atividades comerciais, mas manteve o dogma medieval da predestinação. c) a reação reformista da Igreja, ou contra-Reforma, se manifestou na convocação do Concílio de Trento, a partir de 1545, que modernizou suas práticas e doutrinas, destacadamente com o reconhecimento da livre interpretação da Bíblia. d) a Reforma anglicana, desencadeada na Inglaterra por Henrique VIII, permitiu ao rei inglês renovar a fé puritana sem romper com o papado. e) a criação da Companhia de Jesus, em 1534, significou o retorno do catolicismo à reclusão monástica e ao ensino religioso, conforme os princípios do catolicismo defendidos pelo Vaticano. 24) “Um conhecido provérbio chinês diz que uma viagem de mil léguas começa com um curto passo. Portugal deu esse pequeno passo em 1415, quando D. João I e seus filhos conquistaram Ceuta, praça forte mourisca do lado sul do estreito de Gibraltar. Dentro de um século, esse pequeno passo abria o caminho até a China.” (MISKIMIN, Harry. A Economia do Renascimento Europeu, 1300 – 1600. Lisboa: Editorial Estampa, 1984, p. 159.) A expansão ultramarina européia, desenvolvida pelos portugueses ao longo do século XV, permitiu a superação das limitações da economia comercial do continental europeu. A área de atuação econômica dos europeus foi nesse período transformada e ampliada em uma escala maior que aquela de seu continente de origem. Incluiu, também, o continente africano e, ao final do século, o asiático. Dentre tais transformações, podemos apontar, corretamente, a) o estabelecimento de rotas comerciais lucrativas através do Atlântico sul viabilizadas com o tráfico de escravos. b) a concorrência comercial promovida contra Portugal por diversas cidades européias que mobilizaram os recursos necessários a sua expansão ultramarina. c) a fixação dos interesses econômicos dos portugueses no rico comércio da China transformada em principal entreposto no ultramar. d) a ocupação e colonização preferencialmente das regiões do interior da África pelos portugueses devido à abundância de marfim e de ouro. e) o abandono do interesse no continente africano pelos portugueses em decorrência da descoberta de vastas extensões de terras na América. 25) A expressão “Fulano é da esquerda” tão usada nos dias atuais tem uma razão histórica de ser. Em qual fato histórico, a origem dessa expressão é melhor explicada? a) Na Revolução Francesa, onde à “esquerda” nas Assembléias sentavam os girondinos defensores da ordem republicana adotada na fase da Convenção. b) Na Guerra das duas Rosas, que identificava aqueles que se colocavam a favor dos York, dinastia que defendia a Monarquia Constitucional. c) Na Revolução Americana, na Independência das colônias inglesas na América, onde ao lado esquerdo sentavam aqueles que defendiam a manutenção dos laços coloniais com a Inglaterra. d) Na Revolução Francesa, quando os Jacobinos ocupavam, no salão, o lado esquerdo, o que significava que eram contrários à ordem vigente ou liberal dos girondinos. e) Na chamada Revolução Gloriosa, quando os puritanos eram chamados de “fulanos de esquerda” pela sua posição religiosa diante da monarquia anglicana. 26) “Entre os anos de 1789 e 1801 as autoridades de Lisboa viram-se diante de problemas sem precedentes. De várias regiões da sua colônia americana chegavam notícias de desafeição ao trono, o que era sobremaneira grave. A preocupante novidade residia no fato de que o objeto das manifestações de desagrado, freqüentes desde os primeiros séculos de colonização, deslocava-se, nitidamente, de aspectos particulares de ações de governo para o plano mais geral da organização do Estado.” (JANCSÓ, Istvan. “A Sedução da Liberdade: cotidiano e contestação política no final do século XVIII”, in: NOVAES, Fernando e SOUZA, Laura Mello (Organizadores). História da Vida Privada no Brasil. SP: Cia. Das Letras, volume 1, 2004, p. 388.) O texto citado faz menção às rebeliões e às sedições ocorridas ao longo do período colonial no Brasil, identificando o objeto de contestação que motivou esses movimentos. A característica de um desses movimentos em sua relação com o trecho citado acima é apresentada em a) As manifestações de desagrado freqüentes desde os primeiros séculos, conforme o trecho citado, dizem respeito às rebeliões nativistas que exigiam da Coroa uma nova ordem econômica livre dos monopólios mercantis sobre a colônia. b) A Conjuração Mineira destacou-se entre os movimentos de sedição colonial, pois conforme o lema de sua bandeira “Liberdade ainda que tardia”, teve como reivindicação principal o abolicionismo,que uniu os insurrectos em torno do movimento. c) Ambas as Conjurações, Baiana e Mineira, não obtiveram sucesso em virtude de terem se constituído como movimentos políticos de inspiração doutrinária local e lusitana. d) A preocupante novidade em ambas as conjurações, a que se refere a citação acima, era a liderança das elites econômicas e letradas da colônia em tais sedições radicais, cujas propostas sofriam a influência das idéias antimonárquicas iluministas. e) A Conjuração Baiana expressou uma profunda contestação da ordem política monárquica implantada sobre a colônia ao lutar por um governo republicano livre de Portugal. 27) “Os soberanos do Antigo Regime venceram Napoleão, em quem eles viam o herdeiro da Revolução e a escolha de Viena para a realização do Congresso, para sede dos representantes de todos os Estados europeus, é simbólica, pois Viena era uma das únicas cidades que não haviam sido sacudidas pela Revolução.” (RÉMOND, René. O Século XIX. SP: Cultrix, 1997, p. 17.) O Congresso de Viena, reunido em 1815, mobilizou os representantes das principais monarquias européias, tais como Rússia, Prússia, Inglaterra e Áustria, além de representantes de diversas nações da Europa, tendo como objetivo a) b) c) d) e) restaurar o princípio da legitimidade do poder das monarquias em diversos países europeus. implantar o liberalismo econômico em países que mantinham o absolutismo monárquico, tais como Espanha e Portugal. reconhecer as novas fronteiras dos estados europeus decorrentes das guerras napoleônicas. defender as idéias liberais surgidas na Revolução Francesa frente ao conservadorismo do recentemente extinto Império Napoleônico. difundir o nacionalismo e a autodeterminação dos povos europeus como um princípio do “equilíbrio Europeu” entre nações. 28) Do poeta Jorge de Lima, lê-se Mulher proletária Mulher proletária — única fábrica que o operário tem, (fabrica filhos) tu na tua superprodução de máquina humana forneces anjos para o Senhor Jesus, forneces braços para o senhor burguês. Mulher proletária, o operário, teu proprietário há de ver, há de ver: a tua produção, a tua superprodução, ao contrário das máquinas burguesas salvar o teu proprietário. Mulher Proletária, de Jorge de Lima, pode ser, historicamente, interpretada como a) identificação do papel do proletário na vida econômica e social da sociedade capitalista e a sua possibilidade de luta pela propriedade, seguindo o pensamento de Max Weber, nascido no século XIX. b) tentativa de conscientizar o proletariado a não mais se reproduzir evitando portanto, o crescimento da classe proletária, identificandoa com as idéias do Socialismo Utópico de Malthus, do século XIX. c) tentativa de chamar atenção dos proletários para exploração da classe burguesa sobre seu próprio corpo fundamentada no Anarquismo de Bakunin, nascido do século XX. d) demonstração clara da idéia de ser a classe proletária destituída totalmente de bens possuindo a prole como sua única propriedade, identificando-a com o pensamento Liberal de Adam Smith, do século XIX. e) crítica ao sistema capitalista que afasta o homem do resultado do seu trabalho e a apropriação da classe burguesa sobre a “mais valia”, em que identificamos as idéias do Socialismo Científico, nascido no século XIX. 29) No dia seguinte à eleição, a mulher foi ao cemitério. Chegando ao túmulo do falecido marido, ela falou muito irritada: - Seu desgraçado, insensível, miserável. Você não tem mais a menor atenção comigo.Ontem você foi votar lá na cidade e não teve sequer a consideração de me procurar. A piada nos chama atenção para uma fraude eleitoral praticada em países americanos por chefes locais. Os fenômenos da América Latina que melhor representam a referida prática de fraude é o a) b) c) d) e) Populismo no Brasil e Caudilhismo na América Latina. Caciquismo e Caudilhismo no Brasil e na América Latina. Coronelismo no Brasil e Caciquismo na América Latina. Coronelismo no Brasil e Caudilhismo na América Latina Populismo e Caciquismo no Brasil. 30) 1969. Nesse ano, o homem chegou à Lua e nos Estados Unidos da América, 400 mil jovens se reuniam em Woodstock, por três dias. Mas no Brasil, iniciava-se, ao contrário do que acontecia no mundo, distensão política e liberação de costumes, a repressão e o obscurismo. A juventude brasileira não ia a Woodstoock, se entregava a uma guerra desigual e perdida. Os fatos que melhor representam a situação expressa no texto são: a) O General Emílio Garrastazu Médici assumiu o governo; Lamarca iniciou a guerrilha no Vale da Ribeira; foi aprovada a Lei de Segurança Nacional e o primeiro seqüestro de um embaixador no mundo acontece em 1969. b) O general Costa e Silva decreta o Ato Institucional nº 5 e o Ato Institucional nº 14; o fechamento do Congresso; o fim da luta armada da ALN-VPR; extinção da UNE (União Nacional dos Estudantes). c) A passeata dos 100 mil que marcou o protesto contra o regime; nascia a Tropicália; e o Ato Institucional nº 5 foi decretado, apesar da não-aceitação popular. d) Aparecem as guerras de guerrilha; nasce a Operação Bandeirante (Oban); e a crise do chamado “Milagre Brasileiro”, idealizado por Antonio Delfin Netto. e) A guerrilha esteve próxima de tomar o poder com Lamarca e Marighella; o Ato Institucional de nº 14 foi decretado; na área econômica foi lançado o Plano de Metas – “Milagre”. 31) Leia a entrevista do Dr. Daniel Deheinzelin (professor de Pneumologia da Faculdade de Medicina da USP e médico do Hospital do Câncer e do Hospital Sírio-Libanês) para o Dr Drauzio Varella. Drauzio - A dependência da nicotina, em geral, começa na adolescência. O que acontece com o pulmão do adolescente quando começa a fumar? Deheinzelin - Tão logo a pessoa começa a fumar, tem início uma reação inflamatória provocada, em primeiro lugar, pela temperatura elevada da fumaça que queima não só os pulmões, mas toda a via aérea. Prova de que isso acontece é o reflexo de tosse que acompanha as baforadas dos principiantes. Depois, os sintomas desagradáveis desaparecem e progressivamente vai aumentando o número de cigarros fumados por dia. A combustão gera partículas de oxigênio, os radicais livres, que oxidam as estruturas celulares, destruindo parte da arquitetura dos pulmões. Dizer que o cigarro faz mal para o pulmão é tratar de uma parte do problema. O cigarro danifica a via respiratória inteira, porque seu revestimento interno não suporta a toxicidade nem a alta temperatura da fumaça e começa a sofrer um processo de substituição de células. Além disso, a produção de muco aumenta muito, porque este funciona como uma capa protetora do tecido epitelial, que reveste as vias aéreas, e pode ajudar a expelir os elementos irritantes que foram inalados. Nos brônquios, a fumaça também provoca uma reação inflamatória que ocasiona sua destruição progressiva. Fonte: httpw://ww.drauziovarella.com.br Quando o Dr. Deheinzelin menciona as estruturas celulares oxidadas que destroem parte da arquitetura dos pulmões, está se referindo a) aos bronquíolos danificados pela ação da fumaça e que provocam mudanças no formato dos lobos pulmonares. b) às células epiteliais que constituem os alvéolos, estruturas que sediam as trocas gasosas e são responsáveis pela configuração espacial dos pulmões. c) à atrofia das células musculares do diafragma que diminuem o volume dos pulmões. d) à destruição da fissura oblíqua que separa o lobo médio do lobo inferior do pulmão direito. e) aos danos causados pela passagem da fumaça através da traquéia, ocasionando deformações em sua estrutura. 32) A descoberta das plantas carnívoras no século XVIII deu origem a idéias muito bizarras e mitos no passado. Existem muitos relatos onde se dá a notícia que as plantas carnívoras seriam monstros terríveis, capazes até de vitimar pessoas. São, no entanto, bem mais modestas! Só poderão aparecer como monstros aos olhos dos insetos ou de outros pequenos animais que conseguem capturar. As plantas carnívoras, também denominadas insetívoras, representam um caso muito particular de adaptação de algumas espécies vegetais. Fonte: http://www.naturlink.pt Considere as seguintes sentenças: (I) Capturam geralmente insetos para reforçar as suas necessidades alimentares. (II) Encontram-se, normalmente, em habitats eutróficos, muito ricos em nutrientes minerais. (III) Ocorrem em solos onde a decomposição da matéria orgânica é muito rápida (IV) Não possuem órgãos fotossintéticos, assemelhando-se a plantas parasitas (holoparasitas) (V) Sob condições ideais, desenvolvem-se até à floração e maturação das sementes sem usar o recurso da digestão adicional de insetos. Estão corretas as afirmações a) I e V. b) II e III. c) IV e V. d) I e II. e) III e IV. 33) Em um determinado campo, habitavam uma espécie de coruja (coruja branca de hábitos diurnos) e duas espécies de pequenos roedores, que faziam parte da mesma cadeia alimentar. A proporção entre as duas populações de roedores era de 58% para espécie A (de hábitos diurnos e noturnos) e de 42% para espécie B (de hábitos diurnos). Neste campo foi introduzida uma nova espécie de coruja (coruja mateira), que passa a fazer parte dessa cadeia, com o hábito alimentar unicamente noturno. O que se espera em uma avaliação da comunidade, após a introdução da coruja mateira? a) A coruja branca, por ser competitivamente inferior à mateira, é eliminada deste ambiente. b) A porcentagem da população da espécie A aumenta em relação à espécie B, até a eliminação completa da segunda, graças ao desequilíbrio ecológico provocado pela introdução de uma nova espécie de coruja. c) A proporção entre as populações de roedores se mantém, já que cada coruja ocupa um nicho ecológico diferenciado. d) A porcentagem da população da espécie A diminui em relação à espécie B, até atingirem um novo equilíbrio. e) A coruja mateira não se adapta ao novo ambiente, por não conseguir mudar seu hábito alimentar. 34) Pílula Anticoncepcional Muitos anos de pesquisas ajudaram a desenvolver pílulas anticoncepcionais seguras e eficientes. As pílulas anticoncepcionais já foram consideradas um dos símbolos da liberação feminina, um instrumento para a ascensão da mulher em todos os setores da sociedade. Mesmo assim, carregaram por muito tempo a fama de trazer riscos para a saúde. Tanto que, mesmo considerando-se seus aspectos positivos (evitar uma gravidez inoportuna, por exemplo), as pílulas eram vistas como um mal necessário. Fonte: http://www.sabermulher.com.br As pílulas anticoncepcionais femininas possuem substâncias que a) b) c) d) e) alteram o pH vaginal, inibindo o batimento flagelar dos espermatozóides. impedem a ocorrência do fenômeno da ovulação. provocam a morte dos espermatozóides após a entrada no colo do útero. irritam a mucosa tubária, provocando a obstrução das tubas uterinas. bloqueiam a penetração do espermatozóide no óvulo. 35) Vinho na temperatura certa é bem melhor – saiba o porquê. Centenas de pequenas moléculas voláteis, sensorialmente ativas, participam da composição do sabor dos vinhos. Sob baixas temperaturas, estas moléculas, que estão solubilizadas num meio hidroalcoólico ácido, têm menor velocidade e colidem entre si com menor freqüência e menor quantidade de energia. A única vantagem de provar vinhos mais resfriados é que eventuais odores indesejáveis (ex: acetaldeído, acetato de etila e ácido sulfídrico) tornam-se menos voláteis e, portanto, menos perceptíveis ao sentido do olfato. Revista Vinho Magazine, 2003. Enólogos amadores, em conversa ocasional, elaboraram algumas suposições sobre as características dos vinhos, bebida tão apreciada no mundo inteiro. A suposição bioquimicamente correta para as características do vinho é a) “As folhas das parreiras realizam a fotossíntese, sem a qual não haveria a matéria-prima para a fermentação e, conseqüentemente a produção do vinho”. b) “Sem a adição de álcool etílico, durante o processo de fabricação dos vinhos, esta bebida não seria mais do que suco de uva”. c) “A presença de diferentes leveduras e do tipo de ácido orgânico que elas produzem determinará a acidez e o tipo de vinho obtido”. d) “A doçura característica de alguns vinhos se deve à fermentação completa dos carboidratos da uva”. e) “A fermentação permite a quebra das ligações peptídicas das proteínas da uva, produzindo álcool, gás carbônico e energia para a produção de vinhos espumantes.” 36) VÍTIMA DE TIROTEIO RECORRE AO STJ PARA USAR CÉLULA-TRONCO A família de Camila Magalhães Lima, de 20 anos, tetraplégica há oito, desde que foi atingida por uma bala perdida, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar fazer um implante de células-tronco em Portugal, depois que o Tribunal de Justiça do Rio negou dois pedidos de tutela antecipada da indenização que a jovem pleiteia, alegando que a operação não é urgente. “É uma falta de sensibilidade total”, criticou a mãe de Camila, Ana Lúcia Magalhães Lima. A cirurgia realizada pelos médicos portugueses consiste na retirada de células da mucosa olfativa do paciente e implante na região afetada pela lesão. Lá, elas se multiplicariam e poderiam assumir as funções perdidas. Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil Com relação a células-tronco, é equivocado afirmar que a) b) c) d) e) podem sofrer o processo de divisão mitótico, sem limites, durante o tempo de vida do organismo. não apresentam características de diferenciação celular definidas. quando se dividem, podem permanecer como células-tronco ou podem vir a se tornar terminalmente diferenciadas. necessitam se dividir rapidamente para que o processo de substituição celular seja efetivo. encontram-se num estágio inicial de uma via de diferenciação celular. 37) (...)O câncer de pele é o mais comum entre os cânceres e se manifesta de duas formas: os carcinomas e os melanomas. Mais freqüente, o carcinoma tem malignidade baixa. Provoca grandes deformações, mas não leva à morte. Já o melanoma, que é a transformação malígna dos melanócitos (células produtoras de pigmentos), é o câncer que mais cresce no mundo - nos últimos dez anos aumentou 20%. As pessoas, principalmente em países tropicais como o Brasil, se expõem excessivamente aos raios ultravioleta do sol, que são prejudiciais à epiderme (camada superficial da pele). Esta exposição exagerada é um dos fatores, mas não é o único. O câncer de pele também é provocado por fatores genéticos e ambientais, como a destruição da camada de ozônio. As pessoas de pele clara estão mais sujeitas a ter problemas de pele e devem dar atenção especial ao auto-exame por toda a área do corpo.(...) Fonte: http://www.saudevidaonline.com.br/cpele.htm A incidência desta doença está relacionada diretamente à concentração de melanina nas células epiteliais dos indivíduos. A formação deste pigmento depende de uma cadeia de reações químicas. Logo, a produção de melanina depende da interação entre todos os genes envolvidos (interação gênica). Considerando que a cor da pele dos seres humanos pode ser classificada em negra, mulata escura, mulata média, mulata clara e branca, qual seria o genótipo de um casal para que o cruzamento entre eles produzisse uma prole com todas as possibilidades fenotípicas? a) b) c) d) e) SSTT x SsTt. SsTt x SsTt. SSTT x sstt. SStt x ssTT. SsTt x SsTT. 38) Papa submete ao debate a Teoria da Evolução de Darwin O Papa Bento XVI receberá, nesta semana, para um seminário privado com a finalidade de firmar a posição da Igreja Católica frente à Teoria da Evolução de Darwin. Um dos convidados-chave, o Cardeal Christoph Schönborn de Viena, Áustria, é sabidamente simpatizante da Teoria do Intelligent Design (ID), a idéia de que o desenvolvimento da vida é planejado por um “projetista” (designer) não identificado, usualmente assumido como sendo Deus. Entretanto, o Irmão George Coyne, ainda recentemente diretor do Observatório do Vaticano, ridicularizou a idéia do Intelligent Design, acusando seus seguidores de subestimação da boa vontade de Deus em dar liberdade para a natureza. Coyne descreveu ainda o criacionismo como “um movimento religioso desprovido de qualquer base científica”, e que: “Deus não é um mero projetista e a vida é fruto de bilhões de tentativas”. Fonte: http://www.newscientist.com Convicções à parte, assinale a afirmativa que contém, apenas, princípios que nortearam a elaboração da Teoria da Origem e Evolução das Espécies de Charles Darwin, conhecida como Darwinismo. a) b) • Os organismos apresentam variações hereditárias, e, portanto, transmissíveis; • Os organismos competem entre si, “lutando” constantemente pela existência. • Muitos órgãos que possuem a mesma origem embrionária e a mesma posição anatômica no organismo diferem quanto a sua função; • A utilização, através de gerações, de um órgão fará com que ele se desenvolva, bem como sua inatividade fará com que este se atrofie. c) • Os caracteres adquiridos ou perdidos são transmissíveis à prole; • Qualquer modificação no patrimônio genético de um indivíduo (mutação) é passível de ser transmitida a seus descendentes. d) • A recombinação gênica não conduz ao aparecimento de novos genes, mas aumenta a variabilidade genética; • Fatores ambientais afetam o desenvolvimento e modificam o indivíduo. e) • A evidência de preocupações protetoras e funcionais, na elaboração dos órgãos e membros presume a existência de uma criação; • A vida depende de muitas reações químicas em condição de não equilíbrio; proteínas e ácidos nucléicos não são produzidos na ausência da vida. 39) “... a biodegradação pode não ocorrer com a rapidez necessária e os ambientes aquáticos tornam-se anaeróbios (reduzido teor de oxigênio dissolvido), passando a exalar cheiro desagradável, com formação de gás sulfídrico (ácido sulfídrico), e de outros produtos da atividade microbiana (...) tais como íons acetato e os gases hidrogênio, carbônico e metano”. Ciência Hoje, 2005 Entre os compostos citados, classificam-se como substâncias simples a) acetato e oxigênio. c) oxigênio e hidrogênio. b) hidrogênio e metano. d) ácido sulfídrico e metano. e) acetato e ácido sulfídrico. 40) Na desinfecção de feridas cutâneas, por uso de solução de peróxido de hidrogênio a 10%, observa-se a formação de bolhas devido à enzima catalase, presente no sangue, que acelera a decomposição deste óxido. A formação de bolhas deve-se à produção do gás a) amônia. c) nitrogênio. b) hidrogênio. d) oxigênio. e) cloro. 41) O valor energético total no consumo de um sanduíche de 50 g de pão e 200 g de hambúrguer é de 2.940 KJ. Se em uma hora de caminhada, há consumo de 1.100 KJ, o tempo em minutos, necessário para o consumo da energia assimilada na ingestão do sanduíche, será de a) 320. b) 160. c) 80. d) 40. e) 20. 42) “Yves Chauvin, ganhador do prêmio Nobel de química de 2005 contribuiu intensamente para a área da catálise. (...) Entre os processos por ele estudados estão o de produção de olefinas e a catálise homogênea, que permitiu a realização de reações bastante seletivas e a substituição de catalisadores prejudiciais ao meio ambiente.” Ciência Hoje, 2005 Os catalisadores são substâncias que a) b) c) d) e) diminuem a velocidade da reação, ao aumentarem a energia de ativação do sistema. aceleram a velocidade da reação química, ao reagirem com os reagentes da reação. diminuem a velocidade da reação química, ao anularem a energia de ativação da reação. estão sempre no mesmo estado físico das substâncias participantes da reação. aceleram a velocidade da reação química, ao diminuir a energia de ativação do sistema. 43) “O estudo de uma maré negra depende do comportamento do petróleo derramado no mar e de sua natureza. Existem três grandes famílias de hidrocarbonetos. Hidrocarbonetos alifáticos saturados, hidrocarbonetos aromáticos insaturados e as resinas e asfaltenos — moléculas de alto peso molecular que contêm freqüentemente metais (níquel e vanádio), também chamadas de alcatrões ou betumes. (...) Essencialmente, a toxicidade química do petróleo está nos hidrocarbonetos aromáticos, sobretudo os mais leves, que apresentam de um a três núcleos aromáticos. Infelizmente, os hidrocarbonetos tóxicos leves são também os mais solúveis na água do mar”. Scientific American, 2005 A opção que indica, de acordo com o texto acima, a substância de maior toxidade presente no petróleo é A) D) B) E) O C) OH 44) Os lipídios são tipos de biomoléculas que se encontram distribuídos em todos os tecidos, principalmente, nas membranas celulares e nas células de gordura. Embora não apresentem nenhuma característica estrutural comum, os lipídios possuem poucos heteroátomos. Isto faz com que estes sejam pobres em dipolos, daí a razão para serem fracamente solúveis em água. Este fenômeno ocorre devido ao fato de que as moléculas dos lipídios a) b) c) d) e) apresentam uma polaridade muito alta. apresentam uma polaridade semelhante à da água. apresentam uma polaridade muito baixa e, em certos casos, igual a zero. são moléculas de baixo peso molecular, sendo impossível se dissolver em solventes de baixo peso molecular. apresentam momento dipolar negativo, enquanto o momento dipolar da água é igual e zero. 45) O octeno, dentre outras substâncias, está contido na casca de limões e sofre combustão como todo hidrocarboneto. Também, teoricamente, forma o álcool correspondente quando hidratado em meio sulfúrico de acordo com a reação abaixo: H2SO4 C8H16 + H2O A reação inversa obedecerá ao mecanismo de a) b) c) d) e) condensação. adição. substituição eletrofílica. substituição nucleofílica. eliminação. C8H17OH 46) Macroalgas verdes, como a Ulva fasciata, podem absorver íons cúprico, através de uma interação deste íon com os grupos oxigenados de açúcares presentes neste vegetal. Em interações deste tipo, o íon cúprico atua como um a) b) c) d) e) ácido de Bonstëd. ácido de Lewis. ácido de Arrhenius. base de Lewis. base de Bonstëd. 47) Raissa está tocando violoncelo na sala de sua residência durante a noite. Ela se encontra no ponto M da figura e a lâmpada L está acesa. Seu irmão se encontra deitado em outro cômodo no ponto C da figura, com a lâmpada do seu quarto desligada. A porta P do seu quarto está aberta. Ele percebe que pode ouvir nitidamente o som do violoncelo, mas que a luz emitida pela lâmpada L não o alcança. Isto pode ser explicado porque nesta situação ocorre a) b) c) d) e) refração das ondas sonoras e difração da luz. difração tanto das ondas sonoras quanto da luz. difração das ondas sonoras, mas não da luz. refração da luz e difração das ondas sonoras. refração tanto da luz, quanto das ondas sonoras. 48) Algumas vezes, quando a temperatura está alta, as pessoas costumam assoprar a própria pele na tentativa de ter uma sensação de resfriamento desta. Para obter este efeito, elas sopram o ar com a boca quase fechada. Se elas fizerem isto com a boca muito aberta, sentirão um ar morno saindo de suas bocas, embora o ar dentro das pessoas tenha a mesma temperatura inicial nas duas situações. A afirmativa verdadeira, considerando as situações descritas, é a) b) c) d) e) O ar que sai da boca na primeira situação afasta mais moléculas de ar próximas à pele e, por isso, ela se resfria. Na segunda situação, o ar que sai da boca afasta mais moléculas de ar próximas à pele e, por isso, ela se resfria. Quando o ar sai da boca na segunda situação, ele se expande e, conseqüentemente, a pele perde menos calor para ele. Na primeira situação, o ar que sai da boca se expande e, conseqüentemente, a pele se resfria. A quantidade de ar que sai da boca na primeira situação é maior do que na segunda situação e, conseqüentemente, ela se resfria. 49) Nos Jogos Paraolímpicos de Athenas de 2004, o nadador Clodoaldo Francisco da Silva tornou-se o maior nome do Brasil na competição, com seis medalhas de ouro e uma de prata. No entanto, vários outros atletas também obtiveram grandes marcas nesta Olimpíada, como por exemplo Terezinha Guilhermina que quebrou recordes brasileiros nas provas de corrida, correspondentes aos 400m, 800m e 1500 metros rasos. Embora haja diferenças flagrantes entre atletas olímpicos e paraolímpicos, do ponto de vista dos conceitos físicos, sob vários aspectos, eles podem ser considerados como idênticos. Por exemplo, para que a eficiência máxima por atleta seja alcançada durante uma prova de corrida, é necessário, que no momento do contato entre o solo e o pé do atleta, o pé esteja parado em relação ao solo. Considere que as forças de atrito cinético e de atrito estático, que podem atuar sobre o pé, sejam representadas por FC e FE , respectivamente. No instante em que o pé do atleta toca o solo, estas forças que atuam sobre ele estão corretamente representadas na alternativa: FE d) c) b) a) FC FC FE FE e) FC FE 50) “Plutão perde status de planeta” Membros da União Astronômica Internacional (UAI) reunidos em Praga, na República Tcheca, decidiram na manhã desta quinta-feira que Plutão não será mais definido como um planeta. O Sistema Solar agora fica com oito planetas: Mercúrio , Vênus , Terra , Marte , Júpiter , Saturno , Urano e Netuno . A comunidade científica estabeleceu na capital tcheca que, para ser um planeta, o astro precisa ser dominante em sua zona orbital, o que não ocorre com Plutão”. O Globo On line – Ciência 2006 De acordo com o texto acima, para que um corpo celeste seja considerado um planeta, é necessário que ele exerça domínio gravitacional sobre corpos vizinhos, ou seja, a força gravitacional gerada por ele seja mais intensa do que a força gravitacional gerada por quaisquer corpos de sua vizinhança. Sabe-se que a massa de Netuno é de, aproximadamente, 17 vezes a massa da Terra, enquanto que a massa de Plutão é aproximadamente 2000 vezes menor do que a massa do nosso planeta. Considere que os módulos das forças gravitacionais exercidas por Netuno e Plutão sobre um corpo são representadas, respectivamente, por FN e FP . Se essas forças forem calculadas com o corpo no ponto médio do segmento de reta que liga os centros de massa desses planetas, a relação entre os módulos será expressa por a) b) c) d) e) FN = 3,4.104FP . FN = 1,2.102FP . FN = 3,4.103FP . FN = 1,2.10FP . FN = FP . 51) O ano-luz é definido como sendo a distância que a luz (300.000 km/s) percorre em um ano. Com boa aproximação, podemos afirmar que 1 ano-luz = 10 trilhões de quilômetros. O universo é composto por um grande número de galáxias e cada galáxia, pode-se dizer, contém um número desconhecido de corpos celestes. Para que a luz atravesse a nossa galáxia, a Via Láctea, ela precisa percorrer 100 mil anos-luz. A ordem de grandeza em quilômetros do tamanho de nossa galáxia é a) 1015. b) 1021. c) 1018. d) 1013. e) 1010. 52) Um estudante lança, verticalmente para cima, um pequeno corpo, num local em que se pode desprezar a resistência do ar. O objeto é lançado da altura de seu ombro. Fazendo a análise gráfica do movimento do corpo, o aluno desenha os gráficos a seguir: Gráfico I Gráfico I Gráfico II Gráfico II Gráfico III Gráfico III Gráfico IV Gráfico IV Sobre os gráficos são feitas as seguintes afirmativas: I- O gráfico I pode representar como varia a posição do objeto lançado em função do tempo. II- O gráfico II pode representar como varia a posição do objeto lançado em função do tempo. III- O gráfico III pode representar a velocidade do objeto lançado durante sua descida. IV- O gráfico IV pode representar a aceleração do objeto lançado em função do tempo. V- O gráfico III pode representar a aceleração do objeto lançado em função do tempo. Sobre as afirmações feitas, podemos dizer que são corretas: a) I, III e V, apenas. b) I e IV, apenas. c) II e IV, apenas. d) I, II e IV, apenas. e) II e V, apenas. 53) Duas lâminas metálicas paralelas de grande área estão separadas de uma distância d. Estabelece-se entre elas uma diferença de potencial U, o que faz com que, na região central das placas, o campo elétrico possa ser considerado uniforme. As lâminas são afastadas a seguir, à distância 2d, mantendo-se ainda paralelas e com a mesma ddp U. Em relação ao campo elétrico entre as lâminas e o trabalho realizado para transportar uma carga elétrica de uma placa à outra, é correto estabelecer a seguinte relação: a) O campo elétrico tem seu valor reduzido à metade e o trabalho não se altera. b) O campo elétrico tem seu valor duplicado e o trabalho não se altera. c) O campo elétrico não se altera e o trabalho tem seu valor reduzido à metade. d) No campo elétrico ocorre mudanças em direção e o trabalho não se altera. e) O campo elétrico não se altera e o trabalho tem seu valor duplicado. 54) A figura ao lado mostra duas lentes associadas formando o que denominamos de sistema afocal, ou seja, quando um feixe luminoso paralelo, incidindo na primeira lente, refrata na segunda, também paralelo. Imagine, agora, que você tenha uma lente convergente, com 6,0 cm de distância focal, e outra divergente, com 3,0 cm de distância focal dispostas de modo que seus eixos ópticos coincidam. Qual deve ser a distância (d) entre as lentes, para que o sistema seja afocal? a) Zero b) 2,0 cm c) 3,0 cm d) 6,0 cm e) 9,0 cm d 55) Segundo dados presentes na publicação Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2004, do IBGE, a quantidade de espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção vem aumentando. O tráfico de animais é um dos fatores que contribui para este quadro. Com base no gráfico abaixo, assinale a única alternativa falsa. Número de espécies animais apreendidas, por alguns grupos taxonômicos, segundo algumas regiões - 2004 - número de espécies 120 96 100 77 80 76 60 40 20 26 34 34 7 14 14 22 25 11 0 Norte Nordeste Sudeste Mamíferos Aves Sul Répteis Fonte: www.ibama.gov.br a) b) c) d) e) A atividade do tráfico visa, principalmente, às aves brasileiras. Aproximadamente 50% dos animais apreendidos na região Norte são aves. Entre o total de répteis apreendidos, 1/6 está na região Sul. Na região Sul foram apreendidos 20% a mais de aves do que na região Sudeste. O número de mamíferos e répteis apreendidos na região Nordeste é o mesmo. 56) Com o objetivo de obter a iluminação sugerida pelo diretor, para a realização de um determinado espetáculo teatral num palco retangular ABCD de dimensões 6,0 m x 4,0 m, foi necessário separar o palco em regiões, de modo que o ângulo interno A fosse dividido em seis ângulos, todos congruentes, conforme a figura abaixo. Determine a área da única região não triangular obtida. a) 16 − 6 3 m 2 b) 10 3 m 2 c) 8m 2 d) 6 m 2 e) 4 m 2 57) A Olimpíada de Matemática promovida pela Sociedade Brasileira de Matemática é uma das atividades apoiadas pela UNIRIO. Em um treinamento, foi proposto um problema que envolvia a solução da equação do 2º grau 3 x 2 + 6 x + c = 0 . Durante a resolução, um participante trocou o sinal de c e concluiu que a equação não possuía raízes reais. Em relação a c, tomando por base o equívoco do participante, pode-se afirmar que a) c é um número inteiro ímpar. c) c é um número irracional. b) c é um número inteiro par. d) c ≥ 4 . e) c < −3 . 58) O primeiro Congresso Internacional de Matemáticos foi realizado em Zurique em 1897. A partir de 1950, este Congresso jamais deixou de acontecer, sempre de 4(quatro) em 4 (quatro) anos. Em 2006, ocorreu a 25ª Edição deste Congresso em Madri. Caso este congresso continue acontecendo como descrito, podemos afirmar que o primeiro Congresso Internacional de Matemáticos do século XXII será o de número a) 44. b) 49. c) 51. d) 52. e) 53. 59) O biólogo e naturalista inglês Charles Darwin formulou a “Teoria da Seleção Natural”, publicada, em 1859, em sua obra “A Origem das Espécies”. Em 2006 morreu Harriet, uma das tartarugas que Darwin estudou, em sua passagem pelas Ilhas Galápagos. Sabe-se que Harriet nasceu 22 anos depois de Darwin e que a soma dos anos de nascimento de Darwin e Harriet é 3640. Se Harriet morreu após completar “aniversário”. Quantos anos a tartaruga viveu? a)162 b)168 c)175 d)184 e)198 Para os Jogos Pan-americanos de 2007, foi criado o logotipo ao lado cuja logomarca traz um pássaro como ponto de partida. A repetição deste elemento com cores, tamanhos e posições diferentes, representa a reunião das várias culturas das Américas, irmanadas e integradas. 60) Considere que na fase da arte final deste logotipo, já com o desenho todo pronto, tenha ficado determinado que os pássaros seriam pintados cada um de uma cor escolhida entre o verde, o azul escuro, o laranja, o amarelo e o azul claro. Suponha também que tenha sido decidido que o maior pássaro seria pintado de verde e que os dois pássaros azuis (o claro e o escuro) não ficariam juntos. Nessas condições, qual o número de versões deste logotipo que tiveram que ser analisadas, para que se chegasse a versão final ? a) 36 b) 24 c) 18 d) 12 e) 6 61) Com os dados do Censo Demográfico de 2000, apresentados no gráfico abaixo, pode-se constatar que a redução na taxa de analfabetismo no Brasil é uma tendência que já vem sendo seguida desde a década de quarenta. Observe que a partir de 1980 (quando esta taxa foi de 26%) esta redução obedece a uma função polinomial de 1º. grau. Supondo que esta tendência se mantenha, em que ano a taxa de analfabetismo no Brasil será exatamente igual a 5% ? Evolução temporal da taxa de analfabetismo no Brasil por década (valores aproximados) taxa de analfabetismo (%) 60 56 50 50 40 40 34 30 26 20 20 14 10 0 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 ano Fonte: CENSO Demográfico de 2000. (Adaptado) a) 2013 b) 2014 c) 2015 d) 2016 e) 2017 62) Em 1911, o cientista neozelandês Ernest Rutherford descobriu que o átomo não seria uma esfera maciça. Este seria, sim, formado por uma região central, chamada núcleo atômico e uma região externa ao núcleo, chamada eletrosfera. Para chegar a essas conclusões, Rutherford e seus colaboradores bombardearam, com partículas alfa, lâminas de ouro de espessura desprezível. Observaram seu espalhamento em uma tela de zinco coberta de material fluorescente. Fonte: www.teleformacion.edu.ayatolacoluna.es Na figura abaixo, é mostrado um esquema da experiência de Rutherford , em que as partículas alfa são lançadas a partir do ponto A. A tela de zinco tem formato circular com centro na origem O = (0,0 ) e raio 10 . Determine a ordenada y do ponto N = ( x, y ) pertencente à tela de zinco, sabendo que o segmento ON está contido na reta de equação y 3 x. Fonte: www.fismed.ufrgs.br a) 3 y 2 b) y 2 c) y 9 4 d) y 5 2 e) y 3 Texte I Le Kerala trouve le Coca-Cola imbuvable Le 15 janvier 2005, des manifestants protestaient contre l’usine d’embouteillage de Coca-Cola dans le village de Plachimada au Kerala, dans le Sud de l’Inde. Cinq jours plus tard, une cinquantaine d’usines de Coca et de son frère Pepsi implantées dans tout le souscontinent étaient encerclées par des chaînes humaines. Des dizaines de milliers de citoyens avaient alors envoyé aux deux compagnies un Quit India sonore. Pourquoi tant d’inhospitalité? Parce que, selon l’activiste écologiste Vandana Shiva, Coca-Cola “vole les ressources collectives d’eau, détruit l’environnement, dégrade la santé publique et viole la législation nationale”. La manifestation du 15 janvier marquait le millième jour de lutte pour la fermeture de l’usine de Plachimada. A l’origine de cette campagne: des adivasis1 et des dalits2, les marginalisés des marginaux de l’Inde. Et, en plus, des femmes fatiguées de parcourir des distances toujours plus grandes pour rapporter de l’eau à la maison. Un beau jour, elles décidaient de dénoncer les pompages d’eau abusifs de Coca-Cola. La mobilisation s’est progressivement étendue à d’autres villages de l’Inde profonde où les habitants avaient les mêmes critiques à l’égard du géant rouge et blanc. Les autorités ont bien tenté d’étouffer les protestations par la violence. Mais peine perdue. Aujourd’hui, c’est à travers tout le pays que l’on demande à Coca-Cola et à Pepsi de quitter l’Inde. Car la population de Plachimada et d’ailleurs ne veut pas comprendre que l’embouteillage des Coca-Cola, Sprite ou Fanta nécessite de l’eau. Beaucoup d’eau. Jusqu’à un million et demi de litres par jour. Assez pour satisfaire les besoins quotidiens de dizaines de milliers de personnes. A tel point que six mois à peine après l’implantation de l’usine Coca à Plachimada, “les habitants ont commencé à se plaindre qu’ils manquaient d’eau souterraine”, raconte Mylamma, celle-là même qui a initié le mouvement de contestation. En plus de boire, de cuisiner et de se laver, les gens de la région de Kerala dépendent pour la plupart de l’agriculture. Dans son enquête sur Coca-Cola, K. R. Ranjith rapporte l’histoire des fermiers Shahul et Krishna. Il y a trois ans, leur propriété générait 50 sacs de riz et 1500 noix de coco par an et faisait travailler une douzaine de personnes. Ces derniers temps, cette même portion de terrain rapporte cinq sacs de riz et à peine 200 noix de coco. Avec l’arrivée de Coca-Cola, le couple a vu ses puits d’irrigation s’assécher. Et la salinité croissante ajoutée aux résidus solides a rendu l’eau de surface impropre à la consommation. Un malheur n’arrivant jamais seul, les habitants de Plachimada sont nombreux à souffrir de maux d’estomac et d’infections cutanées à cause de la contamination de l’eau par les déchets “coca-coliens” déchargés près des canaux en quantité industrielle. 1 2 Peuple autochtone En Inde, personnes appartenant à la classe des parias. Les intouchables Le Courrier Un quotidioen suisse d’information et d’opinion http://www.lecourrier.ch 2005 63) La raison des protestations contre les usines de Coca-Cola dans le Sud de l’Inde est a) la mécanisation de la production. b) la dégradation des ressources en eau. c) le salaire insuffisant des employés de l’usine. d) les conditions de travail précaires des employés. e) la diminution de l’utilisation de la main d’oeuvre nationale. 64) Les habitants de Kerala se mobilisent contre le pompage d’eau des usines Coca-Cola et Pepsi parce que ce procédé : a) exige l’utilisation de plusieurs fertilisants. b) provoque des depressions dans les terrains. c) entraîne la diminution des eaux souterraines. d) absorbe entièrement l’énergie électrique de la région. e) oblige les agriculteurs à irriguer leurs plantations à la main. 65) Selon Vandana Shiva, les problèmes causés par les usines Coca-Cola et Pepsi affectent les secteurs a) éducatif – alimentaire – agraire. c) écologique – sanitaire – judiciaire. b) sanitaire – judiciaire – hospitalier. d) alimentaire – éducatif – hospitalier. 66) e) agraire – pharmaceutique – écologique. Les femmes de Kerala dénoncent les effets nocifs des usines Coca-Cola parce que / qu’ a) elles ne trouvent pas de travail en dehors des usines. b) Coca-Cola ne respecte pas les droits des travailleurs. c) elles sont obligées de marcher longtemps pour arriver à leur travail. d) il devient de plus en plus difficile de trouver de l’eau près de leur maison. e) les heures de travail à l’usine sont supérieures à ce qui est permis par la loi. 67) Le texte explique que les déchets déchargés par les usines Coca-Cola causent des problèmes de a) santé. b) stockage. c) transport. d) recyclage. e) nettoyage. Texte II Une arche de Noé végétale va être créée sous le Spitzberg Un étrange coffre-fort, protégé par le vent glacial arctique, doit être creusé dans une montagne du Spitzberg, une île située au nord de la Norvège. Son trésor ? Des semences congelées à -20ºC représentant la diversité des plantes vivrières du globe, soit 3 millions de variétés végétales. L’objectif de cette opération ? “Constituer un filet de sécurité ultime, en cas de catastrophe, pour conserver une capacité à alimenter la planète”, répond Cary Fowler, du Fonds fiduciaire mondial pour la diversité des cultures. Lundi 19 juin, Cary Fowler a posé la première pierre de ce “offre-fort international de semences du Spitzberg” en compagnie du premier ministre norvégien, Jens Stoltenberg, et en présence des premiers ministres finlandais, suédois, danois et islandais. L’installation devrait ouvrir ses portes en septembre 2007. Maintenue à température convenable grâce à un système de réfrigération, cette installation disposera en cas de panne de plusieurs mois d’autonomie. La montagne, prise dans le froid permanent de l’Arctique, affiche en effet une température maximale de - 3 o C ce qui laissera “largement le temps d’intervenir”. Les utilisateurs de cette Arche de Noé végétale seront en priorité les pays en développement, “qui n’ont pas toujours les moyens de conserver leurs semences dans de bonnes conditions” alors que les pays développés et les semenciers privés disposent déjà de leurs propres banques de graines. Andrée Sontot, du Bureau des ressources génétiques français, ne compte pas utiliser ce “frigo” mais ne conteste pas l’utilité de “doubles de sécurité”. Après les guerres du Rwanda et d’Ouganda, rappelle-t-elle, “on a pu réintroduire des variétés locales de haricots à partir de banques de semences extérieures.” Hervé Morin LE MONDE 2006 68) La construction de cette “arche de Noé végétale” vise à a) développer la production mondiale de produits alimentaires. b) garantir la préservation de toutes les plantes alimentaires existentes. c) promouvoir l’amélioration de la culture de céréales dans les pays nordiques. d) protéger les populations des pays au climat froid contre la pénurie d’aliments. e) préserver les plantes existentes de la pollution et des transformations génétiques. 69) L’île de Spitzerg est une localisation adéquate pour le “coffre-fort végétal” parce qu’elle a) a un accès facile pour les bateaux. b) appartient à un pays politiquement neutre. c) possède une source d’énergie électrique propre. d) se trouve dans une région à basses températures. e) appartient à un pays qui va en financer la construction. 70) L’utilité de ce genre d’initiative a été constatée à la suite de / d’ a) guerres. b) cyclones. c) incendies. d) inondations. e) sécheresses. FORCE OF NATURE It seems like a hippie entrepreneur’s dream come true: an ecostore with cash registers powered by rooftop Wind turbines, skylights instead of light bulbs and photovoltaic solar cells on the roof to help power the bakery’s oven. It’s so environmentally friendly that even the toilet water is collected from raindrops outside. Only this is not some pipe dream of a fringe activist. The vision comes from Tesco, the world’s third largest retailer. Tesco is pumping £100 million into environmental technologies to reduce the amount of energy they use by 50 percent, compared with 2000 levels, by 2010. In addition to building 80 new ecostores across Britain over the next year – the greenest of which will be constructed of recycled materials and will burn food waste for electricity – they’re also making small changes that could have big effects. They’re paying customers not to use plastic bags, which they expect will cut consumption by 25 percent in two years. Tesco is not the only commercial firm that has taken an interest in saving the planet, and making a killing besides. Renewable Energy Corp., a Norwegian solar-energy company, had the world’s largest-ever renewable energy IPO in May. It was 15 times oversubscribed and raised more than $1 billion, valuing REC at nearly $7 billion. You wouldn’t mistake REC’s CEO Erik Thorsen for a New Age Joni Mitchell. “I don’t have anything against helping the environment,” says Thorsen. “But the main driver for us is profit.” Something weird is happening in the once marginal world of environmentalism. The green cause is no longer the preserve of woollyminded liberals and fringe activists. Its tenets are being actively pursued by business leaders, stockholders and investment managers. In the popular mind-set, natural disasters such as New Orleans’s Hurricane Katrina, floods in Eastern Europe and swirling desert sands in Beijing are now linked to a change in climate that threatens our way of life and our grandchildren’s future. Europe’s second recordbreaking heat wave in three years – with the hottest July in U.K. history and more than 40 dead in France and Spain – has only cemented this relationship. Environmental concerns have grown so widespread that no politician can ignore them. (adapted from Newsweek, August 14, 2006) 63) The main idea of the text is that a) only politicians seem to be ignoring environmental concerns like Europe’s last heat wave. b) the green cause is the exclusive domain of environmentalists and fringe activists. c) ecostores with rooftop wind turbines and photo voltaic solar cells are only a pipe dream. d) business leaders, stockholders and investment managers are pursuing something weird. e) even profit-driven enterprises are opting for environmentally friendly facilities. 64) According to the text, the change that is occurring is due to the fact that a) the once marginal world of environmentalists is succumbing to the tenets of business leaders. b) commercial firms are now insisting on oversubscribing in order to make a profit. c) TESCO is investing a large slice of its profits in constructing recycling facilities. d) people are associating natural disasters to climatic changes that threaten the future. e) the Norwegian solar-energy corporation REC has been forced to close down its IPO. 65) The discourse marker used as an exemplifier in the text is a) such as. – 3rd paragraph. b) only. – 1st paragraph. c) in addition. – 1st paragraph. d) besides. – 2rd paragraph. e) but. – 2rd paragraph. 66) The word “this” “– has only cemented this relationship”, in the last paragraph, refers to a) 40 dead in France and Spain. b) the hottest July in U.K. history. c) natural disasters and climate changes. d) politicians and our future generations. e) the heat wave and floods in Europe. PSYCHOLOGY AND BRAIN SCIENCE The Expert Mind Studies of the mental processes of chess grandmasters have revealed clues to how people become experts in other fields as well A man walks along the inside of a circle of chess tables, glancing at each for two or three seconds before making his move. On the outer rim, dozens of amateurs sit pondering their replies until he completes the circuit. The year is 1909, the man is José Raúl Capablanca of Cuba, and the result is a whitewash: 28 wins in as many games. The exhibition was part of a tour in which Capablanca won 168 games in a row. How did he play so well, so quickly? And how far ahead could he calculate under such constraints? “I see only one move ahead,” Capablanca is said to have answered, “but it is always the correct one.” He thus put in a nutshell what a century of psychological research has subsequently established: much of the chess master’s advantage over the novice derives from the first few seconds of thought. This rapid, knowledge-guided perception, sometimes called apperception, can be seen in experts in other fields as well. Just as a master can recall all the moves in a game he has played, so can an accomplished musician often reconstruct the score to a sonata heard just once. And just as the chess master often finds the best move in a flash, an expert physician can sometimes make an accurate diagnosis within moments of laying eyes on a patient. But how do the experts in these various subjects acquire their extraordinary skills? How much can be credited to innate talent and how much to intensive training? Psychologists have sought answers in studies of chess masters. The collected results of a century of such research have led to new theories explaining how the mind organizes and retrieves information. What is more, this research may have important implications for educators. Perhaps the same techniques used by chess players to hone their skills could be applied in the classroom to teach reading, writing and arithmetic. (adapted from the Philip E. Ross’s article published in the Scientific American, 2006) 67) The extraordinary skills acquired by chess masters a) will certainly never be understood by psychologists. b) have been the topic of a century-old ongoing investigation. c) are credited neither to innate talent nor to intensive training. d) are unrelated to those of physicians when making diagnosis. e) become apparent when they complete the circuit of games. 68) Which of the following could the reader infer as NOT being considered an advantage the master has over the novice: a) beginner’s luck b) the first few seconds of thought c) apperception d) knowledge-guided perception e) accurate diagnosis 69) The results of the studies referred to in the text have: a) no major applications in the classroom for educators. b) explained how the mind can become inoperative. c) led to new groundbreaking theories in psychology. d) failed to reveal any significant information. e) helped physicians make accurate diagnoses. 70) The expression “to put in a nutshell” a) set up. b) put in order. c) put off. d) clear away. e) sum up. most closely means to ¿Qué es Abuelas de Plaza de Mayo*? La palabra abuela despierta de por sí ternura y la imagen de una viejita de cabello blanco, peinada con rodete, lentes caídos sobre su nariz, abrazando a algún nieto al que seguramente le contará increíbles historias de su vida. Eso sí sentada en un cómodo sillón. Pero esa imagen es la antípoda de los que son las Abuelas de Plaza de Mayo. No están sentadas. El sillón está tan vacío como los brazos que deberían abrazar al nieto. Y hay una explicación de su constante búsqueda y peregrinaje por el mundo ya que fueron despojadas doblemente de una hija o un hijo y además de su nieto. Todo comenzó mucho antes del 24 de marzo de 1976. No se prepara en un día un golpe de Estado. Las Fuerzas Armadas de la Argentina programaron meticulosamente el asalto al gobierno constitucional, con el apoyo del poder económico. El proyecto que venían a imponer no era conocido por la mayoría de los ciudadanos, sí por una juventud esclarecida que se oponía a estos designios: la entrega de las riquezas al mejor postor. Esta oposición iba a costarles muy caro ya que serían considerados los “enemigos internos”. Y en las madrugadas comenzaron a secuestrarlos. A ellos, los amigos, los simpatizantes y por sobre todo sus hijitos. Qué puede hacer una madre o una madre-abuela cuando en esta situación de terror sus hijos y sus nietos “desaparecen” como si se los hubiera tragado la tierra. Nadie sabe, nadie responde, nadie se hace cargo. Primero la búsqueda en soledad, porque el slogan de que “en algo andaban” y por “algo será” condicionó la actitud transformando a cada familia afectada en un “getto”. Cómo hablar con los demás de algo que no tenía explicación. Pero esto duró poco. El sentido común y el amor rompieron la barrera del “secreto de familia” y se largaron a la calle, se encontraron con otras mujeres que lloraban bramando y pedían por lo mismo. Y así un 22 de octubre de 1977, nació lo que no se imaginaron que sería para siempre: las Abuelas de Plaza de Mayo. Eran entonces doce mujeres, las visionarias, las pioneras. Ese nombre se los dio la historia por su condición de abuelas buscando a sus nietitos arrebatados. (...) Las Abuelas han agregado arrugas a su rostro, peinan canas, tienen el andar más lento, pero su corazón late con increíble vigor fortalecido por el empecinamiento, el desafío, la perseverancia, la fé, el optimismo y el amor, mucho amor por lo que hacen. Y se han comprometido con la vida a no abandonar esta lucha por que en ella va el orgullo por su prole, la integración de la familia, la advertencia de que este despojo no podrá repetirse en ningún lugar del mundo porque allí se levantarán las mujeres que como ellas se transformarán en leonas para defender al cachorro. Y se sabrá que hay luchas en paz para que NUNCA MÁS sea posible tal despojo. No son heroínas ni diferentes, son sólo mujeres - madres – abuela. www.redxlaidentidad.org.ar/abuelas.htm 63) a) b) c) d) e) Las abuelas enfrentaron varios obstáculos en su larga lucha. El aislamiento inicial vivido por ellas tuvo como causa el peligro que corrían. la desconfianza que sufrían. el prejuicio que tenían. el miedo que padecían. la rabia que sentían. 64) El encadenamiento de ideas puede presentarse de diversas formas. El discurso del segundo párrafo se encadena al primero por medio de a) b) c) d) e) retomada por oposición de los argumentos presentados ordenación en una misma escala argumentativa extensión por referencia a nuevos ejemplos de lo afirmado reformulación de los argumentos presentados anteriormente. reafirmación por un punto de vista de la información ya presentada 65) El enunciador deja en su texto marcas de su subjetividad. El fragmento que indica la actitud del enunciador frente a lo citado (es) a) “Y así un 22 de octubre de 1977, nació lo que no se imaginaron que sería para siempre.” - Párrafo 10 b) “Y hay una explicación de su constante búsqueda.” - Párrafo 2 c) “Y en las madrugadas comenzaron a secuestrarlos.”- Párrafo 6 d) “El sentido común y el amor rompieron la barrera del “secreto de familia.” - Párrafo 9 e) “Qué puede hacer una madre o una madre-abuela cuando en esta situación de terror…” - Párrafo 7 66) El autor por dos veces se remite en el último párrafo a un cierto despojo. Tal despojo a que se refiere el autor dice respecto al a) b) c) d) e) golpe militar en los años 70. secuestro de los hijos y nietos. getto impuesto a los familiares. envío de riquezas al extranjero. cambio de vida sufrido por las abuelas. Ciudadanas de segunda y con velo A pesar de disfrutar de mayores libertades que en muchos otros países islámicos, en Irán las mujeres aún son legalmente ciudadanos de segunda. En los tribunales su testimonio vale la mitad que el de un hombre; en casos de compensación, su vida se valora igualmente en la mitad; tienen menos derechos en caso de divorcio y rara vez el juez les concede la custodia de los hijos; si están casadas, necesitan el permiso de sus maridos para trabajar o viajar al extranjero. Por dos veces este año, grupos de mujeres se han manifestado para pedir cambios en esas leyes. No eran muy numerosos, pero, dada la prohibición de ese tipo de protestas y el desproporcionado despliegue policial que les esperaba, su atrevimiento adquiere mayor valor. “Los preceptos islámicos y el Corán hacen imposible la igualdad de derechos entre hombres y mujeres”, interpreta Sahar M., una profesional liberal de 25 años cuya moderna forma de vestir la sitúa en el sector más laico de la sociedad persa. Ella, como muchas iraníes, encuentra injustas las diferencias que establecen para la herencia, el divorcio o la custodia de los hijos. Faezeh K., una universitaria de 24 años que se cubre con el chador por convicción personal, discrepa. En su opinión, “la igualdad entre mujeres y hombres es posible, pero los clérigos no lo permiten”. Ésta es una visión muy extendida entre las iraníes, no sólo entre las más religiosas. “Creo en Dios y estoy convencida de que ha acordado los mismos derechos a los hombres y a las mujeres. Son los hombres los que convierten las palabras de Dios en un pretexto para lograr sus deseos”, defiende Mehrabeh Firuz, una estudiante de cinematografía de 22 años que admira las películas de Almodóvar. La Nobel de la Paz Shirín Ebadí lleva años luchando por una reinterpretación de las leyes islámicas. Esta destacada defensora de los derechos humanos denuncia que “las mujeres en Irán se enfrentan a leyes discriminatorias”. “Vivimos en una cultura patriarcal que está dominada por una interpretación incorrecta del islam”, asegura convencida de que esa religión permite adaptar las leyes según el tiempo y el lugar. “Una interpretación dinámica del islam acepta la igualdad de la mujer, la democracia y los derechos humanos”. Paradójicamente ha sido la revolución islámica la que ha dado a las iraníes los instrumentos para reclamar esos derechos. La imposición del hiyab (cobertura islámica) acabó con la segregación de los sexos en público e hizo posible el acceso generalizado de las mujeres a la educación. En época de la monarquía, la prohibición del chador (la pieza de tela negra con la que las piadosas chiíes se tapan de la cabeza a los pies) sólo había servido para enfrentar al Gobierno con el clero y que muchos padres prohibieran salir de casa a sus hijas. “Aunque haya gente que lo niegue, nuestra situación es mejor que antes; tenemos más libertad para estudiar o trabajar”, asegura Faezeh. Para cualquier occidental, ese detalle la define como una mujer conservadora. En Irán, sin embargo, hay muchos matices. “Quienes usan el pañuelo por obligación piensan que llevar el chador es símbolo de apoyo al régimen y no lo asocian con la religión”, lamenta esta joven cuyas posiciones la acercan a las llamadas feministas islámicas, mujeres que quieren cambiar la ley, pero mantener el velo. ÁNGELES ESPINOSA El País .es 67) a) b) c) d) e) Ángeles Espinosa trajo testimonios de varias mujeres iraníes para discutir un tema polémico. La discusión central del texto se ubica en la relación establecida entre familias discriminadoras x mujeres contestarias. gubernantes iraníes x sociedad laica. sociedad patriarcal x generaciones libres. interpretación del Corán x leyes islámicas. revolución islámica x antiguo régimen. 68) La revolución islámica, según el texto, trajo beneficios para las mujeres, aunque haya mantenido una serie de restricciones en sus vidas. De los itemes abajo, sólo uno no forma parte de la revolución, que es a) b) c) d) e) admitir el ascenso por la educación. imponer el uso de velos. permitir reclamos de los derechos. acabar con la segregación de los sexos. posibitar el desarrollo profesional. 69) a) b) c) d) e) sensibilizar al lector respecto a los problemas tratados. asumir responsabilidad sobre lo citado. identificar puntos de vista coincidentes. contraponer su opinión frente al tema. destacar otras voces como argumento de autoridad. 70) a) b) c) d) e) Al leer un texto periodístico, hay que llevarse en consideración el fenómeno de la polifonía. Al utilizar citas, el enunciador periodista tiene aquí el propósito de Aunque puedan parecer puntuales, los textos leídos tratan de temas universales. Por la lectura de los dos textos se evidencia que ambos presentan discursos de resistencia. apuntan la imposibilidad del diálogo. traducen prejuicios hacia lo femenino. discuten las identidades nacionales. exponen visiones antagónicas.