Processo Seletivo Discente UNIRIO/ENCE - 2007
TEXTO I
MARABÁ
Eu vivo sozinha; ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupá ?
Se algum dentre os homens de mim não se esconde
— “ Tu és”, me responde,
“ Tu és Marabá!”
Meus olhos são garços, são cor das safiras,
Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
Imitam as nuvens de um céu anilado,
As cores imitam das vagas do mar!
E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem nas direi?
O ramo d’ acácia na fronte de um homem
Jamais cingirei:
Jamais um guerreiro da minha arazóia
Me desprenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marabá!
Gonçalves Dias
Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:
— “ Teus olhos são garços” ,
Responde anojado, “ mas és Marabá:
“ Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
“ Uns olhos fulgentes,
“ Bem pretos, retintos, não cor d’ anajá!”
1 . marabá : mestiço de francês com índia.
2 . Tupá ou Tupã ( v. 3 )
3 . engraçado : gracioso ( v. 27 )
4 . arazóia ou araçóia : saiote de penas usado pelas mulheres
indígenas.
É alvo meu rosto da alvura dos lírios,
Da cor das areias batidas do mar;
As aves mais brancas, as conchas mais puras
Não têm mais alvura, não têm mais brilhar.
1)
Se ainda me escuta meus agros delírios:
— “ És alva de lírios” ,
Sorrindo responde, “ mas és Marabá:
“ Quero antes um rosto de jambo corado,
“ Um rosto crestado
“ Do sol do deserto, não flor de cajá.”
Meu colo de leve se encurva engraçado,
Como hástea pendente do cáctus em flor;
Mimosa, indolente, resvalo no prado,
Como um soluçado suspiro de amor!
— “ Eu amo a estatura flexível, ligeira,
Qual duma palmeira”,
Então me respondem; “ tu és Marabá:
Quero antes o colo da ema orgulhosa,
Que pisa vaidosa,
Que as flóreas campinas governa, onde está.”
Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
O oiro mais puro não tem seu fulgor;
As brisas nos bosques de os ver se enamoram,
De os ver tão formosos como um beija-flor!
Mas eles respondem : — Teus longos cabelos,
“ São loiros, são belos,
Mas são anelados; tu és Marabá;
Quero antes cabelos bem lisos, corridos,
Cabelos compridos,
Não cor d’ oiro fino, nem cor d’ anajá.”
Após leitura, análise e interpretação do poema Marabá,
algumas afirmações como as seguintes podem ser feitas, com
exceção de uma. Indique-a.
a) O poema se inicia com uma pergunta de ordem religiosa e
termina com uma consideração de aspecto sensual.
b) O poema é um profundo lamento construído com base na
estrutura dialética, apresentando-se argumentação e contraargumentação.
c) Ocorre interlocução registrada em discurso direto, estrutura
que enfatiza assim o desprezo preconceituoso dado à Marabá.
d) A ocorrência de figuras de linguagem e o emprego da primeira
pessoa marcam, respectivamente, as funções da linguagem
poética e emotiva.
e) Marabá é poema representante da primeira fase que cultua o
aspecto físico da mulher.
2) A expressão “Quero antes” pode ser substituída, sem que
haja alteração de significado, por “preferir”. Quanto à regência
desse verbo, de acordo com a norma padrão, está correto:
a) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes,
bem pretos, retintos, / que cor d’anajá!
b) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes,
bem pretos, retintos, / do que cor d’anajá!
c) Prefiro a uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes,
bem pretos, retintos, / do que cor d’anajá!
d) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes,
bem pretos, retintos, / à cor d’anajá!
e) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes do que, uns olhos
fulgentes, bem pretos, retintos, / a cor d’anajá!
3)
A leitura dos versos abaixo permite a identificação de figuras de linguagem. Aquela que está em desacordo com o contexto do
poema é
a) “ Eu vivo sozinha, chorando mesquinha”
( v. 53 )
gradação
b) “ Se algum dentre os homens de mim não se esconde”
( v. 4 )
hipérbato
c) “ Não têm mais alvura, não têm mais brilhar”
( v. 20 )
comparação
d) “ O oiro mais puro não tem seu fulgor; “
( v. 38 )
hipérbole
e) “ E as doces palavras que eu tinha cá dentro “
( v. 47 )
sinestesia
4)
A unidade dramática vivenciada pelo eu-lírico no poema Marabá concentra-se em
a) tristeza e compreensão.
b) aflição e frustração.
c) amargura e comedimento.
d) indignação e passividade.
e) decepção e aceitação.
5) O Romantismo tende ao uso de metáforas, o que denota um comportamento lingüístico voltado para a imagística em geral, tanto nas
descrições apresentadas, quanto nas alegorias. O fragmento de texto que exemplifica o uso predominante da metáfora é
a) “ Jamais um guerreiro da minha arazóia/ Me desprenderá...”
b) “Quero antes uns olhos bem pretos, reluzentes, / uns olhos fulgentes...”
c) “Quero antes o colo da ema orgulhosa, / que pisa vaidosa....”
d) “Teus longos cabelos, “ são loiros , são belos,...”
e) “Meus olhos são garços, são cor das safiras, / têm luz das estrelas, têm meigo brilhar.”
TEXTO II
Auto-retrato
No retrato que me faço
— traço a traço —
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore ...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança ...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão ...
6) Além da ênfase indicada pelo recurso gráfico dos travessões, os versos
“— traço a traço —”
e
“— pouco a pouco —”,
indicam ser o eu-lírico dotado de muita
a)
b)
c)
d)
e)
7)
Nos versos
e, desta lida, em que busco
— pouco a pouco —
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança ...
Corrigido por um louco!
Mário Quintana
reverência.
timidez.
perseverança.
tristeza.
infantilidade.
“ de que nem há mais lembrança
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão ...”,
a progressão textual indica ocorrência de
a)
b)
c)
d)
e)
causa e conseqüência.
ordenação espacial.
seqüência temporal.
enumeração de detalhes.
relação de retificação.
8)
No caderno Prosa e Verso do jornal O Globo, de 29 de julho deste ano, em reportagem comemorativa ao centenário de Mário
Quintana, lê-se que o poeta “ Dizia que não tivera infância, mas o espírito de guri traquinas e silencioso perdurou ao longo dos seus 87
anos.”. No poema Auto-retrato, essa temática ocorre, consolidada principalmente no verso “ Um desenho de criança” ( v. 13 ).
O último verso do poema “ Corrigido por um louco!” ( v. 14 ) em relação a todo o poema indica
a) repressão.
b) descuido.
c) empenho.
d) método.
e) ingenuidade.
9) A leitura de vários poemas de Mário Quintana permite observar um olhar lírico que aproxima elementos da natureza a etapas da vida,
como ocorre na primeira estrofe do texto II.
O conjunto de versos que ratifica essa leitura é
a) “ Os arroios são rios guris...
Vão pulando e cantando dentre as pedras...”
( os arroios)
b) “ Não sei que paisagem doidivanas
Mistura os tons ... aceita ...desacerta...”
( A Rua dos Cataventos)
c) “ Vou andando feliz pelas ruas sem nome...
Que vento bom sopra do Mar Oceano!”
( Obsessão do Mar Oceano)
d) “ O grilo procura
No escuro
O mais puro diamante pedido”
( Poema)
e) “ O meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Onde vêm pousar as andorinhas. “
( Poeminha sentimental)
TEXTO III
A descoberta do mundo
O que eu quero contar é tão delicado quanto a própria vida. E eu quereria poder usar a delicadeza que também tenho em mim, ao
lado da grossura de camponesa que é o que me salva.
Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a
atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes.
Continuo aliás atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa
expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. Ou será que eu adivinhava
mas turvava minha possibilidade de lucidez para poder, sem me escandalizar comigo mesma, continuar em inocência a me enfeitar
para os meninos? Enfeitar-me aos onze anos de idade consistia em lavar o rosto tantas vezes até que a pele brilhasse. Eu me sentia
pronta, então. Seria a minha ignorância um modo sonso e inconsciente de me manter ingênua para poder continuar, sem culpa, a
pensar nos meninos? Acredito que sim. Porque eu sempre soube de coisas que nem eu mesma sei que sei.
As minhas colegas de ginásio sabiam de tudo e inclusive contavam anedotas a respeito. Eu não entendia, mas fingia compreender
para que elas não me desprezassem e à minha ignorância.
Enquanto isso, sem saber da realidade, continuava por puro instinto a flertar com os meninos que me agradavam, a pensar neles.
Meu instinto precedera a minha inteligência.
Até que um dia, já passados os treze anos, como se só então eu me sentisse madura para receber alguma realidade que me
chocasse, contei a uma amiga íntima o meu segredo: que eu era ignorante e fingira de sabida. Ela mal acreditou, tão bem eu havia antes
fingido. Mas terminou sentindo minha sinceridade e ela própria encarregou-se ali mesmo na esquina de me esclarecer o mistério da
vida. Só que também ela era uma menina e não soube falar de um modo que não ferisse a minha sensibilidade de então. Fiquei
paralisada olhando para ela, misturando perplexidade, terror, indignação, inocência mortalmente ferida. Mentalmente eu gaguejava: mas
por quê? Mas por quê? O choque foi tão grande — e por uns meses traumatizante — que ali mesmo na esquina jurei alto que nunca iria
me casar.
Embora meses depois esquecesse o juramento e continuasse com meus pequenos namoros.
Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem,
passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta,
pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável
se tivesse encarregado de me contar como era o amor. Esse adulto saberia como lidar com uma alma infantil sem martirizá-la com a
surpresa, sem obrigá-la a ter toda sozinha que se refazer para de novo aceitar a vida e os seus mistérios.
Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma
planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque
ache vergonhoso, é pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.
Clarice Lispector
10) Descoberta do Mundo é representante do gênero textual crônica porque
a) a partir de espaços temporais, avalia-se o processo de amadurecimento do personagem.
b) a estrutura narrativa só comporta um personagem com reflexões intimistas.
c) apresenta um monólogo interior, utilizando estruturas, predominantemente, informais.
d) a partir de um dado particular se faz projeção de um conhecimento maior do mundo.
e) apresenta relação de causa e efeito proporcionais à atitude de descoberta do mundo.
11) No texto III, há várias ocorrências da palavra então. Considerando o trecho “ ... que não ferisse a minha sensibilidade de então.”
(§ 6º.), o valor semântico dessa palavra é
a) realce.
b) conclusão.
c) tempo.
d) inclusão.
e) intensidade.
12) Em “ e em quereria poder usar a delicadeza que também tenho em mim, ao lado da grossura de camponesas que é o que me
salva...”
O uso da expressão “ quereria poder usar “ antecipa ao leitor
a) perspectiva inicial sem definição.
b) visão de futuro imediato.
c) conjunto de ações globais.
d) reação ao momento observado.
e) visão de uma ação não realizada.
13) Nos parágrafos 4º.,5º.,6º. e 7º. , há predominância de conjunções adversativas e concessivas. A função discursiva destes
no parágrafo corroboram o sentimento de
a) ilusão repentina vivida pelo narrador.
b) contraposição vivida pela personagem e o mundo.
c) contradição vivida entre a adolescência e a fase adulta.
d) permanência e transformação típicas da fase adulta.
e) intimidade com as descobertas na fase adolescente.
elementos
14) Procedendo-se à leitura intertextual, há incoerência na afirmação feita em
a) A dissimulação é característica comum na construção não só do perfil do eu-lírico no Texto I, como do perfil que o narrador do texto III
faz de si mesmo.
b) No texto I ocorre descrição físico-psicológica; no II, apenas, psicológica.
c) Tanto o texto I como o texto III trazem referência a aspectos sensuais.
d) Não só o texto II como o III apresentam, de forma intimista, despojada, um auto-retrato.
e) O verso “ Um desenho de criança ...” ( Texto II, v. 13 ) e o fragmento “ Nada posso fazer : parece que há em mim um lado infantil que
não cresce jamais.”( Texto III, 2º § ) são exemplos de intertextualidade.
15)
Os condomínios fechados modelam hoje grandes extensões do espaço urbano do Rio de Janeiro.
Das características abaixo, aquela que não considera estes condomínios entre os espaços de auto-segregação é
a)
b)
c)
d)
e)
os condomínios contam com um número cada vez maior de atividades para uso privado, tais como escola e academia de ginástica.
os moradores se separam do restante da cidade por meio de muros, de grades e de serviços de segurança.
os moradores participam da vida urbana, experimentando as diferenças e a tolerância com outros grupos sociais.
o espaço condominial é reservado apenas para os moradores ou para aqueles que têm ordem para entrar.
os moradores, de um modo geral, se deslocam para outras áreas da cidade, utilizando meios de transportes privados.
16) A Amazônia, longe de ser homogênea, é uma região extremamente complexa e diversificada. Há a Amazônia da várzea e a da terra
firme. Há a Amazônia dos rios de água branca e a dos rios de águas pretas. Há a Amazônia dos terrenos movimentados e serranos, das
planícies litorâneas, dos cerrados, dos manguezais e das florestas. Habitar esses espaços é um desafio à convivência com a diversidade.
Adaptado de Carlos Walter Porto Gonçalves. Amazônia, Amazônias.
São Paulo: Contexto, 2001.
Esta natureza complexa e desafiadora vem passando por um processo de transformação como resultado de múltiplas ações.
Uma conseqüência dessas ações que, ainda, não ocorreu na Amazônia é
a)
b)
c)
d)
e)
a contaminação dos rios por rejeitos industriais e pelo mercúrio utilizado no garimpo do ouro.
a inundação de terras de camponeses, ribeirinhos e de comunidades indígenas para a construção de hidrelétricas.
o consumo da biomassa da floresta, seja como matéria-prima para fins industriais, seja como combustível.
os desmatamentos por meio de queimadas para a implantação de grandes empresas pecuaristas e de produção de soja.
o esgotamento das reservas minerais de ferro e bauxita extraídas do subsolo por grandes empresas mineradoras.
17)
Na segunda metade do século XX, processou-se a modernização do espaço agrário brasileiro.
Dentre as conseqüências dessa modernização não se inclui
a) a realização de uma ampla reforma agrária sob pressão dos movimentos sociais dos trabalhadores sem terra.
b) o deslocamento de grandes massas de trabalhadores rurais para os centros urbanos, com perda absoluta da população do campo.
c) o uso de tecnologias avançadas de produção permitem a expansão da área cultivada e a elevação dos índices de produtividade.
d) a multiplicação dos investimentos de capitais, da mecanização agrícola e da aplicação de novos conhecimentos na área de
biotecnologia.
e) o beneficiamento dos produtos ligados ao sistema agroindustrial e de exportação como a cana, a soja e a laranja.
18) O gráfico abaixo mostra o boom dos preços das commodities no mercado mundial, ocorrido nos últimos anos.
O Globo, 2006
Analise as afirmativas I, II, III.
I. O aumento dos preços das commodities está diretamente ligado ao aumento de demanda das economias de larga escala.
II. O desequilíbrio entre oferta e procura dos produtos agrícolas e não agrícolas possibilitou a valorização dessas commodities.
III. As mudanças ocorridas nos países mais ricos para uma sociedade do conhecimento têm provocado a constante valorização das
commodities.
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são:
a) apenas a III.
b) I e II.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) apenas a I.
19) Analise o mapa.
Geografia. Nathan, 2005. (Adaptado)
Considere as seguintes afirmativas:
I- O território da União Européia se organiza em torno de um espaço central que se estende do sudeste da Inglaterra até o norte da
Itália.
II- O rio Reno constitui a coluna vertebral do sistema europeu devido à infra-estrutura de transportes e à densidade das atividades
econômicas.
III- Os espaços periféricos da União Européia se diferenciam, segundo o maior ou menor grau de integração com o centro dinâmico.
IV- A proximidade geográfica e as relações que as cidades mantêm entre si originam um complexo sistema policêntrico.
Relacionando o mapa e as afirmativas, a opção que apresenta as afirmativas corretas é
a) I e III.
b) I e II.
c) III e IV.
d) I, II, III e IV.
e) I, II e IV.
20)
Na segunda metade do século XX, a população da América Latina apresentou duas características marcantes: a velocidade de
crescimento e a acelerada urbanização.
São razões, respectivamente, para as duas características:
a)
b)
c)
d)
e)
o crescimento vegetativo e o processo de industrialização.
o saldo migratório e a deterioração das condições de vida na área rural.
as migrações campo-cidade e a qualidade de vida da população rural.
a taxa de fertilidade e a abertura da economia com a globalização.
o aumento das taxas de natalidade - mortalidade e a dispersão das atividades industriais.
21) Analise o mapa a seguir.
Geografia. Nathan, 2005. (Adaptado)
Sobre a organização regional dos Estados Unidos não é correto afirmar que
a) o Nordeste e o Sudoeste estão articulados graças às plataformas informacionais e aos grandes eixos de circulação transcontinentais.
b) o Nordeste é uma região dinâmica porque concentra uma densa rede de cidades e um excepcional sistema de comunicações.
c) o Sun Belt inclui estados do sul e do oeste que tiveram um rápido crescimento econômico graças às indústrias de alta tecnologia.
d) a diagonal interior compreende os espaços agrícolas do Middle-West que apresentam densidades demográficas mais baixas.
e) no centro-sul estão concentrados os pólos de alta tecnologia devido à disponibilidade de recursos naturais.
22) O fim da Guerra Fria não deu lugar a uma paz estável. O “equilíbrio do terror” está sendo substituído por uma nova era de
turbulência.
O motivo desta instabilidade é provocada
a)
b)
c)
d)
e)
pelos conflitos político-ideológicos da África.
pela queda do muro de Berlim e a reunificação da Alemanha.
pelos movimentos do fundamentalismo islâmico.
pelas guerrilhas ligadas ao narcotráfico da América Andina.
pela restauração dos Estados nacionais no leste europeu.
23) O movimento de reforma da religião católica surgido na Europa, ao longo do século XVI, buscou alterar o catolicismo medieval em
virtude das mudanças culturais decorrentes da nova visão de mundo surgida e consolidada com o renascimento.
Uma característica do movimento reformista desse período é identificada em
a) a reforma luterana significou uma ruptura com os valores da cultura religiosa medieval, dentre os quais destacamos a utilização do
alemão em lugar do latim nos cultos religiosos.
b) o calvinismo representou uma crítica moderada à Igreja de Roma, pois condenou o lucro obtido com as atividades comerciais, mas
manteve o dogma medieval da predestinação.
c) a reação reformista da Igreja, ou contra-Reforma, se manifestou na convocação do Concílio de Trento, a partir de 1545, que modernizou
suas práticas e doutrinas, destacadamente com o reconhecimento da livre interpretação da Bíblia.
d) a Reforma anglicana, desencadeada na Inglaterra por Henrique VIII, permitiu ao rei inglês renovar a fé puritana sem romper com o
papado.
e) a criação da Companhia de Jesus, em 1534, significou o retorno do catolicismo à reclusão monástica e ao ensino religioso, conforme
os princípios do catolicismo defendidos pelo Vaticano.
24) “Um conhecido provérbio chinês diz que uma viagem de mil léguas começa com um curto passo. Portugal deu esse pequeno
passo em 1415, quando D. João I e seus filhos conquistaram Ceuta, praça forte mourisca do lado sul do estreito de Gibraltar. Dentro de
um século, esse pequeno passo abria o caminho até a China.” (MISKIMIN, Harry. A Economia do Renascimento Europeu, 1300 – 1600.
Lisboa: Editorial Estampa, 1984, p. 159.)
A expansão ultramarina européia, desenvolvida pelos portugueses ao longo do século XV, permitiu a superação das limitações da
economia comercial do continental europeu. A área de atuação econômica dos europeus foi nesse período transformada e ampliada em
uma escala maior que aquela de seu continente de origem. Incluiu, também, o continente africano e, ao final do século, o asiático.
Dentre tais transformações, podemos apontar, corretamente,
a) o estabelecimento de rotas comerciais lucrativas através do Atlântico sul viabilizadas com o tráfico de escravos.
b) a concorrência comercial promovida contra Portugal por diversas cidades européias que mobilizaram os recursos necessários a
sua expansão ultramarina.
c) a fixação dos interesses econômicos dos portugueses no rico comércio da China transformada em principal entreposto no ultramar.
d) a ocupação e colonização preferencialmente das regiões do interior da África pelos portugueses devido à abundância de marfim e de
ouro.
e) o abandono do interesse no continente africano pelos portugueses em decorrência da descoberta de vastas extensões de terras na
América.
25)
A expressão “Fulano é da esquerda” tão usada nos dias atuais tem uma razão histórica de ser.
Em qual fato histórico, a origem dessa expressão é melhor explicada?
a) Na Revolução Francesa, onde à “esquerda” nas Assembléias sentavam os girondinos defensores da ordem republicana adotada na
fase da Convenção.
b) Na Guerra das duas Rosas, que identificava aqueles que se colocavam a favor dos York, dinastia que defendia a Monarquia
Constitucional.
c) Na Revolução Americana, na Independência das colônias inglesas na América, onde ao lado esquerdo sentavam aqueles que defendiam
a manutenção dos laços coloniais com a Inglaterra.
d) Na Revolução Francesa, quando os Jacobinos ocupavam, no salão, o lado esquerdo, o que significava que eram contrários à ordem
vigente ou liberal dos girondinos.
e) Na chamada Revolução Gloriosa, quando os puritanos eram chamados de “fulanos de esquerda” pela sua posição religiosa diante da
monarquia anglicana.
26) “Entre os anos de 1789 e 1801 as autoridades de Lisboa viram-se diante de problemas sem precedentes. De várias regiões da sua
colônia americana chegavam notícias de desafeição ao trono, o que era sobremaneira grave. A preocupante novidade residia no fato de
que o objeto das manifestações de desagrado, freqüentes desde os primeiros séculos de colonização, deslocava-se, nitidamente, de
aspectos particulares de ações de governo para o plano mais geral da organização do Estado.” (JANCSÓ, Istvan. “A Sedução da
Liberdade: cotidiano e contestação política no final do século XVIII”, in: NOVAES, Fernando e SOUZA, Laura Mello (Organizadores).
História da Vida Privada no Brasil. SP: Cia. Das Letras, volume 1, 2004, p. 388.)
O texto citado faz menção às rebeliões e às sedições ocorridas ao longo do período colonial no Brasil, identificando o objeto de
contestação que motivou esses movimentos. A característica de um desses movimentos em sua relação com o trecho citado acima é
apresentada em
a) As manifestações de desagrado freqüentes desde os primeiros séculos, conforme o trecho citado, dizem respeito às rebeliões
nativistas que exigiam da Coroa uma nova ordem econômica livre dos monopólios mercantis sobre a colônia.
b) A Conjuração Mineira destacou-se entre os movimentos de sedição colonial, pois conforme o lema de sua bandeira “Liberdade ainda
que tardia”, teve como reivindicação principal o abolicionismo,que uniu os insurrectos em torno do movimento.
c) Ambas as Conjurações, Baiana e Mineira, não obtiveram sucesso em virtude de terem se constituído como movimentos políticos de
inspiração doutrinária local e lusitana.
d) A preocupante novidade em ambas as conjurações, a que se refere a citação acima, era a liderança das elites econômicas e
letradas da colônia em tais sedições radicais, cujas propostas sofriam a influência das idéias antimonárquicas iluministas.
e) A Conjuração Baiana expressou uma profunda contestação da ordem política monárquica implantada sobre a colônia ao lutar por um
governo republicano livre de Portugal.
27) “Os soberanos do Antigo Regime venceram Napoleão, em quem eles viam o herdeiro da Revolução e a escolha de Viena para a
realização do Congresso, para sede dos representantes de todos os Estados europeus, é simbólica, pois Viena era uma das únicas
cidades que não haviam sido sacudidas pela Revolução.” (RÉMOND, René. O Século XIX. SP: Cultrix, 1997, p. 17.)
O Congresso de Viena, reunido em 1815, mobilizou os representantes das principais monarquias européias, tais como Rússia,
Prússia, Inglaterra e Áustria, além de representantes de diversas nações da Europa, tendo como objetivo
a)
b)
c)
d)
e)
restaurar o princípio da legitimidade do poder das monarquias em diversos países europeus.
implantar o liberalismo econômico em países que mantinham o absolutismo monárquico, tais como Espanha e Portugal.
reconhecer as novas fronteiras dos estados europeus decorrentes das guerras napoleônicas.
defender as idéias liberais surgidas na Revolução Francesa frente ao conservadorismo do recentemente extinto Império Napoleônico.
difundir o nacionalismo e a autodeterminação dos povos europeus como um princípio do “equilíbrio Europeu” entre nações.
28)
Do poeta Jorge de Lima, lê-se
Mulher proletária
Mulher proletária — única fábrica
que o operário tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário.
Mulher Proletária, de Jorge de Lima, pode ser, historicamente, interpretada como
a) identificação do papel do proletário na vida econômica e social da sociedade capitalista e a sua possibilidade de luta pela propriedade,
seguindo o pensamento de Max Weber, nascido no século XIX.
b) tentativa de conscientizar o proletariado a não mais se reproduzir evitando portanto, o crescimento da classe proletária, identificandoa com as idéias do Socialismo Utópico de Malthus, do século XIX.
c) tentativa de chamar atenção dos proletários para exploração da classe burguesa sobre seu próprio corpo fundamentada no Anarquismo
de Bakunin, nascido do século XX.
d) demonstração clara da idéia de ser a classe proletária destituída totalmente de bens possuindo a prole como sua única propriedade,
identificando-a com o pensamento Liberal de Adam Smith, do século XIX.
e) crítica ao sistema capitalista que afasta o homem do resultado do seu trabalho e a apropriação da classe burguesa sobre a “mais
valia”, em que identificamos as idéias do Socialismo Científico, nascido no século XIX.
29) No dia seguinte à eleição, a mulher foi ao cemitério. Chegando ao túmulo do falecido marido, ela falou muito irritada:
- Seu desgraçado, insensível, miserável. Você não tem mais a menor atenção comigo.Ontem você foi votar lá na cidade e não teve
sequer a consideração de me procurar.
A piada nos chama atenção para uma fraude eleitoral praticada em países americanos por chefes locais. Os fenômenos da
América Latina que melhor representam a referida prática de fraude é o
a)
b)
c)
d)
e)
Populismo no Brasil e Caudilhismo na América Latina.
Caciquismo e Caudilhismo no Brasil e na América Latina.
Coronelismo no Brasil e Caciquismo na América Latina.
Coronelismo no Brasil e Caudilhismo na América Latina
Populismo e Caciquismo no Brasil.
30)
1969.
Nesse ano, o homem chegou à Lua e nos Estados Unidos da América, 400 mil jovens se reuniam em Woodstock, por três dias.
Mas no Brasil, iniciava-se, ao contrário do que acontecia no mundo, distensão política e liberação de costumes, a repressão e o
obscurismo. A juventude brasileira não ia a Woodstoock, se entregava a uma guerra desigual e perdida.
Os fatos que melhor representam a situação expressa no texto são:
a) O General Emílio Garrastazu Médici assumiu o governo; Lamarca iniciou a guerrilha no Vale da Ribeira; foi aprovada a Lei de
Segurança Nacional e o primeiro seqüestro de um embaixador no mundo acontece em 1969.
b) O general Costa e Silva decreta o Ato Institucional nº 5 e o Ato Institucional nº 14; o fechamento do Congresso; o fim da luta armada
da ALN-VPR; extinção da UNE (União Nacional dos Estudantes).
c) A passeata dos 100 mil que marcou o protesto contra o regime; nascia a Tropicália; e o Ato Institucional nº 5 foi decretado, apesar da
não-aceitação popular.
d) Aparecem as guerras de guerrilha; nasce a Operação Bandeirante (Oban); e a crise do chamado “Milagre Brasileiro”, idealizado por
Antonio Delfin Netto.
e) A guerrilha esteve próxima de tomar o poder com Lamarca e Marighella; o Ato Institucional de nº 14 foi decretado; na área econômica
foi lançado o Plano de Metas – “Milagre”.
31) Leia a entrevista do Dr. Daniel Deheinzelin (professor de Pneumologia da Faculdade de Medicina da USP e médico do Hospital do Câncer
e do Hospital Sírio-Libanês) para o Dr Drauzio Varella.
Drauzio - A dependência da nicotina, em geral, começa na adolescência. O que acontece com o pulmão do adolescente quando
começa a fumar?
Deheinzelin - Tão logo a pessoa começa a fumar, tem início uma reação inflamatória provocada, em primeiro lugar, pela temperatura
elevada da fumaça que queima não só os pulmões, mas toda a via aérea. Prova de que isso acontece é o reflexo de tosse que
acompanha as baforadas dos principiantes. Depois, os sintomas desagradáveis desaparecem e progressivamente vai aumentando o
número de cigarros fumados por dia.
A combustão gera partículas de oxigênio, os radicais livres, que oxidam as estruturas celulares, destruindo parte da arquitetura
dos pulmões.
Dizer que o cigarro faz mal para o pulmão é tratar de uma parte do problema. O cigarro danifica a via respiratória inteira, porque
seu revestimento interno não suporta a toxicidade nem a alta temperatura da fumaça e começa a sofrer um processo de substituição de
células.
Além disso, a produção de muco aumenta muito, porque este funciona como uma capa protetora do tecido epitelial, que reveste
as vias aéreas, e pode ajudar a expelir os elementos irritantes que foram inalados.
Nos brônquios, a fumaça também provoca uma reação inflamatória que ocasiona sua destruição progressiva.
Fonte: httpw://ww.drauziovarella.com.br
Quando o Dr. Deheinzelin menciona as estruturas celulares oxidadas que destroem parte da arquitetura dos pulmões, está se
referindo
a) aos bronquíolos danificados pela ação da fumaça e que provocam mudanças no formato dos lobos pulmonares.
b) às células epiteliais que constituem os alvéolos, estruturas que sediam as trocas gasosas e são responsáveis pela configuração
espacial dos pulmões.
c) à atrofia das células musculares do diafragma que diminuem o volume dos pulmões.
d) à destruição da fissura oblíqua que separa o lobo médio do lobo inferior do pulmão direito.
e) aos danos causados pela passagem da fumaça através da traquéia, ocasionando deformações em sua estrutura.
32)
A descoberta das plantas carnívoras no século XVIII deu origem a idéias muito bizarras e mitos no passado. Existem muitos
relatos onde se dá a notícia que as plantas carnívoras seriam monstros terríveis, capazes até de vitimar pessoas. São, no entanto, bem
mais modestas! Só poderão aparecer como monstros aos olhos dos insetos ou de outros pequenos animais que conseguem capturar.
As plantas carnívoras, também denominadas insetívoras, representam um caso muito particular de adaptação de algumas espécies
vegetais.
Fonte: http://www.naturlink.pt
Considere as seguintes sentenças:
(I) Capturam geralmente insetos para reforçar as suas necessidades alimentares.
(II) Encontram-se, normalmente, em habitats eutróficos, muito ricos em nutrientes minerais.
(III) Ocorrem em solos onde a decomposição da matéria orgânica é muito rápida
(IV) Não possuem órgãos fotossintéticos, assemelhando-se a plantas parasitas (holoparasitas)
(V) Sob condições ideais, desenvolvem-se até à floração e maturação das sementes sem usar o recurso da digestão adicional de
insetos.
Estão corretas as afirmações
a) I e V.
b) II e III.
c) IV e V.
d) I e II.
e) III e IV.
33)
Em um determinado campo, habitavam uma espécie de coruja (coruja branca de hábitos diurnos) e duas espécies de pequenos
roedores, que faziam parte da mesma cadeia alimentar. A proporção entre as duas populações de roedores era de 58% para espécie
A (de hábitos diurnos e noturnos) e de 42% para espécie B (de hábitos diurnos). Neste campo foi introduzida uma nova espécie de
coruja (coruja mateira), que passa a fazer parte dessa cadeia, com o hábito alimentar unicamente noturno.
O que se espera em uma avaliação da comunidade, após a introdução da coruja mateira?
a) A coruja branca, por ser competitivamente inferior à mateira, é eliminada deste ambiente.
b) A porcentagem da população da espécie A aumenta em relação à espécie B, até a eliminação completa da segunda, graças ao
desequilíbrio ecológico provocado pela introdução de uma nova espécie de coruja.
c) A proporção entre as populações de roedores se mantém, já que cada coruja ocupa um nicho ecológico diferenciado.
d) A porcentagem da população da espécie A diminui em relação à espécie B, até atingirem um novo equilíbrio.
e) A coruja mateira não se adapta ao novo ambiente, por não conseguir mudar seu hábito alimentar.
34)
Pílula Anticoncepcional
Muitos anos de pesquisas ajudaram a desenvolver pílulas anticoncepcionais seguras e eficientes. As pílulas anticoncepcionais já
foram consideradas um dos símbolos da liberação feminina, um instrumento para a ascensão da mulher em todos os setores da
sociedade. Mesmo assim, carregaram por muito tempo a fama de trazer riscos para a saúde. Tanto que, mesmo considerando-se
seus aspectos positivos (evitar uma gravidez inoportuna, por exemplo), as pílulas eram vistas como um mal necessário.
Fonte: http://www.sabermulher.com.br
As pílulas anticoncepcionais femininas possuem substâncias que
a)
b)
c)
d)
e)
alteram o pH vaginal, inibindo o batimento flagelar dos espermatozóides.
impedem a ocorrência do fenômeno da ovulação.
provocam a morte dos espermatozóides após a entrada no colo do útero.
irritam a mucosa tubária, provocando a obstrução das tubas uterinas.
bloqueiam a penetração do espermatozóide no óvulo.
35)
Vinho na temperatura certa é bem melhor – saiba o porquê.
Centenas de pequenas moléculas voláteis, sensorialmente ativas, participam da composição do sabor dos vinhos. Sob baixas
temperaturas, estas moléculas, que estão solubilizadas num meio hidroalcoólico ácido, têm menor velocidade e colidem entre si com
menor freqüência e menor quantidade de energia. A única vantagem de provar vinhos mais resfriados é que eventuais odores indesejáveis
(ex: acetaldeído, acetato de etila e ácido sulfídrico) tornam-se menos voláteis e, portanto, menos perceptíveis ao sentido do olfato.
Revista Vinho Magazine, 2003.
Enólogos amadores, em conversa ocasional, elaboraram algumas suposições sobre as características dos vinhos, bebida tão
apreciada no mundo inteiro.
A suposição bioquimicamente correta para as características do vinho é
a) “As folhas das parreiras realizam a fotossíntese, sem a qual não haveria a matéria-prima para a fermentação e, conseqüentemente
a produção do vinho”.
b) “Sem a adição de álcool etílico, durante o processo de fabricação dos vinhos, esta bebida não seria mais do que suco de uva”.
c) “A presença de diferentes leveduras e do tipo de ácido orgânico que elas produzem determinará a acidez e o tipo de vinho obtido”.
d) “A doçura característica de alguns vinhos se deve à fermentação completa dos carboidratos da uva”.
e) “A fermentação permite a quebra das ligações peptídicas das proteínas da uva, produzindo álcool, gás carbônico e energia para a
produção de vinhos espumantes.”
36) VÍTIMA DE TIROTEIO RECORRE AO STJ PARA USAR CÉLULA-TRONCO
A família de Camila Magalhães Lima, de 20 anos, tetraplégica há oito, desde que foi atingida por uma bala perdida, recorreu ao
Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar fazer um implante de células-tronco em Portugal, depois que o Tribunal de Justiça do Rio
negou dois pedidos de tutela antecipada da indenização que a jovem pleiteia, alegando que a operação não é urgente. “É uma falta de
sensibilidade total”, criticou a mãe de Camila, Ana Lúcia Magalhães Lima.
A cirurgia realizada pelos médicos portugueses consiste na retirada de células da mucosa olfativa do paciente e implante na
região afetada pela lesão. Lá, elas se multiplicariam e poderiam assumir as funções perdidas.
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil
Com relação a células-tronco, é equivocado afirmar que
a)
b)
c)
d)
e)
podem sofrer o processo de divisão mitótico, sem limites, durante o tempo de vida do organismo.
não apresentam características de diferenciação celular definidas.
quando se dividem, podem permanecer como células-tronco ou podem vir a se tornar terminalmente diferenciadas.
necessitam se dividir rapidamente para que o processo de substituição celular seja efetivo.
encontram-se num estágio inicial de uma via de diferenciação celular.
37)
(...)O câncer de pele é o mais comum entre os cânceres e se manifesta de duas formas: os carcinomas e os melanomas. Mais
freqüente, o carcinoma tem malignidade baixa. Provoca grandes deformações, mas não leva à morte. Já o melanoma, que é a
transformação malígna dos melanócitos (células produtoras de pigmentos), é o câncer que mais cresce no mundo - nos últimos dez
anos aumentou 20%. As pessoas, principalmente em países tropicais como o Brasil, se expõem excessivamente aos raios ultravioleta
do sol, que são prejudiciais à epiderme (camada superficial da pele). Esta exposição exagerada é um dos fatores, mas não é o único.
O câncer de pele também é provocado por fatores genéticos e ambientais, como a destruição da camada de ozônio. As pessoas de
pele clara estão mais sujeitas a ter problemas de pele e devem dar atenção especial ao auto-exame por toda a área do corpo.(...)
Fonte: http://www.saudevidaonline.com.br/cpele.htm
A incidência desta doença está relacionada diretamente à concentração de melanina nas células epiteliais dos indivíduos. A
formação deste pigmento depende de uma cadeia de reações químicas. Logo, a produção de melanina depende da interação entre
todos os genes envolvidos (interação gênica). Considerando que a cor da pele dos seres humanos pode ser classificada em negra,
mulata escura, mulata média, mulata clara e branca, qual seria o genótipo de um casal para que o cruzamento entre eles produzisse
uma prole com todas as possibilidades fenotípicas?
a)
b)
c)
d)
e)
SSTT x SsTt.
SsTt x SsTt.
SSTT x sstt.
SStt x ssTT.
SsTt x SsTT.
38)
Papa submete ao debate a Teoria da Evolução de Darwin
O Papa Bento XVI receberá, nesta semana, para um seminário privado com a finalidade de firmar a posição da Igreja Católica
frente à Teoria da Evolução de Darwin. Um dos convidados-chave, o Cardeal Christoph Schönborn de Viena, Áustria, é sabidamente
simpatizante da Teoria do Intelligent Design (ID), a idéia de que o desenvolvimento da vida é planejado por um “projetista” (designer) não
identificado, usualmente assumido como sendo Deus. Entretanto, o Irmão George Coyne, ainda recentemente diretor do Observatório
do Vaticano, ridicularizou a idéia do Intelligent Design, acusando seus seguidores de subestimação da boa vontade de Deus em dar
liberdade para a natureza. Coyne descreveu ainda o criacionismo como “um movimento religioso desprovido de qualquer base científica”,
e que: “Deus não é um mero projetista e a vida é fruto de bilhões de tentativas”.
Fonte: http://www.newscientist.com
Convicções à parte, assinale a afirmativa que contém, apenas, princípios que nortearam a elaboração da Teoria da Origem e
Evolução das Espécies de Charles Darwin, conhecida como Darwinismo.
a)
b)
• Os organismos apresentam variações hereditárias, e, portanto, transmissíveis;
• Os organismos competem entre si, “lutando” constantemente pela existência.
• Muitos órgãos que possuem a mesma origem embrionária e a mesma posição anatômica no organismo diferem quanto a sua
função;
• A utilização, através de gerações, de um órgão fará com que ele se desenvolva, bem como sua inatividade fará com que este
se atrofie.
c) • Os caracteres adquiridos ou perdidos são transmissíveis à prole;
• Qualquer modificação no patrimônio genético de um indivíduo (mutação) é passível de ser transmitida a seus descendentes.
d)
• A recombinação gênica não conduz ao aparecimento de novos genes, mas aumenta a variabilidade genética;
• Fatores ambientais afetam o desenvolvimento e modificam o indivíduo.
e)
• A evidência de preocupações protetoras e funcionais, na elaboração dos órgãos e membros presume a existência de uma
criação;
• A vida depende de muitas reações químicas em condição de não equilíbrio; proteínas e ácidos nucléicos não são produzidos
na ausência da vida.
39) “... a biodegradação pode não ocorrer com a rapidez necessária e os ambientes aquáticos tornam-se anaeróbios (reduzido teor de
oxigênio dissolvido), passando a exalar cheiro desagradável, com formação de gás sulfídrico (ácido sulfídrico), e de outros produtos da
atividade microbiana (...) tais como íons acetato e os gases hidrogênio, carbônico e metano”.
Ciência Hoje, 2005
Entre os compostos citados, classificam-se como substâncias simples
a) acetato e oxigênio.
c) oxigênio e hidrogênio.
b) hidrogênio e metano.
d) ácido sulfídrico e metano.
e) acetato e ácido sulfídrico.
40) Na desinfecção de feridas cutâneas, por uso de solução de peróxido de hidrogênio a 10%, observa-se a formação de bolhas devido
à enzima catalase, presente no sangue, que acelera a decomposição deste óxido.
A formação de bolhas deve-se à produção do gás
a) amônia.
c) nitrogênio.
b) hidrogênio.
d) oxigênio.
e) cloro.
41) O valor energético total no consumo de um sanduíche de 50 g de pão e 200 g de hambúrguer é de 2.940 KJ. Se em uma hora de
caminhada, há consumo de 1.100 KJ, o tempo em minutos, necessário para o consumo da energia assimilada na ingestão do sanduíche,
será de
a) 320.
b) 160.
c) 80.
d) 40.
e) 20.
42)
“Yves Chauvin, ganhador do prêmio Nobel de química de 2005 contribuiu intensamente para a área da catálise. (...) Entre os
processos por ele estudados estão o de produção de olefinas e a catálise homogênea, que permitiu a realização de reações bastante
seletivas e a substituição de catalisadores prejudiciais ao meio ambiente.”
Ciência Hoje, 2005
Os catalisadores são substâncias que
a)
b)
c)
d)
e)
diminuem a velocidade da reação, ao aumentarem a energia de ativação do sistema.
aceleram a velocidade da reação química, ao reagirem com os reagentes da reação.
diminuem a velocidade da reação química, ao anularem a energia de ativação da reação.
estão sempre no mesmo estado físico das substâncias participantes da reação.
aceleram a velocidade da reação química, ao diminuir a energia de ativação do sistema.
43) “O estudo de uma maré negra depende do comportamento do petróleo derramado no mar e de sua natureza. Existem três grandes
famílias de hidrocarbonetos. Hidrocarbonetos alifáticos saturados, hidrocarbonetos aromáticos insaturados e as resinas e asfaltenos
— moléculas de alto peso molecular que contêm freqüentemente metais (níquel e vanádio), também chamadas de alcatrões ou betumes.
(...) Essencialmente, a toxicidade química do petróleo está nos hidrocarbonetos aromáticos, sobretudo os mais leves, que apresentam
de um a três núcleos aromáticos. Infelizmente, os hidrocarbonetos tóxicos leves são também os mais solúveis na água do mar”.
Scientific American, 2005
A opção que indica, de acordo com o texto acima, a substância de maior toxidade presente no petróleo é
A)
D)
B)
E)
O
C)
OH
44) Os lipídios são tipos de biomoléculas que se encontram distribuídos em todos os tecidos, principalmente, nas membranas celulares
e nas células de gordura.
Embora não apresentem nenhuma característica estrutural comum, os lipídios possuem poucos heteroátomos. Isto faz com que estes
sejam pobres em dipolos, daí a razão para serem fracamente solúveis em água.
Este fenômeno ocorre devido ao fato de que as moléculas dos lipídios
a)
b)
c)
d)
e)
apresentam uma polaridade muito alta.
apresentam uma polaridade semelhante à da água.
apresentam uma polaridade muito baixa e, em certos casos, igual a zero.
são moléculas de baixo peso molecular, sendo impossível se dissolver em solventes de baixo peso molecular.
apresentam momento dipolar negativo, enquanto o momento dipolar da água é igual e zero.
45) O octeno, dentre outras substâncias, está contido na casca de limões e sofre combustão como todo hidrocarboneto. Também,
teoricamente, forma o álcool correspondente quando hidratado em meio sulfúrico de acordo com a reação abaixo:
H2SO4
C8H16 + H2O
A reação inversa obedecerá ao mecanismo de
a)
b)
c)
d)
e)
condensação.
adição.
substituição eletrofílica.
substituição nucleofílica.
eliminação.
C8H17OH
46) Macroalgas verdes, como a Ulva fasciata, podem absorver íons cúprico, através de uma interação deste íon com os grupos
oxigenados de açúcares presentes neste vegetal. Em interações deste tipo, o íon cúprico atua como um
a)
b)
c)
d)
e)
ácido de Bonstëd.
ácido de Lewis.
ácido de Arrhenius.
base de Lewis.
base de Bonstëd.
47)
Raissa está tocando violoncelo na sala de sua residência durante a noite. Ela se encontra no ponto M da figura e a lâmpada L
está acesa. Seu irmão se encontra deitado em outro cômodo no ponto C da figura, com a lâmpada do seu quarto desligada. A porta P
do seu quarto está aberta. Ele percebe que pode ouvir nitidamente o som do violoncelo, mas que a luz emitida pela lâmpada L não o
alcança. Isto pode ser explicado porque nesta situação ocorre
a)
b)
c)
d)
e)
refração das ondas sonoras e difração da luz.
difração tanto das ondas sonoras quanto da luz.
difração das ondas sonoras, mas não da luz.
refração da luz e difração das ondas sonoras.
refração tanto da luz, quanto das ondas sonoras.
48) Algumas vezes, quando a temperatura está alta, as pessoas costumam assoprar a própria pele na tentativa de ter uma sensação
de resfriamento desta. Para obter este efeito, elas sopram o ar com a boca quase fechada. Se elas fizerem isto com a boca muito
aberta, sentirão um ar morno saindo de suas bocas, embora o ar dentro das pessoas tenha a mesma temperatura inicial nas duas
situações. A afirmativa verdadeira, considerando as situações descritas, é
a)
b)
c)
d)
e)
O ar que sai da boca na primeira situação afasta mais moléculas de ar próximas à pele e, por isso, ela se resfria.
Na segunda situação, o ar que sai da boca afasta mais moléculas de ar próximas à pele e, por isso, ela se resfria.
Quando o ar sai da boca na segunda situação, ele se expande e, conseqüentemente, a pele perde menos calor para ele.
Na primeira situação, o ar que sai da boca se expande e, conseqüentemente, a pele se resfria.
A quantidade de ar que sai da boca na primeira situação é maior do que na segunda situação e, conseqüentemente, ela se resfria.
49)
Nos Jogos Paraolímpicos de Athenas de 2004, o nadador Clodoaldo Francisco da Silva tornou-se o maior nome do Brasil na
competição, com seis medalhas de ouro e uma de prata. No entanto, vários outros atletas também obtiveram grandes marcas nesta
Olimpíada, como por exemplo Terezinha Guilhermina que quebrou recordes brasileiros nas provas de corrida, correspondentes aos
400m, 800m e 1500 metros rasos. Embora haja diferenças flagrantes entre atletas olímpicos e paraolímpicos, do ponto de vista dos
conceitos físicos, sob vários aspectos, eles podem ser considerados como idênticos. Por exemplo, para que a eficiência máxima por
atleta seja alcançada durante uma prova de corrida, é necessário, que no momento do contato entre o solo e o pé do atleta, o pé esteja
parado em relação ao solo. Considere que as forças de atrito cinético e de atrito estático, que podem atuar sobre o pé, sejam representadas
por FC e FE , respectivamente.
No instante em que o pé do atleta toca o solo, estas forças que atuam sobre ele estão corretamente representadas na alternativa:
FE
d)
c)
b)
a)
FC
FC
FE
FE
e)
FC
FE
50) “Plutão perde status de planeta”
Membros da União Astronômica Internacional (UAI) reunidos em Praga, na República Tcheca, decidiram na manhã desta
quinta-feira que Plutão não será mais definido como um planeta. O Sistema Solar agora fica com oito planetas: Mercúrio , Vênus ,
Terra , Marte , Júpiter , Saturno , Urano e Netuno . A comunidade científica estabeleceu na capital tcheca que, para ser um planeta, o
astro precisa ser dominante em sua zona orbital, o que não ocorre com Plutão”.
O Globo On line – Ciência 2006
De acordo com o texto acima, para que um corpo celeste seja considerado um planeta, é necessário que ele exerça domínio
gravitacional sobre corpos vizinhos, ou seja, a força gravitacional gerada por ele seja mais intensa do que a força gravitacional gerada
por quaisquer corpos de sua vizinhança. Sabe-se que a massa de Netuno é de, aproximadamente, 17 vezes a massa da Terra, enquanto
que a massa de Plutão é aproximadamente 2000 vezes menor do que a massa do nosso planeta.
Considere que os módulos das forças gravitacionais exercidas por Netuno e Plutão sobre um corpo são representadas,
respectivamente, por FN e FP . Se essas forças forem calculadas com o corpo no ponto médio do segmento de reta que liga os centros
de massa desses planetas, a relação entre os módulos será expressa por
a)
b)
c)
d)
e)
FN = 3,4.104FP .
FN = 1,2.102FP .
FN = 3,4.103FP .
FN = 1,2.10FP .
FN = FP .
51) O ano-luz é definido como sendo a distância que a luz (300.000 km/s) percorre em um ano. Com boa aproximação, podemos
afirmar que 1 ano-luz = 10 trilhões de quilômetros. O universo é composto por um grande número de galáxias e cada galáxia, pode-se
dizer, contém um número desconhecido de corpos celestes. Para que a luz atravesse a nossa galáxia, a Via Láctea, ela precisa
percorrer 100 mil anos-luz. A ordem de grandeza em quilômetros do tamanho de nossa galáxia é
a) 1015.
b) 1021.
c) 1018.
d) 1013.
e) 1010.
52) Um estudante lança, verticalmente para cima, um pequeno corpo, num local em que se pode desprezar a resistência do ar. O
objeto é lançado da altura de seu ombro.
Fazendo a análise gráfica do movimento do corpo, o aluno desenha os gráficos a seguir:
Gráfico I
Gráfico I
Gráfico II
Gráfico II
Gráfico III
Gráfico III
Gráfico IV
Gráfico IV
Sobre os gráficos são feitas as seguintes afirmativas:
I- O gráfico I pode representar como varia a posição do objeto lançado em função do tempo.
II- O gráfico II pode representar como varia a posição do objeto lançado em função do tempo.
III- O gráfico III pode representar a velocidade do objeto lançado durante sua descida.
IV- O gráfico IV pode representar a aceleração do objeto lançado em função do tempo.
V- O gráfico III pode representar a aceleração do objeto lançado em função do tempo.
Sobre as afirmações feitas, podemos dizer que são corretas:
a) I, III e V, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) II e V, apenas.
53) Duas lâminas metálicas paralelas de grande área estão separadas de uma distância d. Estabelece-se entre elas uma diferença de
potencial U, o que faz com que, na região central das placas, o campo elétrico possa ser considerado uniforme. As lâminas são
afastadas a seguir, à distância 2d, mantendo-se ainda paralelas e com a mesma ddp U. Em relação ao campo elétrico entre as lâminas
e o trabalho realizado para transportar uma carga elétrica de uma placa à outra, é correto estabelecer a seguinte relação:
a) O campo elétrico tem seu valor reduzido à metade e o trabalho não se altera.
b) O campo elétrico tem seu valor duplicado e o trabalho não se altera.
c) O campo elétrico não se altera e o trabalho tem seu valor reduzido à metade.
d) No campo elétrico ocorre mudanças em direção e o trabalho não se altera.
e) O campo elétrico não se altera e o trabalho tem seu valor duplicado.
54) A
figura ao lado mostra duas lentes associadas formando o que denominamos de sistema afocal, ou seja, quando um feixe
luminoso paralelo, incidindo na primeira lente, refrata na segunda, também paralelo. Imagine, agora, que você tenha uma lente convergente, com 6,0 cm de distância focal, e outra divergente, com 3,0 cm de distância focal dispostas de modo que seus eixos ópticos
coincidam.
Qual deve ser a distância (d) entre as lentes, para que o sistema seja afocal?
a) Zero
b) 2,0 cm
c) 3,0 cm
d) 6,0 cm
e) 9,0 cm
d
55) Segundo dados presentes na publicação Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2004, do IBGE, a quantidade de espécies
da fauna brasileira ameaçada de extinção vem aumentando. O tráfico de animais é um dos fatores que contribui para este quadro.
Com base no gráfico abaixo, assinale a única alternativa falsa.
Número de espécies animais apreendidas, por
alguns grupos taxonômicos, segundo algumas
regiões - 2004 -
número de espécies
120
96
100
77
80
76
60
40
20
26
34
34
7
14
14
22
25
11
0
Norte
Nordeste
Sudeste
Mamíferos Aves
Sul
Répteis
Fonte: www.ibama.gov.br
a)
b)
c)
d)
e)
A atividade do tráfico visa, principalmente, às aves brasileiras.
Aproximadamente 50% dos animais apreendidos na região Norte são aves.
Entre o total de répteis apreendidos, 1/6 está na região Sul.
Na região Sul foram apreendidos 20% a mais de aves do que na região Sudeste.
O número de mamíferos e répteis apreendidos na região Nordeste é o mesmo.
56) Com o objetivo de obter a iluminação sugerida pelo diretor, para a realização de um determinado espetáculo teatral num palco
retangular ABCD de dimensões 6,0 m x 4,0 m, foi necessário separar o palco em regiões, de modo que o ângulo interno A fosse
dividido em seis ângulos, todos congruentes, conforme a figura abaixo.
Determine a área da única região não triangular obtida.
a) 16 − 6 3 m 2
b) 10 3 m 2
c) 8m 2
d) 6 m 2
e) 4 m 2
57) A Olimpíada de Matemática promovida pela Sociedade Brasileira de Matemática é uma das atividades apoiadas pela UNIRIO. Em
um treinamento, foi proposto um problema que envolvia a solução da equação do 2º grau 3 x 2 + 6 x + c = 0 . Durante a resolução, um
participante trocou o sinal de c e concluiu que a equação não possuía raízes reais.
Em relação a c, tomando por base o equívoco do participante, pode-se afirmar que
a) c é um número inteiro ímpar.
c) c é um número irracional.
b) c é um número inteiro par.
d) c ≥ 4 .
e) c < −3 .
58) O primeiro Congresso Internacional de Matemáticos foi realizado em Zurique em 1897. A partir de 1950, este Congresso jamais
deixou de acontecer, sempre de 4(quatro) em 4 (quatro) anos. Em 2006, ocorreu a 25ª Edição deste Congresso em Madri.
Caso este congresso continue acontecendo como descrito, podemos afirmar que o primeiro Congresso Internacional de Matemáticos
do século XXII será o de número
a) 44.
b) 49.
c) 51.
d) 52.
e) 53.
59) O biólogo e naturalista inglês Charles Darwin formulou a “Teoria da Seleção Natural”, publicada, em 1859, em sua obra “A Origem
das Espécies”. Em 2006 morreu Harriet, uma das tartarugas que Darwin estudou, em sua passagem pelas Ilhas Galápagos. Sabe-se
que Harriet nasceu 22 anos depois de Darwin e que a soma dos anos de nascimento de Darwin e Harriet é 3640.
Se Harriet morreu após completar “aniversário”. Quantos anos a tartaruga viveu?
a)162
b)168
c)175
d)184
e)198
Para os Jogos Pan-americanos de 2007, foi criado o logotipo ao lado cuja logomarca traz um pássaro
como ponto de partida. A repetição deste elemento com cores, tamanhos e posições diferentes, representa
a reunião das várias culturas das Américas, irmanadas e integradas.
60)
Considere que na fase da arte final deste logotipo, já com o desenho todo pronto, tenha ficado determinado
que os pássaros seriam pintados cada um de uma cor escolhida entre o verde, o azul escuro, o laranja, o
amarelo e o azul claro. Suponha também que tenha sido decidido que o maior pássaro seria pintado de
verde e que os dois pássaros azuis (o claro e o escuro) não ficariam juntos.
Nessas condições, qual o número de versões deste logotipo que tiveram que ser analisadas, para que se
chegasse a versão final ?
a) 36
b) 24
c) 18
d) 12
e) 6
61) Com os dados do Censo Demográfico de 2000, apresentados no gráfico abaixo, pode-se constatar que a redução na taxa de
analfabetismo no Brasil é uma tendência que já vem sendo seguida desde a década de quarenta. Observe que a partir de 1980 (quando
esta taxa foi de 26%) esta redução obedece a uma função polinomial de 1º. grau.
Supondo que esta tendência se mantenha, em que ano a taxa de analfabetismo no Brasil será exatamente igual a 5% ?
Evolução temporal da taxa de analfabetismo no Brasil por década
(valores aproximados)
taxa de analfabetismo (%)
60
56
50
50
40
40
34
30
26
20
20
14
10
0
1940
1950
1960
1970
1980
1990
2000
2010
2020
ano
Fonte: CENSO Demográfico de 2000. (Adaptado)
a) 2013
b) 2014
c) 2015
d) 2016
e) 2017
62)
Em 1911, o cientista neozelandês Ernest Rutherford descobriu que o átomo não seria uma esfera maciça. Este seria, sim,
formado por uma região central, chamada núcleo atômico e uma região externa ao núcleo, chamada eletrosfera.
Para chegar a essas conclusões, Rutherford e seus colaboradores bombardearam, com partículas alfa, lâminas de ouro de espessura
desprezível. Observaram seu espalhamento em uma tela de zinco coberta de material fluorescente.
Fonte: www.teleformacion.edu.ayatolacoluna.es
Na figura abaixo, é mostrado um esquema da experiência de Rutherford , em que as partículas alfa são lançadas a partir do ponto A.
A tela de zinco tem formato circular com centro na origem O = (0,0 ) e raio 10 .
Determine a ordenada y do ponto N = ( x, y ) pertencente à tela de zinco, sabendo que o segmento ON está contido na reta de
equação y 3 x.
Fonte: www.fismed.ufrgs.br
a)
3
y
2
b)
y 2
c)
y
9
4
d)
y
5
2
e)
y 3
Texte I
Le Kerala trouve le Coca-Cola imbuvable
Le 15 janvier 2005, des manifestants protestaient contre l’usine d’embouteillage de Coca-Cola dans le village de Plachimada au
Kerala, dans le Sud de l’Inde. Cinq jours plus tard, une cinquantaine d’usines de Coca et de son frère Pepsi implantées dans tout le souscontinent étaient encerclées par des chaînes humaines. Des dizaines de milliers de citoyens avaient alors envoyé aux deux compagnies
un Quit India sonore.
Pourquoi tant d’inhospitalité? Parce que, selon l’activiste écologiste Vandana Shiva, Coca-Cola “vole les ressources collectives
d’eau, détruit l’environnement, dégrade la santé publique et viole la législation nationale”.
La manifestation du 15 janvier marquait le millième jour de lutte pour la fermeture de l’usine de Plachimada. A l’origine de cette
campagne: des adivasis1 et des dalits2, les marginalisés des marginaux de l’Inde. Et, en plus, des femmes fatiguées de parcourir des
distances toujours plus grandes pour rapporter de l’eau à la maison. Un beau jour, elles décidaient de dénoncer les pompages d’eau
abusifs de Coca-Cola.
La mobilisation s’est progressivement étendue à d’autres villages de l’Inde profonde où les habitants avaient les mêmes critiques
à l’égard du géant rouge et blanc. Les autorités ont bien tenté d’étouffer les protestations par la violence. Mais peine perdue. Aujourd’hui,
c’est à travers tout le pays que l’on demande à Coca-Cola et à Pepsi de quitter l’Inde. Car la population de Plachimada et d’ailleurs ne veut
pas comprendre que l’embouteillage des Coca-Cola, Sprite ou Fanta nécessite de l’eau. Beaucoup d’eau. Jusqu’à un million et demi de
litres par jour. Assez pour satisfaire les besoins quotidiens de dizaines de milliers de personnes.
A tel point que six mois à peine après l’implantation de l’usine Coca à Plachimada, “les habitants ont commencé à se plaindre
qu’ils manquaient d’eau souterraine”, raconte Mylamma, celle-là même qui a initié le mouvement de contestation.
En plus de boire, de cuisiner et de se laver, les gens de la région de Kerala dépendent pour la plupart de l’agriculture. Dans son
enquête sur Coca-Cola, K. R. Ranjith rapporte l’histoire des fermiers Shahul et Krishna. Il y a trois ans, leur propriété générait 50 sacs
de riz et 1500 noix de coco par an et faisait travailler une douzaine de personnes. Ces derniers temps, cette même portion de terrain
rapporte cinq sacs de riz et à peine 200 noix de coco. Avec l’arrivée de Coca-Cola, le couple a vu ses puits d’irrigation s’assécher. Et
la salinité croissante ajoutée aux résidus solides a rendu l’eau de surface impropre à la consommation.
Un malheur n’arrivant jamais seul, les habitants de Plachimada sont nombreux à souffrir de maux d’estomac et d’infections
cutanées à cause de la contamination de l’eau par les déchets “coca-coliens” déchargés près des canaux en quantité industrielle.
1
2
Peuple autochtone
En Inde, personnes appartenant à la classe des parias. Les intouchables
Le Courrier
Un quotidioen suisse d’information et d’opinion
http://www.lecourrier.ch 2005
63) La raison des protestations contre les usines de Coca-Cola dans le Sud de l’Inde est
a) la mécanisation de la production.
b) la dégradation des ressources en eau.
c) le salaire insuffisant des employés de l’usine.
d) les conditions de travail précaires des employés.
e) la diminution de l’utilisation de la main d’oeuvre nationale.
64)
Les habitants de Kerala se mobilisent contre le pompage d’eau des usines Coca-Cola et Pepsi parce que ce procédé :
a) exige l’utilisation de plusieurs fertilisants.
b) provoque des depressions dans les terrains.
c) entraîne la diminution des eaux souterraines.
d) absorbe entièrement l’énergie électrique de la région.
e) oblige les agriculteurs à irriguer leurs plantations à la main.
65) Selon Vandana Shiva, les problèmes causés par les usines Coca-Cola et Pepsi affectent les secteurs
a) éducatif – alimentaire – agraire.
c) écologique – sanitaire – judiciaire.
b) sanitaire – judiciaire – hospitalier.
d) alimentaire – éducatif – hospitalier.
66)
e) agraire – pharmaceutique – écologique.
Les femmes de Kerala dénoncent les effets nocifs des usines Coca-Cola parce que / qu’
a) elles ne trouvent pas de travail en dehors des usines.
b) Coca-Cola ne respecte pas les droits des travailleurs.
c) elles sont obligées de marcher longtemps pour arriver à leur travail.
d) il devient de plus en plus difficile de trouver de l’eau près de leur maison.
e) les heures de travail à l’usine sont supérieures à ce qui est permis par la loi.
67)
Le texte explique que les déchets déchargés par les usines Coca-Cola causent des problèmes de
a) santé.
b) stockage.
c) transport.
d) recyclage.
e) nettoyage.
Texte II
Une arche de Noé végétale va être créée sous le Spitzberg
Un étrange coffre-fort, protégé par le vent glacial arctique, doit être creusé dans une montagne du Spitzberg, une île située au nord
de la Norvège. Son trésor ? Des semences congelées à -20ºC représentant la diversité des plantes vivrières du globe, soit 3 millions de
variétés végétales. L’objectif de cette opération ? “Constituer un filet de sécurité ultime, en cas de catastrophe, pour conserver une
capacité à alimenter la planète”, répond Cary Fowler, du Fonds fiduciaire mondial pour la diversité des cultures.
Lundi 19 juin, Cary Fowler a posé la première pierre de ce “offre-fort international de semences du Spitzberg” en compagnie du
premier ministre norvégien, Jens Stoltenberg, et en présence des premiers ministres finlandais, suédois, danois et islandais. L’installation
devrait ouvrir ses portes en septembre 2007. Maintenue à température convenable grâce à un système de réfrigération, cette installation
disposera en cas de panne de plusieurs mois d’autonomie. La montagne, prise dans le froid permanent de l’Arctique, affiche en effet une
température maximale de - 3 o C ce qui laissera “largement le temps d’intervenir”.
Les utilisateurs de cette Arche de Noé végétale seront en priorité les pays en développement, “qui n’ont pas toujours les moyens
de conserver leurs semences dans de bonnes conditions” alors que les pays développés et les semenciers privés disposent déjà de
leurs propres banques de graines. Andrée Sontot, du Bureau des ressources génétiques français, ne compte pas utiliser ce “frigo” mais
ne conteste pas l’utilité de “doubles de sécurité”. Après les guerres du Rwanda et d’Ouganda, rappelle-t-elle, “on a pu réintroduire des
variétés locales de haricots à partir de banques de semences extérieures.”
Hervé Morin
LE MONDE 2006
68) La construction de cette “arche de Noé végétale” vise à
a) développer la production mondiale de produits alimentaires.
b) garantir la préservation de toutes les plantes alimentaires existentes.
c) promouvoir l’amélioration de la culture de céréales dans les pays nordiques.
d) protéger les populations des pays au climat froid contre la pénurie d’aliments.
e) préserver les plantes existentes de la pollution et des transformations génétiques.
69) L’île de Spitzerg est une localisation adéquate pour le “coffre-fort végétal” parce qu’elle
a) a un accès facile pour les bateaux.
b) appartient à un pays politiquement neutre.
c) possède une source d’énergie électrique propre.
d) se trouve dans une région à basses températures.
e) appartient à un pays qui va en financer la construction.
70) L’utilité de ce genre d’initiative a été constatée à la suite de / d’
a) guerres.
b) cyclones.
c) incendies.
d) inondations.
e) sécheresses.
FORCE OF NATURE
It seems like a hippie entrepreneur’s dream come true: an ecostore with cash registers powered by rooftop Wind turbines,
skylights instead of light bulbs and photovoltaic solar cells on the roof to help power the bakery’s oven. It’s so environmentally friendly that
even the toilet water is collected from raindrops outside. Only this is not some pipe dream of a fringe activist. The vision comes from
Tesco, the world’s third largest retailer. Tesco is pumping £100 million into environmental technologies to reduce the amount of energy
they use by 50 percent, compared with 2000 levels, by 2010. In addition to building 80 new ecostores across Britain over the next year –
the greenest of which will be constructed of recycled materials and will burn food waste for electricity – they’re also making small changes
that could have big effects. They’re paying customers not to use plastic bags, which they expect will cut consumption by 25 percent in two
years.
Tesco is not the only commercial firm that has taken an interest in saving the planet, and making a killing besides. Renewable
Energy Corp., a Norwegian solar-energy company, had the world’s largest-ever renewable energy IPO in May. It was 15 times oversubscribed
and raised more than $1 billion, valuing REC at nearly $7 billion. You wouldn’t mistake REC’s CEO Erik Thorsen for a New Age Joni
Mitchell. “I don’t have anything against helping the environment,” says Thorsen. “But the main driver for us is profit.”
Something weird is happening in the once marginal world of environmentalism. The green cause is no longer the preserve of woollyminded liberals and fringe activists. Its tenets are being actively pursued by business leaders, stockholders and investment managers. In
the popular mind-set, natural disasters such as New Orleans’s Hurricane Katrina, floods in Eastern Europe and swirling desert sands in
Beijing are now linked to a change in climate that threatens our way of life and our grandchildren’s future. Europe’s second recordbreaking heat wave in three years – with the hottest July in U.K. history and more than 40 dead in France and Spain – has only cemented
this relationship. Environmental concerns have grown so widespread that no politician can ignore them.
(adapted from Newsweek, August 14, 2006)
63) The main idea of the text is that
a) only politicians seem to be ignoring environmental concerns like Europe’s last heat wave.
b) the green cause is the exclusive domain of environmentalists and fringe activists.
c) ecostores with rooftop wind turbines and photo voltaic solar cells are only a pipe dream.
d) business leaders, stockholders and investment managers are pursuing something weird.
e) even profit-driven enterprises are opting for environmentally friendly facilities.
64) According to the text, the change that is occurring is due to the fact that
a) the once marginal world of environmentalists is succumbing to the tenets of business leaders.
b) commercial firms are now insisting on oversubscribing in order to make a profit.
c) TESCO is investing a large slice of its profits in constructing recycling facilities.
d) people are associating natural disasters to climatic changes that threaten the future.
e) the Norwegian solar-energy corporation REC has been forced to close down its IPO.
65) The discourse marker used as an exemplifier in the text is
a) such as. – 3rd paragraph.
b) only. – 1st paragraph.
c) in addition. – 1st paragraph.
d) besides. – 2rd paragraph.
e) but. – 2rd paragraph.
66) The word “this”
“– has only cemented this relationship”, in the last paragraph, refers to
a) 40 dead in France and Spain.
b) the hottest July in U.K. history.
c) natural disasters and climate changes.
d) politicians and our future generations.
e) the heat wave and floods in Europe.
PSYCHOLOGY AND BRAIN SCIENCE
The Expert Mind
Studies of the mental processes of chess grandmasters have revealed clues to how people become experts in other
fields as well
A man walks along the inside of a circle of chess tables, glancing at each for two or three seconds before making his move. On the
outer rim, dozens of amateurs sit pondering their replies until he completes the circuit. The year is 1909, the man is José Raúl Capablanca
of Cuba, and the result is a whitewash: 28 wins in as many games. The exhibition was part of a tour in which Capablanca won 168 games
in a row. How did he play so well, so quickly? And how far ahead could he calculate under such constraints? “I see only one move ahead,”
Capablanca is said to have answered, “but it is always the correct one.”
He thus put in a nutshell what a century of psychological research has subsequently established: much of the chess master’s
advantage over the novice derives from the first few seconds of thought. This rapid, knowledge-guided perception, sometimes called
apperception, can be seen in experts in other fields as well. Just as a master can recall all the moves in a game he has played, so can an
accomplished musician often reconstruct the score to a sonata heard just once. And just as the chess master often finds the best move
in a flash, an expert physician can sometimes make an accurate diagnosis within moments of laying eyes on a patient.
But how do the experts in these various subjects acquire their extraordinary skills? How much can be credited to innate talent and
how much to intensive training? Psychologists have sought answers in studies of chess masters. The collected results of a century of
such research have led to new theories explaining how the mind organizes and retrieves information. What is more, this research may
have important implications for educators. Perhaps the same techniques used by chess players to hone their skills could be applied in the
classroom to teach reading, writing and arithmetic.
(adapted from the Philip E. Ross’s article published in the
Scientific American, 2006)
67) The extraordinary skills acquired by chess masters
a) will certainly never be understood by psychologists.
b) have been the topic of a century-old ongoing investigation.
c) are credited neither to innate talent nor to intensive training.
d) are unrelated to those of physicians when making diagnosis.
e) become apparent when they complete the circuit of games.
68) Which of the following could the reader infer as NOT being considered an advantage the master has over the novice:
a) beginner’s luck
b) the first few seconds of thought
c) apperception
d) knowledge-guided perception
e) accurate diagnosis
69) The results of the studies referred to in the text have:
a) no major applications in the classroom for educators.
b) explained how the mind can become inoperative.
c) led to new groundbreaking theories in psychology.
d) failed to reveal any significant information.
e) helped physicians make accurate diagnoses.
70) The expression “to put in a nutshell”
a) set up.
b) put in order.
c) put off.
d) clear away.
e) sum up.
most closely means to
¿Qué es Abuelas de Plaza de Mayo*?
La palabra abuela despierta de por sí ternura y la imagen de una viejita de cabello blanco, peinada con rodete, lentes caídos sobre
su nariz, abrazando a algún nieto al que seguramente le contará increíbles historias de su vida. Eso sí sentada en un cómodo sillón.
Pero esa imagen es la antípoda de los que son las Abuelas de Plaza de Mayo. No están sentadas. El sillón está tan vacío como
los brazos que deberían abrazar al nieto. Y hay una explicación de su constante búsqueda y peregrinaje por el mundo ya que fueron
despojadas doblemente de una hija o un hijo y además de su nieto.
Todo comenzó mucho antes del 24 de marzo de 1976. No se prepara en un día un golpe de Estado. Las Fuerzas Armadas de la
Argentina programaron meticulosamente el asalto al gobierno constitucional, con el apoyo del poder económico.
El proyecto que venían a imponer no era conocido por la mayoría de los ciudadanos, sí por una juventud esclarecida que se
oponía a estos designios: la entrega de las riquezas al mejor postor.
Esta oposición iba a costarles muy caro ya que serían considerados los “enemigos internos”.
Y en las madrugadas comenzaron a secuestrarlos. A ellos, los amigos, los simpatizantes y por sobre todo sus hijitos.
Qué puede hacer una madre o una madre-abuela cuando en esta situación de terror sus hijos y sus nietos “desaparecen” como
si se los hubiera tragado la tierra. Nadie sabe, nadie responde, nadie se hace cargo.
Primero la búsqueda en soledad, porque el slogan de que “en algo andaban” y por “algo será” condicionó la actitud transformando
a cada familia afectada en un “getto”. Cómo hablar con los demás de algo que no tenía explicación.
Pero esto duró poco. El sentido común y el amor rompieron la barrera del “secreto de familia” y se largaron a la calle, se
encontraron con otras mujeres que lloraban bramando y pedían por lo mismo.
Y así un 22 de octubre de 1977, nació lo que no se imaginaron que sería para siempre: las Abuelas de Plaza de Mayo. Eran
entonces doce mujeres, las visionarias, las pioneras. Ese nombre se los dio la historia por su condición de abuelas buscando a sus
nietitos arrebatados. (...)
Las Abuelas han agregado arrugas a su rostro, peinan canas, tienen el andar más lento, pero su corazón late con increíble vigor
fortalecido por el empecinamiento, el desafío, la perseverancia, la fé, el optimismo y el amor, mucho amor por lo que hacen. Y se han
comprometido con la vida a no abandonar esta lucha por que en ella va el orgullo por su prole, la integración de la familia, la advertencia
de que este despojo no podrá repetirse en ningún lugar del mundo porque allí se levantarán las mujeres que como ellas se transformarán
en leonas para defender al cachorro. Y se sabrá que hay luchas en paz para que NUNCA MÁS sea posible tal despojo. No son heroínas
ni diferentes, son sólo mujeres - madres – abuela.
www.redxlaidentidad.org.ar/abuelas.htm
63)
a)
b)
c)
d)
e)
Las abuelas enfrentaron varios obstáculos en su larga lucha.
El aislamiento inicial vivido por ellas tuvo como causa
el peligro que corrían.
la desconfianza que sufrían.
el prejuicio que tenían.
el miedo que padecían.
la rabia que sentían.
64)
El encadenamiento de ideas puede presentarse de
diversas formas.
El discurso del segundo párrafo se encadena al primero
por medio de
a)
b)
c)
d)
e)
retomada por oposición de los argumentos presentados
ordenación en una misma escala argumentativa
extensión por referencia a nuevos ejemplos de lo afirmado
reformulación de los argumentos presentados anteriormente.
reafirmación por un punto de vista de la información ya
presentada
65)
El enunciador deja en su texto marcas de su subjetividad.
El fragmento que indica la actitud del enunciador frente a lo
citado (es)
a) “Y así un 22 de octubre de 1977, nació lo que no se imaginaron
que sería para siempre.” - Párrafo 10
b) “Y hay una explicación de su constante búsqueda.” - Párrafo 2
c) “Y en las madrugadas comenzaron a secuestrarlos.”- Párrafo 6
d) “El sentido común y el amor rompieron la barrera del “secreto
de familia.” - Párrafo 9
e) “Qué puede hacer una madre o una madre-abuela cuando en
esta situación de terror…” - Párrafo 7
66)
El autor por dos veces se remite en el último párrafo a un
cierto despojo.
Tal despojo a que se refiere el autor dice respecto al
a)
b)
c)
d)
e)
golpe militar en los años 70.
secuestro de los hijos y nietos.
getto impuesto a los familiares.
envío de riquezas al extranjero.
cambio de vida sufrido por las abuelas.
Ciudadanas de segunda y con velo
A pesar de disfrutar de mayores libertades que en muchos otros países islámicos, en Irán las mujeres aún son legalmente ciudadanos
de segunda. En los tribunales su testimonio vale la mitad que el de un hombre; en casos de compensación, su vida se valora igualmente
en la mitad; tienen menos derechos en caso de divorcio y rara vez el juez les concede la custodia de los hijos; si están casadas,
necesitan el permiso de sus maridos para trabajar o viajar al extranjero.
Por dos veces este año, grupos de mujeres se han manifestado para pedir cambios en esas leyes. No eran muy numerosos, pero,
dada la prohibición de ese tipo de protestas y el desproporcionado despliegue policial que les esperaba, su atrevimiento adquiere mayor
valor.
“Los preceptos islámicos y el Corán hacen imposible la igualdad de derechos entre hombres y mujeres”, interpreta Sahar M., una
profesional liberal de 25 años cuya moderna forma de vestir la sitúa en el sector más laico de la sociedad persa. Ella, como muchas
iraníes, encuentra injustas las diferencias que establecen para la herencia, el divorcio o la custodia de los hijos.
Faezeh K., una universitaria de 24 años que se cubre con el chador por convicción personal, discrepa. En su opinión, “la igualdad
entre mujeres y hombres es posible, pero los clérigos no lo permiten”. Ésta es una visión muy extendida entre las iraníes, no sólo entre
las más religiosas.
“Creo en Dios y estoy convencida de que ha acordado los mismos derechos a los hombres y a las mujeres. Son los hombres los que
convierten las palabras de Dios en un pretexto para lograr sus deseos”, defiende Mehrabeh Firuz, una estudiante de cinematografía de
22 años que admira las películas de Almodóvar.
La Nobel de la Paz Shirín Ebadí lleva años luchando por una reinterpretación de las leyes islámicas. Esta destacada defensora de los
derechos humanos denuncia que “las mujeres en Irán se enfrentan a leyes discriminatorias”. “Vivimos en una cultura patriarcal que está
dominada por una interpretación incorrecta del islam”, asegura convencida de que esa religión permite adaptar las leyes según el tiempo
y el lugar. “Una interpretación dinámica del islam acepta la igualdad de la mujer, la democracia y los derechos humanos”.
Paradójicamente ha sido la revolución islámica la que ha dado a las iraníes los instrumentos para reclamar esos derechos. La
imposición del hiyab (cobertura islámica) acabó con la segregación de los sexos en público e hizo posible el acceso generalizado de las
mujeres a la educación. En época de la monarquía, la prohibición del chador (la pieza de tela negra con la que las piadosas chiíes se
tapan de la cabeza a los pies) sólo había servido para enfrentar al Gobierno con el clero y que muchos padres prohibieran salir de casa
a sus hijas.
“Aunque haya gente que lo niegue, nuestra situación es mejor que antes; tenemos más libertad para estudiar o trabajar”, asegura
Faezeh. Para cualquier occidental, ese detalle la define como una mujer conservadora. En Irán, sin embargo, hay muchos matices.
“Quienes usan el pañuelo por obligación piensan que llevar el chador es símbolo de apoyo al régimen y no lo asocian con la religión”,
lamenta esta joven cuyas posiciones la acercan a las llamadas feministas islámicas, mujeres que quieren cambiar la ley, pero mantener
el velo.
ÁNGELES ESPINOSA El País .es
67)
a)
b)
c)
d)
e)
Ángeles Espinosa trajo testimonios de varias mujeres iraníes para discutir un tema polémico.
La discusión central del texto se ubica en la relación establecida entre
familias discriminadoras x mujeres contestarias.
gubernantes iraníes x sociedad laica.
sociedad patriarcal x generaciones libres.
interpretación del Corán x leyes islámicas.
revolución islámica x antiguo régimen.
68)
La revolución islámica, según el texto, trajo beneficios para las mujeres, aunque haya mantenido una serie de restricciones en
sus vidas.
De los itemes abajo, sólo uno no forma parte de la revolución, que es
a)
b)
c)
d)
e)
admitir el ascenso por la educación.
imponer el uso de velos.
permitir reclamos de los derechos.
acabar con la segregación de los sexos.
posibitar el desarrollo profesional.
69)
a)
b)
c)
d)
e)
sensibilizar al lector respecto a los problemas tratados.
asumir responsabilidad sobre lo citado.
identificar puntos de vista coincidentes.
contraponer su opinión frente al tema.
destacar otras voces como argumento de autoridad.
70)
a)
b)
c)
d)
e)
Al leer un texto periodístico, hay que llevarse en consideración el fenómeno de la polifonía.
Al utilizar citas, el enunciador periodista tiene aquí el propósito de
Aunque puedan parecer puntuales, los textos leídos tratan de temas universales.
Por la lectura de los dos textos se evidencia que ambos
presentan discursos de resistencia.
apuntan la imposibilidad del diálogo.
traducen prejuicios hacia lo femenino.
discuten las identidades nacionales.
exponen visiones antagónicas.
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