Arq Bras Cardiol
volume 71, (nº 2), 1998
Trindade
e col
Artigo
Original
Prevalência da HAS em população urbana
Prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica na População
Urbana de Passo Fundo (RS)
Ibsen S. Trindade, Gilberto Heineck, Josemar Roberto Machado, Henrique Ayzemberg, Maurice
Formighieri, Mosara Crestani, Jefferson Gusso
Passo Fundo, RS
Objetivo - Avaliar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) na população urbana da cidade de
Passo Fundo (RS).
Métodos - Estudo observacional, descritivo e transversal de base populacional de uma amostra aleatória
significativa da população em estudo. O critério para
HAS foi 160/95mmHg. A média das últimas três aferições
da pressão arterial (PA) foi utilizada nas análises. A amostra foi composta por 206 indivíduos. Houve correção dos
níveis pressóricos em relação ao diâmetro do braço. A entrevista foi feita com questionários estandardizados.
Resultados - A prevalência da HAS foi de 21,9%
(IC=19,3 a 24,5) utilizando o critério de 160/95 somado
aos pacientes normotensos em uso regular de medicação
anti-hipertensiva. Dos 45 indivíduos hipertensos, 53,3%
tomavam medicação anti-hipertensiva regularmente, sendo que 20% estavam com a PA controlada. Da população
em estudo, 4,4% eram diabéticos, 33,0% fumantes, 31,4%
mulheres usando anticoncepcional oral, 2,9% abusando
de álcool, 29,6% obesos. Encontramos associação significativa com a HAS, em relação à idade, obesidade e diabetes mellitus e não a encontramos com referência ao sexo,
cor, abuso de álcool, fumo e uso de anticoncepcional oral.
Conclusão - A prevalência da HAS em Passo Fundo
está dentro dos limites esperados para tal; no entanto, o
grau de controle desta população está em um nível muito
aquém do satisfatório.
Palavras-chave: hipertensão arterial sistêmica,
epidemiologia
Prevalence of Hypertension in the Passo
Fundo (Brazil) Metropolitan Area
Purpose - To evaluate the present prevalence of
hypertension in the Passo Fundo metropolitan area.
Methods - This is an observational, descriptive,
crossectional design with populational base, of a
representative random sample of the adults of this urban
region. The criteria for hypertension were blood pressure
>160/95mmHg or antihypertensive treatment. The
average of the last three measurements was used in the
analysis. Two hundred and six subjects were selected. The
interview was made with standardized questionnaires.
Blood pressure was corrected for arm diameter.
Results - The prevalence of hypertension was 21.9%
(CI=19.3 to 24.5) of 45 hypertensive subjects, 53.3% were
using anti-hypertensive drugs regularly, however only
20% had normal BP levels. Among the study population
4.4% were diabetics, 33.0% were smokers, 31.4% of the
women were using contraceptives, 2.9% were heavy
alcohol users, 29.6% were obese. The following
conditions of interest were significatively associated with
hypertension: age, obesity and diabetes; there was no
association with sex, color, heavy alcohol use, smoking
and contraceptive use.
Conclusion - The prevalence of hypertension in the
Passo Fundo metropolitan area is within the expected
range, however the level of control in this population is
not acceptable.
Key-words: hypertension, epidemiology
Arq Bras Cardiol, volume 71 (nº 2), 127-130, 1998
As doenças cardiovasculares são um importante problema de saúde pública e a principal causa de morte da população adulta dos países desenvolvidos.
Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo
Correspondência: Ibsen S. Trindade - Rua Teixeira Soares, 777/401 - 99010-081
- Passo Fundo, RS
Recebido para publicação em 6/10/97
Aceito em 3/6/98
Desde há muito, já se tem o conhecimento baseado em
evidências clínicas da importância da hipertensão arterial
sistêmica (HAS), como fator de risco na morbimortalidade
na doença isquêmica cardiovascular.
Apesar do imenso arsenal médico para o tratamento
desta doença, nem todos têm acesso a ele e, em muitos casos, o diagnóstico é feito tardiamente ou, às vezes, nem
mesmo é feito.
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Prevalência da HAS em população urbana
O Brasil está sofrendo uma transição epidemiológica,
que significa a mudança na incidência das causas de mortalidade, passando de causas infecto-contagiosas e maternas, as mais incidentes, para doenças crônico degenerativas, como a HAS.
Assim sendo, torna-se necessária uma avaliação correta da prevalência da HAS na população geral de nossa cidade, pois isto tem implicações epidemiológicas, sociais e
políticas, sendo que estes dados serão úteis para a planificação das ações de saúde preventiva, assistencial e terapêutica desta população.
O presente trabalho tem como objetivo determinar a
prevalência da HAS na população adulta da região urbana
da cidade de Passo Fundo e apresenta alguns aspectos
populacionais relacionados a esta doença.
Métodos
Este trabalho é um estudo observacional, descritivo e
transversal de base populacional. Foram realizadas entrevistas domiciliares ou no local de trabalho, em moradores da
zona urbana da cidade de Passo Fundo, com idades entre 18
e 74 anos. As entrevistas foram realizadas de junho a agosto
de 1995.O número da amostra foi calculado previamente
com base em uma população de 87.593 indivíduos que residiam na zona urbana da cidade e estavam dentro da faixa
etária estipulada (IBGE, 1991) com uma precisão de estimativa de prevalência de HAS de ±5% para um intervalo de confiança de 95%.
Para determinar a pessoa a ser entrevistada, utilizou-se
o mapa do perímetro urbano de Passo Fundo de 1993,
ofertado pela Prefeitura Municipal, o mais recente na ocasião da execução do trabalho. Todas as quadras da cidade
foram numeradas uma a uma (2259 quadras). Como o número era de 206 indivíduos, foram sorteadas 206 quadras; em
cada quadra sorteada selecionado um indivíduo da amostra.
Para chegar a um indivíduo específico, foi usada uma tabela
de números aleatórios, pela qual se estabelecia um lado da
quadra e após, a casa ou apartamento a ser visitado. O indivíduo escolhido, nesta casa ou apartamento, era o 1º aniversariante a partir da data da entrevista. Em caso de recusa, ou o indivíduo não ser encontrado após três visitas, ele
era excluído da amostra e em seu lugar era incluída a primeira residência à esquerda, sendo o indivíduo determinado do
mesmo modo. Em quatro quadras sorteadas não havia habitações, sendo então selecionadas novas quadras.
A entrevista, bem como as medidas da pressão arterial
(PA), foram executadas pelos autores. O questionário foi
avaliado previamente em um estudo piloto, sendo corrigidas
as falhas na compreensão das perguntas pela população.
Para a determinação da PA, foram utilizados esfigmomanômetros anaeróides de várias marcas, previamente calibrados no serviço de Engenharia Biomédica do Hospital
São Vicente de Paulo de Passo Fundo, segundo um sistema
integrado para calibração de esfigmomanômetros 1.
Os pesquisadores trabalharam em duplas; um era o
entrevistador e o outro realizava a medida da PA e a medida
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do diâmetro do braço. A técnica da medida pressórica seguida foi a recomendada por Kaplan 2, havendo correção
para o perímetro braquial segundo tabela de Mion e col 3.
Os entrevistadores foram considerados aptos a ir a
campo quando, após a discussão do método a ser seguido e
um período de treinamento, a medida da PA realizada pelo
entrevistador correspondia à medida do investigador principal do trabalho, medidas estas realizadas em pacientes internados no hospital escola da Faculdade de Medicina da
Universidade de Passo Fundo.
Foram realizadas quatro aferições da PA (uma no início da entrevista, duas durante e uma após) com intervalo
mínimo de 5min entre elas. Para fins de análise, considerouse a média das últimas três medidas da PA desde que não
houvesse uma diferença maior que 5mmHg entre elas (a 1ª
medida foi sempre descartada).
Foi definido como hipertenso o indivíduo que apresentava uma pressão sistólica >160mmHg e/ou uma diastólica
>95mmHg 4,5, ou o indivíduo sabidamente hipertenso, que
vinha em uso regular de medicação anti-hipertensiva, e que
podia estar com níveis pressóricos elevados ou não no momento da entrevista.
Foi definido como fumante, aquele que relatava fumar
pelo menos um cigarro por dia e ex-fumante, aquele que fumava regularmente no passado e que abandonou por completo o tabagismo 6.
Em relação ao consumo de álcool, foram feitas questões sobre freqüência, tipo e quantidade de bebida ingerida,
que permitiram o cálculo de gramas de álcool ingeridas por
semana. Foi considerado consumidor excessivo de álcool
os homens que ingeriam quantidade >350g de álcool por
semana e as mulheres quantidade >210g de álcool no mesmo
período 7.
Os entrevistados foram indagados sobre os valores
do seu peso e altura; levando-se em conta que essas medidas tivessem excelente relação com as medidas reais
(r=97%) 8, calculou-se com esses dados o índice de massa
corporal (IMC= peso em kg dividido pelo quadrado da altura em metro). O ponto de corte acima do qual considerou-se
obesidade, foi de 27kg/m2.
Para a análise do uso de anticoncepcional oral (ACO)
na HAS, somente foram levadas em conta as mulheres em
idade fértil.
Para os cálculos estatísticos das variáveis categóricas
utilizou-se o qui-quadrado com correção de Yates ou o teste
exato de Fisher quando necessário. O nível de significância
estatística adotado foi de 0,05.
Resultados
Na amostra estudada, 58,7% pertenciam ao sexo feminino e 41,3% ao masculino, tornando-se a amostra representativa da população em estudo.
A idade média foi de 41,7±13,9 anos, sendo que no grupo dos homens, a idade média foi maior (44,28±14,77 vs
39,9±13,05).
Quanto à raça, determinada pelo entrevistador, 92,7%
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Prevalência da HAS em população urbana
Tabela I - Relação da HAS com as condições de interesse
Variável
Condição
HAS sim
(N=45)
HAS não
(N=161)
p
Sexo
Masculino
Feminino
21(24,7)
24(19,8)
64(74,3)
97(80,2)
0,508
IMC
> 27
< 27
22 (36,1)
23 (15,9)
39 (63,9)
122 (84,1)
0,002
Diabetes mellitus
Sim
Não
5 (55,6)
40 (20,3)
4 (44,4)
157 (79,7)
0,025
Idade
18 - 27
28 - 37
38 - 47
48 - 57
58 - 67
> 68
0
7 (10,6)
9 (18)
10 (38,5)
14 (56)
5 (45,5)
28 (100)
59 (89,4)
41 (82)
16 (61,5)
11 (44)
6 (54,5)
< 0,001
Fumo
Sim
Não
13 (19,1)
32 (23,2)
55 (80,9)
106 (76,8)
0,627
Abuso de álcool
Sim
Não
2 (33,3)
43 (21,5)
4 (66,7)
157 (78,5)
0,390
Cor
Branco
Não branco
40 (20,9)
5 (33,3)
151 (70,1)
10 (66,7)
0,427
Anticoncepcional
Uso
Não Uso
3 (7,9)
4 (8,2)
35 (92,1)
45 (91,8)
1.00
eram brancos, 4,4% eram pretos, 2,4% amarelos e 0,5% foram classificados como outros.
A pergunta inicial era se o paciente tinha conhecimento de ser portador ou não de HAS; 42 (20,4%) responderam
que sim, 117 (56,8%) afirmavam que não eram hipertensos e
47 (22,8%) não tinham conhecimento.
Dos 42 entrevistados que se diziam hipertensos, 32
(76,2%) faziam algum tipo de tratamento, sendo que, 29 faziam uso de medicação, e três não. Dos 29 entrevistados que
tomavam remédios, 24 (82,8%) diziam seguir a prescrição
médica fielmente e 5 (17,2%) não. Os três entrevistados que
não tomavam medicação e que diziam se tratar, estavam fazendo dieta com restrição salina e um também realizava exercícios físicos com o objetivo de reduzir os níveis pressóricos. Dos outros 10 indivíduos, que se diziam hipertensos, mas que não faziam tratamento, identificamos cinco
hipertensos e cinco não hipertensos.
Da amostra em estudo, 9 (4,4%) relatavam ser diabéticos, 171 (83,0%) sabiam não ser diabéticos e 26 (12,6%) não
sabiam informar.
Quanto ao tabagismo, 68 (33,0%) foram considerados
fumantes, segundo os nossos critérios, sendo que, 32
(47,1%) fumavam até 10 cigarros ao dia, 31 (45,6%) de 11 a 20
cigarros ao dia e 5 (7,3%) fumavam acima de 20 cigarros ao
dia. Dos 138 restantes que não eram fumantes, 38 (27,5%) já
haviam fumado no passado.
Das 121 mulheres, 38 (31,4%) estavam em idade fértil e
em uso de anticoncepcional oral.
Quanto ao consumo de álcool, 131 (63,6%) tomavam
regularmente bebida alcoólica, porém consumo excessivo
de álcool só encontramos em 6 (2,9%) homens entrevistados.
A amostra em estudo apresentou um peso médio de
68,3±13,5kg e uma altura média de 164,2±7,9cm. Quanto ao
IMC >27 (critério de obesidade), encontramos em 61
(29,6%) indivíduos.
A prevalência de HAS foi de 21,9% (45 indivíduos
considerados hipertensos de uma amostra de 206) pelo critério de 160/95mmHg ou normotenso em uso regular de medicação anti-hipertensiva. Dos 45 indivíduos hipertensos,
37 já conheciam a sua situação e oito não.
Realizando a análise da prevalência da HAS, em relação às condições de interesse (tab. I), não se encontrou associação significativa com sexo (p=0,508), cor (p=0,427),
abuso de álcool (p=0,390), fumo (p=0,627) e uso de ACO
(p=1,000), mas, sim com a idade (p<0,001), obesidade (p=
0,002) e diabetes mellitus (p=0,025).
Discussão
Quando comparados os nossos resultados com os trabalhos já existentes da prevalência da HAS no Rio Grande
do Sul 5-9, levando em conta pacientes hipertensos, e
normotensos com PA controlada em uso regular de medicação anti-hipertensiva, identificou-se um valor um pouco
maior. Achutti e Medeiros encontraram 17,4% de hipertensos e, mais recentemente, Fucks e col encontraram
19,5%; o nosso resultado de 21,9%, apesar de ser maior, não
difere estatisticamente do de Fucks (p=0,5; IC=95%). Quando excluídos os pacientes com HAS em tratamento regular e
com PA controlada, Achutti encontrou 11,8%, Fucks e col
12,6% e nós 17,5%. Novamente, apesar de ser maior a nossa prevalência, não há diferença estatística com os resultados de Fucks e col (p>0,05, IC=95%).
Dos parâmetros analisados, encontrou-se associação
positiva com a HAS, a idade, a obesidade, o diabetes
mellitus, não se encontrando associação com o sexo, cor,
consumo abusivo de álcool, uso de tabaco e nem com o uso
de anticoncepcional oral. Acreditamos que a falta de associação com a variável consumo abusivo de álcool foi devido
a um baixo índice desses indivíduos identificados em nosso
meio (apenas 2,9%), provavelmente conseqüente à inibição
de fornecer a informação por parte dos entrevistados. A não
associação com a variável cor, também observada por Fucks
e col, é devido ao baixo índice de negros em nossa cidade
(4,4%) cuja colonização é predominantemente de alemães e
de italianos. Não se encontrou relação direta da HAS com a
variável sexo, também não encontrada por vários autores,
porém não subdividimos os sexos por idade, acima e abaixo
dos 55 anos, onde supostamente haveria alguma diferença.
A não observação de HAS entre os fumantes, no nosso
trabalho, decorre da observação que o efeito hipertensivo
do fumo dura somente até 15 a 30min após o último cigarro,
o que nos faz acreditar que medimos a PA desta população
específica após este tempo - os pacientes foram orientados
a não fumar durante a entrevista, porém não foi relatado se
haviam fumado recentemente ou não. No entanto, vem de
encontro aos nossos resultados, o fato de que a associação
entre HAS e fumo só foi bem determinada com o advento e
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Prevalência da HAS em população urbana
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a utilização da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) 10, método não utilizado no nosso trabalho.
Quanto ao anticoncepcional oral, é sabido que a HAS aparecerá em 5% das mulheres que usam anticoncepcional oral
por, no mínimo, cinco anos 11. No entanto, o número de mulheres hipertensas em uso de anticoncepcional foi pequeno
(apenas três) e não se levou em conta o tempo de uso, e nem
o tipo de ACO, pois a quantidade de estrogênio e progesterona dos ACO mais modernos são muito menores que os
mais antigos determinando uma menor associação com problemas cardiovasculares.
A proporção de hipertensos que sabia de sua condição era de 82,2%, proporção esta, alta em relação aos 57,7%
encontrados por Fucks e col. Em relação ao tratamento
medicamentoso, observamos os seguintes dados: a) dos 45
hipertensos identificados, 24 (53,3%) estavam em tratamento medicamentoso regular; sendo que apenas 9 (37,5%) deles estavam com os níveis pressóricos controlados. Assim,
considerando-se toda a população de hipertensos (45 indivíduos), observa-se que apenas 20% estavam em tratamento regular e com PA controlada.
Os pacientes que se diziam hipertensos e que em nossos critérios não haviam sido classificados como tal (cinco
indivíduos), demonstraram a existência de falsos hipertensos entre a população, os quais haviam sido previamente rotulados como hipertensos por provável(eis) erro(s) no
processo de medição e avaliação da PA a que haviam sido
submetidos.
Detectaram-se 8 (17,8%) casos de hipertensão entre a
população estudada, que até o momento desconhecia essa
situação, representando a evidência de um segmento da
população que sendo hipertenso não tinham conhecimento
da doença.
Uma das limitações do trabalho é que a medida foi feita
em uma só visita domiciliar, determinando uma superestimação na avaliação da prevalência da HAS.
Assim, concluiu-se que a prevalência de hipertensos
na população urbana da cidade de Passo Fundo é de 21,9%,
sendo que este dado vem de encontro aos trabalhos regionais já publicados e à literatura médica mundial. O perfil da
nossa população de hipertensos, em relação às condições
de interesse estudadas, é similar aos grupos já estudados de
nosso estado. Frente aos resultados obtidos, e considerando que há uma população de hipertensos não identificados, supõe-se que há entre a população estudada, aproximadamente, 3.414 indivíduos com HAS e sem diagnóstico,
que devem ser identificados e tratados. Os nossos hipertensos possuem um grau de controle inferior ao já relatado
na literatura, o que nos permite indagar sobre a eficiência de
nosso sistema de saúde. A necessidade não é tão somente
em identificar os casos de hipertensão, mas também, em
melhorar o acesso e a observância ao tratamento.
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