Rio aposta em tablets para substituir apostilas em sala
O Ministério da Educação (MEC) promove em novembro o pregão eletrônico para aquisição de
milhares de tablets.
A gigante Intel confirmou que irá produzir no Brasil um Tablet Educacional que será o primeiro
desenvolvido com foco exclusivo para educação. Países do primeiro mundo pensam em abolir
livros impressos e a escrita cursiva. Os grandes educadores garantem: os tablets vão
revolucionar a Educação.
Realmente, dos organismos oficiais aos mais renomados pensadores, das agências de notícias
aos mais avançados centros de educação do planeta, todos são unânimes em vaticinar que
uma nova onda de tecnologia vai, finalmente, proporcionar um novo paradigma no cotidiano da
educação.
Enfim, o badalado tablet chega à sala de aula...Mas, até que ponto, de forma prática e
organizada isso vai acontecer já em 2012 nas nossas escolas?
Neste momento em que o Rio de Janeiro vem reconquistando sua posição de pioneirismo no
cenário nacional, justamente a primeira iniciativa concreta e organizada sobre a adoção dos
tablets em sala da aula está partindo de um grupo tradicional de escolas do Rio, a REDE MV1,
com vários colégios na capital, Niterói, S. Gonçalo, Volta Redonda e Petrópolis. Com mais de
35 anos de atuação em nosso estado, o grupo vai disponibilizar aos cerca de 3000 alunos do
Ensino Médio uma inédita versão digital de sua coleção de apostilas que passará a ser
incorporada em tablets no formato de "e-books", sendo compatíveis com os modelos da Apple
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(iPads) ou com os que operam utilizando o Android (Samsung Galaxy e similares). A tecnologia
adotada permite que os livros sejam baixados bimestralmente ao longo do ano, contendo
hiperlinks e acesso direto a uma área de reforço e de complementação online, em que, num
ambiente protegido por login e senha, os alunos vão encontrar exercícios de apoio, dicas e
conteúdos extras de temas que acabaram de acontecer. Além disso, todos poderão fazer às
sextas-feiras um teste online, verificando o que aprenderam durante a semana.
O Prof José Carlos Portugal, diretor da Rede MV1, está confiante na revolução que vai ter
início em 2012: "agora temos na mão um equipamento que realmente vai propiciar a
interatividade que faltava no cotidiano das aulas. Os alunos vão poder usufruir, em classe, da
mesma tecnologia que eles estão acostumados a conviver e a se relacionar em tudo o que
fazem, o que vai agregar valor ao conteúdo do que ele aprende na escola, despertando maior
interesse e adicionando portabilidade, agilidade e todas as possibilidades de interação que
certamente vão dar uma nova dimensão ao processo educacional".
Adotando um modelo diferenciado e bastante democrático, o MV1 Digital vai possibilitar aos
seus alunos e das demais escolas filiadas que eles utilizem o equipamento que desejarem, fato
que vai permitir uma considerável economia às famílias, uma vez que o custo do material
escolar será reduzido em mais de 30% e aproveitando que os tablets estão cada vez mais em
conta. "Embora nesse ano de implementação da nova tecnologia o aluno ainda tenha a opção
pela coleção de livros (apostilas) impressos, achamos que a grande maioria vai apostar na
versão tablet, afinal esse equipamento é hoje a coqueluche entre os jovens que agora ganham
mais um aliado junto aos pais, que é a própria escola", garante Portugal que calcula que a
economia na compra do material vai subsidiar parte do investimento, pois há tablets de 7
polegadas que hoje são encontrados na faixa dos R$ 350,00.
A adesão da REDE MV1 a esta nova era está marcando o lançamento desta inédita coleção
digital que faz parte de uma plataforma inovadora e totalmente interativa que vai ser
disponibilizada também a outras escolas que desejarem participar do Projeto, cujo conteúdo
dos livros ficará incorporado na "biblioteca" do equipamento e que terá um ambiente paralelo
na internet que permitirá a atualização e complementação constante das matérias, além de
monitoramento das atividades, criando a sinergia que irá impulsionar o processo educativo com
a simplicidade e operacionalidade que vão ser assimiladas com naturalidade pelas escolas e
professores.
Fonte: Tribuna de Petrópolis – O melhor Jornal de Petrópolis e Distritos
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