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HAPPY
JÚNIOR
O presente ideal
para cada idade
As indicações de que precisa para não errar neste Natal
Dou-lhe uma boneca das que fazem chichi? ou será melhor um jogo
para aprender as cores? E para o mais velho? Um telemóvel com
ou sem acesso à Internet? Será cedo demais? Help! Siga o guião que
a vai salvar…
por Carla Novo
E
ntrar numa loja de brinquedos para comprar um
presente ao seu filho é uma experiência… intensa. Aproxima-se a época em que eles esperam
que «adivinhemos» os seus desejos. Por vezes,
esses desejos ficam explícitos numa carta ao Pai
Natal. Outras, somos nós que temos de «chegar lá». Os pais
não querem errar. Querem escolher um brinquedo que seja
seguro, que ensine, que ajude no desenvolvimento, que seja
divertido, que cative a criança e ainda que tenha uma boa
relação qualidade-preço. Ainda assim, as ofertas são tantas
quanto as dúvidas. Sobretudo, a partir de uma certa idade,
quando a esta equação se junta o universo das novas tecnologias: iPods, tablets, computadores portáteis, smartphones…
Uma das soluções mais fascinantes para os miúdos mais velhos é a oferta de experiências como rafting, uma corrida de
kart ou uma aula de ski. Pedimos à psicóloga Carla Costa, da
Clínica da Educação, e à psicopedagoga Vanessa Sequeira, do
Instituto da Inteligência, um guia para ajudar os pais nesta
aventura…
Dos 0 aos 12 meses
É a fase das grandes descobertas. Nesta
etapa, o bebé quer explorar tudo o que o
rodeia e testa várias formas de interacção
com o meio. Tem uma enorme necessidade
de apurar os cinco sentidos, através dos
quais recebe informação. Cores, cheiros e
sons variados são bem-vindos. A criança
necessita ainda de desenvolver a motricidade geral (gatinhar, levantar-se, andar…) e a
fina (segurar e manipular diferentes objectos).
Sugestões: Rocas, bolas, guizos, mobiles de berço, peluches
com forma humana, espelhos próprios para bebés, brinquedos de encaixe de formas geométricas. Aposte também em
proporcionar-lhe experiências marcantes, como teatrinhos ou
concertos para bebés.
Sugestões: Tapetes de borracha com
puzzles de números e letras, jogos de
construção, instrumentos musicais,
livros com actividades estimulantes,
plasticinas, quadros, lápis de cera,
triciclos, trotinetas.
com jogos sobre aprendizagem, Playstation e PSP, telefones a
brincar, réplicas de animais, de meios de transporte, pistas de
carros e instrumentos musicais.
Incentivar a criatividade do seu filho, nesta fase, é muito importante. Assim, conjuntos de pintura, tintas, lápis e instrumentos musicais ajudam a desenvolver a imaginação. A aproximação ao mundo real também é imperativa neste período.
Aposte em imitações de objectos dos «crescidos», seja através
de bancadas de trabalho, livros sobre profissões ou cozinhas e
carrinhos de bebés. Deve evitar, neste período, reforçar os estereótipos. Esqueça os brinquedos para menina ou para menino.
Tablets com jogos didácticos também são uma boa aposta.
Sugestões: Tablets com aplicações e jogos didácticos, kits do
corpo humano, carrinhos, caixas registadoras, pinturas, uma ida
à Kidzania onde pode experimentar várias profissões, imitando
o mundo real.
A curiosidade do seu filho está
ao rubro. Deve satisfazer-lhe
as dúvidas e mais do que isso:
estimular o pensamento e o sentido crítico. Abrir-lhe a porta do
mundo da informação e alargar
horizontes é o convite. Também
é a fase da criatividade: assim que atinge
fluência na leitura, a criança deixa de se contentar com o mundo visível e real e começa a explorar o invisível e o extraordinário. Começa a interessar-se por brinquedos mais
científicos ou personagens com superpoderes. As
construções são bem-vindas.
Sugestões: Jogos de construção complexos,
laboratórios de química, personagens e superheróis, livros e filmes de ficção, laboratórios
de culinária ou electricidade, jogos de cartas e de memória, quebra-cabeças e jogos
de computador, gadgets como MP3 ou
iPod e actividades que envolvam experiências na natureza, como arborismo,
rafting ou surf.
Dos 10 aos 12 anos
Dos 5 aos 7 anos
Dos 12 meses aos 3 anos
Ando logo existo! A marcha nesta fase já está dominada, é o
momento de consolidar o raciocínio lógico-espacial. A criança
está ávida por observar e escutar atentamente o que a rodeia, imitando tudo
o que ouve e vê. Nesta etapa, devemos
expor a criança a diferentes estímulos
sensitivos e ajudá-la a organizar essa
informação. É nesta fase que a criança inicia o processo de representação
gráfica e os primeiros rabiscos devem ser
incentivados.
Com a entrada na escola primária a criança vai precisar
de novos estímulos e desafios. Todos os brinquedos
que implicam a abstracção e o espírito inventivo
devem fazer parte desta etapa. Vai reparar que o
seu filho se torna um mestre em «ler» as expressões
faciais e adaptar o seu comportamento a elas.
É a altura ideal para apostar em jogos
de tabuleiro, que incentivam a aprendizagem
de regras e a noção de partilha e de trabalho
de equipa. Actividades em família são
bem-vindas.
Sugestões: Livros e histórias cujo conteúdo fale dos novos desafios que a escola
implica, idas ao teatro e a museus, tablets
Tablets, telemóveis
e companhia
Quando dar-lhes gadgets e quais as regras
a seguir
Dos 7 aos 10 anos
Dos 3 aos 5 anos
ELECTRÓNICA
É a idade em que as transformações físicas começam a ser
visíveis, as brincadeiras mudam e passam a ser mais desportivas. O mais provável é o seu filho começar a usar expressões que você desconhece e pedir-lhe jogos ou brinquedos
específicos que têm a ver com o mundo virtual. É natural que,
neste período, a criança mostre as preferências bem definidas,
não deixando muita margem de escolha aos pais. Porém, não
devem ser descurados os brinquedos de radio-controlo ou
robótica, conjugados ou não com jogos de construção.
É a idade perfeita para arriscar em experiências mais radicais,
como paintball.
Sugestões: Experiências radicais, jogos de consola, puzzles e
quebra-cabeças, materiais de construção de robótica, brinquedos de radio-controlo. >
As especialistas Vanessa Sequeira, do Instituto da Inteligência, e Carla
Costa, da Clínica da Educação, esclarecem as dúvidas mais comuns dos
pais em relação à oferta e regras de utilização de produtos electrónicos:
A partir de que idade se pode oferecer um telemóvel?
Concretamente, a partir dos 10 anos, já que é uma fase de transição, com a
entrada para o quinto ano, uma maior responsabilidade e em que o contacto
com amigos vai para além da escola. Ofereça-lhe um modelo simples e
pouco dispendioso. Opte por um tarifário pré-pago, com mensagens escritas
gratuitas. E porque não incentivá-lo a escrever as palavras inteiras ao invés
de abreviaturas tipo «LOL»? Se o seu filho receber mesada, responsabilize-o
com um pequeno contributo para os carregamentos. Aproveite para o encarregar de programar o despertador, calculando a hora a que deve acordar.
Regras Responsabilize-o pelo cuidado e manutenção do telemóvel. Deve
ser ele a saber onde guarda o aparelho, o carregador e gerir o nível de
bateria. Não deixe que a criança use o telemóvel durante as aulas. Nessa
situação, ele deve colocar o telefone no modo silêncio.
Quando dar um smartphone com acesso à Internet?
A partir dos 12 ou 13 anos, mas lembre-se que nunca poderá controlar por
completo o que o seu filho vê na Internet. O ideal será mesmo esperar pelos
15 anos e, ainda assim, deve ensiná-lo e orientá-lo a navegar de forma
segura na rede.
Regras Encarregue o seu filho pela manutenção do smartphone. Limite
as horas de utilização: até ao jantar para os mais novos, até à hora de deitar
para os mais velhos. Não permita que o smartphone seja usado à mesa ou
nos momentos passados em família.
Quando presentear o seu filho com um tablet?
A partir dos três ou quatro anos as crianças já podem divertir-se com os
jogos didácticos no tablet, trabalhando a motricidade fina, ao manusear o
aparelho. Saiba que há tablets específicos para crianças. A partir dos seis
anos, com a entrada na escola, o tablet deve ser usado também para escrever. Pode até optar por lhe oferecer um notebook. Há jogos que facilitam
a aprendizagem de idiomas, leitura, exercícios de lógica. Há escolas cujos
manuais estão disponíveis nestes equipamentos.
Regras Limite o tempo em que a criança brinca com o tablet, combine com
o seu filho os momentos em que pode, ou não, usar este aparelho para que
não descuide as obrigações e outro tipo de brincadeiras.
Em que altura faz sentido deixá-lo ter um portátil ou televisão
no quarto?
O quarto é o lugar privilegiado, onde brinca, descansa e estuda. Colocar
aí uma televisão ou um computador é uma solução que, muitas vezes, dá
jeito aos pais para terem momentos de paz! No entanto, o computador no
quarto só deve ser permitido a partir da idade em que é utilizado para fazer
trabalhos escolares, que implicam pesquisas na Internet, mas sempre com
orientação de um adulto. A televisão no quarto não é aconselhável porque
isola a criança do resto da família e pode perturbar o sono.
Regras Durante quanto tempo pode usar o portátil? Não ultrapassar as
12 horas semanais. Que tipo de CD-ROM pode utilizar? Veja o selo de
classificação obrigatório na União Europeia. Quando pode usar? Depois de
concluir as tarefas obrigatórias. Saiba que a luminosidade do ecrã interfere
no sono, por isso o computador deve ser desligado 30 minutos antes da
hora de deitar.
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para cada idade - Clínica da Educação