B13 %HermesFileInfo:B-13:20101221: O ESTADO DE S. PAULO TERÇA-FEIRA, 21 DE DEZEMBRO DE 2010 Aquisição Negociação entre JBS e Sara Lee esbarra no preço Pág. B15 Economia/2 & NEGÓCIOS estadão.com.br ALL cria empresa para entrar na disputa pelo mercado de contêineres Após fusão de ativos com a Standard Logística, será criada a Brado Logística, empresa que nasce com ativos de R$ 1,5 bilhão e previsão de investimentos de R$ 1 bilhão em cinco anos, principalmente na compra de locomotivas e vagões ferroviários DIVULGAÇÃO Renée Pereira A América Latina Logística (ALL), maior companhia ferroviária do Brasil, anunciou ontem a criação de uma nova operadora logística para atuar no setor de contêineres. A empresa, chamada de Brado Logística, nasceu da fusão com a Standard, uma companhia especializada em transportes de cargas frigorificadas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A nova operadora será independentedagestãoeadministração da ALL, que tem 21,3 mil km de ferrovias. A empresa vai assumir a gestão dos terminais de contêineres de Porto Alegre, Uruguaiana (RS), Araucária (PR) e Tatuí (SP). Também ficará responsável pelos contratos de transporte de contêineres assinados com a ALL. Além disso, a Brado contará com a infraestrutura da Standard Logística, que está presente em São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Tem cinco terminais intermodais, cinco complexos logísticos de cargas frigorificadas e um porto seco no interior paulista. Antes da fusão, Standard e ALL já haviam firmado parcerias em cinco terminais intermodais rodoferroviários. Dois deles escoavam a produção de indústrias para o Porto de Paranaguá (PR), dois para o Porto ● Novo mercado R$ 1,5 bilhão é o total de ativos da nova empresa R$ 1 bilhão é o valor dos investimentos em vagões e locomotivas em 5 anos 50% de movimentação dos contêineres dos portos onde a ALL atua é a meta da nova empresa Alcance. A ALL, maior do setor no País, tem hoje uma malha de 21,3 mil km de ferrovias de Rio Grande (RS) e um para Santos (SP). Juntos, os terminais movimentavam uma média mensal de 3 mil contêineres. Com a fusão, a nova empresa terá R$ 1,5 bilhão em ativos. Nos primeiros cinco anos, vai investir R$ 1 bilhão em vagões e locomotivas, queserão destinados às rotas com potenciais cargas de contêineres. Os recursos também serão aplicados em melhorias e ajustes da via permanente da malha ferroviária. A Brado será responsável por um projeto pioneiro no Brasil, que é o transporte de vagões Double Stack (dois contêineres empilhados um sobre o outro). A nova operadora não só fará o transporte, como vai oferecer uma série de serviços para os clientes,desdeafábricaatéoporto ou centro consumidor – ou vice-versa. Com a estrutura que passa a ter, a Brado pretende atrair clientes de médio e pequeno porte, que hoje estão à margem do transporte ferroviário. Um dos principais objetivos da empresa é conseguir abocanhar até 50% de toda movimentação de contêineres dos portos onde a ALL atua hoje – Santos, Paranaguá, São Francisco (SC), RioGrandeeoportosecodeUruguaiana.Segundo aconcessionária, o mercado total na sua área deatuaçãoédeaproximadamente 2,6 milhões de contêineres por ano. A participação da ALL nesse mercado é de apenas 2%. “Nossaparticipaçãonomercado de contêineres é muito baixa. Paranapanema planeja investimentos de R$ 510 milhões Além de investimentos específicos,vamos oferecer nívelevariedadedeserviçosinéditosnomercado nacional, possibilitando acesso ao modal ferroviário para clientes que não usam hoje esse modal”,disse,emnota,PauloBasílio, diretor-presidente da ALL. O presidente da Brado será José Luis Demeterco Neto, fundadorediretor-presidente daStandard. O negócio foi assessorado, do lado da ALL, pelo banco Credit Suisse e o escritório de advocacia Barbosa, Müssnich & Aragão. A Standard foi assessorada pelo banco de negócios BR Partners e pelo escritório Vieira, Rezende, Barbosa e Guerreiro Advogados. Nos últimos meses, o setor de logística virou foco de grandes empresas, sejam ferroviárias ou portuárias. O motivo é o crescimento exponencial do segmento, diz o especialista em logística Antonio Wrobleski, sócio da AWRO Logística. “O setor cresce três vezes mais que o PIB. Ou seja, algo em torno de 21%.” Para ele, os processos de fusão e aquisição deverão se intensificar daqui pra frente. Isso porque o setor de logística no Brasil é muito fragmentado, com empresas de pequeno e médio porte. / COLABOROU MELINA COSTA Este anúncio tem caráter meramente informativo UOL através de sua subsidiária DH&C OUTSOURCCING S.A. (“DH&C”), firmou contrato para aquisição da Diveo Broadband Networks, Inc. HELVIO ROMERO/AE (“DBNI”), que desenvolve atividades de datacenter e webhosting nos Depois da reestruturação da dívida, grupo quer ampliar produção e virar líder no mercado de cobre refinado até 2013 mercados brasileiro e colombiano. Mônica Ciarelli / RIO Sem investimentos em expansão há 15 anos, o reestruturado grupo Paranapanema pretende gastar R$ 510 milhões até 2013 para ampliar sua produção e se tornar líder no mercado de cobre refinado brasileiro. Paraviabilizaro projeto,opresidente do grupo, Luiz Ferraz, conta que a companhia deve voltar a se endividar. “Hoje, temos espaço para isso”, afirmou o executivo, ao lembrar que o grupo conseguiu em 2009 reestruturar suadívidaehojetemumaconfortável situação financeira. Entre os projetos de expansão, o mais importante envolve a fábrica da Bahia de cobre refinado.A intençãoéampliaracapacidade de produção das atuais 240 mil toneladas para 280 mil toneladas de cobre refinado por ano. “A Paranapanema quer ser a grande líder no mercado interno. Vamos dificultar a vida do Chile por aqui”, afirmou Ferraz, se referindo a um dos principais países exportadores do metal. Outro projeto importante no portfólio da empresa é a ampliação da capacidade produtiva de tubos, de 16 milhões para 36 milhões de toneladas. 7 8 9 10 11 12 Cobre. Fábrica da Eluma, empresa do grupo Paranapanema Durante apresentação ontem na Apimec Rio, o presidente do grupo Paranapanema destacou queacompanhia, depoisda reestruturação de dívida, em 2009, estáfocadaemaumentararentabilidade de seus ativos. Em seus planos estão também a construçãodeumaunidadedebeneficiamento de ouro e prata, metais que sobram no processo de produçãode cobre na empresa, e antes não eram aproveitados. Direitos minerários. A nova es- tratégiadogrupocontempla aindaos 105 direitos mineráriosque a Paranapanema tem registrados no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O executivo informou que o grupo fechou um acordo com uma mineradora para avaliar o valor real desses direitos minerários. Ferraz deixou claro, entretan- to, que a Paranapanema não pretende se tornar uma mineradora e a intenção é fechar parcerias com companhias do setor para garantir o fornecimento de insumos no longo prazo a preços mais baratos, o que permitirá à empresa aumentar sua competitividade no mercado. Ferraz revelou que um dos direitos minerários já foi vendido por um valor que pode chegar a US$ 8,1 milhões. Dos 105 direitos minerários da Paranapanema, 25 são de minas de cobre. Questionadosobreapossibilidade de a Vale fazer uma nova oferta pelas ações da companhia,oexecutivopreferiunãocomentar rumores e se limitou a comemorarocrescimentodaParanapanema nos últimos anos. “Se a Vale demorar (a fazer uma nova oferta), ela vai pagar três vezes mais caro”, disse. A Estáter foi a assessora exclusiva do UOL na estruturação e negociação da transação. Dezembro, 2010