PELA NECESSIDADE DE UM NOVO MODELO SINDICAL I. COMPREENDENDO A REVOLUÇÃO COGNITIVA. 1. A humanidade passa por uma enorme crise econômica social e política, consequência de um sistema excludente, capitalista, não sustentável e autodestrutivo. Essa crise tem seus efeitos perversos recaindo especialmente sobre os trabalhadores desde o final do século XIX. 2. O novo, é que tal crise vem sendo ainda mais potencializada com a evolução tecnológica nas mídias de comunicação. Essas tecnologias surgidas no final do século passado inovam e superam as formas tradicionais de comunicação, antes exclusiva de monopólios autocentrados nas mãos de pequenos grupos proprietários dos meios de comunicação em massa. 3. A inovação surgida com as redes de comunicação interpessoal massiva via internet tem ampliado a expressão das insatisfações particulares contra o sistema, assim como tem propiciado a realização de manifestações públicas organizadas de protesto articuladas por múltiplas redes, sobretudo de cidadãos indignados mundo afora. 4. Logo, torna-se inegável reconhecer que vivemos num período potencial para, mais uma vez, ocorrerem profundas reorganizações estruturais na sociedade e, por conseguinte, na esfera sindical e política. 5. Este novo panorama, de elevada pressão causada pela indignação coletiva, associada à revolução nas tecnologias de informação, apontam que, possivelmente, experimentamos, já, um novo período que poderemos chamar de Revolução Cognitiva, como foram outros periodos que a sociedade passou desde o desenvolvimento da linguagem oral e posteriormente com a passagem da humanidade para o uso da linguagem escrita. 6. Em uma nova etapa, todas as sociedades foram impactadas com o surgimento da comunicação impressa no século XV. Já no século XX foi a comunicação em massa, especialmente via meios eletrônicos como o rádio e a televisão que as impactaram. 7. Atualmente, imagina-se, também passaremos pela influência de uma grande onda de inovações políticas, culturais e socioeconômicas com o advento das novas tecnologias da comunicação digital em rede. No passado, as mudanças cognitivas possibilitaram novas formas de acesso ao conhecimento, cada qual em seu período, e essas, por sua vez, trouxeram enormes consequências para o processo civilizatório. Não será diferente agora. 8. O movimento sindical não passará incólume por esta nova Revolução Cognitiva. As lideranças sindicais deverão fazer uma necessária autocrítica quanto à sua atual incapacidade ou indisposição por reconhecê-la ou admiti-la, e à consequente inabilidade para reinventarse e incorporá-la, ou lhes restará serem atropelados pelas bases que passarão a articularse autonomamente via novas mídias e que criarão inúmeras outras organizações paralelas desprezando a renitente mania de um ultrapassado vanguardismo sem base. II. MODERNIZAR A COMUNICAÇÃO SINDICAL ULTRAPASSADA. 9. As demonstrações de capacidade e de legitimidade alcançadas por sindicatos e centrais sindicais atualmente existentes, necessitam - para serem conhecidas, avaliadas e acompanhadas - de abertura e transparência dos canais de informação disponíveis a todas as categorias, para que uma possa visualisar as ações realizadas pelas demais, em igualdade de espaço para a divulgação de seus próprios feitos. 10. A abertura e a transparência desses canais de informação exigem um enfrentamento e uma crítica permanente a todas as fontes de informação exteriores oriundas da mídia. 11. Não serve à classe trabalhadora a guerra de informações desencontradas e conflitantes travadas entre os próprios meios sindicais, sustentados ou sustentadores de correntes políticas partidarizadas, visto que são, essencialmente, elementos tendenciosos para uma disputa que visa persuasão e não informação. 12. Mais do que a opinião, a interpretação, ou a indução, a organização da classe trabalhadora necessita da criação de uma verdadeira e ampla central de informações, dirigida pelos trabalhadores e aos trabalhadores de forma plural e horizontal. 13. A tomada de conhecimento da informação, os debates internos e a formação de opinião pela própria base das categorias devem ser o substrato primordial para a tomada de posição e para a atuação em um novo modelo sindical onde a união de forças propositivas dos trabalhadores seja o garantidor da força coletiva das suas próprias mobilizações e conquistas. 14. Os canais informativos da categoria devem, necessariamente, primar pelo encontro presencial, pela multiplicação das reuniões coletivas, organizadas, com espaço para manifestação democratizado e estimulado e com amplo espaço, inclusive para sua auto-organização. Não se pode mais negligenciar o uso das ferramentas tecnológicas atualmente existentes no mundo real, ferramentas essas que hoje são utilizadas para impor o pensamento e as doutrinas da classe dominante com ausência de contraponto em igualdade de expressão e força, nas mesmas esferas de veiculação. 15. A criação ou o fomento de tecnologias e até de mídias "livres" já foi objeto perseguido por matizes sindicais e também partidárias no passado recente (e ainda o são), mas que pecaram, falharam ou simplesmente ainda não obtiveram sucesso pelas suas tradicionais identificações partidárias, o que lhes retirou tanto legitimidade quanto capacidade de agregar. 16. Sem rejeitar-se as tentativas de conquista de tecnologias e mídias "livres", na prática, é essencial buscar a utilização dos instrumentos já disponíveis, ainda que comerciais, pelo menos para cada categoria específica de trabalhadores, a partir da sua já existente forma de organização. 17. A utilização da difusão de informações sindicais a partir de redes como "facebook" é útil e relevante, mas não se pode permitir tornar-se inconsequente e ingênua, quando simplesmente resumida aos níveis de reprodução e de propagação permitidos por aqueles próprios meios (como "curtir" uma paralisação, ou "compartilhar" retóricas sindicais entre multidões irreais ). Tais atitudes só fazem tornar um interlocutor sindical menos relevante, menos interessante e menos prestigiado quando usa e abusa desse substrato simplório nos seus contatos com sua base de trabalhadores. 18. Paulatinamente, o sindicato deve ampliar o domínio sobre as ferramentas de informação disponíveis e transmitir esse domínio para os seus trabalhadores, para que mais trabalhadores possam se tornar lideranças que farão avançar para a coletividade a força das suas próprias reivindicações. III. É PRECISO PRIMEIRO SÓ DESFILIAR DA CUT. 19. O sindicalismo cutista está severamente identificado, balizado e instrumentalizado pelo PT, Partido dos Trabalhadores. 20. Diante de governos do PT, a CUT perdeu sua independência bem como eficácia enquanto instrumento de luta e de organização da classe trabalhadora, passando a atender compromissos partidários de suas lideranças. 21. A CUT não soube sustentar, com autonomia, sua primazia de atuação como organização sindical política e reivindicatória, sobretudo ao lado dos trabalhadores do serviço público, passando a atuar primordialmente na defesa do Governo Federal, em detrimento da organização dos trabalhadores. 22. Tal mudança de postura se permitiu, em grande parte, em face das estruturas sindicais classistas atualmente existentes, hierarquicamente piramidais e dirigidas de cima para baixo, impedindo a expressão da vontade advinda das bases das categorias de trabalhadores. 23. É preciso romper com o processo organizativo comum às centrais sindicais classistas atualmente existentes no Brasil, que é decorrente de uma visãoem que os sindicatos servem como instrumentos de fortalecimento para os partidos e para a formação de seus quadros. 24. A classe trabalhadora no Brasil - e com especial ênfase a parcela dos servidores públicos - necessita de um novo modelo de Central Sindical, que mantenha sua combatividade frente à alternância de qualquer projeto político que se instalem nos governos, ainda que oriundas de partidos da classe trabalhadora. 25. Neste sentido, não se vislumbra, no cenário atual do sindicalismo classista brasileiro, a existência de centrais verdadeiramente dirigidas a partir do interesse das bases das categorias. 26. Uma nova Central Sindical, não só representativa e solidária, mas que prime pela defesa das reivindicações da classe trabalhadora, poderá, mas não necessariamente surgirá da renovação, do aprimoramento ou da transformação de qualquer das que atualmente existem. 27. Uma nova Central Sindical que contemple efetivamente o interesse dos trabalhadores deverá surgir a partir das ações e demonstrações de capacidade, compromisso, honestidade, confiabilidade e independência partidária propostas e/ou alcançadas por sindicatos e centrais atualmente existentes. 28. Enquanto não se constituir esse novo modelo organizativo de Central Sindical, é necessário que as categorias de trabalhadores se reorganizem e definam suas reais necessidades, ao invés de continuarem sendo disputadas internamente por interesses que visam projetos de poder acima do atendimento das suas próprias necessidades. 29. Portanto, até que existam condições para a identificação de uma Central Sindical que conheça, contemple e persiga as necessidades de todas as categorias de trabalhadores, é necessária a DESFILIAÇÃO da CUT, bem como a manutenção do Sintrajufe/RS desfiliado de qualquer outra central, permitindo o espaço de tempo necessário para a realização dessa profunda reorganização no sindicalismo no Brasil. IV. UMA PROPOSTA QUE INCLUI. 30. Propomos um amplo Plebiscito junto à categoria do Sintrajufe/RS a fim de permitir a sua DESFILIAÇÃO À CUT, com a implementação de uma verdadeira democracia participativa direta dos seus filiados nos rumos políticos da sua entidade. 31. Plebiscito que deve ser realizado agregando o voto direto de cada associado de forma aberta e pública (para se eliminar toda e qualquer hipótese de fraudes), tanto pela via presencial como a partir do envio de email para o sindicato, a ser registrado, planificado e publicado no site do sindicato, e instaurando, portanto, aquela que será a primeira de uma nova Era de decisões políticas inclusivas e diretas para toda a categoria assim como modelo para o novo sindicalismo que precisa surgir com cada sindicalizado escolhendo se quer votar presencialmente ou por e-mail. 32. E para que tal novo modelo sindical se torne não apenas efetivo, mas também ágil e digno de crédito e apreço junto à categoria que por ele anseia, este Plebiscito deverá ocorrer, ainda neste ano de 2014 na primeira quinzena do mês de Dezembro ficando a votação disponível por sete dias com ampla divulgação das parciais, diariamente, sendo vedadas mudanças de voto, com a imposição do acatamento tão somente do primeiro voto de cada sindicalizado: se Sim [1], ou Não [2] à DESFILIAÇÃO DO SINTRAJUFE/RS DA CUT. A FORMAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DAS LUTAS O totalitarismo no poder invariavelmente substitui todo o talento, quaisquer que sejam as suas simpatias, pelos loucos e insensatos, cuja falta de inteligência e criatividade é, ainda, a maior garantia de lealdade. Hannah Arendt Introdução 1. Nos últimos 20 anos, apesar das enormes crises econômicas dos anos 80 e 90, o Brasil foi capaz de alguns avanços: superar a ditadura civil-militar com o retorno ao estado democrático de direito, vencer a hiperinflação, distribuir renda moderadamente e alcançar alguma presença no cenário mundial. Entretanto, o país ainda carece de inúmeras reformas estruturais bem mais profundas do que os programas sociais compensatórios que, apesar de importantes para um determinado momento, geram dúvidas no longo prazo e pouco alteraram as nossas seculares injustiças sociais. 2. Somos uma categoria de trabalhadores públicos e, com nossas lutas, movemo-nos dentro de um conflito maior, nem sempre explicitado, de enormes desigualdades na sociedade brasileira. O nosso paradigma sócio-geográfico ainda serve para a metáfora da casa grande e senzala. Em termos macroeconômicos, modernos e sociais, basta mencionar que o Brasil se tornou a sétima potência econômica do mundo, mas ficou no 79° lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas (IDH 2014). 3. A política econômica do governo continua fortemente ditada pela economia de mercado, baseada nos exagerados lucros do capital financeiro, (juros bancários os maiores do mundo) na predominância do latifúndio improdutivo ou com o agro-negócio, num modelo monocultivador e de exportação, no desenvolvimentismo predominante sobre o desmatamento, nas graves e muitas vezes impunes agressões ao meio ambiente, sobretudo aos recursos hídricos, instaurando-se, assim, uma ordem econômica que parece perpetuar a convivência de uma minoria extremamente rica e uma maioria de pobres. 4. As maiores carências da população se identificam com as áreas de educação, saúde pública, mobilidade urbana, habitação e segurança alimentar. A violência nos centros urbanos também é preocupante e responsável por índices de criminalidade inaceitáveis. Os pobres e, dentre estes, os negros, são as suas principais vítimas. 5. Paralelamente, as favelas, que mais parecem gigantescos acampamentos de refugiados de uma guerra de devastação, ainda são o lar de milhões de pessoas. 6. Os territórios dos povos indígenas, comunidades quilombolas e populações tradicionais ainda carecem de demarcação e legalização, e o governo avança muito pouco para defender essas áreas, assim como para defender as demais áreas de proteção ambiental. 7. Neste embate, a disputa que se faz é de uma concepção de país: uma concepção baseada nos direitos territoriais, culturais e ambientais do conjunto do nosso povo, contra outra concepção, baseada nos interesses imediatos das elites econômicas, apoiadas pela mídia e protegidas por inúmeras políticas de governo, como as desonerações fiscais. 8. No cenário eleitoral do qual saímos recentemente, o binômio da mudança ou continuidade, sobretudo nas eleições presidenciais, foi o mais sinuoso e de difícil desfecho como bem mostraram os resultados finais que reconduziram Dilma para mais quatro anos de mandato. Numa sofisticada operação de polarizações conflituosas onde se discutiram muitas políticas de governo e poucas políticas de país, estabeleceu-se um cenário agressivo, de desconstituições e raivas obsessivas poucas vezes vistas. A preocupação com as agressões quase deixaram escapar do processo eleitoral a discussão séria do que realmente estava em jogo. 9. Claro que não havia um Ágon entre capital e trabalho e tampouco se criariam condições para o acirramento da luta de classes levar a uma revolução. Contudo, no centro do debate estava em curso um projeto de desmanche do estado, para entregá-lo às tiranias privadas e amplamente propagado pela mídia reacionária. 10. Esse projeto era gestado com o fim de desmantelar o Estado e atacar, sobretudo as frágeis políticas públicas de transferências de renda e mantidas sob muita pressão dos movimentos sociais. Essa mesma mídia conservadora, que assume em seus veículos a bandeira do capital para reduzir o tamanho do estado, é bastante ágil quando se trata de defender a presença do mesmo Estado para financiar os seus próprios negócios e os negócios dos ricos num jogo perverso, lamentavelmente assumido, inclusive, pelo governo. 11. É o velho discurso dualista da disciplina do mercado para os fracos e pobres e o auxílio do Estado, quando necessário, para os ricos e privilegiados. 12. Além disso, apenas nove famílias formam os grandes monopólios dos meios de comunicação no Brasil. Meios que são concessões públicas e mesmo assim, fazem com que os principais veículos de informação estejam plenamente a serviço deles mesmos e dos interesses da elite econômica. Há urgência de uma legislação que garanta uma democratização na produção e transmissão de conteúdos. As mais de 600 propostas aprovadas pela 1ª Conferência de Comunicação, no final de 2010, sequer têm sido consideradas pelo governo federal. 13. Em todas as mídias como rádios, jornais e televisões, há sempre uma seção de negócios e nenhuma seção tratando do mundo do trabalho sob as perspectivas dos trabalhadores. Quase nenhuma empresa jornalística envia equipes para cobrir os movimentos de trabalhadores. 14. Também são esses mesmos oligopólios midiáticos que se colocam no ataque para dizer que o Brasil precisa pagar a sua dívida. Isso é claramente uma posição ideológica assumida por esses veículos e seus donos. Isso é doutrinamento. É verdade que há uma dívida monstruosa, mas quem é que deve pagar essa dívida assim como a conhecemos? 15. Mais ainda: somente uma auditoria pública e transparente dessa dívida poderá apurar a verdade sobre a origem e o desenvolvimento desses números estratosféricos que consomem metade do orçamento público para capitalizar os bancos e as tiranias predatórias e privadas. Por isso, se o governo quiser realmente avançar, terá de meter as suas mãos nesse vespeiro. 16. Essa mídia que, com os donos do dinheiro e dos negócios, quer um estado mínimo para os trabalhadores, mas protetivo para o capital, manipula as consciências criando um pesado corpo de doutrinamento e preconceito, para jogar a população contra os benefícios alcançados pelos programas sociais financiados pelo Estado. Isso também é opressão e leva o senso comum e até mesmo setores da esquerda a condená-los como projetos eleitoreiros ou de exaltação à indolência, como se todas as pessoas fossem vítimas que estivessem pagando para outros se beneficiarem sem trabalhar, fazendo as pessoas se perguntarem, “por quê temos de pagar para sustentá-los?”. Sobre isso Noam Chomsky, um dos maiores críticos contemporâneos da mídia, nos diz que “a pior das opressões é aquela que internalizamos”. 17. Entretanto, se milhões de pessoas, país afora, puderam alimentar-se e ter seus filhos na escola através desses programas sociais, como poderemos dizer que isso não é legítimo? Diremos a eles: “Esperem até fazermos a revolução?”. Como poderemos ser levados a sério se condenarmos para essas pessoas, o programa que neste momento lhes dá comida e escola? 18. Por outro lado, também não defenderemos a eterna permanência das pessoas nesses programas. Defendemos que essas políticas compensatórias devam ser seguidas de políticas emancipatórias, de políticas de inclusão, de fato e de direito, num verdadeiro mundo cidadão. 19. Somente mudanças profundamente estruturais na política e na economia do país e do mundo é que poderão criar as condições para superarmos esse sistema secular de injustiças. Da Imprescindibilidade da Formação e da Cultura na organização das Lutas dos Trabalhadores Públicos 20. O fortalecimento e a organização das bases sindicais passam necessariamente pela Formação. Hoje vemos um crescente esvaziamento e uma enorme dificuldade dos sindicatos em colocar em movimento as suas bases cada vez mais indisponíveis aos chamados da mobilização. 21. A Formação é necessária e indispensável para a construção da luta e determinante para a atuação política de todo sindicato que pretende dialogar e mobilizar a sua categoria. Por isso, a Formação deve apossar-se de toda a cultura necessária para preparar as trabalhadoras e os trabalhadores e torná-los capazes de construir uma alternativa revolucionária ao capital, representado pelas tiranias privadas e pelo poder coercitivo do Estado. 22. A consciência de classe não emerge do nada e tampouco alguém nasce politicamente pronto. Toda a produção de saberes tem seus componentes inarticulados. Num sindicato de trabalhadores públicos, de pensamentos tão heterogêneos, a busca de identidade numa categoria com enormes dificuldades em se reconhecer como classe trabalhadora, torna-se uma das principais tarefas e desafios da Formação. 23. Além disso, o próprio pensamento e as análises marxistas presentes na organização política de incontáveis sindicatos não tem se preocupado em compreender e contextualizar os trabalhadores públicos do seu papel na luta de classes. Tampouco a concepção anarco-sindicalista se ocupa de nós, e nessa medida acabamos nos tornando praticamente invisíveis a uma investigação sociológica crítica sobre o trabalho e o sindicalismo no serviço público. 24. Somente com a Formação poderemos deslegitimar as estruturas de coação constituídas pelo capital e pelo Estado, porque a consciência do trabalhador que luta apenas por reajuste salarial desconhece, muitas vezes, as engrenagens que o aprisionam. 25. Formação é compromisso e ação para gerar e aprofundar a consciência de classe, produzir autonomia de pensamento e trazer a clareza da conjuntura. Também deve permitir que o trabalhador do judiciário compreenda, a partir do desenvolvimento dessa consciência, que, por fazer parte do universo do trabalho, deve dialogar e atuar com o conjunto da classe trabalhadora. 26. Formação sindical fala para o conjunto de uma categoria e os seus instrumentos de ação devem ser didáticos e ideológicos. Com uma linguagem simples cresceremos e projetaremos uma mensagem mais política e classista. Sem formação, fica mais difícil para os trabalhadores criarem uma consciência de classe, ou desenvolver o que Bertrand Russel chama de concepção humanística pela educação, “para dar ao trabalhador um senso de valor de outras coisas além da dominação, a fim de criar cidadãos inteligentes numa comunidade livre, onde a criatividade individual floresça e os trabalhadores se tornem senhores de seu destino e não instrumentos da produção ou do poder do Estado”. 27. A produção de saberes é um processo coletivo. O formador não determina ou aponta o caminho, ele deve trabalhar com as pessoas buscando o esclarecimento de todos. Todo trabalho sério de formação, assim como todo o trabalho intelectual sério, é um exercício de inteligência coletiva. Quem ensina, aprende, quem aprende também ensina. Ensino-aprendizagem, mais do que uma dicotomia pedagógica é uma via de mão dupla. Na verdade, é aprender mais do que ensinar. O formador usa todo o seu conhecimento, os recursos e a sua capacidade de dialogar para ajudar as pessoas e ao mesmo tempo aprender com elas, rompendo com todo e qualquer tipo de relação hierarquizada para produzir um crescimento conjunto. 28. A Formação não pode ser dogmática, fechada, como prática exclusiva para os iniciados que gostam de se auto-intitularem vanguarda e também não pode falar apenas para dentro da própria direção ou dos quadros políticos que disputam os rumos das lutas. Deve mirar no objetivo principal, sem academicismos, sem os jargões ou bordões restritos a esses mesmos grupos, decodificados apenas por eles, mas sim, chegar à categoria com uma abordagem simples e objetiva, sem ser vulgar. 29. A Formação precisa trabalhar não apenas com os atos de greves, paralisações ou assembleias, mas com cursos e toda a sorte de eventos e publicações capazes de reunir pessoas em espaços de gente. A realização de eventos artísticos, esportivos ou de lazer, e sua enorme capacidade mobilizadora e aglutinadora devem possibilitar a passagem deste estágio mais lúdico, porém necessário, para o estágio combativo da luta política e de classe. 30. Formação sindical, como a entendemos, deve ser pela esquerda, é uma disputa ideológica mas não pode ser dogmatizada por nenhum partido. Os dogmas e equívocos de algumas posições da esquerda que não conseguem avançar, nem em suas leituras de conjuntura nem em suas possibilidades mobilizadoras, ainda persistem como referenciais teóricos numa lógica apenas da fábrica, da produção e da guerra, insistindo em transformar os sindicatos de trabalhadores públicos num espaço de propaganda hierarquizado e centralizado, exclusivo de seu programa e de suas agendas, reduzindo e afastando as enormes e ricas possibilidades das construções políticas feitas, a partir da base, e tampouco conseguem contemplar a riqueza de pensamento e a contribuição da inteligência coletiva na produção de conhecimento e ação. 31. A formação, portanto, deve ser classista, e em nenhum momento deve ser aparelhada. Tem de reconhecer e assumir a pluralidade existente na categoria. A partidarização nos sindicatos confunde os trabalhadores, criando rejeições e expondo feridas que podem restar subsumidas por um discurso e uma prática fascista e totalitária, conduzindo inevitavelmente ao afastamento, à indiferença dos trabalhadores e, perigosamente pela direita, à demonização e ao questionamento da existência dos próprios partidos. 32. A Classe Trabalhadora é autônoma e auto-organizativa em sua essência. Não necessita de um partido político para organizá-la e muito menos para dirigi-la em seu processo histórico e, por prescindir de um partido, não deve subsumir à ação hegemônica desenvolvida por estes e muito menos permitir que disputem entre si a condução dos seus destinos e das suas lutas. 33. A dificuldade de muitos dirigentes em reagirem a outros dirigentes aparelhistas, entregando-se a eles, devasta, desmobiliza e neutraliza a capacidade de luta, afastando a base, substituindo-a por quadros políticos militantes, produzindo fragilidades e divisões, criando uma vanguarda sem base, mas dona de um potente aparelho político e financeiro. 34. Todo exercício de autoritarismo e o seu reconhecimento, pela submissão, nos escraviza e nos imbeciliza. Nisso devemos dizer com todas as palavras que toda hierarquia ou autoridade que não puder ser justificada de baixo para cima deve ser desmantelada. 35. Somos todos trabalhadores assalariados e isso nos coloca próximos da relação de trabalho das categorias do setor privado. É verdade! Contudo, não somos produtores de valores, trabalhamos na instância reguladora e mantenedora dos valores. Não estamos diretamente ligados, pelo vínculo da relação de trabalho, a um capitalista privado. Por outro lado estamos diretamente vinculados ao poder garantidor da ordem dominante e gestor de todas as relações de produção e trabalho. 36. Sobre a produção, preferimos dialogar com John Dewey quando diz que o propósito fundamental da produção não é a produção de bens, “é a produção de seres humanos livres, associados uns aos outros em termos de igualdade”. 37. Sem Formação e debate acabamos desenvolvendo um tipo de consciência apenas corporativa e funcional, não uma consciência social. E essa consciência corporativa do trabalhador público acaba dificultando o desenvolvimento de uma consciência de classe. Ao assumir esse caráter corporativo os trabalhadores públicos muitas vezes preferem o isolamento por sentirem-se detentores de conhecimento e habilidades próprias de sua função e poder, como é o caso de juízes, policiais, fiscais, militares e tantos outros. 38. Temos consciência de sermos trabalhadores da principal persona de dominação que é o Estado. Somos seus servidores, e os seus braços e pernas; portanto, agentes políticos do capital legitimado pelo Estado e precisamos enfrentar o debate sobre o nosso papel como trabalhadores na medida em que devemos debater o próprio Estado. 39. A disputa de hegemonia começa dentro das próprias direções dos sindicatos, na discussão permanente e democrática para que os investimentos em Formação possam ser contínuos e crescentes. E que Formação é fundamental, é necessária à construção da estratégia de ruptura e da superação da exploração do trabalho, das tiranias privadas e do Estado nos incontáveis ataques para reverter, enfraquecer e desmantelar as conquistas obtidas pelas longas e quase sempre dolorosas lutas travadas pelos trabalhadores. 40. Devemos ainda disputar com a mídia conservadora, com a religião, a educação da classe dominante e todas as outras mídias, sobretudo nas redes sociais. Enquanto não nos conscientizarmos de como funciona o sistema de propaganda dominante e não construirmos alternativas com canais próprios de comunicação, jamais conseguiremos nos libertar dele. 41. Numa sociedade dividida em classes, também temos de ter a coragem de enfrentar o senso comum, presente na categoria, sem preconceitos, sem carimbos e sem referências estáticas do tipo, “fulano é de direita ou conservador, burguês” ou qualquer outra expressão de exclusão que revela muitas vezes apenas a negação do enfrentamento ou a incapacidade argumentativa ou, ainda, uma visão meramente aparelhista de não poder “enquadrar” àquele com quem não conseguiu dialogar. Não devemos esquecer que a consciência ingênua dos trabalhadores acaba sendo a consciência da classe que o domina. 42. A Formação também não pode ser um livro de regras, mas tem de ter um papel significativo no avanço do que dizemos defender e por isso teremos de aprender com todos. Teremos algumas vezes de modificar o que estamos fazendo, nossas escolhas e tudo o mais, de acordo com as opções disponíveis e o nível de consciência, de preocupações e expectativas das pessoas com quem estamos lidando e que muitas vezes não conseguimos compreender. Teremos de aprender isso com a categoria e todos os matizes que fazem parte dela. É isso o que achamos sobre se despir de preconceitos contra o senso comum. 43. Esse desafio propõe colocar os trabalhadores públicos diante da necessidade de superar a corporação para assumir uma identidade de classe. 44. Tudo isso acaba sendo disputa. Ação política é movimento e o processo de construção da consciência de classe é um movimento permanente de disputa por hegemonia. A Cultura na Gênese desse Processo 45. Para incorporarmos as ações culturais num contexto de Formação será necessário, primeiramente, recolocar o próprio conceito de cultura no seu verdadeiro lugar, em contraposição a uma simples ação produtora de lazer, entretenimento ou de eventos artísticos, deslocada dos princípios geradores e organizadores das lutas dos trabalhadores. 46. Hoje, a maioria dos sindicatos lida com a cultura apenas como um setor organizador de festas e eventos, e outros sequer possuem um setor cultural minimamente organizado, geralmente aparecendo como um sub-setor ligado a alguma secretaria ou departamento do sindicato. 47. Por isso, a cultura é frequentemente extirpada dos aspectos mais importantes da vida social como a economia, o sistema político e jurídico, ciência e tecnologia, religião, comunicações, educação, esportes, ficando apenas partes, como a arte, a literatura a música, o folclore o cinema e o teatro dentro daquilo que chamam de cultura nas políticas oficiais dos sindicatos e de todos os governos. 48. Temos de pensar na cultura como o conjunto das atividades humanas na organização e na formação de uma sociedade. Seus usos e costumes, suas relações sociais, econômicas e políticas, a culinária, indumentária, arte, literatura, política, padrões morais, economia, religião, etc. É o conjunto de todas essas expressões e seus movimentos que vão definir a cultura de um povo. 49. A cultura é uma dimensão do processo social, não apenas um conjunto de práticas e concepções de um dos elementos da vida em grupo, como a arte, por exemplo. É muito mais. A cultura é um produto coletivo da vida humana e, por isso, um território de lutas e de conflitos de classe. É um processo contínuo onde nada é estanque e onde a mudança é o elemento subjacente dessa realidade. 50. Toda a produção cultural de uma sociedade é o resultado da existência comum entre as classes dominantes e as classes oprimidas, e o produto dessa história coletiva tem seu o controle repartido desigualmente. E é pelo produto dessa história coletiva, por cuja transformação e benefícios as forças sociais se defrontam. Retomar e Ampliar 51. Somos todos produtores e portadores de símbolos e nossa luta não é uma abstração insubstancial feita somente de discursos e intenções. A Formação, portanto, é a concreção em termos volitivos da expressão da inteligência coletiva de todos os envolvidos com suas ferramentas indispensáveis à realização das lutas políticas e reivindicatórias dos trabalhadores. 52. Somente pela experiência assimilável das nossas vivências é que caminharemos juntos, no rumo de uma consciência social emancipatória, construida para além de uma consciência puramente sindical e reivindicatória. PLANO DE LUTAS O Plano de Lutas será apresentado individualizado, por entendermos que mais do que uma síntese propositiva das teses apresentadas ele próprio se constitui numa espécie de tese. Políticas Específicas dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU 1.Pela aprovação do PL 7920/2014 – PCS 4. Lutar para conquistar o PCS contra as perdas salariais, contudo o PCS deve ser apenas um trânsito para um Plano de Carreira. 2.PLANO DE CARREIRA amplamente discutido na FENAJUFE, nos Sindicatos e com o conjunto da categoria. Por um Plano de Carreiras que corrija todas as distorções existentes na nossa remuneração, com a reduçao do impacto das Cjs e Fcs E A valorização dos técnicos que exerçam atividades de analistas e inclusive o pagamento de AQ para os técnicos com nível superior. 3.Data-Base com reajustes anuais para reposição das perdas com aumento real de salário. 4.Lutar pela jornada de 30 horas semanais no Judiciário Federal e para todos os demais trabalhadores. 5.Pelo pagamento imediato dos reenquadramentos, da JF bem como o pagamento de todos os demais passivos. 6.Pela provação imediata do reenquadramento dos auxiliares judiciários, pelo CJF, ato esse já aprovado em lei e homologado pelo CJT, com o pagamento dos retroativos a jan/2013. 7.Contra a extinção ou terceirização da especialidade do Agente de Segurança. Pela implantação da polícia Judiciária, porte de arma para Agentes de Segurança e Oficial de Justiça Avaliador Federal 8.Contra a extinção da especialidade segurança e pela incorporação da GAS para a aposentadoria dos agentes de segurança e manutençãoda GAE para a aposentadoria dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais. 9.Aposentadoria Especial para as pessoas com deficiência – PCDs e para os servidores que trabalham em situações de risco, insalubridade e periculosidade. 10.Aprovação da PEC 555/2006, eliminando a contribuição dos aposentados para a Previdência. 11.Luta contra a terceirização nos serviços públicos 12.Pelo fim do Imposto Sindical. 13.Pela manutenção da estabilidade no Serviço Público 14.Redução da alíquota do Imposto de Renda dos Trabalhadores com reajuste das tabelas. 15.Contra qualquer forma de meritocracia e gratificações de desempenho. 16.Contra a privatização do setor de segurança no Judiciário Federal e MPU e que os Tribunais e MPU qualifiquem os profissionais de acordo com a Lei. 17.Contra a privatização de toda e qualquer atividade ou setor no âmbito do Judiciário Federal. 18.Luta pela equiparação dos chefes de cartórios eleitorais do interior em relação aos chefes de cartórios das capitais. Aprovação do PL 7027. 19.Luta incessante contra o assédio moral em todos os locais de Trabalho. 20.Pela unidade e contra qualquer tentativa de fragmentar carreira. Não às carreiras exclusivas 21.Contra a GRAEL que vem a ser uma espécie de carreira exclusiva. 22.Combater a reforma do Judiciário imposta pelo Banco Mundial. 23.Pelo fim das políticas de metas impostas pelo CNJ. 24.Pela implantação imediata da participação eletrônica de todos os sindicalizados nos processos decisórios dos sindicatos. 25.Pela paridade entre ativos aposentados e pensionistas. 26.Pela integralidade dos salários na aposentadoria. 27.Pelo fim do fator previdenciário, assim como pela anulação da Reforma da Previdência 28.Pelo direito do adicional de penosidade nas fronteiras 29.Pela manutenção do Recesso no Judiciário 30.Defesa do concurso de remoção nacional e regional em todos os órgãos do Judiciário Federal e MPU. 31.Pela ampliação de cargos de servidores efetivos em toda a Justiça Eleitoral, especialmente nos cartórios eleitorais 32.Pela efetivação das pausas durante a jornada de trabalho com mecanismos eletrônicos e administrativos que garantam a sua efetiva implementação. 33.Pela unificação dos valores do vale-alimentação, transporte e e auxílios pré-escolar em todo o país considerando sempre o maior valo pago. 34.Consultas permanentes à categoria, através de plebiscitos e pesquisas sobre a condução política dos sindicatos. 35.Contra PEC 02/2003, um “legítimo trem da alegria” que permite a efetivação de servidores requisitados nos cargos para os quais não entraram por concurso. 36.Contra o PLP 248/98, que determina a perda do cargo público ao servidor estável que apresente insuficiência de desempenho. 37.Criar espaços fixos e públicos para manifestação da categoria nos veículos de comunicação do Sindicato de forma que todos tenham acessos ao que cada trabalhador pensa de si, da vida e do sindicato. 38.Pelo fortalecimento do instituto da greve com mais preparação e organização para não expor a categoria a riscos com as administrações, mas acima de tudo pela garantia do direito irrestrito de greve. 39.Por uma política de saúde permanentemente voltada para prevenir e combater os sofrimentos físicos e psíquicos dos trabalhadores do judiciário. 40.Pelo retorno da incorporação dos quintos das funções como forma de reduzir as diferenças remuneratórias existentes na categoria, assim como a restituição de todos os direitos excluídos da Lei 8112/90 ao longo dos anos. 41.Pelo reajuste anual da indenização de transporte, pelo fornecimento de aparelhos e meios de para as atividades externas e por um valor único da GAE em cima do último padrão de referência para os OJAFs 42.Por uma política permanente de capacitação com a participação dos trabalhadores. 43.Pelo fim das constatações sócio-econômicas realizadas pelos OJAFs, atividade exclusiva dos Assistentes Sociais. 44.Pelo cargo próprio de OJAF e contra a conversão de cargos vagos em especialidades distintas. 45.Pelo fortalecimento da FENAJUFE e pelo fim das lógicas de guerra nos enfrentamentos entre as forças políticas, pautadas por partidos, que rompem a unidade, atrasam e prejudicam a pauta de todos os trabalhadores Políticas Permanentes 45.Defesa da educação e saúde públicas de qualidade e gratuítas. 47.Por uma legislação coibitiva contra o abandono e os maus-tratos aos animais. 48.Pela defesa do meio-ambiente e por políticas de auto-sustentabilidade 49.Defesa das cotas reparatórias para acesso ao serviço público. 50.Pelo reconhecimento dos direitos decorrentes da união homoafetiva. Pela criminalização da homofobia e pelo fim da violência aos homossexuais com aprovação da PLC 122!51. 51.Pela independência dos sindicatos em relação a partidos políticos e ao estado. 52.Pela democratização dos meios de comunicação de massa e pelo fim dos Oligopólios. Todo o apoio à tramitação e aprovação ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular para uma Mídia Democrática de 27/08/2012. 53.Defesa do salário-mínimo do DIEESE. 54.Pela implantação do Imposto Sobre Grandes Fortunas. 55.Contra todos os processos de privatização dos serviços e empresas pú blicas 56.Apoiar as lutas de todos os trabalhadores ampliando a solidariedade de classe para enfrentar toda e qualquer forma de discriminação e opressão tanto no movimento sindical quanto em toda a sociedade. 57.Pela autodeterminação de todos os povos do mundo, sobretudo por uma pátria ao povo palestino e ao povo Saharauí. 58.Investimento permanente na formação para toda a categoria, assim como a discussão permanente para a construção de uma política de atuação que pense no papel de um sindicato de trabalhadores públicos no contexto da luta dos demais trabalhadores. 59.Pelo fim do nepotismo em todas as instâncias do Serviço Público. 60.Redução imediata do pagamento e auditoria para a dívida pública que corrói metade do orçamento da União Federal. 61.Reforma Agrária com a participação dos trabalhadores rurais. 62.Efetivar ações e debates dentro do Judiciário Federal e MPU sobre a violência doméstica, contra o machismo, assim como, apoiar e juntar-se à luta por políticas de proteção às crianças mulheres e idosos 63.Questionar permanentemente o estado como garantidor da ordem capitalista por todo o seu aparato jurídico-legislativo-repressor lutando pelas garantias individuais e pela mais completa liberdade de opinião e expressão, não somente no meio sindical mas em todas as instâncias da vida social. 64.Apoio às políticas de auto-determinação dos povos indígenas e Quilombolas e contra todo o tipo de racismo. COLETIVO SINDICAL BASE NA LUTA - BnL