X Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-graduação - SEPesq
Centro Universitário Ritter dos Reis
Espaços da memória: a história não pode ser esquecida
Giulie Anna Baldissera
Arquiteta e Urbanista, Mestranda no PPAU Uniritter/Mackenzie
Uniritter
[email protected]
Alex Carvalho Brino
Professor Mestre
UNIVATES/UNISC
[email protected]
Carolina Knies
Arquiteta e Urbanista, Mestranda no PPAU Uniritter/Mackenzie
Uniritter
[email protected]
Resumo: O presente artigo objetiva a ampliação da compreensão de diversas
interpretações através da arquitetura sobre diferentes experiências históricas. A
memória e a concepção de espaços mnemônicos sempre estiveram presentes na
história, mas a criação de espaços da memória e sua trajetória sofrem mudanças
ao longo de distintos períodos. O conceito desses lugares se caracteriza por ter
uma identidade que se relacione diretamente com a história para associação e
interpretação do conteúdo de valor e função simbólicos. Sendo assim, o artigo
reflete a história, conceito e reprodutibilidade na arquitetura desses espaços. Para
isso, é feito um breve estudo da história, memória e espaços da memória. Dentro
dos exemplares brasileiros de espaços da memória, o artigo analisa dois: o
Monumento a Estácio de Sá de Lucio Costa (1973), no Rio de Janeiro (RJ), e o
Memorial da Imigração Japonesa de Gustavo Penna e Mariza Machado (2009) em
Belo Horizonte (MG). Nas duas obras serão analisadas estratégias de projeto:
implantação, entorno, materialidade, volumetria e esquema de composição. O
artigo visa ampliar o conhecimento e interesse acerca do tema.
Palavras-chave: espaços da memória; memória; espaço mnemônico; Lucio Costa;
Gustavo Penna e Mariza Machado
1 Considerações Iniciais
Uma comunidade que não conhece a sua história dificilmente poderá
transmitir sua importância para a sociedade. Para que os cidadãos possam
transmitir seus valores, é importante valorizar e assumir os acontecimentos
históricos, buscando o interesse coletivo.
Através da arquitetura é possível estimular a visão e o olhar sobre os
fatos que constituem a história da cidade e/ou do país. Isso acontece através
de instituições que valorizem a memória. Por essa razão, é importante a
compreensão do papel destes equipamentos.
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SEPesq – 20 a 24 de outubro de 2014
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Para o entendimento de um espaço da memória, é crucial o
entendimento de memória, sendo assim, o artigo inicia discorrendo sobre a
história da memória, e a importância em exaltá-la. Após, são discutidos os
diferentes espaços da memória, e a seguir, dois exemplares são analisados,
destacando suas diferenças e conexões.
2 História e memória
A memória está presente em qualquer lugar que observarmos. Nela está
contida a cultura, ou seja, significados, valores e crenças. Apesar de não serem
sinônimos, existe uma estreita relação entre história e memória: a história deve
esclarecer a memória e ser imparcial, enquanto a memória é a interpretação da
história, envolvendo a percepção. É possível entender melhor a ligação através
da explicação de Pierre Nora:
A história é a reconstrução sempre problemática e incompleta do que
não existe mais. A memória é um fenômeno sempre atual, um elo
vivido no eterno presente; a história, uma representação do passado.
[...]. A memória se enraíza no concreto, no espaço, no gesto, na
imagem, no objeto. A história só se liga às continuidades temporais,
às evoluções e às relações das coisas. A memória é o absoluto e a
história só conhece o relativo. (NORA, 1984, p. 9)
A memória pode parecer um sentido individual, porém Maurice
Halbwachs, nos anos 20-30, afirma que se pode interpretar a memória de
forma coletiva e social. O autor diz que, apesar de um evento precisar de
apenas um indivíduo, para lembrar são necessários outros. Sendo assim, a
história pode ser individual, mas a memória é coletiva e passível de uma
multiplicidade de interpretações. Michael Pollak (1989) discorre ainda sobre os
elementos que constituem a memória: acontecimentos, personagens e lugares,
as pessoas envolvidas na memória podem ou não tê-la vivenciado, pois pode
ser herdada, através de “fenômenos de projeção ou transferência”, que
ocorrem quando um acontecimento é tão impactante que afeta pessoas não
envolvidas diretamente.
Bomcompagno (YATES, 1966) classifica a memória como natural e
artificial. Trataremos aqui da memória artificial, aquela que requer estratégias
da mente, artifícios derivados da arte para que seja recordada. Sendo assim,
espaços da memória são recursos, materializações, formas de evocar a
memória artificial coletiva.
A história não é um simples repositório de fatos imutáveis, mas um
processo, um conjunto de posturas e interpretações vivas e mutáveis.
[...] Todo espectador, em qualquer período – em qualquer momento,
de fato –, inevitavelmente transforma o passado de acordo com a sua
própria natureza. Referências absolutas não existem nem para o
historiador nem para o físico; ambos produzem descrições relativas a
uma situação específica. (GIEDION, 2004. p. 32-33)
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A partir disso, entende-se que não se trata de apenas materializar a
memória, mas também interpretá-la. Nota-se então, a importância de pontos de
contato entre memórias, de uma base comum, para evitar que sejam
falsificadas, pois muitas vezes a memória é idealizada pela nostalgia. Genicót
(1980) sugere que para a materialização da memória coletiva, é imprescindível
a imparcialidade e objetividade do arquiteto, buscando avaliar a importância e
relevância dos fatos.
3 História e memória
Os espaços da memória sofreram mudanças ao longo de diferentes
períodos. Sobre o início da aplicação da memória em espaços arquitetônicos,
Renata La Rocca (dissertação de mestrado, 2007) fala sobre as invasões
bárbaras, que causaram uma mudança social refletida na Arte da Memória. A
partir da queda do Império Romano, a Igreja se empenha em difundir a fé
católica, buscando a sobrevivência da cultura e da língua do Império Romano
através de artifícios da memória. Em sequência, foi possível a popularização de
memoriais através de tratados escolásticos italianos, que buscavam a
disseminação da memória artificial. No renascimento a noção de memorial está
ligada ao belo e sagrado, porém, a partir do movimento moderno se
transforma, passando a incorporar os conceitos de economia de meios e
relação com o lugar.
Pierre Nora (1989) diz: “Há lugares da memória porque não existem
mais meios de memória”. Como não existe mais a memória natural de
determinados acontecimentos, é importante a existência dos lugares da
memória para a organização, homenagem e/ou recordação da história. Não se
trata de reconstruir o passado, pois ele já não existe mais, foi transformado
através das experiências e valores do presente. A tentativa da recuperação de
formas do passado leva a um aprisionamento temporal, e sem uma
interpretação através das informações do presente, é improvável que eles
influenciem no futuro. Então espaços da memória espelham a reflexão dos
fatos e devem ser passíveis de adaptação a evolução da cultura.
O conceito desses lugares se caracteriza por ter uma identidade que se
relacione diretamente com a história para associação e interpretação do
conteúdo (um evento, cultura ou pessoa) de valor e função simbólicos. Sendo
assim, funcionam como catalizadores, que podem servir tanto como
recordação da história como ensinamentos para futuros visitantes.
Para James Young, a função da arquitetura nesse contexto é estabilizar
a memória coletiva, pois o espaço criado será uma metáfora. O grande desafio
desses espaços é ter características mnemônicas, ou seja, ter uma identidade
que se relacione diretamente com a memória para associação do conteúdo. A
estratégia projetual requer extrema sensibilidade e integração, para que se
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alcance um “meio” emocional universal, uma narrativa dinâmica, funcional e
objetiva, onde o visitante compreenda a memória sem necessariamente
conhecer a história.
É importante que a localização dos espaços da memória tenha ligação
direta entre essência e existência para atingir seu objetivo. Halbwachs destaca
que “não há memória coletiva que se desenvolva fora de um marco espacial”. A
relação com o entorno é de extrema relevância, pois em um lugar isolado corre
o risco de se tornar obsoleto.
Huyssen aponta a necessidade de materializar apenas a memória
produtiva, ou seja, atualmente há excesso de memória, sendo assim, devemos
selecionar memórias produtivas com relação à importância, diferenciando
passados “usáveis dos passados dispensáveis” (HUYSSEN, 2000. p.37). Essa
preocupação merece destaque no contexto contemporâneo, pois a lógica
vigente é a mercadológica, o interesse capitalista e individual. Ou seja, a
produção e o consumo em massa da indústria da memória, disfarçados com
uma falsa valorização da história, acabam por prejudicar a própria causa.
4 Monumento a Estácio de Sá
O Monumento a Estácio de Sá é projeto de Lucio Costa, inaugurado em
1973, no Rio de Janeiro (RJ). Foi projetado em homenagem ao fundador da
cidade do Rio de Janeiro, além de servir como marco de celebração da
fundação da cidade. Está localizado na extremidade junto a enseada de
Botafogo, no Aterro do Flamengo.
Figura 1 Vista do Monumento Estácio de Sá.
Fonte: do autor (Alex Brino).
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Com planta baixa triangular, o monumento aponta para o exato local de
desembarque e fundação da cidade: a base do Pão de Açúcar. Apresenta
estrutura muito simples, seguindo o fundamento de elementaridade do
movimento moderno.
Figura 2 Implantação do Monumento Estácio de Sá
Fonte: Pesquisa Lucio Costa Obra Completa.
Encontramos, na sucessão de triângulos, uma plataforma como base,
que secciona um obelisco e cria então um espaço semi-enterrado para a cripta.
A plataforma se eleva em relação ao nível da calçada, configurando assim, um
plano de base elevado, o que destaca ainda mais o obelisco, em meio ao
aterro do Flamengo. Sendo assim, o acesso acontece através de duas rampas,
a primeira dá acesso a parte superior do monumento, um terraço que oferece
uma vista panorâmica e integrada do local de fundação e ao mesmo tempo do
Rio de Janeiro sempre contemporâneo; a segunda, desce para o nível mais
baixo, mais introspectivo, local de silêncio e memória do fundador, local que
permite a concentração e foco no objeto. O obelisco triangular tem 14m de
altura total, sendo 11m a partir da plataforma e uma base de 5m.
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Figura 3 Fachada Oeste do Monumento Estácio de Sá
Fonte: Pesquisa Lucio Costa Obra Completa.
A porta de entrada do subsolo, que está na descida da rampa, é toda em
bronze, ostentando o brasão de Estácio de Sá e um mapa da Baía de
Guanabara de 1574 em alto relevo.
Figura 4 Detalhe da porta contendo o brasão de Estácio de Sá e mapa.
Fonte: do autor (Alex Brino).
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Inicialmente a proposta era de que a cripta guardaria os restos de
Estácio de Sá, porém, sem que um acordo possível fosse feito, estão no local
hoje apenas réplicas da lápide do militar português e do marco de fundação da
cidade (os originais estão guardados na Igreja de São Sebastião dos
Capuchinos, na Tijuca). As réplicas estão em uma das laterais do triângulo,
escondidas em relação ao acesso principal, para que o visitante a “descubra”
conforme a visitação. Para a sua valorização há um rasgo triangular na
plataforma, destinado a uma zenital, para iluminação natural de efeito que
demarca o espaço da lápide e do marco.
Figura 5 Detalhes da zenital e réplicas
Fonte: do autor (Alex Brino).
O espaço também se comporta hoje como um centro cultural,
promovendo exposições mensais. Como pode ser observado na figura 05.
A sobriedade na materialidade é compatível aos elementos da
arquitetura moderna. Construído em pedra, o piso da plataforma é todo
revestido em placas de granito retangular, com faixas de dimensões variáveis.
Acredita-se que a base da plataforma tenha sido construída em pedras
provenientes das demolições ocorridas nos anos 60 cais do flamengo. O uso
simultâneo dessa materialidade revela a sintonia entre o novo e o antigo,
constituindo um contraste passível de ser distinguido. Em um conjunto de obras
de Lucio Costa percebe-se a reutilização de materiais que se comportam como
um elo entre a nova intervenção e o sítio original, evidenciando a Nova
Arquitetura e a arquitetura então vigente no país, como por exemplo nas
Rampas da Igreja do Outeiro da Glória (1959).
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Figura 6 Detalhes da materialidade
Fonte: do autor (Alex Brino).
5 Memorial da Imigração Japonesa
O Memorial da Imigração Japonesa é projeto de Gustavo Penna e
Mariza Machado, inaugurado em 2009, em Belo Horizonte (MG). Projetado
como símbolo da comemoração de 100 anos da imigração japonesa no Brasil.
Está localizado no Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego, na
região da Pampulha. É possível perceber a simbologia ao longo de todo o
percurso, na materialidade, na monumentalidade e no paisagismo.
Figura 7 Vista do Memorial da Imigração Japonesa
Fonte: do autor (Alex Brino).
A dupla de arquitetos criou uma ponte suspensa sobre um espelho
d’água, que representa uma metáfora ao oceano que separa Brasil e Japão.
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Em planta, o espaço se assemelha a uma hélice: o corpo principal do pavilhão
é circular, com duas rampas em extremidades opostas. As rampas fazem
analogia ao acesso de cada um dos países, uma com percurso de ipêsbrancos e outra de cerejeiras, flores características do Brasil e Japão,
respectivamente.
O memorial eleva-se sobre o terreno e torna livre a fluída a visual do
sítio. A leveza do desenho dada tanto pelas curvas, quanto pelo afunilamento
dos elementos resistentes, pois as laterais das rampas, que constituem as
vigas do conjunto possuem suas finalizações pontiagudas quando direcionadas
ao observador, justamente para amenizar sua presença.
Figura 8 Implantação do Memorial de Imigração Japonesa
Fonte: da autora (Giulie Anna Baldissera).
O pavilhão tem como materialidade principal o aço, significativo por ter
sido a comunidade japonesa responsável pela capacitação tecnológica à Minas
Gerais. O volume é branco, denotando a leveza do projeto (Figura 9A). Além
da forma principal ser alusiva à bandeira do Japão (círculo), o espaço interno
tem como única cor a vermelha (Figura 9B), presente não só nessa bandeira,
como também na de Minas Gerais. A continuidade visual que a materialidade
permite sem a presença marcante de uma estereotomia, reforça a noção de
unificação do prédio assim como das culturas.
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Figura 9 a. Vista externa b. vista interna
Fonte: Revista Projeto Design Edição 356, out. 2009. pág 59
É um espaço de contemplação e reflexão, aproximando-se ao caráter de
um templo da cultura japonesa.
Figura 10 Vista do Memorial da Imigração Japonesa
Fonte: Revista Projeto Design Edição 356, out. 2009. pág 58
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6 Considerações Finais
O passado se resgata para a reconstrução da memória e através deste
artigo percebemos que existem diferentes maneiras de criar espaços da
memória. A função do arquiteto é delimitar e indicar estas percepções,
expandindo a relação entre pessoas e espacialidade.
A análise de dois espaços da memória aponta similaridades e
correlações, assim como diferenças na prática e relação entre memória e lugar.
Cada um deles entende e explora a individualidade da sua história,
solucionando o partido de forma a buscar a potencialização do espaço.
Com essa análise foi possível perceber que as soluções usam o menor
número de elementos possível para criar o espaço, associando conceitos entre
uso e forma. Com isso é nota-se, por exemplo, a nitidez geométrica: ambos
projetos partem de figuras geométricas primárias, e elas estão evidenciadas
tanto em planta como elevações. O triângulo no Monumento a Estácio de Sá e
o círculo no Memorial da Imigração Japonesa.
Os valores dos espaços da memória em questão não estão explícitos,
são um convite para a descoberta e reconhecimento de maneira livre ao
visitante. A liberdade e fluidez espacial (interno/externo) sugerem a
interpretação do espaço. Nos dois casos os acessos principais e circulações
verticais acontecem através de rampas, criando percursos graduais ao próximo
espaço e indicando as visuais desejadas.
A beleza natural das paisagens dos dois exemplos exige formas simples
e puras, para não competir com a contemplação da natureza do entorno. A
relevância dos conjuntos não está na sua dimensão física, mas ainda assim,
elas se impõem com relação ao entorno, pois ambos os projetos possuem
força expressiva na composição.
As associações e inter-relações entre eventos, espaços da memória e
sociedade é o que realmente pode levar à excelência destes lugares.
Percebe-se que para a melhor compreensão de um espaço da memória
é importante objetividade e clareza na solução espacial, relação com o entorno
e história, para evidenciar a homenagem. Caso contrário o espaço pode passar
desapercebido e ser desvalorizado. Nota-se também a importância dos
espaços da memória terem caráter essencial como elemento conservador da
história, não necessariamente na representação física, mas na simbologia do
espaço.
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Referências
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2001.
GIEDION, Sigfried. Espaço, Tempo e Arquitetura: o desenvolvimento de
uma Nova Tradição. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
HALBWACHS, Maurice. A memória Coletiva. São Paulo, SP: Editora Vértice,
1990.
HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos,
mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.
LA ROCCA, Renata. Arte da Memória e Arquitetura. Dissertação (mestrado)
PPGAU – EESC/USP. São Carlos, 2007.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas, SP: Editora da UNICAMP,
1990.
NORA, Pierre. Les Lieux de mémoire. I La République, Paris, Gallimard,
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PESSÔA, José. Sagres e os três monumentos modernos de Lucio Costa.
In: Seminário Lucio Costa, arquiteto. Rio de Janeiro: Fundação Casa de
Lucio Costa, 2010. p. 287-301
YATES, F. A. The Art of Memory. Chicago: The University of Chicago Press,
1984. (Orig. 1966).
Revista Projeto Design Edição 356, out. 2009. pág 56-61
http://rioartecidade.com.br/estacio-de-sa-1520-1567/ - acesso ago/2014
http://vejario.abril.com.br/blog/rj450/uncategorized/5-curiosidades-sobre-omonumento-a-estacio-de-sa - acesso ago/2014
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