UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
ODONTOLOGIA SOCIAL E PREVENTIVA VII
Educação para a Saúde para Pais e Responsáveis
pelas crianças atendidas nas clínicas de Odontologia
Preventiva e Social da Universidade Federal de
Uberlândia
Relatório apresentado à disciplina de
Odontologia Social e Preventiva pelos
alunos do 7º período do curso de
Odontologia da Universidade Federal de
Uberlândia-UFU, referente a realização do
Projeto Educação em Saúde Bucal na
Creche Casa Maria de Nazaré.
Orientadoras:
Regina
M.
Tolesano
Loureiro, Rosana Ono
Uberlândia – MG- 2008
EQUIPE
 Alexandre Prudente
 Alyne Reis de Paula
 Ana Carolina de Paiva
 Ana Carolina F. Alvarenga
 Anelise
 Antonione
 Bárbara
 Bruno
 Carine Sales L. da Cunha
 Daniel Anovazzi
 Danielle Bontempo
 Danielle Moreira
 Eduardo Nilândio
 Eduardo
 Fabiana Vieira Simões
 Fabrícia Caetano do Amaral
 Flávia Mara Dias
 Flaviane Alves Pereira
 Germana
 Igor
 Kamilla
 Larissa de Oliveira Melo
 Lilian Edwirgens de R. Aguiar
 Lorena de Melo Sá
 Lorena Wander Rosa
 Luana Assunção Fialho
 Mariana de Oliveira Santana
 Mariana Guerra Pereira
 Maria Paula
 Marina Guimarães Roscoe
 Mauro Cury
 Michelle da Silva Araújo
 Olivia
 Paula Prado e Guimarães
 Pedro Henrique Pacheco
 Pollyanna Morais Mendonça
 Priscila
 Rafael
 Rafael de Oliveira Máximo
 Renata Guimarães Oliveira
 Renato Artur Pereira Guimarães
 Roberta
 Sacha Dantas Rodrigues
 Silas Borges Monteiro
 Tamires
 Yramismana Caraça Miranda
INTRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO
O Projeto de atendimento da Clínica de Unidade Odontológica Preventiva e social visa a
Educação e Prevenção em Saúde Bucal que teve como objetivo geral orientar as crianças e todos
ligados ao atendimento quanto a importância dos cuidados com a Saúde Bucal, sendo o foco principal
direcionado para educação e prevenção, acompanhado do tratamento da lesão através da realização
de sessões de motivação despertando o interesse do paciente e informando a população alvo sobre a
quantidade correta e os tipos de pasta dental a serem usadas na escovação incluindo o modo de uso do
fio dental, conscientizando ainda sobre os malefícios provindos de uma alimentação inadequada.
Segundo Pinto (1989), quando as pessoas tem as suas necessidades básicas satisfeitas são mais
facilmente motivadas e consomem ensinamentos educativos até mesmo voluntariamente.
Estudos realizados por Corona (1999), mostraram que a utilização de agentes auxiliares de
educação, com pais ou responsáveis e professores devem ser cada vez mais estimulada no intuito de
estabelecer uma condição adequada de saúde.
Para alcançar essas metas os alunos utilizaram informações, orientações e conhecimentos obtidos em
sala de aula e pesquisas em livros e internet, pois para realizar prevenção é preciso educação,
conscientização e possibilidade de ação. Promover saúde implica em mudar padrões de
comportamento, dieta e higiene, intervir em hábitos que fazem parte da cultura.
Segundo COVRE & ALVES (2002), o Brasil em comparação aos países
americanos, asiáticos, europeus e oceânicos, é o que possui maior número de cursos de odontologia e
apenas uma pequena parcela da população é assistida por serviços odontológicos. Aproximadamente
5% dos gastos em odontologia são realizados no setor público, ficando o setor privado responsável por
95% dos gastos familiares em assistência odontológica. Observa-se a mesma proporção nos USA e na
Bélgica. No entanto, o autor afirma que em países como Alemanha, Japão e Luxemburgo, o estado é
responsável pela quase totalidade de assistência odontológica. O mesmo autor adverte para a situação
de 29 milhões de brasileiros que nunca estiveram em um consultório dentário. Dentre esses, 32%
pertencem à área rural. Em relação ao quadro exposto, podemos imaginar que essa população, que está
desamparada pela assistência odontológica pública, certamente continuará a ficar desta forma com ou
sem a obrigatoriedade do plano odontológico.
BERTOLDI & BARROS (2002) relatam que a situação bucal no Brasil ainda está abaixo da
média internacional, constatando, ainda, a existência de eqüidades no acesso e na utilização dos
serviços. MELLO (1999), afirma que no Reino Unido é investido anualmente três bilhões de dólares
em odontologia para uma população de 35 milhões de indivíduos. Entretanto, no Brasil o mesmo valor
é investido para uma população de 135 milhões de pessoas.
Pesquisas realizadas mostram que há uma baixa utilização de serviços odontológicos e grandes
diferenciais entre os grupos de maior e menor renda. Um estudo no noroeste da Inglaterra revelou que,
aos três anos, 23% das crianças de áreas empobrecidas nunca haviam ido ao dentista, contra apenas
11% nas áreas mais ricas (Eckersley & Blinkhorn, 2001).
A prevenção é a maneira mais econômica e eficaz de se evitar o aparecimento e
desenvolvimento de doenças bucais. Dentro das várias atividades preventivas, a educação e a
motivação do indivíduo ocupam um lugar de destaque. Outros autores afirmaram também que a
educação e a motivação são medidas tomadas com o objetivo de mudar hábitos e comportamentos, no
sentido de promover a saúde e melhorar a higiene bucal do indivíduo(DINELLI et.al. 2000).
OBJETIVOS
O Projeto de atendimento da Clínica de Unidade Odontológica Preventiva e social visa a
Educação e Prevenção em Saúde Bucal, que teve como objetivo geral :

orientar as crianças e as pessoas ligadas quanto a importância dos cuidados com a Saúde Bucal

E dando informações gerais como: quantidade correta e os tipos de pasta dental , modo de uso
do fio dental, alimentação, etc

sessões de motivação
Além disso os dados sobre as condições bucais das crianças foram tabulados dia-a-dia o que
nos proporcionou obter uma visão geral da situação do sistema estomatognático dos pacientes.
ESTATÍSTICA
Foi realizada uma revisão sistemática de trabalhos de pesquisa sobre a efetividade das ações
preventivas no controle da cárie dental, publicados no MEDLINE no período compreendido entre
1980 e 1998. Foram localizados 210 artigos, sendo que seus resumos foram analisados segundo as
estratégias de intervenção, os tipos de desenho de pesquisa utilizados e os efeitos. As práticas
preventivas mais avaliação.
PROCEDÊNCIA:
0 a 6 meses:
Feminino: 20% pastoral da criança
20% outros
60% bebê clínica
Masculino: 100% bebê clínica
7 meses a 5 anos:
Feminino: 16% pastoral
68% bebê clínica
12% escola
4% outros
Masculino: 14,36% pastoral
61,9% bebê clínica
16,6% escola
7,14% outros
5 e 6 anos:
Feminino: 11,76% pastoral
35,29% bebê clínica
17,64% escola
35,29% outros
Masculino: 14,28% pastoral
42,72% bebê clínica
14,28% escola
28,57% outros
7 e 8 anos:
Feminino: 37,5% pastoral
25% bebê clínica
37,5% escola
Masculino: 33,3% pastoral
22,2% bebê clínica
44,4% escola
9 anos:
Feminino: 37,5% pastoral
25% bebê clínica
37,5% escola
Masculino: 33,3% pastoral
22,2% bebê clínica
44,4% escola
10 a 12 anos:
Feminino: 50% pastoral
50% escolas
Masculino: 33,33% pastoral
33,33% bebê clínica
33,33% outros
+ de 12 anos e gestantes
Feminino: 9,09% pastoral
27,2% bebê clínica
9,09% escola
54,5% outros
Masculino: 20% pastoral
80%bebê clínica
PASTA DENTAL
Outros
Pasta Sem Flúor
Tandy
Colgate
Não Usa
Pasta Dental
0 A 6 meses
Feminino
9,7% 46,6% 9,7% 4,8% 29,2%
Masculino
27,6% 27,6% 11% 7% 27,6%
5 A 6 anos
Feminino
0% 41% 35,2% 0% 23,5%
Masculino
0% 43% 6,25% 6,25% 43,75%
7 E 8 anos
Feminino 0% 0% 60% 0% 40%
Masculino 0% 87,5% 12,5% 0% 0%
9 anos
Feminino 0% 67% 0% 0% 33%
Masculino 0% 0% 0% 0% 100%
10 A 12 anos
Feminino 0% 50% 0% 0% 50%
Masculino 0% 67% 0% 0% 33%
Maior que 12 anos e gestantes
Feminino 100% colgate
Masculino 100% colgate
PROCEDIMENTOS:
0 a 6 meses:
Femino:
Selante (0%)
Restauraç. (0%)
ATF (0%)
Profilax/HBS (28,57%)
Cariostatico (0%)
Anamnese/ex clin. (71,43%)
Exo. (0%)
Maculino:
Selante (0%)
Restauraç. (0%)
ATF (0%)
Profilax/HBS (0%)
Cariostatico (0%)
Anamnese/ex clin. (100%)
Exo. (0%)
7 meses a 5 anos
Feminino:
Selante (18,46%)
Restauraç. (4,61%)
ATF (2,3%)
Profilax/HBS (34,61%)
Cariostatico (6,92%)
Anamnese/ex clin. (33,07%)
Exo. (0%)
Masculino:
Selante (3,07%)
Restauraç. (1,53%
)ATF (3,84%)
Profilax/HBS (22,3%)
Cariostatico (13,84%)
Anamnese/ex clin. (28,46%)
Exo. (0%)
5 e 6 anos
Feminino:
Selante (22,85%)
Restauraç. (11,42%)
ATF (11,42%)
Profilax/HBS (21,42%)
Cariostatico (15,71%)
Anamnese/ex clin. (14,28%)
Exo. (0%)
Masculino:
Selante (22,85%)
Restauraç. (10%)
ATF (17,14%)
Profilax/HBS (17,14%)
Cariostatico (11,42%)
Anamnese/ex clin. (14,28%)
Exo. (0%)
7 e 8 anos:
Feminino:
Selante (19,44%)
Restauraç. (22,22%)
ATF (27,77%)
Profilax/HBS (25%)
Cariostatico (0%)
Anamnese/ex clin. (2,77%)
Exo. (2,77%)
Masculino:
Selante (10,34%)
Restauraç. (27,58%)
ATF (20,68%)
Profilax/HBS (23,07%)
Cariostatico (6,89%)
Anamnese/ex clin. (10,34%)
Exo. (3,44%)
9 anos:
Feminino:
Selante (41,37%)
Restauraç. (13,79%)
ATF (24,13%)
Profilax/HBS (17,24%)
Cariostatico (0%)
Anamnese/ex clin. (3,44%)
Exo. (0%)
Masculino:
Selante (22,22%)
Restauraç. (0%)
ATF (22,22%)
Profilax/HBS (22,22%)
Cariostatico (0%)
Anamnese/ex clin. (11,11%)
Exo. (22,22%)
10 a 12 anos
Feminino:
Selante (11,11%)
Restauraç. (11,11%)
ATF (11,11%)
Profilax/HBS (33,33%)
Cariostatico (0%)
Anamnese/ex clin. (22,22%)
Exo. (11,11%)
Masculino:
Selante (22,22%)
Restauraç. (22,22%)
ATF (11,11%)
Profilax/HBS (11,11%)
Cariostatico (0%)
Anamnese/ex clin. (33,33%)
Exo. (0%)
Maior de 12 anos e gestantes
Feminino:
Selante (48,48%)
Restauraç. (6,06%)
ATF (18,18%)
Profilax/HBS (12,12%)
Cariostatico (3,03%
Anamnese/ex clin. (12,12%)
Exo. (0%)
Masculino:
Selante (42,85%)
Restauraç. (0%)
ATF (7,14%)
Profilax/HBS (14,28%)
Cariostatico (0%)
Anamnese/ex clin. (35,71%)
Exo. (0%)
CEO
0-6m F: 0= 100%
M: 0= 100%
7m-5 anos:
F 0= 85%
M
0=45%
1= 12,7%
1= 0
2= 4,2%
2= 25%
3, 4, 5=0
3=15%
4= 20%
5=0
5-6 anos:
F 0=75%
M 0=76,9%
1= 12,5
1=15,3%
2= 6,25%
2=7,6%
3= 6,25%
3, 4, 5=0
4 e 5=0
7-8anos
F 0=100%
M 0=57,1%
1= 0
2=28,5%
3,4=0
5=14,2
9 anos F e M=0
10-12 anos:
12 anos
F 0=100%
F= 0
M 0=100%
M 1= 100%
CPOD
Idade
Sexo
0
1
2
3
4
5
0-6m
F
0
0
0
0
0
0
M
0
0
0
0
0
0
F
80
0
0
0
10
10
M
60
0
0
20
0
20
F
71.5
0
0
28.6
0
0
M
0
50
0
0
0
50
F
50
0
0
50
0
0
M
100
0
0
0
0
0
F
28.6
28.6
42.9
0
0
0
m
0
100
0
0
0
0
F
100
0
0
0
0
0
m
50
50
0
0
0
0
F
20
10
30
0
0
40
m
0
40
60
0
0
0
7m-5 a
5 a-6 a
7-8 a
9a
10-12
>12
OCLUSÃO E REFLUXO
IDADE
OCLUSÃO
OCLUSÃO
SAT.
INS.
F
-
-
-
100%
M
-
-
-
100%
7 meses a 5
F
65,2%
34,7%
20%
80%
anos
M
85,7%
14,2%
3,3%
96,6%
5 e 6 anos
F
78,5%
21,4%
-
100%
M
73,3%
26,6%
6,6%
93,3%
0-6 meses
SEXO
REFLUXO
NÃO
REFLUXO
7 e 8 anos
F
100%
-
-
100%
M
50%
50%
-
100%
F
33,3%
66,6%
-
100%
M
100%
-
-
100%
F
33,3%
66,6%
-
100%
M
33,3%
66,6%
-
100%
>12 anos e
F
90,9%
9,09%
18,1%
81,8%
gestantes
M
20%
80%
-
100%
9 anos
10 a 12 anos
Respiração
IDADE
SEXO
Resp.
Resp.bucal
nasal
0-6 ANOS
Resp.,
mista
F
80%
20%
-
M
100%
-
-
7 meses a 4
F
72%
14%
14%
anos
M
81,3%
9,3%
9,3%
5-6 anos
F
82,3%
5,8%
11,7%
M
60%
26,6%
13,3%
F
100%
-
-
M
75%
-
25%
F
63,6%
36,3%
-
M
100%
-
-
F
100%
-
-
anos
M
100%
-
-
Maior que
F
90,9%
-
9,09%
12
M
80%
20%
-
7-8 anos
9 anos
10
a
gestantes
12
e
Dieta Cariogênica
0-6 ANOS
7 meses a 4 anos
5-6 anos
7-8 anos
9 anos
10 a 12 anos
Maior
que
12
e
gestantes
F
20%
80%
M
-
100%
F
58%
42%
M
50%
50%
F
68,7%
31,2%
M
42,8%
57,2%
F
-
100%
M
100%
-
F
77,7%
22,3%
M
-
100%
F
100%
-
M
33,3%
66,6%
F
72,7%
27,2%
M
20%
80%
Resistência ao tratamento
IDADE
0-6 meses
SEXO Sim
Não
F
-
100%
M
-
100%
7 meses a 5
F
18,75%
81,25%
anos
M
33,34%
66,67%
5 e 6 anos
F
6,25%
93,75%
M
6,7%
93,3%
F
-
100%
M
50%
50%
F
-
100%
M
-
100%
7 e 8 anos
9 anos
10 a 12 anos
F
-
100%
M
-
100%
>12 anos e
F
-
100%
gestantes
M
-
100%
Risco a Cárie
Idade
Sexo
0
1
2
3
0-6m
F
80
0
0
20
M
100
0
0
0
F
62,5
29,17
6,25
2,08
M
63,16
5,26
13,16
18,42
F
26,67
40
26,67
6,67
M
66,67
26,67
0
6,67
F
0
100
0
0
M
0
25
12,5
37,5
F
0
66,67
33,3
0
M
100
0
0
0
F
33,3
33,3
33,3
0
M
66,67
33,3
0
0
F
27,27
36,36
9,09
27,27
M
0
80
20
0
7m a 5 a
5-6 a
7-8 a
9a
10-12 a
> 12
Alta após
Idade
Sexo
1º
2º
3º
4º
5º
0-6
F
100
0
0
0
0
7m-5 a
5-6 a
7-8 a
9a
10-12 a
> 12 a
M
100
0
0
0
0
F
62,22
24,44
11,1
2,22
0
M
55,81
18,6
20,9
2,33
2,33
F
69,23
15,38
7,69
7,69
0
M
58,33
25
0
8,33
8,33
F
0
28,57
42,86
28,57
0
M
0
0
33,33
33,33
33,33
F
28,57
71,43
0
0
0
M
33,33
33,33
33,33
0
0
F
50
0
0
50
0
M
50
0
50
0
0
F
25
0
0
37,5
37,5
M
50
0
50
0
0
DISCUSSÃO
Neste estudo foram analisados dados referentes a pacientes atendidos na Clinica de Unidade
Odontológica Social e Preventiva do 7º período da Universidade Federal de Uberlândia.
Pacientes os quais possuem as seguintes procedências: da faixa etária de 0 a 6 anos de ambos
os gêneros provêm em sua maioria do programa de Bebês da FOUFU. Já a faixa etária de 7 a 9 anos
do gênero feminino advém com a mesma porcentagem de 37,5% tanto da pastoral da criança quanto
da escola. Já o gênero masculino 44,4% vieram da escola. As crianças do gênero feminino de 11 a 12
anos originam-se tanto da pastoral quanto da escola em iguais porcentagens. As do gênero masculino
são provenientes da pastoral, bebê clínica e outros com cerca de 33,33% cada. Paciente com mais de
12 anos e gestantes do gênero feminino, possuem outras origens, já o gênero masculino 80%
procedem da bebê clínica.
Quanto a pasta dental utilizada pelos escolares, verificou –se que a maioria dos pacientes do
gênero feminino e masculino faziam uso de Colgate sendo que, Tandy e outras marcas tiveram
porcentagens consideráveis.
Em relação aos procedimentos realizados em todo o período de atendimento, anamnese, exame
clínico, profilaxia, higiene bucal e aplicação tópica de flúor supervisionada foram efetuados em todos
os pacientes. Na faixa etária de 7 meses a 5 anos no gênero feminino, além dos procedimentos básicos
o selante, foi o mais efetuado, enquanto no masculino foi o cariostático. De 5 a 6 anos, em ambos os
gêneros, o selante foi o mais aplicado. De 7 a 8 anos, no gênero feminino e masculino durante
atendimento foram feitas restaurações em maior número. De 9 anos, no gênero feminino realizou-se
mais selantes enquanto, no masculino foram selantes e exodontias. De 10 a 12 anos todos os
procedimentos foram realizados em iguais porcentagens no gênero feminino, já no masculino apenas
selantes e restauração. Os pacientes maiores de 12 anos e gestantes, em ambos os gêneros, foi mais
significativa a porcentagem de selantes.
Quanto ao índice de dentes decíduos, cariados, extraídos e obturados (CEO), na faixa etária de
0 a 12 anos a grande maioria se classifica como índice 0.
Quanto ao CPOD, verificou-se que o índice 5, foi constatado uma prevalência maior, na faixa
etária de 5 a 6 anos no gênero masculino, já no gênero feminino foi na faixa etária maior de 12 anos.
Na faixa etária de 9 anos, observou-se uma prevalência no gênero feminino para o índice 2, para o
masculino índice 1. A maior prevalência do índice 0 foi encontrada no gênero feminino na faixa etária
de 10 a 12 anos.
A oclusão é insatisfatória nas gestantes e nas crianças de 9 a 12 anos, e é, satisfatória nas
crianças de 7 meses a 8 anos, sendo que, nas crianças de 7 a 8 anos do gênero masculino temos
porcentagens iguais para oclusão satisfatória e insatisfatória.
Nos pacientes de 0 a 12 anos incluindo as gestantes, em sua maioria, não possuem refluxo,
apesar que nos pacientes de 7 meses a 5 anos, 12 anos e gestantes possuem uma porcentagem de
refluxo considerável.
A respiração nasal é predominante em todos os pacientes, entretanto, temos altos índices de
respiração bucal nas crianças de 5 a 6 anos e 9 anos. Já a respiração mista, possui sua maior
porcentagem nas crianças de 7 a 8 anos.
Com relação a dieta cariogênica, observamos que, a maioria dos pacientes
possuem dieta cariogênica.
Os pacientes de todas as idades de um modo geral, não apresentaram grandes
resistências ao tratamento, contudo, boa parte das crianças de 7 meses a 5 anos e de 7 a
8 anos, de ambos os gêneros, mostraram-se não receptivas ao tratamento.
O risco de cárie na faixa etária de 0 a 5 anos mostrou-se com prevalência de
índice 0 em ambos os gêneros, sendo que, de 7 meses a 5 anos encontramos um número
considerável de crianças do gênero feminino com índice 1 e do gênero masculino com
índice 3. Na faixa etária de 5 a 6 anos, o gênero feminino em sua maioria, foi 1, em
contrapartida o masculino foi 0. De 7 a 8 anos, encontramos o gênero feminino em sua
totalidade no índice 1. Já aos 9 anos, o gênero masculino obteve totalidade no índice 0.
De 10 a 12 anos, temos uma distribuição homogênea entre os índices.
Na primeira consulta, 100% de ambos os gêneros na faixa etária de 0 a 6 anos
obtiveram alta. De 7 meses a 6 anos, a primeira consulta continua sendo maioria. De 7 a
8 anos, entre a segunda e a quarta consulta foi onde se obteve maior número de altas em
ambos os gêneros. Aos 9 anos, o gênero feminino teve maior porcentagem de alta na
segunda consulta e o masculino obteve uma igualdade entre a primeira e a terceira
consulta. Já acima de 10 anos, prevaleceu a alta na primeira consulta.
CONCLUSÃO
Os pacientes atendidos provém em sua maioria do programa de bebês, da pastoral da criança ou da
escola, assumindo vários valores de acordo com a idade.
A pasta mais utilizada pelos pacientes foi a Colgate.
Em todos os pacientes realizou-se anamnese, exame clínico, profilaxia, higiene bucal e aplicação
tópica de flúor supervisionada.
Os procedimentos mais realizados em todas as idades foram a aplicação de selantes e as restaurações.
O índice CEO, na idade de 0 à 12 anos foi avaliado, em sua maioria, como 0.
O índice CPOD assumiu vários valores, dependendo da idade, variando de 0 à 5.
Nas crianças de 9 à 12 anos, nas gestantes e na metade do gênero masculino com a idade de 7 à 8 anos
a oclusão é insatisfatória.
A maioria dos pacientes não possui refluxo.
A respiração nasal predomina na população de pacientes.
A maioria dos pacientes possui dieta cariogênica.
A maioria dos pacientes não apresentou resistência ao tratamento.
O risco de cárie assumiu vários valores de acordo com as diferentes idades.
De acordo com o aumento da idade aumentaram-se a quantidade de consultas para se receber alta, se
equilibrando entre 1 e 3 consultas aos 9 anos de idade e retornando a 1 consulta nas idades acima de
10 anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, A.J.D. & BERTOLDI, A.D. Desigualdades na utilização e no acesso a serviços
odontológicos: uma avaliação em nível nacional Ciência & Saúde Coletiva, 2002. 7(4):709717.
COVRE, E.; ALVES, L. S. Regulação & Saúde – Planos Odontológicos: Uma Abordagem
Econômica no Contexto Regulatório – Agência Nacional de Saúde Suplementar –2002. V.2,
272 p.
DINELLI, W., et al. Desenvolvimento, aplicação e avaliação de um programa
de orientação sobre higiene bucal junto à pré-escolares. Stoma 2000, 13(37):
27-30.
ECKERSLEY, A.J. & BLINKHONN, F.A. Dental attendance and dental health behaviour in
children from deprived and non-deprived areas of Salford, north-west England. International
Journal of Paediatric Dentistry, 2001. p11(2):103-109.
CORONA, S.A.M. Avaliação dos índices de placa bacteriana e gengival após
orientação sobre higiene bucal, junto a escolares do primeiro grau. Araraquara:
Faculdade de Odontologia de Araraquara, 1999. (Tese de Doutorado).
PINTO, Vitor Gomes. Saúde Bucal-Odontologia Social e Preventiva. São Paulo:
Santos, 1989. Cap. 9: Educação em Saúde, p. 235-244.
PINTO, Vitor Gomes. Saúde Bucal-Odontologia Social e Preventiva. São Paulo:
Santos, 1989. Cap. 6: Identificação de problemas, p.109-169.
ANEXOS E GRÁFICOS
ANEXO I
DESCRIÇÃO DE RELATÓRIOS
O projeto “Educação para a Saúde para Pais e Responsáveis pelas crianças atendidas nas
clínicas de Odontologia Preventiva e Social da Universidade Federal de Uberlândia” proporcionou aos
pais e responsáveis que se encontravam na sala de espera do Hospital Odontológico, significativa
melhora nos conhecimentos sobre educação e prevenção dos problemas bucais e a importância de
hábitos saudáveis
Os alunos do 7º período do curso de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia
aproveitaram o contato com os pais e responsáveis durante a espera na recepção para realizarem
atividades motivadoras como: distribuição de desenhos educativos para as crianças, panfletos a cerca
do tema para os pais e palestras com temas importantes para a odontologia, utilizando materiais como:
cartazes, lápis de cor, giz de cera, folha sulfite, escovas de dente, pasta dental, entre outros.
Os alunos foram divididos em duplas e a cada dia de clínica, uma dupla era responsável pelas
orientações oferecidas aos pais e responsáveis.
No dia 04/04/2008 as alunas Danielle Bontempo e Luana distribuíram folhetos e realizaram um
questionamento a respeito de quem escova os dentes da criança, orientando sobre a importância de
crianças menores de 9 anos serem auxiliadas pelos pais ou responsável na hora da escovação.
No dia 11/04/08 as alunas Marina e Carine distribuíram desenhos para as crianças colorirem e
falaram sobre a importância do fio dental para evitar a cárie proximal.
No dia 18/04/2008 as alunas Yramismana e Bárbara organizaram uma palestra sobre
amamentação, higiene para a boca de bebês, a importância da dentição decídua e deram desenhos para
as crianças.
No dia 25/04/2008 as alunas Camila e Mariana Guerra explicaram sobre o trauma dental,
realizaram escovação nas crianças onde depois elas puderam desenhar e colorir com lápis de cor e giz
de cera.
No dia 09/05/2008 os alunos Pedro e Lílian fizeram uma palestra com cartazes e panfletos
sobre higienização bucal e deram desenhos para as crianças colorirem.
No dia 16/05/2008 as alunas Olívia e Germana elaboraram um cartaz educativo sobre
escovação, dieta e uso do fio dental, falaram também da janela de infectividade, o trabalho e a
importância do Odontopediatra e sobre amamentação.
No dia 30/05/2008 as alunas Marília e Cássia distribuíram folhetos e falaram com os pais e
responsáveis em grupos de três pessoas sobre a fluorose, o seu significado e o que causa aos dentes.
No dia 06/06/2008 as alunas Letícia e Flaviane falaram sobre escovação, fluorose e a irrupção
dos dentes.
No dia 13/06/2008 as alunas Pollyanna e Sacha distribuíram umafolha com orientações sobre o
selante nos dentes e a importância dos dentes decíduos enquanto as crianças coloriam desenhos.
No dia 20/06/2008 os alunos Daniel e Alexandre explicaram como escovar os dentes
corretamente para mantê-los sempre limpos e brancos.
Foi observado um grande interesse por parte dos pais e responsáveis, visto que estes
mostraram-se atentos e participativos. Uma minoria mostrou-se dispersa e tímida com os
questionamentos dos alunos.
Outro ponto positivo foi que as crianças ficaram entretidas com as atividades propostas,
demonstrando uma melhora no comportamento delas, reduzindo dessa forma,o barulho nasala de
espera.
CPOD
ceo
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