UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ODONTOLOGIA ODONTOLOGIA SOCIAL E PREVENTIVA VII Educação para a Saúde para Pais e Responsáveis pelas crianças atendidas nas clínicas de Odontologia Preventiva e Social da Universidade Federal de Uberlândia Relatório apresentado à disciplina de Odontologia Social e Preventiva pelos alunos do 7º período do curso de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia-UFU, referente a realização do Projeto Educação em Saúde Bucal na Creche Casa Maria de Nazaré. Orientadoras: Regina M. Tolesano Loureiro, Rosana Ono Uberlândia – MG- 2008 EQUIPE Alexandre Prudente Alyne Reis de Paula Ana Carolina de Paiva Ana Carolina F. Alvarenga Anelise Antonione Bárbara Bruno Carine Sales L. da Cunha Daniel Anovazzi Danielle Bontempo Danielle Moreira Eduardo Nilândio Eduardo Fabiana Vieira Simões Fabrícia Caetano do Amaral Flávia Mara Dias Flaviane Alves Pereira Germana Igor Kamilla Larissa de Oliveira Melo Lilian Edwirgens de R. Aguiar Lorena de Melo Sá Lorena Wander Rosa Luana Assunção Fialho Mariana de Oliveira Santana Mariana Guerra Pereira Maria Paula Marina Guimarães Roscoe Mauro Cury Michelle da Silva Araújo Olivia Paula Prado e Guimarães Pedro Henrique Pacheco Pollyanna Morais Mendonça Priscila Rafael Rafael de Oliveira Máximo Renata Guimarães Oliveira Renato Artur Pereira Guimarães Roberta Sacha Dantas Rodrigues Silas Borges Monteiro Tamires Yramismana Caraça Miranda INTRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO O Projeto de atendimento da Clínica de Unidade Odontológica Preventiva e social visa a Educação e Prevenção em Saúde Bucal que teve como objetivo geral orientar as crianças e todos ligados ao atendimento quanto a importância dos cuidados com a Saúde Bucal, sendo o foco principal direcionado para educação e prevenção, acompanhado do tratamento da lesão através da realização de sessões de motivação despertando o interesse do paciente e informando a população alvo sobre a quantidade correta e os tipos de pasta dental a serem usadas na escovação incluindo o modo de uso do fio dental, conscientizando ainda sobre os malefícios provindos de uma alimentação inadequada. Segundo Pinto (1989), quando as pessoas tem as suas necessidades básicas satisfeitas são mais facilmente motivadas e consomem ensinamentos educativos até mesmo voluntariamente. Estudos realizados por Corona (1999), mostraram que a utilização de agentes auxiliares de educação, com pais ou responsáveis e professores devem ser cada vez mais estimulada no intuito de estabelecer uma condição adequada de saúde. Para alcançar essas metas os alunos utilizaram informações, orientações e conhecimentos obtidos em sala de aula e pesquisas em livros e internet, pois para realizar prevenção é preciso educação, conscientização e possibilidade de ação. Promover saúde implica em mudar padrões de comportamento, dieta e higiene, intervir em hábitos que fazem parte da cultura. Segundo COVRE & ALVES (2002), o Brasil em comparação aos países americanos, asiáticos, europeus e oceânicos, é o que possui maior número de cursos de odontologia e apenas uma pequena parcela da população é assistida por serviços odontológicos. Aproximadamente 5% dos gastos em odontologia são realizados no setor público, ficando o setor privado responsável por 95% dos gastos familiares em assistência odontológica. Observa-se a mesma proporção nos USA e na Bélgica. No entanto, o autor afirma que em países como Alemanha, Japão e Luxemburgo, o estado é responsável pela quase totalidade de assistência odontológica. O mesmo autor adverte para a situação de 29 milhões de brasileiros que nunca estiveram em um consultório dentário. Dentre esses, 32% pertencem à área rural. Em relação ao quadro exposto, podemos imaginar que essa população, que está desamparada pela assistência odontológica pública, certamente continuará a ficar desta forma com ou sem a obrigatoriedade do plano odontológico. BERTOLDI & BARROS (2002) relatam que a situação bucal no Brasil ainda está abaixo da média internacional, constatando, ainda, a existência de eqüidades no acesso e na utilização dos serviços. MELLO (1999), afirma que no Reino Unido é investido anualmente três bilhões de dólares em odontologia para uma população de 35 milhões de indivíduos. Entretanto, no Brasil o mesmo valor é investido para uma população de 135 milhões de pessoas. Pesquisas realizadas mostram que há uma baixa utilização de serviços odontológicos e grandes diferenciais entre os grupos de maior e menor renda. Um estudo no noroeste da Inglaterra revelou que, aos três anos, 23% das crianças de áreas empobrecidas nunca haviam ido ao dentista, contra apenas 11% nas áreas mais ricas (Eckersley & Blinkhorn, 2001). A prevenção é a maneira mais econômica e eficaz de se evitar o aparecimento e desenvolvimento de doenças bucais. Dentro das várias atividades preventivas, a educação e a motivação do indivíduo ocupam um lugar de destaque. Outros autores afirmaram também que a educação e a motivação são medidas tomadas com o objetivo de mudar hábitos e comportamentos, no sentido de promover a saúde e melhorar a higiene bucal do indivíduo(DINELLI et.al. 2000). OBJETIVOS O Projeto de atendimento da Clínica de Unidade Odontológica Preventiva e social visa a Educação e Prevenção em Saúde Bucal, que teve como objetivo geral : orientar as crianças e as pessoas ligadas quanto a importância dos cuidados com a Saúde Bucal E dando informações gerais como: quantidade correta e os tipos de pasta dental , modo de uso do fio dental, alimentação, etc sessões de motivação Além disso os dados sobre as condições bucais das crianças foram tabulados dia-a-dia o que nos proporcionou obter uma visão geral da situação do sistema estomatognático dos pacientes. ESTATÍSTICA Foi realizada uma revisão sistemática de trabalhos de pesquisa sobre a efetividade das ações preventivas no controle da cárie dental, publicados no MEDLINE no período compreendido entre 1980 e 1998. Foram localizados 210 artigos, sendo que seus resumos foram analisados segundo as estratégias de intervenção, os tipos de desenho de pesquisa utilizados e os efeitos. As práticas preventivas mais avaliação. PROCEDÊNCIA: 0 a 6 meses: Feminino: 20% pastoral da criança 20% outros 60% bebê clínica Masculino: 100% bebê clínica 7 meses a 5 anos: Feminino: 16% pastoral 68% bebê clínica 12% escola 4% outros Masculino: 14,36% pastoral 61,9% bebê clínica 16,6% escola 7,14% outros 5 e 6 anos: Feminino: 11,76% pastoral 35,29% bebê clínica 17,64% escola 35,29% outros Masculino: 14,28% pastoral 42,72% bebê clínica 14,28% escola 28,57% outros 7 e 8 anos: Feminino: 37,5% pastoral 25% bebê clínica 37,5% escola Masculino: 33,3% pastoral 22,2% bebê clínica 44,4% escola 9 anos: Feminino: 37,5% pastoral 25% bebê clínica 37,5% escola Masculino: 33,3% pastoral 22,2% bebê clínica 44,4% escola 10 a 12 anos: Feminino: 50% pastoral 50% escolas Masculino: 33,33% pastoral 33,33% bebê clínica 33,33% outros + de 12 anos e gestantes Feminino: 9,09% pastoral 27,2% bebê clínica 9,09% escola 54,5% outros Masculino: 20% pastoral 80%bebê clínica PASTA DENTAL Outros Pasta Sem Flúor Tandy Colgate Não Usa Pasta Dental 0 A 6 meses Feminino 9,7% 46,6% 9,7% 4,8% 29,2% Masculino 27,6% 27,6% 11% 7% 27,6% 5 A 6 anos Feminino 0% 41% 35,2% 0% 23,5% Masculino 0% 43% 6,25% 6,25% 43,75% 7 E 8 anos Feminino 0% 0% 60% 0% 40% Masculino 0% 87,5% 12,5% 0% 0% 9 anos Feminino 0% 67% 0% 0% 33% Masculino 0% 0% 0% 0% 100% 10 A 12 anos Feminino 0% 50% 0% 0% 50% Masculino 0% 67% 0% 0% 33% Maior que 12 anos e gestantes Feminino 100% colgate Masculino 100% colgate PROCEDIMENTOS: 0 a 6 meses: Femino: Selante (0%) Restauraç. (0%) ATF (0%) Profilax/HBS (28,57%) Cariostatico (0%) Anamnese/ex clin. (71,43%) Exo. (0%) Maculino: Selante (0%) Restauraç. (0%) ATF (0%) Profilax/HBS (0%) Cariostatico (0%) Anamnese/ex clin. (100%) Exo. (0%) 7 meses a 5 anos Feminino: Selante (18,46%) Restauraç. (4,61%) ATF (2,3%) Profilax/HBS (34,61%) Cariostatico (6,92%) Anamnese/ex clin. (33,07%) Exo. (0%) Masculino: Selante (3,07%) Restauraç. (1,53% )ATF (3,84%) Profilax/HBS (22,3%) Cariostatico (13,84%) Anamnese/ex clin. (28,46%) Exo. (0%) 5 e 6 anos Feminino: Selante (22,85%) Restauraç. (11,42%) ATF (11,42%) Profilax/HBS (21,42%) Cariostatico (15,71%) Anamnese/ex clin. (14,28%) Exo. (0%) Masculino: Selante (22,85%) Restauraç. (10%) ATF (17,14%) Profilax/HBS (17,14%) Cariostatico (11,42%) Anamnese/ex clin. (14,28%) Exo. (0%) 7 e 8 anos: Feminino: Selante (19,44%) Restauraç. (22,22%) ATF (27,77%) Profilax/HBS (25%) Cariostatico (0%) Anamnese/ex clin. (2,77%) Exo. (2,77%) Masculino: Selante (10,34%) Restauraç. (27,58%) ATF (20,68%) Profilax/HBS (23,07%) Cariostatico (6,89%) Anamnese/ex clin. (10,34%) Exo. (3,44%) 9 anos: Feminino: Selante (41,37%) Restauraç. (13,79%) ATF (24,13%) Profilax/HBS (17,24%) Cariostatico (0%) Anamnese/ex clin. (3,44%) Exo. (0%) Masculino: Selante (22,22%) Restauraç. (0%) ATF (22,22%) Profilax/HBS (22,22%) Cariostatico (0%) Anamnese/ex clin. (11,11%) Exo. (22,22%) 10 a 12 anos Feminino: Selante (11,11%) Restauraç. (11,11%) ATF (11,11%) Profilax/HBS (33,33%) Cariostatico (0%) Anamnese/ex clin. (22,22%) Exo. (11,11%) Masculino: Selante (22,22%) Restauraç. (22,22%) ATF (11,11%) Profilax/HBS (11,11%) Cariostatico (0%) Anamnese/ex clin. (33,33%) Exo. (0%) Maior de 12 anos e gestantes Feminino: Selante (48,48%) Restauraç. (6,06%) ATF (18,18%) Profilax/HBS (12,12%) Cariostatico (3,03% Anamnese/ex clin. (12,12%) Exo. (0%) Masculino: Selante (42,85%) Restauraç. (0%) ATF (7,14%) Profilax/HBS (14,28%) Cariostatico (0%) Anamnese/ex clin. (35,71%) Exo. (0%) CEO 0-6m F: 0= 100% M: 0= 100% 7m-5 anos: F 0= 85% M 0=45% 1= 12,7% 1= 0 2= 4,2% 2= 25% 3, 4, 5=0 3=15% 4= 20% 5=0 5-6 anos: F 0=75% M 0=76,9% 1= 12,5 1=15,3% 2= 6,25% 2=7,6% 3= 6,25% 3, 4, 5=0 4 e 5=0 7-8anos F 0=100% M 0=57,1% 1= 0 2=28,5% 3,4=0 5=14,2 9 anos F e M=0 10-12 anos: 12 anos F 0=100% F= 0 M 0=100% M 1= 100% CPOD Idade Sexo 0 1 2 3 4 5 0-6m F 0 0 0 0 0 0 M 0 0 0 0 0 0 F 80 0 0 0 10 10 M 60 0 0 20 0 20 F 71.5 0 0 28.6 0 0 M 0 50 0 0 0 50 F 50 0 0 50 0 0 M 100 0 0 0 0 0 F 28.6 28.6 42.9 0 0 0 m 0 100 0 0 0 0 F 100 0 0 0 0 0 m 50 50 0 0 0 0 F 20 10 30 0 0 40 m 0 40 60 0 0 0 7m-5 a 5 a-6 a 7-8 a 9a 10-12 >12 OCLUSÃO E REFLUXO IDADE OCLUSÃO OCLUSÃO SAT. INS. F - - - 100% M - - - 100% 7 meses a 5 F 65,2% 34,7% 20% 80% anos M 85,7% 14,2% 3,3% 96,6% 5 e 6 anos F 78,5% 21,4% - 100% M 73,3% 26,6% 6,6% 93,3% 0-6 meses SEXO REFLUXO NÃO REFLUXO 7 e 8 anos F 100% - - 100% M 50% 50% - 100% F 33,3% 66,6% - 100% M 100% - - 100% F 33,3% 66,6% - 100% M 33,3% 66,6% - 100% >12 anos e F 90,9% 9,09% 18,1% 81,8% gestantes M 20% 80% - 100% 9 anos 10 a 12 anos Respiração IDADE SEXO Resp. Resp.bucal nasal 0-6 ANOS Resp., mista F 80% 20% - M 100% - - 7 meses a 4 F 72% 14% 14% anos M 81,3% 9,3% 9,3% 5-6 anos F 82,3% 5,8% 11,7% M 60% 26,6% 13,3% F 100% - - M 75% - 25% F 63,6% 36,3% - M 100% - - F 100% - - anos M 100% - - Maior que F 90,9% - 9,09% 12 M 80% 20% - 7-8 anos 9 anos 10 a gestantes 12 e Dieta Cariogênica 0-6 ANOS 7 meses a 4 anos 5-6 anos 7-8 anos 9 anos 10 a 12 anos Maior que 12 e gestantes F 20% 80% M - 100% F 58% 42% M 50% 50% F 68,7% 31,2% M 42,8% 57,2% F - 100% M 100% - F 77,7% 22,3% M - 100% F 100% - M 33,3% 66,6% F 72,7% 27,2% M 20% 80% Resistência ao tratamento IDADE 0-6 meses SEXO Sim Não F - 100% M - 100% 7 meses a 5 F 18,75% 81,25% anos M 33,34% 66,67% 5 e 6 anos F 6,25% 93,75% M 6,7% 93,3% F - 100% M 50% 50% F - 100% M - 100% 7 e 8 anos 9 anos 10 a 12 anos F - 100% M - 100% >12 anos e F - 100% gestantes M - 100% Risco a Cárie Idade Sexo 0 1 2 3 0-6m F 80 0 0 20 M 100 0 0 0 F 62,5 29,17 6,25 2,08 M 63,16 5,26 13,16 18,42 F 26,67 40 26,67 6,67 M 66,67 26,67 0 6,67 F 0 100 0 0 M 0 25 12,5 37,5 F 0 66,67 33,3 0 M 100 0 0 0 F 33,3 33,3 33,3 0 M 66,67 33,3 0 0 F 27,27 36,36 9,09 27,27 M 0 80 20 0 7m a 5 a 5-6 a 7-8 a 9a 10-12 a > 12 Alta após Idade Sexo 1º 2º 3º 4º 5º 0-6 F 100 0 0 0 0 7m-5 a 5-6 a 7-8 a 9a 10-12 a > 12 a M 100 0 0 0 0 F 62,22 24,44 11,1 2,22 0 M 55,81 18,6 20,9 2,33 2,33 F 69,23 15,38 7,69 7,69 0 M 58,33 25 0 8,33 8,33 F 0 28,57 42,86 28,57 0 M 0 0 33,33 33,33 33,33 F 28,57 71,43 0 0 0 M 33,33 33,33 33,33 0 0 F 50 0 0 50 0 M 50 0 50 0 0 F 25 0 0 37,5 37,5 M 50 0 50 0 0 DISCUSSÃO Neste estudo foram analisados dados referentes a pacientes atendidos na Clinica de Unidade Odontológica Social e Preventiva do 7º período da Universidade Federal de Uberlândia. Pacientes os quais possuem as seguintes procedências: da faixa etária de 0 a 6 anos de ambos os gêneros provêm em sua maioria do programa de Bebês da FOUFU. Já a faixa etária de 7 a 9 anos do gênero feminino advém com a mesma porcentagem de 37,5% tanto da pastoral da criança quanto da escola. Já o gênero masculino 44,4% vieram da escola. As crianças do gênero feminino de 11 a 12 anos originam-se tanto da pastoral quanto da escola em iguais porcentagens. As do gênero masculino são provenientes da pastoral, bebê clínica e outros com cerca de 33,33% cada. Paciente com mais de 12 anos e gestantes do gênero feminino, possuem outras origens, já o gênero masculino 80% procedem da bebê clínica. Quanto a pasta dental utilizada pelos escolares, verificou –se que a maioria dos pacientes do gênero feminino e masculino faziam uso de Colgate sendo que, Tandy e outras marcas tiveram porcentagens consideráveis. Em relação aos procedimentos realizados em todo o período de atendimento, anamnese, exame clínico, profilaxia, higiene bucal e aplicação tópica de flúor supervisionada foram efetuados em todos os pacientes. Na faixa etária de 7 meses a 5 anos no gênero feminino, além dos procedimentos básicos o selante, foi o mais efetuado, enquanto no masculino foi o cariostático. De 5 a 6 anos, em ambos os gêneros, o selante foi o mais aplicado. De 7 a 8 anos, no gênero feminino e masculino durante atendimento foram feitas restaurações em maior número. De 9 anos, no gênero feminino realizou-se mais selantes enquanto, no masculino foram selantes e exodontias. De 10 a 12 anos todos os procedimentos foram realizados em iguais porcentagens no gênero feminino, já no masculino apenas selantes e restauração. Os pacientes maiores de 12 anos e gestantes, em ambos os gêneros, foi mais significativa a porcentagem de selantes. Quanto ao índice de dentes decíduos, cariados, extraídos e obturados (CEO), na faixa etária de 0 a 12 anos a grande maioria se classifica como índice 0. Quanto ao CPOD, verificou-se que o índice 5, foi constatado uma prevalência maior, na faixa etária de 5 a 6 anos no gênero masculino, já no gênero feminino foi na faixa etária maior de 12 anos. Na faixa etária de 9 anos, observou-se uma prevalência no gênero feminino para o índice 2, para o masculino índice 1. A maior prevalência do índice 0 foi encontrada no gênero feminino na faixa etária de 10 a 12 anos. A oclusão é insatisfatória nas gestantes e nas crianças de 9 a 12 anos, e é, satisfatória nas crianças de 7 meses a 8 anos, sendo que, nas crianças de 7 a 8 anos do gênero masculino temos porcentagens iguais para oclusão satisfatória e insatisfatória. Nos pacientes de 0 a 12 anos incluindo as gestantes, em sua maioria, não possuem refluxo, apesar que nos pacientes de 7 meses a 5 anos, 12 anos e gestantes possuem uma porcentagem de refluxo considerável. A respiração nasal é predominante em todos os pacientes, entretanto, temos altos índices de respiração bucal nas crianças de 5 a 6 anos e 9 anos. Já a respiração mista, possui sua maior porcentagem nas crianças de 7 a 8 anos. Com relação a dieta cariogênica, observamos que, a maioria dos pacientes possuem dieta cariogênica. Os pacientes de todas as idades de um modo geral, não apresentaram grandes resistências ao tratamento, contudo, boa parte das crianças de 7 meses a 5 anos e de 7 a 8 anos, de ambos os gêneros, mostraram-se não receptivas ao tratamento. O risco de cárie na faixa etária de 0 a 5 anos mostrou-se com prevalência de índice 0 em ambos os gêneros, sendo que, de 7 meses a 5 anos encontramos um número considerável de crianças do gênero feminino com índice 1 e do gênero masculino com índice 3. Na faixa etária de 5 a 6 anos, o gênero feminino em sua maioria, foi 1, em contrapartida o masculino foi 0. De 7 a 8 anos, encontramos o gênero feminino em sua totalidade no índice 1. Já aos 9 anos, o gênero masculino obteve totalidade no índice 0. De 10 a 12 anos, temos uma distribuição homogênea entre os índices. Na primeira consulta, 100% de ambos os gêneros na faixa etária de 0 a 6 anos obtiveram alta. De 7 meses a 6 anos, a primeira consulta continua sendo maioria. De 7 a 8 anos, entre a segunda e a quarta consulta foi onde se obteve maior número de altas em ambos os gêneros. Aos 9 anos, o gênero feminino teve maior porcentagem de alta na segunda consulta e o masculino obteve uma igualdade entre a primeira e a terceira consulta. Já acima de 10 anos, prevaleceu a alta na primeira consulta. CONCLUSÃO Os pacientes atendidos provém em sua maioria do programa de bebês, da pastoral da criança ou da escola, assumindo vários valores de acordo com a idade. A pasta mais utilizada pelos pacientes foi a Colgate. Em todos os pacientes realizou-se anamnese, exame clínico, profilaxia, higiene bucal e aplicação tópica de flúor supervisionada. Os procedimentos mais realizados em todas as idades foram a aplicação de selantes e as restaurações. O índice CEO, na idade de 0 à 12 anos foi avaliado, em sua maioria, como 0. O índice CPOD assumiu vários valores, dependendo da idade, variando de 0 à 5. Nas crianças de 9 à 12 anos, nas gestantes e na metade do gênero masculino com a idade de 7 à 8 anos a oclusão é insatisfatória. A maioria dos pacientes não possui refluxo. A respiração nasal predomina na população de pacientes. A maioria dos pacientes possui dieta cariogênica. A maioria dos pacientes não apresentou resistência ao tratamento. O risco de cárie assumiu vários valores de acordo com as diferentes idades. De acordo com o aumento da idade aumentaram-se a quantidade de consultas para se receber alta, se equilibrando entre 1 e 3 consultas aos 9 anos de idade e retornando a 1 consulta nas idades acima de 10 anos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, A.J.D. & BERTOLDI, A.D. Desigualdades na utilização e no acesso a serviços odontológicos: uma avaliação em nível nacional Ciência & Saúde Coletiva, 2002. 7(4):709717. COVRE, E.; ALVES, L. S. Regulação & Saúde – Planos Odontológicos: Uma Abordagem Econômica no Contexto Regulatório – Agência Nacional de Saúde Suplementar –2002. V.2, 272 p. DINELLI, W., et al. Desenvolvimento, aplicação e avaliação de um programa de orientação sobre higiene bucal junto à pré-escolares. Stoma 2000, 13(37): 27-30. ECKERSLEY, A.J. & BLINKHONN, F.A. Dental attendance and dental health behaviour in children from deprived and non-deprived areas of Salford, north-west England. International Journal of Paediatric Dentistry, 2001. p11(2):103-109. CORONA, S.A.M. Avaliação dos índices de placa bacteriana e gengival após orientação sobre higiene bucal, junto a escolares do primeiro grau. Araraquara: Faculdade de Odontologia de Araraquara, 1999. (Tese de Doutorado). PINTO, Vitor Gomes. Saúde Bucal-Odontologia Social e Preventiva. São Paulo: Santos, 1989. Cap. 9: Educação em Saúde, p. 235-244. PINTO, Vitor Gomes. Saúde Bucal-Odontologia Social e Preventiva. São Paulo: Santos, 1989. Cap. 6: Identificação de problemas, p.109-169. ANEXOS E GRÁFICOS ANEXO I DESCRIÇÃO DE RELATÓRIOS O projeto “Educação para a Saúde para Pais e Responsáveis pelas crianças atendidas nas clínicas de Odontologia Preventiva e Social da Universidade Federal de Uberlândia” proporcionou aos pais e responsáveis que se encontravam na sala de espera do Hospital Odontológico, significativa melhora nos conhecimentos sobre educação e prevenção dos problemas bucais e a importância de hábitos saudáveis Os alunos do 7º período do curso de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia aproveitaram o contato com os pais e responsáveis durante a espera na recepção para realizarem atividades motivadoras como: distribuição de desenhos educativos para as crianças, panfletos a cerca do tema para os pais e palestras com temas importantes para a odontologia, utilizando materiais como: cartazes, lápis de cor, giz de cera, folha sulfite, escovas de dente, pasta dental, entre outros. Os alunos foram divididos em duplas e a cada dia de clínica, uma dupla era responsável pelas orientações oferecidas aos pais e responsáveis. No dia 04/04/2008 as alunas Danielle Bontempo e Luana distribuíram folhetos e realizaram um questionamento a respeito de quem escova os dentes da criança, orientando sobre a importância de crianças menores de 9 anos serem auxiliadas pelos pais ou responsável na hora da escovação. No dia 11/04/08 as alunas Marina e Carine distribuíram desenhos para as crianças colorirem e falaram sobre a importância do fio dental para evitar a cárie proximal. No dia 18/04/2008 as alunas Yramismana e Bárbara organizaram uma palestra sobre amamentação, higiene para a boca de bebês, a importância da dentição decídua e deram desenhos para as crianças. No dia 25/04/2008 as alunas Camila e Mariana Guerra explicaram sobre o trauma dental, realizaram escovação nas crianças onde depois elas puderam desenhar e colorir com lápis de cor e giz de cera. No dia 09/05/2008 os alunos Pedro e Lílian fizeram uma palestra com cartazes e panfletos sobre higienização bucal e deram desenhos para as crianças colorirem. No dia 16/05/2008 as alunas Olívia e Germana elaboraram um cartaz educativo sobre escovação, dieta e uso do fio dental, falaram também da janela de infectividade, o trabalho e a importância do Odontopediatra e sobre amamentação. No dia 30/05/2008 as alunas Marília e Cássia distribuíram folhetos e falaram com os pais e responsáveis em grupos de três pessoas sobre a fluorose, o seu significado e o que causa aos dentes. No dia 06/06/2008 as alunas Letícia e Flaviane falaram sobre escovação, fluorose e a irrupção dos dentes. No dia 13/06/2008 as alunas Pollyanna e Sacha distribuíram umafolha com orientações sobre o selante nos dentes e a importância dos dentes decíduos enquanto as crianças coloriam desenhos. No dia 20/06/2008 os alunos Daniel e Alexandre explicaram como escovar os dentes corretamente para mantê-los sempre limpos e brancos. Foi observado um grande interesse por parte dos pais e responsáveis, visto que estes mostraram-se atentos e participativos. Uma minoria mostrou-se dispersa e tímida com os questionamentos dos alunos. Outro ponto positivo foi que as crianças ficaram entretidas com as atividades propostas, demonstrando uma melhora no comportamento delas, reduzindo dessa forma,o barulho nasala de espera. CPOD ceo