Feminino e Masculino: A Grande Parceria
No in’cio dos tempos a Grande Deusa era adorada. O Feminino era a M‹e do Universo, a M‹e
Natureza, era Gaia, a M‹e Terra, ligada ˆ fecundidade, ˆ vida, ao cultivo da terra. Apenas a
mulher podia gerar, assim como a terra, dar frutos. O Feminino era venerado por trazer a vida e
todas as cria›es estavam a ele ligadas.
Este Feminino gerador foi representado de muitas formas, ora como uma mulher gr‡vida, ora
como uma mulher com v‡rios seios, mas sempre com formas femininas muito acentuadas. A
Grande Deusa foi encontrada em muitas estatuetas e imagens descobertas no sŽculo passado.
Desde a prŽ-hist—ria e por muitos e muitos milnios Ela foi venerada e respeitada como a doadora
da Vida.
No decorrer dos sŽculos, lentamente, com as invas›es e as guerras, o Masculino passa a ganhar
mais e mais fora, trazendo a objetividade, a racionalidade, as regras, as estratŽgias, a competi‹o,
a domina‹o e a submiss‹o, o autoritarismo... E dando um salto no tempo atŽ os dias de hoje:
as empresas, na sua maioria, seguem um modelo masculino de gest‹o, baseando-se na competi‹o,
no autoritarismo, nas estratŽgias, e em uma verdadeira luta pelo poder, pela produtividade e pelo
lucro a qualquer preo. O mais importante Ž dominar o mercado e fazer com que a empresa seja
a melhor, a mais conhecida, a mais poderosa, mesmo que para isso o ser humano fique em 2¼,
3¼ ou œltimo lugar...
E onde est‡ o Feminino? Parece que ele ficou esquecido, ou visto parcialmente, como importante
apenas para os cuidados da casa, dos filhos e de fun›es assistenciais, vistas atŽ pouco tempo
como tipicamente femininas. Mas, no final do sŽculo passado, esta vis‹o comeou a mudar. Com
o advento da 2» Grande Guerra, a m‹o de obra feminina comeou a ser mais e mais utilizada
nos hospitais, indœstrias, f‡bricas, etc, pois os homens estavam nos campos de batalha. Muitos
morreram, outros ficaram inv‡lidos e uma grande parte de sobreviventes trouxe traumas f’sicos
e ps’quicos. De alguma forma a mulher passou a ocupar o espao que era exclusivamente do
homem, e com isto, uma nova forma de ver, sentir e agir comeou a desenvolver-se tambŽm nas
empresas. O que antes era um reduto dos homens passou a ser dividido com as mulheres. Cada
vez mais a contraposi‹o entre masculino e feminino evidenciou-se, e, com isso, a busca de
integra‹o entre estas formas e manifesta›es opostas passou a estar mais presente e ser mais
necess‡ria.
Hoje estamos falando em parceria. N‹o podemos pensar nem em um modelo s— masculino ou
em um modelo s— feminino. Precisamos saber aproveitar as caracter’sticas e habilidades de cada
um para somar, ou melhor, para compor, pois esta uni‹o gerar‡ algo maior do que a soma das
partes. Ao invŽs de disputar, vamos nos tornar parceiros, cada qual contribuindo com sua parcela
de Saber e de Ser, reconhecendo que h‡ aspectos que s‹o mais f‡ceis no universo masculino,
assim como h‡ outros que s‹o comuns no feminino. N‹o seria muito mais proveitoso aproveitarmos
as virtudes de cada um para esta composi‹o?
Que tal incluirmos mais a parceria no nosso dia a dia, desde o casamento, as amizades, o estudo,
atŽ o trabalho nas organiza›es? N‹o acredito que as disputas iriam deixar de existir, mas haveria
mais respeito, companheirismo, troca, aprendizagem e todos cresceriam.
Ser‡ utopia? Fica a’ o convite: PARCERIAS!
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