ESTRATÉGIA PARA VACINAÇÃO CONTRA O VÍRUS DA INFLUENZA PANDÊMICA (H1N1) Carmem Osterno Coordenadora Geral do Programa Nacional de Imunizações SITUAÇÃO NO BRASIL NA PRIMEIRA ONDA PANDÊMICA (25 de abril a 31 de dezembro de 2009) 39.679 casos graves e 1.705 óbitos confirmados para influenza pandêmica notificados pelos estados ao Ministério da Saúde Freqüência dos óbitos por influenza e pneumonia, segundo mês do ano de 2009 e ocorrência mensal mínima e máxima dos últimos cinco anos 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 Jan Fev Mar Abr máximo 2004-2008 Mai Jun Jul Ago Set mínimo 2004-2008 Fonte: SIM/CGIAE/DASIS/SVS * dados de 2008 e 2009 são provisórios, sujeitos a revisão. Os dados de out a dez estão bem abaixo do esperado, optamos por não apresentá-los. Out Nov 2009 Dez Proporção (%) de SRAG por influenza pandêmica (H1N1) 2009, por faixa etária. Brasil, 2009/2010. Número absoluto Total de SRAG: • 2009: 41.235 • 2010*: 28 Total: 41.263 Período: 16/04/2009 a *16/01/2010 Taxa de mortalidade por influenza pandêmica (H1N1) 2009, por região geográfica e faixa etária. SE 16 - 47/2009. Ajustado pela população de cada faixa etária Faixa etária (em anos) 60 e mais 50 a 59 anos 40 a 49 anos 30 a 39 anos 20 a 29 anos 10 a 19 anos Total de Óbitos: • 2009: 1.705 • 2010*: 0 6 a 9 anos 3 a 5 anos Total: 1.705 Menor 2 anos 0,0 0,1 0,2 0,3 Fonte: Sinan On-line - Acesso: 16/01/2010 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 Taxa de mortalidade (por 100 mil habitantes) Período: 16/04/2009 a *16/01/2010 1,2 1,3 1,4 1,5 Objetivos da Estratégia de Vacinação Não há objetivo de contenção da doença ! 1. Manter o funcionamento da infra-estrutura dos serviços de saúde envolvidos na resposta à pandemia 2. Diminuir a morbimortalidade associada à pandemia Critérios para eleição dos grupos prioritários Foram considerados, em conjunto, vários fatores: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Situação epidemiológica da influenza pandêmica no Brasil • Proporção de casos graves por grupo etário • Taxa de incidência por grupo etário, ajustado por 100 mil habitantes • Proporção de óbitos por grupo etário • Taxa de incidência por grupo etário, ajustado por 100 mil habitantes Observação da 2ª onda no Hemisfério Norte ( evidência internacional) Recomendação do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações PNI/SVS/MS Recomendações da OMS e Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) para definir públicos prioritários Articulação com sociedades científicas, CFM, AMB, ABEN, CONASS e CONASEMS Critério de sustentabilidade dos serviços de saúde para organizar a estratégia, visando não haver esgotamento na capacidade de atendimento oportuno à população. Perguntas para a definir os grupos prioritários para vacinação contra influenza pandêmica (H1N1) Quais são os grupos prioritários elegíveis? Poderiam ser categorizados de acordo com o risco? Como seriam identificados? Qual a estratégia de vacinação para cada um deles? População alvo definida pelos países das Américas XVIII Reunião do GrupoTécnico Assessor (OPAS/OMS) sobre Doenças Imunopreveníveis, na Costa Rica, no período de 24 a 26 de agosto de 2009 Oficina Sub-regional de Capacitação para o Planejamento da Introdução da Vacina contra Influenza Pandêmica (H1N1), em Lima, no período de 26 a 30 de outubro de 2009 1. 2. 3. 4. Trabalhadores de saúde Gestantes População indígena População com doenças crônicas de base Brasil, Canadá e USA decidiram incluir na população alvo outros grupos saudáveis No Brasil, em ordem de prioridade, os grupos são: 1. Trabalhadores de saúde 2. População indígena aldeada 3. Gestantes 4. Portadores de doenças crônicas 5. Crianças saudáveis > 6 meses a < 2 anos de idade 6. Adultos saudáveis de 20 a 29 e 30 a 39 anos de idade 7. População de 60 anos e mais com comorbidades TRABALHADORES DE SAÚDE Gestantes Seriam priorizadas de acordo com período gestacional? Como seriam identificadas? Qual a estratégia de vacinação? FEBRASGO Pacientes crônicos Quais os doentes crônicos seriam priorizados de acordo com o maior risco de óbito? Quem deveria ser vacinado primeiro? Como os identificaria? Onde os vacinaria CRIANÇAS SERÃO VACINADAS EM DUAS ETAPAS (6 MESES A 8 ANOS) Crianças receberão duas doses de 0,25ml (meia dose do adulto em dois momentos). Monitoramento de EAPV Definição de linha de base de Síndrome de Guillain Barré Vigilância ativa > 15 anos Todos os outros possíveis EAPV Grupos prioritários MARÇO 8 a 12 Trabalhadores de saúde Pop. Indígena aldeada Gestantes Crianças de 6 meses a <2 anos (2 momentos) Pessoas com doença crônica População de 20 a 29 anos Idosos (+ 60 anos) c/doenças crônicas População de 30 a 39 anos Semanas da estratégia de vacinação ABRIL MAR\ABR 15 a 19 22 a 26 29\3 a 2\4 5 a 10 12 a 16 19 a 23 (*) MAIO 24 a 30 3a7 10 a 14 17 a 21 (**) (***) (***) (*) A 2ª dose (0,25 ml) da vacina para o grupo de 6 meses a menor de 2 anos será agendada para 30 dias depois da 1ª dose. (**) Administração da 2ª da dose (0,25 ml) da vacina no período de 26 de abril a 7 de maio, conforme agendamento. (***) A vacinação do grupo de idosos será iniciada no sábado, dia 24/4, coincidindo com o dia nacional de vacinação do idoso e com o período da operação da vacina sazonal. A informação oportuna e de qualidade permitirá traçar ajustes e correções durante a estratégia e na conclusão de cada etapa e do período da vacinação de cada grupo alvo, considerando o alcance da meta proposta. A ferramenta para registro das doses aplicadas será disponibilizada pelo Datasus/RJ no site http://pni.datasus.gov.br. Os dados coletados por sala de vacina com informações diferenciadas por grupo prioritário indicado à vacinação, segundo faixa etária. Os dados das salas de vacinas = consolidados por município = digitado no site (senha própria de cada município). 2ª DOSE (0,25ml) Comunicação Haverá estratégias, complexas, novas e diferenciadas para cada grupo prioritário e faixa etária a ser vacinada. É imprescindível o suporte da mídia Por sua complexidade, esta estratégia de vacinação será o maior desafio já enfrentado pelo Programa Nacional de Vacinação! Portanto, torna-se fundamental a manutenção da credibilidade de toda a sociedade para garantirmos o êxito em proteger, ao máximo, essa mesma sociedade. Obrigado pela atenção !