COEFICIENTE GINI É uma medida de desigualdade, mas comumente utilizada para calcular a desigualdade na distribuição de renda. É um número entre 0 e 1. 0 = completa igualdade 1= completa desigualdade. Desigualdade no Brasil nos últimos 50 anos: Em 1960 o coeficiente Gini para o Brasil era de 0, 537 Entre 1970 e 1990 as desigualdades crescem, chegando em 1990 a um coeficiente de 0,609. A partir da primeira década dos anos 2000 vão ocorrendo pequenas diminuições e em 2010 o coeficiente atinge 0,539 Indicador de Pobreza utilizado no Brasil. Pobreza absoluta: “está estritamente vinculada às questões da sobrevivência física, portanto ao não atendimento das necessidades vinculadas ao mínimo vital.” ( Sonia Rocha, Pobreza no Brasil, afinal do que se trata ? Fundação Getúlio Vargas, 2003) Segundo o IBGE (2011) o Brasil utiliza a definição pobreza absoluta, considerando pobres as famílias cuja renda domiciliar per capita é de R$ 140,00 e extremamente pobres: as famílias cuja renda é de R$ 70,00. ( valores de 2010). Censo 2010: Domicílios extremamente pobres por sexo e cor/raça dos/as responsáveis: 1,71% dos homens brancos são responsáveis por domicílios extremamente pobres 1,77% das mulheres brancas são responsáveis por domicílios extremamente pobres. 5,29% dos homens negros são responsáveis por domicílios extremamente pobres 5,99% das mulheres negras são responsáveis por domicílios extremamente pobres. Domicílios pobres por sexo e cor/raça dos/as responsáveis: 3,94% dos homens brancos são responsáveis por domicílios pobres. 3,96% das mulheres brancas são responsáveis por domicílios pobres 9,31% dos homens negros são responsáveis por domicílios pobres. 10,01% das mulheres negras são responsáveis por pobres. Pobreza relativa:” define necessidades a serem satisfeitas em função do modo de vida predominante na sociedade em questão , o que significa incorporar a redução das desigualdades de meios entre os indivíduos como objetivo social.” ( Sonia Rocha, Pobreza no Brasil, afinal do que se trata ?, Fundação Getúlio Vargas, 2003). Segundo o próprio IBGE no caso brasileiro a pobreza relativa seria definida a partir do valor de R$ 255,00 Utilizando esta referência, temos: 17,9% dos homens brancos são responsáveis por domicílios pobres 18,80% das mulheres brancas são responsáveis por domicílios pobres 35, 56% homens negros são responsáveis por domicílios pobres. 39,38% mulheres negras são responsáveis por domicílios pobres. Comparativo entre regiões Nordeste e Sudeste com relação aos valores de rendimento nominal mediano mensal por sexo. 2010 Região Nordeste Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Homens R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 Mulheres R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 R$ 510,00 Região Sudeste Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Homens R$ 1.000,00 R$ 750,00 R$ 800,00 R$ 1.000,00 R$1.000,00 Mulheres R$ 650,00 R$ 510,00 R$546,00 R$ 650,00 R$ 720,00 Distribuição de pessoas residentes em domicílios particulares permanentes por cor/raça, sexo e classe de rendimentos mensais per capta. Brasil 2010 Classe de rendimentos em salários mínimos Até 1/8 Mais de 1/8 a 1/4 Mais de ¼ a 1/2 Mais de ½ a 1 Mais de 1 a 2 Mais de 2 a 3 Mais de 3 a 5 Mais de 5 a 10 Mais de 10 Branca Preta Parda Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 2,59% 2,57% 5,67% 6,07% 7,33% 7,7% 4,39% 4,37% 8,63% 9,13% 10,22% 10,50% 13,35% 25,64% 25,85% 9.58% 7,47% 5,25% 2,07% 13,58% 26,03% 25,45% 9,49% 7,56% 5,23% 2,50% 21,69% 34,72% 19,75% 4,92% 2,76% 1,25% 0,40% 22,85% 30,91% 18,37% 4,50% 2,58% 1,72% 0,34% 22,84% 28,65% 17,57% 4,39% 2,63% 1,33% 0,49% 23,79% 28,95% 16,66% 4,12% 2,47% 1,25% 0,42% Razão entre o valor do rendimento hora do trabalho principal da população preta e parda, tendo como referência a população branca. ( PNAD 2010 – base de dados 2009) -Pretos/as com até 4 anos de estudos recebiam 21,3% a menos que a população branca com a mesma escolaridade. - Pardos/as com até 4 anos de estudos recebiam 27,9% a menos que a população branca com a mesma escolaridade. - Pretos/as com 5 a 8 anos de estudos recebiam 21,6% a menos que a população branca com mesma escolaridade. - Pardos/as com 5 a 8 anos de estudos recebam 27,0% a menos que a população branca com a mesma escolaridade - Pretos/as com 9 a 11 anos de estudos recebiam 27,4% a menos que a população branca com a mesma escolaridade. - Pardos/as com 9 a 11 anos de estudos recebiam 24,2% a menos que a população branca com a mesma escolaridade. - Pretos/as com mais de 12 anos de estudos recebiam 30,2% menos que a população branca com a mesma escolaridade. Pardos/as com mais de 12 anos de estudos recebiam 26,2% menos que a população branca com a mesma escolaridade Rendimento médio das mulheres de 16 anos ou mais, de acordo com os anos de estudos, quando comparado aos rendimentos dos homens. (PNAD 2010 – base de dados 2009) - Mulheres com até 8 anos de estudo recebiam cerca de 38,7% a menos que os homens com a mesma escolaridade - Mulheres com 9 e 11 anos de estudos recebem 38,9 % a menos que os homens com a mesma escolaridade - Mulheres com mais de 12 anos ou mais recebem 42,3 % menos que os homens com a mesma escolaridade Aglomerados subnormais Aglomerado subnormal “é um conjunto constituído dé, no mínimo, 51 unidadés habitacionais (barracos ,casas étc.) caréntés, ém sua maioria dé sérviços publicos éssénciais, ocupando ou téndo ocupado, até péríodo récénté, térréno dé propriédadé alhéia (publica ou particular) é éstando dispostas, ém géral, dé forma désordénada é dénsa.” ( IBGE , Cénso 2010. Priméiros Résultados. Aglomérados Subnormais. RJ. 2011) Em 2010, 6% da população brasileira mora em aglomerados subnormais, a maioria destes domicílios se concentra na região Sudeste, 49,9%, sendo que o estado de São Paulo representa 23,2% dos domicílios do país. A Região Metropolitana de Belém é a que apresenta os percentuais mais altos de domicílios localizados em aglomerados subnormais, pois 52,5% de todos os seus domicílios estão ai localizados. Relação entre pobreza urbana e a dimensão racial na cidade de São Paulo ( Censo 2010) - 60,64% das pessoas que moram nos aglomerados subnormais na cidade de São Paulo são negras. - Considerando toda a população branca que mora na cidade de São Paulo tem-se que 6,8% mora em aglomerados subnormais. - Considerando toda a população negra ( pretos/as e pardos/as) que mora na cidade de São Paulo tem-se que 18,6% mora em aglomerados subnormais. Características do entorno urbano dos domicílios de acordo com a raça do/a responsável – Brasil Censo 2010 Identificação do logradouro: 64,76% dos domicílios cujo responsável se declara como branco/a possuem identificação do logradouro. 53,99% dos domicílios cujo responsável se declara como preto/a possuem identificação do logradouro. 51, 09% dos domicílios cujo responsável se declara como pardo /a possuem identificação do logradouro. Existência de calçadas 71,69% dos domicílios cujo responsável se declara como branco/a possuem calçadas 60,61% dos domicílios cujo responsável se declara como preto/a possuem calçadas 59,37% dos domicílios cujo responsável se declara como pardo/a possuem calçadas Arborização 72,04% dos domicílios cujo responsável se declara como branco/a se localizam em locais com arborização. 58,61% dos domicílios cujo responsável se declara como preto/a se localizam em locais com arborização. 60,30% dos domicílios cujo responsável se declara como pardo/a se localizam em locais com arborização. Esgoto a céu aberto 7,89% dos domicílios cujo responsável se declara como branco/a se localizam em áreas com esgoto a céu aberto. 14,13% dos domicílios cujo responsável se declara como preto/a se localizam em áreas com esgoto a céu aberto. 16,94% dos domicílios cujo responsável se declara como pardo/a se localizam em áreas com esgoto a céu aberto.