Construção da Identidade
Docente
Dra. Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira
[email protected]
O cenário da formação dos professores
universitários
De quem é a
incumbência
de formar o
professor
universitário
?
A formação está
direcionada à resolução
das necessidades dos
professores ou de seus
interesses.
Pontos importantes para reflexão
A importância do
professor
1- na aprendizagem
2- melhorar a qualidade
da educação
3- profissão Necessária
para a sociedade
As mudanças da
sociedade do
conhecimento –
formação
permanente
Os desafios dos
sistemas para
atender a
sociedade do
conhecimento
•Mudanças nos sistemas
educacionais
Prioridade
1
• Oferecer oportunidades educativas que respondam aos
princípios de: eficácia econômica, justiça social, inclusão social,
participação democrática e desenvolvimento pessoal.
2
• Avaliação e definição dos lugares de aprendizagem como a criação de
ambientes flexíveis, positivos, estimulantes e motivadores, e que
superem as limitações de currículos padronizados, da divisão por
matérias, dos tempos curtos....
3
•A ideia de que os caminhos de aprendizagem entre as escolas e as
instituições de ensino superior, os trabalhadores desse setor e outros
provedores de educação, terão um alto impacto na formação de relações
entre a escola e a comunidade.
4
• A necessidade de promover a escola como comunidade
de aprendizagem e como centros de aprendizagem ao
longo da vida.
Identidade do (a) professor(a)
• Como o professor e a professora definem a si
mesmos e aos outros.
• É através de nossa
identidade que
nos percebemos,
nos vemos e
queremos que nos
vejam.
• A identidade profissional dos docentes é
entendida como uma construção social marcada
por múltiplos fatores que interagem entre si,
resultando numa série de representações que os
docentes fazem de si mesmos e de suas funções,
estabelecendo, consciente ou inconscientemente,
negociações das quais certamente fazem parte de
suas histórias de vida, suas condições concretas
de trabalho, o imaginário recorrente acerca dessa
profissão [...]
Garcia, Hypólito e Vieira (2005)
As identidades docentes como fabricação da docência.
A identidade do (a) professor (a)
universitário (a)
• O professor universitário, salvo os licenciados,
não se prepara para ser docente, ele se
prepara para ser pesquisador, uma vez que,
historicamente não existe uma preparação
pedagógica para exercer a docência na
universidade.
(Rivas et al, 2007)
• Afirmam que o exercício da profissão docente
requer uma sólida formação, não apenas nos
conteúdos científicos próprios da disciplina,
como também nos aspectos correspondentes
a sua didática, ao encaminhamento das
diversas variáveis que caracterizam a
docência, sua preparação e constante
atualização.
• Para André (2001), o que se espera do
professor é que assuma com competência e
responsabilidade a tarefa de ensinar, para que
a maioria de seus alunos desenvolva uma
atividade intelectual significativa, e apropriese de saberes fundamentais que possibilite
sua inserção ativa e comprometida na
sociedade.
Mestrado e
doutorado
formam o
professor?
Formar na pósgraduação não discute
de forma suficiente a
dimensão da docência,
dando ênfase à
pesquisa, ou seja, a
pós-graduação não leva
em conta que estes
futuros
“pesquisadores”
poderão atuar em
cursos de licenciatura,
formando professores
para o ensino básico.
A formação de professor é um
processo contínuo
Instruí-los como
sujeitos da
aprendizagem
Proporcionar
construção de
conhecimento
Troca de
experiência,
preparo teórico e
instrumental para
atuar em sala de
aula.
Cursos de Licenciatura
• Legislação pertinente :
–Lei nº 9.394/1996
–Resolução CNE 01/2002
• As licenciaturas são cursos de duração
intermediária:
– Carga mínima de 2.800h, sendo 400h de “estágio
supervisionado e 2.400h de outros componentes
– A Licenciatura em Pedagogia segue Resolução
específica.
• Instituições costumam tratar as licenciaturas
de dois modos:
1- como bacharelados diluídos com conhecimentos
pedagógicos ou como
2- bacharelados completos, acrescentados de
conhecimentos pedagógicos.
Cursos que atribuem grau de
Licenciado e Bacharel
•
•
•
•
•
•
•
Ciências Biológicas,
Ciências Sociais,
Educação física ,
Física,
Filosofia,
Geografia,
História,
•
•
•
•
•
Letras,
Matemática,
Música
Química,
Sociologia, etc.
“Desvio bacharelizante da formação”
• O foco é o conteúdo (ex. de Química) e os
professores não têm a preocupação de
transformá-lo em conteúdo para ser aplicado
ou utilizado na Educação Básica e que, então,
que fica a cargo do próprio estudante, a partir
do que se discute e se aprende nas disciplinas
de Educação e Ensino de Química, buscar
articular todos esses conhecimentos para
aplicar na escola.
IDENTIDADE DE CURSOS DE LICENCIATURA E O SEU CARÁTER BACHARELIZANTE: ANÁLISE DE UM
CURSO DE QUÍMICA
Wildson Luiz Pereira dos Santos– Instituto de Química – UnB / PPGE, FE – UnB / PPGEC, IQ/IF/IB/FUP – UnB
Carmen Silvia da Silva Sá– UNEB
• Uma das questões do questionário buscava
saber se os estudantes do curso se sentiam
incentivados pelos formadores a tornarem-se
professores.
32,4% responderam afirmativamente;
49,3% responderam que foram parcialmente
incentivados;
16,9% responderam que não foram incentivados a
tornarem-se professores
Justificativas
• Estímulo recebido a partir de impressões
subjetivas e de valores que os formadores
explicitam, tais como vivência em sala de aula;
importância dos educadores; gosto e satisfação
pela profissão; realidade da situação de ensino
no país e desejo de mudanças.
• Estudantes que disseram ser parcialmente
estimulados demonstram uma percepção de que
os professores e/ou o curso estimulam os
estudantes a seguir também outras carreiras e
não apenas o magistério na EB.
• Eles (os professores) deixam claro que podemos
atuar em outras áreas, isso acaba fazendo com
que a gente esqueça um pouco da licenciatura.
• O incentivo é parcial, pois ao mesmo tempo que
se tem o incentivo docente para professor, o
curso por si o incentiva ao bacharelado.
• Alguns incentivam, mas muitos acreditam que
estão formando químicos e não licenciados.
• Químicos (bacharéis) quando atuam em
cursos de licenciatura buscam formar mais
químicos e perdem de vista os objetivos e as
necessidades específicas para formar
professores.
• KASSEBOEHMER, A.C.; FERREIRA, L.H. O espaço da Prática de
Ensino e do Estágio Curricular nos cursos de formação de
professores de Química das IES públicas paulistas. Química
Nova, v. 31, n. 3, p. 694-699, 2008.
Para
construir
identidade
docente é
preciso:
Que ações podemos
desenvolver para que os
professores (a) formadores
(a) reflitam sobre o seu
papel na constituição das
identidades na
profissionalização do
professor (a)?
É preciso
• Considerar a importância dos saberes das áreas de
conhecimento (ninguém ensina o que não sabe),
• Dos saberes pedagógicos (pois o ensinar é uma
prática educativa que tem diferentes e diversas
direções de sentido na formação do humano),
• Dos saberes didáticos (que tratam da articulação da
teoria da Educação e da teoria de ensino para
ensinar nas situações contextualizadas),
• Dos saberes da experiência do sujeito professor
(que dizem do modo como nos apropriamos do ser
professor em nossa vida)
• “Na formação permanente dos
professores, o momento
fundamental é o da reflexão crítica
sobre a prática. É pensando
criticamente a prática de hoje ou de
ontem que se pode melhorar a
próxima prática”. Paulo Freire
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
O que representa o aluno e a aluna
nesta construção?
Para ensinarmos um aluno a
inventar
precisamos mostrar-lhe que ele já
possui
a capacidade de descobrir.
Gaston Bachelard
Download

Construção da Identidade Docente