Nematóides
- São organismos aquáticos que vivem nas águas
marinhas, águas doce e película de água.
Fitoparasitos:
- Órgãos
subterrâneos:
raízes,
rizomas,
tubérculos, bulbos e fruto hipógeo.
- Órgãos aéreos: caules, folha, flor, frutos e
sementes.
-Habitat: variável.
Forma
-Tubulares alongados: corpo é de seção
transversal circular, de diâmetro constante ao
longo do comprimento, afilando-se de maneira
gradual ou abrupta nas extremidades (anterior é
menos atenuada que a posterior – fusiforme ou
vermiforme)
- Forma roliça e alongada do corpo é adequada ao
movimento serpentiforme de locomoção, por
ondulação dorsoventral.
- Dimorfismo sexual:
-Certos gêneros: as fêmeas podem ter o corpo
com largura notavelmente aumentada em forma
de pêra (Meloidogyne e Globodera), de limão
(Heterodera), de rim (Rotylenchulus, Tylenchulus)-
movimentos sedentários.
- Machos são sempre esguios e alongados
(movimentos migratórios)
Globodera pallid
Meloidogyne incognita
Heterodera glycines
Rotylenchulus
-Musculatura copulatória: curvamento da região
caudal e cloaca.
- Fêmea: abertura genital (vulva) e aparelho
digestivo (ânus) separados.
- Geralmente as fêmeas são maiores que o
macho.
-Tamanho variável: forma livre no solo
- Fitonematóides 1 a 2 mm de comprimento.
Cor: incolor e transparente.
- Regiões do corpo não é dividido em regiões
distintas.
Estrutura do corpo:
- Um tubo dentro do outro.
- Tubo externo é a parede do corpo e o interno é o
tudo digestivo.
- Entre eles fica a cavidade geral (pseudoceloma)
- Possui sob pressão, um líquido (fluído
pseudocelômico)
com
grandes
células
(pseudocelomócitos), membranas e tecido
fibroso.
- Líquido tem composição complexa, banha todos
os órgãos internos e constitui-se num esqueleto
hidrostático importante para a movimentação.
- Parede do Corpo: cutícula, hipoderme e
musculatura somática (fora para dentro).
- Aparelho digestivo presente: região labial e
cavidade bucal; esôfago; intestino/reto.
- Aparelho respiratório: presente
- Aparelho circulatório: ausente
- Sistema excretor: quando existe são apresenta
células flamas (recolhem o excesso de água e os
produtos finais do metabolismo das células
vizinhas e, com o fluxo líquido provocado pelos
movimentos dos tufos flagelares, os descarregam
num sistema de canais que ligam tais unidades
excretoras)
-Por esse sistema de canais, a água e os
catabólitos são lançados ao exterior, vertendo por
numerosos poros na superfície do corpo do
animal.
-Sistema nervoso: presente
- Órgãos sensoriais: presente (atuam como
receptores químicos e/ou táteis).
- Aparelho reprodutor: sempre tubulares.
Fêmea: formado por um ou dois tubos de origem
mesodérmica (ovário, oviduto e útero)
- Vagina: origem ectodérmica (abre para o
exterior por uma vulva (forma de fenda), na linha
mediana ventral.
- Didelfo: dois úteros
- Monodelfos: um útero
- Anfidelfo: os úteros são opostos, estendendo-se
no corpo um de cada lado da vulva (mediana)
- Opistodelfo: vulva anterior, os úteros são
paralelos e dirigidos posteriormente.
- Ovos: variável de 50 a 100 nanômetro de
comprimento por 20 a 50 nanômetro de largura.
- Aparelho Reprodutor Masculino: testículo, vaso
deferente e canal ejaculador (abre ventralmente no
reto) formando a cloaca.
- Órgão de cópula: espículos e as papilas genitais.
Testículos :
- Monórquios ( 1)
- Diórquios (2)
- Asas caudais, ou bolsa de cópula destinam-se a
manter os parceiros em posição adequada
durante o ato sexual.
- Espermatozóides não são flagelados.
- Movimento amebóide
- Podem ser alongados, conóides, esferoidais ou
discoidais.
Reprodução
- Maioria: anfimixia (reprodução cruzada).
- Ovípora: desenvolvimento embrionário dá-se
após a postura, fora do corpo do nematóide.
-Ovovivíparos: os ovos ainda no útero já contém
juvenis completamente formados.
Número de ovos:
- EX: Meloidogyne: 2.850 ovos.
- Ovo: nasce um “animal” com todas as
características do adulto, faltando apenas os
órgão reprodutores.
- ciclo ocorre 4 trocas de cutícula ou ecdises,
sendo os períodos entre as duas trocas seguidas
denominadas estádios juvenis.
- 4 ecdise – termina o 4 estádio juvenil e entra na
fase adulta.
- Pode requerer estímulo para nascer (sobreviver
por vários anos)
-Dormência: falta de água (anidrobiose), falta de
oxigênio (anoxibiose) ou temperaturas muito
baixa (criobiose)
-EX: Nematóide do grão do trigo Anguina tritici –
conserva-se vivo, desidratado, interior das “galhas
de sementes” – > 35 anos.
-Principais gêneros:
- Meloidogyne Goeldi,1887
- Família Heteroderidae: formadoras de galhas.
- Meloidogyne exigua - parasito do cafeeiro.
-50 espécies
- M. arenaria, M. incognita, M. coffeicola, M.
graminicola e M. thamesi entre outras.
-Fêmea: corpo globoso, branco leitosa e providas
de pescoço anterior,
- visíveis a olho nú, quando retiradas do interior
de raízes parasitadas.
-Endoparasitas e sedentárias.
-Deposita seus ovos em um único local da raiz
originando aglomerado ou massa “ ooteca”.
- Massas: formadas em meio ao parênquima
cortical (interna) ou sobre a superfície das raízes
(externas) – reúne 400 ou 500 ovos.
- interior do ovo: juvenis do 1 estádio (J1) –
ecdise- J2. migram no solo à procura de raízes
(formas pré-parasitas ou infestantes).
-Penetram:
nas radicelas e se depositam no
cilindro central – imite injeções de secreções
esofagianas através do estilete, forma de 3 a 8
células (nutridoras) – sítio de alimentação – fica
mais robustos, com corpo salsichóide e perde
mobilidade tornando-se sedentário.
- Após J4 forma-se o adulto com estilete e o
esôfago.
- Principais espécies: M. incognita e M. javanica
- Reprodução
partenogênense
mitótica
(populações são constituídas basicamente de
fêmeas, macho apenas em condições ambientais
especiais).
- Machos: corpo vermiforme, alongado e
desprovido de bolsa-de-cópula.
-Sintomatologia:
- Sintomas Diretos:
- Formação de galhas (hiperplasia e hipertrofia
celular no cilindro central e no parênquima
cortical).
- Redução no volume do sistema radicular.
- Descolamento cortical ou descorticamento
- Raízes digitadas
- Rachaduras.
-Sintomas reflexos
- Tamanho desigual de plantas/ formando
reboleiras;
-Fome de minerais;
-Murchamento;
-Desfolhamento;
-Mudanças em características varietais;
-EX: cana de açúcar menor perfilhamento e/ou
redução no comprimento dos internódios;
-Diminuição na produção.
Exemplo: Nematóide das galhas (Meloidogyne
exigua)
Danos: Causa a formação de pequenas galhas nas
raízes finas do cafeeiro.
O sistema radicular apresenta-se reduzido,
afetando a absorção de água e nutrientes.
Quando a infestação é severa, as folhas caem nos
períodos mais secos e frios.
Controle: O controle do nematóide do gênero
Meloidogyne é muito dispendioso, principalmente
devido ao fato de que a erradicação é
praticamente impossível.
O sucesso do controle em áreas infestadas
depende de um conjunto de medidas associadas,
visando
principalmente
reduzir
o
populacional e impedir a sua multiplicação.
nível
Recomenda-se a utilização de mudas sadias e a
limpeza das ferramentas e máquinas agrícolas
antes de executar trabalhos nas áreas ainda não
infestadas.
Executar
adubação
verde
nas
entrelinhas,
utilizando plantas que inibem a reprodução, e
retirar do campo as plantas daninhas hospedeiras
dos nematóides.
Nematóide das galhas (Meloidogyne exigua)
-Gênero Pratylenchus Filipjve 1936
-Nematóides das lesões radiculares.
-10 espécies
- Todos os juvenis e adultos - vermiformes,
movimentando-se intensamente.
-Fêmeas: depositam seus ovos isoladamente no
solo ou no interior das radicelas parasitadas.
-J2- já inicia o parasitismo.
-Infestação no parênquima cortical.
- Injeção secreções esofagianas no interior das
células.
- As células sofrem invasão por fungos/bactérias
do solo – aparece muitas lesões necróticas típicas
de coloração escura.
- Após J4 forma os adultos.
- Machos: são normais, abundantes ou não.
- Reprodução: anfimítica ou partenogenética.
-Duração do ciclo: 3 a 6 semanas.
-Sintomatologia:
- Sintomas Diretos: não há formação de galhas.
-Sistemas radiculares reduzidos, pouco volume e
rasos.
- Na radicelas presença de áreas necrosadas
restritas o cortex.
- Sintomas reflexos: reboleiras.
Ex: Cultura do milho descrita no Brasil, em função
da patogenicidade desta, de sua distribuição e da
alta densidade populacional, é Pratylenchus zeae.
Danos: as raízes ficam engrossas e menos eficiente
na absorção de água e nutrientes da solução do
solo podendo apresentar, também, pequenas
galhas.
- Crescimento reduzido, apresenta sintomas de
deficiências minerais e a produção é reduzida.
Plantas de milho atacadas apresentam a sua parte
aérea enfezada e clorótica, sintomas de murcha
durante os dias quentes, com recuperação à noite,
espigas pequenas e mal granadas.
- Esses sintomas dão à cultura do milho uma
aparência de irregularidade, podendo aparecer
em reboleiras ou em grandes extensões.
Controle:
- Cultivares resistentes
- Rotação de cultura com espécie botânica não
hospedeira
do
nematóide
também
é
recomendada.
- Crotalaria juncea possui alto potencial de
multiplicação de Pratylenchus spp., enquanto que
a rotação com mucuna preta (Mucuna aterrima)
diminui as populações iniciais de Pratylenchus spp.
O controle químico dos nematóides parasitas do
milho depende da disponibilidade de produtos
registrados no MAPA, bem como da análise
econômica da utilização desta tecnologia.
Esta forma de controle permite aumentos na
produção de grãos em 39%, em área naturalmente
infestada por Pratylenchus zeae.
- Gênero Radopholus
- Família Pratylenchidae, 26 sp.
-Radophulus similis (nematóide cavernícola) –
apresenta todos os estádios juvenis e adultos de
corpo vermiforme – endoparasito migrador.
-Formas
ativas
(exceto
machos
não
são
fitoparasitos) – iniciar a infestação nas raízes ou
nos rizomas da bananeira.
- Fêmeas: depositam os ovos isoladamente ou em
pequenos grupos – meio do parênquima cortical
das raízes.
-Ovopisição: também pode ocorrer no solo.
-Ovos eclodem J2 – 3 ecdises - adulto.
-Dimorfismo sexual:
-Fêmea: providas de forte estomatostílio e esôfago
completo (parasitas).
-Machos: possuem estilete muito pequeno e
delicado e esôfago degenerado.
-Reprodução: anfimixia, partenogênese (pode
ocorrer).
- Ciclo: duração de 3 a 4 semanas.
-Tipo de parasitismo: penetram e abandonam
sucessivamente as raízes da bananeira, destruindo
grande número de células do córtex durante a
movimentação.
-Lesões necrótica: pardo-avermelhada, escuras á
medida que microrganismos do solo.
-Sintomatologia:
- Sintomas Diretos: manchas alternadas de áreas
necrosadas e sadias.
-Raízes: lesões profundas de cor avermelhada.
-Rizomas: áreas necróticas rasas.
- Sintomas reflexos: tombamento de muitas plantas
– elevação do pseudocaule e sistema radicular
escasso.
Danos: As raízes e rizomas atacados apresentam
extensas
áreas
necróticas,
de
coloração
avermelhada, resultantes da alimentação dos
Juvenis e fêmeas, que ao se alimentarem das
células corticais, as tornam necrosadas.
Este problema é agravado pelo movimento
contínuo do nematóide no tecido.
- As raízes tornam-se necrosadas, podendo ocorrer
o tombamento de plantas.
Controle: As principais medidas de controle a
serem tomadas são o plantio de material sadio e
de boa procedência e a escolha de local isento do
patógeno .
-Gênero Tylenchulus cobb, 1913
-Família Tylenchulidae
-T. semipenetrans (nematóide dos citros)
-Fêmeas ectoparasitas sedentárias, massas de ovos
sempre externamente ás radicelas infestadas
(centenas de ovos).
-Eclodem J2 masculinos ( 25%) e femininos (75%) de
corpo vermiforme.
- Machos: não são fitoparasitas.
- Fêmea: nas radicelas penetram parcialmente,
localizando a região anterior do corpo ao nível do
córtex mais profundo – iniciando o parasitismo com
formação de conglomerados de células nutridoras,
não hipertrofiadas.
-Ciclo: 6 a 8 semanas.
-Sintomatologia:
-Sintomas Direto: infestação restringe-se ás
radicelas exibem coloração mais escura.
-Não há formação de galhas.
-Sintomas reflexos: crescimento lento, enfezadas
com folhas amarelecidas e produção de frutos
retardados.
Manejo
dos
nematóides
dos
citros
- Utilização de mudas isentas dos nematóides
- Plantio em áreas não-infestada
- Utilização
de
porta-enxertos
tolerantes,
atualmente,
resistentes
disponíveis
para
ou
T.
semipenetrans.
- Medida de exclusão: Evitar a utilização de
implementos e o trânsito de máquinas, com solo
infestado aderido a eles.
- Novos plantios, em áreas isentas dos nematóides, o
controle deve começar evitando-se que a praga
chegue à propriedade.
- Mesmo assim, as vantagens de se utilizarem mudas
isentas são inquestionáveis.
No caso da renovação de velhos pomares
infestados, o produtor deverá fazer o manejo da
área por um a dois anos, antes de fazer um novo
plantio de citros.
No caso de pomares já infestados, o citricultor terá
que fazer o manejo químico da praga, anualmente.
O nematicida aldicarb é o único registrado para
citros no Brasil e tem mostrado eficiência no
controle dos nematóides dos citros. Recomenda-se
que o produtor faça uma aplicação anual, logo no
início do período chuvoso.
-Gênero Rotylenchulus Linford & Oliveira
-Família Hoplolaimidae.
-10 espécies
-Nematóide reniforme
-Culturas: abacaxi, café, soja, feijão e outras.
- R. reniformis – ectoparasitas sedentários formam
massas de ovos ( 50 a 120 por massa), superfície
das radicelas do algodoeiro .
- Após a eclosão os juvenis machos permanecem no
solo sem se alimentar até originar os machos
vermiformes e não fitoparasitas.
- Fêmea: desenvolvem no solo, sem se alimentar –
fêmea sexualmente imatura ainda vermiforme.
- penetram até o periciclo - células nutridorastornam-se sedentárias – forma de um rim.
-1 a 5 são observados ao redor de cada fêmea –
reprodução anfimixia.
- Ciclo: 17-23 dias
-Sintomatologia:
-Sintomas Diretos:
-Não há formação de galhas
-Sistema
radicular
pobre
tonalidade clara.
-Sintomas reflexos: reboleiras.
com
radicelas
de
Controle
- Rotação/sucessão com culturas não hospedeiras
- Utilização de cultivares resistentes.
-Das plantas cultivadas no outono/inverno e
utilizadas como coberturas em sistemas de
semeadura direta, são resistentes a braquiária, o
nabo forrageiro, o sorgo forrageiro, a aveia preta, o
milheto e o capim pé de galinha.
- Evitar o cultivo de amaranto e quinoa.
- Gênero Heterodera Schmidt
- Família Heteroderidae
- H. glycines (Nematóide do cisto da soja -NCS) –
soja.
-Ciclo de vida/relação parasito-hospedeiro
- ovos – J2 (vermiformes e móveis) – estádio
infestantes.
-J2 – corpo alongado e avantajado, estilete mais
robusto e cauda de diferente conformação.
- Cilindro central inicia as células nutridorasendoparasitas sedentários.
- J2 – mais robustos (salsichóide) – J3 e J4 (já
possuem estilete e esôfago normal).
-J4- forma-se fêmeas di(pro) delfas- corpo forma de
limão- fora das raízes mantendo-se presas pela
região esofagiana ou “pescoço- tonalidade branca
ou fracamente amarelada.
- Ovos no interior dos úteros sendo parte deles (1 a
200) pode ser liberada para fora do corpo em massa
gelatinosa.
-Cistos: (400-500 ovos) de coloração pardo escura
(tanagem da cutícula) – ovos permanecem viáveis
por 8 anos ou mais.
-Reprodução: anfimixia.
-Ciclo: em média 1 mês.
-Sintomatologia:
-Plantas de porte reduzido e cloróticas, agrupadas
em manchas ou reboleiras de formato ovalado.
- 5 a 6 semanas: observa fêmeas parasitando as
raízes.
Controle:
- Erradicação é praticamente impossível.
Algumas medidas ajudam a minimizar as perdas,
destacando-se a rotação de culturas com plantas
não hospedeiras e o uso de cultivares resistentes,
sendo o ideal a combinação dos dois métodos.
COMO SE DÁ A DISSEMINAÇÃO DO NEMATÓIDE?
A disseminação do nematóide de cisto da soja de
uma área para outra ocorre com muita facilidade,
devendo ser tomadas algumas medidas de
prevenção, tais como:
1.Caso haja estrada com trânsito intenso cortando
a propriedade, cultivar uma pequena faixa de cada
lado com culturas não hospedeiras do nematóide,
como pastagens, cana-de-açúcar, milho, algodão,
sorgo ou girassol.
2.Em caso de utilização de equipamentos alugados
(arado, grades, tratores, colhedoras) fazer lavagem
destes equipamentos para eliminação da terra
aderida aos mesmos.
Esta
lavagem
deve
ser
feita
antes
dos
equipamentos adentrarem na propriedade.
3.Sempre que possível fazer semeadura direta,
evitando-se com isso a movimentação do solo.
4.Utilizar sempre sementes beneficiadas, que não
contenham torrões de terra, pois estes podem
estar alojando o nematóide de cisto.
5.Ao constatar a presença do nematóide em algum
ponto da cultura, prepare por último o solo neste
local e, após os trabalhos, lavar todos os
equipamentos utilizados.
SINTOMAS DA PRESENÇA DO NEMATÍODE DE
CISTO DA SOJA
O nematóide de cisto se aloja nas raízes da planta
dificultando a absorção de água e nutrientes, em
conseqüência as plantas podem apresentar
sintomas de desnutrição, mesmo que o solo
esteja bem adubado.
- Assim nas áreas onde o nematóide está
presente, é comum observar-se mancha na
lavoura (reboleiras) com plantas pequenas,
amarelas, com poucas vagens ou mortas.
Danos
- Redução no desenvolvimento das plantas que
ficam com todos os órgão com tamanho reduzido,
necrose nas folhas e raízes, tubérculos e bulbos
mal formados, coloração anormal em folhas e
flores.
- Além disso, deprecia o valor econômico dos
vegetais.
Os danos causados pelos nematóides são
principalmente:
- redução no desenvolvimento das plantas que
ficam com todos os órgão com tamanho reduzido,
- necrose nas folhas e raízes,
- tubérculos e bulbos mal formados,
- coloração anormal em folhas e flores.
- deprecia o valor econômico dos vegetais.
- Formas de Disseminação à longas distâncias
são: erosão de solos pela água da chuva,
comercialização
de
substrato
contaminados,
descarte
de
ou
vegetais
substratos
contaminados.
- Controle preventivo certamente é o mais eficaz e
econômico contra esta praga.
Perdas Agrícolas
EX: nematóide das plantas cítricas (laranjeiras e
limoeiros), Tylenchulus semipenetrans, que supõese causar ao redor de 12% de redução da
produção mundial, a cada ano.
Perdas de 5 a 35%, em média, é o caso de cenoura
em área infestada por espécies do gênero
Meloidogyne, de algodão em glebas infestadas por
Rotylenchulus reniformis e de tantos outros.
Controle:
O controle preventivo certamente é o mais eficaz
e econômico contra esta praga.
O uso de substrato livre de nematóides, bem
como aquisição de plantas sadias, destruição de
restos de plantas infectadas.
- Plantas antagônicas aos nematóides como
crotalárias, que tem potencial uso ornamental
e/ou Tagetes
- Ainda, a falta de umidade interrompe o ciclo da
praga, de forma que secar ao sol o substrato é
uma eficaz medida de controle.
Furadan é um nematicida/inseticida registrado em
várias formulações para inúmeras culturas de
importância econômica. Com ingrediente ativo de
amplo espectro, altamente eficaz no controle de
nematóides e outras pragas de difícil controle.
É o único nematicida registrado para todas as
espécies de importância econômica nas culturas de
cana, arroz, milho, batata, tomate, fumo e outras.
Não existindo substituto com mesmo espectro.
Furadan 350 SC possui a formulação líquida que
proporciona a distribuição uniforme no sulco do
plantio
com
disponibilidade
proposto.
alta
precisão na
imediata
para
aplicação
o
e
tratamento
O Nemat é um Nematicida Microbiológico
formulado a partir do fungo Paecilomyces lilacinus
Pae 10 registrado no Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - MAPA, para o controle
do nematóide-das-galhas (Meloidogyne sp.).
O Paecilomyces é um fungo que pode ser
encontrado naturalmente em diversos tipos de
solo.
Ele se caracteriza por afetar diretamente a
capacidade reprodutiva dos nematóides.
Seja parasitando os ovos, onde ele penetra e
destrói o embrião, ou atacando as fêmeas
sedentárias, que são colonizadas e mortas.
Meloidogyne javanica - (nematóide-das-galhas, meloidoginose) - CANA-DE-AÇÚCAR
| TOMATE
Pratylenchus zeae - (nematóide-das-lesoes) CANA-DE-AÇÚCAR
Método para a coleta de amostras de solo e/ou
raízes para análise de nematóides
O BOM SENSO é imprescindível para a coleta de
amostra para análise nematológica
-As amostras devem conter solo e raízes com
sintomas de injúrias ou galhas que forem
encontradas.
Procedimento - Coletar as amostras de solo com a
umidade natural (aproximadamente 60%), E
EVITAR a todo modo que elas cheguem secas ou
encharcadas ao laboratório.
- As amostras devem conter solo (aproximadamente
500g) e raízes (aproximadamente 50 g).
Durante a amostragem, deve-se caminhar em ziguezague no local, coletar amostras junto às plantas
com sintomas moderados, evitando-se aquelas
muito atacadas (se houver manchas ou reboleiras,
amostrar em suas periferias ou margens,
especialmente se os sintomas forem muito severos
nas plantas da parte mais central das reboleiras).
Além da amostragem nas reboleiras, pode-se fazer
também, separadamente, amostragens nas áreas
fora das reboleiras (áreas aparentemente sem
problemas), constituindo assim dois tipos de
amostras.
FIGURA 1. Modo de coletar subamostras de solo e
raízes, andando em ziguezague, na área ou talhão
com culturas e com área apresentando sintomas
-Cada amostra composta deve ser formada por
subamostras coletadas em áreas com o mesmo
histórico (principalmente quanto a tipo de solo,
topografia e histórico agrícola).
-As subamostras devem ser postas em um balde
grande e bem misturadas de modo a constituir
amostra
composta
representativa
da
área.
- Se a área for muito grande, mesmo que
aparentemente homogênea, recomenda-se dividila em quadrantes de 2 hectares a 10 hectares
selecionar pelo menos 5 a 10 quadrantes e retirar
uma amostra composta de cada quadrante
selecionado.
- O solo deve ser aberto em forma de V, da
superfície até 25 a 30 cm de profundidade e
retirada a lâmina lateral (Figura 2).
FIGURA 2. Profundidade e modo de coleta de amostra de solo.
- Colocar as amostras em sacos plásticos, fechar
bem para evitar a perda de umidade e identificálos.
-Fazer uma ficha de campo contendo o maior
número possível de informações, tais como:
-Local e data da coleta,
-Nome e telefone do proprietário,
-Cultura atual e anteriores,
-Tipo de solo e
-Outros
dados
que
julgar
necessários.
- Fazer um croqui da(s) área(s) amostrada(s), para
facilitar a identificação das amostras.
- Enviar as amostras o mais rápido possível.
-Não deixá-las em ambiente aquecido pela
exposição ao sol.
-Se precisar, pode-se armazenar por pouco tempo
na parte inferior de uma geladeira comum (gaveta
de verduras), ou em caixas de isopor.
- Melhor época para amostragem:
Soja: A época ideal para a coleta de amostra para
análises nematológicas é do período de
florescimento, até a colheita da cultura.
Algodão: A população de nematóides aumenta
durante o ciclo da cultura do algodão, atingindo
seu pico no final do ciclo. Sendo assim, a melhor
época para a coleta de amostras é do meio para o
final do ciclo de algodoeiro, quando a população se
torna mais expressiva.
Milho: O período que vai do florescimento até a
colheita também é o período ideal para a coleta de
amostra para análise nematológica.
Análise na entressafra: esse tipo de amostragem
não elimina a necessidade de realizar também a
amostragem na época de florescimento da cultura.
Heterodera glycines (cisto): O período da
entressafra é ideal para se fazer a análise de
contagem de cisto do gênero Heterodera sp.,
análise essa que pode dar idéia das condições de
infestação populacional do campo e proporciona
condições da adoção imediata de métodos de
controle. Essa análise pode ser feita no mesmo
período de sua habitual análise de solo, utilizando
inclusive a mesma amostra só aumento as
quantidades na coleta.
Pratylenchus brachiurus (lesões):A análise na
entressafra se tratando desse gênero de nematóide
pode ser realizada no solo coletado na área em
questão e também pode ser feita em raízes de
plantas invasoras que na sua grande maioria são
hospedeiras
do
nematóide
das
lesões.
Constatando-se a presença de P. brachiurus é
necessário que essa análise seja refeita na ocasião
da cultura já instalada para se avaliar os
verdadeiros parâmetros da infestação e só então
adotar a melhor prática de manejo.
Meloidogyne sp. (galha): Como no nematóide das
lesões, as análises no período da entressafra para
Meloidogyne sp. pode ser feita no solo e em
plantas invasoras que estiverem na área. Os
resultados obtidos nessas análises, devido ao ciclo
de vida desse gênero, podem ser colocados como
base para a adoção de métodos de controle para a
próxima safra, lembrando que já são muitas as
variedades resistentes que se encontram no
mercado.
Borreira verticillata
Brassica campestris L.
Poaia
Mostarda
Soja
Soja
M.javanica
M.javanica
Capim pé de galinha
Soja
M.javanica e M.incognita
Amendoim bravo
Soja
M.javanica
Fazendeiro
Soja
M.javanica e M.incognita
Ipomoea aristolochiaefolia
Corda de viola
Soja
M.javanica e M.incognita
Ipomoea spp.
Corda de viola
Soja
M.javanica e M.incognita
Rubim
Soja
M.javanica e M.incognita
Phylanthus corcovadensis
Quebra pedra
Soja
M.javanica e M.incognita
Sida spp.
Talinum patens
Guanxuma
Maria Gorda
Soja
Soja
M. incognita
M.javanica
Commelina erecta
Trapoeraba
Soja
M.javanica e M.incognita
Portulaca oleracea L.
Beldroega
Soja
M.javanica e M.incognita
Bidens pilosa
Picão
Soja
Pratylenchus brachiurus
Panicum maximum
Guiné
Soja
Pratylenchus brachiurus
amendoim forrageiro
Soja
Pratylenchus brachiurus
Eleusine indica
Euphorbia prunifolia Ca.
Galinsoga parviflora
Leonorus sibiricus L.
Arachis pintoi
O sintoma típico provocado por espécies de nematoides do gênero Meloidogyne é:
A) apodrecimento de raiz.
B) murcha.
C) mancha foliar.
D) formação de galhas.
2) O nematoide Bursaphelenchus cocophilus provoca uma doença de grande
importância econômica na cultura:
A) Mangueira.
B) Coqueiro.
C) Bananeira.
D) Maracujazeiro.
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nematóides