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Raul Santos
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Segunda-feira
18 Julho de 2007
Segunda-feira
6 Abril de 2009
Gratuito
Massimiliano Schiazza/ANSA/EPA
Itália chora
mais de 90 mortos
OPINIÃO
Colóquio
Lá em casa: uma “escola
paralela”
Relação entre literatura e
rock alvo de debate
Manuel Pinto
Expliquem-lhe
Raquel Abecasis
» Pág.4
A relação entre o rock e a literatura está em
debate – de hoje até quarta-feira - num colóquio que decorre na Faculdade de Letras de
Lisboa. Não é comum, em Portugal, colocar o
rock português no centro de um evento académico. » Págs.2 a 3
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» Págs.9 a 10
02
Rock português vai à universidade
Coisa rara em Portugal: o rock português é alvo de um evento académico. Até quarta-feira,
na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, discute-se a relação entre o rock e a literatura. Ao contrário do que acontece noutros países, o tema não tem sido suficientemente
estudado em Portugal, justifica a organização.
» Pedro Rios e Filipe d’Avillez
O rock e as suas relações com a literatura estão em discussão desde hoje e
até quarta-feira na
Faculdade de Letras
da Universidade de
Lisboa (FLUL). Organizado pelo Centro de
Estudos de Teatro da
FLUL, o colóquio “Poéticas do Rock em Portugal” propõe reflexões em torno
de uma “literatura menor”, com muitos especialistas,
letristas e músicos.
O tema tem andado arredado da academia portuguesa
e do cânone literário, diz Golgona Anghel, da organização. Esta “dicotomia” entre alta cultura e a baixa cultura está enraizada no pensamento ocidental. “Vem de
Platão, que faz a diferença entre original e simulacro,
entre original e cópia”, diz. E é no grupo das cópias
que as instituições que legitimam a arte (entre as quais
a universidade) tem colocado a arte popular.
O colóquio tem o objectivo de “desfazer essa dicotomia” e “tentar trazer os simulacros à superfície”. Afinal, sustenta Anghel, as “cópias” podem ser tão importantes como a literatura maior. “A literatura também
tem em vista ter um efeito. Desse ponto de vista talvez
não haja diferença entre literatura maior e literatura
menor - ambas procuram ter ressonâncias. Se um camionista vai cantarolando [a canção de Jorge Palma]
‘Encosta-te a mim’, isso é tão importante como estar a
ler um soneto de Camões”, exemplifica.
“Pouco se sabe sobre cultura popular e os textos da
músicas em Portugal. Decidimos pôr outras pessoas a
pensar sobre isto”, refere.
No colóquio, estarão músicos como JP Simões, Fer-
Rock, por amor a Deus
“Agora já sei, quem é a solução / está
comigo, no meio da aflição / não me
abandona, por mais que eu possa pensar / não estou sozinho, Ele está em
todo o lugar.” Poderia ser a letra de
apenas mais uma música de igreja,
mas quem vê o videoclip destes quatro
portugueses, sem conhecer a fé que os
move, será apanhado de surpresa pelo
teor das letras que surgem por cima de
um ritmo rock de boa qualidade.
Os Feedback são apenas uma das várias bandas assumidamente cristãs que
existem em Portugal, representantes
lusitanos de um género que na América
move legiões de fãs.
Mas exactamente o que é que é uma
banda cristã? A definição não é simples.
Os Feedback, e outros, como os Kyrios,
os Sopro de Vida, Héber Marques e os
Terceira Margem, não deixam espaço
para dúvida nas suas letras. Mas o que
dizer dos Pontos Negros, uma banda em
clara ascensão, de música generalista
mas composta por cristãos convictos?
Ou os Simplus, um dueto de católicos
praticantes com algumas músicas religiosas e outras não?
Para Tiago Guillul, a principal referên-
cia no mundo da música moderna cristã
em Portugal, “esta é discussão antiga.
Para tentar não dispersar eu diria que
uma banda cristã é aquela que assume que a fé é um aspecto fundamental para a música que faz”. O dono da
editora FlorCaveira – uma verdadeira
ponte entre o mundo da música moderna e a religião – é bastante crítico
em relação à maioria das bandas que se
limitam, nas suas palavras, a “transpor
tonalmente sermões”, lembrando que
“por ter melodia não quer dizer que
chegue a ser música. Em cada igreja
evangélica no país há potencialmente
uma banda cristã a ensaiar no salão de
culto. Mas, infelizmente ,são projectos
que funcionam em circuito interno e o
resultado é fraco”.
O próprio reconhece que também pas-
sou uma fase em que fazia aquilo que
hoje critica: “com 15 anos comecei a
minha primeira banda o intuito era a
tal transposição tonal de sermões. Uma
coisa terrivelmente panfletária onde
as letras eram teologia fast food e a
música um decalque das nossas bandas preferidas. O que tornou as coisas
divertidas é que como sempre fomos
maus imitadores o que saía enfermava sempre de alguma originalidade”.
Hoje, a perspectiva é diferente: “Sou
um cristão que faz música. E terei orgulho se chamarem cristã à música que
faço”.
No panorama internacional, e apesar
de existir uma banda cristã em praticamente cada canto do planeta, desde heavy metal ortodoxo na Rússia, a
música gótica luterana na Finlândia, os
nomes mais fortes ainda vêm dos EUA:
“Desde o pai Larry Norman que morreu
recentemente, aos Stryper, até aos que
vão suavizando a sua confessionalidade
assim que as vendas chegam, como os
P.O.D. ou mesmo a Katy Perry. Estes são
exemplos muito animadores”, afirma
Guillul, “de que o Diabo não tem de ter
toda a boa música”.
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DESTAQUE
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Colóquio
GRUPO RENASCENÇA, 2009
Arte menor
Adolfo Luxúria Canibal concorda com a ideia de “menoridade” literária aplicada ao rock. Mas vinca que “as
coisas nunca são estanques”, assistindo-se a diversas
contaminações entre universos. Um exemplo é “Maldoror”, o espectáculo que os Mão Morta apresentaram no
ano passado, baseado no poema “Contos de Maldoror”,
do Conde de Lautréamont (o pseudónimo de Isidore
Ducasse), publicado em 1869. “Maldoror” será um dos
temas em análise no colóquio, amanhã.
Também Carlos Tê aceita, sem reservas, o rótulo de
arte “menor”. Há “muito poucas excepções”, constata. “No âmbito da música expressa em português abro
uma excepção bastante grande para o Chico Buarque,
em que a parte poética ultrapassa a de letrista”.
Joe Mabel
03
Greil Marcus é um dos participantes do colóquio
À margem do colóquio haverá diversas actividades, sempre em torno do rock. Hoje, às 21h30, Greil Marcus, crítico norte-americano, autor de “Like a Rolling Stone”,
sobre Bob Dylan, estará na Cinemateca. Na sessão, serão
exibidos dois filmes: a curta-metragem “Lisbon calling,
de Anna da Palma, e “The Great Rock’n Roll Swindle”, o
filme que Julien Temple fez com os Sex Pistols, em 1980.
Amanhã e quarta-feira, pelas 22h00, há concertos no lisboeta Maxime (Michka Assayas e Tiago Guillul, amanhã;
Jorge Ferraz, Ana Deus e Nuno Moura, na quarta).
Até quarta-feira, na FLUL, é possível ver a exposição
“No Tempo do Gira-Discos: Um Percurso pela Produção
Fonográfica Portuguesa 1960-1980”, com capas de discos
de artistas como Simone de Oliveira, Carlos do Carmo,
Sheiks, José Cid e José Afonso.
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DESTAQUE
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“É um facto que o rock é um
género onde a poesia é indissociável da música – tratam-se
de textos para serem ouvidos.
Contudo, acreditamos que esta
poesia podia ser abordada independentemente da música”,
referem os organizadores do
colóquio.
Carlos Tê, que é conhecido,
Letras de músicos como JP sobretudo, pelas letras que
Simões, Jorge Palma e Mão escreveu para Rui Veloso, exque quando se escreve
Morta estão em destaque plica
uma letra para uma canção
no programa do colóquio “há sempre umas pequenas algemas”. “Não há a liberdade
que há num poema”, diz.
Daí que Tê – cujas “canções
teatrais” serão abordados por
Jorge Louraço no colóquio nando Ribeiro, Jorge Ferraz, Paulo Furtado, Tiago tenha sempre resistido a ver as suas letras em livro.
Guillul e Manuel João Vieira. Entre os temas dasdas co- “Acho que não resistiriam”, diz. “Elas funcionam semmunicações estão o “cabaret-circo futuro-dadá de Rui pre, mas ficam demasiado desprotegidas enquanto
Reininho”, o rap português, a “revolução sintáctica” objectos literários. Demonstram a sua fragilidade na
dos Mler Ife Dada, a influência da censura no rock por- página ou ao serem lidas”.
tuguês feito durante o Estado Novo e a “intervenção Carlos Tê recorda que o rock descende dos blues,
divina” no rock nacional.
“canções feitas por iletrados”, e esse cordão umbiliO encontro “procura propiciar a análise de traços te- cal determina a sua natureza: “Por muito que se temáticos, retóricos, estilísticos e composicionais de um nha conseguido uma sofisticação, privilegia-se sempre
autor ou de um movimento, assim como também ava- a melodia”.
liar as visões do mundo que transparecem nas suas leConcertos e outras actividades
tras”, diz a organização na apresentação do encontro.
“Este colóquio é original em terras lusas”, elogia Adolno programa paralelo
fo Luxúria Canibal, vocalista dos Mão Morta, um dos
participantes. “A questão da palavra na música rock
é uma matéria ‘academizada’ há muitos anos, desde
os anos 60, nos Estados Unidos ou na Inglaterra. Em
Portugal ainda é matéria virgem. Os académicos ainda
não olharam para as manifestações de baixa cultura e
para as suas contaminações com a alta cultura”. “Em
Portugal, a Universidade foi sempre mais conservadora”, concorda o letrista Carlos Tê, que detecta, por
outro lado, uma maior abertura da academia às várias
culturas urbanas.
GRUPO RENASCENÇA, 2009
OPINIÃO
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04
Lá em casa: uma “escola paralela”
Manuel Pinto
Professor da Universidade do Minho
Se as crianças portuguesas de idades compreen- infância sobretudo de manhã, quando a maioria
didas entre os 4 e os 14 anos passam, em média, das crianças está a essa hora na escola. A RTP2 é o
quase três horas diárias a ver televisão, não de- canal que mais diversifica, em termos de temas e
verá isso ser motivo de desassossego? Que vêem de manchas horárias. Mas tem uma programação
elas? Que tipos de programas preferem? Que muito orientada para a idade pré-escolar (o que,
oferta encontram nas grelhas dos diferentes ca- sendo em si mesmo positivo, deixa outros grupos
nais? Com que critérios se escolhe essa progra- etários a descoberto). A SIC e, sobretudo, a TVI
mação? De onde vêm os programas? Que histórias inovaram, nos últimos anos, com a introdução de
contam? Que personagens, situações
novelas juvenis. Mas, sobretudo este
e valores enfatizam?
último canal, com Morangos com AçúQuem se ocupa
Bem vistas as coisas, é todo um currícar, acaba por oferecer um “prato”
culo alternativo à família e à escola desta “escola
quase único (e problemático do ponque aqui está em causa. E aparente- paralela”
to de vista do conteúdo – ainda que
mente, são poucos os sinais de preo- domiciliária, à
este aspecto não tenha sido estudado
cupação e de exigência relativamente qual as crianças
aqui).
a esta matéria.
Há esforços muito positivos, como
dedicam tanto
Parte destas interrogações encontra
“A Ilha das Cores”, na RTP2, a par de
resposta num estudo que um grupo ou mais tempo
medidas execráveis, como é o facto
de investigadores da Universidade do que à escola
de a TVI meter um programa de Wresdo Minho acaba de realizar para a formal?
tling no meio de desenhos animados,
Entidade Reguladora para a Comuniao sábado de manhã. Finalmente, em
cação Social (ERC), sob coordenação
quase um terço dos programas surda Prof. Sara Pereira e no qual tive o gosto de gem conteúdos educativos tematizados de forma
participar também.
interessante, o que deveria merecer outra atenAlguns resultados apurados, a partir da análise ção e apoio da parte dos pais e educadores.
de mais de três mil programas emitidos entre Ou- Quem se ocupa desta “escola paralela” domicitubro de 2007 e Setembro de 2008: no seu con- liária, à qual as crianças dedicam tanto ou mais
junto, a RTP, SIC e TVI emitem programas para a tempo do que à escola formal?
Expliquem-lhe
Afinal para que serve um Presidente da Republica
num regime semi-presidencialista como o nosso?
A pergunta faz cada vez mais sentido, à medida que
os acontecimentos vão tornando os cidadãos descrentes das instituições em que é suposto confiarem
como garantes da saúde do regime democrático.
Ninguém espera que o Presidente seja apenas uma
figura decorativa ou uma espécie de avô babado do
regime, que se limita a dar conselhos de bom senso,
com a desculpa de que não tem poderes para mais.
Ao mais alto magistrado da nação exige-se que
exerça as suas funções com zelo e imaginação, para
saber interpretar os seus poderes de modo a que
eles sejam úteis, como de resto, fizeram os vários
presidentes do regime democrático.
Numa altura em que falha o entendimento institucional entre partidos, em que a crise económica
ameaça deixar o país num estado lastimável e quando os principais responsáveis da nossa justiça dão
um triste espectáculo ao país, deixando em todos a
sensação de que a independência da justiça é uma
farsa, todos lamentam o silêncio e a inoperância
presidencial.
Nos tempos que vão correndo, muitos portugueses
recordam com saudade os tempos em que o dr. Soares chamava à pedra o governo Cavaco ou aqueles
em que o dr. Sampaio punha os pontos nos “is” com
os governos de Guterres e Santana Lopes.
Alguém deve, urgentemente, explicar ao dr. Cavaco
que nem só de Estatuto dos Açores vive o país.
Raquel Abecasis
GRUPO RENASCENÇA, 2009
05
Caso Freeport
Nova estrutura tomou posse
Segredo de justiça foi
prolongado
A nova estrutura directiva da Polícia Judiciária (PJ) tomou hoje posse
O coordenador superior José Brás constitui a principal novidade. Brás vai
liderar a directoria de Lisboa, depois de ter estado à frente da Direcção
Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes, entre 2002 e 2007.
Colocou o cargo à disposição na sequência de um escândalo de desvio de
verbas apreendidas em operações anti-droga. A autora do crime, a excoordenadora Ana Paula Matos, foi condenada, na última semana, a sete
anos e meio de prisão por quatro crimes de peculato.
O director nacional da PJ, Almeida Rodrigues, optou por escolher apenas
dois directores nacionais adjuntos: o procurador Pedro do Carmo e Manuel
Ferreira, que será responsável pela parte financeira.
José Eduardo Ferreira Leite que, na altura da direcção de Santos Cabral,
dirigiu o Combate ao Banditismo, vai agora chefiar a Unidade Nacional de
Combate ao Tráfico de Estupefacientes.
Luís Neves e Moreira da Silva continuam à frente da Unidade Nacional Contra-Terrorismo e da Unidade de Combate à Corrupção, respectivamente.
Baptista Romão mantém-se na Directoria do Porto, tal como Rui Almeida
na de Coimbra.
O segredo de justiça na investigação ao caso Freeport foi prolongado, de acordo com informação
avançada hoje pelo diário “Correio
da Manhã”.
O jornal diz que o juiz de instrução criminal Carlos Alexandre decidiu autorizar o prolongamento
do segredo de justiça até Junho de
2010.
O argumento utilizado foi a especial gravidade dos crimes em investigação.
Meteorologia
Páscoa com chuva
Lisboa/Hospital S. Francisco Xavier
Regresso lento à normalidade
A normalidade plena ainda não está de volta ao Hospital S. Francisco Xavier, depois do incêndio da última noite. Esta manhã, a Urgência estava a
funcionar condicionada, ao mesmo tempo que se procurava superar dificuldades ligadas à comunicação entre os diversos sectores da unidade.
O Director da Urgência, João Gamelas, explicou à Renascença que não
estavam ainda reunidas condições para receber doentes em estado grave.
O médico defendeu, entretanto, que o cenário de emergência foi resolvido
de acordo com o plano previsto para esses cenários.
Ainda na última noite, a ministra da Saúde visitou o S. Francisco Xavier,
tendo afirmado que os hospitais do país têm planos de emergência treinados, o que possibilita responder prontamente a acidentes. “O plano de
emergência treinado foi accionado em muito pouco tempo e com resultados positivos”, disse a ministra, considerando, assim, que o processo de
resposta “não correu mal”.
Confrontada com as queixas de falta de informação, feitas pelos familiares
dos doentes, Ana Jorge referiu que, inicialmente, se desconhecia a dimensão do fogo, tendo sida dada prioridade à retirada dos doentes: “Entendo
os familiares, mas a primeira preocupação foi conseguir um lugar para os
cerca de 150 doentes”.
O incêndio de ontem deflagrou às 19h40, na cozinha do edifício central.
Lousada
ERS diz que falta de médicos será resolvida
A Entidade Reguladora da Saúde diz que a Administração Regional de Saúde
do Norte irá tentar resolver a questão da falta de médicos de família em
Lousada. De acordo com uma denúncia do candidato do PSD às Autárquicas, Leonel Vieira, mais de 4500 utentes, 10% da população do concelho,
estão sem médico de família há vários meses.
A semana da Páscoa adivinha-se
chuvosa e fria.
As previsões para amanhã são de
chuva e descida das temperaturas
máximas, quadro que deverá prolongar-se
“Para os próximos dias, prevê-se,
nas regiões do Norte e Centro, a
continuação de precipitação, chuva ou aguaceiros. As regiões do Sul
serão poupadas, embora na quinta
e sexta-feira também possa ocorrer
chuva nessas regiões”, disse à Renascença a meteorologista Ângela
Lourenço.
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NACIONAL
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PJ
GRUPO RENASCENÇA, 2009
06
Banca
Poupança a cair, endividamento
a aumentar
Prescrições
impedem cobrança
de correcções aos
impostos
O endividamento das famílias portuguesas já ultrapassa em 29% o rendimento disponível, sendo, de acordo com o Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia, um dos mais elevados da Zona Euro.
Ao mesmo tempo que as dívidas sobem, regista-se a quebra das poupanças, tendência registada ao longo da última década, que se tem acentuado
nos últimos meses. De acordo com os dados do Instituto de Gestão da Divida Pública, só em Fevereiro de 2009 foram resgatados 24 milhões de euros
dos Certificados de Aforro.
Em declarações à Renascença, o presidente dos CTT admite que a falta de
estabilidade na remuneração deste produto contribuiu para o levantamento de poupanças. Para Estanislau Mata Costa, o reforço da remuneração
dos certificados, anunciado pelo Governo há pouco mais de um mês, não
foi ainda suficiente para corrigir a tendência.
Se é verdade que os Certificados de Aforro continuam a garantir uma remuneração considerável - atendendo ao recuo significativo das taxas de juro
- há, contudo, outro tipo de depósitos com maior retorno, como destacou,
em declarações à Renascença, António Ribeiro, da DECO, Associação de
Defesa do Consumidor.
Na análise do economista João Ferreira do Amaral, é natural que o critério
da segurança se sobreponha ao da rentabilidade prometida pelos diversos
produtos financeiros, para as famílias que, apesar da crise, conseguem
realizar e aplicar algumas poupanças.
Com o endividamento a ultrapassar, em 29%, o rendimento disponível das
famílias portuguesas, não resta outra alternativa que não seja a de tentar
poupar o máximo possível nos gastos. Foi neste quadro que a Câmara do
Porto decidiu levar aos bairros sociais da cidade sessões de aconselhamento das populações para uma melhor gestão dos orçamentos familiares.
A iniciativa - “Porto à Conversa” - está a decorrer com uma frequência
quinzenal, subordinada a vários temas. “Economia Doméstica “é o que
ocupa o primeiro semestre deste ano. Com a ajuda de um economista,
que é também revisor oficial de contas, os portuenses são alertados para
a necessidade de poupar.
Este projecto de inclusão tem também como objectivo incutir na população o hábito de dialogar sobre os temas que causam maior preocupação no
quotidiano, segundo destacou à Renascença a vereadora da Acção Social
da Câmara do Porto, Matilde Alves.
Endividamento a crescer
Os dados mais recentes do Banco de Portugal revelam que o endividamento das famílias já ultrapassa em 29% o rendimento disponível. Nos últimos
dez anos, mais do que duplicou.
Em percentagem do PIB, o endividamento passou de 37%, em 1997, para
91%, em 2007.
Luísa Farinha, do Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal, justifica esta tendência com o acesso mais facilitado ao crédito, a
descida dos juros, o aumento da concorrência na banca, o alargamento dos
prazos dos empréstimos e, até, a situação do mercado de arrendamento.
Sem esquecer, claro, os juros bonificados, que, enquanto existiram, incentivaram a compra de casa.
Esta subida do endividamento pode levar as famílias a reduzirem o consumo, ao mesmo tempo que a banca corre mais riscos de crédito mal parado.
Estes casos estão a subir a ritmo elevado: no espaço de um ano, o crédito
mal parado aumentou mais de 30%.
O Fisco deixou prescrever 3,7 milhões de euros de correcções aos
impostos da banca relativas a
2004.
A notícia é avançada na edição de
hoje do diário “Público”, segundo
o qual a administração fiscal não
divulgou, na devida altura, as instruções relativas à cobrança do IVA
para o sector financeiro, depois das
correcções sugeridas no âmbito de
uma auditoria da Inspecção-Geral
de Finanças.
O Ministério das Finanças, citado pelo jornal, admite que faltam
inspectores para a fiscalização tributária do sector financeiro. As inspecções são, por isso, feitas com
base numa grelha de risco. De uma
lista de 1210 instituições, foi retirada uma amostra de 36. Em 2004,
foram inspeccionadas 13, entre as
quais o BCP, responsável pela correcção do imposto no valor superior
a dez milhões de euros.
Europeias
PSD pede a Sócrates
que esclareça
posição sobre
Barroso
O PSD desafiou hoje o Primeiroministro a esclarecer a contradição
que detecta entre o cabeça-de-lista
do PS às Europeias e o próprio José
Sócrates sobre o apoio à recandidatura de Durão Barroso à Presidência
da Comissão Europeia.
Vital Moreira considerou normal que
o PS Europeu apresente o seu próprio candidato para o próximo mandato, facto que levou o dirigente
social-democrata José Luís Arnault
a lembrar que o Primeiro-ministro
prometeu, em Bruxelas, apoiar
Barroso para um novo mandato. Arnault pede, assim, a Sócrates que
clarifique a questão.
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NACIONAL
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Dinheiro
GRUPO RENASCENÇA, 2009
07
A importância da Turquia
ONU
Reunião sobre
míssil coreano
foi inconclusiva
Francisco Sarsfield Cabral
A viagem europeia de Obama terminou na Turquia. Não por acaso:
o exército turco é o maior da NATO, logo depois do americano. A
Turquia é um país de enorme importância estratégica, pois está
perto das zonas politicamente mais quentes do Médio Oriente,
bem como de algumas repúblicas problemáticas que faziam parte
da antiga União Soviética. E a Turquia é governada por um partido
islâmico, mas – não sendo uma democracia perfeita – distingue
Estado de religião, tem eleições e liberdade de expressão.
Deve, até, notar-se que algumas insuficiências turcas em matéria
democrática não vêm do lado islâmico. São herança do laicismo
radical instaurado por Ataturk há menos de um século e depois
prosseguido pelos militares, que ainda gozam de um estatuto especial.
Assim, a Turquia é um dos raros países de maioria islâmica onde
a democracia funciona – embora com limites, que têm diminuído
com a perspectiva de uma futura adesão à União Europeia. É por
isso que a Europa fechar a porta à Turquia poderá ser um tremendo erro histórico. O desencanto dos turcos com a UE já é uma
realidade.
EPA
Jornalista
Manifestações em Seul culminaram em confrontos
Terminou sem resultados a reunião,
da última noite, do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre
a Coreia do Norte. O Japão pediu
a reunião depois de Pyongyang ter
lançado um míssil de longo alcance
que sobrevoou território japonês.
Os representantes do Conselho de
Segurança optaram por não tomar
quaisquer medidas contra a Coreia
do Norte, mas sublinharam que a situação é grave e que as discussões
vão continuar.
O lançamento do projéctil, que
caiu no Pacifico, foi confirmado por
Pyongyang que, no entanto, garantiu tratar-se de um satélite de
comunicações. A teoria não colhe,
pelo menos a Ocidente, e a NATO
já condenou o lançamento, considerando tratar-se de uma atitude
altamente provocadora.
Aliança das Civilizações
Rasmussen explica-se por causa das caricaturas de Maomé
O novo secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, explicou, esta tarde, em Istambul, o apoio que
deu ao jornal dinamarquês que, em 2005, publicou as
caricaturas de Maomé, referindo que está pronto para
dialogar com o mundo muçulmano.
O ex-Primeiro-ministro dinamarquês defendeu que “todas as formas de censura são inimigas do diálogo, da
compreensão mútua. A liberdade de expressão é uma
pré-condição para um diálogo aberto e claro”. Rasmussen participa, na capital turca, no Fórum da Aliança das
Civilizações, cujo alto-representante é Jorge Sampaio.
Também o Presidente norte-americano, Barack Obama
vai estar presente no encontro, facto que, de acordo
com o antigo Presidente da República português, serve,
também, para reafirmar a importância da Aliança na
gestão da diversidade cultural. “Se queremos mostrar
que o confronto de civilizações não pode existir por-
que fazemos todos parte do mesmo mundo temos de
trabalhar nesta área”, disse Sampaio, na Renascença,
na semana passada, no programa “A 3 Dimensões”, que
pode recordar em www.rr.pt.
Obama quer reforçar laços com Turquia
Já na Turquia, ainda antes de participar no Fórum,
Obama, disse que o Governo de Ancara pode dar uma
ajuda importante na aproximação dos mundos ocidental e muçulmano. Numa conferência de imprensa com
o seu homólogo turco, Abdullah Gul, Obama disse que
a sua deslocação ao país é um sinal da importância que
a Turquia tem para a administração norte-americana e
manifestou o seu apoio à realização de conversações
diplomáticas entre a Turquia e a Arménia, dois países
que a história tornou inimigos.
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INTERNACIONAL
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Ponto de vista
GRUPO RENASCENÇA, 2009
08
O Primeiro-ministro espanhol deverá formalizar esta
semana a primeira remodelação governamental desde
as eleições legislativas. O ministro das Finanças poderá
ser um dos que deixa a equipa.
José Luís Zapatero, que se encontra neste momento
em Istambul, no Fórum da Aliança das Civilizações, não
confirma as notícias, mas tanto o “El Mundo” como o
“El País”, dois dos principais jornais espanhóis, dão
como certa a saída do ministro Pedro Solbes e a sua
substituição pela ministra da Administração Pública,
Elena Salgado.
Os dois diários apontam também para a entrada no
executivo de Manuel Chaves, actualmente presidente
do Governo Regional da Andaluzia. Chaves deverá assumir a pasta das Relações com as Comunidades Autónomas.
José Blanco, vice-secretário-geral do PSOE, deverá as-
Bulent Kilic/EPA
Zapatero prepara
remodelação
sumir uma das três vice-presidências do Governo.
A imprensa espanhola avança ainda que o Primeiroministro conta anunciar, amanhã, o novo elenco governativo.
Esta remodelação ocorre menos de um ano depois de
Zapatero ter ganho as eleições e pretendem estimular
o executivo e dar um novo impulso ao combate à crise
económica.
Darfur
África do Sul
Funcionários da AMI raptados
Arquivado processo
contra Jacob Zuma
Os dois trabalhadores da Assistência Médica Internacional (AMI) sequestrados, este fim-de-semana, no Darfur são de nacionalidade francesa e
canadiana.
De acordo com Ali Youssif, responsável do protocolo no ministério sudanês
dos Assuntos Estrangeiros, em declarações à Agência France-Presse (AFP),
os dois membros da equipa foram sequestrados, na madrugada de sábado,
por homens armados não identificados.
Segundo o Centro sudanês de Imprensa, os sequestradores teriam pedido
um resgate, mas esta é uma informação que não foi confirmada, à AFP, por
Ali Youssif.
Iraque
Vaga de atentados em Bagdade
Cinco carros armadilhados explodiram
hoje em Bagdade, no Iraque, provocando, pelo menos, 26 mortos e dezenas
de feridos.
O ataque mais mortífero ocorreu num
movimentado mercado de Sadr City,
um bairro xiita na zona oriental da cidade, e tirou a vida a uma dezena de
pessoas.
Estes atentados acontecem uma semana depois de as autoridades iraquianas
terem detido vários elementos de uma
milícia sunita que opera em Bagdade.
A Procuradoria-Geral sul-africana
(NPA) anunciou hoje que vai arquivar o processo por corrupção contra
o presidente do Congresso Nacional
Africano (ANC), Jacob Zuma.
“Não é possível, nem desejável para
a NPA continuar o processo contra
Zuma”, disse o Procurador-geral,
Mokothedi Mpshe, numa conferência de imprensa na sede da NPA, em
Pretória.
Mpshe explicou, numa longa alocução que incluiu a leitura de passagens de escutas telefónicas entre
procuradores e investigadores, que
o processo-crime contra Zuma foi
irreversivelmente manchado por
interferências políticas de protagonistas ligados às “facções” Zuma
e (Thabo) Mbeki (ex-Presidente da
República) e que muitas das decisões tomadas no caso constituíram
abusos processuais e manipulações
que não servem a Justiça.
Jacob Zuma é o candidato presidencial do Congresso Nacional Africano
(ANC) e, como tal, o provável futuro chefe do Estado e do governo depois das eleições de 22 deste mês.
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INTERNACIONAL
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Espanha
GRUPO RENASCENÇA, 2009
O abalo de terra sentido esta madrugada na região central de Itália provocou, pelo menos, 92 vítimas mortais. O
balanço, ainda provisório, foi feito, já
esta tarde, pelo Primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, em conferência de imprensa.
Berlusconi, que está na cidade de
L’Aquila, a mais atingida pelo terramoto, confirmou, ainda, que há mil e
quinhentos feridos e milhares de desalojados. Foi já decretado o estado de
emergência no país.
O balanço anterior, divulgado pelo ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, indicava “mais de 50 mortos”.
O sismo, de magnitude de 6,7 na escala
de Richter, ocorreu na região de Abruzzo, no centro de Itália, tendo afectado a cidade de L’Aquila, a cerca de cem quilómetros
nordeste de Roma, quando eram cerca de 03h30 (02h30
em Portugal Continental).
O Presidente da República italiano, Giorgio Napolitano,
manifestou-se já profundamente consternado com o
terramoto e as suas consequências. Numa nota emitida
esta manhã, o chefe de Estado italiano diz que está a
acompanhar a situação, em contacto permanente com
o responsável pela Protecção Civil nacional, cujo responsável já admitiu que o tremor de terra pode representar a pior tragédia desde o início do século, no país.
Vários edifícios ruíram, parcial ou totalmente, e entre
os locais atingidos está o hospital local e uma residência de estudantes.
Estudantes portugueses bem
Na região de L’Aquila, no momento do abalo encon-
Alessandro Bianchi/REUTERS
09
Sismo faz mais de 90 vítimas
travam-se nove estudantes portugueses, ao abrigo do
programa educativo “Erasmus”.
De acordo com o gabinete do Secretário de Estado das
Comunidades, António Braga, nenhum desses estudantes ficou ferido. Há, apenas registo, de perdas materiais, devido ao desaparecimento de alguns bens.
Todos estes estudantes foram contactados pelo gabinete de emergência consular.
Entretanto, estudantes portugueses, a residir nos arredores de Roma, relataram à Renascença que o abalo
também foi sentido na capital italiana.
Protecção Civil pronta a avançar
Entretanto, a Autoridade Nacional de Protecção Civil
(ANPC) manifestou-se hoje disponível para, num máximo de quatro horas, enviar para Itália uma equipa
de apoio às operações de socorro às vítimas do sismo,
Papa envia mensagem
O Papa Bento XVI enviou uma mensagem ao Arcebispo de
L’Aquila, D. Giuseppe Molinari, através do Secretário de
Estado, Cardeal Tarcisio Bertone.
Na missiva, Bento XVI lembra todas as vítimas, em especial
“as crianças”, deixando uma palavra de “conforto” para
as suas famílias.
O texto fala na dramática notícia do violento terramoto
que sacudiu o território, manifestando a viva participação
na dor das populações atingidas pelo trágico acontecimento.
O Papa enviou, também, uma “palavra afectuosa de encorajamento” a todos quantos “se multiplicam nas operações
de socorro”.
A Cáritas já manifestou disponibilidade para ajudar com
pessoal e bens de primeira necessidade, vindos de toda a
Itália e do estrangeiro.
A Rádio Vaticano emitiu, entretanto, um apelo da Protecção Civil, pedindo dádivas de sangue e o Arcebispo Giuseppe Molinari pediu às populações que sigam todas as indicações fornecidas pelas autoridades.
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INTERNACIONAL
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Itália
GRUPO RENASCENÇA, 2009
Este sismo foi registado em toda a rede de sensores sísmicos de Portugal, confirmou já o Instituto
de Metereologia.
A primeira onda sísmica a chegar a Portugal foi
registada na estação de Bragança às 02h36, tendo, depois, o tremor de terra sido assinalado nas
restantes estações portuguesas.
Cavaco apresenta condolências
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva,
enviou hoje uma mensagem de condolências ao
chefe de Estado italiano, apresentando em nome de
Portugal os sentimentos de “sentido pesar e solidariedade”.
“Nesta hora difícil para o povo italiano, quero apresentar a vossa excelência, em nome do povo português
e no meu próprio, os nossos sentimentos de sentido
pesar e solidariedade”, lê-se numa mensagem enviada
EPA
10
Sensores registam sismo
por Cavaco Silva ao chefe de Estado italiano, Giorgio
Napolitano.
Na mensagem, o Presidente da República refere ainda que foi com “profunda consternação” que tomou
conhecimento do terramoto que assolou, esta madrugada, a Região Centro de Itália, em particular a cidade
de L’Aquila.
“O imbecil”
José Bastos
Os danos do sismo em Itália poderiam, afinal, ter sido minimizados se as autoridades tivessem dado ouvidos às advertências feitas por um geólogo italiano para os riscos de uma
tragédia. Há poucos dias, em declarações num programa televisivo, Giampaolo Giuliani disse ter dados científicos que
apontavam para a iminência de um terramoto no centro do
país. O responsável pela Protecção Civil chamou-o de “imbecil” e não lhe deu crédito.
Giampaolo Giuliniani foi acusado de propagar um falso alarme “desnecessário” e foram poucos os que lhe deram atenção. Isto apesar de o Centro de Terramotos de Itália também
ter registado movimentos sísmicos na zona em questão.
O investigador reitera que a catástrofe que se abateu esta
madrugada em Itália poderia ter sido evitada.
Segundo notícia publicada na edição online de hoje do jornal espanhol “El Mundo”, este investigador do Laboratório
Nacional de Física de San Grasso fundamentou os seus receios com base nos fortes movimento sísmicos que estavam
a ser registadas na zona
de Aquila.
Graças a uma ferramenta chamada “Gamma
Tracer” que Giuliani tem
no seu laboratório, que
assinalava a presença de
réplicas contínuas, o investigador não teve dúvidas de que a zona iria
ser afectada por um sismo de grande magnitude. E decidiu
tornar público os seus receios.
Até aqui, os sismos eram considerados fenómenos não previsíveis. A tese de Giuliani, porém, baseia-se na análise de um
gás radioactivo, o radón. Segundo o investigador, quando as
falhas sísmicas se movimentam, este gás encontra um ponto de fuga e alcança a superfície, de modo que é possível
apontar com precisão o lugar em que um sismo vai ocorrer.
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INTERNACIONAL
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mas ainda não há um pedido de apoio.
Numa nota enviada à agência Lusa, a Autoridade
diz que “em caso de necessidade, a ANPC poderá, num máximo de quatro horas após um eventual pedido, e dependendo da disponibilidade de
transporte, mobilizar para Itália um Módulo de
Busca e Salvamento em Ambiente Urbano, composto por 49 elementos e o necessário equipamento, com uma capacidade de auto-suficiência
de sete dias”.
Este Módulo, adianta a nota, “integra meios do
Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, da
Polícia de Segurança Pública e ainda de Corpos de
Bombeiros Voluntários” estando registado no âmbito do Mecanismo Europeu de Protecção Civil.
Ainda segundo a mesma informação, a ANPC tem
estado em contacto com o Departamento de Protecção Civil de Itália.
GRUPO RENASCENÇA, 2009
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Diga Lá, Excelência…
Papa pede acções que evitem
mais tragédias no Mediterrâneo
D. Carlos Azevedo
critica excesso
de dependência
do Estado
O Papa Bento XVI aproveitou o Angelus deste domingo para apelar à União
Europeia que coordene acções com África, de modo a evitar mais tragédias
no Mediterrânico. Bento XVI aludia, deste modo, à recente morte de centenas de cidadãos africanos em busca de entrada ilegal na Europa.
“Não nos podemos resignar com tais tragédias que, infelizmente, há muito
se repetem. As dimensões do fenómeno tornam cada vez mais urgente a
existência de estratégias coordenadas entre a União Europeia e os estados
africanos bem como a adopção de medidas adequadas de carácter humanitário para impedir que esses emigrantes recorram a traficantes sem
escrúpulos”.
O Papa disse rezar pelas vítimas “para que o Senhor as acolha na sua paz”
e deixou ainda uma advertência: “Este problema agravado agora pela crise
global, só encontrará solução quando as populações africanas, com a ajuda
da comunidade internacional, se libertarem da miséria e das guerras”.
Bento XVI falou, ainda, das Jornadas Mundiais da Juventude, uma vez que
assistiram ao Angelus jovens australianos – a Austrália acolheu as últimas
jornadas - e espanhóis, que serão os anfitriões das próximas, em 2011.
Foi feita a passagem da Cruz, que vai agora passar por todas as dioceses
espanholas para, em 2011, chegar a Madrid para a abertura das Jornadas
Mundiais.
Quaresma
O rosto e a palavra
O Cardeal Patriarca de Lisboa chamou a atenção para uma necessidade
sentida pelos que escutam a palavra de Deus, que é a de ver o seu rosto.
“A Palavra é pessoa: Jesus Cristo o rosto da palavra” foi o tema da Catequese Quaresmal deste domingo. Na Sé Patriarcal, D. José Policarpo destacou a possibilidade de ver esse rosto, bastando, para isso, olhar para
Jesus Cristo, para a sua humanidade: “Não se trata, apenas, de ver o rosto
de Deus num rosto humano. É todo o diálogo, o encontro entre o homem
e Deus que se humanizou. A Palavra fez-se carne, isto é, humanizou-se.
Tudo o que é humano em Jesus, o Seu rosto, as Suas Palavras, os Seus
gestos, a Sua alegria e a Sua dor, a Sua consciência e a Sua vontade, são
decisivos para esta nova escuta da Palavra, para estabelecer definitivamente a comunhão dos homens com Deus, isto é, são decisivos para a
salvação. Durante séculos, Deus falou por intermédio dos profetas, porque
eles ofereciam a linguagem humana à Palavra transcendente. Agora, que o
Verbo se fez homem, fala directamente aos homens, sem a mediação dos
profetas, porque a humanidade de Jesus pronuncia a Palavra eterna. Deus
tornou-se mais próximo do homem”.
Homilia de Ramos
Antes da Catequese da tarde, o Cardeal Patriarca aproveitou a homilia de
Domingo de Ramos para exortar os fiéis a não separarem “a Fé da vida,
ainda que esta não siga necessariamente os critérios da Fé”.
D. José Policarpo aludiu, ainda, à efeméride dos 50 anos do monumento a
Cristo-Rei, em Almada. Para o Cardeal Patriarca, o desafio que se coloca, 50
anos depois da construção do monumento, é o de saber o que significa para
Lisboa, nos tempos actuais, a bênção e protecção de Cristo: “Esta efeméride coloca a todos nós a questão da actualidade da realeza do Senhor”.
O Bispo D. Carlos Azevedo entende que algumas instituições sociais
ligadas à Igreja estão “demasiadamente dependentes” do Governo,
facto que o tem levado a alertar
várias organizações para a necessidade de uma maior independência
face ao poder político.
O presidente da Comissão Episcopal
da Pastoral Social e Bispo Auxiliar
de Lisboa foi o convidado do Diga
Lá, Excelência… - programa da Renascença e jornal “Público” - deste fim-de-semana, tendo lembrado
que a Igreja presta mais do que um
serviço social - exerce a caridade
- pelo que as instituições de solidariedade não devem estar ao sabor
dos caprichos dos políticos.
O Bispo Auxiliar de Lisboa defendeu,
ainda, que face à crise, a Igreja a
procurar respostas e dar motivos
de esperança, sendo exactamente
nesse sentido que se organizará, a
15 de Maio, um simpósio com o objectivo central de encontrar boas
ideias para enfrentar a crise.
Na entrevista, D. Carlos Azevedo
abordou o tema da posição da Igreja sobre o preservativo, defendendo
a necessidade de saber combinar o
ideal proposto pela com a realidade
das pessoas. Diante de circunstâncias concretas, a Igreja propõe a
doutrina do “mal menor”, lembrou
D. Carlos Azevedo, defendendo que
a Igreja deve fazer uma evolução.
D. Carlos lamentou que o Governo
não tenha vontade e determinação
para regulamentar a Concordata
e criticou, ainda, o estado da Justiça em Portugal, considerando-o
“lamentável”. Para o Bispo, o país
devia ter vergonha de não conseguir
resolver este problema que mina a
confiança no Estado. O prelado disse
ainda que, ao votarem, os católicos
devem ter em conta quem vai representar as suas ideias e valores.
Reconhecendo que não há partidos
“puros”, D. Carlos referiu que não é
papel da Igreja decidir o voto, mas
sim formar consciências.
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RELIGIÃO
PÁG.
Vaticano
GRUPO RENASCENÇA, 2009
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Um mês de “Fado in Chiado”
A área do Chiado, em Lisboa, tem, há um mês, uma
oferta cultural diferente, proporcionada pela “GeniusyMeios”, empresa do Grupo Renascença.
A “GeniusyMeios” organiza, diariamente, às 19h00,
no Cine Teatro Gymnásio, o espectáculo “Fado in
Chiado”.
O director-geral “GeniusyMeios”, António Sala,
considera “positiva” e que tem “cada dia mais público”, sendo as reacções muito positivas: “As pessoas gostam muito e esse passar de boca em boca
acaba por criar uma divulgação e criar à volta um
crescendo que vai ser muito bom e que vai transformar a iniciativa em êxito”.
Sala atribui o sucesso a vários factores com o denominador comum da qualidade: “O espectáculo é de
excelente qualidade, os jovens que participam são
muito bons, quer os cantores, quer os instrumentistas. Depois, o espectáculo em si está muito bem
produzido, com qualidade de som com e qualidade
de imagem. O visual é muito agradável e é mesmo invulgar na área do fado”.
António Sala destaca o facto de a “GeniusyMeios“ estar a começar projectos “numa altura extremamente
difícil”, em que é necessária “alguma coragem”. No
entanto, o realizador do histórico “Despertar” entende
que o Grupo Renascença fez bem em lançar este projecto porque é em momento difíceis “nas chamadas
alturas de crise, que por vezes se criam e nascem coisas que podem ser boas e importantes, resultando em
sucessos, se não imediatos, a médio e longo prazo”.
Literatura
Música
Obra recorda presença de
portugueses em Paris
Xutos lançam “Xutos”
para assinalar
30 anos
A editora francesa Chandeigne lançou, este fim-de-semana, um livro sobre
a presença dos portugueses em Paris ao longo dos séculos para, entre outros motivos, mostrar que a presença lusa em França é “muito antiga”.
A antologia “Os Portugueses em Paris, ao longo dos séculos e por bairro”
foi criada com o intuito de “mostrar que a presença portuguesa em França
é muito antiga e dar uma imagem da presença portuguesa em Paris na vertente cultural, económica e social de uma forma divertida, descontraída”,
segundo declarou à agência Lusa o editor Michel Chandeigne.
A publicação pode servir de guia na capital francesa, ajudar a descobrir o
olhar dos parisienses em relação aos portugueses e percepcionar a forma
como esse olhar evoluiu ao longo do tempo.
Na obra “fica registada de uma forma lúdica a presença portuguesa em
Paris. É uma antologia da presença portuguesa desde há cinco séculos,
não só da emigração recente. Um registo bem-disposto, com humor, com
piada”, acrescentou o editor.
Para Chandeigne, este é um livro “recheado de episódios que podem fazer
sorrir” e onde a história de Portugal se cruza com a história da capital
francesa, de uma forma ligeira, descomprometida e divertida. Governantes, diplomatas, escritores, políticos, pintores, médicos, investigadores e
anónimos que passaram por Paris estão representados na obra.
“Os Portugueses em Paris, ao longo dos séculos e por bairro” foi escrito por
Agnés Pellerin, com a colaboração de Anne Lima e Xavier de Castro, e tem
ilustrações de Irene Bonacina.
O novo álbum dos Xutos & Pontapés
- intitulado, exactamente, “Xutos
& Pontapés” - está no mercado desde as 00h00 de hoje.
O trabalho serve para assinalar os
30 anos da banda e põe fim a cinco
anos de “silêncio” em matéria de
lançamento de originais da mais
afamada bando do rock nacional.
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CULTURA
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Grupo Renascença
GRUPO RENASCENÇA, 2009
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Aclamação de D. João I
foi “uma encenação”
» Letícia Amorim
Com o Mestre de Avis, mais duas candidaturas de filhos ilegítimos concorriam ao cargo de décimo rei de
Portugal. Jogou a favor de D. João I, o facto de ter
provas dadas como patriota e defensor dos interesses
nacionais, mas não só. Estava tudo preparado para o
aclamar como o décimo rei de Portugal, a 6 de Abril
de 1385, nas Cortes de Coimbra, inaugurando, assim, a
segunda Dinastia portuguesa, chamada de Avis.
“Estavam presentes o clero, com uma dúzia de dignitários, 70 fidalgos e comitivas respectivas, mais procuradores de 21 vilas e cidades”, explica João Gouveia
Monteiro, professor agregado da Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra (FLUC) especializado em
História Medieval.
“As Cortes de Coimbra são uma encenação”, classifica, uma vez que “os representantes dos 21 concelhos
estavam especialmente mandatados para elegerem o
mestre de Avis, faltando nestas cortes concelhos que
fossem contrários à causa do Mestre de Avis”, uma convocatória que “condiciona a eleição”, explica o professor.
Portugal vivia um contexto de crise de sucessão desde
1383, ano da morte de D. Fernando I, que deixara apenas uma descendente, D. Beatriz, casada com D. Juan
I, rei de Castela. D. Leonor Teles assumira a regência, mas a instabilidade política estava instalada com
apoiantes e críticos de Castela. Um dos episódios mais
marcantes deste período é o assassínio, pelo Mestre de
Avis, do Conde Andeiro, galego com posição proeminente junto da rainha.
Três partidos foram desenhando candidaturas à regência. O Rei de Castela, por via da sua mulher, com apoio
das famílias nobres espanholas emigrantes da Guerra
Civil. A nobreza tradicional portuguesa apoiava os filhos de D. Inês de Castro e D. Pedro I, em especial a
do mais velho, D. João de Castro. A candidatura “mais
aventureira” – classifica João Gouveia Monteiro – era
a do Mestre de Avis, meio-irmão de D. Fernando I, e
“que se autonomizou daquela a que se aproximou inicialmente”, a dos Castro. Era “apoiado por filhos bastardos, nobreza de segunda classe, burguesia mercantil
com interesses atlânticos e que colocava a tónica numa
possível aliança com Inglaterra que lhe trouxesse auxílio militar”, explica João Gouveia Monteiro.
Dos ilegítimos, o mais honrado
O povo estava muito dividido entre a primeira e a terceira candidaturas, mas é a argumentação do letrado
João das Regras que acaba por decidir as Cortes de
Coimbra.
A argumentação de João das Regras vai no sentido de
demonstrar que todos os candidatos eram ilegítimos.
Assim, “do lado do partido castelhano, que não estava
presente nas Cortes, D. Beatriz é filha ilegítima de D.
Fernando, que casou com D. Leonor Teles, por sua vez
já casada com o fidalgo João Lourenço da Cunha”. Os filhos de Inês de Castro e de D. Pedro resultaram de uma
relação sem casamento, “por isso, a descendência era
ilegítima”. Com estes argumentos, equiparava o reconhecido filho ilegítimo de D. Pedro I, o Mestre de Avis,
à ilegitimidade dos outros candidatos, defendendo que
se escolhesse, entre estes, aquele que tinha mais qualidades morais para ser rei, refere o professor.
Desta forma, o Mestre de Avis ganha pontos, uma vez
que já tinha sido aclamado pelo povo de Lisboa como
“Defensor e Regedor do Reino” e tinha encabeçado a
resistência de Lisboa ao cerco castelhano.
“Quanto ao patriotismo, honradez e disponibilidade
para desenvolver os interesses de Portugal, sem dúvida
que o mestre de Avis sobressairia”. O auto de eleição
de D. João I foi o início do reinado mais longo da História Medieval Portuguesa, prolongando-se até 1433.
O primeiro acto para a “época dourada”
A decisão saída das Cortes de Coimbra viria a permitir, explica o director do Instituto de História e Teoria
das ideias da FLUC, “alargar horizontes”, depois de se
alcançar a estabilidade militar com Espanha. A Época
dos Descobrimentos poderia nunca ter acontecido, sustenta este especialista, se D. João I não saísse vitorioso
das Cortes. Os projectos de D. Beatriz e rei de Castela
eram menos virados para o mar, e mais para Castela”
refere.
A geração que toma o poder é “descomprometida relativamente à política tradicional portuguesa, nova, para
a qual não estava previsto o acesso ao poder e com
cunho militar muito acentuado que refrescou os quadros da nobreza medieval em Portugal”, diz o membro
do Centro de História da Sociedade e da Cultura.
“Se a causa do mestre de Avis não tivesse triunfado,
primeiro em Coimbra e depois em Aljubarrota [derrotando em definitivo os espanhóis], provavelmente, a
expansão quatrocentista nunca teria acontecido.
“O braço armado” de D. João I, é, como o era antes
da sua proclamação como rei, D. Nuno Álvares Pereira,
Condestável. O primeiro reinado Avis é também marcado pela forte ligação à coroa britânica, tanto militar como comercial, muito por causa do casamento do
rei com D. Filipa de Lencastre. Ao rei que é lembrado
como “O de Boa Memória”, sucede D. Duarte I.
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CULTURA
PÁG.
Efeméride
GRUPO RENASCENÇA, 2009
Ténis
Jornada fecha em Vila do Conde
Frederico Gil sobe
no ranking
O Rio Ave recebe, esta noite, às 19h45, o Nacional da Madeira, no jogo que
encerra a jornada 23 da I Liga.
Sem vencer há três jogos, os vila-condenses querem ganhar para abandonarem a zona de despromoção.
Já o Nacional entra em campo depois de dois jogos sem ganhar.
Depois dos jogos do fim-de-semana, tudo ficou na mesma na liderança da
tabela classificativa. Sporting e Benfica venceram ontem, depois de também o FC Porto ter vencido no sábado, frente ao Vitória de Guimarães.
Fórmula 1
Button vence “meio” Grande Prémio
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Diego Azubel/EPA
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O tenista português Frederico Gil
subiu quatro posições no ranking e
já é o 70º melhor do mundo.
Gil subiu na classificação graças
aos pontos que conseguiu alcançar
com duas vitórias no Open de Miami, onde foi eliminado pelo número 1 do mundo, o espanhol Rafael
Nadal, que mantém a liderança do
ranking.
Já Rui Machado subiu duas posições,
para o 136º posto.
Michelle cai
Jenson Button, da BrawnGP, venceu o Grande Prémio da Malásia de Fórmula 1, que terminou mais cedo devido à forte chuva que se fez sentir.
Button que lidera o Mundial, venceu pela segunda vez, depois de já ter
terminado em primeiro o Grande Prémio da Austrália.
Ontem, a corrida foi interrompida, definitivamente, quando estavam cumpridas apenas 33 das 56 voltas previstas, devido à chuva que tornou completamente impraticável a pista do circuito de Sepang. Nick Heidfeld, da
Sauber, terminou em segundo, enquanto que Timo Glock, da Toyota, subiu
ao terceiro lugar do pódio. Nos lugares seguintes ficaram Jarno Trulli, Rubens Barrichello e Mark Webber. Lewis Hamilton, em McLaren, não conseguiu melhor que o sétimo posto.
Entre as portuguesas, Michelle Larcher de Brito caiu para o 132º posto, enquanto Neuza Silva perdeu
oito posição, caindo para o número
150 no ranking feminino.
A bielorrussa Victoria Azarenka subiu ao oitavo posto do ranking WTA
após a vitória no Open de Miami,
sobre a norte-americana Serena
Williams, a líder mundial.
Rali de Portugal
O francês Sébastien Loeb, em Citröen, alcançou o
quarto triunfo consecutivo da temporada, ao vencer o
Rali de Portugal, a quarta prova do Mundial.
O pentacampeão do Mundo e actual líder do Mundial
confirmou o triunfo na super especial de encerramento
no Estádio do Algarve, à qual chegou com uma vantagem de 24 segundos sobre o segundo classificado, o
finlandês Mikko Hirvonen, em Ford.
Na terceira posição ficou o espanhol Daniel Sordo, em
Citröen, colega de equipa do francês.
O português Armindo Araújo, em Mitsubishi Lancer, foi
nono da geral, mas venceu o agrupamento de Produção
e ascendeu pela primeira vez ao comando do Mundial
de Produção (PWRC).
www.despfoto.com
A festa de Araújo na vitória de Loeb
No final do Rali de Portugal, Armindo Araújo prometeu
mais vitórias nas próximas provas do PWRC.
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DESPORTO
I Liga
GRUPO RENASCENÇA, 2009
ÚLTIMAS
PÁG.
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Água
Presidência da República
Aliança das Civilizações
Março mais seco
da década não
prejudicou reservas
Cavaco apela à
cooperação face aos
problemas do país
Sampaio alerta para
riscos da crise
O Instituto da Água garante não
existirem razões para restrições no
abastecimento de água, apesar do
mês de Março se ter revelado como
o mais seco dos últimos onze anos.
O presidente do Instituto da Água,
Orlando Borges, disse hoje que as
reservas existentes nas albufeiras
dão garantias de quue não haverá
qualquer tipo de problema.
Até ao momento foram apenas
identificadas duas situações de dificuldade - uma no Algarve, outra
no Alentejo - relacionadas com a
rega.
O Presidente da República apela à
classe política para que se una no
essencial: nos esforços para superar
as dificuldades que o país enfrenta.
O apelo está inscrito no prefácio do
terceiro livro dos roteiros presidenciais, o mesmo onde critica severamente os deputados pela aprovação
do Estatuto dos Açores.
No etxto, Cavaco Silva faz, mais
uma vez, um apelo aos políticos
para que deixem de lado divisões
estéreis e procurem cooperar e juntar esforços para que o país vença
as dificuldades que o afectam.
O Alto Representante das Nações
Unidas para a Aliança das Civilizações, Jorge Sampaio, alertou hoje
para o risco que a crise económica
coloca aos objectivos de paz e convivência entre os povos. Sampaio,
que falava na abertura do Segundo
Fórum da Aliança das Civilizações,
a decorrer em Istambul, assinalou
que a crise económica “se alimenta
dos mais vulneráveis”, que por isso
podem cair na “desesperança” a na
“radicalização”. O receio de que a
crise provoque novos choques entre
as culturas foi também, na altura,
referido pelo secretário-geral da
ONU, Ban Ki-moon.
Olhares
PA
jo/EFE/E
ilio Naran
Foto: Em
TERÇA
QUARTA
TEMPO
Esta é a tradicional “foto de família” do Fórum da
Aliança das Civilizações. Foi tirada à segunda tentativa
porque, à primeira, falhou Zapatero. Já na Cimeira do
G20 houve dificuldades para “bater a chapa”...
Foto: Sim
ela Pantza
PA/EPA
Agricultores gregos em protesto distribuiram, hoje,
gratuitamente, leite, nas ruas de Atenas.
LISBOA
PORTO
FARO
COIMBRA
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19ºC/10ºC
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Itália chora Itália chora mais de 90 mortos