Reunião Geral de 20 de Dezembro de 2015
Fraternidade Franciscana Secular da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria - OFS
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Fraternidade Porciúncula da Juventude Franciscana do Brasil
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NO SILÊNCIO DEUS SE REVELA
Frei Carlos José Körber, OFM
Assistente Espiritual da OFS
Mais uma vez estamos celebrando o Advento preparando-nos para a “festa das festas” como nos diz Francisco, para o
Natal. Preparemo-nos para a celebração do nascimento do menino Deus pondo em prática o que o retiro anual deste
ano nos ensinou: o silêncio.
O silêncio, nos abre as portas para o encontro com Deus. Se olharmos para a Bíblia, encontramos o exemplo no
profeta Elias. Ele encontra o Deus não nas tempestades, no barulho, mas no silêncio, na brisa do vento.
Maria cultivava o silêncio e, meditando a palavra de Deus, recebeu a boa nova de se tornar mãe do Senhor. São João
Batista, o precursor do Salvador, não ficou no barulho e nas agitações das grandes cidades; mas procurava o lugar
deserto para seu encontro com Deus. O próprio Cristo nos orienta para viver o silêncio. Quanta vezes se retira para
estar a sós com seu Pai na sua oração e meditação?
Também São Francisco foi um amigo do silêncio. Não sei quantas vezes procurava lugares desertos para se encontrar
com Deus? Ou a orientação da nossa Regra: Lemos no § 4: Os franciscanos seculares se empenhem, sobretudo, na
leitura assídua do Evangelho, passando do Evangelho à vida e da vida ao Evangelho. Será que isso não é por excelência
um exercício do silêncio? Ou no § 9: A virgem Maia, humilde serva do Senhor, disponível à sua palavra e a todos os seus
apelos, foi cercada por Francisco de indizível amor. Que os franciscanos seculares testemunhem a ela seu ardente amor
pela prática de uma oração confiante e consciente.
E nós como franciscanos? Como nos sentimos limitados nas nossas ações e “escravos” do barulho do mundo atual e
não conseguimos observar o silêncio? Quantas vezes a agitação e a impaciência do dia a dia tomam conta da nossa
vida e nos sentimos incapazes de nos distanciar? E quantas vezes não sabemos acolher o silêncio?
E isso vale também para a nossa preparação para o Natal. Só
conseguimos, no silêncio, acolher o mistério da encarnação.
Quantas vezes se limitam as nossas preparações para o Natal nas
coisas externas como: mesa farta, presentes em grande número,
enfeites diferentes e nos esquecemos do essencial: o nascimento
do menino Jesus?
Tenhamos a coragem de encontrar de novo o caminho para o
presépio guardando o silêncio como coisa fundamental para o
nosso “sim” a Deus, imitando Maria. Ou imitando São José,
assumir com humildade o menino Jesus.
Ou como São Francisco: Ele preparou o presépio em Greccio para
celebrar a bondade e o amor de Deus para conosco que se
concretiza no menino Jesus. Façamos de novo da festa do Natal
uma expressão da nossa fé e não apenas um evento do comércio.
Assim desejo a todos vocês, meus irmãos em Francisco, um feliz
natal e um ano novo cheio de paz e realização.
VIDA FRANCISCANA – OFS E JUFRA PORCIÚNCULA
OS CAPÍTULOS
Todos os anos os irmãos (todo mundo agora já os chamava de frades = irmãos) se
reuniam no tempo de Pentecostes para descobrir juntos o que mais Deus ainda
queria deles. Espalhavam-se pelo mundo. Eram cada vez mais numerosos. Nem dez
anos depois de começada a aventura, já havia quem dissesse que eles eram uns cinco
mil. Sem contar as Irmãs de Clara, que também se multiplicaram bem depressa. E a
multidão de homens e de mulheres que, mesmo continuando a viver em suas casas,
seguiam a mesma maneira de viver o Evangelho. Todos eles eram penitentes, porque
tinham descoberto como Jesus faz falta neste mundo e não mediam sacrifícios para
tê-lo consigo.
Essa palavra “penitentes” tinha sido usada por João Batista quando veio avisar que Jesus estava chegando. Ele dizia que as
pessoas deviam fazer penitência para receber Jesus e a situação nova que ele traria. Através dos séculos, muita gente
achou que fazer penitência era fazer sacrifícios: deixar de comer, passar frio e até bater em si mesmo a ponto de tirar
sangue… Mas Francisco e seus companheiros foram ao miolo da questão: ser penitente é perceber que Jesus está fazendo
falta e estar sempre preparado para recebê-lo.
ENTRE OS SARRACENOS
Além de percorrer toda a região, os irmãos começaram a se espalhar pela Itália e
pelos outros países da Europa. Mas, naquele tempo, de todo o mundo conhecido, o
que não era a Europa, cristã, era o mundo dos sarracenos, que seguiam Maomé. E os
cristãos estavam em guerra com eles, porque eles estavam ocupando a Terra Santa,
em que Jesus viveu.
Francisco achava que os sarracenos também eram filhos de Deus e irmãos de todos
nós. Por isso, em vez de guerra, queria ir falar com eles sobre Jesus Cristo. Tentou
várias vezes. Na primeira, chegou até o norte da Espanha, naquele tempo quase
inteira na mão dos sarracenos. Mas ficou doente e teve que voltar.
Tentou pegar um navio em Ancona, para ir para a Palestina. A viagem não deu certo,
e o navio voltou. No fim, acabou conseguindo: foi para o Egito em 1219. Encontrou os cruzados, que eram os soldados
cristãos. Tentou convencê-los a evitar a guerra. Não conseguiu nada.
Mas ele atravessou as linhas de combate e foi falar com o sultão, que era o rei dos sarracenos. Conversaram bastante.
Francisco deixou-os muito impressionados, e também os ouviu. Os sarracenos deixaram-no voltar como um amigo. E
muito edificado por ver como eles rezavam, mesmo na rua, várias vezes por dia.
Teve que voltar depressa para a Itália porque o seu movimento dos “frades menores”, que tinha crescido demais, estava
causando problemas. Entre outras coisas, os que ele tinha deixado como responsáveis no seu lugar tinham resolvido
proibir todo mundo de comer carne. Francisco queria que se vivesse o Evangelho, e lembrava que Jesus tinha dito: Comam
de tudo que lhes oferecerem. Não é o que entra no homem que faz mal. Só a maldade do seu coração pode fazer mal.
Francisco estava trazendo uma maneira mais viva, mais livre, mais alegre de viver a mensagem e a vida de Jesus Cristo.
FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DA IMACULADA CONCEIÇÃO DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA
JUVENTUDE FRANCISCANA PORCIÚNCULA
Ministro Local: Élio Ferreira de Souza. Vice-Ministro Local: Carlos Fernandes. Coordenador de Formação: Aloysio Cerqueira.
Tesoureiras: Marlucia Alves e Maria Carmem Rodrigues. Secretárias: Lícia da Rocha e Thais da Rocha. Coordenadores de
Comunicação: Fernanda Olmi e Frederico Félix. Coordenadora do SEI: Rosa Ximenes. Animadora Fraterna da Jufra: Marlucia Alves.
Assistente Espiritual da OFS: Frei Carlos José Körber, OFM. Secretário Fraterno da Jufra: Joana D’arck Caldas. Assistente Espiritual
da Jufra: Frei Aldolino Bankhart, OFM.
http://www.porciunculaofs.com
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VIDA FRANCISCANA – OFS E JUFRA PORCIÚNCULA
ORDEM FRANCISCANA SECULAR REGIONAL SUDESTE II
REUNIÃO NA PORCIÚNCULA
No sábado dia 05 de dezembro do corrente, a nossa Fraternidade, teve a satisfação de acolher no salão de
festas, auditório e reuniões da Porciúncula de Sant’Ana, cerca de 80 (oitenta) irmãos Franciscanos,
compreendendo 08 (oito) membros do Conselho Regional, dentre eles o Ministro e Vice-Ministro, o
Assistente Espiritual Regional Frei Vitor, 03 (três) membros efetivos do Conselho Fiscal Regional, O
Secretário geral e o Formador da Jufra, 66 (sessenta e seis) Ministros e Vice Ministros de 33 (trinta e três)
Fraternidades Locais das 36 que compõem o Regional Sudeste II, Espírito Santo (Vila Velha, Viana, Santa
Tereza e Colatina) e Estado do Rio de Janeiro (V. Redonda, Paraíba do Sul, Teresópolis, Petrópolis, Pati do
Alferes, S. J. de Meriti, Nilópolis, N. Iguaçu, D. de Caxias, Araruama, Cabo Frio, Rio das Ostras, Quiçamã,
Campos, São Gonçalo, Niterói e de diversos bairros da Capital).
A programação foi intensa e teve início com acolhida às 08:00 horas, seguindo-se a abertura com
Celebração Eucarística às 09:00 h na Capela, presidida pelo Assistente Espiritual local Frei Carlos. A seguir
todos se dirigiram ao auditório onde foram desenvolvidos os trabalhos na parte da manhã do capítulo
extraordinário, compreendendo o referendo do aluguel da sala do Regional, capítulo ordinário de
apresentação das atividades regionais e prestação de contas da OFS, com a leitura do parecer do Conselho
Fiscal, apresentação das atividades da JUFRA, almoço partilhado das 12:30 às 13:30 h, e a parte da tarde
dedicada a avaliação dos membros do Regional pelas fraternidades locais divididas em grupos,
apresentação da Agenda de 2016, oração final e encerramento às 16:00 horas com um gostoso lanche.
Como irmãos e irmãs nos reunimos em fraternidade para dar testemunho do espírito franciscano de paz,
de felicidade e mensageiros da perfeita alegria. Como nos ensina a Regra nº 4 da OFS no Capítulo II. A
Regra e a vida dos franciscanos seculares é esta: observar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo
o exemplo de São Francisco de Assis, que fez do Cristo o inspirador e o centro da sua vida com Deus e com os
homens. (...) Os franciscanos seculares se empenhem, sobretudo na leitura assídua do Evangelho, passando do
Evangelho à vida e da vida ao Evangelho.
Aos irmãos da nossa Fraternidade que se doaram em servir a este encontro, quer no preparo dos lanches e
do almoço, quer em doações de alimentos, quer em orações, o nosso muito obrigado. Que Deus vos
abençoe vos guarde e vos dê um Natal de muita alegria e um ano novo cheio de saúde, prosperidade e
muita paz.
São Francisco e Santa Clara rogai por todos nós. Feliz Natal!
Paz e Bem!
ELIO FERREIRA DE SOUZA
Ministro Local
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VIDA FRANCISCANA – OFS E JUFRA PORCIÚNCULA
O SILÊNCIO NA SAGRADA LITURGIA - Frei Alberto Beckhäuser, OFM
4.1.
O
silêncio
eucarística
na
Celebração
Não se trata apenas dos momentos de
silêncio, que precedem ou seguem algum
rito. O silêncio em si é um rito simbólico e
por sua vez, acompanha a maioria dos
ritos. Podemos distinguir, portanto, entre:
fazer silêncio ou guardar silêncio e ouvir
em silêncio, acompanhar em silêncio,
acolher em silêncio.
A Instrução Geral sobre o Missal Romano,
em sua terceira edição típica, oferece
orientações preciosas sobre o sagrado
silêncio na celebração.
4.1.1. Fazer silêncio
Falando da Estrutura, Elementos e Partes da Missa, no Capítulo I, a Instrução Geral apresenta um item sobre o
silêncio:
“Oportunamente, como parte da celebração, deve-se observar o silêncio sagrado. A sua natureza depende do
momento em que ocorre em cada celebração. Assim, no ato penitencial e após o convite à oração, cada fiel se
recolhe; após uma leitura ou a homilia, meditam brevemente o que ouviram; após a comunhão, enfim, louvam e
rezam a Deus no íntimo do coração. Convém que já antes da própria celebração se conserve o silêncio na igreja, na
sacristia, na secretaria e mesmo nos lugres mais próximos, para que todos se disponham devota e devidamente
para realizarem os sagrados mistérios” (n. 45). Importante notar que o silêncio é parte da celebração, portanto,
também da participação ativa.
4.1.2. Silêncio antes da celebração
A igreja, casa de Deus e da comunidade reunida para o encontro com Deus, pede uma atitude de silêncio. Diante
do numinoso, do sagrado, do santo, o ser humano se cala, contempla. O que vemos, porém? Ensaios de canto,
conversas como se as pessoas estivessem num mercado ou na praça, afinações de instrumentos, correria de cá
para lá. Na chegada ao templo, ao lugar do sagrado, somos convidados a nos recolher. Quem sabe, saudar o
Cristo presente na Eucaristia, rezar uma Hora do Ofício Divino ou algum salmo. Por isso, se recomenda que “se
conserve o silêncio na igreja, na sacristia, na secretaria e mesmo nos lugares mais próximos”. Tudo isso, “para
que os fiéis se disponham devota e devidamente para realizarem os sagrados mistérios”. Observemos que não
se trata de assistir aos sagrados mistérios, mas de realizá-los, de vivê-los.
Os fiéis não se dirigem à igreja para assistir a um espetáculo. Consequentemente, os cantores, os músicos não
tocam e cantam para a assembleia, mas com a assembleia. Eles fazem parte da assembleia que celebra, que
realiza os mistérios.
4.1.3. Ato penitencial
Depois de introduzir na celebração com brevíssimas palavras, o sacerdote convida para o ato penitencial, que, é
realizado pela assembleia após breve pausa de silêncio. Aqui o silêncio tem o caráter de recolhimento,
situando-se diante de Deus como pobre e necessitada de misericórdia.
4.1.4. Convite à oração, na oração do dia ou coleta, como último elemento dos ritos iniciais
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VIDA FRANCISCANA – OFS E JUFRA PORCIÚNCULA
A Instrução Geral diz: “O sacerdote convida o povo a rezar; todos se conservam em silêncio com o sacerdote por
alguns instantes, tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente os seus
pedidos... O povo, unindo-se à súplica, faz sua a oração pela aclamação Amém”. Trata-se, não de um silêncio
vazio, mas cheio de conteúdo: “tomar consciência de que estão na presença de Deus,... formular interiormente
os seus pedidos”. Portanto, não é hora de proclamar intenções da missa nem de dizer a oração com o sacerdote,
mas de unir-se em silêncio à súplica, fazendo-a sua pela aclamação Amém.
Existe ainda outra forma de silêncio como resposta orante. Ocorro nas Preces dos fiéis, ou Oração universal,
tanto na Missa como na Liturgia das Horas. “O povo, de pé, exprime a sua súplica, seja por uma invocação
comum após as intenções proferidas, seja por uma oração em silêncio”. Oração semelhante a essa ocorre
também na Sexta-feira Santa, seja nas grandes Preces universais, onde a oração silenciosa é de pedido, seja na
hora da adoração da Santa Cruz, onde a oração silenciosa assume o caráter de adoração.
4.1.5. Liturgia da Palavra
A Instrução Geral trata de uma maneira nova do silêncio na Liturgia da Palavra. Enumerando os elementos da
Liturgia da Palavra apresenta em primeiro lugar o silêncio: “A Liturgia da Palavra deve ser celebrada de tal
modo que favoreça a meditação; por isso deve ser de todo evitada qualquer pressa que impeça o recolhimento.
Integram-na também breves momentos de silêncio, de acordo com a assembleia reunida, pelos quais, sob a
ação do Espírito Santo, se acolhe no coração a Palavra de Deus e se prepara a resposta pela oração. Convém que
tais momentos de silêncio sejam observados, por exemplo, antes de se iniciar a própria Liturgia da Palavra,
após a primeira e a segunda leitura, como também após o término da homilia” (n. 56). Trata-se de um silêncio
de preparação de acolhida da Palavra de Deus, de meditação e de resposta à Palavra pela oração.
Neste ponto há muito que fazer. Deve haver um entrosamento harmonioso entre o Presidente, o comentarista,
os leitores e toda a assembleia. A assembleia deve ser iniciada no rito do silêncio, sobretudo antes de se iniciar
a Liturgia da Palavra, para que o silêncio não se torne surpresa, e por isso mesmo, distúrbio. O silêncio não deve
criar ansiedade na assembleia, mas paz, quietude. A Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas oferece um
critério importante para avaliar o tempo do silêncio: “Contudo, evite-se introduzir um silêncio tal que deforme
a estrutura do Ofício, ou que ocasione aos participantes mal-estares ou tédio” (n. 202).
O costume de os cabidos catedrais dos cônegos, os monges e religiosos proclamarem a Salmodia em dois coros
um voltado para o outro nos ensina uma coisa importante. Os salmos constituem Palavra de Deus em forma de
resposta orante do ser humano. Por isso, ela é proclamação e ao mesmo tempo resposta orante. Um lado
anuncia, enquanto o outro lado ouve em silêncio. Em seguida, o lado que ouviu anuncia a Palavra e o outro, por
sua vez, escuta em silêncio. A melhor maneira de ouvir é escutar em silêncio. Toda a Liturgia possui um caráter
dialogal. O diálogo entre Deus e a humanidade se expressa no diálogo da assembléia celebrante, sobretudo
entre o sacerdote e os fiéis. Na prática de todos dizerem os textos juntos corre-se o sério risco da rotina e da
banalização na recitação do texto dado, deixando muitas vezes de serem verdadeira oração. Importa resgatar o
diálogo entre a palavra e o silêncio.
4.1.6. O silêncio antes e depois da Comunhão
Após o rito da fração do Pão “o sacerdote prepara-se por uma oração em silêncio para receber frutuosamente o
Corpo e Sangue de Cristo. Os fiéis fazem o mesmo, rezando em silêncio” (n. 84). Este momento de oração em silêncio
praticamente ainda não foi descoberto pelos fiéis, em geral, ocupados com o canto do Cordeiro de Deus que
acompanha a fração do Pão. Por isso, se recomenda que quando houver uma ou poucas hóstias para partir, a
assembléia cante ou recite o Cordeiro de Deus, uma vez com o tende piedade de nós e a segunda vez, logo, com o dainos a paz. Então haverá possibilidade de os fiéis se recolherem em breve oração silenciosa, enquanto o sacerdote
também reza uma oração em silêncio.
“Terminada a distribuição da Comunhão, se for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram por algum tempo em silêncio”
(n. 88). É silêncio de oração do coração, de acolhida, de aconchego, de comunhão, de resposta de louvor e
agradecimento e mesmo de adoração do Senhor sacramentalmente presente no âmago do ser de cada fiel.
Continua no próximo Vida Franciscana...
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VIDA FRANCISCANA – OFS E JUFRA PORCIÚNCULA
CALENDÁRIO DA FRATERNIDADE
Dia 03
Dia 04
Dia 05
Dia 06
Dia 08
Dia 11
Aniversário da irmã Maria Vitorina Dias Borges Azevedo
Missa da OFS às 18h
Capítulo Avaliativo Regional
/ Encontro de Ministros
2º DOMINGO DO ADVENTO
NOSSA SENHORA IMACULADA CONCEIÇÃO
Missa da OFS às 18h
Aniversário das irmãs:
Célia Cunha Macuco,
Dorcelina P. Figueiredo (Filhinha),
Luzia Gomes Patrocínio, e
Maria Cândida de A. Domingues.
3º DOMINGO DO ADVENTO
Aniversário da irmã Maria Aparecida N. de Carvalho
Aniversário Natalício do Papa Francisco
Missa da OFS às 18h
4º DOMINGO DO ADVENTO- REUNIÃO GERAL DA FRATERNIDADE
Aniversário da irmã Hildegardes Moreno Botelho (SEI)
NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
SAGRADA FAMILÍA
São João, apóstolo e evangelista
Aniversário de Maria Catarina Manso de Almeida
Dia 13
Dia 15
Dia 17
Dia 18
Dia 20
Dia 23
Dia 25
Dia 27
Dia 30
C
NATAL, A TERNURA DE DEUS NOS VISITA
Dom Adelar Baruffi - Bispo de Cruz Alta (RS)
om queremos viver o Natal? Alguns pontos falam alto na celebração natalina, para que ela se torne bela e seja
fonte de muita alegria.
Maravilhar-se! “O que é o homem, para que dele te lembres? O ser humano, para que o visites?” (Sl 8,5). Qual a
razão de que nos alegremos com a celebração do Natal? Tomo como exemplo o encantamento do salmista
diante da grandiosidade e beleza do universo, criatura de Deus, e do lugar que nele tem o ser humano. Temos
a mesma atitude de transbordamento de alegria e maravilha diante de tão grande mistério: “Bendito seja o Senhor, Deus
de Israel, que a seu povo visitou e libertou.” (Lc 1,68). Somos visitados por Deus. Não somos nós que o buscamos, mas Ele,
qual Pastor, vem em busca das suas ovelhas e, como Bom Samaritano, manifesta toda sua misericórdia inclinando-se sobre
nossas feridas e tomando-nos nos ombros. Vem trazer à humanidade o caminho da paz e da fraternidade, tão necessários
ainda hoje! Como não maravilhar-se, festejar e se alegrar?
A simplicidade! Deus se fez pequeno, voluntariamente se esvaziou para chegar até nós, “tornando-se semelhante aos
homens” (Fl 2,7). Dizia Santa Terezinha: “É próprio do amor abaixar-se.” Como poderíamos nós, humanos, chegar até Deus,
se Deus não viesse ao nosso encontro, ao nosso nível, segundo nossas possibilidades? “A Palavra eterna fez-se pequena;
tão pequena que cabe numa manjedoura. Fez-se criança, para que a Palavra possa ser compreendida por nós.” (Bento XVI,
Verbum Domini, 12). Deus mostrou-se no rosto humano de Jesus de Nazaré. Mas precisamos da fé para reconhecê-lo, pois
ele é igual a tantos outros: “um recém-nascido, envolto em faixas e deitado na manjedoura.” (Lc 2, 12). O caminho da vinda
de Deus até nós é simples, austero e pobre. Assim, o caminho humano de acolhida de Deus pede que “nos tornemos como
crianças” (Mt 18,3), que sejamos solidários. Por isso, os pastores sabem ler o sinal, bem como os pobres, que logo se
alegram e bendizem a Deus, como Simeão e Ana, no templo (cf. Lc 2,25-38). Quem não compreender este mistério da
pequenez de Deus, não conseguirá celebrar o Natal. No máximo, fará festa!
O presépio. É salutar o costume, que a tradição remonta a São Francisco de Assis, do presépio natalino. Num tempo de
tantas distrações, que acabam até desvirtuando o sentido do Natal, o presépio nos conduz ao essencial. Demos ao presépio
um lugar de destaque em nossas casas, não a outros adereços que distraem. Fixemos nosso olhar no Menino, pequeno,
despojado, entregue aos cuidados de Maria e José. Ele é o Emanuel, Deus-conosco! Peçamos a Maria, seu olhar materno
para contemplá-lo. Contemplemos a criação toda que se alegra com a chegada do Messias.
Abençoado Natal a todos e “paz na terra aos homens por ele amados.” (Lc 2,14).
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