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Adventista.
Exemplar Avulso: R$ 3,15 – Assinatura: R$ 37,80
Revista
Mensagens para a Semana de Oração
O reavivamento
e a Palavra
Outubro • 2012
Mensagem Pastoral
O que você
tem nas mãos?
Deus tem
realizado
grandes coisas
por meio de
pessoas que
Lhe entregam
o que têm nas
mãos
Erton KÖhler
é presidente da
Igreja Adventista
do Sétimo Dia
para a América
do Sul.
2
G
osto de observar a vida dos
grandes líderes da Bíblia.
Pessoas com limitações, mas
que foram usadas e sustentadas por Deus.
Um dos personagens que mais admiro
é Moisés, pela forma incomum com que
Deus dirigiu sua vida. Suas aparentes derrotas sempre foram o princípio de grandes vitórias. Ele experimentou a aplicação
das palavras de Ellen G. White, que também servem
para nós hoje: “Deus jamais conduz Seus filhos de
maneira diferente da que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio e discernir a glória
do propósito que estão realizando como Seus colaboradores” (A Ciência do Bom Viver, p. 479).
Um dos momentos mais bonitos da jornada desse
líder de Deus foi seu chamado. Esquecido no deserto
por muitos anos, Deus lhe apareceu em uma sarça
ardente. Sua primeira reação à sua missão foi apresentar desculpas. É mais fácil fugir do que agir. A resposta imediata foi: “Quem sou eu para essa missão?”
Depois: “Eu não sei falar”; e em seguida: “O que vou
dizer?” Finalmente, afirmou: “Eles não vão acreditar.”
No meio desse diálogo insistente, Deus fez um
desafio a Moisés, usando apenas uma pergunta: “O
que tens nas mãos?” (Êx 4:2). Era uma questão óbvia,
pois ele tinha nas mãos um simples cajado. Deus,
contudo, queria começar mostrando que Sua especialidade é usar coisas simples para alcançar resultados extraordinários. Ele apenas precisa que entreguemos em Suas mãos o que temos nas nossas.
Usando aquele simples cajado, Deus fez uma serpente, operou muitos milagres, enviou pragas sobre o Egito e abriu o Mar Vermelho, apenas para
começar uma longa lista.
Mas, olhando pela lógica humana, quem foi Moisés para a missão que Deus queria realizar? Certo
consultor de empresas trouxe a situação para os
dias de hoje e tentou encontrar um emprego para
Moisés. Segundo ele, a ficha de candidato seria mais
ou menos assim: 1) Nome: Moisés; 2) Filiação: Órfão, quase não conviveu com os pais, que o abandonaram junto a um rio. Foi criado por uma família
rica. Abandonou, de forma inesperada, a casa dos
pais adotivos. 3) MBA: Nenhum. 4) Cursos de negociação: Nenhum. 5) Experiência profissional: Tem
girado pelo mercado, o que indica dificuldade de
Revista Adventista I outubro • 2012
ficar muito tempo no mesmo lugar. 6) E-mail: Não
usa computador. Afirma que seu forte é a palavra
falada no contato direto com as pessoas. 7) Aparência: Pouco asseada; usa barba longa e mal cuidada.
O autor foi mais longe e deixou claro que o máximo que Moisés conseguiria em uma companhia
de hoje seria um emprego dos mais simples, e isso
se melhorasse sua aparência pessoal. Mas veja o que
Deus foi capaz de fazer com alguém que se colocou
em Suas mãos: Negociou com Faraó a libertação dos
israelitas; conduziu e alimentou essas pessoas no deserto por cerca de 40 anos, treinando-as para vencer batalhas; delegou autoridade e poder aos chefes das tribos; organizou todo o sistema de leis do
povo; preparou seu sucessor, Josué, para continuar
a obra de estabelecer a nação de Israel.
A entrega do cajado foi apenas símbolo da entrega de toda a sua vida. Quando entregamos a Deus
o que temos nas mãos, damos grande passo para entregar o que está no coração.
Cada vez que leio a história de Moisés, ouço a
mesma pergunta sendo feita diretamente a mim.
Lembro-me de que preciso renovar diariamente
minha entrega pessoal e reiterar minha dependência do Senhor.
E você? O que tem nas mãos e o que está fazendo
com isso? Que talentos você recebeu de Deus e
como os está utilizando? Que limitações você tem
e o que tem feito com elas? Você está usando o que
Deus lhe deu para prosperar ou para salvar? Para
ganhar ou para compartilhar? Para investir ou para
evangelizar?
Para mim, é emocionante encontrar irmãos e irmãs simples dedicando boa parte de seu tempo para
dar estudos bíblicos e liderar pequenos grupos. Empresários e profissionais bem-sucedidos, que não
têm vergonha de assumir sua fé, distribuindo milhares de livros missionários ou convidando amigos para estudar a Bíblia em sua casa. Pessoas com
sérias limitações de saúde, falando de Jesus poderosamente. Cegos ou analfabetos que dão dezenas
de estudos bíblicos por semana. Jovens que entregam todo o tempo de férias para fazer evangelismo.
Pessoas que deixam seu emprego e decidem dedicar a vida ao ministério.
Experimente reviver a experiência de Moisés.
Ouça a pergunta feita por Deus, renove sua entrega
a Ele e experimente milagres extraordinários!
Ansel Oliver
Erton Köhler
O Leitor Opina
Alto nível
Nº 1253
Outubro, 2012
Ano 107
www.revistaadventista.com.br
Pu­bli­ca­ção Men­sal – ISSN 1981-1462
Órgão Ge­ral da Igre­ja Ad­ven­tis­ta do Sé­ti­mo Dia no Bra­sil.
De­di­ca­do à Pro­cla­ma­ção da “Fé que uma vez foi
en­tre­gue aos san­tos”.
“Aqui está a pa­ciên­cia dos san­tos: Aqui es­tão os que
guar­dam os man­da­men­tos de Deus e a fé de Je­sus.”
Apoc. 14:12.
E­di­tor
Ru­bens S. Les­sa
E­di­to­res As­so­cia­dos
Paulo Roberto Pinheiro, Marcos De Benedicto,
Sueli Oliveira, Francisco Lemos, Zinaldo Santos,
Ivacy F. Oliveira, Michelson Borges, Diogo Cavalcanti,
Neila D. Oliveira, Guilherme Silva, André Oliveira Santos,
Márcio Nastrini, Nerivan Silva, Wendel Lima, Adriana
Teixeira, Vinícius Mendes, Eduardo Rueda e Alex Machado.
Co­la­bo­ra­do­res
Ted Wilson, Erton Köhler, Magdiel Pérez, Marlon Lopes,
Edson Rosa, Domingos José de Souza, Geovani Souto
Queiroz, Gilmar Zahn, Helder Roger Cavalcante Silva,
Leonino Santiago, Marlinton Lopes e Maurício Lima.
Projeto Gráfico
Levi Gruber
Imagem da Capa
Steve Creitz
CA­SA PU­BLI­CA­DO­RA BRA­SI­LEI­RA
Edi­to­ra dos Adventistas do Sétimo Dia
Ro­do­via Es­ta­dual SP 127 – km 106
Cai­xa Pos­tal 34; CEP 18270-970 – Ta­tuí, São Paulo
Fone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900
Serviço de Atendimento ao Cliente
Ligue Grátis: 0800 9790606
Segunda a quinta, das 8h às 20h
Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.
Jabis Peixoto
Itararé, SP
É hora de quebrar o
silêncio
A entrevista com Wiliane Steiner
Marroni (RA-setembro) me trouxe
à lembrança minha chegada à Igreja
Adventista do Sétimo Dia. Sou psicóloga há 24 anos e adventista há
apenas 6 anos. Além da elucidação
da questão do sábado pelo Espírito
Santo de Deus, por meio do pastor
Elias Leichsering e a esposa Selma, o
que mais me chamou a atenção foi a
atitude “cidadã” da Igreja Adventista
do Sétimo Dia com respeito à violência em nossa sociedade. Desde
essa época, estou na linha de frente
Eliane F. Bordin
Itapoá, SC
Conselho
Oportuníssimo o artigo “Conselho no aeroporto” (RA-setembro).
Creio que as línguas ferinas existentes no arraial do povo de Deus são
um sintoma inequívoco da ausência
do Espírito Santo. A existência desses “incontroláveis faladores” é sinal
da falta de zelo em ganhar pessoas
para o reino de Deus.
Escreva para: Revista Adventista “O Leitor Opina”: Caixa Postal 34
18270-970 – Tatuí, SP, ou [email protected]
As cartas publicadas não representam necessariamente
o pensamento da Revista.
5 O reavivamento e a Palavra
Ted N. C. Wilson
8 Tornando nossa a Palavra
Diretor-Ge­ral
José Carlos de Lima
Diretor Financeiro
Edson Erthal de Medeiros
Re­da­tor-Che­fe
Ru­bens S. Les­sa
Ge­ren­te de Produção
Reisner Martins
Ge­ren­te de Ven­das
João Vicente Pereyra
Chefe de Ex­pe­di­ção
Eduardo G. da Luz
Chefe de Arte
Marcelo de Souza
10 O coração e o solo
Todos os direitos reservados. Proibida
a reprodução total ou parcial, por
qualquer meio, sem prévia autorização
escrita do autor e da Editora.
5480/27212
Galina Stele
Jerry Page
18 A riqueza da Palavra
20 Cantando a Palavra
Nú­me­ros atra­sa­dos: Pre­ço da úl­ti­ma edi­ção. A Edi­to­ra
só se res­pon­sa­bi­li­za pe­las as­si­na­tu­ras an­ga­ria­das por
re­pre­sen­tan­tes do SELS – Ser­vi­ço Edu­ca­cio­nal Lar e Saú­de.
Wanderlandson Monteiro
Engenheiro Coelho, SP
Agente de viagem
Sou agente de viagens; por isso,
chamou-me a atenção o título do
artigo “Agente de viagem ou guia
turístico?” (RA-setembro). A matéria começa com um elogio à profissão, mas é deselegante quanto à
aplicação. Numa abordagem espiritual adicional, sugiro que cada
pessoa, em seu ministério pessoal,
deve agir ou como um bom agente, indicando o melhor caminho
para quem vai realizar a viagem,
ou como um bom guia, que proporciona o melhor aproveitamento possível de quem está fazendo
a viagem. Agentes e guias são necessários, cada um desempenhando bem seu papel.
Wander de Luca Faria
por e-mail
Bonita Joyner Shields
14 Chamado para liderar
E­xem­plar Avul­so: R$ 3,15.
Assinatura: R$ 37,80.
“Pelo contemplar, somos transformados” (Ellen G. White, Patriarcas
e Profetas, p. 81). Pelo fato de nos
demorarmos nos defeitos alheios,
perdemos de vista nosso modelo,
Jesus Cristo, e cada vez mais nos assemelhamos ao nosso imperfeito objeto de contemplação. Daí o atrofiamento espiritual.
Se esses “supostos cristãos” pudessem estar no Céu, encontrariam
defeito até no todo-poderoso Deus!
Por outro lado, deve ser ressaltado
que não podemos nos ocupar em
responder às constantes críticas que
nos fazem (algumas pedem respostas e atitudes enérgicas), porque não
nos sobraria tempo para pregar o
evangelho.
Ángel Manuel Rodrígues
12 Reavivados e preparados
As no­tí­cias para a re­vis­ta do mês se­guin­te de­vem es­tar
na Re­da­ção até o dia 10. Não se de­vol­vem ori­gi­nais,
mes­mo não pu­bli­ca­dos.
Ti­ra­gem: 21.000
É impressionante o alto nível dos
artigos da Revista Adventista, especialmente os da edição de setembro de 2012! Cada artigo é relevante, com sólido embasamento bíblico. Sirvo nesta igreja como pastor
e, portanto, posso fazer essa afirmação.
Quero destacar especialmente a
Mensagem Pastoral intitulada “Sementes” e a matéria de capa: “Visão
além do alcance”.
dessa campanha e fico muito feliz
quando me abrem espaço nas igrejas do distrito. Contudo, acho que é
insuficiente falarmos desse assunto no culto de um sábado apenas,
em agosto. Além da necessidade de
abordar o tema com mais ênfase, especificidade e carinho, precisamos
aproveitar todo o material criado
para a campanha “Quebrando o Silêncio”, que é da mais alta qualidade,
tanto para o trabalho com as crianças e mulheres, quanto para o trabalho com os idosos. O dif ícil é conseguir parceiros nessa luta, até mesmo
entre a liderança das igrejas.
Seja como for, sinto orgulho de
pertencer a uma Igreja tão consciente de seu papel na luta contra
a violência.
Ekkehardt Mueller
Derek J. Morris
22 Reavivamento e missão
Ellen G. White
42 O reavivamento e a Palavra
Mensagens para a Semana de Oração dos menores.
Anne-May Wollan
Dê sua opinião:
Qual é o tema menos
abordado nas pregações e
por quê?
Seções
2Mensagem Pastoral
3Cartas
25Notícias
Em novembro
•E
le vem em minha
geração
•A
aparente demora
•O
propósito das provas
Revista Adventista I outubro • 2012
3
Edital
Convocação da Assembleia Geral
Denominacional de Organização da
União Leste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia
A Divisão Sul-Americana da Igreja
Adventista do Sétimo Dia (DSA), órgão
eclesiástico-administrativo superior,
por este edital convoca os delegados respectivos para a realização da
Assembleia Geral Denominacional de
Organização da União-Missão Leste
Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia (ULB), a ser realizada nos dias
11 e 12 de novembro de 2012, no Condomínio Busca Vida, localizado na Estrada do Coco, km 8, Camaçari, BA, com
instalação e abertura designadas para
as 20 horas do dia 11, em primeira verificação de quórum de, no mínimo, 51%
dos delegados regulares credenciados,
ou 1 hora após, em segunda e última
verificação, com quórum de 30% dos
delegados regulares, devendo, neste
caso, as deliberações serem tomadas
pelo voto de pelo menos dois terços
(2/3) dos delegados regulares e gerais
presentes. A instalação da Assembleia
será presidida por Erton Carlos Köhler
e secretariada por Magdiel Ezer Pérez
Schulz, respectivamente presidente e
secretário da DSA, que transmitirão a
direção dos trabalhos ao presidente e
secretário da ULB após a posse destes. Serão delegados à AGDO/ULB: (1)
delegados regulares: os credenciados
pelas comissões diretivas das Associações e Missões constituintes da ULB:
Associação Bahia da Igreja Adventista
do Sétimo Dia, Associação Bahia Central da Igreja Adventista do Sétimo Dia,
Associação Bahia Sul da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Missão Bahia Sudoeste da Igreja Adventista do Sétimo
Dia e a Missão Sergipe da Igreja Adventista do Sétimo Dia, na seguinte base:
(a) cada associação terá direito a um
delegado, independentemente do
número de membros, e mais um delegado adicional para cada 4 mil membros de igreja, calculados, para todos
os efeitos, sobre o número de membros em 31 de dezembro de 2011; (b)
a delegação incluirá uma equilibrada
representação de obreiros e membros
leigos. (2) delegados-gerais: (a) o presidente, o secretário e o tesoureiro da
ULB, já nomeados pela comissão diretiva da DSA; (b) os pastores-gerais,
os secretários e os tesoureiros das associações integrantes da ULB; (c) os
membros da comissão diretiva da Associação Geral e da DSA, presentes,
não excedentes a 10% do número de
delegados regulares; (d) um representante do Seminário Latino-Americano de Teologia, indicado pela DSA; (e)
outras pessoas do corpo de obreiros
do território da futura ULB propostas
pela comissão diretiva da DSA e aceitas pela Assembleia, sempre que o
número destas não exceda a 10% dos
delegados regulares. Em conformidade com o Artigo VI e seus incisos do
Regulamento Interno outorgado pela
DSA, a Assembleia funcionará com a
finalidade de: (1) registrar o Regulamento Interno da ULB outorgado pela
comissão diretiva da DSA, pelo voto
2012-256; (2) registrar a nomeação do
presidente, do secretário e do tesoureiro da ULB efetuada pela DSA, em
conformidade com o Art. X do Regulamento Interno, pelo voto 2012-115;
(3) eleger o secretário da associação
ministerial, os secretários dos departamentos e serviços, com mandato
de cinco anos; (4) eleger os membros
eletivos da comissão diretiva da ULB
e relacionar os nomes dos membros
ex officio, de acordo com o disposto no
Artigo IX, do Regulamento Interno; (5)
elaborar planos para o melhor desenvolvimento das atividades da ULB em
harmonia com os regulamentos e as
deliberações da DSA; (6) formalizar a
organização administrativa e funcional da ULB, sobretudo a incorporação
dos bens patrimoniais, direitos, obrigações, pessoal, organizações e instituições decorrentes da cisão efetuada
da União Nordeste Brasileira da Igreja
Adventista do Sétimo Dia; (7) tratar de
outros assuntos propostos pela comissão diretiva ou pelos administradores
da Divisão Sul-Americana.
Brasília, DF, 14 de agosto de 2012
Erton Carlos Köhler, presidente
Magdiel Ezer Pérez Schulz, secretário
Lançamento
Volume 3
1 Crônicas a Cântico
entista
Tratado de Teologia Adv
entista, vol. 1
Comentário Bíblico Adv
Gênesis a Deuteronômio
entista, vol. 2
Comentário Bíblico Adv
s
Rei
2
a
Josué
entista, vol. 3
Comentário Bíblico Adv
Cânticos
dos
tico
Cân
1 Crônicas a
dos Cânticos
Cada volume do Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia oferece ao leitor uma
variedade de artigos que abordam diferentes aspectos da história, arqueologia, cultura e
da formação do texto e do cânon das Escrituras.
Mapas, diagramas e ilustrações também ajudam o leitor a visualizar e entender diversos
aspectos históricos, geográficos e culturais relacionados com o texto sagrado, tornando
mais eficaz a compreensão e aplicação de revelação bíblica. Contém material suplementar
que relaciona o texto bíblico e os escritos de Ellen G. White.
Para adquirir, ligue: 0800-9790606*, acesse: www.cpb.com.br, ou dirija-se a uma das livrarias da CPB ou SELS.
*Horários de atendimento: Segunda a quinta, das 8h às 20h / Sexta, das 8h às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.
Primeiro sábado
Ted N. C. Wilson
O reavivamento
e a Palavra
Estamos dispostos a ser submissos?
A
o iniciarmos uma semana de ênfase espiritual sobre reavivamento e a Palavra, alguns podem perguntar a si mesmos por que necessitamos
de mais mensagens sobre esse tema.
Talvez você seja um cristão adventista
do sétimo dia que se sente satisfeito ao
ver tudo continuar como sempre. Uma
programação agradável na igreja sábado pela manhã e uma vida moral básica podem ser a essência do adventismo do sétimo dia para você. Se isso lhe
parece suficiente, então você está perdendo a melhor parte do que significa
ser adventista do sétimo dia.
Talvez a ideia de reavivamento lhe
seja simpática. Ao observar os acontecimentos, as mudanças sociais e culturais do mundo, você nota que tudo está
caminhando para o desastre. Você até
mesmo pode desejar um reavivamento,
pensando que isso signifique o retorno
aos fundamentos da sociedade, à segurança de um tempo e maneira bem organizados de fazer as coisas.
Segurança e ordem não são atrativas para todas as pessoas. Talvez você
esteja interessado em um reavivamento que venha sacudir a condição
prevalecente. Gostaria de ver mais poder, mais ação, mais milagres e rápido
crescimento da igreja. Embora essas
coisas possam e devam ter lugar como
resultado do reavivamento, elas não
são o âmago dessa experiência.
Ao estudarmos sobre reavivamento,
individualmente e como igreja, geralmente ficamos ansiosos por uma experiência espiritual maravilhosa. Embora
uma grande experiência represente
um bom começo, o verdadeiro reavivamento deve ir além de uma experiência passageira. Deve ser mais que um
novo começo. Reavivamento implica
percorrer todo o caminho de volta às
origens. “No princípio era Aquele que
é a Palavra. Ele estava com Deus, e era
Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por
intermédio dEle; sem Ele, nada do que
existe teria sido feito” (Jo 1:1-3, NIV).
O coração do verdadeiro reavivamento – Reavivamento é mais que vol-
tar aos fundamentos, mais que sacudidura. É mais do que algo relacionado a
poder ou influência. Reavivamento envolve renovação de nosso foco em Jesus.
Por meio de Jesus Cristo o mundo foi
criado e é somente por Ele que acontece
a recriação ou o reavivamento. Jesus é,
e sempre deve ser, fundamental para
qualquer experiência de reavivamento.
Acaso, necessitamos desse tipo de
reavivamento? Lembremo-nos de que
ainda estamos aqui neste mundo e
Jesus ainda não veio para nos levar ao
lar. Ainda não experimentamos o prometido derramamento do Espírito
Santo, que nos habilitará a concluir
a tarefa de levar a tríplice mensagem
angélica “a toda nação, tribo, língua e
povo” (Ap 14:6, NIV). Como igreja, necessitamos do reavivamento, mas isso
não acontecerá de modo coletivo sem
antes acontecer, primeiramente, em
nossa experiência pessoal.
Necessitamos ser pessoalmente reavivados? Para responder a essa pergunta, cada um de nós pode aplicar a si
mesmo este simples teste: “Quem possui nosso coração? Com quem estão
nossos pensamentos? Sobre quem gostamos de conversar? Quem é o objeto
de nossas mais calorosas afeições e
nossas melhores energias? Se somos de
Cristo, nossos pensamentos com Ele
estarão, e nEle se concentrarão nossas mais doces meditações. Tudo que
temos e somos será consagrado a Ele.
Almejaremos trazer Sua imagem, receber Seu Espírito, cumprir Sua vontade
e agradar-Lhe em todas as coisas.”1
Reavivando o relacionamento
– Para que o reavivamento tenha iní-
cio, devemos focalizar nosso relacionamento com Jesus. Se compreendermos que somos salvos pela graça e somos completamente dependentes de
um Deus poderoso que não apenas nos
Revista Adventista I outubro • 2012
5
6
Revista Adventista I outubro • 2012
Meios de partilhar – O reaviva-
mento de que necessitamos não está
fundamentado em emocionalismo
nem em milagres. Queremos conhecer melhor Jesus, para que possamos
compartilhá-Lo mais. Para evangelizar, necessitamos da motivação e do
poder do Espírito Santo. Precisamos
que Jesus nos envie o prometido Espírito, à semelhança do que Ele fez
aos Seus esperançosos seguidores no
Pentecostes (Jo 16:7). Essa nossa necessidade é mais intensa que o desafio de alcançar as grandes cidades.
Entretanto, em muitas cidades mal
temos um ponto de apoio. Relembrando as palavras do profeta
Zacarias, compreendemos que a
grande comissão será cumprida:
“‘Não por força nem por violência,
mas pelo Meu Espírito’, diz o Senhor
dos Exércitos” (Zc 4:6, NVI).
De que maneira poderemos causar
impacto? Novos planos e estratégias
podem ter seu lugar, mas o que realmente necessitamos é o poder operador de milagres da Palavra que, no
princípio, criou todas as coisas. Necessitamos ser receptivos para ser agentes
de Deus na proclamação das boas-novas do vitorioso Salvador Jesus e de
Sua segunda vinda, anunciando-a “a
toda nação, tribo, língua e povo”
(Ap 14:6, NIV).
Steve Creitz
criou mas nos redimiu, não escolheremos uma aproximação mecânica e legalista desse Deus. Nossa completa e grata
entrega ao nosso Senhor resultará em
uma vida cristã cheia do Espírito Santo,
vibrante e dinâmico testemunho.
Necessitamos compreender plenamente onde estamos na fluidez do
tempo e onde estamos em relação à
breve vinda de Cristo. Devemos nos
lembrar de que o grande conflito está
ocorrendo ao nosso redor e, frequentemente, em nós, e que o inimigo deseja arruinar nossa vida espiritual e
nossa ligação com Cristo, a fim de impedir que o mundo ouça o alto clamor
de Apocalipse 14.
Crescimento – A fim de conhecer
melhor Jesus, de modo que possamos
compartilhá-Lo mais, necessitamos
cultivar profundo relacionamento com
Ele e continuar a crescer em nossa caminhada com o Senhor. Aceitar Jesus
é uma experiência crescente. À semelhança do apóstolo Paulo, temos que
estar dispostos a morrer diariamente
para nós mesmos (1Co 15:31).
A ideia de cultivar relacionamento
com Jesus não é nova para nós, mas
pelo fato de que não podemos vê-Lo,
frequentemente temos dificuldade em
alimentar essa experiência. Relacionamento é comunicação. E a oração abre
nosso coração e nos atrai a um mais
íntimo relacionamento com Jesus. As
barreiras que nos mantêm longe dessa
experiência de intimidade caem à medida que suplicamos a ajuda de Deus.
Todo orgulho, amargura, complacência pecaminosa e materialismo podem
ser quebrados por meio do Espírito,
quando investimos tempo com Jesus,
em oração.
No corre-corre do nosso dia a dia,
com tantas atividades que demandam nosso tempo e atenção, é desafiador manter a vibração de nosso amor
por Jesus. Porém, temos que encontrar
tempo para ouvir a voz de Deus.
Embora Ele nos fale através de Suas
obras providenciais e das impressões
causadas pelo Espírito Santo em nossa
mente, a maneira mais clara pela qual
Ele Se comunica conosco é Sua Palavra. Ao tomarmos tempo para estudála, devemos pedir fervorosamente que
o Espírito Santo esteja presente, para
remover qualquer coisa que possa nos
separar de Deus.
Como adventistas do sétimo dia, recebemos um maravilhoso tesouro. O
Espírito de Profecia é um dos grandes
dons de Deus para o povo remanescente no tempo do fim. Nas palavras
de Ellen G. White, Ele é “uma luz menor para guiar homens e mulheres à
luz maior.”2 Ouçamos os conselhos de
Sua mensageira. Deixemos que eles
nos atraiam ao incomparável encanto
de Jesus e nos encorajem a estudar
mais profundamente Sua Palavra.
A verdade em Jesus – Enquanto
vivemos nestes tempos solenes da história da Terra, é particularmente
importante compreendermos como
todas as nossas doutrinas estão centralizadas em Jesus.
Em breve, os acontecimentos finais se desencadearão sobre nós. Em
breve, Cristo virá e executará a sentença final sobre Satanás. O sangue de
Jesus Cristo, derramado sobre a cruz
em sacrifício por nós e o ministério de
nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo,
no santuário celestial têm um propósito: que você, eu e todos os que nos
submetemos a Ele, confessemos nossos pecados e O aceitemos como nosso
Salvador, de modo que sejamos tornados justos diante de Deus e tenhamos
vida eterna por meio do todo abarcante ministério de Cristo. Não precisamos temer o Juízo, se conhecemos o
Cordeiro; se conhecemos nosso Sacerdote e Rei.
O Rei vindouro – É importante
que compreendamos a sequência do
que acontecerá no futuro próximo.
Quando Cristo voltar, todo o olho O
verá. Isso será a concretização da nossa
bendita esperança, que, conforme
acreditamos, ocorrerá em breve. Podemos ver os sinais se cumprindo ao
nosso redor. Em Mateus 24, Jesus falou
sobre os sinais de Sua vinda. A fim de
comprovarmos o cumprimento desses
sinais, somente precisamos estar atentos ao que acontece no mundo atual:
oscilações da economia, instabilidade
política, doenças devastadoras, calamidades naturais, decadência social
e moral. Já existem movimentações
ecumênicas com o objetivo de criar
um sistema religioso unificado que se
oporá ao culto a Deus no sétimo dia da
semana, o sábado. Finalmente, eliminará a liberdade religiosa e promoverá
um dia substituto de adoração.
Ao vir Jesus pela segunda vez, Seus
pés não tocarão a Terra, mas nós seremos elevados às nuvens, “para o encontro com o Senhor, nos ares” (1Ts 4:17).
Entretanto, antes de Sua gloriosa
vinda, Satanás buscará “enganar até os
eleitos” (Mt 24:24). O inimigo se transformará em “anjo de luz” (2Co 11:14)
e tentará personificar Cristo. De que
maneira poderemos distinguir entre
o impostor e o Cristo real? Imagine a
mídia freneticamente divulgando que
o impostor supostamente “provará”
ser o verdadeiro Cristo. “Satanás, cercado por anjos maus, e reivindicando
ser Deus operará milagres de todos os
tipos, para enganar, se possível, os próprios eleitos.”3 Não será seguro confiarmos em nossos sentidos físicos.
Necessitaremos ter nossos olhos espirituais renovados pelo Espírito Santo.
Precisaremos estar em tal sintonia
com nosso Salvador, tão familiarizados com Sua voz na Palavra, que sejamos capazes de viver pela fé (Rm 1:17),
na hora mais escura da Terra.
Perto do fim – Creio que o sonho
que Deus tem de ver Sua missão concluída logo será realizado. Estou certo
de que, à medida que buscamos conhecer melhor Jesus, Deus derramará
Seu Espírito Santo sobre nós, sem medida. Ele nos usará na proclamação
de Sua verdade, e “a terra se encherá
do conhecimento da glória do
Senhor, como as águas enchem o mar”
(Hc 2:14, NVI). A obra de Deus na
Terra será completada. Jesus virá como
poderoso libertador. Ele virá como Rei
dos reis e Senhor dos senhores, para
levar Seus filhos ao lar.
TED n. C. WILSON é presidente mundial
da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Referências
1. Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 58.
2. Ellen G. White, Evangelismo, p. 257.
3. Ellen G. White, Conselhos Para a Igreja, p. 39.
per g u n t a s
para
Reflexão
1. Em meio ao barulho do nosso
mundo saturado de mídia,
como posso manter meu foco
em Jesus? Que atitudes práticas
posso tomar para que Ele encha
minha vida?
2. Ouvimos e falamos muito sobre
“verdade”. De que maneira “a
verdade que está em Jesus”
(Ef 4:21, NVI) é vista em minha
vida e meus relacionamentos
no meu dia a dia?
3. Reavivamento é algo pessoal,
mas, ao mesmo tempo,
relacional. Que papéis a igreja
desempenha nesse processo?
Revista Adventista I outubro • 2012
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Domingo
Ángel Manuel Rodríguez
Tornando
nossa a Palavra
Aprendendo a se beneficiar de seu poder
A
vida não se sustenta por
si mesma. Organismos vivos dependem de elementos externos para se manterem vivos. Água, comida, oxigênio – para mencionar apenas alguns
itens – são indispensáveis para a existência da vida. Numa perspectiva bíblica, somente Deus pode sustentar e
preservar a vida num ambiente que se
encontra em estado de decadência e
constitui uma ameaça constante para
uma existência humana significativa.
A vida é sustentada, de maneira particular, por meio da Palavra de Deus.
Isso é especialmente verdade em nossa vida espiritual, que, para ser mantida vibrante, precisa de constante poder – poder que vem de fora de nós
mesmos.
Deus e a Palavra – O salmista es-
creveu: “Os céus por Sua palavra se fizeram” (Sl 33:6). A criação em geral e
a vida, em particular, vieram à exis-
8
Revista Adventista I outubro • 2012
tência pelo poder da divina Palavra. A
própria existência humana depende
não apenas de comida, “mas de tudo o
que procede da boca de Deus” (Dt 8:3).
É profunda a conexão entre a vida e a
Palavra divina, insondável e constante.
A Palavra que criou é a mesma que,
constantemente, sustenta a criação. O
poder de Deus nos é revelado em Sua
Palavra, Sua mensagem para nós.
Por meio da Palavra, Deus nos fala
em nossas situações particulares e revela ao Seu povo os planos dEle e Sua
vontade. Sua Palavra sempre visa ao
nosso bem-estar, porque ela é “boa”
(Is 39:8). No Sinai, os israelitas ouviram a Palavra de Deus lhes falando e
lhes dando “juízos retos, leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons”
(Ne 9:13). A Palavra muitas vezes toma
a forma de uma promessa com a qual
podemos sempre contar e que antecipa a realização plena dos planos salvíficos de Deus para nós (Sl 105:42-45).
Salomão falou ao povo sobre o
poder da Palavra divina: “Bendito seja
o Senhor, que deu repouso ao Seu
povo de Israel, segundo tudo o que
prometera; nem uma só palavra falhou
de todas as Suas boas promessas, feitas
por intermédio de Moisés, Seu servo”
(1Rs 8:56). A Palavra de Deus é confiável e segura porque Ele cumpre o que
promete: “A Palavra do Senhor é reta,
e todo o Seu proceder é fiel” (Sl 33:4).
Deus age de acordo com o que Ele diz;
Ele é um Deus de honra.
Jesus e a Palavra – A Palavra de
Deus é muito mais do que um enunciado sonoro vindo da boca divina. Ela
é visível: “No princípio era o Verbo, e
o Verbo estava com Deus, e o Verbo
era Deus. Ele estava no princípio com
Deus. Todas as coisas foram feitas por
intermédio dEle, e, sem Ele, nada do
que foi feito se fez” (Jo 1:1-3). Essa é a
mesma Palavra confiável e poderosa
de Deus que abordou Seu povo no
Antigo Testamento. Mas, no Novo
Testamento, algo glorioso e inesperado
aconteceu: “E o Verbo Se fez carne e
habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade” (v. 14).
Em Jesus, a Palavra, vemos a vontade de Deus para nós e Sua ação salvadora em favor de seres humanos
pecadores. A audibilidade da Sua Palavra é eficaz porque, em Jesus, Deus
nos fala (Jo 14:10). Mas, como a Palavra encarnada de Deus, Jesus é a Palavra da verdade (2Co 6:7), a Palavra
da reconciliação (2Co 5:19) e da salvação (At 13:26); Ele é a Palavra da cruz
(1Co 1:18). Ele é a verdade, bem como
Aquele que, no mistério da encarnação, uniu Deus e a humanidade, e que
na cruz revelou a força salvífica da Palavra de Deus.
Deus pode, de fato, realizar o que
Ele diz. Quando Deus diz algo, isso
acontece. Pode não ocorrer tão rapidamente como gostaríamos, mas
acontece.
A Palavra de Deus realiza o que foi
anunciado ou expresso. O salmista escreveu que Deus “enviou-lhe a Sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes
era mortal” (Sl 107:20). Referindo-Se à
palavra que sai de Sua boca, o Senhor
diz: “Assim será a palavra que sair da
Minha boca: não voltará para Mim vazia, mas fará o que Me apraz e prosperará naquilo para que a designei”
(Is 55:11). Quando o Senhor fala, as
coisas acontecem!
Quando a tempestade no Mar da
Galileia ameaçou a segurança de Seus
discípulos, Jesus Se levantou, “repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te,
emudece! O vento se aquietou, e fez-se
grande bonança” (Mc 4:39). Ele ordenou
que demônios deixassem suas vítimas
e eles as deixaram (Mc 1:25). Ele curou
pessoas apenas falando (Mt 8:8)! Mas,
acima de tudo, Sua palavra proclamou e
levou perdão ao pecador (Mt 9:1-7). Ele
cumpriu o que anunciou!
A Palavra de Deus e eu – Somos
os destinatários da Palavra de Deus.
Ele nos fala como Criador e Redentor, porque temos que conhecer Seu
plano e Sua vontade para nós. Temos
que sair de nossa escuridão existencial
para a luz de uma vida significativa.
A Palavra de Deus é a fonte da vida
eterna (Jo 5:24; 6:63). Temos que saber
que a Palavra, conforme demonstrado
na vida de Jesus, toca em cada aspecto
de nossa vida. Ouvir a Palavra é uma
questão de vida ou morte. Consequentemente, Deus está ansioso para ser
ouvido por nós: “Fui buscado pelos que
não perguntavam por Mim; fui achado
por aqueles que não Me buscavam; a
um povo que não se chamava do Meu
nome, Eu disse: Eis-Me aqui, eis-Me
aqui” (Is 65:1).
Portanto, somos desafiados a escutar
a Palavra divina nos falando nas Escrituras (ver Is 66:4). Essa é uma “audição
dinâmica” que deve ser acompanhada
das obras, de fazer o que a Palavra diz.
Jesus disse: “Todo aquele, pois, que ouve
estas Minhas palavras e as põe em prática será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a
rocha” (Mt 7:24; 2Cr 34:21).
Nossa obediência à Palavra revela
que, de fato, a temos ouvido falar e que
nos apropriamos dela. Mas também é
importante ler a Palavra sob a orientação do Espírito, pois é somente a Palavra encarnada de Deus que nos pode
transformar (2Co 3:15-18). Devemos
procurá-la porque ela testifica do Único
que pode nos conceder vida eterna
(Jo 5:39). No processo de apropriação da
Palavra, temos que meditar sobre ela,
para permitir que nossos pensamentos
se debrucem sobre o conteúdo da Palavra e sobre seu significado para nós, individualmente. Podemos meditar na
Palavra como ela se expressa em mandamentos (Sl 119:48), testemunhos
(v. 99) e promessas (v. 148).
Para nos apropriarmos da Palavra é
preciso que invistamos tempo com ela.
Isso não é natural ao coração humano
e exige romper com a inércia espiritual.
A oração se torna indispensável, porque
por meio dela podemos pedir ao Senhor
que coloque em nosso coração o desejo
e a vontade de escutar Sua Palavra.
Devemos agir em conformidade
com nossa oração e abrir a Palavra todos os dias. Quanto mais lemos, melhor entendemos a mensagem dela.
Não podemos desistir pelo fato de não
sermos capazes de entender tudo o
que encontramos nela. Apenas leia,
permitindo que a mensagem bíblica
penetre em sua mente. Nesse processo,
os pensamentos de Deus vão banhar
sua mente, e você será lentamente
transformado pelo poder do Espírito.
Quando ouvimos a Palavra, lemos
e meditamos nela, algo glorioso acontece: Cristo, a Palavra, vem habitar em
nosso coração por meio da fé (Ef 3:17).
A Palavra é viva, pois pode nos vivificar, nos reavivar: “A Palavra de Deus
é viva, e eficaz, e mais cortante do que
qualquer espada de dois gumes [...] e é
apta para discernir os pensamentos e
propósitos do coração” (Hb 4:12). Uma
vez que ainda está viva, ela pode realizar em nossa vida aquilo que promete.
Podemos acreditar nela porque Aquele
que nos fala por meio da Palavra é
confiável e tem o poder de tornar realidade aquilo que prometeu.
Portanto, permitamos que
a Palavra nos instrua todos os dias
(2Tm 3:15). Que ela nos conforte
quando enfrentarmos dificuldades,
tentações e sofrimentos (Sl 119:161,
162). Deixe a esperança encontrada em
suas páginas nos encher o coração de
alegria (Sl 56:10, 11; 2Co 1:20).
Permitamos que a Palavra da cruz
nos encha o coração e queime como o
fogo, a fim de nos santificar no serviço
ao Senhor e aos outros (Jr 23:29).
ÁNGEL MANUEL RODRÍGUEZ vive no
Texas, EUA. Antes de se aposentar em
2011, ele atuou como diretor do Instituto
de Pesquisa Bíblica.
per g u n t a s
para
Reflexão
1. Deus nos fala por meio da
criação. Em quais obras da
natureza, em especial, você
reconhece o poder criador e
mantenedor de Deus?
2. O poder da Palavra de Deus é
também demonstrado na vida e
no ministério terreno de Jesus.
Em quais histórias da vida de
Jesus você vê revelado o poder
da Palavra de Deus?
3. O poder de Deus também é
revelado em Sua Palavra de
redenção a cada um de nós.
Como você tem sentido o poder
da Palavra de Deus em sua
própria vida?
Revista Adventista I outubro • 2012
9
Segunda-feira
Bonita Joyner Shields
O coração
e o solo
Você é feito de quê?
A
parábola que Jesus contou
sobre o semeador em Lucas 8:4-15 fala sobre nosso coração. O Senhor Deus
busca plantar a semente de Sua Palavra em nós, mas a capacidade de essa
semente produzir frutos depende da
condição de nosso coração.
O que faz um coração se abrir à voz
de Deus? Como podemos cultivar a semente da Palavra para que ela cresça e
crie raízes em nós? Como pode a Palavra de Deus produzir um reavivamento espiritual em nossa vida?
O semeador, a semente e o solo
– A parábola do semeador é encon-
trada nos três Evangelhos Sinóticos
(Mt 13:1-9, 18-23; Mc 4:1-9, 13-20 e
Lc 8:4-8, 11-15). Todas as versões possuem três elementos principais: o semeador, a semente e o solo.
O semeador. Semear significa espalhar sementes sobre a terra. Nos tempos bíblicos, os agricultores levavam as
10
Revista Adventista I outubro • 2012
sementes em cestas ou bolsas atadas à
cintura. Eles jogavam as sementes com
um movimento de varredura da mão e
do braço.1
Quando um semeador semeava, ele
não se limitava a colocar algumas sementes cuidadosamente no chão e ir
em frente. Além de escolher uma área
específica de terreno para semear, eles
jogavam tantas sementes quanto possível, porque sabiam que só uma parte
das sementes se desenvolveria até a
maturidade.
As Escrituras identificam Deus
como o Semeador (Mt 13:37). Ellen G.
White escreveu: “Como um semeador
no campo, [Cristo] veio para espalhar
a semente celestial da verdade.”2
A semente. As Escrituras identificam a semente como a Palavra de
Deus (Lc 8:11). Assim como a semente
contém a vida de uma planta, a Palavra
de Deus é vida para aqueles que a recebem. Assim como o agricultor espalha a semente em várias direções, Deus
também lança Sua Palavra em lugares
improváveis, aos nossos olhos.
Muitos anos atrás, em um teatro de
Moscou, Alexander Rostovzev se converteu enquanto desempenhava o papel de Jesus em uma peça sacrílega. Ao
ler estes versos do Sermão do Monte,
“bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus”,
e “bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados” (Mt 5:3, 4),
ele começou a tremer. Em vez de continuar encenando conforme o script,
ele continuou a leitura de Mateus
cinco, ignorando as tosses, chamadas
e pequenos chutes dos outros atores,
que tentavam fazê-lo retornar ao programa. Finalmente, relembrando um
verso que ele havia aprendido na infância em uma igreja ortodoxa russa,
gritou: “Jesus, lembra-Te de mim
quando vieres no Teu reino” (Lc 23:42).
Antes que a cortina fosse fechada, Rostovzev se entregou a Jesus Cristo como
seu Salvador pessoal.
Deus lança a Sua Palavra nos lugares mais improváveis, a fim de tentar
salvar o maior número possível de filhos rebeldes. Muitas vezes, subestimamos Seu poder.
Cristo veio espalhar sementes de
verdade no coração humano e Ele
também nos chama para semear a
mesma semente. A semente da verdade nem sempre é fácil, como a vida
de Cristo nos revelou. Ellen G. White
escreveu: “Ele deixou Sua casa de segurança e paz, deixou a glória que tinha com o Pai antes que o mundo
existisse, deixou Sua posição no trono
do Universo. Ele sofreu e foi tentado
na solidão, semeou em lágrimas água
e sangue, a semente da vida para este
mundo perdido.”4
Nós também podemos ser chamados à solidão, sofrimento, lágrimas e,
às vezes, à morte para semear as sementes da verdade de Deus. Quem
pode se esquecer dos valdenses, de
John Wycliffe, de John Huss? Eles, e
outros, deram a vida pela causa de
Cristo e Sua Palavra. Ellen G. White
escreveu sobre eles: “Eles foram caçados até a morte; com o próprio sangue
regaram a semente lançada, e ela não
deixou de dar fruto.”5
O solo. Quatro elementos são necessários para um solo saudável: nitrogênio, ácido fosfórico, cálcio e potássio.
O solo desequilibrado afeta a vida da
planta. Plantas fortes e saudáveis são
capazes de resistir aos inimigos: plantas daninhas, insetos, seca, etc.
A condição do coração humano é
de extrema importância para a vida espiritual. Assim como plantas fortes e
saudáveis são mais capazes de resistir
a seus inimigos, quando nosso coração
é forte e saudável, também temos a capacidade de resistir ao inimigo.
Nessa parábola, o trabalho do inimigo é óbvio: Na superfície dura do
caminho, em que a semente da Palavra
de Deus é pisoteada e desvalorizada,
Satanás rouba a Palavra do coração
dos ouvintes. Quando o solo rochoso
produz plantas que não têm raiz nem
profundidade, Satanás remove a Palavra do coração. Quando os espinhos
dos cuidados, preocupações, riquezas e
prazeres crescem em nossa vida, Satanás sufoca a Palavra no coração.
Mas observe as plantas de solo bom
e saudável. Quando nosso coração tem
esse tipo de solo, Satanás não consegue destruir as sementes da Palavra de
Deus. O inimigo se torna impotente!
As sementes crescem e “dão fruto a
cem por um” (Lc 8:8, NVI).
Alimentando a alma – Se você é
como eu, então se encontra descrito
em mais de um dos solos acima! O que
podemos fazer para manter a condição de nosso coração forte e saudável
para podermos dar frutos? Eu sugiro
três coisas:
1) A primeira descrição da terra
boa em Lucas 8:15 menciona que essas
pessoas ouviram a Palavra “com coração bom e generoso”. Ore por um coração puro e um espírito reto. Leia o
Salmo 51:10-12. Cante e ore. Todos nós
pecamos (Rm 3:23; 7:14). E, por causa
do pecado, até mesmo as nossas boas
obras estão contaminadas por motivos
impuros.
2) A segunda descrição da boa terra
diz que as pessoas receberam a Palavra. A fim de manter Satanás longe de
nós e evitar que ele roube, remova ou
sufoque a Palavra em nossa vida, devemos mantê-lo longe de nós. Para isso,
quatro coisas devem ocorrer:
Devemos ouvir a voz de Deus. Passar tempo com o Senhor. Estudar Sua
Palavra e ouvir a pregação dela são excelentes maneiras de ouvir Deus falando conosco.
Devemos entender a Palavra de
Deus. Temos tomado tempo para conversar com Ele e buscar compreender
o que Ele tem para nos dizer? Se você
precisa, peça a outros orientação sobre
a maneira de fazer isso. A Palavra de
Deus nem sempre é fácil de entender,
mas Ele promete que Seu Espírito vai
nos ajudar (1Co 2:10-12).
Devemos aceitar a Palavra de Deus.
A aceitação envolve disposição para
receber, se apropriar. “A paz de Deus,
que excede todo o entendimento,
guardará o vosso coração e a vossa
mente em Cristo Jesus” (Fp 4:7).
Precisamos obedecer à Palavra de
Deus. Aceitar é uma coisa; tomar as
medidas que se exige para obedecer, é
outra. Quer trate de se comprometer
abertamente a seguir o Senhor em verdades como a guarda do sábado ou desistir de ações danosas a si mesmo e/ou
a outros, o chamado para a obediência
é um chamado para a ação.
3) A terceira descrição da boa terra
mostra que as pessoas vão “dar frutos com perseverança” (Lc 8:15, NVI).
Quantas vezes você já orou: “Senhor,
quanto tempo vai demorar para eu me
tornar perfeito?” “Quanto tempo levará para que Fulano tome sua decisão
ao lado de Cristo?” Muitas vezes, queremos que nossa vida e a vida dos outros seja reavivada rapidamente.
Boa terra, boa colheita – Seu coração é feito de quê? Você valoriza
a Palavra de Deus? Você está enraizado em Sua Palavra para resistir às
tentações do inimigo? Você quer que
Jesus acalme seu coração ansioso?
Seja qual for a condição do seu coração, Deus está disposto a ajudá-lo e é
capaz de plantar as sementes de vida
dentro dele.
Ore por um coração puro. Decidase a ouvir, compreender, aceitar e obedecer à Palavra de Deus. Para crescer,
olhe para Deus e permaneça nEle.
Deus realizará a obra, mesmo na vida
da pessoa mais improvável.
BONITA JOYNER SHIELDS é editora e
diretora-assistente para o Discipulado
da Associação Geral.
Referências
1. Extraído de: www.middletownbiblechurch.org/biblecus/
biblec6.htm.
2. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 33.
3. Extraído de: http://www.sermonillustrations.com/az/b/bible_
power_of.htm. Citação de J. K. Johnston em Why Christians Sin
(Grand Rapids: Discovery House, 1992), p. 121.
4. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 36.
5. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 78.
per g u n t a s
para
Reflexão
1. Pense em sua situação atual.
O solo de seu coração é bom,
rochoso ou está infestado de
espinhos? Por quê?
2. O que você faria para melhorar
o solo de seu coração para que
a Palavra de Deus possa crescer
mais facilmente?
3. No contexto da parábola do
semeador, o que significa para
você crescer em maturidade?
Revista Adventista I outubro • 2012
11
Terça-feira
Galina Stele
Reavivados
e preparados
A Palavra de Deus e o Rio Jordão
E
ra um tempo de grande incerteza. Uma tarefa árdua se
apresentava a Josué. Diante
dos israelitas estava o caudaloso rio Jordão. Jericó, uma grande e
sólida fortaleza, estava localizada junto à margem ocidental. O lado oriental
do rio era formado pelo belo vale de
Sitim, repleto de árvores de acácia. Ali
estava o numeroso povo de Deus.
Havia chegado o momento de atravessar o Jordão. Imagine como Josué
se sentia... Moisés estava morto. Sua
morte ocorreu exatamente no momento em que ele era mais necessário:
às portas da Terra Prometida. Como o
povo poderia atravessar o Jordão, especialmente durante o período em
que ele estava mais cheio (Josué 3:15)?
Como poderiam derrubar as muralhas
de Jericó e vencer seus gigantes? A sabedoria e experiência de Moisés eram
muito necessárias nesse momento
crucial. Como Josué poderia conduzir
esse povo à Terra Prometida? O povo
estava propenso a trocar a terra dos
sonhos por momentos de prazer entre
os bosques de acácias. Em quem Josué
poderia confiar?
12
Revista Adventista I outubro • 2012
A morte de Moisés foi uma grande
perda para os israelitas. Ainda assim, eles sabiam que Deus continuava
ao lado deles. “A coluna de nuvem repousava sobre o tabernáculo de dia, e
à noite a coluna de fogo, como segurança de que Deus seria seu guia e auxiliador se andassem no caminho de
Seus mandamentos.”1
Josué aguardou a orientação do Senhor. Nascido na escravidão, ele enfrentou 40 anos no Egito. Nos 40 anos
seguintes, ele havia se tornado o homem de confiança de Moisés (Nm
11:28). Inicialmente, ele se chamava
Oseias (Nm 13:8), que significa “salvação” ou “libertação”. Mas em algum
momento durante seu trabalho junto
a Moisés, ele teve o nome trocado para
“Josué”, que significa “Salve, Yahweh!”
ou “Yahweh salva”.2 O termo “Yahweh”
se refere ao nome divino revelado a
Moisés na sarça ardente: “Eu Sou o que
Sou” (Êx 3:14). O nome de Josué se tornou uma lembrança viva de que Deus
é o único capaz de salvar Seu povo.
Não seria Moisés, nem Josué, tampouco qualquer outro ser humano que
conduziria o povo de Deus na travessia
do Jordão, rumo à Terra Prometida.
O Eterno faria isso. Mais tarde, esse
mesmo nome foi dado a Jesus. Dessa
forma, Josué foi um tipo de Cristo.
Esperando por Deus – Josué havia
vivenciado o poder divino muitas vezes. Ele esteve no Monte Sinai, quando
este foi coberto pela cintilante nuvem de glória da presença divina. Ele
viu Moisés descer do monte com as tábuas da lei, escritas pelo próprio dedo
de Deus (Êx 32:17). Ele comandou a batalha contra os amalequitas e obteve a
vitória, enquanto Moisés permanecia
com as mãos erguidas (Êx 17:8-16). Josué esteve entre os doze espias enviados por Moisés para explorar a Terra
Prometida. Foi um dos dois que acreditaram que Deus tinha poder suficiente
para lhes dar a vitória sobre os gigantes.
Certamente, Josué “tinha algumas,
senão a maioria, das qualidades de um
grande general: firmeza e brandura.
Rapidamente conquistava a confiança
e obediência de seus homens, era ágil
e decidido”.3 No entanto, Josué não
confiava em seus talentos e qualificações. Ele havia aprendido de Moisés a
lição mais importante: é preciso confiar inteiramente em Deus. “Se a Tua
presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar” (Êx 33:15). Essa é
a razão pela qual Josué esperava confiantemente pelas instruções divinas.
De fato, Deus falou com Josué. O
mais interessante é que Ele não falou sobre estratégias de guerra, não
analisou mapas, nem mesmo discorreu sobre as tropas necessárias para
a conquista. Ele começou com orientações inesperadas. Deus disse: “Tãosomente sê forte e mui corajoso para
teres o cuidado de fazer segundo toda
a lei que Meu servo Moisés te ordenou;
dela não te desvies, nem para a direita
nem para a esquerda, para que sejas
bem-sucedido por onde quer que andares. Não cesses de falar deste Livro
da Lei; antes, medita nele dia e noite,
para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito;
então, farás prosperar o teu caminho
e serás bem-sucedido” (Js 1:7, 8). O sucesso de Josué como líder – e do povo
de Israel como nação – dependeria da
obediência que eles prestassem à lei de
Deus e à Sua Palavra. Foi somente depois dessa introdução que Deus começou a dar a Josué orientações mais
específicas quanto ao seu modo de
proceder a seguir.
Lições da Terra Prometida – À
medida que a história do mundo se
aproxima do fim, estamos como igreja
às portas da Terra Prometida. Algumas vezes, acabamos nos esquecendo
disso, especialmente quando nosso
vale de acácias está florido. Individualmente, sempre iremos nos deparar
com nossos próprios desafios, semelhantes a Jericó. Que lições podemos
tirar dessa história e das instruções dadas por Deus em Josué 1:7, 8? Em quais
aspectos precisamos questionar a nós
mesmos?
1. Precisamos nos questionar sobre a
presença de Deus. Será que compartilhamos com Josué a convicção de que
não devemos avançar se a presença do
Senhor não estiver conosco? Será que
reconhecemos a presença de Deus por
meio de Sua Palavra?
2. Precisamos nos questionar sobre
nossa coragem. Será que temos sido corajosos como Deus espera que sejamos?
Temos demonstrado a coragem necessária para segui-Lo e permanecer fiéis
à Sua Palavra, não importando o que
possa acontecer? Será que o povo de
Israel parecia tolo enquanto rodeava
Jericó durante sete dias? Na realidade,
essa mesma coragem será muito necessária novamente nestes dias em que
estamos perto da Terra Prometida.
3. Precisamos nos questionar sobre
sucesso. Todas as pessoas querem ser
bem-sucedidas, não é mesmo? O que
essa história nos revela sobre o segredo
do sucesso? Com frequência, desejamos testemunhar uma intervenção direta de Deus. Desejamos ver a água do
nosso Jordão dividida e nos surpreendemos com o aparente silêncio de
Deus. Mas será que estamos seguindo
as instruções que Deus já nos revelou?
Ou estamos esperando algo novo?
4. Precisamos nos questionar sobre a profundidade de nossa experiência com a Palavra de Deus. Quão
profundamente mergulhamos na Palavra de Deus? Que métodos estamos
usando para preencher a mente com
as Escrituras?
5. Precisamos nos questionar sobre
tudo o que está escrito. Com quanta
confiança seguimos as orientações de
Deus? Se seguimos parcialmente as
instruções divinas, isso “demonstra
nosso respeito apenas por certas partes da lei, mas não pelo Legislador”.4
Estamos dispostos a obedecer fielmente a tudo o que está revelado na
Bíblia?
Reavivados e preparados por
meio da cruz – O livro de Josué
nos conta que a promessa de Deus foi
cumprida na vida de Josué. Ele foi fiel
e Deus o exaltou. Ele conduziu o povo
de Deus na travessia do Jordão. As muralhas de Jericó desmoronaram. O
povo de Canaã estava amedrontado e
temeroso. A presença de Deus estava
com os israelitas, e a Terra Prometida
foi dada a eles.
Josué permitiu que Deus assumisse
o comando. Não se preocupou com
sua glória pessoal. Ele deseja construir
um altar para Deus na mente e no coração das pessoas, transmitindo a Palavra de Deus a novas gerações. “Palavra
nenhuma houve, de tudo o que Moisés
ordenara, que Josué não lesse para toda
a congregação de Israel, e para as mulheres, e os meninos, e os estrangeiros
que andavam no meio deles” (Js 8:35).
Josué escolheu servir ao Senhor até o
último suspiro. No fim de sua vida, ele
deu testemunho de que Deus é fiel. As
promessas divinas não são miragem.
Ele disse: “Nem uma só promessa caiu
de todas as boas palavras que falou de
vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou”
(Js 23:14). Deus confiou em Josué porque Josué confiou em seu Senhor.
Quero ser como Josué. Sei que meu
destino é a Terra Prometida. Não pretendo permanecer nos vales do lado de
cá do rio Jordão. Mas como posso atravessar o Jordão? Meu inimigo é astuto,
cruel, e minha sabedoria é limitada.
A presença de Deus é prometida para
minha vida nas Escrituras. Deus deseja
habitar comigo por meio de Sua Palavra.
Ele deseja me reavivar, comunicar-Se
comigo e me transformar por meio da
Bíblia. Por causa disso, quero estar preparada para seguir em frente e atravessar o Jordão. Estou disposta a dar esse
passo com Jesus, o Senhor que salva.
GALINA STELE, D.Min., é assistente
da área de pesquisa e avaliação do
departamento de Arquivos, Estatísticas
e Pesquisas da Associação Geral.
Referências
1. Ellen G. White. Patriarcas e Profetas, p. 481.
2. Donald H. Madvig, “Joshua”, The Expositor’s Bible Commentary
(Grand Rapids: Zondervan,1992), v. 3, p. 257.
3. A. Plummer, “Introduction to the Historical Books: Joshua to
Nehemiah”, The Pulpit Commentary (Peabody, Miss.: Hendrickson
Publishers), v. 3, p. 4.
4. Madvig, p. 257.
per g u n t a s
para
Reflexão
1. Quando você costuma estudar
a Bíblia? De manhã, na hora
do almoço ou à noite? Quem
sabe em mais de um momento?
Pense sobre um modo pelo qual
você pode desenvolver o hábito
de se nutrir regularmente da
Palavra de Deus.
2. Josué tinha uma sólida
fé em Deus e não temia
compartilhá-la com outros.
Como você pode compartilhar
sua fé de maneira prática?
Revista Adventista I outubro • 2012
13
Quarta-feira
Jerry Page
Chamado
para liderar
Quais são os requisitos?
C
onta-se a história de um rapaz que gostava de dirigir seu carro esportivo em
alta velocidade nas estradas
cheias de curvas das montanhas. Certo dia, outro carro veio para cima dele
ao fazer uma curva fechada. O carro se
desviou em tempo e, quando eles passaram um pelo outro, a motorista do
outro carro colocou a cabeça para fora
da janela e gritou: “Porco!”
O rapaz ficou furioso e gritou um
palavrão em resposta. “Ela estava do
meu lado da pista”, ele resmungou.
“Como ousou me chamar de porco?”
Sua única satisfação foi que ele teve
presença de espírito para devolver um
insulto apropriado para ela.
Então, ele passou pela curva fechada e atingiu um porco que estava
parado no meio da estrada!
Algumas vezes, aparentes ameaças são, na verdade, advertências úteis.
Nosso Senhor sempre vê o futuro além
da curva. Em cada crise, Ele deseja nos
advertir sobre os perigos e nos mostrar
as oportunidades disponíveis se prestarmos atenção a Suas palavras inspiradas.
Vejo um “porco” maior à frente na
estrada para os cristãos que estão vivendo nestes últimos dias. Muitos
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Revista Adventista I outubro • 2012
estão seguindo o exemplo de nossa
cultura para “fazer o que é certo aos
seus próprios olhos” em vez de se voltarem para a Palavra de Deus.
Enquanto este planeta caminha
para seu momento final, Deus tem planos maravilhosos e solenes para cada
um de nós. Ele está nos chamando
para ser líderes influentes, que façam
às pessoas o convite: “saia dela [Babilônia], povo Meu” (Ap 18:4). O único
obstáculo que permanece no caminho
é nossa própria escolha de responder
ou não às advertências.
O exemplo de Neemias – Nee-
mias é um poderoso exemplo do líder
que o Senhor espera que cada um de
nós seja.
A primeira vez que encontramos
Neemias, ele estava servindo ao rei
persa Artaxerxes como seu copeiro.
Embora Neemias mantivesse uma posição influente na corte persa e estivesse cercado de riquezas, seu coração
estava com o Deus de seus pais e as
pessoas a quem tinham sido entregues
os escritos sagrados.
Os antepassados de Neemias foram
capturados quando os babilônios destruíram Jerusalém cerca de 70 anos
antes. Então, sob o governo do Império
Persa, os hebreus que estavam cativos
receberam permissão para retornar
para casa, cumprindo a promessa que
Deus tinha dado aos filhos de Israel
anos antes (Jr 29:10).
No entanto, muitos se sentiram
confortáveis na terra estrangeira e escolheram ficar. Reconstruir a partir do
entulho queimado era muito difícil. O
Senhor precisava de um líder que colocasse o serviço e a honra a Deus acima
de todas as coisas terrestres.
Mensageiros trouxeram más notícias acerca das condições em Jerusalém. “Aqueles que sobreviveram ao
cativeiro e estão lá na província passam por grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi
derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo” (Ne 1:3).
Neemias ficou inconsolável e se
apegou a duas fontes de ajuda: a oração e a Palavra de Deus. Ele chorou, jejuou, orou e confessou seus pecados e
os pecados de seu povo. Então, ele louvou a Deus por ser fiel à Sua Palavra e
buscou coragem na promessa de Deus,
de misericórdia e restauração, se Seu
povo voltasse para Ele com contrição e
fé (v. 5-11).
Steve Creitz
Orientação por meio da oração –
Durante quatro meses Neemias abriu
o coração a Deus. Então, o Senhor lhe
deu uma missão. Neemias foi chamado
para liderar a reconstrução de Jerusalém. Ele orou: “Faze com que hoje este
Teu servo seja bem-sucedido, concedendo-lhe a benevolência deste homem [o rei]” (v. 11). E ele aguardou.
Da mesma forma Jesus conheceu
a vontade de Deus para Sua vida. Por
meio da oração e do estudo consciencioso da Palavra de Deus, Ele recebeu
uma compreensão clara de Sua missão como nosso Salvador. Cada dia,
Ele conhecia a vontade de Deus, como
aconteceu com Neemias, e como pode
acontecer conosco.
O estudo da Palavra de Deus e a
oração ocuparam o tempo dos discípulos enquanto eles esperavam a vinda
do Espírito Santo (ver Atos 2). Louvado
seja Deus porque o toque do Espírito
Santo em nossa vida pode trazer a
mesma sabedoria, compreensão, dons
e entusiasmo pela salvação daqueles
que conhecemos e daqueles a quem
Deus nos enviar.
Áreas individuais de influência –
Um dia, o rei Artaxerxes percebeu a
tristeza no rosto de Neemias e perguntou por que ele estava tão abatido. Neemias contou ao rei sobre as necessidades de seu povo em Jerusalém. “O que
você gostaria de pedir?”, o rei perguntou. Rapidamente, Neemias fez uma
lista do que era necessário e lhe foi
concedido tudo o que ele pediu
(Ne 2:2-8).
Neemias não era empreiteiro nem
arquiteto. Ele não tinha frequentado as
escolas “certas”. Contudo, Deus lhe havia dado essa missão e o enviou a Jerusalém como Seu líder escolhido.
No livro Liderança Inspirada, a autora Cindy Tutsch, diretora associada
do Patrimônio Literário de Ellen G.
White, escreve: “Se você é cristão,
é líder! Parte da nossa responsabilidade como seguidores de Jesus é usar
nossa influência para levar outros a
seguir Jesus. Fazemos isso de diferentes maneiras, de acordo com nossos dons espirituais. [...] A verdade é
que sempre há pessoas ao seu redor, a
menos que você esteja vivendo numa
caverna isolada nos últimos dez anos
e não tenha visto ninguém durante
esse tempo.”1
Liderar é realmente exercer influência sobre as pessoas – seus filhos, família, amigos, colaboradores
e vizinhos. Jesus está chamando você
para ser um Neemias, alguém que esteja disposto a se encontrar com Deus
e Sua Palavra na oração diária para
que Ele possa dotá-lo com o ministério da liderança. Ele está preparando
um povo para o Céu e deseja usar sua
influência para conduzir outros a um
reavivamento da verdadeira piedade.2
Revista Adventista I outubro • 2012
15
Conduzindo ao sucesso – O exem-
plo de Neemias é uma lição para todo o
povo de Deus, ensinando-nos que não
devemos apenas orar muito, mas também planejar com sabedoria e trabalho
árduo. Neemias compreendeu a palavra do Senhor dada a Zorobabel: “‘Não
por força nem por violência, mas pelo
Meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4:6). Mas ele também sabia por
experiência que homens e mulheres de
oração são crentes de ação, e que ponderação cuidadosa e planos amadurecidos são essenciais para o sucesso das realizações espirituais para nosso Senhor.
Quando Neemias chegou a Jerusalém, deu uma volta pela cidade para
avaliar as condições. Seu coração ficou aflito quando ele viu a devastação.
A perspectiva parecia desanimadora.
Mas ele conquistou o coração do povo
quando relatou as orações respondidas
e as providências que o haviam levado
a Jerusalém. Convencidas, as pessoas
responderam: “Sim, vamos começar a
reconstrução!” (Ne 2:18).
Houve implacável oposição: zombaria, ataques, desencorajamento, exposição, difamação e traição. Entre os
insultos usados para escarnecer dos
trabalhadores estava a afirmação de
que Deus os havia rejeitado. Mas Neemias respondeu a cada ataque com a
Palavra de Deus (v. 19, 20).
Sob a liderança de Neemias, os muros foram reconstruídos em apenas 52
dias (Ne 6:15). Até os inimigos do povo
de Deus reconheceram que o Senhor
estava com eles (v. 16).
Neemias conduziu o povo à Palavra de Deus – Tijolos e argamassa
não manteriam seguros os habitantes.
Neemias sabia que a única proteção
verdadeira para as pessoas de Jerusalém era a reconstrução do coração delas. Ele reuniu o povo para ouvir a leitura da Palavra de Deus, algo que não
era feito havia muitos anos.
Quando se lembraram das advertências de Deus, eles choraram (Ne
8:1, 8, 9) e fizeram um juramento de
“seguir a Lei de Deus” (Ne 10:29). Neemias insistiu que eles se lembrassem do maravilhoso perdão e graça de
Deus, e acrescentou: “A alegria do Senhor os fortalecerá” (Ne 8:10).
Então, Neemias foi para o palácio
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Revista Adventista I outubro • 2012
persa. Depois de um tempo, ele voltou a Jerusalém e soube que as pessoas
haviam caído em profunda apostasia.
Como líder escolhido de Deus, ele não
recuou diante da obra específica de reforma necessária para que as bênçãos de
Deus permanecessem com Seu povo.
Ele lidou com questões graves como
casamentos com incrédulos e não consagrados (Ne 13:23-28), negligência em
devolver os dízimos e ofertas (v. 7-13),
e desrespeito pelo sábado do Senhor
(v. 15-22). Ele compreendeu que, embora algumas de suas reformas parecessem severas, elas representavam
uma amorosa bênção. As advertências
de Deus são sempre para nosso bem
presente e eterno.
Aceitando o chamado de Deus –
Estamos vivendo no limiar da eternidade.
Dias solenes e assustadores ameaçam
nossa segurança. Como os anjos devem
chorar quando veem a condição da igreja
laodiceana – um povo que está cego às
suas necessidades e ao tempo de perigo!
“Não há coisa alguma que Satanás
tema tanto como que o povo de Deus
desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo
que o Senhor possa derramar Seu Espírito sobre uma enfraquecida igreja e
uma congregação impenitente. Se Satanás pudesse fazer o que ele quer, nunca
haveria outro despertamento, grande
nem pequeno, até ao fim do tempo.”3
Deus está nos chamando para ser
Seus líderes, para orar e estudar as
Escrituras com outros, para sermos
como Neemias e partilhar o que Deus
tem feito em nossa vida, para sermos
uma influência contagiante onde quer
que estejamos.
Ao caminhar pela rua certo dia, um
homem foi parado por um zeloso jovem cristão que lhe estendeu um panfleto. Não desejando ser desagradável,
mas ainda assim contrariado, ele pegou a literatura e a colocou no bolso.
Mais tarde, em casa, ele sentiu o
panfleto amassado, tirou-o do bolso
e o atirou na lareira. Mas ele cometeu
o “erro” de observá-lo queimar. Antes
que fosse completamente consumido,
a última frase brilhou na claridade: “A
palavra do Senhor, porém, permanece
eternamente” (1Pe 1:25, Almeida Revista e Atualizada).
Acreditando que o Deus de sua infância estava lhe falando com amor,
ele rendeu sua vida a Jesus antes que a
noite acabasse!
O poder transformador de Jesus
que criou o Universo está em Sua Palavra escrita. Ele promete que Sua Palavra “não voltará [...] vazia, mas [...]
atingirá o propósito para o qual a [enviou]” (Is 55:11).
Nosso Salvador precisa de líderes
que falem corajosamente a Palavra de
Deus. Jesus está vindo, e é-nos dito que
a vinda de Jesus será precedida pelo reavivamento através da oração, da leitura
da Palavra de Deus e do compromisso
da entrega total a Jesus. Pelo mundo,
os sinais do derramamento do Espírito
Santo estão aumentando rapidamente.
Que tempo maravilhoso para se viver!
Mas temos uma escolha a fazer –
se seremos ou não líderes para Cristo.
Vamos abrir o coração ao nosso Salvador, confessar nossos pecados, aceitar
Seu poder purificador e perguntar-Lhe
o que Ele deseja de nós. Ele não falhará
em nos conduzir aonde precisamos
estar.
JERRY PAGE é secretário ministerial na
Associação Geral dos Adventistas do
Sétimo Dia.
Referências
1. Cindy Tutsch, Liderança Inspirada – Conceitos de Ellen White sobre
a arte de influenciar pessoas (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira,
2011), p. 7.
2. Ver Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121.
3. Ibid., p. 124.
* Salvo outra indicação, os textos bíblicos neste artigo foram extraídos
da Nova Versão Internacional.
per g u n t a s
para
Reflexão
1. O que realmente significa ser
líder? Deve implicar a ocupação
de um cargo elevado na igreja?
2. A
lgumas pessoas se sentem
“chamadas” para ser seguidoras
em vez de líderes. Afirmam que
não têm talentos especiais para
oferecer. O que você diria a elas?
3. Um dos “segredos do sucesso”
de Neemias foi sua habilidade
de esperar a resposta do Senhor
às suas orações no tempo certo.
Você já desenvolveu esse nível de
paciência e confiança em Deus?
Ministério da Criança
13 de outubro
Dia da Criança
Neste dia especial, as crianças participam no Culto Divino, assumindo funções como: oração, leitura
bíblica, momentos de louvor, pregação, recolhimento das ofertas, música especial e outras. Este programa
proporciona treinamento às crianças como futuros líderes. Demos a elas esta oportunidade e façamos
desse dia uma bênção para as próprias crianças e para toda a igreja!
Associação Ministerial
27 de outubro
Dia do Pastor e das Vocações Ministeriais
Um pastor com paixão ama Jesus, depende dEle e pode dizer como o apóstolo Paulo: “Já estou crucificado
com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé
no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2:20). Neste dia especial,
valorizemos e oremos por nossos pastores.
Evangelismo
17-24 de novembro
A Grande Esperança
Prepare a sua igreja e os Pequenos Grupos para participarem do evangelismo via satélite e pela internet,
com o Pr. Alejandro Bullón, de São Paulo para todo o Brasil.
Comunicação
PAC.COM - www.eunopac.com
A comunicação vai além das palavras escritas, faladas ou gestos. Entenda o conceito de comunicação
e como a sociedade hoje lida com os meios e o próprio ato de se comunicar. Participe do Programa
Adventista de Capacitação em Comunicação.
Divulgação
Divulgue nosso site de Evangelismo: www.esperanca.com.br
Notícias oficiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia: www.portaladventista.org
As notícias da Agência Adventista Sul-Americana (ASN) também estão disponíveis no:
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Novembro
17
Dia do Espírito de Profecia – Espírito de Profecia
Quinta-feira
Ekkehardt Mueller
A riqueza
da Palavra
Você já experimentou o poder da Palavra de Deus?
M
uitos de nós já experimentamos o poder e a
riqueza da Palavra de
Deus. Podemos afirmar
que “a Palavra de Deus é viva e eficaz,
e mais afiada que qualquer espada de
dois gumes” (Hb 4:12). A Palavra de
Deus tem o poder de nos conduzir a
Jesus, nosso Salvador, e de transformar
nossa vida de modo que se assemelhe
à de Cristo e forneça novos e revigorantes insights. Houve também alguns
que, ao longo do tempo, se beneficiaram do poder reavivador da Palavra de
Deus. Uma dessas pessoas foi Daniel.
Estudante fervoroso – Era o 6º século a.C. O povo de Deus havia perdido sua terra, Jerusalém, e o templo
com seus serviços de adoração. Os israelitas tiveram que viver em um país
estrangeiro entre pessoas que adoravam deuses estranhos.
Entre esses filhos de Deus estava
Daniel. Ele envelheceu no serviço aos
reis de Babilônia, exercendo influência positiva na corte real e sendo testemunha fiel e constante do verdadeiro
Deus. Mesmo depois de 70 anos de cativeiro, ele não se havia submetido aos
elementos pagãos da cultura prevalecente. Ainda continuava zeloso pela
causa de Deus e o futuro de Seu povo.
Em Daniel 9 o encontramos sob o
domínio dos Medos e Persas, os quais
18
Revista Adventista I outubro • 2012
haviam conquistado Babilônia. Nos
versos 1 e 2 lemos: “No primeiro ano
de Dario [...] eu, Daniel, compreendi
pelas Escrituras, conforme a palavra
do Senhor dada ao profeta Jeremias,
que a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos.”
Daniel certamente teve acesso a vários rolos do Antigo Testamento, entre eles o livro de Jeremias. Esses rolos
eram a palavra inspirada de Deus
(Dn 9:2). Nos versos 11 a 13, Daniel se
referiu à “Lei de Moisés” e às “palavras
proferidas contra nós”, as quais são as
palavras de Deus encontradas em Deuteronômio 28 e 29, as bênçãos e as maldições. Daniel estudou diligente e
cuidadosamente esses escritos sagrados.
Ele entendeu que a profecia de Jeremias estava prestes a se cumprir e
Judá a ser restaurado à terra prometida.
Lendo e estudando as Escrituras, Daniel conheceu a vontade de Deus, prestou atenção ao que Deus havia dito
e confiou na profecia divina. Ele entendeu os sinais de seu tempo. Percebeu que uma reversão no destino do
povo de Deus aconteceria em breve. Ao
mesmo tempo, todos que o conheciam,
sabiam que ele era alguém em cuja vida
o Espírito de Deus estava realmente
presente (Dn 4:8, 9, 18; 5:11, 12, 14; 6:3).
Daniel orava – Enquanto o estudo
das Escrituras nos conduz a profundas
reflexões sobre o plano de Deus para a
humanidade, também nos leva a orar.
No capítulo 9:3-19, Daniel derramou
seu coração em confissão e adoração
diante de Deus, profundamente entristecido com a rebelião do povo contra o
Senhor. Ele reconhecia a justiça divina
que trouxe a maldição predita. Ainda
assim, ele confiou no amor de Deus e
em Sua grandiosa misericórdia (v. 4,
18) e suplicou perdão. A oração foi encerrada com o pedido para que Deus
restaurasse o santuário destruído em
Jerusalém. Daniel orou por novo começo e restauração.
Aqui percebemos uma fantástica sequência: Daniel estudou as Escrituras;
isso o levou a uma profunda reflexão.
Ainda confuso (Dn 8:27), ele buscou a
Deus em oração. Esse é o modelo para
nós. A solução para nossos problemas
é a Palavra de Deus e a oração. Se queremos um novo começo na vida espiritual, crescer no relacionamento com
Cristo, compreender Deus de maneira
mais profunda, entender Seu plano para
nós e para a humanidade, ou aprender
sobre o futuro, o estudo da Bíblia e a
oração servem de ajuda imprescindível.
Enquanto Daniel estava ainda
orando, Deus respondeu e enviou Gabriel (Dn 9:20, 21). O anjo lhe disse que
ele era “muito amado” (v. 23).
Deus reage às orações de Seus filhos. Ele pode não nos enviar um anjo
visível ou um sonho, mas abre nossos olhos a respeito dEle, de Sua obra e
de Suas intervenções. Utiliza seres humanos para nos alcançar, envolve-nos
com Sua paz e nos enche de segurança.
Daniel recebeu finalmente “percepção e entendimento” (v. 22) adicionais.
Gabriel mencionou o período das 70
semanas ou 490 anos. No fim desse período, o Messias viria para acabar com
a transgressão, dar fim ao pecado, expiar as culpas, trazer justiça eterna,
cumprir a visão e a profecia, e ungir
o santíssimo (v. 24). Ele não somente
compreendeu aspectos do plano da
salvação desconhecidos até então, mas
foi também conduzido ao Messias, Seu
ministério e Sua Morte. Daniel recebeu “nova luz”. Mas essa nova luz surgiu da luz dada aos profetas antes dele
e era coerente com ela. A luz não foi
somente a respeito de elementos do
tempo e eventos futuros – foi a respeito de Jesus Cristo.
Nova luz – Um reavivamento pelo
estudo diligente da Bíblia nos conduzirá à compreensão mais profunda de
Deus e de Sua Palavra. Quando estudarmos as Escrituras com oração, receberemos nova luz.
O que é nova luz? Muitas vezes, isso
é associado a descobertas de verdades bíblicas desprezadas. Pioneiros adventistas descobriram, por exemplo, a
doutrina do santuário e a mensagem
de saúde. Nova luz poderia também se
referir à melhor interpretação de um
texto bíblico. Mas nova luz beneficia
não somente a igreja. Isso tem também
uma dimensão pessoal. A pessoa que
estuda as Escrituras é levada a novas
percepções pessoais. Isso é emocionante, gratificante e enriquecedor.1
Por que Deus nos dá nova luz? Ao
compreender melhor o passado, o presente e o futuro, aprendemos a apreciar mais profundamente o plano da
salvação. Alegramo-nos quando vemos como Deus trabalha para pôr fim
ao pecado, sofrimento e morte e nos
receber no lar eterno. Acima de tudo,
novos conhecimentos nos levam a
compreender e amar melhor a Deus e
a desenvolver um relacionamento vibrante com Ele.
Manifestado com sinceridade –
A nova luz verdadeira precisa ser distinguida da nova luz denominada heresia. Podemos fazer isso verificando
[essa luz] pela Bíblia. O Espírito Santo
não Se contradiz naquilo que ensina.
Podemos verificá-la também com a comunidade de crentes genuínos. Em nível pessoal, devemos estudar [o assunto] de maneira ampla e evitar que
[o estudo] seja apenas passatempo.
[...] Devemos permitir que as Escrituras sejam “o padrão do caráter, a prova
da experiência, o autorizado revelador
de doutrinas e o registro fidedigno dos
atos de Deus na História”.2
A experiência de Daniel nos ensina
que grandes coisas acontecerão se estudarmos sinceramente a Palavra e
buscarmos a Deus em oração. Surgirão
novos insights, às vezes numa escala
mais ampla, outras em nível pessoal.
Porém, embora haja a necessidade de
estar receptivos à nova luz, não permitamos que a cultura determine nossas
convicções. Em vez disso, precisamos
comparar os novos pontos de vista
com as Escrituras e, se forem verdadeiros, segui-los.
Deus está disposto a reavivar, transformar e enriquecer nossa vida. Ele deseja viver conosco e em nós, a fim de
que cresçamos fortes em amor e fé,
em serviço e perseverança (Ap 2:19).
“Quando o coração estiver em harmonia com a Palavra, uma vida nova brotará dentro de você, nova luz brilhará
sobre cada linha das Escrituras e se tornará a voz de Deus para sua mente.”3
EKKEHARDT MUELLER é vice-diretor
do Instituto Bíblico de Pesquisa da
Associação Geral.
Referências
1. Os adventistas também consideram “verdade presente” a
que aponta ênfases teológicas de especial importância em
determinado momento.
2. Veja a Crença Fundamental, nº 1.
3. Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 183.
* Os textos bíblicos neste artigo foram extraídos da Nova Versão
Internacional.
per g u n t a s
para
Reflexão
1. Daniel estudou a Bíblia de
maneira profunda e fervorosa.
O que você tem estudado na
Palavra de Deus que o tem
ajudado pessoalmente?
2. Uma nova luz nos ajuda a
compreender as Escrituras e
ensiná-las melhor. Como isso
pode ajudar a lidar com a dor
e aflição em nossa vida? Como
isso pode nos mostrar o amor
de Deus?
CD de Marcos Lima
Sob Suas Asas
CD de Ronaldo Arco
Sob Suas Asas
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violonista Marcos
Lima. 13 músicas.
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Sexta-feira
Derek J. Morris
Cantando
a Palavra
Quando cantamos músicas inspiradas nas Escrituras,
afastamos o inimigo de Deus
T
rês milênios atrás, o Espírito Santo inspirou o salmista
a compor uma canção, cujo
tema foi a própria Palavra
de Deus. Ao ler parte da letra a seguir,
você vai reconhecer o salmo: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e
luz para os meus caminhos.” “Vivificame, segundo a Tua Palavra.” “A revelação das Tuas palavras esclarece.” “Escondi a Tua Palavra no meu coração,
para eu não pecar contra Ti.”
Já reconheceu o salmo? Isso mesmo!
É o Salmo 119 (v. 105, 154 [Almeida Revista e Corrigida], 130 e 11 [Almeida
Revista e Corrigida]). Leia em sua totalidade essa canção bíblica inspirada.
A mensagem é clara: Deus nos revelou
Sua Palavra e ela pode trazer luz e poder revitalizador para sua vida hoje.
Mais do que palavras – Jesus aceitou os cânticos inspirados (os Salmos),
bem como todas as Escrituras como
mais do que uma boa coleção de ideias
religiosas, ou do que palavras humanas sobre Deus. As Escrituras eram e
ainda são a inspirada Palavra de Deus.
Quando Satanás tentou Jesus no deserto, Cristo respondeu com citações
das Escrituras. Ele disse: “Está escrito:
Não só de pão viverá o homem, mas de
toda palavra que procede da boca de
Deus” (Mt 4:4, citando Dt 8:3).
20
Revista Adventista I outubro • 2012
Como recebemos a palavra que procede da boca de Deus? Por meio do
testemunho oral e escrito dos profetas. Sob inspiração do Espírito Santo,
o apóstolo Pedro deu este testemunho: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem
em atendê-la, como a uma candeia
que brilha em lugar tenebroso, até que
o dia clareie e a estrela da alva nasça
em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da
Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer
profecia foi dada por vontade humana;
entretanto, homens [santos] falaram
da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1:19-21).
Quando o Senhor chamou Jeremias
para ser profeta, ele respondeu: “Ah!
Senhor Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança” (Jr 1:6).
Mas Deus lhe respondeu: “Não digas:
Não passo de uma criança; porque a
todos a quem Eu te enviar irás; e tudo
quanto Eu te mandar falarás” (v. 7). Então, Deus tocou a boca do jovem profeta e disse: “Eis que ponho na tua boca
as Minhas palavras” (v. 9).
A Palavra como defesa – A Pala-
vra de Deus é uma defesa contra o inimigo. Quando Jesus foi ao deserto,
após Seu batismo, Satanás viu Seu
tempo de solidão meditativa como
uma oportunidade para atacá-Lo.
Cristo respondeu a cada tentação de
Satanás, utilizando a Palavra de Deus.
Como? Ele tinha um pergaminho ou
dois escondidos sob a capa? Não. Jesus
acreditava que as Escrituras são a Palavra de Deus, por isso as escondeu em
Seu coração. Tomou tempo para memorizá-las e internalizá-las. Então,
quando o inimigo O atacou, Cristo tinha uma proteção contra ele. O Salvador usou “a espada do Espírito, que é a
Palavra de Deus” (Ef 6:17).
A palavra grega traduzida como
“palavra” em Mateus 4:4 e Efésios 6:17
é rhema, que significa uma palavra específica ou declaração. Quando Satanás O atacou, Jesus simplesmente não
levantou a Bíblia ou um rolo da Bíblia,
como um tipo de amuleto da sorte e
disse: “A Bíblia, a Bíblia, a Bíblia”. Não.
Jesus respondeu aos ataques de Satanás com passagens específicas das
Escrituras.
Por que a Bíblia é uma defesa contra
o inimigo? Porque Satanás é mentiroso
e enganador, mas a Palavra de Deus é
a verdade. Então, quando Satanás lhe
diz: “Você é um pecador, um perdedor!
Você pode muito bem desistir de tudo
e se explodir!” Nesse momento, a Palavra de Deus aponta para Jesus e lhe diz
a verdade: “Se confessarmos os nossos
pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça” (Jo 1:9). A verdade da Palavra
de Deus desfaz as mentiras do diabo.
Quando Satanás tenta intimidálo(a) e encher você com temor, a Palavra de Deus aponta para o Redentor,
que lhe diz a verdade: “Não temas; Eu
sou o primeiro e o último e Aquele
que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno”
(Ap 1:17 e 18).
Se Satanás tenta oprimi-lo com os
fardos desta vida, a Palavra de Deus
aponta para Cristo, que lhe diz a verdade: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu
vos aliviarei” (Mt 11:28).
Três sugestões práticas – Deus
Sara Campos
quer que você experimente o poder revitalizador de Sua Palavra. Indico três
maneiras práticas de preencher seu coração com a Palavra de Deus: (1) saturação – leia a Bíblia a cada dia. À medida
que você saturar a mente com a Palavra
de Deus, esteja certo de que o Espírito
Santo vai trazer à sua memória o que
você mais precisar (Jo 14:26); (2) cartões
de memorização – escolha um trecho
da Escritura e escreva palavra por palavra em um pequeno cartão; leve esse
cartão consigo e leia-o várias vezes, para
intencionalmente “esconder” a Palavra
de Deus em seu coração (Sl 119:11);
(3) músicas inspiradas na Bíblia –
aprenda a cantar melodias fundamentadas nas Escrituras ou componha suas
próprias canções. Jesus usava as canções da Bíblia como uma forma de esconder a Palavra de Deus em Seu coração.1 Quando você cantar a Palavra de
Deus no culto ou durante suas atividades diárias, ela será fortalecida em sua
mente. Então, compartilhe a Palavra de
Deus com alguém à sua volta.
Anos atrás, um pastor recebeu uma
ligação pedindo que ele fosse à casa
de uma pessoa para pedir a bênção de
Deus. Uma mulher chamada Glenda
(pseudônimo) tinha perdido o esposo
fazia pouco tempo e a superstição de
sua cultura tinha lhe ensinado que o
espírito de seu marido visitaria a casa
por 40 dias, desde sua morte. Glenda
era uma mulher instruída, mas não sabia como lidar com um fenômeno sobrenatural que ocorria em sua casa,
especialmente com o som de batidas.
Enquanto o pastor se preparava para ir
à casa de Glenda, ele foi impressionado
a levar um CD com músicas inspiradas
nas Escrituras. Ao chegar à residência
dela, ele a encorajou a ouvir as músicas
e, assim, esconder a Palavra de Deus
em seu coração. Na manhã seguinte,
Glenda ligou para contar animada:
“As batidas sumiram!” O mau espírito que ameaçava Glenda foi expulso
de sua casa pelo poder da Palavra de
Deus! Glenda experimentou o poder
revitalizador da Palavra de Deus, e sua
vida foi transformada.
Conclusão – A Palavra de Deus ainda
é uma defesa contra o inimigo. Precisamos de seu poder mais do que nunca,
“pois o diabo desceu até [nós], cheio
de grande cólera, sabendo que pouco
tempo lhe resta” (Ap 12:12). Tome
tempo para estudar a Palavra de Deus.
Reserve momentos para escondê-la
em seu coração. Ore com o salmista:
“Vivifica-me, segundo a Tua palavra”
(Sl 119:54) e experimente seu poder revitalizador em sua vida diária.
DEREK J. MORRIS é editor da revista
Ministry, periódico internacional para
líderes religiosos.
Referência
1. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 73.
per g u n t a s
para
Reflexão
1. Por que a Palavra de Deus faz
o inimigo emudecer?
2. É realmente possível ser
“saturado” pela mensagem
da Bíblia?
3. Como a memorização das
Escrituras nos mantem longe
do pecado?
Segundo sábado
Ellen G. White
Reavivamento
e missão
Nossa responsabilidade individual e coletiva
T
emos uma santa mensagem
para levar ao mundo.
A mensagem do terceiro
anjo não é uma teoria de invenção humana, nem fantasia da imaginação. Ao contrário, é a solene mensagem de Deus para estes últimos dias.
É a advertência final àqueles que perecem.
[...] Os mandamentos de Deus e o
testemunho de Jesus devem ser trazidos à atenção do mundo. As novas da
vinda do Salvador devem ser proclamadas. As cenas do juízo devem ser
apresentadas às mentes não esclarecidas dos homens. Corações devem
ser despertos para reconhecer a solenidade das horas finais de provação e
se preparar para o encontro com seu
Deus.
A luz que tem brilhado sobre seu caminho lhes é dada não somente para
que vocês se alegrem com ela, entendam
melhor as Escrituras e enxerguem mais
claramente o caminho da vida. Mas ela
lhes é concedida a fim de que vocês se
tornem portadores de luz e levem a tocha da verdade aos caminhos escuros
daqueles que os cercam. Devemos ser
colaboradores de Cristo. Devemos seguir o exemplo que Ele nos deixou nos
passos diários de Sua vida na Terra.
Sua vida não foi de sossego nem dedicação a Si mesmo. Antes, labutou
com persistente, incansável e sincero
22
Revista Adventista I outubro • 2012
esforço pela salvação da humanidade
perdida. [...] Ele disse: “Pois o próprio
Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida
em resgate por muitos” (Mc 10:45).
O exemplo de Cristo na missão
– Quando, aos doze anos, o Filho de
Deus foi achado entre os eruditos rabis, executando Sua missão, ao ser interrogado por que havia permanecido
após a festa, Ele respondeu: “Não sabeis que Me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2:49, Almeida Revista e Corrigida). Esse era o grande
objetivo de Sua vida. Qualquer outra
coisa era secundária e subordinada a
isso. Sua comida e bebida consistiam
em fazer a vontade de Deus e cumprir
Sua obra. O eu e o interesse egoísta
não tinham parte em Seu trabalho.
Amor a Deus e ao homem requer
o coração completo e não deixa lugar
para o egoísmo florescer na vida. Jesus
declarou: “É necessário que façamos
as obras dAquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9:4).
Há uma grande obra à nossa frente.
O trabalho que ocupa o interesse e atividade do Céu é confiado à igreja de
Cristo. Jesus disse: “Ide por todo o
mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). A obra para nosso
tempo é desempenhada com as mesmas
dificuldades com as quais Jesus teve
que lidar. Também os reformadores de
todas as eras tiveram que superá-las.
Quanto a nós, devemos pôr nossa vontade ao lado de Cristo e avançar com
firme confiança em Deus.
Chave para o reavivamento – A
obra dos apóstolos de Cristo era educar e treinar homens e mulheres para
divulgar as boas-novas do Salvador
crucificado e ressurreto. Toda pessoa
convertida ao evangelho se sente sob
solene dever para com o Senhor Jesus,
de ensinar a outros o caminho da salvação. Esse é o espírito que deve nos
motivar. Contudo, há uma notável indiferença sobre esse assunto em nossas igrejas e essa é a razão pela qual
não há mais espiritualidade e vigor em
nossa vida cristã. Se vocês trabalhassem como Cristo designou que os discípulos trabalhassem e ganhassem
pessoas para a verdade, vocês sentiriam a necessidade de uma experiência mais profunda e um conhecimento
maior das coisas divinas. Vocês sentiriam fome e sede de justiça. Pleiteariam com Deus, sua fé seria fortalecida
e seu coração beberia maiores goles da
fonte da salvação. Quando encontrassem oposição e prova, vocês recorreriam à Bíblia e à oração. Então, iriam
adiante como cooperadores de Deus,
abrindo as Escrituras ao povo. Vocês
Steve Creitz
cresceriam em graça e no conhecimento da verdade, sua experiência seria valiosa e de um aroma suave.
Vão ao trabalho, irmãos! Não são somente as grandes campais ou assembleias e concílios que terão o especial
favor de Deus. O mais humilde esforço
de amor abnegado será coroado com
Sua bênção e receberá Seu grande galardão. Façam o que puderem e Deus
aumentará sua capacidade. Que ne-
nhuma igreja pense ser pequena demais
para exercer influência e desempenhar
um serviço na grande obra para este
tempo. Que ninguém se desculpe porque há outros com talentos para empregarem na causa. Faça sua parte. Deus
não desculpará ninguém. Jesus deu “a
cada um a sua obrigação” (Mc 13:34), e
todo homem será recompensado “segundo as suas obras” (Ap 22:12). Cada
qual será julgado de acordo com o “que
tiver feito” (2Co 5:10), e “dará contas de
si mesmo a Deus” (Rm 14:12). [...]
Assumam o trabalho em todo e
qualquer lugar. Façam o que está mais
perto de vocês, à sua porta, por mais
humilde e sem importância que pareça. Trabalhem somente para a glória
de Deus e o bem das pessoas. Deixem
o eu desaparecer, enquanto, com sincero propósito e solenes orações de fé,
vocês trabalham para Ele, que morreu
Revista Adventista I outubro • 2012
23
para que vocês tivessem vida. Vão aos
seus vizinhos, um por um, e aproximem-se deles até seus corações serem
aquecidos por seu abnegado interesse
e amor. Simpatizem com eles, orem
por eles, espreitem oportunidades de
fazer-lhes o bem e, na medida do possível, reúnam alguns e abram a Palavra
de Deus à sua mente escurecida.
O reavivamento começa individualmente – Quando as igrejas são
reavivadas, é porque alguém busca
com sinceridade a bênção divina. Ele
tem fome e sede de Deus, pede com fé
e recebe. Vai ao trabalho com sinceridade, sentindo sua grande dependência do Senhor e vidas são despertadas
para buscar bênção semelhante. Assim, um tempo de refrigério vem sobre o coração das pessoas. A extensa
obra não será esquecida. Os planos
maiores serão definidos na hora certa,
mas esforço pessoal, individual e interesse por amigos e vizinhos realizarão muito mais do que pode ser estimado. [...]
Os que foram mais bem-sucedidos
em alcançar pessoas foram homens e
mulheres que não se orgulhavam de
si mesmos em suas habilidades, mas
que se portaram em humildade e fé e
o poder de Deus cooperou com seus
esforços em convencer e converter o
coração daqueles a quem apelaram.
Esse foi exatamente o trabalho que
Jesus realizou. Ele Se aproximou daqueles a quem desejava beneficiar pelo
contato pessoal. [...]
Ele não esperou congregações se
reunirem. As maiores verdades foram
ditas a indivíduos. A mulher junto ao
poço em Samaria ouviu as maravilhosas palavras: “Aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der nunca mais
terá sede; pelo contrário, a água que
Eu lhe der será nele uma fonte a jorrar
para a vida eterna” (Jo 4:14).
A entrevista com a humilde samaritana não foi em vão. As palavras que
caíram dos lábios do divino Professor
agitaram o coração da ouvinte. Alegremente, ela O reconheceu. Sentiu o poder
de Seu santo caráter e a celestial influência que acompanharam Suas palavras
de verdade. Perfeita confiança encheu
seu coração. Esquecida de sua tarefa no
poço, ela se apressou a espalhar
24
Revista Adventista I outubro • 2012
a fama dEle entre seus conterrâneos. Muitos deixaram suas ocupações para ver o forasteiro do poço de
Jacó. Eles O encheram de perguntas e,
ansiosamente, receberam a explanação de muitas coisas antes obscuras ao
seu entendimento. A confusão de sua
mente começou a ser removida. Eram
como pessoas em trevas seguindo um
repentino raio de luz até encontrarem
o dia. O resultado da obra de Jesus,
quando Se sentou cansado e faminto
junto ao poço, foi revertido em bênçãos. A pessoa por quem Ele trabalhou
se tornou o meio de alcançar outras e
levá-las ao Salvador do mundo.
Reavivamento estimula a missão e vice-versa – Esse é sempre
o meio pelo qual a obra de Deus tem
progredido na Terra. Deixe brilhar sua
luz e outros serão iluminados. [...] Inatividade e religião não andam de mãos
dadas e a causa da nossa grande deficiência na vida cristã e em nossa experiência é a inatividade na obra de Deus.
Os músculos de seu corpo ficarão fracos e inválidos se não forem exercitados. É assim também com a natureza
espiritual. Se você quer ser forte, deve
exercitar suas faculdades. Exerça fé em
Deus, provando Suas promessas enquanto carrega Sua cruz e ergue Seu
fardo. Tome o jugo de Cristo e prove
Suas palavras e achará descanso para
sua alma (Mt 11:29). Abra as Escrituras a alguns que estão em trevas e você
não se queixará de cansaço nem de
falta de interesse na causa da verdade.
Seu coração será despertado para sentir anseio por pessoas. Alegria por evidências da fé encherá seu coração e
você saberá que, “quem dá a beber será
dessedentado” (Pv 11:25). Com viva fé,
reclame as promessas de Deus. [...]
Há muitos talentos guardados em
lenços e enterrados. [...] Quando Jesus
partiu, deixou a cada homem sua obra
e “nada a fazer” é uma desculpa injustificável. “Nada a fazer” é a razão de
aflições entre os irmãos, pois Satanás
encherá a mente dos ociosos com seus
próprios planos e os fará trabalhar. Seu
coração e mente desocupados lhe proporcionarão um canteiro para lançar
as sementes da dúvida e do ceticismo.
Aqueles que não têm nada para fazer
acham tempo para fofocar, mexericar,
difamar e causar prejuízos. “Nada a fazer” traz mau testemunho contra os irmãos e discórdia na igreja de Cristo.
Jesus diz: “Quem comigo não ajunta,
espalha” (Mt 12:30).
A lei de Deus está sendo pisada ao
chão. O sangue da aliança está sendo
desprezado e podemos nós cruzar os
braços e dizer que nada temos a fazer?
Despertemos! A batalha está sendo
travada. Verdade e erro estão se aproximando do conflito final. Marchemos
sob a bandeira manchada de sangue do Príncipe Emanuel, lutemos o
bom combate da fé e ganhemos honras eternas. Pois a verdade triunfará
e podemos ser mais que vencedores
por Aquele que nos amou. As preciosas horas de provação estão chegando
ao fim. Façamos a obra certa para a
eternidade a fim de podermos glorificar nosso Pai celestial e servirmos de
meios de salvar as pessoas por quem
Cristo morreu.
ELLEN G. WHITE (1827–1915) foi uma
das pioneiras da Igreja Adventista do
Sétimo Dia. Os adventistas acreditam
que ela exerceu o dom de profecia
bíblico durante mais de 70 anos de
ministério ativo.
* Este artigo foi extraído de um trecho publicado na Advent
Review and Sabbath Herald, de 13 de março de 1888.
per g u n t a s
para
Reflexão
1. Que relação há entre
reavivamento e missão? Em vez
de clamar por reavivamento,
não deveríamos concentrar
nossos recursos em espalhar o
evangelho e terminar a Obra?
2. Leia a história da mulher
samaritana junto ao poço em
João 4. Que princípios Jesus
usou para alcançar seu coração?
Como esses princípios são
relevantes no alcance de nossa
missão?
3. Com frequência, sentimos
que nossa contribuição para a
missão é insignificante e fraca. O
que você imagina que Jesus diria
quando nos sentimos assim? O
que está no centro da missão?
Outubro • 2012
[email protected]
Um jornal a serviço da igreja
28
29
32
39
Famílias pioneiras celebram os 90 anos
da primeira turma de Teologia
Encontro nacional de empresários
levanta recursos para a missão
Campori ecológico reúne 8 mil
desbravadores em Brasília
Igrejas e escolas ajudam a diminuir
o número de fumantes no Brasil
Editor: Wendel Lima
Direito de voz
Pior do que sofrer, é sofrer calado. Por isso, nos últimos anos, a Igreja Adventista tem enfatizado a campanha de combate à violência doméstica. Esse tipo de crime se mostra um
dos mais covardes e difíceis de identificar, porque acontece na privacidade do lugar, que
deveria ser um refúgio. Outra complexidade desse problema são os traumas. Ao ser prejudicado por alguém que lhe é íntimo ou que deveria protegê-lo, as sequelas na vítima podem ser mais devastadoras.
Mas a Igreja Adventista tem muito a contribuir para mudar esse quadro. Primeiramente,
porque a violência doméstica ocorre num ambiente em que a denominação exerce grande
influência: o lar. Ao enfatizar a vivência do cristianismo em casa, bem como ao fornecer suporte para o desenvolvimento das famílias – através dos clubes de desbravadores e aventureiros, e escolas adventistas – a igreja pode prestar um grande serviço de prevenção à sociedade.
A manifestação pacífica é outra via de atuação dos adventistas nessa questão. E essa tem
sido a frente mais enfatizada pela campanha “Quebrando o Silêncio”. Munidos de bandeiras e placas, com o rosto pintado de preto e com a boca fechada por adesivos, os voluntários
percorreram ruas, avenidas e tomaram praças. A Avenida Paulista, palco de inúmeras mobilizações em São Paulo, foi pela segunda vez utilizada por 2 mil pessoas para dar um recado.
O mesmo aconteceu no Rio de Janeiro e na região metropolitana de Vitória, com feiras
da cidadania, em que foram oferecidos orientação jurídica e outros serviços para a população. A voz de protesto também foi ouvida na Câmara de Vereadores de São Paulo e na Assembleia Legislativa de Goiás.
O segundo e importantíssimo passo da campanha,
previsto em formato piloto
para 2013, é oferecer, além
de informação sobre o tema,
acolhimento para as vítimas. Isso poderá ser feito por
grandes igrejas que contam
com mão de obra qualificada
e gratuita de psicólogos e advogados. Se isso acontecer, o
projeto dará frutos mais numerosos e consistentes. –
Wendel Lima. Págs. 26 a 28
De olho no futuro
Os meses de agosto e setembro foram dedicados a ajustar o foco para visualizar um
futuro ainda mais promissor. Reunidos em
Brasília, na sede sul-americana da Igreja Adventista, e em outros lugares do país, líderes
das áreas ministerial, evangelística, jovem,
médica, jurídica e educacional discutiram
os planos para os próximos anos. Alguns
desses grupos até já projetaram as ações de
seus ministérios para o quinquênio.
Os líderes da juventude, por exemplo,
estão com os olhos na Copa do Mundo
de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. Ambos os eventos serão sediados no Brasil
e não podem passar em branco na agenda missionária da denominação. A ideia
é chamar a atenção para a mensagem adventista apresentando os oito remédios naturais enfatizados nos escritos da pioneira
do movimento, Ellen G. White.
Outra área da Igreja que planeja uma
ação ousada é a ministerial. O objetivo
é trabalhar com os pastores a possibilidade de abrir as igrejas durante a semana em períodos alternativos aos cultos
tradicionais. A inciativa reforça a ênfase da Igreja para 2013 de avançar nas metrópoles. Com os templos abertos, com
programações específicas para a comunidade, a igreja pode ser mais relevante
Págs. 30 e 31
no seu entorno. Revista Adventista I outubro • 2012
25
Comportamento
Fazendo barulho
Para ajudar as vítimas da violência a quebrar o silêncio, adventistas
se mobilizaram de norte a sul do Brasil
Palco de manifestações, a Avenida Paulista
recebeu 2 mil pessoas na passeata da campanha
contra a violência
Da redação
Centro financeiro e palco das
manifestações ideológicas da maior
cidade do país, no dia 25 de agosto,
a Avenida Paulista foi ponto de concentração de 2 mil manifestantes
que protestaram contra a violência às crianças, mulheres e idosos.
O lugar ficou repleto de pessoas vestidas de branco, simbolizando a paz. Após 40 minutos de
caminhada, a multidão se concentrou na Praça dos Arcos, onde celebrou a iniciativa e já se preparou
para ações futuras.
“Queremos dizer que existem
diversas formas de abuso: físico,
emocional, psicológico. E quem
está sofrendo tem que quebrar o
silêncio”, declarou Sônia Rigoli,
coordenadora estadual do projeto.
Os esforços por conscientização
não se limitaram à Avenida Paulista. Durante a semana seguinte, as
líderes da campanha participaram
de fóruns sobre o tema na Câmara
dos Vereadores de São Paulo e no
salão nobre da OAB-SP.
Interior de SP – Em Presidente Prudente, SP, no dia 25 de agosto uma carreata com 50 veículos
percorreu a cidade chegando até o
Prudenshopping, onde foram distribuídas literaturas com direito a
apresentação de corais e da turma
do Nosso Amiguinho. Em Araçatuba, desde o ano passado, foi instituído o Dia Municipal Contra o Abuso
e a Violência. Em 2012, os membros
entregaram o livro missionário com
os folhetos da campanha.
Drama – “Vi meu pai matar minha irmã mais velha com machadadas. Ela foi obrigada a ter relações sexuais com o próprio pai
desde os oito anos de idade. Quando minha irmã morreu, ele
queria que eu a substituísse. Quando eu e minha
mãe pedimos ajuda, ele foi
preso”, desabafa “S”, exemplo paranaense de que situações inaceitáveis como
essa só podem ser mudadas
com a denúncia.
Infelizmente, a coragem
de “S” ainda não é a atitude de todas as vítimas. Por
Presidente Prudente, SP: carreata com
isso, a campanha promo50 veículos percorreu a cidade até
um shopping, onde foram realizadas
vida pela Igreja Adventista
apresentações musicais
há mais de dez anos insiste
26
Revista Adventista I outubro • 2012
na importância da
conscientização.
“Por enquanto, nosso trabalho, consiste na
conscientização, mas
já estamos planejando ter pontos de assistência para as vítimas
de agressão. Hoje contamos com a ajuda de
vários departamentos
da igreja para auxiliar
as vítimas da violência
doméstica. A Ação Solidária Adventista auxilia dando cestas básicas,
a Educação Adventista
ajuda no estudo dos filhos e o Ministério da Mulher e
da Família no tratamento psicológico”, explicou Wiliane Marroni, organizadora do projeto em
nível sul-americano, que esteve em Londrina, PR, no dia D da
campanha.
Os principais veículos de comunicação regionais acompanharam
a ação.
Em Palmas, na divisa do Paraná com Santa Catarina, os fiéis da
Igreja Central da cidade de 50 mil
habitantes decidiram visitar um
lar para crianças desabrigadas.
Eles dedicaram o dia 19 de agosto para fazer a alegria dos 25 menores da instituição. As crianças
riram com os palhaços voluntários e conversaram com os visitantes sobre inclusão. Gincanas,
atividades bíblicas e filmes complementaram a programação.
RS – Em Terra da Areia, RS, no
dia 4 de agosto, corais, quartetos e
palestras com terapeutas familiares fizeram parte da programação
da campanha num ginásio esportivo da cidade. No fim da tarde,
mais de 300 pessoas pediram o
fim da violência em uma caminhada pelo município.
Terra de Areia não possui presença adventista, mas 49 pessoas
estudam a Bíblia com fiéis de cidades vizinhas. Essa é a segunda
ação adventista na cidade. A primeira foi a distribuição do livro
missionário em maio.
Na pequena cidade de Hulha
Negra, próximo a Bagé, 150 adventistas, transportados por três
ônibus e seis carros, foram ao município para entregar folhetos da
campanha e 1.500 exemplares do
livro missionário. A ação foi precedida por uma entrevista do pastor local, Rodrigo Machado, para
a rádio da cidade. Em cada kit entregue havia um convite para um
recital de música religiosa e uma
palestra sobre família no ginásio
municipal.
Por causa da mobilização, os
voluntários encontraram guardadores do sábado na cidade que
não têm, oficialmente, presença
PR – Na Igreja Central da cidade,
autoridades no assunto alertaram
os membros sobre a questão. “Os
maiores índices de violência doméstica são verificadas às quartas-feiras, dia de jogos na televisão, e em fins de semana, quando
os maridos estão em casa e os namorados estão com as namoradas. O maior índice de violência
ocorre onde há maior consumo
de bebidas alcoólicas. Este trabalho da Igreja Adventista é muito
importante, já participo do projeto há dois anos e vejo muita relevância nele”, explicou Zilda Romero, juíza da 6ª Vara
Criminal.
No norte e oeste do
Paraná, os fiéis de várias cidades foram mobilizados em passeatas
e na realização de palestras. Em Maringá,
mais de 3 mil pessoas
se reuniram na Praça
Deputado Renato Ceridônio para uma manifestação que contou
com o apoio da Turma Norte do Paraná: 3 mil pessoas assistiram ao
do Nosso Amiguinho. show da turma do Nosso Amiguinho, em Maringá
distribuindo folhetos e revistas
da campanha. Um carro de som
também foi usado para chamar a
atenção de quem circulava por ali.
Jornalistas acompanharam a mobilização que culminou na Igreja Adventista Central da cidade,
onde vários especialistas apresentaram palestras sobre o tema.
Entre os manifestantes, havia alguém que tiEntrega de materiais sobre a
nha muitas razões para
campanha foi acompanhada do livro
protestar. A adolescenmissionário. O plano é estabelecer
uma igreja em Terra da Areia, RS
te Joana (nome fictício)
foi abusada sexualmenadventista. Cerca de 30 pessoas
te por um primo quanprocuraram os líderes da campado tinha apenas sete
nha interessados em frequentar a
anos. Aos 14, a garota
futura igreja adventista do munirevela que ainda carcípio. Líderes continuaram com
rega os traumas decorPalmas, TO: 600 pessoas protestaram na
o trabalho evangelístico na rádio
rentes dessa agressão.
principal avenida da cidade
e uma série de pregações bíblicas
Na época, ela denunmensagem. Aprendi e passei a adciou o agressor para os pais dele,
num salão alugado.
mirar muito mais esse grupo de
mas os mesmos não acreditaram
jovens e adultos.”
RJ – Em 120 pontos do Rio de Jana versão da menina e acabaram
neiro, os adventistas mostraram
rompendo o relacionamento que
ES – Em Cariacica, região mesua indignação com a violência
tinham com ela e seus pais.
tropolitana de Vitória, ES, a camdoméstica. Numa praça do bairro
panha contou com o suporte de
GO – No dia 21 de agosto, a Asda Tijuca, por exemplo, mais de
uma feira de serviços gratuitos
sembleia Legislativa de Goiás, atra500 pessoas que passavam pelo locomo orientação jurídica, psicocal pararam para conhecer o provés do deputado federal Túlio Isac,
lógica, nutricional e espiritual. A
divulgou a campanha numa sessão
jeto. Ali, voluntários da Igreja de
ação teve o apoio de funcionários
Vila Isabel ofereceram serviços grapara 50 parlamentares. No Estado,
da secretaria municipal de Saúde
cerca de 20 mil pessoas foram entuitos como aferição de pressão e
e Assistência Social e da unidaorientação jurídica.
volvidas no projeto.
de móvel da Defensoria Pública
Em Goiânia, no Parque FlamDona Maira Santana, 45 anos,
estadual. Foram distribuídos 50
boyant, um dos maiores da ciaprovou a iniciativa: “Se todos timil folhetos e 7 mil revistas sovessem o mesmo pensamento, o
dade, kits da campanha foram
bre o combate à violência.
mundo não teria tanta violência.
distribuídos, bem como cópias
Com certeza, precisava ouvir essa
da Lei Maria da Penha forneciTO – No centro de Palmas,
das pelo Ministério da Justiça esTO, 600 pessoas percorreram
tadual. Em Pires do Rio, o projeto
a principal avenida da cidade
foi tão bem recebido que, no próximo ano, fará parte do calendáCariacica, ES: parceria da
Igreja Adventista com o
rio da rede educacional da cidade:
poder público levou até a
a terceira semana de agosto.
população orientação jurídica
e psicológica
Rio: em uma praça do bairro da Tijuca, 500 pessoas pararam para
conhecer o projeto e receber orientação jurídica
Fortaleza, CE: passeata com
fanfarra mobilizou 150 fiéis no
início de setembro
a campanha com entrevistas ao
vivo, matérias e publicações. No
dia 1º de setembro, 150 fiéis foram
em passeata com fanfarra até uma
praça no centro da cidade.
RR – Em Boa Vista, RR, a principal mobilização foi realizada
no dia 18 de agosto. Os voluntários caminharam por quatro quilômetros e se concentraram na
Praça das Águas, ponto turístico da cidade. Mais de 3 mil pessoas participaram da ação que
contou com 500 motos, 350 carros, 20 ônibus, três trios elétricos
e um carro LED que apresentou
vídeos promocionais do projeto.
Em muitos pontos estratégicos da
cidade, adventistas distribuíram
panfletos e exibiram faixas e camisetas da campanha.
O secretário estadual da Justiça
e da Cidadania de Roraima, general Eliéser Monteiro, elogiou a organização e relevância da passeata.
CE e PI – No Ceará e Piauí, a
campanha se estendeu por três
semanas. Em Maracanaú,
CE, mais de 400 pessoas
saíram em passeata com
placas e carro de som a fim
de alertar a sociedade. Um
motoclube adventista deu
suporte para a ação.
Em São Raimundo Nonato, PI, outra passeata
atraiu a atenção da população. Crianças, jovens e adultos pintaram a cara para
protestar contra a violência. Em Fortaleza, foram
do Rio, GO: campanha entrou para
dez pontos de distribuição Pires
o calendário das escolas do município.
de materiais.
Em todo os Estado, 20 mil pessoas se
A imprensa local apoiou envolveram no projeto
Revista Adventista I outubro • 2012
27
RO – Em Porto Velho, RO, o projeto mobilizou os membros das igrejas locais e a comunidade em geral.
Uma programação foi realizada no
dia 18 de agosto, na Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, ponto histórico da cidade, e contou com a presença de mais de 5 mil pessoas.
As atividades começaram na
sexta-feira com a ajuda dos desbravadores na distribuição de 3
mil folhetos. O material foi entregue em escolas, praças e comércio
local. O projeto também teve ampla divulgação na mídia televisiva regional.
Na programação, houve a apresentação de grupos musicais, corais, banda da Polícia Militar e a
Turma do Nosso Amiguinho. Um
coral de 500 crianças cantou em
favor da paz. Autoridades locais
marcaram presença, como uma
representante da recém-criada
Secretaria Estadual de Promoção
da Paz.
Quadro brasileiro – A constatação é ruim. Números do Mapa
da Violência 2012 – Crianças e
Adolescentes no Brasil, divulgado no dia 18 de agosto, mostram
crescimento da violência contra
essa parcela da população. O número de homicídios contra jovens
nesse período foi de 176.043. Entre 1980 e 2010, as taxas cresceram 346%. Com 13 mortes para
cada 100 mil habitantes, o Brasil é o quarto país entre as 92 nações monitoradas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Mas o quadro pode mudar.
E essa mudança, segundo especialistas, tem a ver com dois
História
Memória
Nove décadas atrás, o Colégio Adventista
Brasileiro formou sua primeira turma de
Teologia. Filhos dos pioneiros encenaram a
formatura histórica
“Alunos” que representaram os
estudantes de teologia de 1922
Rubens Lessa
Enviado especial
Os 90 anos da primeira turma
de Teologia (1922) do Curso Preparatório Ministerial, embrião da
Faculdade Adventista de Teologia no Brasil, foram comemorados
em cerimônia típica, realizada na
manhã do dia 26 de agosto, no auditório Ellen G. White do Unasp,
campus São Paulo. Alunos pioneiros e líderes de várias instituições educacionais compareceram
ao evento, coordenado por Keila
Schwantes e Otávio Belz.
28
Revista Adventista I outubro • 2012
Encenação – A comemoração
consistiu em aula e formatura simuladas, nas quais os nove formandos de 1922 foram representados,
com figurino da época, da seguinte maneira: Domingos Peixoto da
Silva (Ruy Câmara), Adolfo Bergold (Edgard Bergold), Alma Mayer
(Keila Schwantes), Phillonila Santos
Asumpção (Nereide Liane Kalman),
Adelina Zorub (Valdineia Zorub
Pasquini), Rodolpho Belz (Otávio
Belz), Guilherme Denz (Leilange
Denz Girotto), Isolina Avelino (Dilza A. Garcia) e Luís Waldvogel (Flávio de Araújo Garcia).
Os professores da década de 20
foram representados assim: Thomas
Walter Steen (Edy Gorski), Margareth Steen (Eliete G. Damasceno),
John Lipke (Edegardo Max Wuttke),
John Bohem (Ademar Quint) e George Taylor (Rosival Muniz).
Durante a aula simulada, cada
aluno expôs algo do que havia
aprendido durante o curso. Na cerimônia de formatura, em que Edy
Gorsky atuou como paraninfo,
fatores. Um deles é a sólida base
familiar em que
pais atuam como
os primeiros educadores e proporcionam ambiente
que favorece o
desenvolvimento de jovens menos violentos. A
outra maneira é
através de projetos, programas e
ações sociais com Cinco mil pessoas em manifestação na estrada de ferro
viés educacional Madeira-Mamoré, em Porto Velho, RO
Em 2013, a iniciativa deve dar
e religioso que promova valores
morais.
mais um passo importante, oferecer além de informação, auxílio juTalvez, esteja aqui a grande contribuição da Igreja Adventista: essas
rídico e psicológico para as vítimas.
duas frentes de prevenção são tra– Com reportagem de Gabriel Stein,
balhadas pela denominação através
Patrícia Ferreira, Luzia Paula, Daydos clubes de desbravadores e avense Bezerra, Mauricio Junges, Tatiatureiros, do Ministério da Criança e
ne Lopes, Leonardo Torres, Bianca
do Adolescente e por meio do proLorini, Dina Karla Miranda, Thais
jeto “Quebrando o Silêncio”.
Firmino e Felipe Lemos. representando (inclusive com sotaque) o pioneiro norte-americano Thomas Steen, fez veemente
discurso, destacando o lema da
turma: “Rumo ao mar”.
Recreio – No recreio, entre a
“aula” e a cerimônia de “formatura”, os representantes dos alunos
pioneiros ofereceram um lanche
aos convidados, os quais aproveitaram a ocasião para falar sobre a
vida e obra dos pioneiros de 1922.
“Todos deram grande contribuição para o desenvolvimento
da Igreja”, disse Renato Stencel,
diretor do Centro da Memória
Adventista no Brasil. “O lema dessa turma movimenta e direciona
nossas ações até hoje”, afirmou
Hélio Carnassale, diretor-geral
do campus anfitrião.
Também presente à cerimônia, Emílson dos Reis, diretor da
Faculdade de Teologia do Unasp,
campus Engenheiro Coelho, ponderou: “Esses encontros são importantes para recordar a missão
e herança que os pioneiros deixaram para as gerações seguintes.”
Legado – Os formandos de 1922
desempenharam papel importante
no período formativo do movimento adventista no País, com destaque para Domingos Peixoto da Silva, que foi diretor do então Colégio
Adventista Brasileiro (CAB); Luís
Waldvogel, redator-chefe da Casa
Fotos: Márcia Belz
Antes da ação de impacto nas
ruas, a campanha foi divulgada
em 64 escolas públicas, onde 34
mil revistas foram entregues para
alunos e educadores e foram realizadas palestras sobre bullying.
Otávio Belz (à frente),
representando o pai – Rodolpho
Belz – na cerimônia de “formatura”.
Da dir. para a esq., Eliete
Damasceno, Edy Gorski, Edegardo
Wuttke, Ademar Quint e Rosival
Muniz, que representaram,
respectivamente, Margareth Steen,
Thomas Steen, John Lipke, John
Boehm e George Taylor
Publicadora Brasileira por mais de
três décadas, e sua esposa Isolina,
tradutora de vários livros, entre os
quais O Desejado de Todas as Nações, de Ellen G. White.
Como parte da cerimônia rememorativa, o prédio que abriga o
auditório Ellen G. White recebeu
o nome do saudoso professor Siegfried Kümpel, diretor da Faculdade Adventista de Teologia por
vários anos. O filho, Vitor Kümpel, ao lado da família, ajudou a
descerrar a placa, cujos dizeres foram lidos por Euler Baía, reitor do
Unasp. – Com reportagem de Murilo Bernardo Pereira. Missão
Investir na missão
Empresários unem recursos e idealismo para
apoiar projetos institucionais e voluntários
É assim que concluiremos a pregação do evangelho: unindo profissionais e apoiadores”, afirmou entusiasmado.
“Minha motivação em fazer
parte dessa federação está na
grande possibilidade de agradecer a Deus o que Ele tem feito em
minha vida. O importante é que
faço isso com ações que favorecem outras pessoas”, completou
o empresário de Fortaleza, Agenor Silva.
Há mais de 20 anos, FE procura empregar na missão os recursos humanos
e financeiros do empresariado adventista. Último encontro nacional da
federação elegeu a diretoria do próximo biênio
Thais Firmino
Colaboradora
Com o objetivo de apoiar e impulsionar projetos que visam a pregação do evangelho, a Federação de
Empresários Executivos e Profissionais Adventistas do Brasil (FE),
realizou seu 23º encontro nacional
com o tema Unidos Pelo Amor de
Cristo. Reunidos em Cumbuco,
próximo a Fortaleza, 300 empreendedores assistiram aos relatórios
e discutiram sobre como investir
recursos em projetos missionários
institucionais e voluntários.
Nova igreja e batismo – Em
celebração ao comprometimento evangelístico do grupo, um dos
pontos altos da programação foi a
inauguração de um templo adventista em Lagoa do Banana. A igreja é fruto do trabalho integrado da
federação, da campanha institucional “Terra de Esperança” e da
iniciativa leiga chamada Escola de
Profetas, que teve a formatura de
sua turma de missionários realizada no novo templo.
Dezenas de pessoas decidiram
abraçar a fé adventista após estudar a Bíblia com o grupo de voluntários. Dentre elas, o jovem
Mateus Silva, que foi batizado na
ocasião.
Cerimônia que teve como abertura as palavras do líder mundial
da Igreja Adventista, pastor Ted
Wilson: “Estou muito feliz por
inaugurar esta linda congregação. Que Deus abençoe essa Igreja, que ela cresça mais e mais.” Ted
Wilson foi acompanhado pelo líder mundial de comunicação,
pastor Williams Costa Júnior,
pelo líder adventista para a América do Sul, pastor Erton Köhler, e
o quarteto Arautos do Rei.
Empresários – Essa foi a segunda vez que Rosinaldo
Silva participou do
encontro. Residente
em Porto Alegre, ele
não hesitou em viajar até Fortaleza para
conferir de perto os
relatos dos trabalhos
desenvolvidos. “Desde a primeira vez que
tive contato com essa
equipe, fiquei encantado com os projetos
que estão sendo feiPastor Ted Wilson acompanhou a formatura da
tos em todo o Brasil.
turma da escola de missões
Investimento – A FE destina
600 mil reais por ano para projetos evangelísticos e sociais. As iniciativas são selecionadas mediante os resultados já obtidos, sendo
assim, a federação exerce a função
de apoiadora financeira. Não há
prazo máximo de financiamento,
mas o objetivo dos doadores é que
o projeto apoiado, com o tempo,
torne-se autossustentável.
No encontro foram apresentados relatórios e divulgados os
projetos que receberão financiamento em 2013. Entre eles estão os “300 Gideão” (Fortaleza),
“Partilhando Jesus” (Salvador) e
“Salva-vidas” (Amazônia). Posteriormente, os líderes desses projetos terão que prestar contas de
como os recursos foram aplicados.
“Nunca vi um projeto que a FE
tenha amparado dar errado. Selecionamos mediante o vislumbre
dos resultados e todos os projetos permanecem alcançando o
que para nós é o mais importante: pessoas para Cristo”, explicou
a tesoureira.
Potencial – Presidente da federação há dois anos, o médico Elias
Morsch acredita que a união dos
empreendedores possibilita importantes conquistas para o evangelismo no país.
Para ele, na igreja existe um
significativo potencial de valores
humanos: pessoas com preparo
intelectual e vivências profissionais e sociais nas mais diversas
áreas do conhecimento humano.
Homens e mulheres que se sentem motivados a realizar projetos
que integrem a pregação da Bíblia
e a assistência social.
“Existem muitos ministérios
leigos que precisam de apoio e é
para isso que estamos aqui. Reunidos, podemos alcançar resultados
fantásticos no ideal de pregação
do evangelho”, afirmou Morsch.
Terra de Esperança – O projeto “Terra de Esperança” foi lançado em 2010 com o grande desafio
de “avançar cem anos em seis” no
plantio de igrejas na região.
Há dois anos, 650 cidades nordestinas não tinham presença adventista, formando assim o que
alguns chamaram de a “Janela
10/40 do Brasil”, em referência ao
território mais desafiador para o
evangelismo cristão no mundo, faixa de terra que compreende o norte
da África, o Oriente Médio e a Ásia.
Graças ao esforço conjunto de
grupos mantenedores, alguns deles formados por empresários, e
missionários que se deslocam
para essas cidades, o mapa do
adventismo na região tem sido
mudado.
Igreja da Lagoa do Banana foi inaugurada durante o evento. Templo foi
construído com recursos dos empresários e trabalho dos missionários
leigos do projeto Escola de Profetas
Revista Adventista I outubro • 2012
29
Institucional
Visão de futuro
Líderes sul-americanos de seis ministérios se reúnem
para traçar as metas dos próximos cinco anos
Área ministerial: igreja aberta para cultos em horários alternativos e
seminário via satélite para a formação de novos pregadores
Da redação
No encontro dos líderes do Ministério Jovem, em Olímpia, SP,
que reuniu mais de 90 pessoas,
o foco esteve especialmente em
2014. O ano promete ser agitado
para a juventude adventista. Além
das ações evangelísticas e comunitárias previstas para a Copa do
Mundo, em 2014 será realizado
o campori continental, que deve
reunir 30 mil desbravadores no
Parque do Peão de Barretos, SP.
Em relação ao campeonato mundial de futebol e aos Jogos Olímpicos, o pastor Areli Barbosa, líder
sul-americano dos jovens adventistas, adiantou que a intenção é
destacar os oito remédios naturais.
Para tanto, será produzida uma
revista sobre o tema. “Queremos
também fazer a campanha de doação de sangue e um projeto tipo a
Missão Calebe em que trabalharíamos o dia inteiro e à noite faríamos uma série de conferências”,
comentou.
Capacitação e serviço – O
encontro, realizado em agosto, também enfocou a necessidade de integrar os esforços dos
900 mil jovens adventistas de 17 a
30 anos aos grandes projetos missionários da denominação, como
o evangelismo nas grandes cidades. “Precisamos de pessoas que
não pisem no freio, mas no acelerador”, pontou o pastor Almir
Marroni, vice-presidente sul-americano da Igreja.
Médicos: o trabalho na área de saúde tem grandes
implicações espirituais. No detalhe, quatro médicos com
mais de 40 anos de serviço no sistema adventista de saúde
foram homenageados
30
Revista Adventista I outubro • 2012
Para tanto, a
denominação
pretende esde jovens planejaram ações missionárias para
timular ainda Líderes
a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O
mais a capacita- plano é produzir uma revista sobre os oito remédios
ção dos jovens e naturais e realizar uma edição da Missão Calebe,
o envolvimento durante os eventos
deles no serviço ao próximo. MaDurante o congresso foram honuais e livros foram lançados no
menageados veteranos da rede
evento, com destaque para o novo
adventista educacional, como o proManual de Especialidades do Clufessor Roberto Cesar de Azevedo.
be de Desbravadores, que apresenEle desafiou os presentes a fundar
ta 115 novas modalidades. Outra
uma escola adventista em cada cinovidade é a idade mínima para
dade com mais de 100 mil habitanser um líder da agremiação: de 16
tes. A necessidade de crescimento
se dá pelo alvo claro que a educapassou para 18 anos.
ção adventista tem: salvar pessoas.
No trabalho comunitário, os líderes destacarão a participação
dos jovens na Missão Calebe e no
Advogados – Em evento inédito,
Serviço Voluntário Adventista,
cerca de 100 profissionais da área
jurídica também se reuniram no
órgão que viabiliza oportunidainício de setembro, em Brasília, na
des de experiências missionárias
transculturais.
sede sul-americana da denomina“Sabemos que hoje o jovem quer
ção. “Uma das nossas preocupações
carregar uma bandeira. Se ele não
foi que os advogados pudessem
tiver uma bandeira boa para carentender a relevância de palavras
regar, ele procura alguma ruim”,
como sinergia, integração e que coargumentou o pastor Areli Barbonhecessem mais a respeito da estrutura da própria Igreja em suas disa, lembrando o número de jovens
ferentes frentes de trabalho como
até aqui envolvidos com a Missão
ADRA, Comunicação, Serviço VoCalebe: 66 mil. O evento foi acompanhado de perto pelos líderes
luntário e outros”, destacou o coormundiais dos jovens adventistas:
denador do evento, Luigi Braga.
Gilbert Cangy e Jonatan Tejel.
Além disso, os participantes receberam aconselhamento de um
Educação – No início de setemprofissional de Psiquiatria duranbro, em Engenheiro Coelho, SP,
te o encontro, dicas de saúde e
foi a vez dos educadores terem seu
realizaram testes relacionados ao
encontro sobre gestão e pesquisa.
desenvolvimento de suas potenEntre os principais temas abordacialidades. O encontro serviu para
dos estiveram a adoção ou não de
ajustar o foco e reconhecer o tralivros didáticos digitais (para tabalho de um grupo que, de modo
geral, possui muitos desafios,
blet) e a aplicação de uma avaliacomo regularização de patrimônio
ção institucional para verificar o
desempenho das escolas em toe padronização de procedimentos
dos os anos letivos.
e mesmo o constante trabalho de
defesa da imagem adventista.
Pastores – O que levou 120 líderes de pastores à Capital Federal,
no início de setembro, foi o concílio realizado a cada cinco anos,
com aqueles que são responsáveis
por orientar os líderes religiosos
das igrejas locais. O evento, organizado pelos pastores Carlos Hein
e Rafael Rossi, teve na agenda itens
como a implementação de cultos
em horários alternativos, o que
tornaria a igreja mais acessível à
comunidade durante a semana, e
a realização de um seminário via
satélite sobre pregação bíblica. Os
pastores Anthony Kent, Jonas Arrais e Willie Hucks, secretários associados da sede mundial da Igreja também marcaram presença.
Médicos – Os médicos também participaram dessa maratona de reuniões. Realizado pela
terceira vez em nível sul-americano, o encontro em Brasília relembrou os 200 congressistas sobre as implicações espirituais da
atuação médica. Os seminários
foram ministrados pelo pastor
Marcos Bomfim, líder sul-americano do Ministério da Saúde da
denominação, e pelo vice-presidente de relações públicas do Sistema Adventista de Saúde Americano, Womack Rucker.
Para o organizador do encontro
e líder do setor na América do Sul,
pastor Marlon Lopes, o foco é sempre valorizar a pessoa do médico.
“Buscamos mostrar a importância
deles resgatando o senso de missão, a excelência no atendimento e
a cura, tanto física como espiritual,
mostrando que estes são os focos
da saúde adventista”, destacou.
Na oportunidade foi feita uma
homenagem a quatro médicos que
dedicaram mais de 40 anos de trabalho ao sistema de saúde adventista: Dr. João Kiefer Filho, diretor
médico da Clínica Adventista de
Porto Alegre, Dr. Manfred Krusche, diretor médico da Clínica Vida
Natural, em São Roque, SP; Dr.
Walter Streithorst Filho, médico do
Hospital Adventista de Belém, PA,
e o Dr. Natanael Costa, médico do
Hospital Adventista de São Paulo.
Evangelistas – No fim de
agosto, por sua vez, o concílio de
evangelistas sul-americanos reuniu 200 pessoas e debateu temas
como a contextualização do evangelho, a necessidade de envolver
o maior número de membros no
evangelismo e a urgência de integrar as estratégias missionárias
em massa com o discipulado dos
fiéis recém-batizados.
As igrejas étnicas de São Paulo
Ciência
Fiel às origens
Tradicional seminário criacionista reúne
200 professores e estudantes no Rio
Religião e ciência: líderes da Igreja Adventista e pesquisadores
criacionistas organizaram o evento
Dina Karla Miranda
Colaboradora
O 13º Seminário “A Filosofia
das Origens” reuniu mais de 200
professores, estudantes, empresários e interessados pela controvérsia sobre criacionismo e
evolucionismo. Fruto de uma
parceria entre a Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) e a sede
administrativa da Igreja Adventista para a região Sudeste, o evento foi realizado em agosto, no Rio
de Janeiro.
Foram abordados temas como
a filosofia das origens, as grandes
províncias e perspectivas sobre
a datação radiométrica. Entre os
palestrantes, estiveram o professor do Unasp e diretor do Geoscience Research Institute no Brasil,
Dr. Nahor Neves; o presidente da
SCB, Dr. Ruy Vieira; e coordenador do Núcleo Brasileiro de Design
Inteligente, Enézio Almeida Filho.
Palestras – No evento, o geólogo Nahor Neves comparou as duas
foram mencionadas como exemplos de contextualização da mensagem adventista no Brasil.
Destaque maior foi dado ao
diálogo inter-religioso realizado
com os judeus, via palestras culturais, cursos de saúde e apresentações acadêmicas feitas nas
chamadas Beth Bnei Tsion, ou
congregações dos Filhos de Sião.
Quanto ao discipulado e ao
maior envolvimento de fiéis na
missão da igreja, os líderes concordaram que o caminho é investir
no evangelismo-escola e Ciclo do
Discipulado. Com o evangelismoescola a ideia é multiplicar o número de pregadores leigos e com
a ênfase no discipulado, o objetivo é preparar melhor os candidatos ao batismo e acompanhá-los
após essa cerimônia a fim de que
se tornem cristãos maduros.
A meta é capacitar inicialmente
1.400 membros que deverão realizar 2 mil programas evangelísticos.
“Os fiéis vão se engajar no evangelismo de maneira prática”, disse o pastor Luís Gonçalves, coordenador do
evento. Em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, por exemplo, 8 mil pessoas já passaram pelas
escolas de evangelismo. – Com reportagem de Suellen Timm, Keidson
Rodrigues de Brito, Mayra Silva, Felipe Lemos e Márcia Ebinger. DVD missionário para 2013
Já está disponível no canal oficial de vídeos da sede sul-americana da
Igreja Adventista o trailer do DVD A Última Esperança. O material, que
será lançado oficialmente em janeiro de 2013,
é resultado de uma série de gravações feitas
com o pastor Luís Gonçalves, coordenador de
evangelismo adventista sul-americano. Tratase de uma série com estudos sobre as sete cartas do Apocalipse, com imagens coletadas em
cinco países: Estados Unidos, Israel, Itália, Turquia e Grécia. A previsão é que milhões de DVDs
sejam distribuídos no dia 20 de abril de 2013.
cosmovisões: criacionismo e evolucionismo. “No criacionismo é como
se o pesquisador
tivesse à disposição
dois grandes livros
a ser estudados, a
Bíblia e o livro da
natureza que Deus
nos deixou. Já o Auditório formado por estudantes e professores.
foi responsável pela mudança da
evolucionismo é Seminário
cosmovisão de Ângelo Fonseca, ex-evolucionista
uma cosmovisão
cimentos e quero passar adiante
em que ocorrem as associações
intuitivas ou intencionais entre o
tudo o que aprendi.”
conhecimento científico e propostas filosóficas extraídas do naturaTestemunho – Realizado pela
lismo, ou seja, conhecimento cien13ª vez, o encontro já rendeu frutífico associado à filosofia ateísta”,
tos missionários. Ângelo Fonseca,
que participou da segunda edição
pontuou.
“Ser criacionista é uma bêndo seminário, deixou o evolucioção. Um cristão não criacionista
nismo para se tornar criacionisnão tem razão de existir. A Bíblia
ta. “O seminário ‘A Filosofia das
confirma isso: ‘No princípio Deus
Origens’ fez toda a diferença em
criou os céus e a terra’”, defendeu
minha vida. Antes eu era evolucionista e quando participei deso Dr. Ruy Vieira, que há mais de
40 anos se dedica à divulgação do
se evento fui mudando de ideia e
criacionismo. Recado que a provoltei para casa sendo criacionisfessora Mariana Azeredo ententa. Logo aceitei a Jesus e fui batideu bem. Depois de parabenizar
zado. Hoje falo do amor de Deus
a coordenação do evento pelas papara meus amigos e familiares”,
lestras, ela garantiu: “Com certeza
testemunhou. Em 2013, o evento
estou voltando com novos conhedeve ser sediado no Peru. Revista Adventista I outubro • 2012
31
Desbravadores
Feriado no parque
Campori reúne 8 mil desbravadores no centro de Brasília. Grupo
limpou o Lago dos Patos e gravou audiolivro O Grande Conflito
Marina Milanelli
A narração da obra, que nunca havia sido registrada na voz de
desbravadores, será transformada em audiolivro e presenteada
a cada adolescente participante.
Além de narrado, o livro foi transcrito à mão pelos 8 mil desbravadores. A versão manuscrita ficará
guardada no museu da sede administrativa sul-americana da Igreja
Adventista, em Brasília.
Fotos: Liana Feitosa
Abraço coletivo em volta do Lago
dos Patos mobiliza desbravadores e
comunidade. No detalhe, desbravadores revitalizam o entorno do lago
do maior parque urbano do mundo
Liana Feitosa
Colaboradora
Muita emoção, alegria e ralação
fizeram parte da rotina de jovens
e adolescentes de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal durante
um mega-acampamento no coração de Brasília. A segunda edição
do campori interestadual da região Centro-Oeste movimentou
a Capital federal nos dias 4 a 9 de
setembro e levou mais de 80 pessoas ao batismo.
O evento teve como ênfase espiritual a visão sobrenatural que
Ellen G. White, pioneira da Igreja Adventista, teve logo após o
desapontamento vivenciado por
milhares de cristãos norte-americanos que aguardavam a volta de
32
Revista Adventista I outubro • 2012
Jesus para o dia 22 de outubro de
1844. A mensagem da visão foi publicada pela primeira vez em 1846,
trazendo esperança aos leitores ao
mostrar que o povo do advento
passaria por um caminho estreito, de grande dificuldade, mas encontraria Jesus no fim da jornada.
Para apresentar detalhes dessa história e como era a vida dos
pioneiros adventistas, um musical foi especialmente preparado
para o campori. Ao todo, 18 atores, 30 figurantes e um grupo de
drama com dez componentes fizeram parte da encenação que
foi divida em cinco episódios. As
músicas, compostas por Cleiton
Shaefer, são inéditas e já estão disponíveis em CD. O álbum custa
20 reais e pode ser adquirido nas
sedes regionais da Igreja Adventista da Região Centro-Oeste.
O Grande Conflito – Em clima
de valorização do dom profético,
além do musical, os desbravadores fizeram a gravação em áudio
do livro O Grande Conflito. Para
que os 8 mil acampantes participassem do projeto, os 40 capítulos do livro se tornaram 3 mil folhas de papel A4.
Ações sociais – Nessa edição
do acampamento, os desbravadores tiveram o desafio de construir
portais ecologicamente sustentáveis. Com a tarefa em andamento, o
que se viu pela área de camping foi
um festival de garrafas PET, pneus,
papelão, jornais e caixinhas de suco
e leite. Nesse requisito, duas agremiações ficaram empatadas no
topo da pontuação: o Clube Tigre,
do Distrito Federal; e o Clube Estrela, do Mato Grosso. Como prêmio, cada grupo ganhou 25 instrumentos musicais para fanfarra.
Além disso, 15 mil folders feitos de papel reciclado foram preparados para espalhar consciência
ecológica entre os brasilienses. Na
tarde do feriado, dia 7 de setembro,
os desbravadores distribuíram os
folhetos no Parque da Cidade Sarah Kubitschek com
um exemplar da revista
Quebrando o Silêncio e do
livro A Grande Esperança.
O local é o maior parque
público urbano do mundo e foi a sede do campori.
Estúdio a céu aberto: 8 mil
desbravadores participaram da
gravação do audiolivro O Grande
Conflito
O lago e o lixo – Em relação ao
lixo, as mais de 30 toneladas retiradas do mega-acampamento tiveram destino adequado. Todos
os resíduos foram entregues em
depósitos de cooperativas credenciadas pelo Serviço de Limpeza
Urbana (SLU) de Brasília. Ao chegar nesses armazéns, o lixo foi separado e, todo material reciclável,
reaproveitado.
Como se não bastassem essas
iniciativas, as ações em benefício
da natureza foram coroadas com
a limpeza do Lago dos Patos, no
Parque da Cidade, também no
dia 7. Os voluntários retiraram
mais de 3 mil sacos de lixo com
resíduos depositados no entorno
do lago e revitalizaram a orla. No
fim da “faxina”, um abraço coletivo em volta do lago simbolizou a
união em favor do meio ambiente. Para o pastor Nelson Milanelli, líder dos desbravadores da
Região Centro-Oeste e coordenador geral do evento, ações como
Batismo de índia karajá,
da Ilha do Bananal, TO
Alison, que perdeu
a perna esquerda
em acidente de
moto, emociona
pastores Nelson
Milanelli e Fábio
Carnieto durante
batismo
Diretores das agremiações sustentam tochas personalizadas
Rosemeire Felix
Mídia – Admirados com o envolvimento de tantos jovens e
adolescentes, a mídia local marcou presença durante o evento.
Ao todo, nove veículos de comunicação produziram reportagens
sobre o campori. As emissoras de
TV Band e SBT e o jornal Correio
Braziliense, por exemplo, destacaram a limpeza do Lago dos Patos.
O administrador do Parque,
Paulo Dubois, agradeceu a administração da Igreja Adventista por
escolher o espaço como sede do
encontro quinquenal. “Esse tipo
de atitude engrandece nosso parque. A vinda desses
jovens é benéfica em vários
Musical baseado em visão de Ellen G. White foi exibido em cinco episódios
aspectos, porque eles são
Alison estava em uma moto que,
comprometidos com o bem-estar do próximo”, afirmou.
no impacto, foi lançada para baiDubois, criado em um tradixo de um ônibus. Como resultado
cional lar batista, por diversas vedo acidente, ele teve a perna eszes precisou conter as lágrimas ao
querda amputada. “Algumas pesver a mobilização e o cristianissoas disseram que precisávamos
mo prático exemplificado pelos
desistir do acampamento depois
desbravadores. “Vejo meu avô no
do que aconteceu comigo. Mas a
gente tinha chegado até ali, eu não
brilho contido nos olhos de cada
adventista que conheço aqui. Só
podia desistir do sonho dos meniDeus poderá pagar o que vocês
nos de ir para o campori”, relatêm feito por este lugar”, concluiu.
ta emocionado.
Mesmo liderando a agreForça e testemunho – Além
miação, Alison se sentia longe
da participação cidadã, os desbrade Deus. Entretanto, graças ao
vadores deram exemplo de supeapoio divino e de seus colegas,
ração. Marcos Vinícius, por exemele se encheu de coragem para
plo, tem 24 anos e é desbravador
levar seu clube ao acampamenhá dez. Com o uniforme e o lento e renovar seu compromisso
ço, Marcos não permite que a síncom Cristo em uma emociodrome de down o impeça de parnante cerimônia batismal. “Se
Jesus te chama hoje, não perticipar de todas as atividades com
ca mais tempo”, disse aos desmuita dedicação. “Eu sou da unidade Lambda e gosto muito de ser
bravadores, ao sair das águas.
dos portais vencedores reproduziu a
desbravador”, contou animado.
– Com reportagem de Liane Um
ponte JK, ponto turístico de Brasília, com
Apesar de frequentar as atiPrestes, Luzia Paula e Dina Kar- papelão e jornal. O outro fez alusão ao
la Miranda. vidades do clube regularmente,
pantanal mato-grossense
este acampamento foi o primeiro campori que Marcos pôde participar. Quem o ajudou a realizar
No dia 7 de
esse sonho foi sua professora, Casetembro, pela
mila Martins. “Eu me prontifiquei
primeira vez o
a participar desta vez só pra cuidar
Clube de Desdele. Ele é muito animado e, inclubravadores foi
sive, participou das atividades do
representado
campori. Ele se dá bem com todos
por 90 adolescentes no traos colegas”, conta Camila.
Rosemeire Felix
essa devem lembram a todos que
a natureza precisa ser respeitada.
Policial militar
desce de rapel do
helicóptero com
a bandeira dos
desbravadores
Desfile cívico no Rio
Rebatismo – Mas os exemplos de força de vontade não param por aqui. Do Distrito Federal
surge a história de Alison de Carvalho, um jovem vice-diretor de
clube que, três meses antes do
campori, sofreu um acidente
automobilístico. Na fatalidade,
dicional desfile
cívico na Avenida Presidente
Vargas, no centro do Rio de Janeiro. Além dos
desbravadores,
mais de 40 instituições participaram das comemorações do Dia da Independência. A novidade deste ano foi a passagem da bandeira olímpica.
Revista Adventista I outubro • 2012
33
Comportamento
Coração puro
Congressos para adolescentes discutem internet,
pornografia, virgindade e a relação com os pais
no evento foi a comunhão com Deus.
AL – Em Maceió, AL,
o inédito congresso
de jovens reuniu 1.100
pessoas de todo o Estado na celebração do dia
da juventude adventista. O ex-líder do Ministério Jovem em nível
sul-americano, pastor
José Maria Barbosa, foi
Mídia, comportamento e saúde estiveram
o principal orador do
na pauta da conversa de 115 adolescentes de
encontro. No evento,
Tocantins
houve espaço para se falar sobre
Da redação
o secularismo e o entretenimento. Sete pessoas foram batizadas.
Nos últimos meses, adolescentes e jovens de todo o Brasil
participaram de congressos que
RS – No Instituto Adventista
Cruzeiro do Sul (IACS), 180 conenfatizaram um estilo de vida
gressistas das regiões leste e sul do
contracultural, especialmente no
Estado refletiram sobre sua idenque diz respeito à sexualidade. Em
tidade espiritual. Os seminários
Ilhéus, BA, no dia 4 de agosto, 600
foram apresentados pelo palespessoas do sul do Estado acompanharam as palestras do psicólogo
trante motivacional de adolescentes, Robinson Amorin.
Kenyo Marinho e do pastor NelO cantor Jefferson Pillar canson Milanelli.
tou e testemunhou para os parNa Capital, Salvador, 300 adoticipantes. Sua história, de
lescentes da região metropolitana participaram de um programa
apostasia na adolescência e retorno para a igreja, emocionou os
com muita música, palestras e injovens. No sábado à tarde, a moteração face a face. Em tempos de
çada teve um papo aberto com
redes sociais, eles não deixaram
pastores e uma psicóloga. Aprode ouvir orientações sobre como
veitando a estrutura do internato,
não se expor na internet e como
o domingo foi dedicado às ativievangelizar por meio dessa ferradades esportivas.
menta. Mas a maior ênfase dada
Iacs: 180 adolescentes debateram sobre identidade espiritual
PR: os cuidados com as redes
sociais e a inspiração de um
testemunho de superação
PR – Praia, sol, quadra de esportes, piscina e 300 adolescentes –
fórmula perfeita para diversão,
certo? Certo. Mas essa também
foi a receita para muito aprendizado, desafio e compromisso
com a missão para os participantes do Adolecamp realizado em
Guacyara, no litoral paranaense,
nos dias 29 de junho a 1º de julho.
Um dos principais temas do encontro foi o testemunho nas redes sociais.
O grupo também assistiu ao
filme Opostos, que mostra a trajetória de dois profissionais de sucesso que foram meninos de rua
na adolescência, mas que encontraram nos livros a oportunidade de mudar de vida. Segundo
os organizadores, eventos como
esse fortalecem os adolescentes
fazendo-os sentir que são parte
da igreja.
Mas em 2012, os garotos
também puderam participar. Foi no dia 30 de junho
que 115 adolescentes do Tocantins tiveram uma programação de
adoração e orientação. Em pauta,
temas como comportamento, mídia, educação, saúde e sexualidade. Atenção especial foi dada para
o uso saudável da internet.
O evento que foi aberto com
uma Santa Ceia teve no seu encerramento uma festa de talentos, com direito a dramatizações
e poemas. E para não ficar apenas
no discurso, a moçada doou parte
de sua refeição para um asilo que
abriga 34 pessoas.
MS – Em Campo Grande, MS,
o assunto mais debatido não foi
sexualidade e tecnologia, mas família e religiosidade. No início
de agosto, no teatro Glauce Rocha, 800 adolescentes refletiram
na sua relação com os pais. Eles
aprenderam sobre a diferença entre obedecer e honrar os progeTO – No ano passado, o enconnitores, além de serem desafiados
tro foi apenas para as meninas.
a escrever uma carta para os pais
falando do sentimento
MS: família em pauta. Adolescentes refletiram
deles para com a famísobre a relação deles com os pais
lia. O casal Paulo César e Waleska Feitosa coordenou o evento
com Julie Nunes, líder
do Ministério do Adolescente para o Mato
Grosso do Sul. – Com
reportagem de Luciana
Maite, Francis Matos,
Patrick Rocha, Bianca
Lorini, Alana Souza,
Luzia Moura, Thaiane Firmino e Rosemeire Félix. Revista Adventista I outubro • 2012
35
Editais
Convocação da 7ª Assembleia
Geral Ordinária da Instituição Adventista de Educação e Assistência
Social Este Brasileira
Em cumprimento à deliberação do
conselho administrativo, tomada em
sua reunião do dia 6 de junho de 2012,
com base na disposição do Artigo 20
do vigente Estatuto, fica convocada a
7ª Assembleia Geral Ordinária da Instituição Adventista de Educação e Assistência Social Este Brasileira, pessoa
jurídica de direito privado, com inscrição no CNPJ sob o n° 73.686.370/000106, com sede localizada na Av. Sete de
Setembro, n° 69, bairro Icaraí, Niterói,
RJ, CEP 24230-250, com seu vigente Estatuto devidamente registrado sob o nº
355, Livro A-2, Folhas 064, no Cartório
de Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
3º Ofício de Niterói – RJ, a realizar-se
no dia 7 de novembro de 2012 no Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE), localizado na BR 040, km
68, bairro Araras, Petrópolis, RJ, com
início às 15 horas, para tratar dos seguintes assuntos: (1) aprovar emendas,
alterações e/ou reformas do Estatuto;
(2) eleger os membros do conselho administrativo de conformidade com o
Artigo 21, com mandato de cinco anos;
(3) eleger a diretoria com mandato de
cinco anos; (4) apreciar e aprovar relatórios apresentados pela diretoria
executiva; (5) ratificar balanços e demonstrativos de variação patrimonial,
aprovados pelo conselho administrativo; (6) apreciar e deliberar sobre
outros assuntos propostos pelo conselho administrativo ou pela diretoria
executiva.
Niterói, RJ, 10 de agosto de 2012
Maurício Pinto Lima, presidente
Leonidas Verneque Guedes,
secretário
Convocação da 6ª Assembleia Geral Ordinária da Instituição Adventista Este Brasileira de Prevenção e
Assistência à Saúde
Em cumprimento à deliberação
do conselho administrativo, tomada
em sua reunião do dia 6 de junho de
2012, com base na disposição do Artigo 18 do vigente Estatuto, fica convocada a 6ª Assembleia Geral Ordinária
da Instituição Adventista Este Brasileira de Prevenção e Assistência à
Saúde, pessoa jurídica de direito privado, com inscrição no CNPJ sob o N°
73.696.718/0001-38, com seu vigente
Estatuto devidamente registrado sob
o nº 356, Livro A-2, Folhas 65, no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, 3º Ofício de Niterói, RJ, com sede
localizada na Av. Sete de Setembro, n°
69, bairro Icaraí, Niterói, RJ, CEP 24230250, a realizar-se no dia 7 de novembro de 2012 no Instituto Petropolitano
Adventista de Ensino, localizado na BR
040, km 68, bairro Araras, Petrópolis,
36 Revista Adventista I outubro • 2012
RJ, com início a partir das 16 horas, para
tratar dos seguintes assuntos: (1) aprovar emendas, alterações e/ou reformas
do Estatuto; (2) eleger os membros do
conselho administrativo de conformidade com o Artigo 19, com mandato de
cinco anos; (3) eleger a diretoria com
mandato de cinco anos; (4) apreciar e
aprovar relatórios apresentados pela
diretoria executiva; (5) ratificar balanços e demonstrativos de variação patrimonial, aprovados pelo conselho
administrativo; (6) apreciar e deliberar
sobre outros assuntos propostos pelo
conselho administrativo ou pela diretoria executiva.
Niterói, RJ, 10 de agosto de 2012
Maurício Pinto Lima, presidente
Leonidas Verneque Guedes,
secretário
Convocação da Assembleia de Organização da Missão Mineira Norte
da Igreja Adventista do Sétimo Dia
Em cumprimento à deliberação da
comissão diretiva da Associação da
União Sudeste Brasileira dos Adventistas do Sétimo Dia, em sua reunião do
dia 6 de junho de 2012, fica convocado, pelo presente edital, a Assembleia
de Organização da Missão Mineira Norte dos Adventistas do Sétimo Dia. Em
conformidade com os Regulamentos
Eclesiástico-Administrativos da Divisão Sul-Americana da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, e
considerando seu voto 2012-141 da Divisão Sul-Americana, hoje, por meio do
voto 2012-050 da comissão diretiva da
União Sudeste Brasileira, convoca a Assembleia de Organização da nova Missão Mineira Norte, para se reunir no
dia 15 de novembro de 2012, na Igreja Adventista do Sétimo Dia Central de
Montes Claros, situada à Rua Antônio
Rodrigues, nº 330, bairro São José, Montes Claros, MG, com início previsto para
as 14 horas. O corpo de delegados que
deliberará nesta Assembleia será constituído por: regulares e gerais. Os delegados regulares serão indicados pelas
igrejas organizadas existentes no território do novo Campo, nas seguintes
proporções: (a) um delegado regular
por igreja, independentemente do número de seus membros; (b) um delegado adicional para cada 500 membros
da igreja e os representantes da Igreja
da Associação, pelo mesmo critério das
igrejas organizadas votado pela comissão diretiva da União. Os delegados gerais serão: (a) os membros da comissão
diretiva da “Missão”; (b) os membros
da comissão diretiva da União, da Divisão e da Associação Geral presentes,
não devendo o número destes exceder
a 10% dos delegados regulares; (c) os
ministros licenciados e ordenados, assim como os obreiros e colportores com
credencial missionária em atividade na
“Missão Mineira Norte” e em plena comunhão com a Igreja; (d) um representante de cada instituição da “Missão”,
União ou da Divisão, localizadas na
jurisdição da “Missão”, indicados pelas respectivas comissões diretivas; (e)
outras pessoas que sejam recomendadas pela comissão diretiva da “Missão”
e aceitas pela Assembleia, não podendo o número dessas exceder a 10% dos
delegados regulares. De acordo com os
Regulamentos Eclesiástico-Administrativos da Divisão Sul-Americana, esta Assembleia instalar-se-á com o quórum de
51% dos delegados credenciados. Não
será permitida a representação dos delegados por procuração à Assembleia.
Esta Assembleia terá as seguintes atribuições: (a) eleger os secretários de
departamentos para um mandato de
quatro anos; (b) eleger a comissão diretiva; (c) receber as igrejas que tenham
sido organizadas dentro do território
da nova Missão, após a última AGO da
Associação Mineira Central; (d) tomar
conhecimento do Regulamento Interno que regerá as atividades da Missão
Mineira Norte.
Niterói, RJ, 10 de agosto de 2012
Maurício Pinto Lima, presidente
Leonidas Verneque Guedes,
secretário
Convocação da 19ª Assembleia
Geral Ordinária da União Sudeste
Brasileira da Igreja Adventista do
Sétimo Dia
Em cumprimento à deliberação da comissão diretiva da Associação da União
Sudeste Brasileira dos Adventistas do
Sétimo Dia, em sua reunião do dia 6
de junho de 2012, com base no Artigo
19 do Estatuto vigente, fica convocada, pelo presente edital, a 19ª Assembleia Geral Ordinária da Associação da
União Sudeste Brasileira dos Adventistas do Sétimo Dia, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ-MF sob
o nº 30.097.554/0001-10, com sede localizada na Av. Sete de Setembro, n° 69,
Icaraí, Niterói, RJ, CEP: 24230-250, telefone n° (21) 2199-1000 para os dias 6 e 7
de novembro de 2012, a realizar-se nas
instalações do Instituto Petropolitano
Adventista de Ensino (IPAE), localizado na BR 040, km 68, no sentido RJ/JF,
bairro Araras, Petrópolis, RJ, com início
previsto para às 19h30 do dia 6 de novembro de 2012. Conforme o Artigo 20
do Estatuto e incisos I, II, III, IV, V e VI, a
Assembleia terá as seguintes atribuições: (1) aprovar emendas, alterações
e ou reformas do Estatuto; (2) eleger a
diretoria e os secretários dos departamentos da União Sudeste, com mandato de cinco anos; (3) apreciar e aprovar
relatórios apresentados pela diretoria;
(4) ratificar balanços e demonstrativos
de variação patrimonial aprovados pela
comissão diretiva; (5) e apreciar e deliberar sobre outros assuntos propostos
por essa comissão ou pela diretoria da
União Sudeste. Os órgãos-membros deverão indicar seus delegados, em conformidade com o disposto no Artigo 25
do Estatuto vigente. Sendo vedada a
participação de delegados na Assembleia por procuração.
Niterói, RJ, 6 de junho de 2012.
Mauricio Pinto Lima, presidente
Leonidas Verneque Guedes,
secretário
Convocação da 1ª Assembleia Geral Denominacional da Missão Oeste do Pará da Igreja Adventista do
Sétimo Dia
Em cumprimento à deliberação tomada pela comissão diretiva da União
Norte-Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em 29 de agosto de
2012, convocamos a 1ª Assembleia Geral Denominacional da Missão Oeste do
Pará da Igreja Adventista do Sétimo Dia
(Mopa), a ser realizada nos dias 9 e 10
de dezembro de 2012, no Hotel Amazônia Boulevard, à Avenida Mendonça Furtado, n° 2.946, bairro Fátima, em
Santarém, PA. A Assembleia será instalada às 15h30, em primeira convocação, com a presença de pelo menos
51% (cinquenta e um por cento) dos
delegados regulares, conforme estabelece o inciso 6, do artigo VI, do Regulamento Interno da Missão Oeste
do Pará (“Regulamento Eclesiástico-Administrativo”, D-25-05). Caso não
haja quórum na primeira chamada,
será feita nova verificação uma hora
depois e a Assembleia será instalada
com quórum de 30% (trinta por cento) dos delegados regulares. A Assembleia estará constituída por delegados
regulares e gerais, conforme estabelece o artigo III, do regulamento. De acordo com o artigo VI, inciso 7, letra “b”,
do regulamento, somente será computado o voto do delegado que estiver
presente fisicamente no momento da
votação. Não se aceitará em nenhum
caso, voto por procuração, preposição,
carta ou consulta aos meios de comunicação eletrônica. Os delegados regulares serão eleitos e credenciados
pelas igrejas organizadas do território
da Missão, na seguinte base: cada igreja terá direito a nomear um delegado
regular, independentemente do número de seus membros, mais um delegado adicional para cada mil membros,
calculados para todos os efeitos sobre
o número de membros existente em
31 de dezembro de 2011. Todos os delegados regulares devem ser membros
ativos da Igreja Adventista do Sétimo
Dia, em plena comunhão com a Igreja
e nomeados dentre seus membros regulares de acordo com o disposto no
Manual da Igreja. Os delegados gerais
serão: (a) os membros da comissão diretiva da União, da Divisão e da Associação Geral presentes, não devendo o
número destes exceder a 10% (dez por
cento) dos delegados regulares; (b) os
ministros licenciados e ordenados, assim como obreiros e colportores, estes com credencial missionária, em
atividade no território da Missão e em
plena comunhão com a igreja; (c) um
representante de cada instituição da
Missão, da União ou da Divisão, localizada na jurisdição da Missão, indicados
pelas respectivas comissões diretivas;
(d) outras pessoas do corpo de obreiros
da Missão e de suas instituições que sejam recomendadas pela comissão diretiva da União e aceitas pela assembleia,
não podendo o número destes exceder
a 10% dos delegados regulares. A assembleia instalar-se-á com a finalidade de: (1) receber as igrejas que tenham
sido organizadas dentro do território
da Missão após a assembleia de organização ocorrida em 2008; (2) tomar
conhecimento das alterações do Regulamento Interno que rege as atividades
da Missão Oeste do Pará, outorgado
pela UNB; (3) eleger para um mandato
de quatro anos, nos termos do artigo
IX do Regulamento Interno, o secretário da associação ministerial, e os secretários dos departamentos e serviços da
Missão em número recomendado pela
DSA e os membros da comissão diretiva; (4) planejar o desenvolvimento da
obra no território da Missão Oeste do
Pará, em harmonia com os regulamentos e deliberações da União Norte-Brasileira e da Divisão Sul-Americana.
(b) apreciar e deliberar sobre os relatórios do pastor-geral, do secretário,
do tesoureiro, do secretário da associação ministerial, dos secretários dos
departamentos e serviços e dos administradores das instituições da “Associação”; (c) eleger os administradores, o
secretário da associação ministerial, os
secretários dos departamentos e serviços e os membros da comissão diretiva da “Associação”, estes de acordo
com o Artigo VII; (d) aprovar alterações
ou modificações no Ato Constitutivo
e neste Regulamento Interno, observadas as diretrizes fixadas no modelo aprovado pela Divisão; (e) elaborar
planos para o maior desenvolvimento
de suas atividades, em harmonia com
os regulamentos e as deliberações da
União e Divisão. Não será permitida a
representação dos delegados por procuração na Assembleia.
Santarém, PA, 30 de agosto de 2012.
Nelson José da Silva Filho,
presidente
Francisco Carlos Bussons da Silva,
secretário
Convocação da 10ª Assembleia
Geral da Associação Mineira Sul da
Igreja Adventista do Sétimo Dia
Em cumprimento à deliberação da
comissão diretiva da Associação Mineira Sul da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em reunião realizada em sua
sede administrativa, à Rua Barão de
Cataguases, 121, Juiz de Fora, MG, às
9 horas do dia 9 de agosto de 2012, referendada pela comissão diretiva da
União Sudeste Brasileira, mantenedora, com fundamento no Regulamento
Interno em vigor no seu Artigo 2°, fica
convocada, pelo presente edital, a 10ª
Assembleia Geral Ordinária da Associação Mineira Sul, a ser realizada nos
dias 2 e 3 de dezembro de 2012, na Faculdade Adventista de Minas Gerais
(Fadminas), localizada à Estação Ferroviária de Ityrapuan, Lavras, MG, com início previsto para as 19h30m do dia 2 de
dezembro do corrente ano, com a presença de 51% dos delegados convocados, conforme reza o Artigo II, Inciso 6,
do referido regulamento. E em consonância com o Artigo V, esta Assembleia
terá as seguintes atribuições: (a) eleger
os administradores, o secretário da associação ministerial, os secretários dos
departamentos para um mandato de
quatro anos e a comissão diretiva; (b)
apreciar os relatórios da diretoria da associação; (c) receber as novas igrejas organizadas no período findo; (d) adotar,
alterar ou modificar o Ato Constitutivo e ou Regulamento Interno; (d) estabelecer metas e planos para o próximo
quadriênio; (e) e outros assuntos encaminhados pela comissão diretiva desta
Associação, conforme Artigo II, Inciso 3.
A assembleia será constituída por delegados regulares e gerais, de acordo com
o Artigo III, incisos 1, 2, 3, 4 e 5, do Regulamento Interno em vigor. Não será
permitida a representação de delegados por procuração à Assembleia, conforme Artigo II, Inciso 7, letra b.
Convocação da 8ª Assembleia Denominacional da Associação Mato‑
Grossense da Igreja Adventista do
Sétimo Dia
Em cumprimento à deliberação da
comissão diretiva plenária da Associação Mato-Grossense, tomada em 13 de
junho de 2012, em conselho com os administradores da União Centro-Oeste
Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com fundamento no Regulamento Interno em vigência, no seu
Artigo II, Inciso I, fica convocada a 8ª
Assembleia Denominacional Ordinária da Associação Mato- Grossense da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, a realizar-se nos dias 8 e 9 de dezembro de
2012, no Hotel Holiday Inn, à Avenida
Miguel Sutil, 2.050, bairro Areão, Cuiabá, MT. A Assembleia será instalada às
20 horas do dia 8, com a primeira verificação do quórum mínimo de 51% dos
delegados regulares mencionados no
Artigo III, Inciso 2, do Regulamento Interno da Associação Mato-Grossense,
ou em segunda verificação, uma hora
depois, com o quórum de 30% dos delegados regulares. Neste caso, as deliberações deverão ser tomadas pelo
voto de pelo menos dois terços dos
delegados regulares e gerais presentes, conforme Artigo II, Inciso 6. A Assembleia Geral será constituída pelos
delegados regulares e gerais conforme especificação do Artigo III, Incisos
1 a 3 do Regulamento Interno. A Assembleia Geral deliberará sobre a seguinte ordem do dia, de acordo com
o disposto no Artigo II, Inciso 3 – compete a Assembleia Geral Ordinária:
(a) receber as novas igrejas organizadas anteriormente à sua realização;
Cuiabá, MT, 13 de junho de 2012.
Williams Moreira César, pastor-geral
Uesley Peyerl, secretário
Juiz de Fora, MG, 9 de agosto de 2012.
Itamar Lelis Rodrigues, presidente
Judson Henriques Lino, secretário
Convocação da 2ª Assembleia Denominacional Ordinária da Missão
do Tocantins da Igreja Adventista
do Sétimo Dia
Em cumprimento à deliberação da
comissão diretiva, em sessão realizada
na sua sede administrativa, localizada
à QD 106 Sul, Av. NS 06, Lt. 06, Plano Diretor Sul, Palmas, TO, às 14 horas do dia
9 de maio de 2012, referendada pela comissão diretiva da União Centro-Oeste
Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com fundamento no Regulamento Interno em vigência no seu
Artigo 2, fica convocada a 2ª Assembleia Denominacional Ordinária da Missão do Tocantins da Igreja Adventista
do Sétimo Dia, CNPJ 07.121.135/001630, a realizar-se nos dias 1º e 2 de dezembro de 2012, no auditório da Escola
Adventista, localizado à Quadra 210 Sul,
Alameda 11, Lote 02, Setor Central, Palmas, TO. A Assembleia será instalada às
9 horas do dia 1º, em primeira convocação, com a presença de pelo menos 51%
dos delegados credenciados conforme
as proporções fixadas pelo Artigo 6 do
Regulamento Interno. Os itens da agenda, de acordo com os Artigos 9º e 10º
do Regulamento Interno, são os seguintes: (a) eleger o secretário da associação
ministerial e os secretários dos departamentos da Missão do Tocantins; (b)
eleger os membros da comissão diretiva da Missão, de acordo com as disposições do Artigo 10 do Regulamento
Interno; (c) apreciar e deliberar sobre
os relatórios do pastor-geral, do secretário regional, do tesoureiro regional,
dos secretários dos departamentos e
dos administradores das instituições da
Missão; (d) receber as novas igrejas que
foram devidamente organizadas até a
data de sua realização e deliberar sobre a eventual dissolução de qualquer
delas; (e) apreciar e aprovar a nova redação do Regulamento Interno proposta pela comissão diretiva, observadas
as limitações e vinculações constantes
nos instrumentos-modelo, aprovados
pela Divisão Sul-Americana e Associação Geral; (f) planejar o melhor desenvolvimento da obra, em harmonia com
os regulamentos e as deliberações da
União e da Divisão; (g) apreciar outros
assuntos relacionados com as atividades da Missão do Tocantins, propostos
pela comissão diretiva, pela diretoria
eclesiástica ou que constarem em edital de convocação.
Palmas, TO, 8 de agosto de 2012.
Salomão Sarmento de Souza,
presidente
Marcos Roberto Pereira Nunes,
secretário
Convocação da 1ª Assembleia
Geral Ordinária da Associação
Sul-Espírito-Santense da Igreja Adventista do Sétimo Dia
Em cumprimento à deliberação da
comissão diretiva da Associação Sul-Espírito-Santense da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em reunião realizada
no dia 6 de setembro de 2012, fica
convocada, pelo presente edital, a 1ª
Assembleia Geral Ordinária desta Associação, para os dias 9 e 10 de dezembro de 2012, com início previsto para
as 19h30 do dia 9, nas dependências
do Catres (Centro Adventista de Treinamento e Recreação-ES), à Rua Morro
das Casas, s/n, Praia do Morro, Guarapari, ES. A finalidade da Assembleia é:
(a) eleger a nova diretoria (presidente,
secretário e tesoureiro) da Associação;
o secretário da associação ministerial e
os secretários departamentais para o
período de quatro anos; (b) nomear os
membros da comissão diretiva da Associação em harmonia com o Artigo II
das Assembleias, Inciso 3, letra ‘’d’’ do
Regulamento Interno; (c) aprovar os
relatórios apresentados pelos administradores da Associação; (d) receber
as novas igrejas que foram organizadas durante o quadriênio; (e) adotar,
alterar ou modificar o Ato Constitutivo e o Regulamento Interno, se for
necessário, observadas as limitações
e vinculações constantes nos Regulamentos Eclesiástico-Administrativos
aprovados pela Divisão Sul-Americana; (f) tratar de outros assuntos que
sejam de interesse geral da Associação
propostos em Assembleia. A Assembleia será constituída por delegados
regulares e delegados gerais, de acordo com a disposição do Artigo III, Inciso 1, 2, 3, e 4 do Regulamento Interno.
A nomeação dos delegados será feita tendo por base o número de membros da igreja em 31 de dezembro do
ano anterior. A Assembleia Geral Ordinária será instalada às 19h30 do dia
9 de dezembro de 2012, com a presença mínima de 51% dos delegados regulares previstos pelo Artigo II, Inciso
6. Não havendo número de delegados
presentes na abertura, suficientes para
a instalação da Assembleia, com base
no artigo II, Inciso 6, a mesma poderá ser instalada uma hora depois, com
o quórum de 30% dos delegados regulares presentes. Neste caso, as deliberações deverão ser tomadas pelo
voto de pelo menos dois terços dos
delegados regulares e gerais presentes. Neste caso, deverá ser observado
o quórum mínimo em todas as sessões.
O presente edital será publicado no órgão oficial da IASD, Revista Adventista,
com cópia para os delegados através
do correio eletrônico (e-mail), como
também publicado no site oficial desta Associação. Não será permitida a
representação de delegados por procuração à Assembleia.
Cariacica, ES, 10 de setembro de
2012.
Moisés Dias de Carvalho Júnior,
presidente
Joel Fernandes de Carvalho Filho,
secretário
Revista Adventista I outubro • 2012 37
Saúde
Sinal de fumaça
Escolas e igrejas alertam a população sobre os
riscos do cigarro. Segundo pesquisa, Brasil é um dos países
com maior índice de ex-fumantes
e 1.500 folhetos aos fumantes. No trajeto, os
estudantes encontraram um grupo de grevistas que cedeu o microfone para que os menores
falassem sobre a campanha antitabagista. Um
médico acompanhou os
alunos dando orientação adicional para quem
Florianópolis: 300 maçãs e 1.500 folhetos
era abordado fumando.
para os fumantes
Emissoras de TV e rádio
locais
deram
destaque para a ação.
Da redação
O Brasil é o terceiro país do
mundo com a maior porcentagem
de ex-fumantes. A boa notícia foi
dada pela revista médica The Lancet, em agosto, ao publicar um estudo de dois anos em países em
desenvolvimento e nos Estados
Unidos e Reino Unido. Segundo
o levantamento, 46,4% dos brasileiros e 47,7% das brasileiras que
disseram que já fumaram diariamente no passado tinham abandonado o vício.
O combate ao tabaco e o apoio
para que pessoas deixem o vício já
é uma prática adventista de mais
de 50 anos. No entanto, duas datas anuais, costumam ser usadas
por escolas e igrejas na promoção desta causa: Dia Mundial (31
de maio) e Nacional de Combate
ao Fumo (29 de agosto). Abaixo
você confere as principais mobilizações que ergueram essa bandeira em favor da saúde.
PR – No litoral paranaense, a Escola Adventista de Paranaguá, se
uniu a todas as igrejas adventistas locais para montar um túnel
em formato de cigarro na Praça
da Marinha, ao lado de um terminal de ônibus urbano, chamando
a atenção dos pedestres. Os fiéis
ainda saíram em passeata pela
cidade. No interior do Estado, os
estudantes da Escola Adventista
de União da Vitória saíram pelas ruas com caixões de papelão
e fanfarra para lembrar os moradores sobre a data.
Em Maringá, membros da Igreja Central e do colégio adventista
participaram de uma maratona e
uma feira de saúde contra o fumo.
Patrocinado pela Universidade
Estadual de Maringá (UEM), o
evento contou com mais de 2.400
pessoas. Mais de trezentas equipes se revezaram para completar
os 42.195 metros da prova.
SC – Em Florianópolis, alunos
do Colégio Adventista, unidade
central, distribuíram 300 maçãs
RS – Em Porto Alegre, o Colégio
Adventista Marechal Rondon mobilizou 500 alunos, pais e educa-
Maringá, PR: adventistas participaram de
maratona e feira de saúde contra o fumo
dores, no dia 2 de setembro, para
uma corrida e caminhada contra o fumo nos arredores da escola. O evento esportivo foi uma
extensão do curso antitabagista
oferecido gratuitamente para a
comunidade. Os estudantes também escreveram cartas para os fumantes que participaram do curso. A fanfarra dos desbravadores
foi à frente dos atletas chamando a
atenção para a causa. Faixas e cartazes completaram o recado.
SP – Na Escola Adventista de
Campo Grande, na Zona Sul de
São Paulo, depois de aprender
sobre os riscos do fumo, os alunos saíram às ruas para oferecer
à população, a troca da nicotina
(maço de cigarro) por vitamina
(uma maçã). Os estudantes também convidaram os fumantes que
encontraram para participar de
um curso antitabagista. O programa contra o fumo teve a cobertura da Rede Globo.
RO – Em Porto Velho, RO, 400
alunos do colégio adventista entregaram folhetos sobre o fumo
durante uma caminhada até a
Praça Marechal Deodoro. Um estande em forma de cigarro com
maquetes e encenações atraiu a
atenção da população que circulava pela Avenida Sete de Setembro.
Os alunos e professores não falaram apenas sobre os malefícios
Rondônia: 400 alunos em
manifestação contra o fumo
individuais do fumo, mas sobre
as implicações socioambientais
de sua produção e consumo.
Segundo Ana Clarice, médica
sanitarista do Hospital de Base
de Porto Velho, um dos maiores
desafios no combate ao tabagismo está na facilidade de acesso
ao cigarro. “Essa liberdade torna o tabaco, nesse aspecto, muito
mais difícil de parar. As pesquisas apontam que o indivíduo consegue parar de fumar depois da
terceira ou quarta tentativas”,
explicou.
A médica ainda informa que o
número de fumantes no país vem
diminuindo nos últimos anos. “Se
compararmos com 1989, quando tínhamos uma prevalência
de 34% de fumantes, hoje a gente tem 17%, de acordo com a última pesquisa do Ministério da
Saúde. É uma queda muito importante”, destacou.
Em 2011, o Brasil gastou 21 bilhões de reias no tratamento de doenças relacionadas ao tabaco, mas
um em cada cinco homens e uma
em cada dez mulheres morrem devido ao fumo. – Com reportagem
de William Vieira, Eclesiastes Medeiros, Priscilla Stehling, Daniel
Gonçalves e Francis Matos. São Paulo: da sala de aula para as ruas. Alunos fizeram passeata para
lembrar a população sobre os malefícios do cigarro
Revista Adventista I outubro • 2012
39
Gente
Bodas de Diamante (60 anos)
becher, em Erval Seco, RS, pelo pastor Eliezer Vargas. O casal tem seis
filhos e seis netos.
Comentarista esportivo recebe
estudo bíblico no aeroporto
Bodas de Ouro (50 anos)
De Aurino e Ivone Azevedo, em
Abreu Lima, na região metropolitana de Recife, PE, pelo pastor Ivo
Vasconcelos, um dos sobrinhos do
casal. Aurino e Ivone têm cinco filhos, 13 netos e 10 bisnetos.
De Ervino e Siloca Grams. O casal tem quatro filhos, oito netos e
seis bisnetos.
De Anísio e Jurema Chagas, em
Florianópolis, SC. A cerimônia foi
realizada na Igreja do bairro Estreito, pelo pastor Fernando Iglesias.
O pastor Anísio atuou em diversas
áreas da Igreja, entre elas, relações
públicas e comunicação. Atualmente, participa da Rádio Novo Tempo
da cidade e em um canal de TV estadual. Ele e a esposa auxiliam também a ADRA na região. O casal tem
três filhos e cinco netos.
De Dermival Antonio e Rosa Faria de Oliveira Prato, em Fernandópolis, SP. Eles frequentam a Igreja
Central da cidade. O casal tem dois
filhos, duas netas e uma bisneta.
De Freimundo e
Iris Kupas Lewerenz,
em Jaraguá do Sul, SC,
pelo pastor Dieter Gustavo Bruns. O casal tem
quatro filhos, seis netos e um bisneto.
De Francisco Rodrigues e Maria
Ivanir da Silva, em Hortolândia, SP,
pelo pastor Edson Vicente de Lima.
O casal frequenta a igreja do IASP e
tem três filhos e cinco netos.
De Heitor Picksius
e Helena Streit Picksius, em São Bento
do Sul, SC, pelo pastor Heber Toth Armi. O casal tem
seis filhos, sete netos e uma bisneta.
De Alberto e Eliria Gerke Sturz-
De Lino e Winifrid Wuttke Schönau, em Jaraguá do Sul, SC. Ela é
bisneta de Guilherme Belz, primeiro guardador do sábado adventista no Brasil. A cerimônia foi oficiada
pelos pastores Dieter Gustavo Bruns
e Vanderlei Luiz Moraes, na Igreja
Central da cidade, onde Lino e Winifrid são membros.
F A LE C IMENTOS
“Bem-aventurados os que desde agora morrem no Senhor” Ap 14:13
[email protected]
Adão Batista dos Santos – Aos 81 anos de idade, em Taquara, RS. Era
adventista havia 48 anos.
Ajudou a fundar a igreja
da qual era membro, sendo também
líder do ministério pessoal, diácono
e diretor de grupo. Deixa familiares.
Altair Ferreira Diot –
Aos 96 anos, em Sumaré,
SP, de falência múltipla
dos órgãos. Era adventista havia 60 anos. Deixa sete filhos, 20 netos, 11 bisnetos
e três trinetos.
40
Revista Adventista I outubro • 2012
Angelina Biazotto Pércio – Aos 96 anos, em Engenheiro Coelho, SP. Era
adventista havia 57 anos.
Deixa familiares.
Anísio Custódio Almeida – Aos 91 anos, em Casimiro de Abreu, RJ. Foi
um dos pioneiros da
igreja nessa região e um
dos fundadores da Igreja de Vila Verde. Era ativo no trabalho missionário. Deixa esposa, 12 filhos,15 netos
e quatro bisnetos.
Os pastores Ericson Danese e
Adriano Luz, líderes do ministério jovem no sul do país, entregaram um estudo bíblico O Resgate
da Verdade ao ex-jogador de futebol, técnico, comentarista esportivo e jornalista Paulo Roberto Falcão.
Os líderes da igreja e o ex-jogador estavam no mesmo voo, de São
Paulo a Porto Alegre.
Governador de Santa Catarina
recebe livro O Grande Conflito
No dia 20 de agosto, o governador
catarinense, Raimundo Colombo,
recebeu em sua residência oficial
a visita de representantes da Igreja Adventista no estado. O encontro
teve o objetivo de tornar conhecida a
obra da igreja em geral, suas instituições, projetos e envolvimento social.
Ao final, foram entregues materiais
como o livro O Grande Conflito, o filme A Mensagem (sobre o adventismo
no Brasil) e a revista Esperança Viva.
Antonio Braz Pereira
Junior – Aos 37 anos,
em Itapetininga, SP, de
acidente automobilístico. Era membro da Igreja
de Morada do Sol I, em Indaiatuba, SP.
Ocupou os cargos de ancião, tesoureiro, diretor de jovens e professor de
Escola Sabatina. Deixa esposa e filho.
Antonio Cabana Mateo – Aos 92 anos, em
São Bernardo do Campo,
SP. Era adventista havia
33 anos e frequentava a
Igreja Central de Santo André, SP. Foi
diácono durante 25 anos. Deixa três
filhos, cinco netos e cinco bisnetos.
Arminda Gomes Ferreira – Aos 96
anos, em Vila Velha, ES, de insuficiência
Revistas de outubro
Vida e Saúde
Infância infeliz – O impacto
da vida moderna sobre as
emoções das
crianças.
Ele também tem
– O câncer de mama
não é exclusividade
feminina. Homens
diagnosticados a
tempo têm elevadas
chances de cura.
Finanças –
Estratégias para driblar problemas
emocionais e de relacionamento
gerados por uma crise econômica.
Nosso Amiguinho
Aventuras da turma
– Por que existe o
horário de verão?
Por causa dele,
o Quico corre o
risco de perder um
belo passeio com a
Turma.
Recortar & armar
– Monte e divirta-se
com um dos lugares
preferidos do Sabino. Qual será?
Descubra como funciona – Sabia
que dente também tem raiz? E tem
outras partes muito importantes que
você vai conhecer na revista deste mês.
Nosso
Amiguinho
Júnior
Crianças e adultos
passam o tempo
ocupados com alguma
coisa: escola ou
trabalho. Não é ruim,
mas as pessoas também precisam ter
momentos de lazer. Na revista deste
mês, vamos ver um pouco sobre isso.
respiratória. Era adventista havia
64 anos. Atuou no serviço social da
igreja e como diaconisa. Foi também uma das fundadoras da Igreja
de São Torquato, na mesma cidade e,
nos últimos quatro anos, frequentava a Igreja de Reviera da Barra. Deixa
sete filhos, 14 netos e nove bisnetos.
Auby Alves de Oliveira –
Aos 80 anos, em Ribeirão
Claro, SP. Era adventista
havia 33 anos e atuou no
ministério pessoal. Deixa
esposa, filhos, netos e bisnetos.
Aurélio Vechi – Aos 82
anos, em Apucarana,
PR. Era adventista havia
37 anos. Atuou como
diácono na Igreja de Vila
Nova. Deixa esposa, seis filhos, doze
netos e quatro bisnetos. Célia Felix – Aos 61
anos, em Duque de Caxias, RJ, de câncer. Frequentava a Igreja de
Pedras. Foi líder de jovens e diretora de Escola Sabatina.
Trabalhou por 23 anos no Instituto
Adventista Caxiense, como professora. Deixa esposo.
Cesário de Abreu Netto – Aos 94 anos, em
Bom Retiro, SC. Era filho de pioneiros adventistas. Em sua juventude
trabalhou como colportor. Deixa esposa, duas filhas, seis netos e um
bisneto.
Claudiano Camargo da
Silva – Aos 91 anos, em
Caçador, SC, de parada
respiratória. Era adventista havia 44 anos. Foi
um dos pioneiros no trabalho de recolta e atuou como colportor. Deixa
nove filhos, 16 netos e dois bisnetos.
Delcídio Justino – Aos
79 anos, em Londrina,
PR, de falência múltipla dos órgãos. Era adventista havia 40 anos.
Frequentava a Igreja de Vila Brasil.
Cantou no quarteto Vozes Celestes
e também foi solista. Deixa esposa,
três filhos e três netos.
Diogo José de Souza
– Aos 102 anos, em Manaus, AM. Foi um dos
pioneiros do adventismo no Amazonas, participando da fundação das duas
primeiras igrejas na capital do estado. Deixa esposa, três filhos, três netas e quatro bisnetos.
Edith Schirmer – Aos
87 anos. Frequentava
a Igreja de Gaspar Alto
Central (a primeira do
Brasil) e era bisneta do
pioneiro Guilherme Belz. Era diaconisa, atuava na Escola Sabatina, no
departamento infantil e auxiliava o
ministério da música com cânticos
na língua alemã. Deixa duas filhas e
cinco netos.
Eliezer Sanchez Linares – Aos 73 anos, em
Marília, SP, de problemas
cardíacos. Era adventista desde a infância. Foi
pastor na Bolívia e nas três regiões
do Peru (onde atuou também como
presidente de campo), incluindo a
Amazônia peruana. Deixa esposa,
três filhas e três netos.
Elvira Hacker – Aos 78 anos, em Marechal Cândido Rondon, PR, de hipertensão, diabetes e falência múltipla
dos órgãos. Deixa quatro filhos e netos.
Gedeão Wille Junior –
Aos 43 anos, em Curitiba, PR, de pneumonia.
Era adventista desde a
infância. Frequentava a
Igreja do bairro Portão. Atuou como
cantor e professor da Escola Sabatina. Deixa esposa e duas filhas.
Iolanda Lemes de Godoy – Aos 77
anos, em Campo Grande, MS. Era adventista havia 50 anos e frequentava a Igreja do bairro Parque do Sol.
Deixa dois filhos, três netos e uma
bisneta.
Izabel Rodrigues Lucas
– Aos 83 anos, em Presidente Prudente, SP, de
mal de Alzheimer e falência múltipla dos órgãos. Frequentava a Igreja Central
da cidade e trabalhava ativamente
na área missionária. Deixa filhos, 11
netos e nove bisnetos.
João Ferreira – Aos 90
anos, em Ibitiúra de Minas, MG. Atuou como ancião e diácono e foi um
dos fundadores da igreja de Forquilha, MG. Deixa esposa,
quatro filhos, dez netos, onze bisnetos e um trineto.
João Manoel da Silva
– Aos 96 anos. Era adventista havia 48 anos.
Foi pioneiro na cidade
de Santa Terezinha, GO.
Ali doou parte de seu terreno para a
construção da igreja da Fazenda Santa Maria, onde frequentava. Deixa esposa, 11 filhos, 24 netos e 10 bisnetos.
Joaquim Ferreira de
Oliveira – Aos 95 anos,
em Tatuí, SP, de pneumonia. Era adventista havia
79 anos. Frequentava a
Igreja das Mangueiras. Atuou como
professor de Escola Sabatina, diácono e ancião. Trabalhou na Casa Publicadora Brasileira por mais de 30 anos,
ainda em Santo André, SP. Gostava
muito de escrever artigos para as revistas da CPB. Deixa esposa, duas filhas, cinco netos e dois bisnetos.
Jobel dos Santos Cerqueira – Aos 52 anos,
em São Francisco do Itabapoana, RJ, de câncer.
Era adventista havia 32
anos. Foi diretor do grupo que ajudou a fundar na cidade. Foi também
diretor de construção e de Escola Sabatina. Deixa esposa e duas filhas.
Jorge Stringari – Aos
88 anos, em Jundiaí, SP,
de morte natural. Era adventista havia 51 anos.
Frequentava a Igreja
Central da cidade, tendo participado da construção do templo. Deixa
esposa, quatro filhos, três netos e
dois bisnetos.
vários anos. Deixa seis filhos, 16 netos e cinco bisnetos.
Josefa de Araújo Maia
– Aos 77 anos, em Santa Cruz, RJ, de infecção
do aparelho urinário. Era
adventista havia quase 50 anos. Com o esposo, fundou
a igreja da cidade, da qual era membro. Deixa duas filhas, nove netos e
quatro bisnetos.
Maria Eunice dos Santos – Aos 82 anos. Era
adventista havia 20 anos.
Atuava como diaconisa.
Juraci da Silva – Aos
63 anos, em Joinville,
SC, vítima de câncer no
pâncreas. Era adventista
havia 35 anos e frequentava a Igreja do bairro Bom Retiro.
Deixa esposo.
Luciana Alves do Nascimento Ferraz – Aos
30 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Era secretária do
departamento de Evangelismo da Associação Rio Sul havia
nove anos. Deixa esposo e filha.
Marcelo Souza Jesus
– Aos 34 anos, em Belo
Horizonte, MG, vítima de
queimadura. Era membro da Igreja Central da
cidade e cantava no coral jovem. Deixa familiares.
Maria Alexandrina Cardoso de
Araujo – Aos 103 anos, em São Paulo, SP, de insuficiência respiratória. Era adventista havia mais de 30
anos. Frequentava a Igreja do Jardim
Lilah. Deixa filhos, netos e bisnetos.
Maria Antonia de Souza – Aos 86 anos, em
Presidente Prudente,
SP, vítima de atropelamento. Era adventista
havia 52 anos. Frequentava a Igreja
do Colégio Adventista de Presidente
Prudente, na qual trabalhava como
missionária em tempo integral.
Maria Aparecida Vizotto da Silva – Aos 93 anos, em Ibitinga, SP.
Era adventista desde a infância e frequentava a Igreja Central da cidade.
Deixa seis filhos, 19 netos, 34 bisnetos e 10 trinetos.
Maria das Neves Costa – Aos 93 anos. Era adventista havia 49 anos.
Dedicou-se ao serviço social da igreja por
Maria de Lourdes Barbosa Fontes – Aos 73
anos. Era adventista havia 39 anos e frequentava a Igreja Central
Paulistana. Deixa dois filhos.
Marlene Doraci Schiinemann – Aos 60 anos,
em Santa Catarina. Era
adventista desde a infância. Deixa esposo,
duas filhas, seis netos e uma bisneta.
Miguel Alexandre –
Aos 67 anos, em Espírito
Santo do Pinhal, SP. Era
adventista havia 32 anos.
Frequentava a Igreja
central da cidade e atuou como diácono por vários anos. Deixa três filhos e seis netos.
Norberta Araujo Santos – Aos 102 anos, em
São Paulo, SP. Era adventista havia 56 anos.
Foi uma das pioneiras
na Igreja do bairro Itaquera, da qual
era membro. Também foi pioneira da
igreja no interior da Bahia, onde ajudou na construção de várias igrejas
na região de Irecê, Ipanema, Lajedão
do Patrício, Caldeirão de Jacó e Utinga. Deixa seis filhos, 16 netos, 19 bisnetos e três trinetos.
Olinda Hort Schmitt –
Aos 83 anos, em Jaraguá
do Sul, SC. Era adventista desde a infância e descendente dos primeiros
adventistas no Brasil. Era diaconisa. Atuou também no departamento infantil, na Escola Sabatina, no
serviço social e na ação missionária. Deixa quatro filhos, seis netos e
um bisneto.
Raimundo Ricarte de
Normanda – Em Magé,
RJ. Membro da Igreja de
Praia de Mauá. Deixa esposa, filhos e netos.
Roseli Silva – Aos 24
anos, em Teixeira, PB,
de falência múltipla dos
órgãos. Era adventista havia 10 anos e frequentava a igreja da cidade. Atuou
como diretora de grupo e também
no ministério da música. Deixa pais
e irmãos.
Revista Adventista I outubro • 2012
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Semana de Oração dos menores
Anne-May Wollan
O reavivamento e a Palavra
Primeiro Sábado
O precioso
Livro de Deus
“A Tua Palavra é lâmpada que
ilumina os meus passos e luz
que clareia o meu caminho”
(Sl 119:105, NVI).
No alto das montanhas do norte da Itália
e da França vivia um grupo de pessoas chamadas valdenses, que amavam a Deus. Eram
pessoas que também amavam a Bíblia e procuravam viver fielmente de acordo com seus
ensinos. Numa época em que os sacerdotes e
monges da Igreja Romana eram os únicos que
podiam ler e ensinar a Bíblia na língua latina,
os valdenses conseguiram um exemplar da
Bíblia e a traduziram para a sua própria língua. Muitos deles até memorizavam porções
inteiras da Palavra de Deus.
A Igreja Romana ensinava o povo a orar
para a virgem Maria e a confessar seus pecados aos sacerdotes. Os valdenses, porém, acreditavam no que a Bíblia ensina: devemos orar
diretamente a Deus.
Toda vez que os valdenses encontravam
pessoas que demonstravam interesse pela Palavra de Deus, eles falavam sobre o que a Bíblia diz a respeito de um Deus amoroso, que
enviou Seu Filho Jesus para morrer na cruz e
receber a punição por nossos pecados. A única coisa que elas tinham que fazer era crer
em Jesus, confessar seus pecados e pedir perdão a Ele.
Quando os sacerdotes e monges ouviram
o que os valdenses estavam ensinando, ficaram muito irados, ameaçaram colocá-los na
prisão e até mesmo matá-los se não parassem
de pregar. Entretanto, os valdenses continuavam a estudar a Bíblia fielmente e a partilhar
a mensagem que ela contém. O papa ficou furioso e decidiu enviar seus soldados para castigar os valdenses. Quando chegou a notícia
de que os soldados romanos estavam a caminho, os valdenses fugiram para as montanhas
e se esconderam nas cavernas e no fundo dos
vales onde os soldados não podiam encontrá-los. Às vezes, porém, os soldados conseguiam encontrar alguns deles e os matavam.
Os valdenses não tinham medo de seguir a
Palavra de Deus.
Eles confiaram em Jesus como seu bom
Amigo, que os havia ajudado ao passar por
42
Revista Adventista I outubro • 2012
tantas dificuldades. Jesus também lhes deu
coragem para partilhar a mensagem com outros. A vida deles era transformada quando
seguiam o que a Bíblia lhes ensinava. Eles se
tornaram amáveis, mais úteis e corajosos para
testemunhar do amor de Deus. Isso significa
que houve um reavivamento, e eles compreenderam quanto é importante viver de acordo com a vontade de Deus.
Os israelitas e a Palavra de Deus
– Os israelitas foram um povo especial, esco-
lhido por Deus para servir de exemplo àqueles que viviam ao seu redor. Deus deu instruções aos israelitas, por meio dos profetas, para
que não tivessem outros deuses diante dEle.
Disse também como deviam viver e tratar uns
aos outros. Eles obedeciam a Deus na maior
parte do tempo e, enquanto eram obedientes,
tudo corria bem para eles. Mas então, eles viram os deuses dos povos vizinhos e disseram:
“Queremos um deus que possamos ver, igual
àqueles que nossos vizinhos têm.”
Assim eles começaram a fazer deuses de pedra, de ouro, de prata e de bronze, e se ajoelhavam diante deles e os adoravam. Deus Se
entristeceu muito com o que eles fizeram e
enviou Seus profetas para dizer aos israelitas
que eles seriam punidos por sua infidelidade.
Os israelitas compreenderam que haviam feito algo realmente errado. Então, destruíram
seus ídolos e imploraram a Deus Seu perdão.
Deus amava os israelitas e os perdoou e abençoou, concedendo-lhes muitas riquezas e liberdade. Os israelitas experimentaram um
reavivamento, isto é, mudaram sua maneira
de viver e passaram a adorar a Deus de todo
o coração.
Compartilhe e faça
1. Procure o significado da palavra
“reavivamento”. Compartilhe
alguma coisa que você pode fazer
quando sua vida é transformada
por Jesus.
2. Memorize um texto bíblico
favorito e compartilhe-o com um
amigo.
DOMINGO
A Palavra de Deus
em meu coração
“Guardei no coração a Tua
Palavra para não pecar contra
Ti” (Sl 119:11, NVI).
Pierre e a esposa, Bianca, e os três filhos,
Humberto, Paula e Gabriela, moravam nas
montanhas em um dos vales onde viviam
os valdenses. Ali, entre as montanhas, Pierre construiu uma cabana de pedra para a família morar e um celeiro com estábulo para
os animais da sua fazenda.
Certo dia de verão, quando Humberto e
suas duas irmãs estavam cuidando das vacas
e das cabras, lá nas montanhas, eles viram um
grupo de soldados romanos vindo na direção
do vale. Eles logo perceberam que os soldados
estavam indo na direção em que eles estavam.
Correram montanha abaixo o mais rápido que
puderam, atravessaram o campo e entraram
na pequena cozinha onde a mãe havia acabado de amassar o pão. As três crianças tentaram explicar à sua mãe o que tinham visto.
– Os soldados estão a caminho do vale! –
Humberto gritou apavorado.
– Se eles encontrarem nossa Bíblia, vão tomá-la de nós e queimá-la, e nós seremos colocados na prisão – continuou Paula.
– O que vamos fazer, mamãe? – Gabriela
perguntou com lágrimas nos olhos.
A mamãe Bianca pensou por alguns segundos e disse rapidamente:
– Tragam-me a Bíblia.
Humberto correu e trouxe a Bíblia para sua
mãe. Ela pegou a massa do pão, abriu-a, então
embrulhou a Bíblia em um pano de prato, envolveu-a com a massa de modo que parecesse um
pão e colocou-a depressa no forno para assar.
Minutos depois, os soldados bateram com
força na porta. A Sra. Bianca abriu a porta e
os convidou a entrar.
– Estamos procurando Bíblias escondidas –
esbravejou o capitão dos soldados. – E temos
ordens para vasculhar sua casa!
Os soldados procuraram em todos os lugares, mas não encontraram nenhuma Bíblia
na casa nem no celeiro. Procuraram até dentro do forno, mas viram apenas o pão assando.
Depois que os soldados partiram, Humberto disse à mãe:
– Oh, mamãe, estou tão feliz por eles não
terem encontrado nossa Bíblia! Quero aprender a decorá-la ainda mais, pois se acontecer
de eles voltarem um dia e tirá-la de nós, não
poderão tirar o que está em minha memória.
Um homem segundo o coração
de Deus – Você se lembra de como o rei
Saul queria matar Davi? Davi não havia feito nada de errado e procurava ser sempre fiel
a Saul. Certo dia, Davi cortou um pedaço do
manto de Saul. Outra vez, ele entrou na tenda de Saul e o encontrou dormindo, mas não
lhe fez mal algum.
– Deus me guarde de estender a mão sobre
o ungido do Senhor – declarou ele.
Assim, Davi pegou a lança e o jarro de Saul e
saiu, ficando a uma distância segura do acampamento do rei. Então, ele subiu ao topo do
monte e gritou:
– Saul, por que o senhor quer matar seu servo? Onde estão sua lança e o seu jarro de água?
Olhe, aqui estão eles! Eu poderia tê-lo matado enquanto o senhor estava dormindo, mas
como poderia eu fazer tamanho mal contra o
ungido de Deus?
Davi era um homem que guardava a Palavra de Deus em seu coração.
Compartilhe e faça
1. Por que devemos guardar a Palavra
de Deus em nosso coração?
2. Que diferença a Palavra de Deus
pode fazer em nossa vida?
3. Confeccione alguns corações na
cor vermelha e escreva neles cinco
textos bíblicos que nos ajudam
a realizar o que Jesus deseja que
façamos.
Segunda-Feira
Um coração
transformado!
“As [sementes] que caíram
em boa terra são os que, com
coração bom e generoso,
ouvem a Palavra, a retêm e
dão fruto, com perseverança”
(Lc 8:15, NVI).
Paula, com apenas doze anos, era conhecida
por sua bondade e amor por Jesus. Certo dia,
a mãe lhe pediu que levasse um pote de frutas em conserva para a Sra. Luiza, uma mulher idosa e bastante pobre que também vivia
na pequena vila em que ela morava
A Sra. Luiza atendeu à porta e assim que
Paula entrou na casa, um belo gato preto a seguiu e entrou também.
– Ah, aí vem o Kiko! – Disse a Sra. Luiza. –
Ele é meu único amigo.
– Eu sou sua amiga também – disse Paula.
– E há outra amiga que lhe enviou este presente! – completou, colocando o pote de frutas em conserva nas mãos da idosa senhora.
– Isso é para mim? Perguntou a Sra. Luiza. –
Como posso agradecer? Ninguém jamais me
trouxe nada! Ninguém nem mesmo tira um
tempinho para conversar comigo.
Paula compreendeu quanto a Sra. Luiza se
sentia sozinha, então, ficou algum tempo com
ela durante aquela visita.
Estava ficando tarde e Paula precisava ir
embora. A Sra. Luiza pegou gentilmente nas
mãos de Paula e lhe disse:
– Como poderei agradecer por vir visitar
uma pobre e velha senhora como eu, com
quem ninguém mais se importa? Espero que
volte mais vezes e não demore muito para me
visitar novamente.
– Oh, Sra. Luiza – exclamou Paula –, há
Alguém que a ama. A senhora O conhece?
A Sra. Luiza balançou a cabeça com profunda tristeza.
– Não, ninguém me ama.
– Jesus a ama, Sra. Luiza! – exclamou Paula com todo o entusiasmo.
– Jesus? Conte-me sobre Ele. Eu já ouvi esse
nome. Quem é Ele?
Paula então falou à Sra. Luiza a respeito do
Senhor Jesus, que morreu na cruz, ressuscitou e agora está no Céu esperando que ela Lhe
entregue o coração porque Ele a ama muito.
– Ele deseja ser seu amigo – disse Paula. –
Apenas peça e Lhe entregue o coração.
Naquela mesma tarde, a Sra. Luiza orou, entregando o coração a Jesus.
O solo fértil – Certa vez, quando Jesus es-
tava ensinando o povo, contou aos Seus ouvintes a parábola do lavrador que saiu para semear o campo. Ao espalhar as sementes, algumas
caíram na estrada e os passarinhos logo vieram e as comeram.
Algumas sementes caíram entre as pedras,
onde há pouca terra. Essas sementes brotaram rapidamente, mas o solo não era profundo. Quando veio o sol, as plantas secaram e
morreram.
Outras sementes caíram entre os espinhos,
que acabaram sufocando os brotos. Mas a
maior parte das sementes que o lavrador semeou caiu em solo fértil e as plantas produziram grande quantidade de grãos.
Quando os discípulos perguntaram a Jesus
qual era o significado dessa parábola, Ele explicou que o lavrador saiu a semear a Palavra de Deus. O coração de algumas pessoas
é como as sementes que caem pelo caminho:
tão logo elas ouvem a Palavra de Deus, Satanás
vem e leva a semente, ou a verdade, para longe.
Algumas pessoas são como as sementes que
caem entre as pedras. Assim que ouvem a Palavra de Deus, elas a aceitam mentalmente, mas
não de coração. Quando vêm os problemas, elas
desistem e deixam de seguir a vontade de Deus.
Outras são como as sementes semeadas entre os espinhos. Elas ouvem a Palavra de Deus,
mas o amor ao dinheiro e todas as coisas que
gostam de fazer ficam no caminho e sufocam
seu desejo de seguir a Palavra de Deus.
Há, porém, aquelas pessoas que são como as
sementes semeadas no solo fértil. Elas ouvem
a Palavra de Deus, aceitam e vivem a vida conforme Deus ordenou. Elas produzem os frutos
da bondade, do serviço e do amor para com as
pessoas ao seu redor. Muitas aprendem a amar
e seguir a Palavra de Deus, porque somente a
Palavra de Deus pode nos transformar.
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1. Como podemos produzir bons
frutos em nossa vida? Na escola?
Na comunidade?
2. Faça dois ou três cartões
decorados com palavras de
melhora ou de ânimo. Escreva
uma mensagem em cada um
e os entregue a pessoas que
necessitam de encorajamento.
terça-Feira
A Palavra de Deus
em nosso coração
“Não deixe de falar as palavras
deste Livro da Lei e de meditar
nelas de dia e de noite, para
que você cumpra fielmente
tudo o que nele está escrito.
Só então os seus caminhos
prosperarão e você será bemsucedido” (Js 1:8, NVI).
O outono havia chegado. As famílias tinham acabado de fazer a colheita e o feno
para os animais, os grãos e os legumes estavam todos armazenados para o inverno. Paula e Gabriela amavam essa estação do ano. Era
a época perfeita para fazer trabalhos dentro
de casa, como escovar a lã, tecer e fazer tricô.
Mas o que mais gostavam dessa época era que
os vizinhos se revezavam recebendo todos em
suas cabanas para os cultos.
Gabriela gostava muito de cantar nesses
cultos, especialmente quando chegava um
convidado ali no vale e lhes ensinava novos
cânticos. Paula gostava de ouvir seu tio ler
e ensinar sobre a Bíblia. Algumas vezes, as
crianças tinham a oportunidade de recitar
os capítulos da Bíblia que haviam aprendido.
Paula já sabia de cor uma grande parte do livro de Mateus e havia começado a memorizar
o livro de Lucas também. Humberto, que havia estado na Escola de Barbas (para pastores),
Revista Adventista I outubro • 2012
43
sabia quase todo o Novo Testamento de cor.
Ele estava estudando para se tornar um missionário itinerante, e até o fim do curso ele iria
aprender a maior parte da Bíblia de cor, além
de poder copiá-la à mão. A Bíblia era algo de
grande valor para a família de Pierre, pois viria um tempo em que eles não mais poderiam
tê-la consigo. Portanto, era muito importante para eles tê-la guardada em seu coração.
Pedras como lembrança – Os israe-
litas haviam andado pelo deserto por quarenta anos. Depois que Moisés morreu, Deus nomeou Josué como o novo líder do povo e lhe
pediu que se lembrasse, cada dia e cada noite,
de ler o que Moisés havia escrito.
Então, o Senhor disse a Josué: “Hoje mostrarei a todos os israelitas que Eu estou contigo, assim como estive com Moisés.”
Finalmente, chegou o dia em que os israelitas
iriam atravessar o rio Jordão e entrar na terra
que Deus lhes havia prometido. Deus havia dito
a Josué como seria feita a travessia. Ele ficou em
pé às margens do rio e ordenou aos sacerdotes
que levavam a arca que fossem os primeiros a
entrar no rio. Assim que os pés dos sacerdotes
tocaram as águas, do lado de cima as águas pararam e, do lado de baixo, elas desapareceram.
Foi dito aos sacerdotes que deviam parar no
meio do rio, em terra seca, até que todos os israelitas tivessem atravessado para o outro lado.
Depois que todos atravessaram em segurança, Josué ordenou que um homem de cada
tribo de Israel fosse até o leito do rio, onde os
sacerdotes estavam, pegasse uma pedra e a
trouxesse para ele. Quando todas as pedras
foram entregues a Josué, ele disse aos sacerdotes que saíssem do leito do rio. Assim que os
sacerdotes estavam em segurança à margem
do rio, as águas do Jordão votaram a correr.
À noite, quando os israelitas acamparam
pela primeira vez na terra prometida, em um
lugar chamado Gilgal, eles se reuniram para
adorar a Deus. Josué pegou as doze pedras
tiradas do Jordão e as empilhou fazendo uma
coluna. Ele fez isso para que toda vez que
os israelitas passassem por essas pedras se
lembrassem de que Deus é poderoso e digno
de respeito e honra, e que Sua Palavra deveria
estar sempre em seu coração.
Compartilhe e faça
1. Por que é importante estudar a
Palavra de Deus?
2. Tente decorar hoje o verso
para memorizar e mais
cinco outros versos da Bíblia.
Depois, compartilhe-os com os
professores da Escola Sabatina e
com seus amigos.
3. Se você conseguisse memorizar
um verso do livro de Mateus
cada dia, quantos capítulos você
saberia de cor no final do ano?
Quarta-Feira
A amiga especial
de Rute
“Falarei dos Teus testemunhos
diante de reis, sem ficar
envergonhado. Tenho prazer
nos Teus mandamentos; eu os
amo” (Sl 119:46, 47, NVI).
No vale em que Pierre e sua família viviam,
havia uma cabana bem escondida entre as árvores. Rute, que tinha onze anos, morava ali
com sua família. Quando era apenas uma garotinha, Rute caiu na lareira e queimou seriamente o rosto, ficando com muitas cicatrizes.
As crianças da vila não tratavam Rute muito
bem e até costumavam caçoar dela e importuná-la chamando-a de “cara de gato”.
Laura gostava de Rute e decidiu que seria
sua amiga. Certo dia, depois de fazer todas as
suas tarefas, ela correu até a cabana da floresta,
lá embaixo, para ver Rute. A menina era muito envergonhada e tinha medo de que Laura
também zombasse dela. Mas, à medida que as
semanas se passavam, Rute começou a confiar
em Laura. Um dia ela lhe perguntou:
– Por que você vem até aqui?
– Porque eu quero ser sua amiga – Laura
respondeu.
–Ninguém quer ter amizade comigo – disse Rute, com muita tristeza. – Eu sou muito
feia para ter amigos.
– Quem lhe disse isso? – perguntou Laura.
– As crianças aqui da vila – ela respondeu.
– Bem, eu quero ser sua amiga – disse Laura – e eu sei de mais Alguém que deseja ser
seu Amigo.
Os olhos de Rute brilharam e ela exclamou:
– Eu nunca tive amigos antes, e agora tenho
dois. Quem é o meu outro amigo?
– Jesus – Laura respondeu. – Jesus também é seu Amigo.
Rute baixou a cabeça e, com tristeza na voz,
disse:
– Ele não vai querer ser Amigo de alguém
como eu.
– Oh, Rute, Ele a ama assim como você é.
Para Ele você é bonita, e Ele é seu amigo, sim!
Você pode falar com Ele sobre o que desejar,
e Ele vai tirar a dor e a tristeza que você sente
por causa das suas cicatrizes.
– Eu quero ser amiga dEle também – disse
Rute. – Ajude-me, Laura. Você pode me ajudar
a dizer a Ele que desejo ser Sua amiga também?
Juntas, as duas meninas se ajoelharam e
oraram, e Rute aceitou Jesus como seu Amigo. Acima de tudo, ela agradeceu a Jesus por
amá-la assim como era.
O testemunho da menina cativa –
Você se lembra da história bíblica da menina
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Revista Adventista I outubro • 2012
judia que foi capturada pelos soldados do rei
da Síria? Ela foi capturada para ser serva da
esposa do capitão Naamã.
Quando a pequena serva judia descobriu
que seu senhor, o capitão Naamã, tinha lepra,
foi até onde estava a esposa dele e lhe disse:
– Gostaria que meu senhor fosse se apresentar ao profeta que mora em Samaria. Ele
o curaria da lepra – disse ela.
Imediatamente, a esposa de Naamã contou a ele o que a escrava judia lhe havia dito e
isso trouxe nova esperança ao coração dele.
Quando, finalmente, Naamã chegou à casa
do profeta Eliseu, o profeta enviou seu mensageiro para dizer:
– Vá mergulhar sete vezes no rio Jordão.
Então, sua pele ficará limpa.
Ao ouvir isso, Naamã ficou muito irado e
saiu.
– Eu tinha certeza de que ele sairia e invocaria o nome do Senhor Deus e curaria minha lepra – disse ele. Eu poderia muito bem
mergulhar nos rios de Damasco [que são bem
mais limpos e bonitos].
Os servos de Naamã, porém, lhe disseram:
– Se o profeta tivesse lhe dito para fazer
alguma coisa bem difícil, o senhor não a faria? Tudo o que ele disse foi: “Mergulhe e ficará limpo.”
Assim, Naamã desceu até o rio Jordão e
mergulhou sete vezes. Quando ele saiu da
água na sétima vez, sua pele estava totalmente limpa [e lisa, como pele de bebê].
Ele correu para encontrar Eliseu e lhe disse:
– Agora estou certo de que não há nenhum
outro Deus em nenhum lugar da Terra, a não
ser em Israel.
Embora Laura e a pequena escrava judia
fossem apenas crianças, elas estavam dispostas a testemunhar do Deus que está no Céu.
Elas compartilharam Jesus com outros e os
resultados foram maravilhosos!
Compartilhe e faça
1. De que forma você pode
compartilhar o amor de Jesus com
seus amigos na escola e na sua
comunidade?
2. Faça um marca-páginas e escreva
nele seu verso bíblico favorito. Dê
o marca-páginas de presente a um
amigo da escola que ainda não
conhece Jesus.
quinta-Feira
Um Amigo secreto
“Assim o Senhor nos ordenou:
‘Eu fiz de você luz para os
gentios, para que você leve a
salvação até aos confins da
Terra’” (At 13:47, NVI).
Pascoal morava nas planícies lá embaixo
nos vales valdenses. Ele era um homem rico,
que acreditava nos ensinamentos da Igreja Romana. Depois que Pascoal se encontrou com
Pierre, que lhe havia ensinado a respeito da
Bíblia, ele começou a proteger os valdenses.
Certo dia, Pascoal ouviu dizer que os soldados romanos estavam marchando em direção
aos vales valdenses e sabia que Pierre e os outros valdenses estavam em perigo. Ele aprontou seu cavalo mais veloz e cavalgou até o vale
para avisar Pierre e os outros do perigo que
corriam. No caminho vale acima, ele parava
em cada pequena cabana e gritava:
– Os soldados estão vindo! Os soldados estão vindo!
Finalmente, Pascoal chegou ao topo do vale
onde Pierre e sua família moravam.
– Os soldados estão vindo para matar todos os valdenses! – gritou Pascoal em tom de
urgência. Arrumem as malas e fujam para as
montanhas da França.
Uma hora depois, Pierre, Bianca, Humberto, Paula e Gabriela começaram sua longa e
perigosa jornada através das montanhas em
busca de um lugar seguro.
De perseguidor a seguidor – Saulo, assim como os soldados na história dos valdenses, perseguia os seguidores de Jesus. Saulo acreditava, de todo o coração, que esse Homem, Jesus de Nazaré, que ia de lugar em lugar
para pregar, e que havia sido crucificado não fazia muito tempo, fosse um falso profeta e Seus
seguidores tinham que morrer. Ele já havia conseguido tirar a vida de muitos e estava viajando
para Damasco com uma carta do sumo sacerdote dando-lhe permissão para capturar mais
cristãos, tanto homens como mulheres e crianças, e levá-los como prisioneiros a Jerusalém.
Saulo estava se aproximando de Damasco quando, de repente, brilhou ao seu redor
uma luz forte vinda do Céu. Ele caiu ao chão
e escondeu o rosto. Então, ouviu uma voz que
também vinha do Céu e lhe dizia:
– Saulo, Saulo, por que Me persegues?
– Quem és, Senhor? – Saulo perguntou
cheio de temor.
– Eu sou Jesus, a quem tu persegues – a voz
respondeu. – Agora, levante-se e vá até Damasco, e lá lhe dirão o que você deve fazer.
Os soldados que viajavam com ele ficaram
completamente emudecidos. Eles ouviram a
voz, mas não viram ninguém. Saulo se levantou
vagarosamente e abriu os olhos, mas, para seu
desespero, não conseguia ver nada. Estava cego!
Os soldados o guiaram pela mão até Damasco. Por três dias Saulo ficou cego. Deus,
porém, ordenou a Ananias que fosse curar
Saulo, dizendo-lhe:
– Vá! Eu escolhi esse homem e ele será um
missionário para pregar aos pagãos [pessoas
que não acreditavam em Jesus] a Meu respeito.
Ananias foi até a casa em que estava Saulo. Colocou as mãos sobre ele e sua vista foi
curada. Saulo foi transformado ao se encontrar com Cristo. Ele se tornou Paulo, um seguidor de Jesus, que viajou por toda região
do Mar Mediterrâneo pregando e ensinando a respeito do Salvador. Ele não era mais
um perseguidor.
Ao se encontrar com Jesus, ele foi transformado. Pascoal se tornou o protetor do povo de
Deus e Saulo se tornou um poderoso pregador.
Compartilhe e faça
1. Por que a Palavra de Deus é capaz
de transformar as pessoas?
2. Elabore uma lista de coisas que
você abandonou depois que Jesus
passou a ser seu Amigo.
sexta-Feira
Uma tentação quase
insuportável
“Nem só de pão viverá o
homem, mas de toda palavra
que procede da boca de Deus”
(Mt 4:4, NVI).
Muitos valdenses que moravam no vale
juntaram-se a Pierre e sua família na subida da montanha. Para a refeição daquela primeira noite, a Sra. Bianca serviu apenas um
pequeno pedaço de pão para cada um. Eles
tinham ainda muitos dias pela frente e o alimento que levavam precisava durar até o fim
da viagem.
Três dias de caminhada tinham se passado e haviam atravessado apenas uma passagem da montanha. Gabriela estava cansada
e faminta. Ela só conseguia pensar em comer e dormir. Naquela noite, ela chorou até
conseguir pegar no sono. Na manhã seguinte, não tinha a menor vontade de se levantar.
Paula estava preocupada com a irmãzinha e
lhe prometeu dar um pedaço do seu pão se ela
se levantasse e se aprontasse. Na mesma hora,
Gabriela se levantou e estava pronta para mais
um dia de caminhada.
Mais tarde naquele mesmo dia, enquanto
continuavam sua escalada, Gabriela viu algo
caindo de trás da mula de um vizinho. Era a
metade de um pão!
– Vou escondê-lo no meu casaco e não vou
dizer nada a ninguém. Depois vou comê-lo
quando estiver com fome – pensou Gabriela. – Eles estarão com muita fome e não terão
nada para comer – veio-lhe à mente. – Isso é
roubo. A Bíblia diz que é errado roubar – sua
consciência continuava lhe dizendo.
Ela não podia fazer aquilo – era errado! Assim, tirou o pão de dentro do casaco, correu
até onde estava a família e o entregou dizendo que havia caído da mula. Naquela noite,
Gabriela estava feliz, mesmo com o pequeno
pedaço de pão que lhe foi dado.
Jesus e o tentador – Lembre-se de que
Jesus também foi tentado no deserto, onde
passou quarenta dias orando e não havia nada
para Ele comer. Depois de quarenta dias de
jejum, quando Jesus estava com muita fome,
Satanás apareceu como um anjo diante dEle.
– Se Você é o Filho de Deus, pode transformar essas pedras em pães!
Jesus sabia que era Satanás que O estava
tentando, então respondeu:
– O homem não pode viver só de pão, ele
necessita da Palavra de Deus.
Satanás não ia desistir. Assim, levou Jesus
com ele até Jerusalém, colocou-O no ponto
mais alto do templo e Lhe disse:
– Mostre-me o tamanho de Sua fé em Deus
saltando daqui para baixo. A Bíblia diz que
Deus enviará seus anjos para cuidar daqueles que O amam.
Jesus, porém, sabia que Satanás estava misturando a verdade com algo que não era verdade e disse:
– Deus não deseja que mostremos o quanto
confiamos nEle fazendo uma coisa tola.
Satanás ainda não quis desistir, então levou
Jesus ao alto de uma montanha e Lhe mostrou
uma bela visão do mundo, depois Lhe disse:
– Você não precisa morrer para salvar o
mundo. Eu Lhe darei tudo isso, se Você apenas se ajoelhar e me adorar.
– Afaste-se de Mim Satanás! Porque está
escrito: Adore somente ao Senhor, seu Deus
e sirva somente a Ele. Este mundo pertence a
Deus – disse Jesus.
Imediatamente, Satanás foi embora. Jesus
estava tão fraco por ficar sem comida e água
durante quarenta dias, que estava quase morrendo, mas Deus enviou Seus anjos para ajudá-Lo e dar-Lhe forças.
Compartilhe e faça
1. Como a Palavra de Deus nos ajuda
a resistir à tentação? Faça uma
lista de quatro ou cinco maneiras
pelas quais podemos vencer a
tentação.
2. Escreva dois textos bíblicos que
nos ajudam a resistir às tentações
de Satanás.
Revista Adventista I outubro • 2012
45
segundo sábado
Levando avante
a missão dada
por Deus
“Vão e façam discípulos de
todas as nações [...], batizandoos em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo, ensinandoos a obedecer a tudo o que
Eu lhes ordenei. E Eu estarei
sempre com vocês, até o fim
dos tempos” (Mt 28:19, 20, NVI).
Carlos Souza / Imagem: Shutterstock
Algumas semanas se passaram desde que
os valdenses haviam deixado seus lares naquele vale da Itália. Eles atravessaram várias
passagens nas montanhas e, então, chegaram
ao cimo de uma alta montanha. Pararam ali e
viram um belo vale. Haviam chegado à França, onde podiam viver com segurança. Aquele
lugar encantador também tinha altas árvores, belas flores e um rio que corria até lá em
baixo, no vale.
Cada família encontrou um novo local para
fazer sua casa. Pierre e sua família encontraram um pequeno vale com um riacho ao lado,
onde construíram uma cabana que podia
abrigá-los das tempestades do inverno. Paula, Gabriela e a mãe estavam sempre ocupadas juntando alguns suprimentos de que iriam
necessitar para o inverno. Encontraram pequenos frutos, nozes e cogumelos na floresta
e juntaram lenha também. Todos estavam bastante ocupados, mas ainda encontravam tempo para fazer amigos entre o povo francês que
morava nas redondezas. Não demorou muito
para que Pierre os convidasse a se unir a eles
nos cultos. Ele partilhava as boas-novas sobre
Jesus cada dia, e logo eles passaram a apreciar
a mensagem da Bíblia que Pierre pregava.
Em todos os lugares aonde os valdenses
iam, compartilhavam a Palavra de Deus com
as pessoas ao seu redor. Foi dessa maneira que
a Palavra de Deus se espalhou pela Itália e pela
França numa época em que se pensava que
a Bíblia fosse propriedade somente da Igreja
Romana. Os valdenses deram início a um reavivamento. Muitas pessoas se voltaram para
Deus e entregaram a Ele o coração.
Reavivamento em Éfeso – Você se
lembra de como Saulo, que depois passou a
ser chamado de Paulo, se tornou um homem
transformado ao se encontrar com Jesus? O
reavivamento que Saulo experimentou na
vida fez dele um poderoso missionário que
levou muitas pessoas a Cristo.
Paulo promoveu um reavivamento em todos os lugares por onde passou, especialmente
numa cidade chamada Éfeso. Alguns acreditaram no que ele estava pregando e outros não.
Aqueles que não acreditaram começaram a
espalhar boatos sobre os cristãos. Assim, Paulo deixou de pregar na sinagoga e passou a pregar numa escola. Continuou pregando ali por
dois anos até que a maioria das pessoas que
morava em Éfeso e nas regiões ao redor da cidade ouvisse a respeito de Jesus.
Deus realizou alguns milagres maravilhosos por meio de Paulo, e muitos ali passaram
a respeitar o nome de Jesus.
Alguns crentes que faziam magias e tentavam falar com os mortos decidiram abandonar essas práticas. Logo depois, eles
trouxeram seus livros de magia para a praça
central da cidade e os queimaram todos em
uma enorme fogueira.
Por causa da pregação de Paulo, teve início
um reavivamento. Vidas foram transformadas, muitos decidiram viver de acordo com
os ensinamentos da Bíblia e se tornaram seguidores de Jesus. Compartilhe e faça
1. Como você pode se tornar
um missionário hoje para
testemunhar de Jesus?
2. Faça um plano com seus pais
ou com a professora da Escola
Sabatina para falar de Jesus a
outras pessoas. Lembre-se de orar
em favor de cada uma delas.
ANNE-MAY WOLLAN trabalhou na
Divisão Trans-Europeia por muitos
anos. Atualmente, ela mora nos Estados
Unidos e se dedica à capacitação de
líderes da igreja e pessoas voluntárias
que têm o coração na obra de ministrar
às crianças.
Para adquirir, ligue: 0800-9790606, acesse: www.cpb.com.br, ou dirija-se a uma das livrarias da CPB ou SELS.
C. Qualidade
é da nossa natureza receber bem você
www.catresaopaulo.com.br
RESERVAS
Fones: (11) 2128 1000 / 1084 - (13) 3871 6060
e-mail: [email protected]
SP-193, Estrada Eldorado – Jacupiranga Km 3,5
Cx. Postal 45
Eldorado Paulista - SP
CEP 11960-000
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