. Adventista. Exemplar Avulso: R$ 3,15 – Assinatura: R$ 37,80 Revista Mensagens para a Semana de Oração O reavivamento e a Palavra Outubro • 2012 Mensagem Pastoral O que você tem nas mãos? Deus tem realizado grandes coisas por meio de pessoas que Lhe entregam o que têm nas mãos Erton KÖhler é presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a América do Sul. 2 G osto de observar a vida dos grandes líderes da Bíblia. Pessoas com limitações, mas que foram usadas e sustentadas por Deus. Um dos personagens que mais admiro é Moisés, pela forma incomum com que Deus dirigiu sua vida. Suas aparentes derrotas sempre foram o princípio de grandes vitórias. Ele experimentou a aplicação das palavras de Ellen G. White, que também servem para nós hoje: “Deus jamais conduz Seus filhos de maneira diferente da que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio e discernir a glória do propósito que estão realizando como Seus colaboradores” (A Ciência do Bom Viver, p. 479). Um dos momentos mais bonitos da jornada desse líder de Deus foi seu chamado. Esquecido no deserto por muitos anos, Deus lhe apareceu em uma sarça ardente. Sua primeira reação à sua missão foi apresentar desculpas. É mais fácil fugir do que agir. A resposta imediata foi: “Quem sou eu para essa missão?” Depois: “Eu não sei falar”; e em seguida: “O que vou dizer?” Finalmente, afirmou: “Eles não vão acreditar.” No meio desse diálogo insistente, Deus fez um desafio a Moisés, usando apenas uma pergunta: “O que tens nas mãos?” (Êx 4:2). Era uma questão óbvia, pois ele tinha nas mãos um simples cajado. Deus, contudo, queria começar mostrando que Sua especialidade é usar coisas simples para alcançar resultados extraordinários. Ele apenas precisa que entreguemos em Suas mãos o que temos nas nossas. Usando aquele simples cajado, Deus fez uma serpente, operou muitos milagres, enviou pragas sobre o Egito e abriu o Mar Vermelho, apenas para começar uma longa lista. Mas, olhando pela lógica humana, quem foi Moisés para a missão que Deus queria realizar? Certo consultor de empresas trouxe a situação para os dias de hoje e tentou encontrar um emprego para Moisés. Segundo ele, a ficha de candidato seria mais ou menos assim: 1) Nome: Moisés; 2) Filiação: Órfão, quase não conviveu com os pais, que o abandonaram junto a um rio. Foi criado por uma família rica. Abandonou, de forma inesperada, a casa dos pais adotivos. 3) MBA: Nenhum. 4) Cursos de negociação: Nenhum. 5) Experiência profissional: Tem girado pelo mercado, o que indica dificuldade de Revista Adventista I outubro • 2012 ficar muito tempo no mesmo lugar. 6) E-mail: Não usa computador. Afirma que seu forte é a palavra falada no contato direto com as pessoas. 7) Aparência: Pouco asseada; usa barba longa e mal cuidada. O autor foi mais longe e deixou claro que o máximo que Moisés conseguiria em uma companhia de hoje seria um emprego dos mais simples, e isso se melhorasse sua aparência pessoal. Mas veja o que Deus foi capaz de fazer com alguém que se colocou em Suas mãos: Negociou com Faraó a libertação dos israelitas; conduziu e alimentou essas pessoas no deserto por cerca de 40 anos, treinando-as para vencer batalhas; delegou autoridade e poder aos chefes das tribos; organizou todo o sistema de leis do povo; preparou seu sucessor, Josué, para continuar a obra de estabelecer a nação de Israel. A entrega do cajado foi apenas símbolo da entrega de toda a sua vida. Quando entregamos a Deus o que temos nas mãos, damos grande passo para entregar o que está no coração. Cada vez que leio a história de Moisés, ouço a mesma pergunta sendo feita diretamente a mim. Lembro-me de que preciso renovar diariamente minha entrega pessoal e reiterar minha dependência do Senhor. E você? O que tem nas mãos e o que está fazendo com isso? Que talentos você recebeu de Deus e como os está utilizando? Que limitações você tem e o que tem feito com elas? Você está usando o que Deus lhe deu para prosperar ou para salvar? Para ganhar ou para compartilhar? Para investir ou para evangelizar? Para mim, é emocionante encontrar irmãos e irmãs simples dedicando boa parte de seu tempo para dar estudos bíblicos e liderar pequenos grupos. Empresários e profissionais bem-sucedidos, que não têm vergonha de assumir sua fé, distribuindo milhares de livros missionários ou convidando amigos para estudar a Bíblia em sua casa. Pessoas com sérias limitações de saúde, falando de Jesus poderosamente. Cegos ou analfabetos que dão dezenas de estudos bíblicos por semana. Jovens que entregam todo o tempo de férias para fazer evangelismo. Pessoas que deixam seu emprego e decidem dedicar a vida ao ministério. Experimente reviver a experiência de Moisés. Ouça a pergunta feita por Deus, renove sua entrega a Ele e experimente milagres extraordinários! Ansel Oliver Erton Köhler O Leitor Opina Alto nível Nº 1253 Outubro, 2012 Ano 107 www.revistaadventista.com.br Publicação Mensal – ISSN 1981-1462 Órgão Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil. Dedicado à Proclamação da “Fé que uma vez foi entregue aos santos”. “Aqui está a paciência dos santos: Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.” Apoc. 14:12. Editor Rubens S. Lessa Editores Associados Paulo Roberto Pinheiro, Marcos De Benedicto, Sueli Oliveira, Francisco Lemos, Zinaldo Santos, Ivacy F. Oliveira, Michelson Borges, Diogo Cavalcanti, Neila D. Oliveira, Guilherme Silva, André Oliveira Santos, Márcio Nastrini, Nerivan Silva, Wendel Lima, Adriana Teixeira, Vinícius Mendes, Eduardo Rueda e Alex Machado. Colaboradores Ted Wilson, Erton Köhler, Magdiel Pérez, Marlon Lopes, Edson Rosa, Domingos José de Souza, Geovani Souto Queiroz, Gilmar Zahn, Helder Roger Cavalcante Silva, Leonino Santiago, Marlinton Lopes e Maurício Lima. Projeto Gráfico Levi Gruber Imagem da Capa Steve Creitz CASA PUBLICADORA BRASILEIRA Editora dos Adventistas do Sétimo Dia Rodovia Estadual SP 127 – km 106 Caixa Postal 34; CEP 18270-970 – Tatuí, São Paulo Fone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900 Serviço de Atendimento ao Cliente Ligue Grátis: 0800 9790606 Segunda a quinta, das 8h às 20h Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h. Jabis Peixoto Itararé, SP É hora de quebrar o silêncio A entrevista com Wiliane Steiner Marroni (RA-setembro) me trouxe à lembrança minha chegada à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Sou psicóloga há 24 anos e adventista há apenas 6 anos. Além da elucidação da questão do sábado pelo Espírito Santo de Deus, por meio do pastor Elias Leichsering e a esposa Selma, o que mais me chamou a atenção foi a atitude “cidadã” da Igreja Adventista do Sétimo Dia com respeito à violência em nossa sociedade. Desde essa época, estou na linha de frente Eliane F. Bordin Itapoá, SC Conselho Oportuníssimo o artigo “Conselho no aeroporto” (RA-setembro). Creio que as línguas ferinas existentes no arraial do povo de Deus são um sintoma inequívoco da ausência do Espírito Santo. A existência desses “incontroláveis faladores” é sinal da falta de zelo em ganhar pessoas para o reino de Deus. Escreva para: Revista Adventista “O Leitor Opina”: Caixa Postal 34 18270-970 – Tatuí, SP, ou [email protected] As cartas publicadas não representam necessariamente o pensamento da Revista. 5 O reavivamento e a Palavra Ted N. C. Wilson 8 Tornando nossa a Palavra Diretor-Geral José Carlos de Lima Diretor Financeiro Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe Rubens S. Lessa Gerente de Produção Reisner Martins Gerente de Vendas João Vicente Pereyra Chefe de Expedição Eduardo G. da Luz Chefe de Arte Marcelo de Souza 10 O coração e o solo Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora. 5480/27212 Galina Stele Jerry Page 18 A riqueza da Palavra 20 Cantando a Palavra Números atrasados: Preço da última edição. A Editora só se responsabiliza pelas assinaturas angariadas por representantes do SELS – Serviço Educacional Lar e Saúde. Wanderlandson Monteiro Engenheiro Coelho, SP Agente de viagem Sou agente de viagens; por isso, chamou-me a atenção o título do artigo “Agente de viagem ou guia turístico?” (RA-setembro). A matéria começa com um elogio à profissão, mas é deselegante quanto à aplicação. Numa abordagem espiritual adicional, sugiro que cada pessoa, em seu ministério pessoal, deve agir ou como um bom agente, indicando o melhor caminho para quem vai realizar a viagem, ou como um bom guia, que proporciona o melhor aproveitamento possível de quem está fazendo a viagem. Agentes e guias são necessários, cada um desempenhando bem seu papel. Wander de Luca Faria por e-mail Bonita Joyner Shields 14 Chamado para liderar Exemplar Avulso: R$ 3,15. Assinatura: R$ 37,80. “Pelo contemplar, somos transformados” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 81). Pelo fato de nos demorarmos nos defeitos alheios, perdemos de vista nosso modelo, Jesus Cristo, e cada vez mais nos assemelhamos ao nosso imperfeito objeto de contemplação. Daí o atrofiamento espiritual. Se esses “supostos cristãos” pudessem estar no Céu, encontrariam defeito até no todo-poderoso Deus! Por outro lado, deve ser ressaltado que não podemos nos ocupar em responder às constantes críticas que nos fazem (algumas pedem respostas e atitudes enérgicas), porque não nos sobraria tempo para pregar o evangelho. Ángel Manuel Rodrígues 12 Reavivados e preparados As notícias para a revista do mês seguinte devem estar na Redação até o dia 10. Não se devolvem originais, mesmo não publicados. Tiragem: 21.000 É impressionante o alto nível dos artigos da Revista Adventista, especialmente os da edição de setembro de 2012! Cada artigo é relevante, com sólido embasamento bíblico. Sirvo nesta igreja como pastor e, portanto, posso fazer essa afirmação. Quero destacar especialmente a Mensagem Pastoral intitulada “Sementes” e a matéria de capa: “Visão além do alcance”. dessa campanha e fico muito feliz quando me abrem espaço nas igrejas do distrito. Contudo, acho que é insuficiente falarmos desse assunto no culto de um sábado apenas, em agosto. Além da necessidade de abordar o tema com mais ênfase, especificidade e carinho, precisamos aproveitar todo o material criado para a campanha “Quebrando o Silêncio”, que é da mais alta qualidade, tanto para o trabalho com as crianças e mulheres, quanto para o trabalho com os idosos. O dif ícil é conseguir parceiros nessa luta, até mesmo entre a liderança das igrejas. Seja como for, sinto orgulho de pertencer a uma Igreja tão consciente de seu papel na luta contra a violência. Ekkehardt Mueller Derek J. Morris 22 Reavivamento e missão Ellen G. White 42 O reavivamento e a Palavra Mensagens para a Semana de Oração dos menores. Anne-May Wollan Dê sua opinião: Qual é o tema menos abordado nas pregações e por quê? Seções 2Mensagem Pastoral 3Cartas 25Notícias Em novembro •E le vem em minha geração •A aparente demora •O propósito das provas Revista Adventista I outubro • 2012 3 Edital Convocação da Assembleia Geral Denominacional de Organização da União Leste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia A Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia (DSA), órgão eclesiástico-administrativo superior, por este edital convoca os delegados respectivos para a realização da Assembleia Geral Denominacional de Organização da União-Missão Leste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia (ULB), a ser realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2012, no Condomínio Busca Vida, localizado na Estrada do Coco, km 8, Camaçari, BA, com instalação e abertura designadas para as 20 horas do dia 11, em primeira verificação de quórum de, no mínimo, 51% dos delegados regulares credenciados, ou 1 hora após, em segunda e última verificação, com quórum de 30% dos delegados regulares, devendo, neste caso, as deliberações serem tomadas pelo voto de pelo menos dois terços (2/3) dos delegados regulares e gerais presentes. A instalação da Assembleia será presidida por Erton Carlos Köhler e secretariada por Magdiel Ezer Pérez Schulz, respectivamente presidente e secretário da DSA, que transmitirão a direção dos trabalhos ao presidente e secretário da ULB após a posse destes. Serão delegados à AGDO/ULB: (1) delegados regulares: os credenciados pelas comissões diretivas das Associações e Missões constituintes da ULB: Associação Bahia da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Associação Bahia Central da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Associação Bahia Sul da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Missão Bahia Sudoeste da Igreja Adventista do Sétimo Dia e a Missão Sergipe da Igreja Adventista do Sétimo Dia, na seguinte base: (a) cada associação terá direito a um delegado, independentemente do número de membros, e mais um delegado adicional para cada 4 mil membros de igreja, calculados, para todos os efeitos, sobre o número de membros em 31 de dezembro de 2011; (b) a delegação incluirá uma equilibrada representação de obreiros e membros leigos. (2) delegados-gerais: (a) o presidente, o secretário e o tesoureiro da ULB, já nomeados pela comissão diretiva da DSA; (b) os pastores-gerais, os secretários e os tesoureiros das associações integrantes da ULB; (c) os membros da comissão diretiva da Associação Geral e da DSA, presentes, não excedentes a 10% do número de delegados regulares; (d) um representante do Seminário Latino-Americano de Teologia, indicado pela DSA; (e) outras pessoas do corpo de obreiros do território da futura ULB propostas pela comissão diretiva da DSA e aceitas pela Assembleia, sempre que o número destas não exceda a 10% dos delegados regulares. Em conformidade com o Artigo VI e seus incisos do Regulamento Interno outorgado pela DSA, a Assembleia funcionará com a finalidade de: (1) registrar o Regulamento Interno da ULB outorgado pela comissão diretiva da DSA, pelo voto 2012-256; (2) registrar a nomeação do presidente, do secretário e do tesoureiro da ULB efetuada pela DSA, em conformidade com o Art. X do Regulamento Interno, pelo voto 2012-115; (3) eleger o secretário da associação ministerial, os secretários dos departamentos e serviços, com mandato de cinco anos; (4) eleger os membros eletivos da comissão diretiva da ULB e relacionar os nomes dos membros ex officio, de acordo com o disposto no Artigo IX, do Regulamento Interno; (5) elaborar planos para o melhor desenvolvimento das atividades da ULB em harmonia com os regulamentos e as deliberações da DSA; (6) formalizar a organização administrativa e funcional da ULB, sobretudo a incorporação dos bens patrimoniais, direitos, obrigações, pessoal, organizações e instituições decorrentes da cisão efetuada da União Nordeste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia; (7) tratar de outros assuntos propostos pela comissão diretiva ou pelos administradores da Divisão Sul-Americana. Brasília, DF, 14 de agosto de 2012 Erton Carlos Köhler, presidente Magdiel Ezer Pérez Schulz, secretário Lançamento Volume 3 1 Crônicas a Cântico entista Tratado de Teologia Adv entista, vol. 1 Comentário Bíblico Adv Gênesis a Deuteronômio entista, vol. 2 Comentário Bíblico Adv s Rei 2 a Josué entista, vol. 3 Comentário Bíblico Adv Cânticos dos tico Cân 1 Crônicas a dos Cânticos Cada volume do Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia oferece ao leitor uma variedade de artigos que abordam diferentes aspectos da história, arqueologia, cultura e da formação do texto e do cânon das Escrituras. Mapas, diagramas e ilustrações também ajudam o leitor a visualizar e entender diversos aspectos históricos, geográficos e culturais relacionados com o texto sagrado, tornando mais eficaz a compreensão e aplicação de revelação bíblica. Contém material suplementar que relaciona o texto bíblico e os escritos de Ellen G. White. Para adquirir, ligue: 0800-9790606*, acesse: www.cpb.com.br, ou dirija-se a uma das livrarias da CPB ou SELS. *Horários de atendimento: Segunda a quinta, das 8h às 20h / Sexta, das 8h às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h. Primeiro sábado Ted N. C. Wilson O reavivamento e a Palavra Estamos dispostos a ser submissos? A o iniciarmos uma semana de ênfase espiritual sobre reavivamento e a Palavra, alguns podem perguntar a si mesmos por que necessitamos de mais mensagens sobre esse tema. Talvez você seja um cristão adventista do sétimo dia que se sente satisfeito ao ver tudo continuar como sempre. Uma programação agradável na igreja sábado pela manhã e uma vida moral básica podem ser a essência do adventismo do sétimo dia para você. Se isso lhe parece suficiente, então você está perdendo a melhor parte do que significa ser adventista do sétimo dia. Talvez a ideia de reavivamento lhe seja simpática. Ao observar os acontecimentos, as mudanças sociais e culturais do mundo, você nota que tudo está caminhando para o desastre. Você até mesmo pode desejar um reavivamento, pensando que isso signifique o retorno aos fundamentos da sociedade, à segurança de um tempo e maneira bem organizados de fazer as coisas. Segurança e ordem não são atrativas para todas as pessoas. Talvez você esteja interessado em um reavivamento que venha sacudir a condição prevalecente. Gostaria de ver mais poder, mais ação, mais milagres e rápido crescimento da igreja. Embora essas coisas possam e devam ter lugar como resultado do reavivamento, elas não são o âmago dessa experiência. Ao estudarmos sobre reavivamento, individualmente e como igreja, geralmente ficamos ansiosos por uma experiência espiritual maravilhosa. Embora uma grande experiência represente um bom começo, o verdadeiro reavivamento deve ir além de uma experiência passageira. Deve ser mais que um novo começo. Reavivamento implica percorrer todo o caminho de volta às origens. “No princípio era Aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle; sem Ele, nada do que existe teria sido feito” (Jo 1:1-3, NIV). O coração do verdadeiro reavivamento – Reavivamento é mais que vol- tar aos fundamentos, mais que sacudidura. É mais do que algo relacionado a poder ou influência. Reavivamento envolve renovação de nosso foco em Jesus. Por meio de Jesus Cristo o mundo foi criado e é somente por Ele que acontece a recriação ou o reavivamento. Jesus é, e sempre deve ser, fundamental para qualquer experiência de reavivamento. Acaso, necessitamos desse tipo de reavivamento? Lembremo-nos de que ainda estamos aqui neste mundo e Jesus ainda não veio para nos levar ao lar. Ainda não experimentamos o prometido derramamento do Espírito Santo, que nos habilitará a concluir a tarefa de levar a tríplice mensagem angélica “a toda nação, tribo, língua e povo” (Ap 14:6, NIV). Como igreja, necessitamos do reavivamento, mas isso não acontecerá de modo coletivo sem antes acontecer, primeiramente, em nossa experiência pessoal. Necessitamos ser pessoalmente reavivados? Para responder a essa pergunta, cada um de nós pode aplicar a si mesmo este simples teste: “Quem possui nosso coração? Com quem estão nossos pensamentos? Sobre quem gostamos de conversar? Quem é o objeto de nossas mais calorosas afeições e nossas melhores energias? Se somos de Cristo, nossos pensamentos com Ele estarão, e nEle se concentrarão nossas mais doces meditações. Tudo que temos e somos será consagrado a Ele. Almejaremos trazer Sua imagem, receber Seu Espírito, cumprir Sua vontade e agradar-Lhe em todas as coisas.”1 Reavivando o relacionamento – Para que o reavivamento tenha iní- cio, devemos focalizar nosso relacionamento com Jesus. Se compreendermos que somos salvos pela graça e somos completamente dependentes de um Deus poderoso que não apenas nos Revista Adventista I outubro • 2012 5 6 Revista Adventista I outubro • 2012 Meios de partilhar – O reaviva- mento de que necessitamos não está fundamentado em emocionalismo nem em milagres. Queremos conhecer melhor Jesus, para que possamos compartilhá-Lo mais. Para evangelizar, necessitamos da motivação e do poder do Espírito Santo. Precisamos que Jesus nos envie o prometido Espírito, à semelhança do que Ele fez aos Seus esperançosos seguidores no Pentecostes (Jo 16:7). Essa nossa necessidade é mais intensa que o desafio de alcançar as grandes cidades. Entretanto, em muitas cidades mal temos um ponto de apoio. Relembrando as palavras do profeta Zacarias, compreendemos que a grande comissão será cumprida: “‘Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4:6, NVI). De que maneira poderemos causar impacto? Novos planos e estratégias podem ter seu lugar, mas o que realmente necessitamos é o poder operador de milagres da Palavra que, no princípio, criou todas as coisas. Necessitamos ser receptivos para ser agentes de Deus na proclamação das boas-novas do vitorioso Salvador Jesus e de Sua segunda vinda, anunciando-a “a toda nação, tribo, língua e povo” (Ap 14:6, NIV). Steve Creitz criou mas nos redimiu, não escolheremos uma aproximação mecânica e legalista desse Deus. Nossa completa e grata entrega ao nosso Senhor resultará em uma vida cristã cheia do Espírito Santo, vibrante e dinâmico testemunho. Necessitamos compreender plenamente onde estamos na fluidez do tempo e onde estamos em relação à breve vinda de Cristo. Devemos nos lembrar de que o grande conflito está ocorrendo ao nosso redor e, frequentemente, em nós, e que o inimigo deseja arruinar nossa vida espiritual e nossa ligação com Cristo, a fim de impedir que o mundo ouça o alto clamor de Apocalipse 14. Crescimento – A fim de conhecer melhor Jesus, de modo que possamos compartilhá-Lo mais, necessitamos cultivar profundo relacionamento com Ele e continuar a crescer em nossa caminhada com o Senhor. Aceitar Jesus é uma experiência crescente. À semelhança do apóstolo Paulo, temos que estar dispostos a morrer diariamente para nós mesmos (1Co 15:31). A ideia de cultivar relacionamento com Jesus não é nova para nós, mas pelo fato de que não podemos vê-Lo, frequentemente temos dificuldade em alimentar essa experiência. Relacionamento é comunicação. E a oração abre nosso coração e nos atrai a um mais íntimo relacionamento com Jesus. As barreiras que nos mantêm longe dessa experiência de intimidade caem à medida que suplicamos a ajuda de Deus. Todo orgulho, amargura, complacência pecaminosa e materialismo podem ser quebrados por meio do Espírito, quando investimos tempo com Jesus, em oração. No corre-corre do nosso dia a dia, com tantas atividades que demandam nosso tempo e atenção, é desafiador manter a vibração de nosso amor por Jesus. Porém, temos que encontrar tempo para ouvir a voz de Deus. Embora Ele nos fale através de Suas obras providenciais e das impressões causadas pelo Espírito Santo em nossa mente, a maneira mais clara pela qual Ele Se comunica conosco é Sua Palavra. Ao tomarmos tempo para estudála, devemos pedir fervorosamente que o Espírito Santo esteja presente, para remover qualquer coisa que possa nos separar de Deus. Como adventistas do sétimo dia, recebemos um maravilhoso tesouro. O Espírito de Profecia é um dos grandes dons de Deus para o povo remanescente no tempo do fim. Nas palavras de Ellen G. White, Ele é “uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior.”2 Ouçamos os conselhos de Sua mensageira. Deixemos que eles nos atraiam ao incomparável encanto de Jesus e nos encorajem a estudar mais profundamente Sua Palavra. A verdade em Jesus – Enquanto vivemos nestes tempos solenes da história da Terra, é particularmente importante compreendermos como todas as nossas doutrinas estão centralizadas em Jesus. Em breve, os acontecimentos finais se desencadearão sobre nós. Em breve, Cristo virá e executará a sentença final sobre Satanás. O sangue de Jesus Cristo, derramado sobre a cruz em sacrifício por nós e o ministério de nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, no santuário celestial têm um propósito: que você, eu e todos os que nos submetemos a Ele, confessemos nossos pecados e O aceitemos como nosso Salvador, de modo que sejamos tornados justos diante de Deus e tenhamos vida eterna por meio do todo abarcante ministério de Cristo. Não precisamos temer o Juízo, se conhecemos o Cordeiro; se conhecemos nosso Sacerdote e Rei. O Rei vindouro – É importante que compreendamos a sequência do que acontecerá no futuro próximo. Quando Cristo voltar, todo o olho O verá. Isso será a concretização da nossa bendita esperança, que, conforme acreditamos, ocorrerá em breve. Podemos ver os sinais se cumprindo ao nosso redor. Em Mateus 24, Jesus falou sobre os sinais de Sua vinda. A fim de comprovarmos o cumprimento desses sinais, somente precisamos estar atentos ao que acontece no mundo atual: oscilações da economia, instabilidade política, doenças devastadoras, calamidades naturais, decadência social e moral. Já existem movimentações ecumênicas com o objetivo de criar um sistema religioso unificado que se oporá ao culto a Deus no sétimo dia da semana, o sábado. Finalmente, eliminará a liberdade religiosa e promoverá um dia substituto de adoração. Ao vir Jesus pela segunda vez, Seus pés não tocarão a Terra, mas nós seremos elevados às nuvens, “para o encontro com o Senhor, nos ares” (1Ts 4:17). Entretanto, antes de Sua gloriosa vinda, Satanás buscará “enganar até os eleitos” (Mt 24:24). O inimigo se transformará em “anjo de luz” (2Co 11:14) e tentará personificar Cristo. De que maneira poderemos distinguir entre o impostor e o Cristo real? Imagine a mídia freneticamente divulgando que o impostor supostamente “provará” ser o verdadeiro Cristo. “Satanás, cercado por anjos maus, e reivindicando ser Deus operará milagres de todos os tipos, para enganar, se possível, os próprios eleitos.”3 Não será seguro confiarmos em nossos sentidos físicos. Necessitaremos ter nossos olhos espirituais renovados pelo Espírito Santo. Precisaremos estar em tal sintonia com nosso Salvador, tão familiarizados com Sua voz na Palavra, que sejamos capazes de viver pela fé (Rm 1:17), na hora mais escura da Terra. Perto do fim – Creio que o sonho que Deus tem de ver Sua missão concluída logo será realizado. Estou certo de que, à medida que buscamos conhecer melhor Jesus, Deus derramará Seu Espírito Santo sobre nós, sem medida. Ele nos usará na proclamação de Sua verdade, e “a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas enchem o mar” (Hc 2:14, NVI). A obra de Deus na Terra será completada. Jesus virá como poderoso libertador. Ele virá como Rei dos reis e Senhor dos senhores, para levar Seus filhos ao lar. TED n. C. WILSON é presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Referências 1. Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 58. 2. Ellen G. White, Evangelismo, p. 257. 3. Ellen G. White, Conselhos Para a Igreja, p. 39. per g u n t a s para Reflexão 1. Em meio ao barulho do nosso mundo saturado de mídia, como posso manter meu foco em Jesus? Que atitudes práticas posso tomar para que Ele encha minha vida? 2. Ouvimos e falamos muito sobre “verdade”. De que maneira “a verdade que está em Jesus” (Ef 4:21, NVI) é vista em minha vida e meus relacionamentos no meu dia a dia? 3. Reavivamento é algo pessoal, mas, ao mesmo tempo, relacional. Que papéis a igreja desempenha nesse processo? Revista Adventista I outubro • 2012 7 Domingo Ángel Manuel Rodríguez Tornando nossa a Palavra Aprendendo a se beneficiar de seu poder A vida não se sustenta por si mesma. Organismos vivos dependem de elementos externos para se manterem vivos. Água, comida, oxigênio – para mencionar apenas alguns itens – são indispensáveis para a existência da vida. Numa perspectiva bíblica, somente Deus pode sustentar e preservar a vida num ambiente que se encontra em estado de decadência e constitui uma ameaça constante para uma existência humana significativa. A vida é sustentada, de maneira particular, por meio da Palavra de Deus. Isso é especialmente verdade em nossa vida espiritual, que, para ser mantida vibrante, precisa de constante poder – poder que vem de fora de nós mesmos. Deus e a Palavra – O salmista es- creveu: “Os céus por Sua palavra se fizeram” (Sl 33:6). A criação em geral e a vida, em particular, vieram à exis- 8 Revista Adventista I outubro • 2012 tência pelo poder da divina Palavra. A própria existência humana depende não apenas de comida, “mas de tudo o que procede da boca de Deus” (Dt 8:3). É profunda a conexão entre a vida e a Palavra divina, insondável e constante. A Palavra que criou é a mesma que, constantemente, sustenta a criação. O poder de Deus nos é revelado em Sua Palavra, Sua mensagem para nós. Por meio da Palavra, Deus nos fala em nossas situações particulares e revela ao Seu povo os planos dEle e Sua vontade. Sua Palavra sempre visa ao nosso bem-estar, porque ela é “boa” (Is 39:8). No Sinai, os israelitas ouviram a Palavra de Deus lhes falando e lhes dando “juízos retos, leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons” (Ne 9:13). A Palavra muitas vezes toma a forma de uma promessa com a qual podemos sempre contar e que antecipa a realização plena dos planos salvíficos de Deus para nós (Sl 105:42-45). Salomão falou ao povo sobre o poder da Palavra divina: “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao Seu povo de Israel, segundo tudo o que prometera; nem uma só palavra falhou de todas as Suas boas promessas, feitas por intermédio de Moisés, Seu servo” (1Rs 8:56). A Palavra de Deus é confiável e segura porque Ele cumpre o que promete: “A Palavra do Senhor é reta, e todo o Seu proceder é fiel” (Sl 33:4). Deus age de acordo com o que Ele diz; Ele é um Deus de honra. Jesus e a Palavra – A Palavra de Deus é muito mais do que um enunciado sonoro vindo da boca divina. Ela é visível: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1:1-3). Essa é a mesma Palavra confiável e poderosa de Deus que abordou Seu povo no Antigo Testamento. Mas, no Novo Testamento, algo glorioso e inesperado aconteceu: “E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (v. 14). Em Jesus, a Palavra, vemos a vontade de Deus para nós e Sua ação salvadora em favor de seres humanos pecadores. A audibilidade da Sua Palavra é eficaz porque, em Jesus, Deus nos fala (Jo 14:10). Mas, como a Palavra encarnada de Deus, Jesus é a Palavra da verdade (2Co 6:7), a Palavra da reconciliação (2Co 5:19) e da salvação (At 13:26); Ele é a Palavra da cruz (1Co 1:18). Ele é a verdade, bem como Aquele que, no mistério da encarnação, uniu Deus e a humanidade, e que na cruz revelou a força salvífica da Palavra de Deus. Deus pode, de fato, realizar o que Ele diz. Quando Deus diz algo, isso acontece. Pode não ocorrer tão rapidamente como gostaríamos, mas acontece. A Palavra de Deus realiza o que foi anunciado ou expresso. O salmista escreveu que Deus “enviou-lhe a Sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal” (Sl 107:20). Referindo-Se à palavra que sai de Sua boca, o Senhor diz: “Assim será a palavra que sair da Minha boca: não voltará para Mim vazia, mas fará o que Me apraz e prosperará naquilo para que a designei” (Is 55:11). Quando o Senhor fala, as coisas acontecem! Quando a tempestade no Mar da Galileia ameaçou a segurança de Seus discípulos, Jesus Se levantou, “repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança” (Mc 4:39). Ele ordenou que demônios deixassem suas vítimas e eles as deixaram (Mc 1:25). Ele curou pessoas apenas falando (Mt 8:8)! Mas, acima de tudo, Sua palavra proclamou e levou perdão ao pecador (Mt 9:1-7). Ele cumpriu o que anunciou! A Palavra de Deus e eu – Somos os destinatários da Palavra de Deus. Ele nos fala como Criador e Redentor, porque temos que conhecer Seu plano e Sua vontade para nós. Temos que sair de nossa escuridão existencial para a luz de uma vida significativa. A Palavra de Deus é a fonte da vida eterna (Jo 5:24; 6:63). Temos que saber que a Palavra, conforme demonstrado na vida de Jesus, toca em cada aspecto de nossa vida. Ouvir a Palavra é uma questão de vida ou morte. Consequentemente, Deus está ansioso para ser ouvido por nós: “Fui buscado pelos que não perguntavam por Mim; fui achado por aqueles que não Me buscavam; a um povo que não se chamava do Meu nome, Eu disse: Eis-Me aqui, eis-Me aqui” (Is 65:1). Portanto, somos desafiados a escutar a Palavra divina nos falando nas Escrituras (ver Is 66:4). Essa é uma “audição dinâmica” que deve ser acompanhada das obras, de fazer o que a Palavra diz. Jesus disse: “Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as põe em prática será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7:24; 2Cr 34:21). Nossa obediência à Palavra revela que, de fato, a temos ouvido falar e que nos apropriamos dela. Mas também é importante ler a Palavra sob a orientação do Espírito, pois é somente a Palavra encarnada de Deus que nos pode transformar (2Co 3:15-18). Devemos procurá-la porque ela testifica do Único que pode nos conceder vida eterna (Jo 5:39). No processo de apropriação da Palavra, temos que meditar sobre ela, para permitir que nossos pensamentos se debrucem sobre o conteúdo da Palavra e sobre seu significado para nós, individualmente. Podemos meditar na Palavra como ela se expressa em mandamentos (Sl 119:48), testemunhos (v. 99) e promessas (v. 148). Para nos apropriarmos da Palavra é preciso que invistamos tempo com ela. Isso não é natural ao coração humano e exige romper com a inércia espiritual. A oração se torna indispensável, porque por meio dela podemos pedir ao Senhor que coloque em nosso coração o desejo e a vontade de escutar Sua Palavra. Devemos agir em conformidade com nossa oração e abrir a Palavra todos os dias. Quanto mais lemos, melhor entendemos a mensagem dela. Não podemos desistir pelo fato de não sermos capazes de entender tudo o que encontramos nela. Apenas leia, permitindo que a mensagem bíblica penetre em sua mente. Nesse processo, os pensamentos de Deus vão banhar sua mente, e você será lentamente transformado pelo poder do Espírito. Quando ouvimos a Palavra, lemos e meditamos nela, algo glorioso acontece: Cristo, a Palavra, vem habitar em nosso coração por meio da fé (Ef 3:17). A Palavra é viva, pois pode nos vivificar, nos reavivar: “A Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes [...] e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4:12). Uma vez que ainda está viva, ela pode realizar em nossa vida aquilo que promete. Podemos acreditar nela porque Aquele que nos fala por meio da Palavra é confiável e tem o poder de tornar realidade aquilo que prometeu. Portanto, permitamos que a Palavra nos instrua todos os dias (2Tm 3:15). Que ela nos conforte quando enfrentarmos dificuldades, tentações e sofrimentos (Sl 119:161, 162). Deixe a esperança encontrada em suas páginas nos encher o coração de alegria (Sl 56:10, 11; 2Co 1:20). Permitamos que a Palavra da cruz nos encha o coração e queime como o fogo, a fim de nos santificar no serviço ao Senhor e aos outros (Jr 23:29). ÁNGEL MANUEL RODRÍGUEZ vive no Texas, EUA. Antes de se aposentar em 2011, ele atuou como diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica. per g u n t a s para Reflexão 1. Deus nos fala por meio da criação. Em quais obras da natureza, em especial, você reconhece o poder criador e mantenedor de Deus? 2. O poder da Palavra de Deus é também demonstrado na vida e no ministério terreno de Jesus. Em quais histórias da vida de Jesus você vê revelado o poder da Palavra de Deus? 3. O poder de Deus também é revelado em Sua Palavra de redenção a cada um de nós. Como você tem sentido o poder da Palavra de Deus em sua própria vida? Revista Adventista I outubro • 2012 9 Segunda-feira Bonita Joyner Shields O coração e o solo Você é feito de quê? A parábola que Jesus contou sobre o semeador em Lucas 8:4-15 fala sobre nosso coração. O Senhor Deus busca plantar a semente de Sua Palavra em nós, mas a capacidade de essa semente produzir frutos depende da condição de nosso coração. O que faz um coração se abrir à voz de Deus? Como podemos cultivar a semente da Palavra para que ela cresça e crie raízes em nós? Como pode a Palavra de Deus produzir um reavivamento espiritual em nossa vida? O semeador, a semente e o solo – A parábola do semeador é encon- trada nos três Evangelhos Sinóticos (Mt 13:1-9, 18-23; Mc 4:1-9, 13-20 e Lc 8:4-8, 11-15). Todas as versões possuem três elementos principais: o semeador, a semente e o solo. O semeador. Semear significa espalhar sementes sobre a terra. Nos tempos bíblicos, os agricultores levavam as 10 Revista Adventista I outubro • 2012 sementes em cestas ou bolsas atadas à cintura. Eles jogavam as sementes com um movimento de varredura da mão e do braço.1 Quando um semeador semeava, ele não se limitava a colocar algumas sementes cuidadosamente no chão e ir em frente. Além de escolher uma área específica de terreno para semear, eles jogavam tantas sementes quanto possível, porque sabiam que só uma parte das sementes se desenvolveria até a maturidade. As Escrituras identificam Deus como o Semeador (Mt 13:37). Ellen G. White escreveu: “Como um semeador no campo, [Cristo] veio para espalhar a semente celestial da verdade.”2 A semente. As Escrituras identificam a semente como a Palavra de Deus (Lc 8:11). Assim como a semente contém a vida de uma planta, a Palavra de Deus é vida para aqueles que a recebem. Assim como o agricultor espalha a semente em várias direções, Deus também lança Sua Palavra em lugares improváveis, aos nossos olhos. Muitos anos atrás, em um teatro de Moscou, Alexander Rostovzev se converteu enquanto desempenhava o papel de Jesus em uma peça sacrílega. Ao ler estes versos do Sermão do Monte, “bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus”, e “bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt 5:3, 4), ele começou a tremer. Em vez de continuar encenando conforme o script, ele continuou a leitura de Mateus cinco, ignorando as tosses, chamadas e pequenos chutes dos outros atores, que tentavam fazê-lo retornar ao programa. Finalmente, relembrando um verso que ele havia aprendido na infância em uma igreja ortodoxa russa, gritou: “Jesus, lembra-Te de mim quando vieres no Teu reino” (Lc 23:42). Antes que a cortina fosse fechada, Rostovzev se entregou a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. Deus lança a Sua Palavra nos lugares mais improváveis, a fim de tentar salvar o maior número possível de filhos rebeldes. Muitas vezes, subestimamos Seu poder. Cristo veio espalhar sementes de verdade no coração humano e Ele também nos chama para semear a mesma semente. A semente da verdade nem sempre é fácil, como a vida de Cristo nos revelou. Ellen G. White escreveu: “Ele deixou Sua casa de segurança e paz, deixou a glória que tinha com o Pai antes que o mundo existisse, deixou Sua posição no trono do Universo. Ele sofreu e foi tentado na solidão, semeou em lágrimas água e sangue, a semente da vida para este mundo perdido.”4 Nós também podemos ser chamados à solidão, sofrimento, lágrimas e, às vezes, à morte para semear as sementes da verdade de Deus. Quem pode se esquecer dos valdenses, de John Wycliffe, de John Huss? Eles, e outros, deram a vida pela causa de Cristo e Sua Palavra. Ellen G. White escreveu sobre eles: “Eles foram caçados até a morte; com o próprio sangue regaram a semente lançada, e ela não deixou de dar fruto.”5 O solo. Quatro elementos são necessários para um solo saudável: nitrogênio, ácido fosfórico, cálcio e potássio. O solo desequilibrado afeta a vida da planta. Plantas fortes e saudáveis são capazes de resistir aos inimigos: plantas daninhas, insetos, seca, etc. A condição do coração humano é de extrema importância para a vida espiritual. Assim como plantas fortes e saudáveis são mais capazes de resistir a seus inimigos, quando nosso coração é forte e saudável, também temos a capacidade de resistir ao inimigo. Nessa parábola, o trabalho do inimigo é óbvio: Na superfície dura do caminho, em que a semente da Palavra de Deus é pisoteada e desvalorizada, Satanás rouba a Palavra do coração dos ouvintes. Quando o solo rochoso produz plantas que não têm raiz nem profundidade, Satanás remove a Palavra do coração. Quando os espinhos dos cuidados, preocupações, riquezas e prazeres crescem em nossa vida, Satanás sufoca a Palavra no coração. Mas observe as plantas de solo bom e saudável. Quando nosso coração tem esse tipo de solo, Satanás não consegue destruir as sementes da Palavra de Deus. O inimigo se torna impotente! As sementes crescem e “dão fruto a cem por um” (Lc 8:8, NVI). Alimentando a alma – Se você é como eu, então se encontra descrito em mais de um dos solos acima! O que podemos fazer para manter a condição de nosso coração forte e saudável para podermos dar frutos? Eu sugiro três coisas: 1) A primeira descrição da terra boa em Lucas 8:15 menciona que essas pessoas ouviram a Palavra “com coração bom e generoso”. Ore por um coração puro e um espírito reto. Leia o Salmo 51:10-12. Cante e ore. Todos nós pecamos (Rm 3:23; 7:14). E, por causa do pecado, até mesmo as nossas boas obras estão contaminadas por motivos impuros. 2) A segunda descrição da boa terra diz que as pessoas receberam a Palavra. A fim de manter Satanás longe de nós e evitar que ele roube, remova ou sufoque a Palavra em nossa vida, devemos mantê-lo longe de nós. Para isso, quatro coisas devem ocorrer: Devemos ouvir a voz de Deus. Passar tempo com o Senhor. Estudar Sua Palavra e ouvir a pregação dela são excelentes maneiras de ouvir Deus falando conosco. Devemos entender a Palavra de Deus. Temos tomado tempo para conversar com Ele e buscar compreender o que Ele tem para nos dizer? Se você precisa, peça a outros orientação sobre a maneira de fazer isso. A Palavra de Deus nem sempre é fácil de entender, mas Ele promete que Seu Espírito vai nos ajudar (1Co 2:10-12). Devemos aceitar a Palavra de Deus. A aceitação envolve disposição para receber, se apropriar. “A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4:7). Precisamos obedecer à Palavra de Deus. Aceitar é uma coisa; tomar as medidas que se exige para obedecer, é outra. Quer trate de se comprometer abertamente a seguir o Senhor em verdades como a guarda do sábado ou desistir de ações danosas a si mesmo e/ou a outros, o chamado para a obediência é um chamado para a ação. 3) A terceira descrição da boa terra mostra que as pessoas vão “dar frutos com perseverança” (Lc 8:15, NVI). Quantas vezes você já orou: “Senhor, quanto tempo vai demorar para eu me tornar perfeito?” “Quanto tempo levará para que Fulano tome sua decisão ao lado de Cristo?” Muitas vezes, queremos que nossa vida e a vida dos outros seja reavivada rapidamente. Boa terra, boa colheita – Seu coração é feito de quê? Você valoriza a Palavra de Deus? Você está enraizado em Sua Palavra para resistir às tentações do inimigo? Você quer que Jesus acalme seu coração ansioso? Seja qual for a condição do seu coração, Deus está disposto a ajudá-lo e é capaz de plantar as sementes de vida dentro dele. Ore por um coração puro. Decidase a ouvir, compreender, aceitar e obedecer à Palavra de Deus. Para crescer, olhe para Deus e permaneça nEle. Deus realizará a obra, mesmo na vida da pessoa mais improvável. BONITA JOYNER SHIELDS é editora e diretora-assistente para o Discipulado da Associação Geral. Referências 1. Extraído de: www.middletownbiblechurch.org/biblecus/ biblec6.htm. 2. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 33. 3. Extraído de: http://www.sermonillustrations.com/az/b/bible_ power_of.htm. Citação de J. K. Johnston em Why Christians Sin (Grand Rapids: Discovery House, 1992), p. 121. 4. Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 36. 5. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 78. per g u n t a s para Reflexão 1. Pense em sua situação atual. O solo de seu coração é bom, rochoso ou está infestado de espinhos? Por quê? 2. O que você faria para melhorar o solo de seu coração para que a Palavra de Deus possa crescer mais facilmente? 3. No contexto da parábola do semeador, o que significa para você crescer em maturidade? Revista Adventista I outubro • 2012 11 Terça-feira Galina Stele Reavivados e preparados A Palavra de Deus e o Rio Jordão E ra um tempo de grande incerteza. Uma tarefa árdua se apresentava a Josué. Diante dos israelitas estava o caudaloso rio Jordão. Jericó, uma grande e sólida fortaleza, estava localizada junto à margem ocidental. O lado oriental do rio era formado pelo belo vale de Sitim, repleto de árvores de acácia. Ali estava o numeroso povo de Deus. Havia chegado o momento de atravessar o Jordão. Imagine como Josué se sentia... Moisés estava morto. Sua morte ocorreu exatamente no momento em que ele era mais necessário: às portas da Terra Prometida. Como o povo poderia atravessar o Jordão, especialmente durante o período em que ele estava mais cheio (Josué 3:15)? Como poderiam derrubar as muralhas de Jericó e vencer seus gigantes? A sabedoria e experiência de Moisés eram muito necessárias nesse momento crucial. Como Josué poderia conduzir esse povo à Terra Prometida? O povo estava propenso a trocar a terra dos sonhos por momentos de prazer entre os bosques de acácias. Em quem Josué poderia confiar? 12 Revista Adventista I outubro • 2012 A morte de Moisés foi uma grande perda para os israelitas. Ainda assim, eles sabiam que Deus continuava ao lado deles. “A coluna de nuvem repousava sobre o tabernáculo de dia, e à noite a coluna de fogo, como segurança de que Deus seria seu guia e auxiliador se andassem no caminho de Seus mandamentos.”1 Josué aguardou a orientação do Senhor. Nascido na escravidão, ele enfrentou 40 anos no Egito. Nos 40 anos seguintes, ele havia se tornado o homem de confiança de Moisés (Nm 11:28). Inicialmente, ele se chamava Oseias (Nm 13:8), que significa “salvação” ou “libertação”. Mas em algum momento durante seu trabalho junto a Moisés, ele teve o nome trocado para “Josué”, que significa “Salve, Yahweh!” ou “Yahweh salva”.2 O termo “Yahweh” se refere ao nome divino revelado a Moisés na sarça ardente: “Eu Sou o que Sou” (Êx 3:14). O nome de Josué se tornou uma lembrança viva de que Deus é o único capaz de salvar Seu povo. Não seria Moisés, nem Josué, tampouco qualquer outro ser humano que conduziria o povo de Deus na travessia do Jordão, rumo à Terra Prometida. O Eterno faria isso. Mais tarde, esse mesmo nome foi dado a Jesus. Dessa forma, Josué foi um tipo de Cristo. Esperando por Deus – Josué havia vivenciado o poder divino muitas vezes. Ele esteve no Monte Sinai, quando este foi coberto pela cintilante nuvem de glória da presença divina. Ele viu Moisés descer do monte com as tábuas da lei, escritas pelo próprio dedo de Deus (Êx 32:17). Ele comandou a batalha contra os amalequitas e obteve a vitória, enquanto Moisés permanecia com as mãos erguidas (Êx 17:8-16). Josué esteve entre os doze espias enviados por Moisés para explorar a Terra Prometida. Foi um dos dois que acreditaram que Deus tinha poder suficiente para lhes dar a vitória sobre os gigantes. Certamente, Josué “tinha algumas, senão a maioria, das qualidades de um grande general: firmeza e brandura. Rapidamente conquistava a confiança e obediência de seus homens, era ágil e decidido”.3 No entanto, Josué não confiava em seus talentos e qualificações. Ele havia aprendido de Moisés a lição mais importante: é preciso confiar inteiramente em Deus. “Se a Tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar” (Êx 33:15). Essa é a razão pela qual Josué esperava confiantemente pelas instruções divinas. De fato, Deus falou com Josué. O mais interessante é que Ele não falou sobre estratégias de guerra, não analisou mapas, nem mesmo discorreu sobre as tropas necessárias para a conquista. Ele começou com orientações inesperadas. Deus disse: “Tãosomente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que Meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido” (Js 1:7, 8). O sucesso de Josué como líder – e do povo de Israel como nação – dependeria da obediência que eles prestassem à lei de Deus e à Sua Palavra. Foi somente depois dessa introdução que Deus começou a dar a Josué orientações mais específicas quanto ao seu modo de proceder a seguir. Lições da Terra Prometida – À medida que a história do mundo se aproxima do fim, estamos como igreja às portas da Terra Prometida. Algumas vezes, acabamos nos esquecendo disso, especialmente quando nosso vale de acácias está florido. Individualmente, sempre iremos nos deparar com nossos próprios desafios, semelhantes a Jericó. Que lições podemos tirar dessa história e das instruções dadas por Deus em Josué 1:7, 8? Em quais aspectos precisamos questionar a nós mesmos? 1. Precisamos nos questionar sobre a presença de Deus. Será que compartilhamos com Josué a convicção de que não devemos avançar se a presença do Senhor não estiver conosco? Será que reconhecemos a presença de Deus por meio de Sua Palavra? 2. Precisamos nos questionar sobre nossa coragem. Será que temos sido corajosos como Deus espera que sejamos? Temos demonstrado a coragem necessária para segui-Lo e permanecer fiéis à Sua Palavra, não importando o que possa acontecer? Será que o povo de Israel parecia tolo enquanto rodeava Jericó durante sete dias? Na realidade, essa mesma coragem será muito necessária novamente nestes dias em que estamos perto da Terra Prometida. 3. Precisamos nos questionar sobre sucesso. Todas as pessoas querem ser bem-sucedidas, não é mesmo? O que essa história nos revela sobre o segredo do sucesso? Com frequência, desejamos testemunhar uma intervenção direta de Deus. Desejamos ver a água do nosso Jordão dividida e nos surpreendemos com o aparente silêncio de Deus. Mas será que estamos seguindo as instruções que Deus já nos revelou? Ou estamos esperando algo novo? 4. Precisamos nos questionar sobre a profundidade de nossa experiência com a Palavra de Deus. Quão profundamente mergulhamos na Palavra de Deus? Que métodos estamos usando para preencher a mente com as Escrituras? 5. Precisamos nos questionar sobre tudo o que está escrito. Com quanta confiança seguimos as orientações de Deus? Se seguimos parcialmente as instruções divinas, isso “demonstra nosso respeito apenas por certas partes da lei, mas não pelo Legislador”.4 Estamos dispostos a obedecer fielmente a tudo o que está revelado na Bíblia? Reavivados e preparados por meio da cruz – O livro de Josué nos conta que a promessa de Deus foi cumprida na vida de Josué. Ele foi fiel e Deus o exaltou. Ele conduziu o povo de Deus na travessia do Jordão. As muralhas de Jericó desmoronaram. O povo de Canaã estava amedrontado e temeroso. A presença de Deus estava com os israelitas, e a Terra Prometida foi dada a eles. Josué permitiu que Deus assumisse o comando. Não se preocupou com sua glória pessoal. Ele deseja construir um altar para Deus na mente e no coração das pessoas, transmitindo a Palavra de Deus a novas gerações. “Palavra nenhuma houve, de tudo o que Moisés ordenara, que Josué não lesse para toda a congregação de Israel, e para as mulheres, e os meninos, e os estrangeiros que andavam no meio deles” (Js 8:35). Josué escolheu servir ao Senhor até o último suspiro. No fim de sua vida, ele deu testemunho de que Deus é fiel. As promessas divinas não são miragem. Ele disse: “Nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou” (Js 23:14). Deus confiou em Josué porque Josué confiou em seu Senhor. Quero ser como Josué. Sei que meu destino é a Terra Prometida. Não pretendo permanecer nos vales do lado de cá do rio Jordão. Mas como posso atravessar o Jordão? Meu inimigo é astuto, cruel, e minha sabedoria é limitada. A presença de Deus é prometida para minha vida nas Escrituras. Deus deseja habitar comigo por meio de Sua Palavra. Ele deseja me reavivar, comunicar-Se comigo e me transformar por meio da Bíblia. Por causa disso, quero estar preparada para seguir em frente e atravessar o Jordão. Estou disposta a dar esse passo com Jesus, o Senhor que salva. GALINA STELE, D.Min., é assistente da área de pesquisa e avaliação do departamento de Arquivos, Estatísticas e Pesquisas da Associação Geral. Referências 1. Ellen G. White. Patriarcas e Profetas, p. 481. 2. Donald H. Madvig, “Joshua”, The Expositor’s Bible Commentary (Grand Rapids: Zondervan,1992), v. 3, p. 257. 3. A. Plummer, “Introduction to the Historical Books: Joshua to Nehemiah”, The Pulpit Commentary (Peabody, Miss.: Hendrickson Publishers), v. 3, p. 4. 4. Madvig, p. 257. per g u n t a s para Reflexão 1. Quando você costuma estudar a Bíblia? De manhã, na hora do almoço ou à noite? Quem sabe em mais de um momento? Pense sobre um modo pelo qual você pode desenvolver o hábito de se nutrir regularmente da Palavra de Deus. 2. Josué tinha uma sólida fé em Deus e não temia compartilhá-la com outros. Como você pode compartilhar sua fé de maneira prática? Revista Adventista I outubro • 2012 13 Quarta-feira Jerry Page Chamado para liderar Quais são os requisitos? C onta-se a história de um rapaz que gostava de dirigir seu carro esportivo em alta velocidade nas estradas cheias de curvas das montanhas. Certo dia, outro carro veio para cima dele ao fazer uma curva fechada. O carro se desviou em tempo e, quando eles passaram um pelo outro, a motorista do outro carro colocou a cabeça para fora da janela e gritou: “Porco!” O rapaz ficou furioso e gritou um palavrão em resposta. “Ela estava do meu lado da pista”, ele resmungou. “Como ousou me chamar de porco?” Sua única satisfação foi que ele teve presença de espírito para devolver um insulto apropriado para ela. Então, ele passou pela curva fechada e atingiu um porco que estava parado no meio da estrada! Algumas vezes, aparentes ameaças são, na verdade, advertências úteis. Nosso Senhor sempre vê o futuro além da curva. Em cada crise, Ele deseja nos advertir sobre os perigos e nos mostrar as oportunidades disponíveis se prestarmos atenção a Suas palavras inspiradas. Vejo um “porco” maior à frente na estrada para os cristãos que estão vivendo nestes últimos dias. Muitos 14 Revista Adventista I outubro • 2012 estão seguindo o exemplo de nossa cultura para “fazer o que é certo aos seus próprios olhos” em vez de se voltarem para a Palavra de Deus. Enquanto este planeta caminha para seu momento final, Deus tem planos maravilhosos e solenes para cada um de nós. Ele está nos chamando para ser líderes influentes, que façam às pessoas o convite: “saia dela [Babilônia], povo Meu” (Ap 18:4). O único obstáculo que permanece no caminho é nossa própria escolha de responder ou não às advertências. O exemplo de Neemias – Nee- mias é um poderoso exemplo do líder que o Senhor espera que cada um de nós seja. A primeira vez que encontramos Neemias, ele estava servindo ao rei persa Artaxerxes como seu copeiro. Embora Neemias mantivesse uma posição influente na corte persa e estivesse cercado de riquezas, seu coração estava com o Deus de seus pais e as pessoas a quem tinham sido entregues os escritos sagrados. Os antepassados de Neemias foram capturados quando os babilônios destruíram Jerusalém cerca de 70 anos antes. Então, sob o governo do Império Persa, os hebreus que estavam cativos receberam permissão para retornar para casa, cumprindo a promessa que Deus tinha dado aos filhos de Israel anos antes (Jr 29:10). No entanto, muitos se sentiram confortáveis na terra estrangeira e escolheram ficar. Reconstruir a partir do entulho queimado era muito difícil. O Senhor precisava de um líder que colocasse o serviço e a honra a Deus acima de todas as coisas terrestres. Mensageiros trouxeram más notícias acerca das condições em Jerusalém. “Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província passam por grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo” (Ne 1:3). Neemias ficou inconsolável e se apegou a duas fontes de ajuda: a oração e a Palavra de Deus. Ele chorou, jejuou, orou e confessou seus pecados e os pecados de seu povo. Então, ele louvou a Deus por ser fiel à Sua Palavra e buscou coragem na promessa de Deus, de misericórdia e restauração, se Seu povo voltasse para Ele com contrição e fé (v. 5-11). Steve Creitz Orientação por meio da oração – Durante quatro meses Neemias abriu o coração a Deus. Então, o Senhor lhe deu uma missão. Neemias foi chamado para liderar a reconstrução de Jerusalém. Ele orou: “Faze com que hoje este Teu servo seja bem-sucedido, concedendo-lhe a benevolência deste homem [o rei]” (v. 11). E ele aguardou. Da mesma forma Jesus conheceu a vontade de Deus para Sua vida. Por meio da oração e do estudo consciencioso da Palavra de Deus, Ele recebeu uma compreensão clara de Sua missão como nosso Salvador. Cada dia, Ele conhecia a vontade de Deus, como aconteceu com Neemias, e como pode acontecer conosco. O estudo da Palavra de Deus e a oração ocuparam o tempo dos discípulos enquanto eles esperavam a vinda do Espírito Santo (ver Atos 2). Louvado seja Deus porque o toque do Espírito Santo em nossa vida pode trazer a mesma sabedoria, compreensão, dons e entusiasmo pela salvação daqueles que conhecemos e daqueles a quem Deus nos enviar. Áreas individuais de influência – Um dia, o rei Artaxerxes percebeu a tristeza no rosto de Neemias e perguntou por que ele estava tão abatido. Neemias contou ao rei sobre as necessidades de seu povo em Jerusalém. “O que você gostaria de pedir?”, o rei perguntou. Rapidamente, Neemias fez uma lista do que era necessário e lhe foi concedido tudo o que ele pediu (Ne 2:2-8). Neemias não era empreiteiro nem arquiteto. Ele não tinha frequentado as escolas “certas”. Contudo, Deus lhe havia dado essa missão e o enviou a Jerusalém como Seu líder escolhido. No livro Liderança Inspirada, a autora Cindy Tutsch, diretora associada do Patrimônio Literário de Ellen G. White, escreve: “Se você é cristão, é líder! Parte da nossa responsabilidade como seguidores de Jesus é usar nossa influência para levar outros a seguir Jesus. Fazemos isso de diferentes maneiras, de acordo com nossos dons espirituais. [...] A verdade é que sempre há pessoas ao seu redor, a menos que você esteja vivendo numa caverna isolada nos últimos dez anos e não tenha visto ninguém durante esse tempo.”1 Liderar é realmente exercer influência sobre as pessoas – seus filhos, família, amigos, colaboradores e vizinhos. Jesus está chamando você para ser um Neemias, alguém que esteja disposto a se encontrar com Deus e Sua Palavra na oração diária para que Ele possa dotá-lo com o ministério da liderança. Ele está preparando um povo para o Céu e deseja usar sua influência para conduzir outros a um reavivamento da verdadeira piedade.2 Revista Adventista I outubro • 2012 15 Conduzindo ao sucesso – O exem- plo de Neemias é uma lição para todo o povo de Deus, ensinando-nos que não devemos apenas orar muito, mas também planejar com sabedoria e trabalho árduo. Neemias compreendeu a palavra do Senhor dada a Zorobabel: “‘Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4:6). Mas ele também sabia por experiência que homens e mulheres de oração são crentes de ação, e que ponderação cuidadosa e planos amadurecidos são essenciais para o sucesso das realizações espirituais para nosso Senhor. Quando Neemias chegou a Jerusalém, deu uma volta pela cidade para avaliar as condições. Seu coração ficou aflito quando ele viu a devastação. A perspectiva parecia desanimadora. Mas ele conquistou o coração do povo quando relatou as orações respondidas e as providências que o haviam levado a Jerusalém. Convencidas, as pessoas responderam: “Sim, vamos começar a reconstrução!” (Ne 2:18). Houve implacável oposição: zombaria, ataques, desencorajamento, exposição, difamação e traição. Entre os insultos usados para escarnecer dos trabalhadores estava a afirmação de que Deus os havia rejeitado. Mas Neemias respondeu a cada ataque com a Palavra de Deus (v. 19, 20). Sob a liderança de Neemias, os muros foram reconstruídos em apenas 52 dias (Ne 6:15). Até os inimigos do povo de Deus reconheceram que o Senhor estava com eles (v. 16). Neemias conduziu o povo à Palavra de Deus – Tijolos e argamassa não manteriam seguros os habitantes. Neemias sabia que a única proteção verdadeira para as pessoas de Jerusalém era a reconstrução do coração delas. Ele reuniu o povo para ouvir a leitura da Palavra de Deus, algo que não era feito havia muitos anos. Quando se lembraram das advertências de Deus, eles choraram (Ne 8:1, 8, 9) e fizeram um juramento de “seguir a Lei de Deus” (Ne 10:29). Neemias insistiu que eles se lembrassem do maravilhoso perdão e graça de Deus, e acrescentou: “A alegria do Senhor os fortalecerá” (Ne 8:10). Então, Neemias foi para o palácio 16 Revista Adventista I outubro • 2012 persa. Depois de um tempo, ele voltou a Jerusalém e soube que as pessoas haviam caído em profunda apostasia. Como líder escolhido de Deus, ele não recuou diante da obra específica de reforma necessária para que as bênçãos de Deus permanecessem com Seu povo. Ele lidou com questões graves como casamentos com incrédulos e não consagrados (Ne 13:23-28), negligência em devolver os dízimos e ofertas (v. 7-13), e desrespeito pelo sábado do Senhor (v. 15-22). Ele compreendeu que, embora algumas de suas reformas parecessem severas, elas representavam uma amorosa bênção. As advertências de Deus são sempre para nosso bem presente e eterno. Aceitando o chamado de Deus – Estamos vivendo no limiar da eternidade. Dias solenes e assustadores ameaçam nossa segurança. Como os anjos devem chorar quando veem a condição da igreja laodiceana – um povo que está cego às suas necessidades e ao tempo de perigo! “Não há coisa alguma que Satanás tema tanto como que o povo de Deus desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o Senhor possa derramar Seu Espírito sobre uma enfraquecida igreja e uma congregação impenitente. Se Satanás pudesse fazer o que ele quer, nunca haveria outro despertamento, grande nem pequeno, até ao fim do tempo.”3 Deus está nos chamando para ser Seus líderes, para orar e estudar as Escrituras com outros, para sermos como Neemias e partilhar o que Deus tem feito em nossa vida, para sermos uma influência contagiante onde quer que estejamos. Ao caminhar pela rua certo dia, um homem foi parado por um zeloso jovem cristão que lhe estendeu um panfleto. Não desejando ser desagradável, mas ainda assim contrariado, ele pegou a literatura e a colocou no bolso. Mais tarde, em casa, ele sentiu o panfleto amassado, tirou-o do bolso e o atirou na lareira. Mas ele cometeu o “erro” de observá-lo queimar. Antes que fosse completamente consumido, a última frase brilhou na claridade: “A palavra do Senhor, porém, permanece eternamente” (1Pe 1:25, Almeida Revista e Atualizada). Acreditando que o Deus de sua infância estava lhe falando com amor, ele rendeu sua vida a Jesus antes que a noite acabasse! O poder transformador de Jesus que criou o Universo está em Sua Palavra escrita. Ele promete que Sua Palavra “não voltará [...] vazia, mas [...] atingirá o propósito para o qual a [enviou]” (Is 55:11). Nosso Salvador precisa de líderes que falem corajosamente a Palavra de Deus. Jesus está vindo, e é-nos dito que a vinda de Jesus será precedida pelo reavivamento através da oração, da leitura da Palavra de Deus e do compromisso da entrega total a Jesus. Pelo mundo, os sinais do derramamento do Espírito Santo estão aumentando rapidamente. Que tempo maravilhoso para se viver! Mas temos uma escolha a fazer – se seremos ou não líderes para Cristo. Vamos abrir o coração ao nosso Salvador, confessar nossos pecados, aceitar Seu poder purificador e perguntar-Lhe o que Ele deseja de nós. Ele não falhará em nos conduzir aonde precisamos estar. JERRY PAGE é secretário ministerial na Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Referências 1. Cindy Tutsch, Liderança Inspirada – Conceitos de Ellen White sobre a arte de influenciar pessoas (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2011), p. 7. 2. Ver Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121. 3. Ibid., p. 124. * Salvo outra indicação, os textos bíblicos neste artigo foram extraídos da Nova Versão Internacional. per g u n t a s para Reflexão 1. O que realmente significa ser líder? Deve implicar a ocupação de um cargo elevado na igreja? 2. A lgumas pessoas se sentem “chamadas” para ser seguidoras em vez de líderes. Afirmam que não têm talentos especiais para oferecer. O que você diria a elas? 3. Um dos “segredos do sucesso” de Neemias foi sua habilidade de esperar a resposta do Senhor às suas orações no tempo certo. Você já desenvolveu esse nível de paciência e confiança em Deus? Ministério da Criança 13 de outubro Dia da Criança Neste dia especial, as crianças participam no Culto Divino, assumindo funções como: oração, leitura bíblica, momentos de louvor, pregação, recolhimento das ofertas, música especial e outras. Este programa proporciona treinamento às crianças como futuros líderes. Demos a elas esta oportunidade e façamos desse dia uma bênção para as próprias crianças e para toda a igreja! Associação Ministerial 27 de outubro Dia do Pastor e das Vocações Ministeriais Um pastor com paixão ama Jesus, depende dEle e pode dizer como o apóstolo Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2:20). Neste dia especial, valorizemos e oremos por nossos pastores. Evangelismo 17-24 de novembro A Grande Esperança Prepare a sua igreja e os Pequenos Grupos para participarem do evangelismo via satélite e pela internet, com o Pr. Alejandro Bullón, de São Paulo para todo o Brasil. Comunicação PAC.COM - www.eunopac.com A comunicação vai além das palavras escritas, faladas ou gestos. Entenda o conceito de comunicação e como a sociedade hoje lida com os meios e o próprio ato de se comunicar. Participe do Programa Adventista de Capacitação em Comunicação. Divulgação Divulgue nosso site de Evangelismo: www.esperanca.com.br Notícias oficiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia: www.portaladventista.org As notícias da Agência Adventista Sul-Americana (ASN) também estão disponíveis no: Youtube, você pode assistir aos vídeos gravados semanalmente pelo endereço www.youtube.com/videosasn Facebook, clique no botão curtir e veja as notícias on-line em sua página pessoal www.facebook.com/agenciaasn Twitter, siga o perfil www.twitter.com/iasd iTunes, em http://itunes.apple.com/ar/podcast/asn-tv/id455724708 Novembro 17 Dia do Espírito de Profecia – Espírito de Profecia Quinta-feira Ekkehardt Mueller A riqueza da Palavra Você já experimentou o poder da Palavra de Deus? M uitos de nós já experimentamos o poder e a riqueza da Palavra de Deus. Podemos afirmar que “a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes” (Hb 4:12). A Palavra de Deus tem o poder de nos conduzir a Jesus, nosso Salvador, e de transformar nossa vida de modo que se assemelhe à de Cristo e forneça novos e revigorantes insights. Houve também alguns que, ao longo do tempo, se beneficiaram do poder reavivador da Palavra de Deus. Uma dessas pessoas foi Daniel. Estudante fervoroso – Era o 6º século a.C. O povo de Deus havia perdido sua terra, Jerusalém, e o templo com seus serviços de adoração. Os israelitas tiveram que viver em um país estrangeiro entre pessoas que adoravam deuses estranhos. Entre esses filhos de Deus estava Daniel. Ele envelheceu no serviço aos reis de Babilônia, exercendo influência positiva na corte real e sendo testemunha fiel e constante do verdadeiro Deus. Mesmo depois de 70 anos de cativeiro, ele não se havia submetido aos elementos pagãos da cultura prevalecente. Ainda continuava zeloso pela causa de Deus e o futuro de Seu povo. Em Daniel 9 o encontramos sob o domínio dos Medos e Persas, os quais 18 Revista Adventista I outubro • 2012 haviam conquistado Babilônia. Nos versos 1 e 2 lemos: “No primeiro ano de Dario [...] eu, Daniel, compreendi pelas Escrituras, conforme a palavra do Senhor dada ao profeta Jeremias, que a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos.” Daniel certamente teve acesso a vários rolos do Antigo Testamento, entre eles o livro de Jeremias. Esses rolos eram a palavra inspirada de Deus (Dn 9:2). Nos versos 11 a 13, Daniel se referiu à “Lei de Moisés” e às “palavras proferidas contra nós”, as quais são as palavras de Deus encontradas em Deuteronômio 28 e 29, as bênçãos e as maldições. Daniel estudou diligente e cuidadosamente esses escritos sagrados. Ele entendeu que a profecia de Jeremias estava prestes a se cumprir e Judá a ser restaurado à terra prometida. Lendo e estudando as Escrituras, Daniel conheceu a vontade de Deus, prestou atenção ao que Deus havia dito e confiou na profecia divina. Ele entendeu os sinais de seu tempo. Percebeu que uma reversão no destino do povo de Deus aconteceria em breve. Ao mesmo tempo, todos que o conheciam, sabiam que ele era alguém em cuja vida o Espírito de Deus estava realmente presente (Dn 4:8, 9, 18; 5:11, 12, 14; 6:3). Daniel orava – Enquanto o estudo das Escrituras nos conduz a profundas reflexões sobre o plano de Deus para a humanidade, também nos leva a orar. No capítulo 9:3-19, Daniel derramou seu coração em confissão e adoração diante de Deus, profundamente entristecido com a rebelião do povo contra o Senhor. Ele reconhecia a justiça divina que trouxe a maldição predita. Ainda assim, ele confiou no amor de Deus e em Sua grandiosa misericórdia (v. 4, 18) e suplicou perdão. A oração foi encerrada com o pedido para que Deus restaurasse o santuário destruído em Jerusalém. Daniel orou por novo começo e restauração. Aqui percebemos uma fantástica sequência: Daniel estudou as Escrituras; isso o levou a uma profunda reflexão. Ainda confuso (Dn 8:27), ele buscou a Deus em oração. Esse é o modelo para nós. A solução para nossos problemas é a Palavra de Deus e a oração. Se queremos um novo começo na vida espiritual, crescer no relacionamento com Cristo, compreender Deus de maneira mais profunda, entender Seu plano para nós e para a humanidade, ou aprender sobre o futuro, o estudo da Bíblia e a oração servem de ajuda imprescindível. Enquanto Daniel estava ainda orando, Deus respondeu e enviou Gabriel (Dn 9:20, 21). O anjo lhe disse que ele era “muito amado” (v. 23). Deus reage às orações de Seus filhos. Ele pode não nos enviar um anjo visível ou um sonho, mas abre nossos olhos a respeito dEle, de Sua obra e de Suas intervenções. Utiliza seres humanos para nos alcançar, envolve-nos com Sua paz e nos enche de segurança. Daniel recebeu finalmente “percepção e entendimento” (v. 22) adicionais. Gabriel mencionou o período das 70 semanas ou 490 anos. No fim desse período, o Messias viria para acabar com a transgressão, dar fim ao pecado, expiar as culpas, trazer justiça eterna, cumprir a visão e a profecia, e ungir o santíssimo (v. 24). Ele não somente compreendeu aspectos do plano da salvação desconhecidos até então, mas foi também conduzido ao Messias, Seu ministério e Sua Morte. Daniel recebeu “nova luz”. Mas essa nova luz surgiu da luz dada aos profetas antes dele e era coerente com ela. A luz não foi somente a respeito de elementos do tempo e eventos futuros – foi a respeito de Jesus Cristo. Nova luz – Um reavivamento pelo estudo diligente da Bíblia nos conduzirá à compreensão mais profunda de Deus e de Sua Palavra. Quando estudarmos as Escrituras com oração, receberemos nova luz. O que é nova luz? Muitas vezes, isso é associado a descobertas de verdades bíblicas desprezadas. Pioneiros adventistas descobriram, por exemplo, a doutrina do santuário e a mensagem de saúde. Nova luz poderia também se referir à melhor interpretação de um texto bíblico. Mas nova luz beneficia não somente a igreja. Isso tem também uma dimensão pessoal. A pessoa que estuda as Escrituras é levada a novas percepções pessoais. Isso é emocionante, gratificante e enriquecedor.1 Por que Deus nos dá nova luz? Ao compreender melhor o passado, o presente e o futuro, aprendemos a apreciar mais profundamente o plano da salvação. Alegramo-nos quando vemos como Deus trabalha para pôr fim ao pecado, sofrimento e morte e nos receber no lar eterno. Acima de tudo, novos conhecimentos nos levam a compreender e amar melhor a Deus e a desenvolver um relacionamento vibrante com Ele. Manifestado com sinceridade – A nova luz verdadeira precisa ser distinguida da nova luz denominada heresia. Podemos fazer isso verificando [essa luz] pela Bíblia. O Espírito Santo não Se contradiz naquilo que ensina. Podemos verificá-la também com a comunidade de crentes genuínos. Em nível pessoal, devemos estudar [o assunto] de maneira ampla e evitar que [o estudo] seja apenas passatempo. [...] Devemos permitir que as Escrituras sejam “o padrão do caráter, a prova da experiência, o autorizado revelador de doutrinas e o registro fidedigno dos atos de Deus na História”.2 A experiência de Daniel nos ensina que grandes coisas acontecerão se estudarmos sinceramente a Palavra e buscarmos a Deus em oração. Surgirão novos insights, às vezes numa escala mais ampla, outras em nível pessoal. Porém, embora haja a necessidade de estar receptivos à nova luz, não permitamos que a cultura determine nossas convicções. Em vez disso, precisamos comparar os novos pontos de vista com as Escrituras e, se forem verdadeiros, segui-los. Deus está disposto a reavivar, transformar e enriquecer nossa vida. Ele deseja viver conosco e em nós, a fim de que cresçamos fortes em amor e fé, em serviço e perseverança (Ap 2:19). “Quando o coração estiver em harmonia com a Palavra, uma vida nova brotará dentro de você, nova luz brilhará sobre cada linha das Escrituras e se tornará a voz de Deus para sua mente.”3 EKKEHARDT MUELLER é vice-diretor do Instituto Bíblico de Pesquisa da Associação Geral. Referências 1. Os adventistas também consideram “verdade presente” a que aponta ênfases teológicas de especial importância em determinado momento. 2. Veja a Crença Fundamental, nº 1. 3. Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 183. * Os textos bíblicos neste artigo foram extraídos da Nova Versão Internacional. per g u n t a s para Reflexão 1. Daniel estudou a Bíblia de maneira profunda e fervorosa. O que você tem estudado na Palavra de Deus que o tem ajudado pessoalmente? 2. Uma nova luz nos ajuda a compreender as Escrituras e ensiná-las melhor. Como isso pode ajudar a lidar com a dor e aflição em nossa vida? Como isso pode nos mostrar o amor de Deus? CD de Marcos Lima Sob Suas Asas CD de Ronaldo Arco Sob Suas Asas CD instrumental do violonista Marcos Lima. 13 músicas. CD com 10 músicas e todos os playbacks. Para adquirir, ligue: 0800-9790606*, acesse: www.cpb.com.br, ou dirija-se a uma das livrarias da CPB ou SELS. *Horários de atendimento: Segunda a quinta, das 8h às 20h / Sexta, das 8h às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h. Sexta-feira Derek J. Morris Cantando a Palavra Quando cantamos músicas inspiradas nas Escrituras, afastamos o inimigo de Deus T rês milênios atrás, o Espírito Santo inspirou o salmista a compor uma canção, cujo tema foi a própria Palavra de Deus. Ao ler parte da letra a seguir, você vai reconhecer o salmo: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz para os meus caminhos.” “Vivificame, segundo a Tua Palavra.” “A revelação das Tuas palavras esclarece.” “Escondi a Tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti.” Já reconheceu o salmo? Isso mesmo! É o Salmo 119 (v. 105, 154 [Almeida Revista e Corrigida], 130 e 11 [Almeida Revista e Corrigida]). Leia em sua totalidade essa canção bíblica inspirada. A mensagem é clara: Deus nos revelou Sua Palavra e ela pode trazer luz e poder revitalizador para sua vida hoje. Mais do que palavras – Jesus aceitou os cânticos inspirados (os Salmos), bem como todas as Escrituras como mais do que uma boa coleção de ideias religiosas, ou do que palavras humanas sobre Deus. As Escrituras eram e ainda são a inspirada Palavra de Deus. Quando Satanás tentou Jesus no deserto, Cristo respondeu com citações das Escrituras. Ele disse: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4, citando Dt 8:3). 20 Revista Adventista I outubro • 2012 Como recebemos a palavra que procede da boca de Deus? Por meio do testemunho oral e escrito dos profetas. Sob inspiração do Espírito Santo, o apóstolo Pedro deu este testemunho: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1:19-21). Quando o Senhor chamou Jeremias para ser profeta, ele respondeu: “Ah! Senhor Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança” (Jr 1:6). Mas Deus lhe respondeu: “Não digas: Não passo de uma criança; porque a todos a quem Eu te enviar irás; e tudo quanto Eu te mandar falarás” (v. 7). Então, Deus tocou a boca do jovem profeta e disse: “Eis que ponho na tua boca as Minhas palavras” (v. 9). A Palavra como defesa – A Pala- vra de Deus é uma defesa contra o inimigo. Quando Jesus foi ao deserto, após Seu batismo, Satanás viu Seu tempo de solidão meditativa como uma oportunidade para atacá-Lo. Cristo respondeu a cada tentação de Satanás, utilizando a Palavra de Deus. Como? Ele tinha um pergaminho ou dois escondidos sob a capa? Não. Jesus acreditava que as Escrituras são a Palavra de Deus, por isso as escondeu em Seu coração. Tomou tempo para memorizá-las e internalizá-las. Então, quando o inimigo O atacou, Cristo tinha uma proteção contra ele. O Salvador usou “a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef 6:17). A palavra grega traduzida como “palavra” em Mateus 4:4 e Efésios 6:17 é rhema, que significa uma palavra específica ou declaração. Quando Satanás O atacou, Jesus simplesmente não levantou a Bíblia ou um rolo da Bíblia, como um tipo de amuleto da sorte e disse: “A Bíblia, a Bíblia, a Bíblia”. Não. Jesus respondeu aos ataques de Satanás com passagens específicas das Escrituras. Por que a Bíblia é uma defesa contra o inimigo? Porque Satanás é mentiroso e enganador, mas a Palavra de Deus é a verdade. Então, quando Satanás lhe diz: “Você é um pecador, um perdedor! Você pode muito bem desistir de tudo e se explodir!” Nesse momento, a Palavra de Deus aponta para Jesus e lhe diz a verdade: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (Jo 1:9). A verdade da Palavra de Deus desfaz as mentiras do diabo. Quando Satanás tenta intimidálo(a) e encher você com temor, a Palavra de Deus aponta para o Redentor, que lhe diz a verdade: “Não temas; Eu sou o primeiro e o último e Aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:17 e 18). Se Satanás tenta oprimi-lo com os fardos desta vida, a Palavra de Deus aponta para Cristo, que lhe diz a verdade: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei” (Mt 11:28). Três sugestões práticas – Deus Sara Campos quer que você experimente o poder revitalizador de Sua Palavra. Indico três maneiras práticas de preencher seu coração com a Palavra de Deus: (1) saturação – leia a Bíblia a cada dia. À medida que você saturar a mente com a Palavra de Deus, esteja certo de que o Espírito Santo vai trazer à sua memória o que você mais precisar (Jo 14:26); (2) cartões de memorização – escolha um trecho da Escritura e escreva palavra por palavra em um pequeno cartão; leve esse cartão consigo e leia-o várias vezes, para intencionalmente “esconder” a Palavra de Deus em seu coração (Sl 119:11); (3) músicas inspiradas na Bíblia – aprenda a cantar melodias fundamentadas nas Escrituras ou componha suas próprias canções. Jesus usava as canções da Bíblia como uma forma de esconder a Palavra de Deus em Seu coração.1 Quando você cantar a Palavra de Deus no culto ou durante suas atividades diárias, ela será fortalecida em sua mente. Então, compartilhe a Palavra de Deus com alguém à sua volta. Anos atrás, um pastor recebeu uma ligação pedindo que ele fosse à casa de uma pessoa para pedir a bênção de Deus. Uma mulher chamada Glenda (pseudônimo) tinha perdido o esposo fazia pouco tempo e a superstição de sua cultura tinha lhe ensinado que o espírito de seu marido visitaria a casa por 40 dias, desde sua morte. Glenda era uma mulher instruída, mas não sabia como lidar com um fenômeno sobrenatural que ocorria em sua casa, especialmente com o som de batidas. Enquanto o pastor se preparava para ir à casa de Glenda, ele foi impressionado a levar um CD com músicas inspiradas nas Escrituras. Ao chegar à residência dela, ele a encorajou a ouvir as músicas e, assim, esconder a Palavra de Deus em seu coração. Na manhã seguinte, Glenda ligou para contar animada: “As batidas sumiram!” O mau espírito que ameaçava Glenda foi expulso de sua casa pelo poder da Palavra de Deus! Glenda experimentou o poder revitalizador da Palavra de Deus, e sua vida foi transformada. Conclusão – A Palavra de Deus ainda é uma defesa contra o inimigo. Precisamos de seu poder mais do que nunca, “pois o diabo desceu até [nós], cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12). Tome tempo para estudar a Palavra de Deus. Reserve momentos para escondê-la em seu coração. Ore com o salmista: “Vivifica-me, segundo a Tua palavra” (Sl 119:54) e experimente seu poder revitalizador em sua vida diária. DEREK J. MORRIS é editor da revista Ministry, periódico internacional para líderes religiosos. Referência 1. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 73. per g u n t a s para Reflexão 1. Por que a Palavra de Deus faz o inimigo emudecer? 2. É realmente possível ser “saturado” pela mensagem da Bíblia? 3. Como a memorização das Escrituras nos mantem longe do pecado? Segundo sábado Ellen G. White Reavivamento e missão Nossa responsabilidade individual e coletiva T emos uma santa mensagem para levar ao mundo. A mensagem do terceiro anjo não é uma teoria de invenção humana, nem fantasia da imaginação. Ao contrário, é a solene mensagem de Deus para estes últimos dias. É a advertência final àqueles que perecem. [...] Os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus devem ser trazidos à atenção do mundo. As novas da vinda do Salvador devem ser proclamadas. As cenas do juízo devem ser apresentadas às mentes não esclarecidas dos homens. Corações devem ser despertos para reconhecer a solenidade das horas finais de provação e se preparar para o encontro com seu Deus. A luz que tem brilhado sobre seu caminho lhes é dada não somente para que vocês se alegrem com ela, entendam melhor as Escrituras e enxerguem mais claramente o caminho da vida. Mas ela lhes é concedida a fim de que vocês se tornem portadores de luz e levem a tocha da verdade aos caminhos escuros daqueles que os cercam. Devemos ser colaboradores de Cristo. Devemos seguir o exemplo que Ele nos deixou nos passos diários de Sua vida na Terra. Sua vida não foi de sossego nem dedicação a Si mesmo. Antes, labutou com persistente, incansável e sincero 22 Revista Adventista I outubro • 2012 esforço pela salvação da humanidade perdida. [...] Ele disse: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mc 10:45). O exemplo de Cristo na missão – Quando, aos doze anos, o Filho de Deus foi achado entre os eruditos rabis, executando Sua missão, ao ser interrogado por que havia permanecido após a festa, Ele respondeu: “Não sabeis que Me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc 2:49, Almeida Revista e Corrigida). Esse era o grande objetivo de Sua vida. Qualquer outra coisa era secundária e subordinada a isso. Sua comida e bebida consistiam em fazer a vontade de Deus e cumprir Sua obra. O eu e o interesse egoísta não tinham parte em Seu trabalho. Amor a Deus e ao homem requer o coração completo e não deixa lugar para o egoísmo florescer na vida. Jesus declarou: “É necessário que façamos as obras dAquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9:4). Há uma grande obra à nossa frente. O trabalho que ocupa o interesse e atividade do Céu é confiado à igreja de Cristo. Jesus disse: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). A obra para nosso tempo é desempenhada com as mesmas dificuldades com as quais Jesus teve que lidar. Também os reformadores de todas as eras tiveram que superá-las. Quanto a nós, devemos pôr nossa vontade ao lado de Cristo e avançar com firme confiança em Deus. Chave para o reavivamento – A obra dos apóstolos de Cristo era educar e treinar homens e mulheres para divulgar as boas-novas do Salvador crucificado e ressurreto. Toda pessoa convertida ao evangelho se sente sob solene dever para com o Senhor Jesus, de ensinar a outros o caminho da salvação. Esse é o espírito que deve nos motivar. Contudo, há uma notável indiferença sobre esse assunto em nossas igrejas e essa é a razão pela qual não há mais espiritualidade e vigor em nossa vida cristã. Se vocês trabalhassem como Cristo designou que os discípulos trabalhassem e ganhassem pessoas para a verdade, vocês sentiriam a necessidade de uma experiência mais profunda e um conhecimento maior das coisas divinas. Vocês sentiriam fome e sede de justiça. Pleiteariam com Deus, sua fé seria fortalecida e seu coração beberia maiores goles da fonte da salvação. Quando encontrassem oposição e prova, vocês recorreriam à Bíblia e à oração. Então, iriam adiante como cooperadores de Deus, abrindo as Escrituras ao povo. Vocês Steve Creitz cresceriam em graça e no conhecimento da verdade, sua experiência seria valiosa e de um aroma suave. Vão ao trabalho, irmãos! Não são somente as grandes campais ou assembleias e concílios que terão o especial favor de Deus. O mais humilde esforço de amor abnegado será coroado com Sua bênção e receberá Seu grande galardão. Façam o que puderem e Deus aumentará sua capacidade. Que ne- nhuma igreja pense ser pequena demais para exercer influência e desempenhar um serviço na grande obra para este tempo. Que ninguém se desculpe porque há outros com talentos para empregarem na causa. Faça sua parte. Deus não desculpará ninguém. Jesus deu “a cada um a sua obrigação” (Mc 13:34), e todo homem será recompensado “segundo as suas obras” (Ap 22:12). Cada qual será julgado de acordo com o “que tiver feito” (2Co 5:10), e “dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14:12). [...] Assumam o trabalho em todo e qualquer lugar. Façam o que está mais perto de vocês, à sua porta, por mais humilde e sem importância que pareça. Trabalhem somente para a glória de Deus e o bem das pessoas. Deixem o eu desaparecer, enquanto, com sincero propósito e solenes orações de fé, vocês trabalham para Ele, que morreu Revista Adventista I outubro • 2012 23 para que vocês tivessem vida. Vão aos seus vizinhos, um por um, e aproximem-se deles até seus corações serem aquecidos por seu abnegado interesse e amor. Simpatizem com eles, orem por eles, espreitem oportunidades de fazer-lhes o bem e, na medida do possível, reúnam alguns e abram a Palavra de Deus à sua mente escurecida. O reavivamento começa individualmente – Quando as igrejas são reavivadas, é porque alguém busca com sinceridade a bênção divina. Ele tem fome e sede de Deus, pede com fé e recebe. Vai ao trabalho com sinceridade, sentindo sua grande dependência do Senhor e vidas são despertadas para buscar bênção semelhante. Assim, um tempo de refrigério vem sobre o coração das pessoas. A extensa obra não será esquecida. Os planos maiores serão definidos na hora certa, mas esforço pessoal, individual e interesse por amigos e vizinhos realizarão muito mais do que pode ser estimado. [...] Os que foram mais bem-sucedidos em alcançar pessoas foram homens e mulheres que não se orgulhavam de si mesmos em suas habilidades, mas que se portaram em humildade e fé e o poder de Deus cooperou com seus esforços em convencer e converter o coração daqueles a quem apelaram. Esse foi exatamente o trabalho que Jesus realizou. Ele Se aproximou daqueles a quem desejava beneficiar pelo contato pessoal. [...] Ele não esperou congregações se reunirem. As maiores verdades foram ditas a indivíduos. A mulher junto ao poço em Samaria ouviu as maravilhosas palavras: “Aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que Eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4:14). A entrevista com a humilde samaritana não foi em vão. As palavras que caíram dos lábios do divino Professor agitaram o coração da ouvinte. Alegremente, ela O reconheceu. Sentiu o poder de Seu santo caráter e a celestial influência que acompanharam Suas palavras de verdade. Perfeita confiança encheu seu coração. Esquecida de sua tarefa no poço, ela se apressou a espalhar 24 Revista Adventista I outubro • 2012 a fama dEle entre seus conterrâneos. Muitos deixaram suas ocupações para ver o forasteiro do poço de Jacó. Eles O encheram de perguntas e, ansiosamente, receberam a explanação de muitas coisas antes obscuras ao seu entendimento. A confusão de sua mente começou a ser removida. Eram como pessoas em trevas seguindo um repentino raio de luz até encontrarem o dia. O resultado da obra de Jesus, quando Se sentou cansado e faminto junto ao poço, foi revertido em bênçãos. A pessoa por quem Ele trabalhou se tornou o meio de alcançar outras e levá-las ao Salvador do mundo. Reavivamento estimula a missão e vice-versa – Esse é sempre o meio pelo qual a obra de Deus tem progredido na Terra. Deixe brilhar sua luz e outros serão iluminados. [...] Inatividade e religião não andam de mãos dadas e a causa da nossa grande deficiência na vida cristã e em nossa experiência é a inatividade na obra de Deus. Os músculos de seu corpo ficarão fracos e inválidos se não forem exercitados. É assim também com a natureza espiritual. Se você quer ser forte, deve exercitar suas faculdades. Exerça fé em Deus, provando Suas promessas enquanto carrega Sua cruz e ergue Seu fardo. Tome o jugo de Cristo e prove Suas palavras e achará descanso para sua alma (Mt 11:29). Abra as Escrituras a alguns que estão em trevas e você não se queixará de cansaço nem de falta de interesse na causa da verdade. Seu coração será despertado para sentir anseio por pessoas. Alegria por evidências da fé encherá seu coração e você saberá que, “quem dá a beber será dessedentado” (Pv 11:25). Com viva fé, reclame as promessas de Deus. [...] Há muitos talentos guardados em lenços e enterrados. [...] Quando Jesus partiu, deixou a cada homem sua obra e “nada a fazer” é uma desculpa injustificável. “Nada a fazer” é a razão de aflições entre os irmãos, pois Satanás encherá a mente dos ociosos com seus próprios planos e os fará trabalhar. Seu coração e mente desocupados lhe proporcionarão um canteiro para lançar as sementes da dúvida e do ceticismo. Aqueles que não têm nada para fazer acham tempo para fofocar, mexericar, difamar e causar prejuízos. “Nada a fazer” traz mau testemunho contra os irmãos e discórdia na igreja de Cristo. Jesus diz: “Quem comigo não ajunta, espalha” (Mt 12:30). A lei de Deus está sendo pisada ao chão. O sangue da aliança está sendo desprezado e podemos nós cruzar os braços e dizer que nada temos a fazer? Despertemos! A batalha está sendo travada. Verdade e erro estão se aproximando do conflito final. Marchemos sob a bandeira manchada de sangue do Príncipe Emanuel, lutemos o bom combate da fé e ganhemos honras eternas. Pois a verdade triunfará e podemos ser mais que vencedores por Aquele que nos amou. As preciosas horas de provação estão chegando ao fim. Façamos a obra certa para a eternidade a fim de podermos glorificar nosso Pai celestial e servirmos de meios de salvar as pessoas por quem Cristo morreu. ELLEN G. WHITE (1827–1915) foi uma das pioneiras da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Os adventistas acreditam que ela exerceu o dom de profecia bíblico durante mais de 70 anos de ministério ativo. * Este artigo foi extraído de um trecho publicado na Advent Review and Sabbath Herald, de 13 de março de 1888. per g u n t a s para Reflexão 1. Que relação há entre reavivamento e missão? Em vez de clamar por reavivamento, não deveríamos concentrar nossos recursos em espalhar o evangelho e terminar a Obra? 2. Leia a história da mulher samaritana junto ao poço em João 4. Que princípios Jesus usou para alcançar seu coração? Como esses princípios são relevantes no alcance de nossa missão? 3. Com frequência, sentimos que nossa contribuição para a missão é insignificante e fraca. O que você imagina que Jesus diria quando nos sentimos assim? O que está no centro da missão? Outubro • 2012 [email protected] Um jornal a serviço da igreja 28 29 32 39 Famílias pioneiras celebram os 90 anos da primeira turma de Teologia Encontro nacional de empresários levanta recursos para a missão Campori ecológico reúne 8 mil desbravadores em Brasília Igrejas e escolas ajudam a diminuir o número de fumantes no Brasil Editor: Wendel Lima Direito de voz Pior do que sofrer, é sofrer calado. Por isso, nos últimos anos, a Igreja Adventista tem enfatizado a campanha de combate à violência doméstica. Esse tipo de crime se mostra um dos mais covardes e difíceis de identificar, porque acontece na privacidade do lugar, que deveria ser um refúgio. Outra complexidade desse problema são os traumas. Ao ser prejudicado por alguém que lhe é íntimo ou que deveria protegê-lo, as sequelas na vítima podem ser mais devastadoras. Mas a Igreja Adventista tem muito a contribuir para mudar esse quadro. Primeiramente, porque a violência doméstica ocorre num ambiente em que a denominação exerce grande influência: o lar. Ao enfatizar a vivência do cristianismo em casa, bem como ao fornecer suporte para o desenvolvimento das famílias – através dos clubes de desbravadores e aventureiros, e escolas adventistas – a igreja pode prestar um grande serviço de prevenção à sociedade. A manifestação pacífica é outra via de atuação dos adventistas nessa questão. E essa tem sido a frente mais enfatizada pela campanha “Quebrando o Silêncio”. Munidos de bandeiras e placas, com o rosto pintado de preto e com a boca fechada por adesivos, os voluntários percorreram ruas, avenidas e tomaram praças. A Avenida Paulista, palco de inúmeras mobilizações em São Paulo, foi pela segunda vez utilizada por 2 mil pessoas para dar um recado. O mesmo aconteceu no Rio de Janeiro e na região metropolitana de Vitória, com feiras da cidadania, em que foram oferecidos orientação jurídica e outros serviços para a população. A voz de protesto também foi ouvida na Câmara de Vereadores de São Paulo e na Assembleia Legislativa de Goiás. O segundo e importantíssimo passo da campanha, previsto em formato piloto para 2013, é oferecer, além de informação sobre o tema, acolhimento para as vítimas. Isso poderá ser feito por grandes igrejas que contam com mão de obra qualificada e gratuita de psicólogos e advogados. Se isso acontecer, o projeto dará frutos mais numerosos e consistentes. – Wendel Lima. Págs. 26 a 28 De olho no futuro Os meses de agosto e setembro foram dedicados a ajustar o foco para visualizar um futuro ainda mais promissor. Reunidos em Brasília, na sede sul-americana da Igreja Adventista, e em outros lugares do país, líderes das áreas ministerial, evangelística, jovem, médica, jurídica e educacional discutiram os planos para os próximos anos. Alguns desses grupos até já projetaram as ações de seus ministérios para o quinquênio. Os líderes da juventude, por exemplo, estão com os olhos na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. Ambos os eventos serão sediados no Brasil e não podem passar em branco na agenda missionária da denominação. A ideia é chamar a atenção para a mensagem adventista apresentando os oito remédios naturais enfatizados nos escritos da pioneira do movimento, Ellen G. White. Outra área da Igreja que planeja uma ação ousada é a ministerial. O objetivo é trabalhar com os pastores a possibilidade de abrir as igrejas durante a semana em períodos alternativos aos cultos tradicionais. A inciativa reforça a ênfase da Igreja para 2013 de avançar nas metrópoles. Com os templos abertos, com programações específicas para a comunidade, a igreja pode ser mais relevante Págs. 30 e 31 no seu entorno. Revista Adventista I outubro • 2012 25 Comportamento Fazendo barulho Para ajudar as vítimas da violência a quebrar o silêncio, adventistas se mobilizaram de norte a sul do Brasil Palco de manifestações, a Avenida Paulista recebeu 2 mil pessoas na passeata da campanha contra a violência Da redação Centro financeiro e palco das manifestações ideológicas da maior cidade do país, no dia 25 de agosto, a Avenida Paulista foi ponto de concentração de 2 mil manifestantes que protestaram contra a violência às crianças, mulheres e idosos. O lugar ficou repleto de pessoas vestidas de branco, simbolizando a paz. Após 40 minutos de caminhada, a multidão se concentrou na Praça dos Arcos, onde celebrou a iniciativa e já se preparou para ações futuras. “Queremos dizer que existem diversas formas de abuso: físico, emocional, psicológico. E quem está sofrendo tem que quebrar o silêncio”, declarou Sônia Rigoli, coordenadora estadual do projeto. Os esforços por conscientização não se limitaram à Avenida Paulista. Durante a semana seguinte, as líderes da campanha participaram de fóruns sobre o tema na Câmara dos Vereadores de São Paulo e no salão nobre da OAB-SP. Interior de SP – Em Presidente Prudente, SP, no dia 25 de agosto uma carreata com 50 veículos percorreu a cidade chegando até o Prudenshopping, onde foram distribuídas literaturas com direito a apresentação de corais e da turma do Nosso Amiguinho. Em Araçatuba, desde o ano passado, foi instituído o Dia Municipal Contra o Abuso e a Violência. Em 2012, os membros entregaram o livro missionário com os folhetos da campanha. Drama – “Vi meu pai matar minha irmã mais velha com machadadas. Ela foi obrigada a ter relações sexuais com o próprio pai desde os oito anos de idade. Quando minha irmã morreu, ele queria que eu a substituísse. Quando eu e minha mãe pedimos ajuda, ele foi preso”, desabafa “S”, exemplo paranaense de que situações inaceitáveis como essa só podem ser mudadas com a denúncia. Infelizmente, a coragem de “S” ainda não é a atitude de todas as vítimas. Por Presidente Prudente, SP: carreata com isso, a campanha promo50 veículos percorreu a cidade até um shopping, onde foram realizadas vida pela Igreja Adventista apresentações musicais há mais de dez anos insiste 26 Revista Adventista I outubro • 2012 na importância da conscientização. “Por enquanto, nosso trabalho, consiste na conscientização, mas já estamos planejando ter pontos de assistência para as vítimas de agressão. Hoje contamos com a ajuda de vários departamentos da igreja para auxiliar as vítimas da violência doméstica. A Ação Solidária Adventista auxilia dando cestas básicas, a Educação Adventista ajuda no estudo dos filhos e o Ministério da Mulher e da Família no tratamento psicológico”, explicou Wiliane Marroni, organizadora do projeto em nível sul-americano, que esteve em Londrina, PR, no dia D da campanha. Os principais veículos de comunicação regionais acompanharam a ação. Em Palmas, na divisa do Paraná com Santa Catarina, os fiéis da Igreja Central da cidade de 50 mil habitantes decidiram visitar um lar para crianças desabrigadas. Eles dedicaram o dia 19 de agosto para fazer a alegria dos 25 menores da instituição. As crianças riram com os palhaços voluntários e conversaram com os visitantes sobre inclusão. Gincanas, atividades bíblicas e filmes complementaram a programação. RS – Em Terra da Areia, RS, no dia 4 de agosto, corais, quartetos e palestras com terapeutas familiares fizeram parte da programação da campanha num ginásio esportivo da cidade. No fim da tarde, mais de 300 pessoas pediram o fim da violência em uma caminhada pelo município. Terra de Areia não possui presença adventista, mas 49 pessoas estudam a Bíblia com fiéis de cidades vizinhas. Essa é a segunda ação adventista na cidade. A primeira foi a distribuição do livro missionário em maio. Na pequena cidade de Hulha Negra, próximo a Bagé, 150 adventistas, transportados por três ônibus e seis carros, foram ao município para entregar folhetos da campanha e 1.500 exemplares do livro missionário. A ação foi precedida por uma entrevista do pastor local, Rodrigo Machado, para a rádio da cidade. Em cada kit entregue havia um convite para um recital de música religiosa e uma palestra sobre família no ginásio municipal. Por causa da mobilização, os voluntários encontraram guardadores do sábado na cidade que não têm, oficialmente, presença PR – Na Igreja Central da cidade, autoridades no assunto alertaram os membros sobre a questão. “Os maiores índices de violência doméstica são verificadas às quartas-feiras, dia de jogos na televisão, e em fins de semana, quando os maridos estão em casa e os namorados estão com as namoradas. O maior índice de violência ocorre onde há maior consumo de bebidas alcoólicas. Este trabalho da Igreja Adventista é muito importante, já participo do projeto há dois anos e vejo muita relevância nele”, explicou Zilda Romero, juíza da 6ª Vara Criminal. No norte e oeste do Paraná, os fiéis de várias cidades foram mobilizados em passeatas e na realização de palestras. Em Maringá, mais de 3 mil pessoas se reuniram na Praça Deputado Renato Ceridônio para uma manifestação que contou com o apoio da Turma Norte do Paraná: 3 mil pessoas assistiram ao do Nosso Amiguinho. show da turma do Nosso Amiguinho, em Maringá distribuindo folhetos e revistas da campanha. Um carro de som também foi usado para chamar a atenção de quem circulava por ali. Jornalistas acompanharam a mobilização que culminou na Igreja Adventista Central da cidade, onde vários especialistas apresentaram palestras sobre o tema. Entre os manifestantes, havia alguém que tiEntrega de materiais sobre a nha muitas razões para campanha foi acompanhada do livro protestar. A adolescenmissionário. O plano é estabelecer uma igreja em Terra da Areia, RS te Joana (nome fictício) foi abusada sexualmenadventista. Cerca de 30 pessoas te por um primo quanprocuraram os líderes da campado tinha apenas sete nha interessados em frequentar a anos. Aos 14, a garota futura igreja adventista do munirevela que ainda carcípio. Líderes continuaram com rega os traumas decorPalmas, TO: 600 pessoas protestaram na o trabalho evangelístico na rádio rentes dessa agressão. principal avenida da cidade e uma série de pregações bíblicas Na época, ela denunmensagem. Aprendi e passei a adciou o agressor para os pais dele, num salão alugado. mirar muito mais esse grupo de mas os mesmos não acreditaram jovens e adultos.” RJ – Em 120 pontos do Rio de Jana versão da menina e acabaram neiro, os adventistas mostraram rompendo o relacionamento que ES – Em Cariacica, região mesua indignação com a violência tinham com ela e seus pais. tropolitana de Vitória, ES, a camdoméstica. Numa praça do bairro panha contou com o suporte de GO – No dia 21 de agosto, a Asda Tijuca, por exemplo, mais de uma feira de serviços gratuitos sembleia Legislativa de Goiás, atra500 pessoas que passavam pelo locomo orientação jurídica, psicocal pararam para conhecer o provés do deputado federal Túlio Isac, lógica, nutricional e espiritual. A divulgou a campanha numa sessão jeto. Ali, voluntários da Igreja de ação teve o apoio de funcionários Vila Isabel ofereceram serviços grapara 50 parlamentares. No Estado, da secretaria municipal de Saúde cerca de 20 mil pessoas foram entuitos como aferição de pressão e e Assistência Social e da unidaorientação jurídica. volvidas no projeto. de móvel da Defensoria Pública Em Goiânia, no Parque FlamDona Maira Santana, 45 anos, estadual. Foram distribuídos 50 boyant, um dos maiores da ciaprovou a iniciativa: “Se todos timil folhetos e 7 mil revistas sovessem o mesmo pensamento, o dade, kits da campanha foram bre o combate à violência. mundo não teria tanta violência. distribuídos, bem como cópias Com certeza, precisava ouvir essa da Lei Maria da Penha forneciTO – No centro de Palmas, das pelo Ministério da Justiça esTO, 600 pessoas percorreram tadual. Em Pires do Rio, o projeto a principal avenida da cidade foi tão bem recebido que, no próximo ano, fará parte do calendáCariacica, ES: parceria da Igreja Adventista com o rio da rede educacional da cidade: poder público levou até a a terceira semana de agosto. população orientação jurídica e psicológica Rio: em uma praça do bairro da Tijuca, 500 pessoas pararam para conhecer o projeto e receber orientação jurídica Fortaleza, CE: passeata com fanfarra mobilizou 150 fiéis no início de setembro a campanha com entrevistas ao vivo, matérias e publicações. No dia 1º de setembro, 150 fiéis foram em passeata com fanfarra até uma praça no centro da cidade. RR – Em Boa Vista, RR, a principal mobilização foi realizada no dia 18 de agosto. Os voluntários caminharam por quatro quilômetros e se concentraram na Praça das Águas, ponto turístico da cidade. Mais de 3 mil pessoas participaram da ação que contou com 500 motos, 350 carros, 20 ônibus, três trios elétricos e um carro LED que apresentou vídeos promocionais do projeto. Em muitos pontos estratégicos da cidade, adventistas distribuíram panfletos e exibiram faixas e camisetas da campanha. O secretário estadual da Justiça e da Cidadania de Roraima, general Eliéser Monteiro, elogiou a organização e relevância da passeata. CE e PI – No Ceará e Piauí, a campanha se estendeu por três semanas. Em Maracanaú, CE, mais de 400 pessoas saíram em passeata com placas e carro de som a fim de alertar a sociedade. Um motoclube adventista deu suporte para a ação. Em São Raimundo Nonato, PI, outra passeata atraiu a atenção da população. Crianças, jovens e adultos pintaram a cara para protestar contra a violência. Em Fortaleza, foram do Rio, GO: campanha entrou para dez pontos de distribuição Pires o calendário das escolas do município. de materiais. Em todo os Estado, 20 mil pessoas se A imprensa local apoiou envolveram no projeto Revista Adventista I outubro • 2012 27 RO – Em Porto Velho, RO, o projeto mobilizou os membros das igrejas locais e a comunidade em geral. Uma programação foi realizada no dia 18 de agosto, na Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, ponto histórico da cidade, e contou com a presença de mais de 5 mil pessoas. As atividades começaram na sexta-feira com a ajuda dos desbravadores na distribuição de 3 mil folhetos. O material foi entregue em escolas, praças e comércio local. O projeto também teve ampla divulgação na mídia televisiva regional. Na programação, houve a apresentação de grupos musicais, corais, banda da Polícia Militar e a Turma do Nosso Amiguinho. Um coral de 500 crianças cantou em favor da paz. Autoridades locais marcaram presença, como uma representante da recém-criada Secretaria Estadual de Promoção da Paz. Quadro brasileiro – A constatação é ruim. Números do Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes no Brasil, divulgado no dia 18 de agosto, mostram crescimento da violência contra essa parcela da população. O número de homicídios contra jovens nesse período foi de 176.043. Entre 1980 e 2010, as taxas cresceram 346%. Com 13 mortes para cada 100 mil habitantes, o Brasil é o quarto país entre as 92 nações monitoradas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas o quadro pode mudar. E essa mudança, segundo especialistas, tem a ver com dois História Memória Nove décadas atrás, o Colégio Adventista Brasileiro formou sua primeira turma de Teologia. Filhos dos pioneiros encenaram a formatura histórica “Alunos” que representaram os estudantes de teologia de 1922 Rubens Lessa Enviado especial Os 90 anos da primeira turma de Teologia (1922) do Curso Preparatório Ministerial, embrião da Faculdade Adventista de Teologia no Brasil, foram comemorados em cerimônia típica, realizada na manhã do dia 26 de agosto, no auditório Ellen G. White do Unasp, campus São Paulo. Alunos pioneiros e líderes de várias instituições educacionais compareceram ao evento, coordenado por Keila Schwantes e Otávio Belz. 28 Revista Adventista I outubro • 2012 Encenação – A comemoração consistiu em aula e formatura simuladas, nas quais os nove formandos de 1922 foram representados, com figurino da época, da seguinte maneira: Domingos Peixoto da Silva (Ruy Câmara), Adolfo Bergold (Edgard Bergold), Alma Mayer (Keila Schwantes), Phillonila Santos Asumpção (Nereide Liane Kalman), Adelina Zorub (Valdineia Zorub Pasquini), Rodolpho Belz (Otávio Belz), Guilherme Denz (Leilange Denz Girotto), Isolina Avelino (Dilza A. Garcia) e Luís Waldvogel (Flávio de Araújo Garcia). Os professores da década de 20 foram representados assim: Thomas Walter Steen (Edy Gorski), Margareth Steen (Eliete G. Damasceno), John Lipke (Edegardo Max Wuttke), John Bohem (Ademar Quint) e George Taylor (Rosival Muniz). Durante a aula simulada, cada aluno expôs algo do que havia aprendido durante o curso. Na cerimônia de formatura, em que Edy Gorsky atuou como paraninfo, fatores. Um deles é a sólida base familiar em que pais atuam como os primeiros educadores e proporcionam ambiente que favorece o desenvolvimento de jovens menos violentos. A outra maneira é através de projetos, programas e ações sociais com Cinco mil pessoas em manifestação na estrada de ferro viés educacional Madeira-Mamoré, em Porto Velho, RO Em 2013, a iniciativa deve dar e religioso que promova valores morais. mais um passo importante, oferecer além de informação, auxílio juTalvez, esteja aqui a grande contribuição da Igreja Adventista: essas rídico e psicológico para as vítimas. duas frentes de prevenção são tra– Com reportagem de Gabriel Stein, balhadas pela denominação através Patrícia Ferreira, Luzia Paula, Daydos clubes de desbravadores e avense Bezerra, Mauricio Junges, Tatiatureiros, do Ministério da Criança e ne Lopes, Leonardo Torres, Bianca do Adolescente e por meio do proLorini, Dina Karla Miranda, Thais jeto “Quebrando o Silêncio”. Firmino e Felipe Lemos. representando (inclusive com sotaque) o pioneiro norte-americano Thomas Steen, fez veemente discurso, destacando o lema da turma: “Rumo ao mar”. Recreio – No recreio, entre a “aula” e a cerimônia de “formatura”, os representantes dos alunos pioneiros ofereceram um lanche aos convidados, os quais aproveitaram a ocasião para falar sobre a vida e obra dos pioneiros de 1922. “Todos deram grande contribuição para o desenvolvimento da Igreja”, disse Renato Stencel, diretor do Centro da Memória Adventista no Brasil. “O lema dessa turma movimenta e direciona nossas ações até hoje”, afirmou Hélio Carnassale, diretor-geral do campus anfitrião. Também presente à cerimônia, Emílson dos Reis, diretor da Faculdade de Teologia do Unasp, campus Engenheiro Coelho, ponderou: “Esses encontros são importantes para recordar a missão e herança que os pioneiros deixaram para as gerações seguintes.” Legado – Os formandos de 1922 desempenharam papel importante no período formativo do movimento adventista no País, com destaque para Domingos Peixoto da Silva, que foi diretor do então Colégio Adventista Brasileiro (CAB); Luís Waldvogel, redator-chefe da Casa Fotos: Márcia Belz Antes da ação de impacto nas ruas, a campanha foi divulgada em 64 escolas públicas, onde 34 mil revistas foram entregues para alunos e educadores e foram realizadas palestras sobre bullying. Otávio Belz (à frente), representando o pai – Rodolpho Belz – na cerimônia de “formatura”. Da dir. para a esq., Eliete Damasceno, Edy Gorski, Edegardo Wuttke, Ademar Quint e Rosival Muniz, que representaram, respectivamente, Margareth Steen, Thomas Steen, John Lipke, John Boehm e George Taylor Publicadora Brasileira por mais de três décadas, e sua esposa Isolina, tradutora de vários livros, entre os quais O Desejado de Todas as Nações, de Ellen G. White. Como parte da cerimônia rememorativa, o prédio que abriga o auditório Ellen G. White recebeu o nome do saudoso professor Siegfried Kümpel, diretor da Faculdade Adventista de Teologia por vários anos. O filho, Vitor Kümpel, ao lado da família, ajudou a descerrar a placa, cujos dizeres foram lidos por Euler Baía, reitor do Unasp. – Com reportagem de Murilo Bernardo Pereira. Missão Investir na missão Empresários unem recursos e idealismo para apoiar projetos institucionais e voluntários É assim que concluiremos a pregação do evangelho: unindo profissionais e apoiadores”, afirmou entusiasmado. “Minha motivação em fazer parte dessa federação está na grande possibilidade de agradecer a Deus o que Ele tem feito em minha vida. O importante é que faço isso com ações que favorecem outras pessoas”, completou o empresário de Fortaleza, Agenor Silva. Há mais de 20 anos, FE procura empregar na missão os recursos humanos e financeiros do empresariado adventista. Último encontro nacional da federação elegeu a diretoria do próximo biênio Thais Firmino Colaboradora Com o objetivo de apoiar e impulsionar projetos que visam a pregação do evangelho, a Federação de Empresários Executivos e Profissionais Adventistas do Brasil (FE), realizou seu 23º encontro nacional com o tema Unidos Pelo Amor de Cristo. Reunidos em Cumbuco, próximo a Fortaleza, 300 empreendedores assistiram aos relatórios e discutiram sobre como investir recursos em projetos missionários institucionais e voluntários. Nova igreja e batismo – Em celebração ao comprometimento evangelístico do grupo, um dos pontos altos da programação foi a inauguração de um templo adventista em Lagoa do Banana. A igreja é fruto do trabalho integrado da federação, da campanha institucional “Terra de Esperança” e da iniciativa leiga chamada Escola de Profetas, que teve a formatura de sua turma de missionários realizada no novo templo. Dezenas de pessoas decidiram abraçar a fé adventista após estudar a Bíblia com o grupo de voluntários. Dentre elas, o jovem Mateus Silva, que foi batizado na ocasião. Cerimônia que teve como abertura as palavras do líder mundial da Igreja Adventista, pastor Ted Wilson: “Estou muito feliz por inaugurar esta linda congregação. Que Deus abençoe essa Igreja, que ela cresça mais e mais.” Ted Wilson foi acompanhado pelo líder mundial de comunicação, pastor Williams Costa Júnior, pelo líder adventista para a América do Sul, pastor Erton Köhler, e o quarteto Arautos do Rei. Empresários – Essa foi a segunda vez que Rosinaldo Silva participou do encontro. Residente em Porto Alegre, ele não hesitou em viajar até Fortaleza para conferir de perto os relatos dos trabalhos desenvolvidos. “Desde a primeira vez que tive contato com essa equipe, fiquei encantado com os projetos que estão sendo feiPastor Ted Wilson acompanhou a formatura da tos em todo o Brasil. turma da escola de missões Investimento – A FE destina 600 mil reais por ano para projetos evangelísticos e sociais. As iniciativas são selecionadas mediante os resultados já obtidos, sendo assim, a federação exerce a função de apoiadora financeira. Não há prazo máximo de financiamento, mas o objetivo dos doadores é que o projeto apoiado, com o tempo, torne-se autossustentável. No encontro foram apresentados relatórios e divulgados os projetos que receberão financiamento em 2013. Entre eles estão os “300 Gideão” (Fortaleza), “Partilhando Jesus” (Salvador) e “Salva-vidas” (Amazônia). Posteriormente, os líderes desses projetos terão que prestar contas de como os recursos foram aplicados. “Nunca vi um projeto que a FE tenha amparado dar errado. Selecionamos mediante o vislumbre dos resultados e todos os projetos permanecem alcançando o que para nós é o mais importante: pessoas para Cristo”, explicou a tesoureira. Potencial – Presidente da federação há dois anos, o médico Elias Morsch acredita que a união dos empreendedores possibilita importantes conquistas para o evangelismo no país. Para ele, na igreja existe um significativo potencial de valores humanos: pessoas com preparo intelectual e vivências profissionais e sociais nas mais diversas áreas do conhecimento humano. Homens e mulheres que se sentem motivados a realizar projetos que integrem a pregação da Bíblia e a assistência social. “Existem muitos ministérios leigos que precisam de apoio e é para isso que estamos aqui. Reunidos, podemos alcançar resultados fantásticos no ideal de pregação do evangelho”, afirmou Morsch. Terra de Esperança – O projeto “Terra de Esperança” foi lançado em 2010 com o grande desafio de “avançar cem anos em seis” no plantio de igrejas na região. Há dois anos, 650 cidades nordestinas não tinham presença adventista, formando assim o que alguns chamaram de a “Janela 10/40 do Brasil”, em referência ao território mais desafiador para o evangelismo cristão no mundo, faixa de terra que compreende o norte da África, o Oriente Médio e a Ásia. Graças ao esforço conjunto de grupos mantenedores, alguns deles formados por empresários, e missionários que se deslocam para essas cidades, o mapa do adventismo na região tem sido mudado. Igreja da Lagoa do Banana foi inaugurada durante o evento. Templo foi construído com recursos dos empresários e trabalho dos missionários leigos do projeto Escola de Profetas Revista Adventista I outubro • 2012 29 Institucional Visão de futuro Líderes sul-americanos de seis ministérios se reúnem para traçar as metas dos próximos cinco anos Área ministerial: igreja aberta para cultos em horários alternativos e seminário via satélite para a formação de novos pregadores Da redação No encontro dos líderes do Ministério Jovem, em Olímpia, SP, que reuniu mais de 90 pessoas, o foco esteve especialmente em 2014. O ano promete ser agitado para a juventude adventista. Além das ações evangelísticas e comunitárias previstas para a Copa do Mundo, em 2014 será realizado o campori continental, que deve reunir 30 mil desbravadores no Parque do Peão de Barretos, SP. Em relação ao campeonato mundial de futebol e aos Jogos Olímpicos, o pastor Areli Barbosa, líder sul-americano dos jovens adventistas, adiantou que a intenção é destacar os oito remédios naturais. Para tanto, será produzida uma revista sobre o tema. “Queremos também fazer a campanha de doação de sangue e um projeto tipo a Missão Calebe em que trabalharíamos o dia inteiro e à noite faríamos uma série de conferências”, comentou. Capacitação e serviço – O encontro, realizado em agosto, também enfocou a necessidade de integrar os esforços dos 900 mil jovens adventistas de 17 a 30 anos aos grandes projetos missionários da denominação, como o evangelismo nas grandes cidades. “Precisamos de pessoas que não pisem no freio, mas no acelerador”, pontou o pastor Almir Marroni, vice-presidente sul-americano da Igreja. Médicos: o trabalho na área de saúde tem grandes implicações espirituais. No detalhe, quatro médicos com mais de 40 anos de serviço no sistema adventista de saúde foram homenageados 30 Revista Adventista I outubro • 2012 Para tanto, a denominação pretende esde jovens planejaram ações missionárias para timular ainda Líderes a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O mais a capacita- plano é produzir uma revista sobre os oito remédios ção dos jovens e naturais e realizar uma edição da Missão Calebe, o envolvimento durante os eventos deles no serviço ao próximo. MaDurante o congresso foram honuais e livros foram lançados no menageados veteranos da rede evento, com destaque para o novo adventista educacional, como o proManual de Especialidades do Clufessor Roberto Cesar de Azevedo. be de Desbravadores, que apresenEle desafiou os presentes a fundar ta 115 novas modalidades. Outra uma escola adventista em cada cinovidade é a idade mínima para dade com mais de 100 mil habitanser um líder da agremiação: de 16 tes. A necessidade de crescimento se dá pelo alvo claro que a educapassou para 18 anos. ção adventista tem: salvar pessoas. No trabalho comunitário, os líderes destacarão a participação dos jovens na Missão Calebe e no Advogados – Em evento inédito, Serviço Voluntário Adventista, cerca de 100 profissionais da área jurídica também se reuniram no órgão que viabiliza oportunidainício de setembro, em Brasília, na des de experiências missionárias transculturais. sede sul-americana da denomina“Sabemos que hoje o jovem quer ção. “Uma das nossas preocupações carregar uma bandeira. Se ele não foi que os advogados pudessem tiver uma bandeira boa para carentender a relevância de palavras regar, ele procura alguma ruim”, como sinergia, integração e que coargumentou o pastor Areli Barbonhecessem mais a respeito da estrutura da própria Igreja em suas disa, lembrando o número de jovens ferentes frentes de trabalho como até aqui envolvidos com a Missão ADRA, Comunicação, Serviço VoCalebe: 66 mil. O evento foi acompanhado de perto pelos líderes luntário e outros”, destacou o coormundiais dos jovens adventistas: denador do evento, Luigi Braga. Gilbert Cangy e Jonatan Tejel. Além disso, os participantes receberam aconselhamento de um Educação – No início de setemprofissional de Psiquiatria duranbro, em Engenheiro Coelho, SP, te o encontro, dicas de saúde e foi a vez dos educadores terem seu realizaram testes relacionados ao encontro sobre gestão e pesquisa. desenvolvimento de suas potenEntre os principais temas abordacialidades. O encontro serviu para dos estiveram a adoção ou não de ajustar o foco e reconhecer o tralivros didáticos digitais (para tabalho de um grupo que, de modo geral, possui muitos desafios, blet) e a aplicação de uma avaliacomo regularização de patrimônio ção institucional para verificar o desempenho das escolas em toe padronização de procedimentos dos os anos letivos. e mesmo o constante trabalho de defesa da imagem adventista. Pastores – O que levou 120 líderes de pastores à Capital Federal, no início de setembro, foi o concílio realizado a cada cinco anos, com aqueles que são responsáveis por orientar os líderes religiosos das igrejas locais. O evento, organizado pelos pastores Carlos Hein e Rafael Rossi, teve na agenda itens como a implementação de cultos em horários alternativos, o que tornaria a igreja mais acessível à comunidade durante a semana, e a realização de um seminário via satélite sobre pregação bíblica. Os pastores Anthony Kent, Jonas Arrais e Willie Hucks, secretários associados da sede mundial da Igreja também marcaram presença. Médicos – Os médicos também participaram dessa maratona de reuniões. Realizado pela terceira vez em nível sul-americano, o encontro em Brasília relembrou os 200 congressistas sobre as implicações espirituais da atuação médica. Os seminários foram ministrados pelo pastor Marcos Bomfim, líder sul-americano do Ministério da Saúde da denominação, e pelo vice-presidente de relações públicas do Sistema Adventista de Saúde Americano, Womack Rucker. Para o organizador do encontro e líder do setor na América do Sul, pastor Marlon Lopes, o foco é sempre valorizar a pessoa do médico. “Buscamos mostrar a importância deles resgatando o senso de missão, a excelência no atendimento e a cura, tanto física como espiritual, mostrando que estes são os focos da saúde adventista”, destacou. Na oportunidade foi feita uma homenagem a quatro médicos que dedicaram mais de 40 anos de trabalho ao sistema de saúde adventista: Dr. João Kiefer Filho, diretor médico da Clínica Adventista de Porto Alegre, Dr. Manfred Krusche, diretor médico da Clínica Vida Natural, em São Roque, SP; Dr. Walter Streithorst Filho, médico do Hospital Adventista de Belém, PA, e o Dr. Natanael Costa, médico do Hospital Adventista de São Paulo. Evangelistas – No fim de agosto, por sua vez, o concílio de evangelistas sul-americanos reuniu 200 pessoas e debateu temas como a contextualização do evangelho, a necessidade de envolver o maior número de membros no evangelismo e a urgência de integrar as estratégias missionárias em massa com o discipulado dos fiéis recém-batizados. As igrejas étnicas de São Paulo Ciência Fiel às origens Tradicional seminário criacionista reúne 200 professores e estudantes no Rio Religião e ciência: líderes da Igreja Adventista e pesquisadores criacionistas organizaram o evento Dina Karla Miranda Colaboradora O 13º Seminário “A Filosofia das Origens” reuniu mais de 200 professores, estudantes, empresários e interessados pela controvérsia sobre criacionismo e evolucionismo. Fruto de uma parceria entre a Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) e a sede administrativa da Igreja Adventista para a região Sudeste, o evento foi realizado em agosto, no Rio de Janeiro. Foram abordados temas como a filosofia das origens, as grandes províncias e perspectivas sobre a datação radiométrica. Entre os palestrantes, estiveram o professor do Unasp e diretor do Geoscience Research Institute no Brasil, Dr. Nahor Neves; o presidente da SCB, Dr. Ruy Vieira; e coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente, Enézio Almeida Filho. Palestras – No evento, o geólogo Nahor Neves comparou as duas foram mencionadas como exemplos de contextualização da mensagem adventista no Brasil. Destaque maior foi dado ao diálogo inter-religioso realizado com os judeus, via palestras culturais, cursos de saúde e apresentações acadêmicas feitas nas chamadas Beth Bnei Tsion, ou congregações dos Filhos de Sião. Quanto ao discipulado e ao maior envolvimento de fiéis na missão da igreja, os líderes concordaram que o caminho é investir no evangelismo-escola e Ciclo do Discipulado. Com o evangelismoescola a ideia é multiplicar o número de pregadores leigos e com a ênfase no discipulado, o objetivo é preparar melhor os candidatos ao batismo e acompanhá-los após essa cerimônia a fim de que se tornem cristãos maduros. A meta é capacitar inicialmente 1.400 membros que deverão realizar 2 mil programas evangelísticos. “Os fiéis vão se engajar no evangelismo de maneira prática”, disse o pastor Luís Gonçalves, coordenador do evento. Em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, por exemplo, 8 mil pessoas já passaram pelas escolas de evangelismo. – Com reportagem de Suellen Timm, Keidson Rodrigues de Brito, Mayra Silva, Felipe Lemos e Márcia Ebinger. DVD missionário para 2013 Já está disponível no canal oficial de vídeos da sede sul-americana da Igreja Adventista o trailer do DVD A Última Esperança. O material, que será lançado oficialmente em janeiro de 2013, é resultado de uma série de gravações feitas com o pastor Luís Gonçalves, coordenador de evangelismo adventista sul-americano. Tratase de uma série com estudos sobre as sete cartas do Apocalipse, com imagens coletadas em cinco países: Estados Unidos, Israel, Itália, Turquia e Grécia. A previsão é que milhões de DVDs sejam distribuídos no dia 20 de abril de 2013. cosmovisões: criacionismo e evolucionismo. “No criacionismo é como se o pesquisador tivesse à disposição dois grandes livros a ser estudados, a Bíblia e o livro da natureza que Deus nos deixou. Já o Auditório formado por estudantes e professores. foi responsável pela mudança da evolucionismo é Seminário cosmovisão de Ângelo Fonseca, ex-evolucionista uma cosmovisão cimentos e quero passar adiante em que ocorrem as associações intuitivas ou intencionais entre o tudo o que aprendi.” conhecimento científico e propostas filosóficas extraídas do naturaTestemunho – Realizado pela lismo, ou seja, conhecimento cien13ª vez, o encontro já rendeu frutífico associado à filosofia ateísta”, tos missionários. Ângelo Fonseca, que participou da segunda edição pontuou. “Ser criacionista é uma bêndo seminário, deixou o evolucioção. Um cristão não criacionista nismo para se tornar criacionisnão tem razão de existir. A Bíblia ta. “O seminário ‘A Filosofia das confirma isso: ‘No princípio Deus Origens’ fez toda a diferença em criou os céus e a terra’”, defendeu minha vida. Antes eu era evolucionista e quando participei deso Dr. Ruy Vieira, que há mais de 40 anos se dedica à divulgação do se evento fui mudando de ideia e criacionismo. Recado que a provoltei para casa sendo criacionisfessora Mariana Azeredo ententa. Logo aceitei a Jesus e fui batideu bem. Depois de parabenizar zado. Hoje falo do amor de Deus a coordenação do evento pelas papara meus amigos e familiares”, lestras, ela garantiu: “Com certeza testemunhou. Em 2013, o evento estou voltando com novos conhedeve ser sediado no Peru. Revista Adventista I outubro • 2012 31 Desbravadores Feriado no parque Campori reúne 8 mil desbravadores no centro de Brasília. Grupo limpou o Lago dos Patos e gravou audiolivro O Grande Conflito Marina Milanelli A narração da obra, que nunca havia sido registrada na voz de desbravadores, será transformada em audiolivro e presenteada a cada adolescente participante. Além de narrado, o livro foi transcrito à mão pelos 8 mil desbravadores. A versão manuscrita ficará guardada no museu da sede administrativa sul-americana da Igreja Adventista, em Brasília. Fotos: Liana Feitosa Abraço coletivo em volta do Lago dos Patos mobiliza desbravadores e comunidade. No detalhe, desbravadores revitalizam o entorno do lago do maior parque urbano do mundo Liana Feitosa Colaboradora Muita emoção, alegria e ralação fizeram parte da rotina de jovens e adolescentes de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal durante um mega-acampamento no coração de Brasília. A segunda edição do campori interestadual da região Centro-Oeste movimentou a Capital federal nos dias 4 a 9 de setembro e levou mais de 80 pessoas ao batismo. O evento teve como ênfase espiritual a visão sobrenatural que Ellen G. White, pioneira da Igreja Adventista, teve logo após o desapontamento vivenciado por milhares de cristãos norte-americanos que aguardavam a volta de 32 Revista Adventista I outubro • 2012 Jesus para o dia 22 de outubro de 1844. A mensagem da visão foi publicada pela primeira vez em 1846, trazendo esperança aos leitores ao mostrar que o povo do advento passaria por um caminho estreito, de grande dificuldade, mas encontraria Jesus no fim da jornada. Para apresentar detalhes dessa história e como era a vida dos pioneiros adventistas, um musical foi especialmente preparado para o campori. Ao todo, 18 atores, 30 figurantes e um grupo de drama com dez componentes fizeram parte da encenação que foi divida em cinco episódios. As músicas, compostas por Cleiton Shaefer, são inéditas e já estão disponíveis em CD. O álbum custa 20 reais e pode ser adquirido nas sedes regionais da Igreja Adventista da Região Centro-Oeste. O Grande Conflito – Em clima de valorização do dom profético, além do musical, os desbravadores fizeram a gravação em áudio do livro O Grande Conflito. Para que os 8 mil acampantes participassem do projeto, os 40 capítulos do livro se tornaram 3 mil folhas de papel A4. Ações sociais – Nessa edição do acampamento, os desbravadores tiveram o desafio de construir portais ecologicamente sustentáveis. Com a tarefa em andamento, o que se viu pela área de camping foi um festival de garrafas PET, pneus, papelão, jornais e caixinhas de suco e leite. Nesse requisito, duas agremiações ficaram empatadas no topo da pontuação: o Clube Tigre, do Distrito Federal; e o Clube Estrela, do Mato Grosso. Como prêmio, cada grupo ganhou 25 instrumentos musicais para fanfarra. Além disso, 15 mil folders feitos de papel reciclado foram preparados para espalhar consciência ecológica entre os brasilienses. Na tarde do feriado, dia 7 de setembro, os desbravadores distribuíram os folhetos no Parque da Cidade Sarah Kubitschek com um exemplar da revista Quebrando o Silêncio e do livro A Grande Esperança. O local é o maior parque público urbano do mundo e foi a sede do campori. Estúdio a céu aberto: 8 mil desbravadores participaram da gravação do audiolivro O Grande Conflito O lago e o lixo – Em relação ao lixo, as mais de 30 toneladas retiradas do mega-acampamento tiveram destino adequado. Todos os resíduos foram entregues em depósitos de cooperativas credenciadas pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) de Brasília. Ao chegar nesses armazéns, o lixo foi separado e, todo material reciclável, reaproveitado. Como se não bastassem essas iniciativas, as ações em benefício da natureza foram coroadas com a limpeza do Lago dos Patos, no Parque da Cidade, também no dia 7. Os voluntários retiraram mais de 3 mil sacos de lixo com resíduos depositados no entorno do lago e revitalizaram a orla. No fim da “faxina”, um abraço coletivo em volta do lago simbolizou a união em favor do meio ambiente. Para o pastor Nelson Milanelli, líder dos desbravadores da Região Centro-Oeste e coordenador geral do evento, ações como Batismo de índia karajá, da Ilha do Bananal, TO Alison, que perdeu a perna esquerda em acidente de moto, emociona pastores Nelson Milanelli e Fábio Carnieto durante batismo Diretores das agremiações sustentam tochas personalizadas Rosemeire Felix Mídia – Admirados com o envolvimento de tantos jovens e adolescentes, a mídia local marcou presença durante o evento. Ao todo, nove veículos de comunicação produziram reportagens sobre o campori. As emissoras de TV Band e SBT e o jornal Correio Braziliense, por exemplo, destacaram a limpeza do Lago dos Patos. O administrador do Parque, Paulo Dubois, agradeceu a administração da Igreja Adventista por escolher o espaço como sede do encontro quinquenal. “Esse tipo de atitude engrandece nosso parque. A vinda desses jovens é benéfica em vários Musical baseado em visão de Ellen G. White foi exibido em cinco episódios aspectos, porque eles são Alison estava em uma moto que, comprometidos com o bem-estar do próximo”, afirmou. no impacto, foi lançada para baiDubois, criado em um tradixo de um ônibus. Como resultado cional lar batista, por diversas vedo acidente, ele teve a perna eszes precisou conter as lágrimas ao querda amputada. “Algumas pesver a mobilização e o cristianissoas disseram que precisávamos mo prático exemplificado pelos desistir do acampamento depois desbravadores. “Vejo meu avô no do que aconteceu comigo. Mas a gente tinha chegado até ali, eu não brilho contido nos olhos de cada adventista que conheço aqui. Só podia desistir do sonho dos meniDeus poderá pagar o que vocês nos de ir para o campori”, relatêm feito por este lugar”, concluiu. ta emocionado. Mesmo liderando a agreForça e testemunho – Além miação, Alison se sentia longe da participação cidadã, os desbrade Deus. Entretanto, graças ao vadores deram exemplo de supeapoio divino e de seus colegas, ração. Marcos Vinícius, por exemele se encheu de coragem para plo, tem 24 anos e é desbravador levar seu clube ao acampamenhá dez. Com o uniforme e o lento e renovar seu compromisso ço, Marcos não permite que a síncom Cristo em uma emociodrome de down o impeça de parnante cerimônia batismal. “Se Jesus te chama hoje, não perticipar de todas as atividades com ca mais tempo”, disse aos desmuita dedicação. “Eu sou da unidade Lambda e gosto muito de ser bravadores, ao sair das águas. dos portais vencedores reproduziu a desbravador”, contou animado. – Com reportagem de Liane Um ponte JK, ponto turístico de Brasília, com Apesar de frequentar as atiPrestes, Luzia Paula e Dina Kar- papelão e jornal. O outro fez alusão ao la Miranda. vidades do clube regularmente, pantanal mato-grossense este acampamento foi o primeiro campori que Marcos pôde participar. Quem o ajudou a realizar No dia 7 de esse sonho foi sua professora, Casetembro, pela mila Martins. “Eu me prontifiquei primeira vez o a participar desta vez só pra cuidar Clube de Desdele. Ele é muito animado e, inclubravadores foi sive, participou das atividades do representado campori. Ele se dá bem com todos por 90 adolescentes no traos colegas”, conta Camila. Rosemeire Felix essa devem lembram a todos que a natureza precisa ser respeitada. Policial militar desce de rapel do helicóptero com a bandeira dos desbravadores Desfile cívico no Rio Rebatismo – Mas os exemplos de força de vontade não param por aqui. Do Distrito Federal surge a história de Alison de Carvalho, um jovem vice-diretor de clube que, três meses antes do campori, sofreu um acidente automobilístico. Na fatalidade, dicional desfile cívico na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro. Além dos desbravadores, mais de 40 instituições participaram das comemorações do Dia da Independência. A novidade deste ano foi a passagem da bandeira olímpica. Revista Adventista I outubro • 2012 33 Comportamento Coração puro Congressos para adolescentes discutem internet, pornografia, virgindade e a relação com os pais no evento foi a comunhão com Deus. AL – Em Maceió, AL, o inédito congresso de jovens reuniu 1.100 pessoas de todo o Estado na celebração do dia da juventude adventista. O ex-líder do Ministério Jovem em nível sul-americano, pastor José Maria Barbosa, foi Mídia, comportamento e saúde estiveram o principal orador do na pauta da conversa de 115 adolescentes de encontro. No evento, Tocantins houve espaço para se falar sobre Da redação o secularismo e o entretenimento. Sete pessoas foram batizadas. Nos últimos meses, adolescentes e jovens de todo o Brasil participaram de congressos que RS – No Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (IACS), 180 conenfatizaram um estilo de vida gressistas das regiões leste e sul do contracultural, especialmente no Estado refletiram sobre sua idenque diz respeito à sexualidade. Em tidade espiritual. Os seminários Ilhéus, BA, no dia 4 de agosto, 600 foram apresentados pelo palespessoas do sul do Estado acompanharam as palestras do psicólogo trante motivacional de adolescentes, Robinson Amorin. Kenyo Marinho e do pastor NelO cantor Jefferson Pillar canson Milanelli. tou e testemunhou para os parNa Capital, Salvador, 300 adoticipantes. Sua história, de lescentes da região metropolitana participaram de um programa apostasia na adolescência e retorno para a igreja, emocionou os com muita música, palestras e injovens. No sábado à tarde, a moteração face a face. Em tempos de çada teve um papo aberto com redes sociais, eles não deixaram pastores e uma psicóloga. Aprode ouvir orientações sobre como veitando a estrutura do internato, não se expor na internet e como o domingo foi dedicado às ativievangelizar por meio dessa ferradades esportivas. menta. Mas a maior ênfase dada Iacs: 180 adolescentes debateram sobre identidade espiritual PR: os cuidados com as redes sociais e a inspiração de um testemunho de superação PR – Praia, sol, quadra de esportes, piscina e 300 adolescentes – fórmula perfeita para diversão, certo? Certo. Mas essa também foi a receita para muito aprendizado, desafio e compromisso com a missão para os participantes do Adolecamp realizado em Guacyara, no litoral paranaense, nos dias 29 de junho a 1º de julho. Um dos principais temas do encontro foi o testemunho nas redes sociais. O grupo também assistiu ao filme Opostos, que mostra a trajetória de dois profissionais de sucesso que foram meninos de rua na adolescência, mas que encontraram nos livros a oportunidade de mudar de vida. Segundo os organizadores, eventos como esse fortalecem os adolescentes fazendo-os sentir que são parte da igreja. Mas em 2012, os garotos também puderam participar. Foi no dia 30 de junho que 115 adolescentes do Tocantins tiveram uma programação de adoração e orientação. Em pauta, temas como comportamento, mídia, educação, saúde e sexualidade. Atenção especial foi dada para o uso saudável da internet. O evento que foi aberto com uma Santa Ceia teve no seu encerramento uma festa de talentos, com direito a dramatizações e poemas. E para não ficar apenas no discurso, a moçada doou parte de sua refeição para um asilo que abriga 34 pessoas. MS – Em Campo Grande, MS, o assunto mais debatido não foi sexualidade e tecnologia, mas família e religiosidade. No início de agosto, no teatro Glauce Rocha, 800 adolescentes refletiram na sua relação com os pais. Eles aprenderam sobre a diferença entre obedecer e honrar os progeTO – No ano passado, o enconnitores, além de serem desafiados tro foi apenas para as meninas. a escrever uma carta para os pais falando do sentimento MS: família em pauta. Adolescentes refletiram deles para com a famísobre a relação deles com os pais lia. O casal Paulo César e Waleska Feitosa coordenou o evento com Julie Nunes, líder do Ministério do Adolescente para o Mato Grosso do Sul. – Com reportagem de Luciana Maite, Francis Matos, Patrick Rocha, Bianca Lorini, Alana Souza, Luzia Moura, Thaiane Firmino e Rosemeire Félix. Revista Adventista I outubro • 2012 35 Editais Convocação da 7ª Assembleia Geral Ordinária da Instituição Adventista de Educação e Assistência Social Este Brasileira Em cumprimento à deliberação do conselho administrativo, tomada em sua reunião do dia 6 de junho de 2012, com base na disposição do Artigo 20 do vigente Estatuto, fica convocada a 7ª Assembleia Geral Ordinária da Instituição Adventista de Educação e Assistência Social Este Brasileira, pessoa jurídica de direito privado, com inscrição no CNPJ sob o n° 73.686.370/000106, com sede localizada na Av. Sete de Setembro, n° 69, bairro Icaraí, Niterói, RJ, CEP 24230-250, com seu vigente Estatuto devidamente registrado sob o nº 355, Livro A-2, Folhas 064, no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, 3º Ofício de Niterói – RJ, a realizar-se no dia 7 de novembro de 2012 no Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE), localizado na BR 040, km 68, bairro Araras, Petrópolis, RJ, com início às 15 horas, para tratar dos seguintes assuntos: (1) aprovar emendas, alterações e/ou reformas do Estatuto; (2) eleger os membros do conselho administrativo de conformidade com o Artigo 21, com mandato de cinco anos; (3) eleger a diretoria com mandato de cinco anos; (4) apreciar e aprovar relatórios apresentados pela diretoria executiva; (5) ratificar balanços e demonstrativos de variação patrimonial, aprovados pelo conselho administrativo; (6) apreciar e deliberar sobre outros assuntos propostos pelo conselho administrativo ou pela diretoria executiva. Niterói, RJ, 10 de agosto de 2012 Maurício Pinto Lima, presidente Leonidas Verneque Guedes, secretário Convocação da 6ª Assembleia Geral Ordinária da Instituição Adventista Este Brasileira de Prevenção e Assistência à Saúde Em cumprimento à deliberação do conselho administrativo, tomada em sua reunião do dia 6 de junho de 2012, com base na disposição do Artigo 18 do vigente Estatuto, fica convocada a 6ª Assembleia Geral Ordinária da Instituição Adventista Este Brasileira de Prevenção e Assistência à Saúde, pessoa jurídica de direito privado, com inscrição no CNPJ sob o N° 73.696.718/0001-38, com seu vigente Estatuto devidamente registrado sob o nº 356, Livro A-2, Folhas 65, no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, 3º Ofício de Niterói, RJ, com sede localizada na Av. Sete de Setembro, n° 69, bairro Icaraí, Niterói, RJ, CEP 24230250, a realizar-se no dia 7 de novembro de 2012 no Instituto Petropolitano Adventista de Ensino, localizado na BR 040, km 68, bairro Araras, Petrópolis, 36 Revista Adventista I outubro • 2012 RJ, com início a partir das 16 horas, para tratar dos seguintes assuntos: (1) aprovar emendas, alterações e/ou reformas do Estatuto; (2) eleger os membros do conselho administrativo de conformidade com o Artigo 19, com mandato de cinco anos; (3) eleger a diretoria com mandato de cinco anos; (4) apreciar e aprovar relatórios apresentados pela diretoria executiva; (5) ratificar balanços e demonstrativos de variação patrimonial, aprovados pelo conselho administrativo; (6) apreciar e deliberar sobre outros assuntos propostos pelo conselho administrativo ou pela diretoria executiva. Niterói, RJ, 10 de agosto de 2012 Maurício Pinto Lima, presidente Leonidas Verneque Guedes, secretário Convocação da Assembleia de Organização da Missão Mineira Norte da Igreja Adventista do Sétimo Dia Em cumprimento à deliberação da comissão diretiva da Associação da União Sudeste Brasileira dos Adventistas do Sétimo Dia, em sua reunião do dia 6 de junho de 2012, fica convocado, pelo presente edital, a Assembleia de Organização da Missão Mineira Norte dos Adventistas do Sétimo Dia. Em conformidade com os Regulamentos Eclesiástico-Administrativos da Divisão Sul-Americana da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, e considerando seu voto 2012-141 da Divisão Sul-Americana, hoje, por meio do voto 2012-050 da comissão diretiva da União Sudeste Brasileira, convoca a Assembleia de Organização da nova Missão Mineira Norte, para se reunir no dia 15 de novembro de 2012, na Igreja Adventista do Sétimo Dia Central de Montes Claros, situada à Rua Antônio Rodrigues, nº 330, bairro São José, Montes Claros, MG, com início previsto para as 14 horas. O corpo de delegados que deliberará nesta Assembleia será constituído por: regulares e gerais. Os delegados regulares serão indicados pelas igrejas organizadas existentes no território do novo Campo, nas seguintes proporções: (a) um delegado regular por igreja, independentemente do número de seus membros; (b) um delegado adicional para cada 500 membros da igreja e os representantes da Igreja da Associação, pelo mesmo critério das igrejas organizadas votado pela comissão diretiva da União. Os delegados gerais serão: (a) os membros da comissão diretiva da “Missão”; (b) os membros da comissão diretiva da União, da Divisão e da Associação Geral presentes, não devendo o número destes exceder a 10% dos delegados regulares; (c) os ministros licenciados e ordenados, assim como os obreiros e colportores com credencial missionária em atividade na “Missão Mineira Norte” e em plena comunhão com a Igreja; (d) um representante de cada instituição da “Missão”, União ou da Divisão, localizadas na jurisdição da “Missão”, indicados pelas respectivas comissões diretivas; (e) outras pessoas que sejam recomendadas pela comissão diretiva da “Missão” e aceitas pela Assembleia, não podendo o número dessas exceder a 10% dos delegados regulares. De acordo com os Regulamentos Eclesiástico-Administrativos da Divisão Sul-Americana, esta Assembleia instalar-se-á com o quórum de 51% dos delegados credenciados. Não será permitida a representação dos delegados por procuração à Assembleia. Esta Assembleia terá as seguintes atribuições: (a) eleger os secretários de departamentos para um mandato de quatro anos; (b) eleger a comissão diretiva; (c) receber as igrejas que tenham sido organizadas dentro do território da nova Missão, após a última AGO da Associação Mineira Central; (d) tomar conhecimento do Regulamento Interno que regerá as atividades da Missão Mineira Norte. Niterói, RJ, 10 de agosto de 2012 Maurício Pinto Lima, presidente Leonidas Verneque Guedes, secretário Convocação da 19ª Assembleia Geral Ordinária da União Sudeste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia Em cumprimento à deliberação da comissão diretiva da Associação da União Sudeste Brasileira dos Adventistas do Sétimo Dia, em sua reunião do dia 6 de junho de 2012, com base no Artigo 19 do Estatuto vigente, fica convocada, pelo presente edital, a 19ª Assembleia Geral Ordinária da Associação da União Sudeste Brasileira dos Adventistas do Sétimo Dia, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ-MF sob o nº 30.097.554/0001-10, com sede localizada na Av. Sete de Setembro, n° 69, Icaraí, Niterói, RJ, CEP: 24230-250, telefone n° (21) 2199-1000 para os dias 6 e 7 de novembro de 2012, a realizar-se nas instalações do Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE), localizado na BR 040, km 68, no sentido RJ/JF, bairro Araras, Petrópolis, RJ, com início previsto para às 19h30 do dia 6 de novembro de 2012. Conforme o Artigo 20 do Estatuto e incisos I, II, III, IV, V e VI, a Assembleia terá as seguintes atribuições: (1) aprovar emendas, alterações e ou reformas do Estatuto; (2) eleger a diretoria e os secretários dos departamentos da União Sudeste, com mandato de cinco anos; (3) apreciar e aprovar relatórios apresentados pela diretoria; (4) ratificar balanços e demonstrativos de variação patrimonial aprovados pela comissão diretiva; (5) e apreciar e deliberar sobre outros assuntos propostos por essa comissão ou pela diretoria da União Sudeste. Os órgãos-membros deverão indicar seus delegados, em conformidade com o disposto no Artigo 25 do Estatuto vigente. Sendo vedada a participação de delegados na Assembleia por procuração. Niterói, RJ, 6 de junho de 2012. Mauricio Pinto Lima, presidente Leonidas Verneque Guedes, secretário Convocação da 1ª Assembleia Geral Denominacional da Missão Oeste do Pará da Igreja Adventista do Sétimo Dia Em cumprimento à deliberação tomada pela comissão diretiva da União Norte-Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em 29 de agosto de 2012, convocamos a 1ª Assembleia Geral Denominacional da Missão Oeste do Pará da Igreja Adventista do Sétimo Dia (Mopa), a ser realizada nos dias 9 e 10 de dezembro de 2012, no Hotel Amazônia Boulevard, à Avenida Mendonça Furtado, n° 2.946, bairro Fátima, em Santarém, PA. A Assembleia será instalada às 15h30, em primeira convocação, com a presença de pelo menos 51% (cinquenta e um por cento) dos delegados regulares, conforme estabelece o inciso 6, do artigo VI, do Regulamento Interno da Missão Oeste do Pará (“Regulamento Eclesiástico-Administrativo”, D-25-05). Caso não haja quórum na primeira chamada, será feita nova verificação uma hora depois e a Assembleia será instalada com quórum de 30% (trinta por cento) dos delegados regulares. A Assembleia estará constituída por delegados regulares e gerais, conforme estabelece o artigo III, do regulamento. De acordo com o artigo VI, inciso 7, letra “b”, do regulamento, somente será computado o voto do delegado que estiver presente fisicamente no momento da votação. Não se aceitará em nenhum caso, voto por procuração, preposição, carta ou consulta aos meios de comunicação eletrônica. Os delegados regulares serão eleitos e credenciados pelas igrejas organizadas do território da Missão, na seguinte base: cada igreja terá direito a nomear um delegado regular, independentemente do número de seus membros, mais um delegado adicional para cada mil membros, calculados para todos os efeitos sobre o número de membros existente em 31 de dezembro de 2011. Todos os delegados regulares devem ser membros ativos da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em plena comunhão com a Igreja e nomeados dentre seus membros regulares de acordo com o disposto no Manual da Igreja. Os delegados gerais serão: (a) os membros da comissão diretiva da União, da Divisão e da Associação Geral presentes, não devendo o número destes exceder a 10% (dez por cento) dos delegados regulares; (b) os ministros licenciados e ordenados, assim como obreiros e colportores, estes com credencial missionária, em atividade no território da Missão e em plena comunhão com a igreja; (c) um representante de cada instituição da Missão, da União ou da Divisão, localizada na jurisdição da Missão, indicados pelas respectivas comissões diretivas; (d) outras pessoas do corpo de obreiros da Missão e de suas instituições que sejam recomendadas pela comissão diretiva da União e aceitas pela assembleia, não podendo o número destes exceder a 10% dos delegados regulares. A assembleia instalar-se-á com a finalidade de: (1) receber as igrejas que tenham sido organizadas dentro do território da Missão após a assembleia de organização ocorrida em 2008; (2) tomar conhecimento das alterações do Regulamento Interno que rege as atividades da Missão Oeste do Pará, outorgado pela UNB; (3) eleger para um mandato de quatro anos, nos termos do artigo IX do Regulamento Interno, o secretário da associação ministerial, e os secretários dos departamentos e serviços da Missão em número recomendado pela DSA e os membros da comissão diretiva; (4) planejar o desenvolvimento da obra no território da Missão Oeste do Pará, em harmonia com os regulamentos e deliberações da União Norte-Brasileira e da Divisão Sul-Americana. (b) apreciar e deliberar sobre os relatórios do pastor-geral, do secretário, do tesoureiro, do secretário da associação ministerial, dos secretários dos departamentos e serviços e dos administradores das instituições da “Associação”; (c) eleger os administradores, o secretário da associação ministerial, os secretários dos departamentos e serviços e os membros da comissão diretiva da “Associação”, estes de acordo com o Artigo VII; (d) aprovar alterações ou modificações no Ato Constitutivo e neste Regulamento Interno, observadas as diretrizes fixadas no modelo aprovado pela Divisão; (e) elaborar planos para o maior desenvolvimento de suas atividades, em harmonia com os regulamentos e as deliberações da União e Divisão. Não será permitida a representação dos delegados por procuração na Assembleia. Santarém, PA, 30 de agosto de 2012. Nelson José da Silva Filho, presidente Francisco Carlos Bussons da Silva, secretário Convocação da 10ª Assembleia Geral da Associação Mineira Sul da Igreja Adventista do Sétimo Dia Em cumprimento à deliberação da comissão diretiva da Associação Mineira Sul da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em reunião realizada em sua sede administrativa, à Rua Barão de Cataguases, 121, Juiz de Fora, MG, às 9 horas do dia 9 de agosto de 2012, referendada pela comissão diretiva da União Sudeste Brasileira, mantenedora, com fundamento no Regulamento Interno em vigor no seu Artigo 2°, fica convocada, pelo presente edital, a 10ª Assembleia Geral Ordinária da Associação Mineira Sul, a ser realizada nos dias 2 e 3 de dezembro de 2012, na Faculdade Adventista de Minas Gerais (Fadminas), localizada à Estação Ferroviária de Ityrapuan, Lavras, MG, com início previsto para as 19h30m do dia 2 de dezembro do corrente ano, com a presença de 51% dos delegados convocados, conforme reza o Artigo II, Inciso 6, do referido regulamento. E em consonância com o Artigo V, esta Assembleia terá as seguintes atribuições: (a) eleger os administradores, o secretário da associação ministerial, os secretários dos departamentos para um mandato de quatro anos e a comissão diretiva; (b) apreciar os relatórios da diretoria da associação; (c) receber as novas igrejas organizadas no período findo; (d) adotar, alterar ou modificar o Ato Constitutivo e ou Regulamento Interno; (d) estabelecer metas e planos para o próximo quadriênio; (e) e outros assuntos encaminhados pela comissão diretiva desta Associação, conforme Artigo II, Inciso 3. A assembleia será constituída por delegados regulares e gerais, de acordo com o Artigo III, incisos 1, 2, 3, 4 e 5, do Regulamento Interno em vigor. Não será permitida a representação de delegados por procuração à Assembleia, conforme Artigo II, Inciso 7, letra b. Convocação da 8ª Assembleia Denominacional da Associação Mato‑ Grossense da Igreja Adventista do Sétimo Dia Em cumprimento à deliberação da comissão diretiva plenária da Associação Mato-Grossense, tomada em 13 de junho de 2012, em conselho com os administradores da União Centro-Oeste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com fundamento no Regulamento Interno em vigência, no seu Artigo II, Inciso I, fica convocada a 8ª Assembleia Denominacional Ordinária da Associação Mato- Grossense da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a realizar-se nos dias 8 e 9 de dezembro de 2012, no Hotel Holiday Inn, à Avenida Miguel Sutil, 2.050, bairro Areão, Cuiabá, MT. A Assembleia será instalada às 20 horas do dia 8, com a primeira verificação do quórum mínimo de 51% dos delegados regulares mencionados no Artigo III, Inciso 2, do Regulamento Interno da Associação Mato-Grossense, ou em segunda verificação, uma hora depois, com o quórum de 30% dos delegados regulares. Neste caso, as deliberações deverão ser tomadas pelo voto de pelo menos dois terços dos delegados regulares e gerais presentes, conforme Artigo II, Inciso 6. A Assembleia Geral será constituída pelos delegados regulares e gerais conforme especificação do Artigo III, Incisos 1 a 3 do Regulamento Interno. A Assembleia Geral deliberará sobre a seguinte ordem do dia, de acordo com o disposto no Artigo II, Inciso 3 – compete a Assembleia Geral Ordinária: (a) receber as novas igrejas organizadas anteriormente à sua realização; Cuiabá, MT, 13 de junho de 2012. Williams Moreira César, pastor-geral Uesley Peyerl, secretário Juiz de Fora, MG, 9 de agosto de 2012. Itamar Lelis Rodrigues, presidente Judson Henriques Lino, secretário Convocação da 2ª Assembleia Denominacional Ordinária da Missão do Tocantins da Igreja Adventista do Sétimo Dia Em cumprimento à deliberação da comissão diretiva, em sessão realizada na sua sede administrativa, localizada à QD 106 Sul, Av. NS 06, Lt. 06, Plano Diretor Sul, Palmas, TO, às 14 horas do dia 9 de maio de 2012, referendada pela comissão diretiva da União Centro-Oeste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com fundamento no Regulamento Interno em vigência no seu Artigo 2, fica convocada a 2ª Assembleia Denominacional Ordinária da Missão do Tocantins da Igreja Adventista do Sétimo Dia, CNPJ 07.121.135/001630, a realizar-se nos dias 1º e 2 de dezembro de 2012, no auditório da Escola Adventista, localizado à Quadra 210 Sul, Alameda 11, Lote 02, Setor Central, Palmas, TO. A Assembleia será instalada às 9 horas do dia 1º, em primeira convocação, com a presença de pelo menos 51% dos delegados credenciados conforme as proporções fixadas pelo Artigo 6 do Regulamento Interno. Os itens da agenda, de acordo com os Artigos 9º e 10º do Regulamento Interno, são os seguintes: (a) eleger o secretário da associação ministerial e os secretários dos departamentos da Missão do Tocantins; (b) eleger os membros da comissão diretiva da Missão, de acordo com as disposições do Artigo 10 do Regulamento Interno; (c) apreciar e deliberar sobre os relatórios do pastor-geral, do secretário regional, do tesoureiro regional, dos secretários dos departamentos e dos administradores das instituições da Missão; (d) receber as novas igrejas que foram devidamente organizadas até a data de sua realização e deliberar sobre a eventual dissolução de qualquer delas; (e) apreciar e aprovar a nova redação do Regulamento Interno proposta pela comissão diretiva, observadas as limitações e vinculações constantes nos instrumentos-modelo, aprovados pela Divisão Sul-Americana e Associação Geral; (f) planejar o melhor desenvolvimento da obra, em harmonia com os regulamentos e as deliberações da União e da Divisão; (g) apreciar outros assuntos relacionados com as atividades da Missão do Tocantins, propostos pela comissão diretiva, pela diretoria eclesiástica ou que constarem em edital de convocação. Palmas, TO, 8 de agosto de 2012. Salomão Sarmento de Souza, presidente Marcos Roberto Pereira Nunes, secretário Convocação da 1ª Assembleia Geral Ordinária da Associação Sul-Espírito-Santense da Igreja Adventista do Sétimo Dia Em cumprimento à deliberação da comissão diretiva da Associação Sul-Espírito-Santense da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em reunião realizada no dia 6 de setembro de 2012, fica convocada, pelo presente edital, a 1ª Assembleia Geral Ordinária desta Associação, para os dias 9 e 10 de dezembro de 2012, com início previsto para as 19h30 do dia 9, nas dependências do Catres (Centro Adventista de Treinamento e Recreação-ES), à Rua Morro das Casas, s/n, Praia do Morro, Guarapari, ES. A finalidade da Assembleia é: (a) eleger a nova diretoria (presidente, secretário e tesoureiro) da Associação; o secretário da associação ministerial e os secretários departamentais para o período de quatro anos; (b) nomear os membros da comissão diretiva da Associação em harmonia com o Artigo II das Assembleias, Inciso 3, letra ‘’d’’ do Regulamento Interno; (c) aprovar os relatórios apresentados pelos administradores da Associação; (d) receber as novas igrejas que foram organizadas durante o quadriênio; (e) adotar, alterar ou modificar o Ato Constitutivo e o Regulamento Interno, se for necessário, observadas as limitações e vinculações constantes nos Regulamentos Eclesiástico-Administrativos aprovados pela Divisão Sul-Americana; (f) tratar de outros assuntos que sejam de interesse geral da Associação propostos em Assembleia. A Assembleia será constituída por delegados regulares e delegados gerais, de acordo com a disposição do Artigo III, Inciso 1, 2, 3, e 4 do Regulamento Interno. A nomeação dos delegados será feita tendo por base o número de membros da igreja em 31 de dezembro do ano anterior. A Assembleia Geral Ordinária será instalada às 19h30 do dia 9 de dezembro de 2012, com a presença mínima de 51% dos delegados regulares previstos pelo Artigo II, Inciso 6. Não havendo número de delegados presentes na abertura, suficientes para a instalação da Assembleia, com base no artigo II, Inciso 6, a mesma poderá ser instalada uma hora depois, com o quórum de 30% dos delegados regulares presentes. Neste caso, as deliberações deverão ser tomadas pelo voto de pelo menos dois terços dos delegados regulares e gerais presentes. Neste caso, deverá ser observado o quórum mínimo em todas as sessões. O presente edital será publicado no órgão oficial da IASD, Revista Adventista, com cópia para os delegados através do correio eletrônico (e-mail), como também publicado no site oficial desta Associação. Não será permitida a representação de delegados por procuração à Assembleia. Cariacica, ES, 10 de setembro de 2012. Moisés Dias de Carvalho Júnior, presidente Joel Fernandes de Carvalho Filho, secretário Revista Adventista I outubro • 2012 37 Saúde Sinal de fumaça Escolas e igrejas alertam a população sobre os riscos do cigarro. Segundo pesquisa, Brasil é um dos países com maior índice de ex-fumantes e 1.500 folhetos aos fumantes. No trajeto, os estudantes encontraram um grupo de grevistas que cedeu o microfone para que os menores falassem sobre a campanha antitabagista. Um médico acompanhou os alunos dando orientação adicional para quem Florianópolis: 300 maçãs e 1.500 folhetos era abordado fumando. para os fumantes Emissoras de TV e rádio locais deram destaque para a ação. Da redação O Brasil é o terceiro país do mundo com a maior porcentagem de ex-fumantes. A boa notícia foi dada pela revista médica The Lancet, em agosto, ao publicar um estudo de dois anos em países em desenvolvimento e nos Estados Unidos e Reino Unido. Segundo o levantamento, 46,4% dos brasileiros e 47,7% das brasileiras que disseram que já fumaram diariamente no passado tinham abandonado o vício. O combate ao tabaco e o apoio para que pessoas deixem o vício já é uma prática adventista de mais de 50 anos. No entanto, duas datas anuais, costumam ser usadas por escolas e igrejas na promoção desta causa: Dia Mundial (31 de maio) e Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto). Abaixo você confere as principais mobilizações que ergueram essa bandeira em favor da saúde. PR – No litoral paranaense, a Escola Adventista de Paranaguá, se uniu a todas as igrejas adventistas locais para montar um túnel em formato de cigarro na Praça da Marinha, ao lado de um terminal de ônibus urbano, chamando a atenção dos pedestres. Os fiéis ainda saíram em passeata pela cidade. No interior do Estado, os estudantes da Escola Adventista de União da Vitória saíram pelas ruas com caixões de papelão e fanfarra para lembrar os moradores sobre a data. Em Maringá, membros da Igreja Central e do colégio adventista participaram de uma maratona e uma feira de saúde contra o fumo. Patrocinado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), o evento contou com mais de 2.400 pessoas. Mais de trezentas equipes se revezaram para completar os 42.195 metros da prova. SC – Em Florianópolis, alunos do Colégio Adventista, unidade central, distribuíram 300 maçãs RS – Em Porto Alegre, o Colégio Adventista Marechal Rondon mobilizou 500 alunos, pais e educa- Maringá, PR: adventistas participaram de maratona e feira de saúde contra o fumo dores, no dia 2 de setembro, para uma corrida e caminhada contra o fumo nos arredores da escola. O evento esportivo foi uma extensão do curso antitabagista oferecido gratuitamente para a comunidade. Os estudantes também escreveram cartas para os fumantes que participaram do curso. A fanfarra dos desbravadores foi à frente dos atletas chamando a atenção para a causa. Faixas e cartazes completaram o recado. SP – Na Escola Adventista de Campo Grande, na Zona Sul de São Paulo, depois de aprender sobre os riscos do fumo, os alunos saíram às ruas para oferecer à população, a troca da nicotina (maço de cigarro) por vitamina (uma maçã). Os estudantes também convidaram os fumantes que encontraram para participar de um curso antitabagista. O programa contra o fumo teve a cobertura da Rede Globo. RO – Em Porto Velho, RO, 400 alunos do colégio adventista entregaram folhetos sobre o fumo durante uma caminhada até a Praça Marechal Deodoro. Um estande em forma de cigarro com maquetes e encenações atraiu a atenção da população que circulava pela Avenida Sete de Setembro. Os alunos e professores não falaram apenas sobre os malefícios Rondônia: 400 alunos em manifestação contra o fumo individuais do fumo, mas sobre as implicações socioambientais de sua produção e consumo. Segundo Ana Clarice, médica sanitarista do Hospital de Base de Porto Velho, um dos maiores desafios no combate ao tabagismo está na facilidade de acesso ao cigarro. “Essa liberdade torna o tabaco, nesse aspecto, muito mais difícil de parar. As pesquisas apontam que o indivíduo consegue parar de fumar depois da terceira ou quarta tentativas”, explicou. A médica ainda informa que o número de fumantes no país vem diminuindo nos últimos anos. “Se compararmos com 1989, quando tínhamos uma prevalência de 34% de fumantes, hoje a gente tem 17%, de acordo com a última pesquisa do Ministério da Saúde. É uma queda muito importante”, destacou. Em 2011, o Brasil gastou 21 bilhões de reias no tratamento de doenças relacionadas ao tabaco, mas um em cada cinco homens e uma em cada dez mulheres morrem devido ao fumo. – Com reportagem de William Vieira, Eclesiastes Medeiros, Priscilla Stehling, Daniel Gonçalves e Francis Matos. São Paulo: da sala de aula para as ruas. Alunos fizeram passeata para lembrar a população sobre os malefícios do cigarro Revista Adventista I outubro • 2012 39 Gente Bodas de Diamante (60 anos) becher, em Erval Seco, RS, pelo pastor Eliezer Vargas. O casal tem seis filhos e seis netos. Comentarista esportivo recebe estudo bíblico no aeroporto Bodas de Ouro (50 anos) De Aurino e Ivone Azevedo, em Abreu Lima, na região metropolitana de Recife, PE, pelo pastor Ivo Vasconcelos, um dos sobrinhos do casal. Aurino e Ivone têm cinco filhos, 13 netos e 10 bisnetos. De Ervino e Siloca Grams. O casal tem quatro filhos, oito netos e seis bisnetos. De Anísio e Jurema Chagas, em Florianópolis, SC. A cerimônia foi realizada na Igreja do bairro Estreito, pelo pastor Fernando Iglesias. O pastor Anísio atuou em diversas áreas da Igreja, entre elas, relações públicas e comunicação. Atualmente, participa da Rádio Novo Tempo da cidade e em um canal de TV estadual. Ele e a esposa auxiliam também a ADRA na região. O casal tem três filhos e cinco netos. De Dermival Antonio e Rosa Faria de Oliveira Prato, em Fernandópolis, SP. Eles frequentam a Igreja Central da cidade. O casal tem dois filhos, duas netas e uma bisneta. De Freimundo e Iris Kupas Lewerenz, em Jaraguá do Sul, SC, pelo pastor Dieter Gustavo Bruns. O casal tem quatro filhos, seis netos e um bisneto. De Francisco Rodrigues e Maria Ivanir da Silva, em Hortolândia, SP, pelo pastor Edson Vicente de Lima. O casal frequenta a igreja do IASP e tem três filhos e cinco netos. De Heitor Picksius e Helena Streit Picksius, em São Bento do Sul, SC, pelo pastor Heber Toth Armi. O casal tem seis filhos, sete netos e uma bisneta. De Alberto e Eliria Gerke Sturz- De Lino e Winifrid Wuttke Schönau, em Jaraguá do Sul, SC. Ela é bisneta de Guilherme Belz, primeiro guardador do sábado adventista no Brasil. A cerimônia foi oficiada pelos pastores Dieter Gustavo Bruns e Vanderlei Luiz Moraes, na Igreja Central da cidade, onde Lino e Winifrid são membros. F A LE C IMENTOS “Bem-aventurados os que desde agora morrem no Senhor” Ap 14:13 [email protected] Adão Batista dos Santos – Aos 81 anos de idade, em Taquara, RS. Era adventista havia 48 anos. Ajudou a fundar a igreja da qual era membro, sendo também líder do ministério pessoal, diácono e diretor de grupo. Deixa familiares. Altair Ferreira Diot – Aos 96 anos, em Sumaré, SP, de falência múltipla dos órgãos. Era adventista havia 60 anos. Deixa sete filhos, 20 netos, 11 bisnetos e três trinetos. 40 Revista Adventista I outubro • 2012 Angelina Biazotto Pércio – Aos 96 anos, em Engenheiro Coelho, SP. Era adventista havia 57 anos. Deixa familiares. Anísio Custódio Almeida – Aos 91 anos, em Casimiro de Abreu, RJ. Foi um dos pioneiros da igreja nessa região e um dos fundadores da Igreja de Vila Verde. Era ativo no trabalho missionário. Deixa esposa, 12 filhos,15 netos e quatro bisnetos. Os pastores Ericson Danese e Adriano Luz, líderes do ministério jovem no sul do país, entregaram um estudo bíblico O Resgate da Verdade ao ex-jogador de futebol, técnico, comentarista esportivo e jornalista Paulo Roberto Falcão. Os líderes da igreja e o ex-jogador estavam no mesmo voo, de São Paulo a Porto Alegre. Governador de Santa Catarina recebe livro O Grande Conflito No dia 20 de agosto, o governador catarinense, Raimundo Colombo, recebeu em sua residência oficial a visita de representantes da Igreja Adventista no estado. O encontro teve o objetivo de tornar conhecida a obra da igreja em geral, suas instituições, projetos e envolvimento social. Ao final, foram entregues materiais como o livro O Grande Conflito, o filme A Mensagem (sobre o adventismo no Brasil) e a revista Esperança Viva. Antonio Braz Pereira Junior – Aos 37 anos, em Itapetininga, SP, de acidente automobilístico. Era membro da Igreja de Morada do Sol I, em Indaiatuba, SP. Ocupou os cargos de ancião, tesoureiro, diretor de jovens e professor de Escola Sabatina. Deixa esposa e filho. Antonio Cabana Mateo – Aos 92 anos, em São Bernardo do Campo, SP. Era adventista havia 33 anos e frequentava a Igreja Central de Santo André, SP. Foi diácono durante 25 anos. Deixa três filhos, cinco netos e cinco bisnetos. Arminda Gomes Ferreira – Aos 96 anos, em Vila Velha, ES, de insuficiência Revistas de outubro Vida e Saúde Infância infeliz – O impacto da vida moderna sobre as emoções das crianças. Ele também tem – O câncer de mama não é exclusividade feminina. Homens diagnosticados a tempo têm elevadas chances de cura. Finanças – Estratégias para driblar problemas emocionais e de relacionamento gerados por uma crise econômica. Nosso Amiguinho Aventuras da turma – Por que existe o horário de verão? Por causa dele, o Quico corre o risco de perder um belo passeio com a Turma. Recortar & armar – Monte e divirta-se com um dos lugares preferidos do Sabino. Qual será? Descubra como funciona – Sabia que dente também tem raiz? E tem outras partes muito importantes que você vai conhecer na revista deste mês. Nosso Amiguinho Júnior Crianças e adultos passam o tempo ocupados com alguma coisa: escola ou trabalho. Não é ruim, mas as pessoas também precisam ter momentos de lazer. Na revista deste mês, vamos ver um pouco sobre isso. respiratória. Era adventista havia 64 anos. Atuou no serviço social da igreja e como diaconisa. Foi também uma das fundadoras da Igreja de São Torquato, na mesma cidade e, nos últimos quatro anos, frequentava a Igreja de Reviera da Barra. Deixa sete filhos, 14 netos e nove bisnetos. Auby Alves de Oliveira – Aos 80 anos, em Ribeirão Claro, SP. Era adventista havia 33 anos e atuou no ministério pessoal. Deixa esposa, filhos, netos e bisnetos. Aurélio Vechi – Aos 82 anos, em Apucarana, PR. Era adventista havia 37 anos. Atuou como diácono na Igreja de Vila Nova. Deixa esposa, seis filhos, doze netos e quatro bisnetos. Célia Felix – Aos 61 anos, em Duque de Caxias, RJ, de câncer. Frequentava a Igreja de Pedras. Foi líder de jovens e diretora de Escola Sabatina. Trabalhou por 23 anos no Instituto Adventista Caxiense, como professora. Deixa esposo. Cesário de Abreu Netto – Aos 94 anos, em Bom Retiro, SC. Era filho de pioneiros adventistas. Em sua juventude trabalhou como colportor. Deixa esposa, duas filhas, seis netos e um bisneto. Claudiano Camargo da Silva – Aos 91 anos, em Caçador, SC, de parada respiratória. Era adventista havia 44 anos. Foi um dos pioneiros no trabalho de recolta e atuou como colportor. Deixa nove filhos, 16 netos e dois bisnetos. Delcídio Justino – Aos 79 anos, em Londrina, PR, de falência múltipla dos órgãos. Era adventista havia 40 anos. Frequentava a Igreja de Vila Brasil. Cantou no quarteto Vozes Celestes e também foi solista. Deixa esposa, três filhos e três netos. Diogo José de Souza – Aos 102 anos, em Manaus, AM. Foi um dos pioneiros do adventismo no Amazonas, participando da fundação das duas primeiras igrejas na capital do estado. Deixa esposa, três filhos, três netas e quatro bisnetos. Edith Schirmer – Aos 87 anos. Frequentava a Igreja de Gaspar Alto Central (a primeira do Brasil) e era bisneta do pioneiro Guilherme Belz. Era diaconisa, atuava na Escola Sabatina, no departamento infantil e auxiliava o ministério da música com cânticos na língua alemã. Deixa duas filhas e cinco netos. Eliezer Sanchez Linares – Aos 73 anos, em Marília, SP, de problemas cardíacos. Era adventista desde a infância. Foi pastor na Bolívia e nas três regiões do Peru (onde atuou também como presidente de campo), incluindo a Amazônia peruana. Deixa esposa, três filhas e três netos. Elvira Hacker – Aos 78 anos, em Marechal Cândido Rondon, PR, de hipertensão, diabetes e falência múltipla dos órgãos. Deixa quatro filhos e netos. Gedeão Wille Junior – Aos 43 anos, em Curitiba, PR, de pneumonia. Era adventista desde a infância. Frequentava a Igreja do bairro Portão. Atuou como cantor e professor da Escola Sabatina. Deixa esposa e duas filhas. Iolanda Lemes de Godoy – Aos 77 anos, em Campo Grande, MS. Era adventista havia 50 anos e frequentava a Igreja do bairro Parque do Sol. Deixa dois filhos, três netos e uma bisneta. Izabel Rodrigues Lucas – Aos 83 anos, em Presidente Prudente, SP, de mal de Alzheimer e falência múltipla dos órgãos. Frequentava a Igreja Central da cidade e trabalhava ativamente na área missionária. Deixa filhos, 11 netos e nove bisnetos. João Ferreira – Aos 90 anos, em Ibitiúra de Minas, MG. Atuou como ancião e diácono e foi um dos fundadores da igreja de Forquilha, MG. Deixa esposa, quatro filhos, dez netos, onze bisnetos e um trineto. João Manoel da Silva – Aos 96 anos. Era adventista havia 48 anos. Foi pioneiro na cidade de Santa Terezinha, GO. Ali doou parte de seu terreno para a construção da igreja da Fazenda Santa Maria, onde frequentava. Deixa esposa, 11 filhos, 24 netos e 10 bisnetos. Joaquim Ferreira de Oliveira – Aos 95 anos, em Tatuí, SP, de pneumonia. Era adventista havia 79 anos. Frequentava a Igreja das Mangueiras. Atuou como professor de Escola Sabatina, diácono e ancião. Trabalhou na Casa Publicadora Brasileira por mais de 30 anos, ainda em Santo André, SP. Gostava muito de escrever artigos para as revistas da CPB. Deixa esposa, duas filhas, cinco netos e dois bisnetos. Jobel dos Santos Cerqueira – Aos 52 anos, em São Francisco do Itabapoana, RJ, de câncer. Era adventista havia 32 anos. Foi diretor do grupo que ajudou a fundar na cidade. Foi também diretor de construção e de Escola Sabatina. Deixa esposa e duas filhas. Jorge Stringari – Aos 88 anos, em Jundiaí, SP, de morte natural. Era adventista havia 51 anos. Frequentava a Igreja Central da cidade, tendo participado da construção do templo. Deixa esposa, quatro filhos, três netos e dois bisnetos. vários anos. Deixa seis filhos, 16 netos e cinco bisnetos. Josefa de Araújo Maia – Aos 77 anos, em Santa Cruz, RJ, de infecção do aparelho urinário. Era adventista havia quase 50 anos. Com o esposo, fundou a igreja da cidade, da qual era membro. Deixa duas filhas, nove netos e quatro bisnetos. Maria Eunice dos Santos – Aos 82 anos. Era adventista havia 20 anos. Atuava como diaconisa. Juraci da Silva – Aos 63 anos, em Joinville, SC, vítima de câncer no pâncreas. Era adventista havia 35 anos e frequentava a Igreja do bairro Bom Retiro. Deixa esposo. Luciana Alves do Nascimento Ferraz – Aos 30 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Era secretária do departamento de Evangelismo da Associação Rio Sul havia nove anos. Deixa esposo e filha. Marcelo Souza Jesus – Aos 34 anos, em Belo Horizonte, MG, vítima de queimadura. Era membro da Igreja Central da cidade e cantava no coral jovem. Deixa familiares. Maria Alexandrina Cardoso de Araujo – Aos 103 anos, em São Paulo, SP, de insuficiência respiratória. Era adventista havia mais de 30 anos. Frequentava a Igreja do Jardim Lilah. Deixa filhos, netos e bisnetos. Maria Antonia de Souza – Aos 86 anos, em Presidente Prudente, SP, vítima de atropelamento. Era adventista havia 52 anos. Frequentava a Igreja do Colégio Adventista de Presidente Prudente, na qual trabalhava como missionária em tempo integral. Maria Aparecida Vizotto da Silva – Aos 93 anos, em Ibitinga, SP. Era adventista desde a infância e frequentava a Igreja Central da cidade. Deixa seis filhos, 19 netos, 34 bisnetos e 10 trinetos. Maria das Neves Costa – Aos 93 anos. Era adventista havia 49 anos. Dedicou-se ao serviço social da igreja por Maria de Lourdes Barbosa Fontes – Aos 73 anos. Era adventista havia 39 anos e frequentava a Igreja Central Paulistana. Deixa dois filhos. Marlene Doraci Schiinemann – Aos 60 anos, em Santa Catarina. Era adventista desde a infância. Deixa esposo, duas filhas, seis netos e uma bisneta. Miguel Alexandre – Aos 67 anos, em Espírito Santo do Pinhal, SP. Era adventista havia 32 anos. Frequentava a Igreja central da cidade e atuou como diácono por vários anos. Deixa três filhos e seis netos. Norberta Araujo Santos – Aos 102 anos, em São Paulo, SP. Era adventista havia 56 anos. Foi uma das pioneiras na Igreja do bairro Itaquera, da qual era membro. Também foi pioneira da igreja no interior da Bahia, onde ajudou na construção de várias igrejas na região de Irecê, Ipanema, Lajedão do Patrício, Caldeirão de Jacó e Utinga. Deixa seis filhos, 16 netos, 19 bisnetos e três trinetos. Olinda Hort Schmitt – Aos 83 anos, em Jaraguá do Sul, SC. Era adventista desde a infância e descendente dos primeiros adventistas no Brasil. Era diaconisa. Atuou também no departamento infantil, na Escola Sabatina, no serviço social e na ação missionária. Deixa quatro filhos, seis netos e um bisneto. Raimundo Ricarte de Normanda – Em Magé, RJ. Membro da Igreja de Praia de Mauá. Deixa esposa, filhos e netos. Roseli Silva – Aos 24 anos, em Teixeira, PB, de falência múltipla dos órgãos. Era adventista havia 10 anos e frequentava a igreja da cidade. Atuou como diretora de grupo e também no ministério da música. Deixa pais e irmãos. Revista Adventista I outubro • 2012 41 Semana de Oração dos menores Anne-May Wollan O reavivamento e a Palavra Primeiro Sábado O precioso Livro de Deus “A Tua Palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Sl 119:105, NVI). No alto das montanhas do norte da Itália e da França vivia um grupo de pessoas chamadas valdenses, que amavam a Deus. Eram pessoas que também amavam a Bíblia e procuravam viver fielmente de acordo com seus ensinos. Numa época em que os sacerdotes e monges da Igreja Romana eram os únicos que podiam ler e ensinar a Bíblia na língua latina, os valdenses conseguiram um exemplar da Bíblia e a traduziram para a sua própria língua. Muitos deles até memorizavam porções inteiras da Palavra de Deus. A Igreja Romana ensinava o povo a orar para a virgem Maria e a confessar seus pecados aos sacerdotes. Os valdenses, porém, acreditavam no que a Bíblia ensina: devemos orar diretamente a Deus. Toda vez que os valdenses encontravam pessoas que demonstravam interesse pela Palavra de Deus, eles falavam sobre o que a Bíblia diz a respeito de um Deus amoroso, que enviou Seu Filho Jesus para morrer na cruz e receber a punição por nossos pecados. A única coisa que elas tinham que fazer era crer em Jesus, confessar seus pecados e pedir perdão a Ele. Quando os sacerdotes e monges ouviram o que os valdenses estavam ensinando, ficaram muito irados, ameaçaram colocá-los na prisão e até mesmo matá-los se não parassem de pregar. Entretanto, os valdenses continuavam a estudar a Bíblia fielmente e a partilhar a mensagem que ela contém. O papa ficou furioso e decidiu enviar seus soldados para castigar os valdenses. Quando chegou a notícia de que os soldados romanos estavam a caminho, os valdenses fugiram para as montanhas e se esconderam nas cavernas e no fundo dos vales onde os soldados não podiam encontrá-los. Às vezes, porém, os soldados conseguiam encontrar alguns deles e os matavam. Os valdenses não tinham medo de seguir a Palavra de Deus. Eles confiaram em Jesus como seu bom Amigo, que os havia ajudado ao passar por 42 Revista Adventista I outubro • 2012 tantas dificuldades. Jesus também lhes deu coragem para partilhar a mensagem com outros. A vida deles era transformada quando seguiam o que a Bíblia lhes ensinava. Eles se tornaram amáveis, mais úteis e corajosos para testemunhar do amor de Deus. Isso significa que houve um reavivamento, e eles compreenderam quanto é importante viver de acordo com a vontade de Deus. Os israelitas e a Palavra de Deus – Os israelitas foram um povo especial, esco- lhido por Deus para servir de exemplo àqueles que viviam ao seu redor. Deus deu instruções aos israelitas, por meio dos profetas, para que não tivessem outros deuses diante dEle. Disse também como deviam viver e tratar uns aos outros. Eles obedeciam a Deus na maior parte do tempo e, enquanto eram obedientes, tudo corria bem para eles. Mas então, eles viram os deuses dos povos vizinhos e disseram: “Queremos um deus que possamos ver, igual àqueles que nossos vizinhos têm.” Assim eles começaram a fazer deuses de pedra, de ouro, de prata e de bronze, e se ajoelhavam diante deles e os adoravam. Deus Se entristeceu muito com o que eles fizeram e enviou Seus profetas para dizer aos israelitas que eles seriam punidos por sua infidelidade. Os israelitas compreenderam que haviam feito algo realmente errado. Então, destruíram seus ídolos e imploraram a Deus Seu perdão. Deus amava os israelitas e os perdoou e abençoou, concedendo-lhes muitas riquezas e liberdade. Os israelitas experimentaram um reavivamento, isto é, mudaram sua maneira de viver e passaram a adorar a Deus de todo o coração. Compartilhe e faça 1. Procure o significado da palavra “reavivamento”. Compartilhe alguma coisa que você pode fazer quando sua vida é transformada por Jesus. 2. Memorize um texto bíblico favorito e compartilhe-o com um amigo. DOMINGO A Palavra de Deus em meu coração “Guardei no coração a Tua Palavra para não pecar contra Ti” (Sl 119:11, NVI). Pierre e a esposa, Bianca, e os três filhos, Humberto, Paula e Gabriela, moravam nas montanhas em um dos vales onde viviam os valdenses. Ali, entre as montanhas, Pierre construiu uma cabana de pedra para a família morar e um celeiro com estábulo para os animais da sua fazenda. Certo dia de verão, quando Humberto e suas duas irmãs estavam cuidando das vacas e das cabras, lá nas montanhas, eles viram um grupo de soldados romanos vindo na direção do vale. Eles logo perceberam que os soldados estavam indo na direção em que eles estavam. Correram montanha abaixo o mais rápido que puderam, atravessaram o campo e entraram na pequena cozinha onde a mãe havia acabado de amassar o pão. As três crianças tentaram explicar à sua mãe o que tinham visto. – Os soldados estão a caminho do vale! – Humberto gritou apavorado. – Se eles encontrarem nossa Bíblia, vão tomá-la de nós e queimá-la, e nós seremos colocados na prisão – continuou Paula. – O que vamos fazer, mamãe? – Gabriela perguntou com lágrimas nos olhos. A mamãe Bianca pensou por alguns segundos e disse rapidamente: – Tragam-me a Bíblia. Humberto correu e trouxe a Bíblia para sua mãe. Ela pegou a massa do pão, abriu-a, então embrulhou a Bíblia em um pano de prato, envolveu-a com a massa de modo que parecesse um pão e colocou-a depressa no forno para assar. Minutos depois, os soldados bateram com força na porta. A Sra. Bianca abriu a porta e os convidou a entrar. – Estamos procurando Bíblias escondidas – esbravejou o capitão dos soldados. – E temos ordens para vasculhar sua casa! Os soldados procuraram em todos os lugares, mas não encontraram nenhuma Bíblia na casa nem no celeiro. Procuraram até dentro do forno, mas viram apenas o pão assando. Depois que os soldados partiram, Humberto disse à mãe: – Oh, mamãe, estou tão feliz por eles não terem encontrado nossa Bíblia! Quero aprender a decorá-la ainda mais, pois se acontecer de eles voltarem um dia e tirá-la de nós, não poderão tirar o que está em minha memória. Um homem segundo o coração de Deus – Você se lembra de como o rei Saul queria matar Davi? Davi não havia feito nada de errado e procurava ser sempre fiel a Saul. Certo dia, Davi cortou um pedaço do manto de Saul. Outra vez, ele entrou na tenda de Saul e o encontrou dormindo, mas não lhe fez mal algum. – Deus me guarde de estender a mão sobre o ungido do Senhor – declarou ele. Assim, Davi pegou a lança e o jarro de Saul e saiu, ficando a uma distância segura do acampamento do rei. Então, ele subiu ao topo do monte e gritou: – Saul, por que o senhor quer matar seu servo? Onde estão sua lança e o seu jarro de água? Olhe, aqui estão eles! Eu poderia tê-lo matado enquanto o senhor estava dormindo, mas como poderia eu fazer tamanho mal contra o ungido de Deus? Davi era um homem que guardava a Palavra de Deus em seu coração. Compartilhe e faça 1. Por que devemos guardar a Palavra de Deus em nosso coração? 2. Que diferença a Palavra de Deus pode fazer em nossa vida? 3. Confeccione alguns corações na cor vermelha e escreva neles cinco textos bíblicos que nos ajudam a realizar o que Jesus deseja que façamos. Segunda-Feira Um coração transformado! “As [sementes] que caíram em boa terra são os que, com coração bom e generoso, ouvem a Palavra, a retêm e dão fruto, com perseverança” (Lc 8:15, NVI). Paula, com apenas doze anos, era conhecida por sua bondade e amor por Jesus. Certo dia, a mãe lhe pediu que levasse um pote de frutas em conserva para a Sra. Luiza, uma mulher idosa e bastante pobre que também vivia na pequena vila em que ela morava A Sra. Luiza atendeu à porta e assim que Paula entrou na casa, um belo gato preto a seguiu e entrou também. – Ah, aí vem o Kiko! – Disse a Sra. Luiza. – Ele é meu único amigo. – Eu sou sua amiga também – disse Paula. – E há outra amiga que lhe enviou este presente! – completou, colocando o pote de frutas em conserva nas mãos da idosa senhora. – Isso é para mim? Perguntou a Sra. Luiza. – Como posso agradecer? Ninguém jamais me trouxe nada! Ninguém nem mesmo tira um tempinho para conversar comigo. Paula compreendeu quanto a Sra. Luiza se sentia sozinha, então, ficou algum tempo com ela durante aquela visita. Estava ficando tarde e Paula precisava ir embora. A Sra. Luiza pegou gentilmente nas mãos de Paula e lhe disse: – Como poderei agradecer por vir visitar uma pobre e velha senhora como eu, com quem ninguém mais se importa? Espero que volte mais vezes e não demore muito para me visitar novamente. – Oh, Sra. Luiza – exclamou Paula –, há Alguém que a ama. A senhora O conhece? A Sra. Luiza balançou a cabeça com profunda tristeza. – Não, ninguém me ama. – Jesus a ama, Sra. Luiza! – exclamou Paula com todo o entusiasmo. – Jesus? Conte-me sobre Ele. Eu já ouvi esse nome. Quem é Ele? Paula então falou à Sra. Luiza a respeito do Senhor Jesus, que morreu na cruz, ressuscitou e agora está no Céu esperando que ela Lhe entregue o coração porque Ele a ama muito. – Ele deseja ser seu amigo – disse Paula. – Apenas peça e Lhe entregue o coração. Naquela mesma tarde, a Sra. Luiza orou, entregando o coração a Jesus. O solo fértil – Certa vez, quando Jesus es- tava ensinando o povo, contou aos Seus ouvintes a parábola do lavrador que saiu para semear o campo. Ao espalhar as sementes, algumas caíram na estrada e os passarinhos logo vieram e as comeram. Algumas sementes caíram entre as pedras, onde há pouca terra. Essas sementes brotaram rapidamente, mas o solo não era profundo. Quando veio o sol, as plantas secaram e morreram. Outras sementes caíram entre os espinhos, que acabaram sufocando os brotos. Mas a maior parte das sementes que o lavrador semeou caiu em solo fértil e as plantas produziram grande quantidade de grãos. Quando os discípulos perguntaram a Jesus qual era o significado dessa parábola, Ele explicou que o lavrador saiu a semear a Palavra de Deus. O coração de algumas pessoas é como as sementes que caem pelo caminho: tão logo elas ouvem a Palavra de Deus, Satanás vem e leva a semente, ou a verdade, para longe. Algumas pessoas são como as sementes que caem entre as pedras. Assim que ouvem a Palavra de Deus, elas a aceitam mentalmente, mas não de coração. Quando vêm os problemas, elas desistem e deixam de seguir a vontade de Deus. Outras são como as sementes semeadas entre os espinhos. Elas ouvem a Palavra de Deus, mas o amor ao dinheiro e todas as coisas que gostam de fazer ficam no caminho e sufocam seu desejo de seguir a Palavra de Deus. Há, porém, aquelas pessoas que são como as sementes semeadas no solo fértil. Elas ouvem a Palavra de Deus, aceitam e vivem a vida conforme Deus ordenou. Elas produzem os frutos da bondade, do serviço e do amor para com as pessoas ao seu redor. Muitas aprendem a amar e seguir a Palavra de Deus, porque somente a Palavra de Deus pode nos transformar. Compartilhe e faça 1. Como podemos produzir bons frutos em nossa vida? Na escola? Na comunidade? 2. Faça dois ou três cartões decorados com palavras de melhora ou de ânimo. Escreva uma mensagem em cada um e os entregue a pessoas que necessitam de encorajamento. terça-Feira A Palavra de Deus em nosso coração “Não deixe de falar as palavras deste Livro da Lei e de meditar nelas de dia e de noite, para que você cumpra fielmente tudo o que nele está escrito. Só então os seus caminhos prosperarão e você será bemsucedido” (Js 1:8, NVI). O outono havia chegado. As famílias tinham acabado de fazer a colheita e o feno para os animais, os grãos e os legumes estavam todos armazenados para o inverno. Paula e Gabriela amavam essa estação do ano. Era a época perfeita para fazer trabalhos dentro de casa, como escovar a lã, tecer e fazer tricô. Mas o que mais gostavam dessa época era que os vizinhos se revezavam recebendo todos em suas cabanas para os cultos. Gabriela gostava muito de cantar nesses cultos, especialmente quando chegava um convidado ali no vale e lhes ensinava novos cânticos. Paula gostava de ouvir seu tio ler e ensinar sobre a Bíblia. Algumas vezes, as crianças tinham a oportunidade de recitar os capítulos da Bíblia que haviam aprendido. Paula já sabia de cor uma grande parte do livro de Mateus e havia começado a memorizar o livro de Lucas também. Humberto, que havia estado na Escola de Barbas (para pastores), Revista Adventista I outubro • 2012 43 sabia quase todo o Novo Testamento de cor. Ele estava estudando para se tornar um missionário itinerante, e até o fim do curso ele iria aprender a maior parte da Bíblia de cor, além de poder copiá-la à mão. A Bíblia era algo de grande valor para a família de Pierre, pois viria um tempo em que eles não mais poderiam tê-la consigo. Portanto, era muito importante para eles tê-la guardada em seu coração. Pedras como lembrança – Os israe- litas haviam andado pelo deserto por quarenta anos. Depois que Moisés morreu, Deus nomeou Josué como o novo líder do povo e lhe pediu que se lembrasse, cada dia e cada noite, de ler o que Moisés havia escrito. Então, o Senhor disse a Josué: “Hoje mostrarei a todos os israelitas que Eu estou contigo, assim como estive com Moisés.” Finalmente, chegou o dia em que os israelitas iriam atravessar o rio Jordão e entrar na terra que Deus lhes havia prometido. Deus havia dito a Josué como seria feita a travessia. Ele ficou em pé às margens do rio e ordenou aos sacerdotes que levavam a arca que fossem os primeiros a entrar no rio. Assim que os pés dos sacerdotes tocaram as águas, do lado de cima as águas pararam e, do lado de baixo, elas desapareceram. Foi dito aos sacerdotes que deviam parar no meio do rio, em terra seca, até que todos os israelitas tivessem atravessado para o outro lado. Depois que todos atravessaram em segurança, Josué ordenou que um homem de cada tribo de Israel fosse até o leito do rio, onde os sacerdotes estavam, pegasse uma pedra e a trouxesse para ele. Quando todas as pedras foram entregues a Josué, ele disse aos sacerdotes que saíssem do leito do rio. Assim que os sacerdotes estavam em segurança à margem do rio, as águas do Jordão votaram a correr. À noite, quando os israelitas acamparam pela primeira vez na terra prometida, em um lugar chamado Gilgal, eles se reuniram para adorar a Deus. Josué pegou as doze pedras tiradas do Jordão e as empilhou fazendo uma coluna. Ele fez isso para que toda vez que os israelitas passassem por essas pedras se lembrassem de que Deus é poderoso e digno de respeito e honra, e que Sua Palavra deveria estar sempre em seu coração. Compartilhe e faça 1. Por que é importante estudar a Palavra de Deus? 2. Tente decorar hoje o verso para memorizar e mais cinco outros versos da Bíblia. Depois, compartilhe-os com os professores da Escola Sabatina e com seus amigos. 3. Se você conseguisse memorizar um verso do livro de Mateus cada dia, quantos capítulos você saberia de cor no final do ano? Quarta-Feira A amiga especial de Rute “Falarei dos Teus testemunhos diante de reis, sem ficar envergonhado. Tenho prazer nos Teus mandamentos; eu os amo” (Sl 119:46, 47, NVI). No vale em que Pierre e sua família viviam, havia uma cabana bem escondida entre as árvores. Rute, que tinha onze anos, morava ali com sua família. Quando era apenas uma garotinha, Rute caiu na lareira e queimou seriamente o rosto, ficando com muitas cicatrizes. As crianças da vila não tratavam Rute muito bem e até costumavam caçoar dela e importuná-la chamando-a de “cara de gato”. Laura gostava de Rute e decidiu que seria sua amiga. Certo dia, depois de fazer todas as suas tarefas, ela correu até a cabana da floresta, lá embaixo, para ver Rute. A menina era muito envergonhada e tinha medo de que Laura também zombasse dela. Mas, à medida que as semanas se passavam, Rute começou a confiar em Laura. Um dia ela lhe perguntou: – Por que você vem até aqui? – Porque eu quero ser sua amiga – Laura respondeu. –Ninguém quer ter amizade comigo – disse Rute, com muita tristeza. – Eu sou muito feia para ter amigos. – Quem lhe disse isso? – perguntou Laura. – As crianças aqui da vila – ela respondeu. – Bem, eu quero ser sua amiga – disse Laura – e eu sei de mais Alguém que deseja ser seu Amigo. Os olhos de Rute brilharam e ela exclamou: – Eu nunca tive amigos antes, e agora tenho dois. Quem é o meu outro amigo? – Jesus – Laura respondeu. – Jesus também é seu Amigo. Rute baixou a cabeça e, com tristeza na voz, disse: – Ele não vai querer ser Amigo de alguém como eu. – Oh, Rute, Ele a ama assim como você é. Para Ele você é bonita, e Ele é seu amigo, sim! Você pode falar com Ele sobre o que desejar, e Ele vai tirar a dor e a tristeza que você sente por causa das suas cicatrizes. – Eu quero ser amiga dEle também – disse Rute. – Ajude-me, Laura. Você pode me ajudar a dizer a Ele que desejo ser Sua amiga também? Juntas, as duas meninas se ajoelharam e oraram, e Rute aceitou Jesus como seu Amigo. Acima de tudo, ela agradeceu a Jesus por amá-la assim como era. O testemunho da menina cativa – Você se lembra da história bíblica da menina 44 Revista Adventista I outubro • 2012 judia que foi capturada pelos soldados do rei da Síria? Ela foi capturada para ser serva da esposa do capitão Naamã. Quando a pequena serva judia descobriu que seu senhor, o capitão Naamã, tinha lepra, foi até onde estava a esposa dele e lhe disse: – Gostaria que meu senhor fosse se apresentar ao profeta que mora em Samaria. Ele o curaria da lepra – disse ela. Imediatamente, a esposa de Naamã contou a ele o que a escrava judia lhe havia dito e isso trouxe nova esperança ao coração dele. Quando, finalmente, Naamã chegou à casa do profeta Eliseu, o profeta enviou seu mensageiro para dizer: – Vá mergulhar sete vezes no rio Jordão. Então, sua pele ficará limpa. Ao ouvir isso, Naamã ficou muito irado e saiu. – Eu tinha certeza de que ele sairia e invocaria o nome do Senhor Deus e curaria minha lepra – disse ele. Eu poderia muito bem mergulhar nos rios de Damasco [que são bem mais limpos e bonitos]. Os servos de Naamã, porém, lhe disseram: – Se o profeta tivesse lhe dito para fazer alguma coisa bem difícil, o senhor não a faria? Tudo o que ele disse foi: “Mergulhe e ficará limpo.” Assim, Naamã desceu até o rio Jordão e mergulhou sete vezes. Quando ele saiu da água na sétima vez, sua pele estava totalmente limpa [e lisa, como pele de bebê]. Ele correu para encontrar Eliseu e lhe disse: – Agora estou certo de que não há nenhum outro Deus em nenhum lugar da Terra, a não ser em Israel. Embora Laura e a pequena escrava judia fossem apenas crianças, elas estavam dispostas a testemunhar do Deus que está no Céu. Elas compartilharam Jesus com outros e os resultados foram maravilhosos! Compartilhe e faça 1. De que forma você pode compartilhar o amor de Jesus com seus amigos na escola e na sua comunidade? 2. Faça um marca-páginas e escreva nele seu verso bíblico favorito. Dê o marca-páginas de presente a um amigo da escola que ainda não conhece Jesus. quinta-Feira Um Amigo secreto “Assim o Senhor nos ordenou: ‘Eu fiz de você luz para os gentios, para que você leve a salvação até aos confins da Terra’” (At 13:47, NVI). Pascoal morava nas planícies lá embaixo nos vales valdenses. Ele era um homem rico, que acreditava nos ensinamentos da Igreja Romana. Depois que Pascoal se encontrou com Pierre, que lhe havia ensinado a respeito da Bíblia, ele começou a proteger os valdenses. Certo dia, Pascoal ouviu dizer que os soldados romanos estavam marchando em direção aos vales valdenses e sabia que Pierre e os outros valdenses estavam em perigo. Ele aprontou seu cavalo mais veloz e cavalgou até o vale para avisar Pierre e os outros do perigo que corriam. No caminho vale acima, ele parava em cada pequena cabana e gritava: – Os soldados estão vindo! Os soldados estão vindo! Finalmente, Pascoal chegou ao topo do vale onde Pierre e sua família moravam. – Os soldados estão vindo para matar todos os valdenses! – gritou Pascoal em tom de urgência. Arrumem as malas e fujam para as montanhas da França. Uma hora depois, Pierre, Bianca, Humberto, Paula e Gabriela começaram sua longa e perigosa jornada através das montanhas em busca de um lugar seguro. De perseguidor a seguidor – Saulo, assim como os soldados na história dos valdenses, perseguia os seguidores de Jesus. Saulo acreditava, de todo o coração, que esse Homem, Jesus de Nazaré, que ia de lugar em lugar para pregar, e que havia sido crucificado não fazia muito tempo, fosse um falso profeta e Seus seguidores tinham que morrer. Ele já havia conseguido tirar a vida de muitos e estava viajando para Damasco com uma carta do sumo sacerdote dando-lhe permissão para capturar mais cristãos, tanto homens como mulheres e crianças, e levá-los como prisioneiros a Jerusalém. Saulo estava se aproximando de Damasco quando, de repente, brilhou ao seu redor uma luz forte vinda do Céu. Ele caiu ao chão e escondeu o rosto. Então, ouviu uma voz que também vinha do Céu e lhe dizia: – Saulo, Saulo, por que Me persegues? – Quem és, Senhor? – Saulo perguntou cheio de temor. – Eu sou Jesus, a quem tu persegues – a voz respondeu. – Agora, levante-se e vá até Damasco, e lá lhe dirão o que você deve fazer. Os soldados que viajavam com ele ficaram completamente emudecidos. Eles ouviram a voz, mas não viram ninguém. Saulo se levantou vagarosamente e abriu os olhos, mas, para seu desespero, não conseguia ver nada. Estava cego! Os soldados o guiaram pela mão até Damasco. Por três dias Saulo ficou cego. Deus, porém, ordenou a Ananias que fosse curar Saulo, dizendo-lhe: – Vá! Eu escolhi esse homem e ele será um missionário para pregar aos pagãos [pessoas que não acreditavam em Jesus] a Meu respeito. Ananias foi até a casa em que estava Saulo. Colocou as mãos sobre ele e sua vista foi curada. Saulo foi transformado ao se encontrar com Cristo. Ele se tornou Paulo, um seguidor de Jesus, que viajou por toda região do Mar Mediterrâneo pregando e ensinando a respeito do Salvador. Ele não era mais um perseguidor. Ao se encontrar com Jesus, ele foi transformado. Pascoal se tornou o protetor do povo de Deus e Saulo se tornou um poderoso pregador. Compartilhe e faça 1. Por que a Palavra de Deus é capaz de transformar as pessoas? 2. Elabore uma lista de coisas que você abandonou depois que Jesus passou a ser seu Amigo. sexta-Feira Uma tentação quase insuportável “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4, NVI). Muitos valdenses que moravam no vale juntaram-se a Pierre e sua família na subida da montanha. Para a refeição daquela primeira noite, a Sra. Bianca serviu apenas um pequeno pedaço de pão para cada um. Eles tinham ainda muitos dias pela frente e o alimento que levavam precisava durar até o fim da viagem. Três dias de caminhada tinham se passado e haviam atravessado apenas uma passagem da montanha. Gabriela estava cansada e faminta. Ela só conseguia pensar em comer e dormir. Naquela noite, ela chorou até conseguir pegar no sono. Na manhã seguinte, não tinha a menor vontade de se levantar. Paula estava preocupada com a irmãzinha e lhe prometeu dar um pedaço do seu pão se ela se levantasse e se aprontasse. Na mesma hora, Gabriela se levantou e estava pronta para mais um dia de caminhada. Mais tarde naquele mesmo dia, enquanto continuavam sua escalada, Gabriela viu algo caindo de trás da mula de um vizinho. Era a metade de um pão! – Vou escondê-lo no meu casaco e não vou dizer nada a ninguém. Depois vou comê-lo quando estiver com fome – pensou Gabriela. – Eles estarão com muita fome e não terão nada para comer – veio-lhe à mente. – Isso é roubo. A Bíblia diz que é errado roubar – sua consciência continuava lhe dizendo. Ela não podia fazer aquilo – era errado! Assim, tirou o pão de dentro do casaco, correu até onde estava a família e o entregou dizendo que havia caído da mula. Naquela noite, Gabriela estava feliz, mesmo com o pequeno pedaço de pão que lhe foi dado. Jesus e o tentador – Lembre-se de que Jesus também foi tentado no deserto, onde passou quarenta dias orando e não havia nada para Ele comer. Depois de quarenta dias de jejum, quando Jesus estava com muita fome, Satanás apareceu como um anjo diante dEle. – Se Você é o Filho de Deus, pode transformar essas pedras em pães! Jesus sabia que era Satanás que O estava tentando, então respondeu: – O homem não pode viver só de pão, ele necessita da Palavra de Deus. Satanás não ia desistir. Assim, levou Jesus com ele até Jerusalém, colocou-O no ponto mais alto do templo e Lhe disse: – Mostre-me o tamanho de Sua fé em Deus saltando daqui para baixo. A Bíblia diz que Deus enviará seus anjos para cuidar daqueles que O amam. Jesus, porém, sabia que Satanás estava misturando a verdade com algo que não era verdade e disse: – Deus não deseja que mostremos o quanto confiamos nEle fazendo uma coisa tola. Satanás ainda não quis desistir, então levou Jesus ao alto de uma montanha e Lhe mostrou uma bela visão do mundo, depois Lhe disse: – Você não precisa morrer para salvar o mundo. Eu Lhe darei tudo isso, se Você apenas se ajoelhar e me adorar. – Afaste-se de Mim Satanás! Porque está escrito: Adore somente ao Senhor, seu Deus e sirva somente a Ele. Este mundo pertence a Deus – disse Jesus. Imediatamente, Satanás foi embora. Jesus estava tão fraco por ficar sem comida e água durante quarenta dias, que estava quase morrendo, mas Deus enviou Seus anjos para ajudá-Lo e dar-Lhe forças. Compartilhe e faça 1. Como a Palavra de Deus nos ajuda a resistir à tentação? Faça uma lista de quatro ou cinco maneiras pelas quais podemos vencer a tentação. 2. Escreva dois textos bíblicos que nos ajudam a resistir às tentações de Satanás. Revista Adventista I outubro • 2012 45 segundo sábado Levando avante a missão dada por Deus “Vão e façam discípulos de todas as nações [...], batizandoos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinandoos a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei. E Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28:19, 20, NVI). Carlos Souza / Imagem: Shutterstock Algumas semanas se passaram desde que os valdenses haviam deixado seus lares naquele vale da Itália. Eles atravessaram várias passagens nas montanhas e, então, chegaram ao cimo de uma alta montanha. Pararam ali e viram um belo vale. Haviam chegado à França, onde podiam viver com segurança. Aquele lugar encantador também tinha altas árvores, belas flores e um rio que corria até lá em baixo, no vale. Cada família encontrou um novo local para fazer sua casa. Pierre e sua família encontraram um pequeno vale com um riacho ao lado, onde construíram uma cabana que podia abrigá-los das tempestades do inverno. Paula, Gabriela e a mãe estavam sempre ocupadas juntando alguns suprimentos de que iriam necessitar para o inverno. Encontraram pequenos frutos, nozes e cogumelos na floresta e juntaram lenha também. Todos estavam bastante ocupados, mas ainda encontravam tempo para fazer amigos entre o povo francês que morava nas redondezas. Não demorou muito para que Pierre os convidasse a se unir a eles nos cultos. Ele partilhava as boas-novas sobre Jesus cada dia, e logo eles passaram a apreciar a mensagem da Bíblia que Pierre pregava. Em todos os lugares aonde os valdenses iam, compartilhavam a Palavra de Deus com as pessoas ao seu redor. Foi dessa maneira que a Palavra de Deus se espalhou pela Itália e pela França numa época em que se pensava que a Bíblia fosse propriedade somente da Igreja Romana. Os valdenses deram início a um reavivamento. Muitas pessoas se voltaram para Deus e entregaram a Ele o coração. Reavivamento em Éfeso – Você se lembra de como Saulo, que depois passou a ser chamado de Paulo, se tornou um homem transformado ao se encontrar com Jesus? O reavivamento que Saulo experimentou na vida fez dele um poderoso missionário que levou muitas pessoas a Cristo. Paulo promoveu um reavivamento em todos os lugares por onde passou, especialmente numa cidade chamada Éfeso. Alguns acreditaram no que ele estava pregando e outros não. Aqueles que não acreditaram começaram a espalhar boatos sobre os cristãos. Assim, Paulo deixou de pregar na sinagoga e passou a pregar numa escola. Continuou pregando ali por dois anos até que a maioria das pessoas que morava em Éfeso e nas regiões ao redor da cidade ouvisse a respeito de Jesus. Deus realizou alguns milagres maravilhosos por meio de Paulo, e muitos ali passaram a respeitar o nome de Jesus. Alguns crentes que faziam magias e tentavam falar com os mortos decidiram abandonar essas práticas. Logo depois, eles trouxeram seus livros de magia para a praça central da cidade e os queimaram todos em uma enorme fogueira. Por causa da pregação de Paulo, teve início um reavivamento. Vidas foram transformadas, muitos decidiram viver de acordo com os ensinamentos da Bíblia e se tornaram seguidores de Jesus. Compartilhe e faça 1. Como você pode se tornar um missionário hoje para testemunhar de Jesus? 2. Faça um plano com seus pais ou com a professora da Escola Sabatina para falar de Jesus a outras pessoas. Lembre-se de orar em favor de cada uma delas. ANNE-MAY WOLLAN trabalhou na Divisão Trans-Europeia por muitos anos. Atualmente, ela mora nos Estados Unidos e se dedica à capacitação de líderes da igreja e pessoas voluntárias que têm o coração na obra de ministrar às crianças. Para adquirir, ligue: 0800-9790606, acesse: www.cpb.com.br, ou dirija-se a uma das livrarias da CPB ou SELS. C. Qualidade é da nossa natureza receber bem você www.catresaopaulo.com.br RESERVAS Fones: (11) 2128 1000 / 1084 - (13) 3871 6060 e-mail: [email protected] SP-193, Estrada Eldorado – Jacupiranga Km 3,5 Cx. Postal 45 Eldorado Paulista - SP CEP 11960-000