EE530 Eletrônica Básica I Prof. Fabiano Fruett Aula 6A - Transistores de Efeito de Campo • • • • • • Introdução aos MOSFET Estrutura Regiões de operação Características de corrente e tensão Modelos de grandes e pequenos sinais PMOS 1 Inventor do transistor MOSFET US patent 1745175 "Method and apparatus for controlling electric current" 22.10.1925, describing a device similar to a MESFET US patent 1900018 "Device for controlling electric current" 28.03.1928, a thin film MOSFET Julius Edgar Lilienfeld (1881-1963) US patent 1877140 "Amplifier for electric currents" 08.12.1928, solid state device where the current flow is controlled by a porous metal layer, a solid state version of the vacuum tube US patent 2013564 "Electrolytic condenser" filed on 29.08.1931, Electrolytic capacitor Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Julius_Edgar_Lilienfeld 2 1 Introdução O Transistor de Efeito de Campo tipo metal-óxido semicondutor (MOSFET) atualmente domina o cenário da microeletrônica comercial. Funções lógicas digitais e memórias podem ser implementadas com circuitos que utilizam exclusivamente MOSFETS. A maioria dos CIs VLSI (Very Large Scale Integration) é feita utilizando-se a tecnologia MOS. 3 Lei de Moore em ação Estado da arte, processo com dimensões de 0.022 µm Fonte: Lei de Moore http://www.cmg.org/measureit/issues/mit41/m_41_2.html1975 4 2 Projeção para o estado da arte da tecnologia MOSFET Fonte: J. Rabaey, Digital Integrated Circuits SIA´01 5 Projeto baseado no avanço tecnológico : Silicon Radio Intel Objetivos: • Integrar todos os componentes de um rádio em um único chip, incluindo microcontrolador • Aumentar a flexibilidade e oportunidade de aplicações dos produtos Intel (wireless systems). Fonte: Intel 6 3 Estrutura física do NMOS tipo enriquecimento Estado da arte: L = 22 nm Espessura do óxido = 18 Å Fig. 5.1 7 Simbologia do MOSFET canal N (NMOS) Observe que o terminal de dreno e fonte são definidos pela polarização externa podendo ser intercambiados conforme a operação do transistor 8 4 Capacitor de placas paralelas 9 NMOS com tensão de porta (a), Região de depleção (b) e formação do canal (c) 10 5 Formação do canal e polarização conveniente do substrato - - - - - Região depletada de portadores Fonte: Sedra Fig. 5.2 11 NMOS com tensão de Porta e de Dreno VGS > Vt e VDS pequeno Condutância controlada por VGS Fonte: Sedra Fig. 5.3 12 6 Característica I versus V para NMOS com tensão de Porta e de Dreno* * VD dentro de um certo limite 13 Operação como resistor linear Ron = 1 W µ nCox (VGS − Vt ) L 14 7 Perfil do canal com tensão VDS crescente VGS > Vt e VDS ⇑ Estreitamento do canal Sedra Fig. 5.5 15 Estrangulamento do canal Variação do comprimento com a tensão de dreno 16 8 Corrente de dreno iD versus a tensão dreno-fonte vDS , para vGS > Vt Fig. 5.6 17 Regiões de operação com base nas tensões de porta e dreno Perfil do canal na região de saturação 18 9 Característica iD - vDS para um NMOS Região linear (Triodo): iD = kn´ W 1 2 ( vGS − Vt ) vDS − vDS L 2 Região de saturação: Sendo que: iD = 1 'W 2 kn ( vGS − Vt ) 2 L kn´ = µ n Cox A V2 Fig. 5.11 19 Mobilidade de elétrons: µ n ≃ 580 cm 2 /Vs Espessura do óxido: tox = 0, 02 a 0,1 µm Permissividade do óxido: ε ox = 3,97ε 0 = 3, 97 × 8,85 × 10 −14 = 3,5 × 10 −13 F/cm Capacitância do óxido: Cox = ε ox / tox = 1, 75 fF/µm 2 para tox = 0, 02 µm = 0, 35 fF/µm 2 para tox = 0,1 µm Parâmetro de transcondutância do processo: kn´ = µ n Cox ≃ 100 µA/V 2 para tox = 0, 02 µm ≃ 20 µA/V 2 para tox = 0,1 µm Fonte: Sedra Tabela 5.1 20 10 Modulação do comprimento do canal 21 Característica iD – vGS do NMOS na saturação Vt = 1 V e k’n(W/L) = 0.5 mA/V2 iD = 1 'W 2 kn ( vGS − Vt ) 2 L Fig. 5.12 22 11 Modelo equivalente para grandes sinais na região de saturação iD = 1 ´W 2 k n ( vGS − Vt ) (1 + λ vDS ) 2 L 2 k´ W r0 = λ n ( vGS − Vt ) 2 L −1 −1 ∂i r0 ≡ D ∂vDS vGS = constante r0 = [ λ I D ] −1 r0 = VA ID 23 O MOSFET como Amplificador Circuito Conceitual Ponto de Polarização Consideramos: vgs = 0 e operação na região de saturação. vGS = VGS + vgs Desprezando efeito da modulação de canal: λ=0 ID = 1 ´W 2 kn (VGS − Vt ) 2 L VD = VDD − RD I D Deve-se garantir que: VDS > VGS − Vt 12 Transcondutância gm ≡ ∂iD ∂vGS vGS =VGS Pequenos sinais: iD = = 2 1 ´W kn (VGS + vgs − Vt ) 2 L id = kn´ W (VGS − Vt ) vgs L id W 1 ´W W 1 W 2 = kn´ (VGS − Vt ) kn (VGS − Vt ) + kn´ (VGS − Vt ) vgs + kn´ vgs 2 g m ≡ 2 L L 2 L vgs L 25 Análise da transcondutâncias MOS Dependências: g m = µ n Cox W (VGS − Vt ) L g m = 2µn Cox gm = ID = W ID L 2I D VGS − Vt 1 W 2 µ nCox (VGS − Vt ) 2 L 26 13 Ganho de tensão vgs vgs Minimiza distorção não-linear vgs vD = VDD − RD ( I D + id ) vd = −id RD = − g m RD vgs vd = − g m RD vgs 27 Modelos equivalentes para pequenos sinais MOSFET na região de saturação Incluindo o efeito da modulação de canal: ro ≃ VA ID 28 14 Comparação entre transcondutâncias MOS e Bipolar MOSFET g m = µ n Cox ID = W (VGS − Vt ) L Bipolar gm = IC VT 1 ´W 2 kn (VGS − Vt ) 2 L g m = 2kn´ W ID L k n' = µ nCox Exercício: Compare numericamente as transcondutâncias 29 Exemplo: Encontre Av e Rin Vt = 1,5 V, W kn´ = 0, 25 mA/V 2 e L VA = 50 V 30 R 15 Modelo T 31 R Exercício: Mostre que os dois modelos abaixo são equivalentes 32 R 16 A função do substrato – O Efeito de Corpo vSB Vt corrigido: Vt = Vt 0 + γ 2φ f + VSB − 2φ f Parâmetro de efeito de corpo: γ= 2qN Aε S Cox 33 Reflexo do efeito de corpo no modelo de pequenos sinais O efeito de corpo ocorre quando a fonte não está conectada ao corpo 34 R 17 Transcondutância de corpo Vt = Vt 0 + γ 2φ f + VSB − 2φ f iD = g mb ≡ 1 ´W 2 kn ( vGS − Vt ) 2 L ∂iD ∂vSB gm ≡ vGS = constante vDS = constante gm ≡ ∂iD ∂vGS id W = kn´ (VGS − Vt ) vgs L vGS =VGS χ≡ ∂Vt γ = ∂VSB 2 2φ f + VSB g mb = χ g m Resumo dos Modelos para pequenos sinais: 36 R 18 Transistores com canal-curto e efeito da velocidade de saturação υ n = µ nξ υn = υ sat = µnξc VDSAT ≈ Lξ c = Lυ sat µn I DSAT = I D (VDS = VDSAT ) Ajuste para a região triodo: iD = k n´ W 1 2 ( vGS − Vt ) vDSAT − vDSAT 2 L 37 Transistores PMOS 38 19 Característica iD - vDS para o PMOS 39 Simbologia (NMOS e PMOS) 40 20 Seção transversal de um circuito integrado CMOS (MOS Complementar) substrato P Fig. 5.9 41 Comparação entre transistores bipolares e MOS O transistor Bipolar possui um maior gm quando comparado ao MOSFET, para uma determinada corrente de polarização, devido a sua característica I versus V exponencial. 42 21 Sugestão de estudo • Razavi, Cap. 6 • Sedra/Smith cap. 5 seções 5.1 até 5.3 – Exercícios e problemas correspondentes Para saber mais: Paul R. Gray e Robert G. Meyer, Analysis and Design of Analog integrated Circuits, John Wiley & Sons T. Tsividis, Design considerations in single-chanel MOS analog integrated circuits – A tutorial”, IEEE JSSC SC 13, pp 383-391, junho de 1978 43 22