Fome e Sede: O estado psicológico de fome não coincide com a necessidade biológica de comida, embora uma necessidade geralmente desencadeia o estado psicológico. A fome e a sede são estimuladas tanto por fatores internos quanto externos. Fatores biológicos e emocionais: Pesquisas recentes reforçaram a importância do hipotálamo como o centro cerebral relacionado à fome, contendo duas regiões que controlam a nossa sensação de fome e saciedade. Uma das regiões é o centro da alimentação e outra é o centro de saciedade. Em estudos com ratos, a manipulação dessas regiões funciona como uma espécie de “interruptor” que controla o ato de comer. Em estudos recentes, outras áreas do cérebro foram relacionadas ao controle da alimentação, como regiões do córtex e da medula espinhal, além de um terceiro centro do hipotálamo Além disso, há conexões entre os centros cerebrais que controlam a fome. Nem sempre a necessidade biológica de alimento resulta em fome, pois a sensação de fome não ocorre apenas dentro, mas também fora do corpo, já que alguns estímulos podem desencadear o desejo de comer, mesmo não havendo necessidade do corpo. Fatores externos podem dar início a processos biológicos internos que imitam os associados à necessidade de se alimentar. As sensações de fome estão relacionadas às emoções de maneira complexa, levando as pessoas a reações alimentares diferentes de acordo com seu estado interno. Fatores culturais e sociais: A maneira como você reage quando sente fome varia de acordo com suas experiências como o alimento, determinadas pela aprendizagem e pelo condicionamento social. Exemplo: Se determinarmos nossos horários de refeições, o corpo sentirá fome, pois o condicionamos a isso. As situações sociais também influenciam nossa motivação de comer. A cultura influencia o que escolhemos comer e a quantidade. A fome é resultado de uma interação de forças do ambiente com forças biológicas. Distúrbios alimentares: Mais freqüentes em mulheres do que em homens. Caracteriza-se por preocupação extrema com a imagem do corpo e peso, ocorrendo em maior parte na adolescência. Se não tratados, podem levar à MORTE!! Imagem corporal: É o modo de sentir o peso, o tamanho ou a forma corporal. A adolescência é um período de mudanças sociais, emocionais e físicas importantes (puberdade) e, portanto, a jovem terá que se readaptar à sua imagem corporal, juntamente com sua imagem global e seu papel na sociedade. Nos portadores de distúrbios alimentares, o julgamento de sua imagem corporal está alterado, fazendo-os sentir-se com as formas maiores do que são realmente. -Portadores de anorexia nervosa: Acham sempre que estão acima do peso, se esforçando para emagrecer por meio de severas limitações na ingestão de comida. Mesmo magros, se preocupam com ganho de peso. Sintomas: -medo de engordar, que não diminui à medida que a pessoa perde peso; -incomodar-se com a imagem física: “sente-se gordo”, mesmo quando está extremamente magro; -recusar-se a manter um peso corporal igual ou acima ao mínimo considerado normal para sua idade; -ausência de pelo menos três ciclos menstruais consecutivos nas mulheres; - pratica excessiva de exercícios; -1% das adolescentes tem anorexia nervosa geralmente têm interesse por comida mas não gostam de comer. Têm também uma imagem distorcida de seus corpos. Problemas físicos, emocionais e complicações decorrentes da anorexia nervosa: 1. FÍSICOS: - Lanugo (pêlos finos que recobrem a pele do rosto e corpo); - Pele seca; - Intolerância ao frio; - Queda de cabelo; - Bradicardia (coração bate mais lentamente); - Hipotensão (pressão baixa); - Edema (inchaço). 2. EMOCIONAIS: -Sintomas de depressão, como tristeza, desânimo e até tentativas de suicídio, que em geral aparecem quando a doença já está mais avançada; - Irritabilidade; - “Manias” – obsessões e compulsões. Com a evolução da doença, podem ocorrer complicações do tipo: -Cardiológicas: arritmias, insuficiência e parada cardíacas; - Hematológicas: anemia, problemas de coagulação; - Gastrintestinais: pancreatite, alterações da função renal; - Endócrinas: hipotiroidismo, amenorréia, osteoporose. -Portadores de Bulimia: Como a anorexia, a bulimia nervosa apresenta causas complexas, nas quais fatores fisiológicos, psicológicos e socioculturais interagem. Sintomas: -ingestão compulsiva de comida em um curto período de tempo (episódios bulímicos); -comportamentos inadequados ( purgação): vômitos autoinduzidos, uso de laxantes, diuréticos, pílulas de dieta, dietas restritivas e exercícios rigorosos, a fim de tentar evitar ganho de peso; -a ingestão compulsiva e os comportamentos compensatórios ocorrem ao menos duas vezes por semana ao longo de três meses; -a forma do corpo e o peso influenciam excessivamente a auto-imagem; -estes comportamentos ocorrem pelo menos algumas vezes na ausência de anorexia; Mesmo mantendo seu peso acima do limite mínimo e não apresentando a extrema magreza e desnutrição das anoréxicas, as bulímicas têm sérios problemas de saúde física como consequência do seu problema, como: - “Dor de garganta” ou “dor de estômago” – por inflamações no tecido que reveste o estômago, esôfago e faringe, expostos ao suco gástrico nos momentos de vômitos; - Fraqueza e cansaço fácil; - Desmaios, causados geralmente pela hipoglicemia (baixo açúcar no sangue), ou desidratação; - Face inchada e dolorida, pelo aumento das glândulas parótidas; - Dor abdominal, náuseas, sensação de inchaço na barriga, por causas, como ruptura do estômago e alteração do funcionamento do intestino; - Diarréia e constipação, causadas às vezes pela perda da camada do tecido intestinal responsável pela absorção de alimentos; - Vômitos com sangue (hematêmese), por feridas no estômago e esôfago causadas por úlceras e lesões provocadas pelo esforço reiterado de vomitar. Complicações médicas que acontecem na bulimia nervosa: -Cardiovasculares; - Deficiências de vitaminas e sais minerais; - Dentárias; - Renais; - Endocrinológicas; - Gastrintestinais (esofagites, gastrites, úlceras); - Neurológicos (tremores, confusão, tonturas); - Pulmonares (aspiração do vômito pelos pulmões pode causar pneumonias). Fatores psicológicos influenciam a ocorrência de distúrbios alimentares: Em geral mulheres bulímicas apresentam baixa auto-estima e são hipersensíveis a interações sociais. Os sentimentos de vulnerabilidade e desamparo predispõem as pessoas a adotar maneiras inadequadas de controlar o mundo ao seu redor. Os distúrbios alimentares são difíceis de tratar. Até porque algumas culturas influenciam essa triste realidade, disseminando a mensagem de que “ser magro está na moda”. Além disso, os comportamentos purgativos, episódios bulímicos e prática excessiva de exercícios são ocultados e negados, fazendo com que aumente a dificuldade do diagnóstico e início do tratamento. MODELO MULTIDIMENSIONAL EXPLICATIVO PARA A ANOREXIA E BULIMIA: Vulnerabilidade Biológica Predisposição genética e psicológica para ter um transtorno alimentar Vulnerabilidade Psicológica Experiências no desenvolvimento Influências familiares Conflitos psicológicos PERDA DE PESO DESNUTRIÇÃO ANOREXIA BULIMIA EFEITOS DO JEJUM PRÁTICA DE DIETAS MUDANÇAS E COMPLICAÇÕES MENTAIS Influências Sociais Expectativas e padrões socioculturais FATORES DE MANUTENÇÃO MUDANÇAS E COMPLICAÇÕES FÍSICAS Tratamento dos distúrbios alimentares: Deve ser feito por uma equipe multidisciplinar (psiquiatra, psicólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, pediatra ou clínico geral e enfermeiro), seguindo a variedade dos fatores associados à causa da doença. Acredita-se que os transtornos alimentares, por envolverem tantos aspectos diferentes, como os biológicos, psicológicos, familiares e sociais, não devem ser tratados por um profissional isoladamente. Se não houver condições para o tratamento adequado no local de origem do paciente, ele deve ser levado a um centro especializado. Controle de peso: Por que as dietas de emagrecimento rápido geralmente falham em longo prazo? O estudo da fome e da alimentação levou à descoberta de que o corpo interpreta o emagrecimento como uma ameaça à sobrevivência e age para evitar uma perda maior de peso. Um dos atuais critérios de fome e regulação de peso sugere que um programa de controle de peso deve ser realizado no longo prazo e apoiar-se na tendência normal que o corpo tem de manter o peso – e não ir contra ela. 1. Primeiramente, consulte seu médico. Certifique-se de que seu programa de perda de peso é seguro; 2. Aumente seu metabolismo por meio de exercícios regulares; 3. Modifique sua dieta alimentar; 4. Reduza ao máximo os fatores externos que o encorajam a ingerir alimentos indesejáveis; 5. Estabeleça objetivos realistas. Equilibre esforços tanto na prevenção do ganho quanto na perda de peso; 6. Dê recompensas a si mesmo – sempre de maneiras que não se relacionem à comida – por pequenos progressos. E lembre-se de que a única maneira de manter o peso é a manutenção de uma dieta razoável e de plano de exercícios. Vigilantes do Peso: Atitudes positivas Você é do tipo de pessoa que mesmo quando tudo dá errado, sempre encontra algo de positivo no caos? Ou ao contrário, embora o céu esteja de um azul profundo, você olha e vê nuvens cinzentas se formando no horizonte? Saiba de que grupo, otimista ou pessimista, você faz parte e como melhorar seus sentimentos. Pense num acontecimento recente em que tudo com você deu errado e pergunte-se por que isso aconteceu. Depois , lembre de uma situação na qual as coisas deram certo e repita a pergunta. Dê parabéns a você Se algo de bom lhe acontece, se você emagreceu ou fez uma boa ação, cumprimente-se. Faça alarde disso, conte para alguém. Mas se algo desagradável lhe sucede, não se feche numa concha. Reaja, vire a página. Não murmurando coisas contra você. Corteje o sucesso Nada tem mais sucesso que o próprio. Assim sendo, prepare-se para inúmeras vitórias. Coloque-se em situações que só podem ter resultados positivos. À medida que você experimenta sucesso, começa a se visualizar como uma pessoa vitoriosa. E essa percepção vai comandar o seu comportamento daqui para frente Prolongue o prazer Se você fizer algo agradável sábado à noite, você e seu sistema imunológico irão se beneficiar, mas apenas nessas horas. Porém, se você tiver planejado essa atividade a partir de quinta-feira, ficará nessa deliciosa expectativa desde esse dia até a noite de sábado. Já imaginou antecipar o dia em que você ficará no seu peso ideal? Comece desde já a desfrutar desse momento. Antecipar um evento positivo levanta o astral e fortalece as resoluções. Concentre-se no positivo Não se detenha nas coisas negativas sobre as quais você não tem controle direto. Pode ser que sua vida atual esteja muito complicada, um verdadeiro caos. Concentre-se nos 10% que você pode controlar e deixe que o resto automaticamente se acomode. Use o negativo para se acautelar Faça algo sobre isso imediatamente, não deixando que condições adversas temporárias se transformem em características permanentes. Elimine-as na origem e sinta o poder das atitudes positivas. Na minha adolescência sempre estive acima do peso para minha estatura de 1,59, mas não me considerava gorda. Minha alimentação era totalmente errada, comia muita fritura, porções enormes de doces e pizza, as quais comia uma inteira. Casei, engravidei e perdi totalmente o controle sobre minha alimentação e com isso adquiri mais 19 Kg. Tentei várias dietas, todas sem sucesso. Meu cardiologista me disse que o remédio certo era emagrecer. Procurei o programa Vigilantes do Peso e nasci de novo, pois quando compareci na primeira reunião pesava 115 Kg. Com dedicação e grande empenho, tive sucesso desde a primeira semana, e isso me estimulou muito. Recuperei minha alta estima e me tornei uma outra pessoa, mais confiante e segura daquilo que faço. Recentemente ao passar no caixa do supermercado e ter que mostrar a identidade (com a foto da época em que era gorda) uma caixa desconfiou. Meu marido explicou, “E a mesma pessoa, só que ela está com 47 kg a mais na foto.” De repente todos que estavam na fila me deram uma salva de aplausos. Procure e ttenha força de vontade, você consegue, eu sou o melhor exemplo disto.