ORGANELAS
CITOPLASMÁTiCAS
Profº. CLAUDIO GIOVANNINI
Lisossomos
São corpúsculos normalmente esféricos cujo interior
apresenta uma grande quantidade de enzimas que degradam
(quebram em pedaços pequenos, ou seja, digerem ou destroem)
moléculas grandes ou organelas envelhecidas. Exemplo de
enzimas encontradas dentro dos lisossomos: proteases
(degradam proteínas), nucleases (degradam ácidos nucléicos:
DNA e RNA), glicosidases (degradam açúcares) e lipases
(degradam lipídeos).
Ocorrência – Em células animais.
Funções: Digestão intracelular;
Função heterofágica – Digerir produtos
oriundos da fagocitose e da pinocitose.
Função autofágica – Pode ser de dois tipos: autofagia
(digestão de organelas e estruturas da própria célula) e autólise
(pelo rompimento da membrana lisossômica, as enzimas vazam
para o citoplasma destruindo completamente a célula).
Peroxissomos
São pequenas vesículas semelhantes aos lisossomos,
porém sua enzima principal é a peroxidase (catalase). Esta
enzima degrada as moléculas de peróxido de hidrogênio (água
oxigenada) que se formam como resultado do metabolismo
(funcionamento) celular. O peróxido de hidrogênio pode ser muito
tóxico para a célula porque pode levar a produção de radicais
livres. Estes radicais são capazes de danificar as células, atuando
por exemplo sobre o DNA e outras moléculas.
VACÚOLOS
Tipos de vacúolos:
• Vacúolo contrátil ou
pulsátil: osmorregulação;
• Vacúolo de suco celular:
armazenamento e
controle osmótico.
• Vacúolo digestivo:
associados aos
lisossomos, fazem a
digestão intracelular.
MITOCÔNDRIAS
São organelas esféricas, ou na forma de
bastonetes, imersos no citoplasma. A
mitocôndria é uma das principais
organelas celulares pois está relacionada
com a produção de energia que é
armazenada nas moléculas de ATP
(adenosina trifosfato). Essas moléculas
podem ser comparadas a pequenas
"baterias" intracelulares que fornecem
energia para todo o metabolismo celular.
Ocorrência – Em todos os eucariontes
aeróbios.
Biogênese – Origina-se a partir de outra
mitocôndria preexistente por divisão.
Função – Nas mitocôndrias, ocorrem
duas etapas na respiração aeróbia: o
ciclo de krebs e a cadeia respiratória
através dos quais produz-se o ATP.
Respiração Celular
A respiração celular é um fenômeno que consiste
basicamente no processo de extração de energia
química acumulada nas moléculas de substâncias
orgânicas diversas, tais como carboidratos e lipídios.
Nesse processo, verifica-se a produção de gás
carbônico e água, além da liberação de energia, que é
utilizada para que possam ocorrer as diversas formas de
trabalho celular. Nos seres vivos a energia química dos
alimentos pode ou não ser extraída com a utilização do
gás oxigênio. No primeiro caso, a respiração é chamada
aeróbica. No segundo, anaeróbica.
Nos organismos aeróbicos, a equação é simplificada da
respiração celular pode ser assim representada:
C6H12O6 + O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + energia
RESPIRAÇÃO AERÓBICA
Compreende, basicamente, três
fases: glicólise, ciclo de Krebs e
cadeia respiratória.

Glicólise: significa " quebra " da glicose que se
converte em duas moléculas de ácido pirúvico
(C3H4O3), havendo o consumo de 2 ATP. No entanto,
a energia química liberada no processo permite a
síntese de 4 ATP. Portanto, a glicólise apresenta um
saldo energético positivo de 2 ATP.
Na conversão da glicose em ácido pirúvico, verifica-se
a ação de enzimas denominadas desidrogenases,
responsáveis, como o próprio nome diz, pela retirada
de hidrogênios. Nesse processo, os hidrogênios são
retirados da glicose e transferidos a dois receptores
denominados NAD (nicotinamida adenina
dinucleotídio). Cada NAD captura 2 hidrogênios.
Logo, formam-se 2 NADH2.
Obs: A glicólise é um fenômeno que ocorre no
hialoplasma, sem a participação do O2.

Ciclo de Krebs
O ácido pirúvico, formado no hialoplasma durante a
glicólise, penetra na mitocôndria, onde perde CO2,
através da ação de enzimas denominadas
descarboxilases. O ácido pirúvico então converte-se
em aldeído acético.
O aldeído acético, pouco reativo, combina-se com
uma substância chamada coenzima A (COA),
originando a acetil-coenzima A (acetil-COA), que é
reativa. Esta, por sua vez, combina-se com o ácido
oxalacético. Nesse momento, inicia-se o ciclo de
Krebs, fenômeno biológico ocorrido na matriz
mitocondrial.
Da reação da acetil-CoA, ocorrem séries de
desidrogenações e descarboxilações até originar uma
nova molécula de ácido oxalacético, definindo um
ciclo de reações, que constitui o ciclo de Krebs.

Cadeia respiratória
Essa fase ocorre nas cristas mitocondriais. Os
hidrogênios retirados da glicose e presentes nas
moléculas de FADH2 e NADH2 são transportados
até o oxigênio, formando água. Dessa maneira, na
cadeia respiratória o NAD e o FAD funcionam como
transportadores de hidrogênios.
Na cadeia respiratória, verifica-se também a
participação de citocromos, que tem papel de
transportar elétrons dos hidrogênios. À medida que
os elétrons passam pela cadeia de citocromos,
liberam energia gradativamente. Essa energia é
empregada na síntese de ATP.
O processo respiratório aeróbico pode, então, ser
equacionado assim:
C6H12O6 + O2 -> 6 CO2 + 6 H2O + 38 ATP
RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA

O processo de extração de energia de
compostos sem utilização de oxigênio (O2)
é denominado respiração anaeróbica.
Alguns organismos, como o bacilo de
tétano, por exemplo, têm na respiração
anaeróbica o único método de obtenção de
energia – são os chamados anaeróbicos
estritos ou obrigatórios. Outros, como os
levedos de cerveja, podem realizar
respiração aeróbica ou anaeróbica, de
acordo com a presença ou não de oxigênio
– são por isso chamados de anaeróbicos
facultativos.
Fermentação – rendimento energético
inferior


Nos processos fermentativos, a glicose não é totalmente "
desmontada". Na verdade, a maior parte da energia química
armazenada na glicose permanece nos compostos orgânicos
que constituem os produtos finais da fermentação.
A fermentação alcoólica
Na fermentação alcoólica, a glicose inicialmente sofre a
glicólise, originando 2 moléculas de ácido pivúrico, em seguida
o ácido pivúrico é descarboxilado, originando aldeído acético e
CO2, sob a ação de enzimas denominadas descarboxilases. O
aldeído acético se converte em álcool etílico.
A fermentação láctica
Na fermentação láctica, a glicose sofre glicólise exatamente
como na fermentação alcoólica. Porém, na fermentação láctica
o aceptor de hidrogênios é o próprio ácido pirúvico, que se
converte em ácido láctico. Portanto não havendo
descarboxilação do ácido píruvico, não ocorre formação de CO2.
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ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS (cont.) Profa. Erica